Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A coragem para remar contra o aplauso fácil,
para dizer o que é significativo e verdadeiro — e não o que é
confortável e conveniente —, para defender políticas, e não políticos
Ilustração: Jorm Sangsorn/Shutterstock
Há 11 anos, meu telefone
tocava às 5h23 da manhã. Era minha irmã, chorando do outro lado, quase
sem conseguir falar… “O papai morreu… Ana, minha irmã, o papai morreu…”
Meu coração parou.
Fiquei sem ar e entrei em um estado
catatônico, como se eu estivesse dentro de uma nuvem, em um sonho
estranho e sem poder respirar. Levantei da cama, caminhei dois passos e
perdi toda a força em minhas pernas… Tudo ficou escuro na eternidade
daqueles cinco ou seis segundos no chão. Aquilo não poderia estar
acontecendo. Não poderia ser verdade. “Calma, Ana. Você vai acordar.
Você vai acordar…”, eu pensava. Os eternos minutos que se seguiram
impunham a realidade diante de um aperto no peito que jamais imaginei
sentir.
Meu pai, meu melhor amigo, meu parceiro,
meu mestre, havia, de fato, nos deixado. Não era apenas o meu corpo sem
forças que estava no chão. Meu mundo havia desabado diante de um abismo e
eu me sentia em um pesadelo.
Para quem acompanha o meu trabalho há mais
tempo, também em outras plataformas, artigos e entrevistas, não é
difícil perceber quanto minha vida era estabelecida na relação com o meu
pai, quão ele era profundamente importante para mim. Além de um
provedor e um exemplo, meu pai era um verdadeiro cristão que seguia o
que está escrito em Mateus 6:3 — “Mas, quando tu deres esmola, não saiba
a tua mão esquerda o que faz a tua direita”. Ajudou dezenas e dezenas
de pessoas sem contar nada para ninguém, histórias que só ficamos
sabendo depois de sua morte.
Curiosamente, em mais uma demonstração de
cuidado com um filho precioso, Deus decidiu levar o meu pai em um 19 de
março, Dia de São José — protetor da família e dos pais. O mais incrível
é que, mesmo depois de sua partida, ele continua tocando muitas vidas
de várias maneiras. Seus exemplos e palavras continuam ecoando e
auxiliando decisões na vida de muitas pessoas. Quem sabe um dia eu
escreva um livro sobre o meu pai, seu legado e como, na magnitude de
seus defeitos, ele viveu para servir. E serviu em silêncio. Serviu
indivíduos e famílias que nem conhecíamos. A vontade é de começar a
escrever esse livro hoje, tamanha saudade que não cabe no peito.
Foi com o meu pai que ouvi sobre política
pela primeira vez. Foi através do meu pai que me interessei por questões
econômicas e com ele me apaixonei por história.
Foi com o meu pai que
ouvi nomes como Reagan, João Paulo II e Margaret Thatcher.
Foi com o meu
pai que aprendi o que era comunismo e por que uma guerra tinha o nome
de “Guerra Fria”.
Foi ao lado do meu pai que vi na TV a queda do Muro de
Berlim.
Foi com o meu pai que ouvi quem era Tancredo Neves.
Com o meu
pai acompanhei os cruzeiros, cruzados, os cortes de zeros e, ao vivo em
sua companhia, as incontáveis remarcações de preços nos supermercados.
Por causa do meu pai, tirei meu título de eleitor aos 16 anos, para
poder fazer parte da vida política do Brasil de alguma maneira.
Começo com uma notícia excelente que me enche de orgulho como cachoeirense: um azeite de Cachoeira do Sul (RS) está em primeiro lugar entre os 120 melhores azeites do hemisfério sul em um concurso na Itália. Os ganhadores vão sair no guia Lodo de azeites.
Ainda produzimos muito pouco: cerca de 3.500 toneladas de azeite; importamos 106 mil toneladas. Há produtores no Rio Grande do Sul, em municípios como Pinheiro Machado, Rosário do Sul, Viamão, Canguçu, Caçapava do Sul… Há também produtores da Serra da Mantiqueira na lista dos campeões do mundo. É a hora da colheita e, como se sabe, é necessária mão-de-obra, já que a colheita da azeitona é à mão.
Agora comentam de novo que há suspeita de trabalho análogo ao escravo em vinícolas. É um problema sério. Em Bento Gonçalves (RS), um delegado de Polícia Federal (PF) está investigando o tal trabalho escravo, mas diz que não encontrou nada na investigação que vinculasse as três vinícolas –as duas cooperativas e a empresa –a condições análogas ao trabalho escravo. Foi o que disse o delegado Adriano Medeiros do Amaral.
Eu fico boquiaberto porque, meu Deus, o que foi isso, então? Campanha de difamação? Tentativa de extorsão? O que foi que houve? Eu vejo que, talvez, esta empresa de terceirização, a Fênix, esteja envolvida nisso. Mas as três vinícolas fizeram um acordo para pagar R$ 7 milhões, e não vão os R$ 7 milhões para os quase 210 trabalhadores, a maioria baianos; são só R$ 2 milhões que vão ser divididos entre eles.
Por que a vinícola Aurora, por exemplo, fez um pedido de desculpas? Está aqui: "Carta ao povo brasileiro (…) nossas mais sinceras desculpas aos trabalhadores (…) sentimo-nos obrigados a estender essas desculpas ao povo brasileiro (…) Já cometemos erros, mas temos o compromisso de não repeti-los."
Não estou entendendo. Não sei se se assustaram, se se viram tão assediados pela campanha de difamação que resolveram fazer isso.
Acho que deveriam reagir contra os difamadores. Mover ação de difamação, pedindo danos morais e mostrando que tem que pagar R$ 7 milhões. Os difamadores que paguem os R$ 7 milhões, então.
A verdade sobre a pandemia continua vindo à tona Mais uma vez chamo a atenção ao que apareceu sobre a pandemia. Recomendo um livro que por enquanto não foi traduzido para o português: Silent Invasion (2022) – Invasão Silenciosa. É o nome da obra da doutora Deborah Birx.
Ela trabalha junto com Anthony Fauci, e conta no livro que eles inventaram em duas semanas a história da separação e do distanciamento social. Fizeram todo mundo fechar tudo, ficar longe, morrer de medo… Meu Deus do céu! Recomendo a leitura deste livro para que a verdade continue voltando, e a gente fique sabendo o que está acontecendo.
Senadores querem subjugar o Congresso ao Supremo mais uma vez
Há uma briga na Câmara e no Senado. O presidente do Senado quer retomar um sistema anterior à pandemia.
Durante a pandemia, decidiram que, para dar mais pressa às medidas provisórias do presidente da República, a tramitação deveria ir direto para o Plenário da Câmara e depois para o Plenário do Senado.
Antes disso, era uma comissão mista de deputados e senadores que decidia a ida a Plenário, e a relatoria era um rodízio entre deputado e senador.
Agora, o governo acha que está nas mãos do presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) pautar ou não o tema da medida provisória.
E o governo está com medo, está apressado. Conhece o resultado das urnas, em que a centro-direita ficou majoritária, com 65% a 70% dos votos.
Aí acontece de novo: atropelando o Legislativo, o senador Alessandro Vieira(PSDB-SE) foi ao Supremo para evitar que Rodrigo Pacheco se desgastasse fazendo isso.
Pediu intervenção do Supremo para tratar de um assunto absolutamente interno do Poder Legislativo.
Deputados e senadores sendo julgados pelo Supremo é um problema que tem que ser corrigido na Constituição.
Da forma como está, o Supremo impõe o que quiser, já que os parlamentares são da jurisdição do Supremo. Aí não funciona, não tem como funcionar.
Não é a primeira intervenção do Supremo. Ele já interveio quando estava pronto para entrar em discussão o assunto da CPI das ONGs da Amazônia, e entrou a tal CPI da Covid,que só foi prejudicial ao país, à saúde dos brasileiros, à vida dos brasileiros.
E assim vai a dependência. O Congresso Nacional está dependente de outro poder, quando é o primeiro dos poderes. E é o próprio Congresso que se põe em último.
O
fascismo nasceu em 1919 e assumiu o poder na Itália em 1922. Desde
então,por ser uma ideologia anticomunista, os comunistas passaram a
chamar os não comunistas de fascistas. Esse xingamento, então, já rola
há um século e está incorporado e automatizado no linguajar da esquerda.
As palavras,
na expressão oral de gente séria, têm o significado que lhes é próprio.
Principalmente se o vocábulo incorpora uma definição. Não posso chamar
um piano de tecladinho nem um tecladinho de piano. Por outro lado, para
gente confiável, afirmações feitas com palavras expressam ideias em
relação às quais, quem fala, assegura consistência suficiente para não
voltar atrás antes de sólida refutação. Essas pessoas não fazem como
Lula que tem um discurso em cada ambiente, nem imputam aos outros
infâmias que não lhes correspondem.
Ter
consciência disso é importante para que cada um de nós, no íntimo,
estabeleça padrões de credibilidade a quem emerja na liderança da
sociedade. Não se trata de buscar o discurso mais empolgante, mas de
certificar-se da consistência e da perseverança em relação ao que seja
dito.
Recentemente,
alguém escreveu que Putin não está apenas defendendo seu país, mas
enfrentando uma guerra contra os fascistas. Pronto! Podemos discutir por
meses a fio as razões de lado a lado. O que não é aceitável é chamar
“fascista” os principais países da OTAN que não concedem a Putin razões
suficientes para destruir a Ucrânia.
O pior dessa
história é que se a Rússia de Putin entrar em guerra contra a China de
Xi Jinping, essas mesmas pessoas estarão chamando Putin de fascista
porque o líder chinês é bem mais comunista do que o russo. Passo
seguinte, se, um dia, China e Coreia do Norte se desentenderem, como
nada é mais comunista que Kim Jong-un, a China será o lado fascista para
esse dicionário boquirroto.
Resguarde-se
desse tipo de gente. Desconfie de todo discurso que tenha mais adjetivos
do que substantivos. E saiba: comunismo, fascismo e nazismo são tão
danosos que as diferenças entre eles chegam a ser sutis diante de seus
colossais malefícios, mesmo no plano meramente ideológico. Na prática, o
nazismo acabou, o fascismo acabou, mas o comunismo, desastradamente,
persiste.
Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores
(www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país.
Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia;
Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Joseph
Ratzinger teve a trajetória marcada pela renúncia ao posto, atitude que
fez dele o primeiro em 600 anos da Igreja Católica a abdicar do papado
Pope Bento XVI em Veneza, na Itália, em 2011 - Barbara Zanon/Getty Images
Morreu neste sábado, 31, o papa Bento XVI,
aos 95 anos. “É com pesar que informo que o papa emérito Bento XVI
morreu hoje às 9h34 no mosteiro Mater Ecclesiae no Vaticano”, escreveu o
perfil de notícias do Vaticano no Twitter. O corpo de Bento XVI será
velado na Basílica
de São Pedro a partir de segunda-feira, 2. O funeral está marcado para a
manhã de quinta-feira, 5, na Praça São Pedro, presidido pelo papa
Francisco
Lembrado
por sua renúncia em 2013, Bento XVI, o alemão Joseph Ratzinger,vivia
recluso nos últimos anos no mosteiro no interior dos Jardins do
Vaticano.Reportagem de VEJAde junho de 2018 revelou que Bento sofria de Parkinson e já sentia os sinais da doença quando renunciou.
Renúncia No
dia 11 de fevereiro de 2013, o papa Bento XVI apresentou, durante uma
reunião com as Cardeais da Cúria Romana, sua renúncia. O motivo alegado
para deixar o Trono de Pedro era que, aos 85 anos, depois de quase oito
de pontificado, ele já não tinha mais forças para levar adiante o
governo da Igreja.
Eram
principalmente três as razões da amargura de Bento XVI, segundo
concordavam na época os mais argutos vaticanistas da Itália. Em primeiro
lugar, casos de pedofilia afundavam a Igreja na época e colocavam o
pontífice em posição cada vez mais difícil.
O
segundo motivo que embaraça o papa tem a ver com um escândalo de
corrupção envolvendo o Instituto de Obras Religiosas – o banco do
Vaticano. A Justiça italiana abriu uma investigação sobre o IOR e
bloqueou 23 milhões de euros de suas contas, por suspeita de violação
das normas do sistema financeiro contra lavagem de dinheiro.
O
terceiro motivo foi originado pelo roubo de documentos comprometedores
da Santa Sé, no episódio batizado de Vatileaks que veio à tona no início
do ano passado – Paolo Gabriele, que foi mordomo pessoal do papa desde
2006, é acusado de ter vazado as informações para um jornalista
italiano. Os documentos eram, basicamente, cartas de um ex-administrador
da sede da Igreja que informava o papa sobre corruptos que haviam
assinado contratos superfaturados e, desse modo, causado um prejuízo de
milhões de euros às finanças da Santa Sé. Gabriele, apelidado de “O
Corvo”, foi condenado, preso e perdoado por Bento XVI.
O
roubo dos documentos contribuiu para amargurar um papa já cansado de
decepções e intrigas, mas os papéis em nada o maculavam do ponto de
vista moral. O que, de fato, pesou em sua decisão de renunciar foi o
derradeiro relatório da investigação sobre o roubo dos documentos, que
revelou conexões de gente muito próxima a ele com o esquema de lavagem
de dinheiro no IOR.
Papado Nascido
Joseph Ratzinger, sua trajetória pessoal de antes de chegar ao trono de
São Pedro foi cheia de lances surpreendentes, desde sua participação na
II Guerra Mundial (quando foi forçado a se juntar aos nazistas) até
a batalha ideológica da Guerra Fria. Testemunha de alguns dos fatos
mais marcantes do século XX, ele ajudou a moldar a Igreja Católica neste
início de século XXI, ao transformar-se no homem forte do pontificado de João Paulo II.
Seu
poder dentro do Vaticano era tão avassalador que, na ausência de um
papa tão carismático e marcante, foi escolhido para ocupar o posto,
mesmo com a idade avançada. Sua escolha como sucessor de João Paulo II,
em 2005, foi o auge de um longo caminho desde o seminário, a carreira
acadêmica e a entrada na estrutura de poder da Santa Sé.
Quando
Joseph Ratzinger foi escolhido no conclave que o tornou papa, suas
primeiras palavras foram: “Depois do grande papa João Paulo II, os
senhores cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha
do Senhor”.
Em
pouco menos de oito anos de pontificado, Bento XVI protagonizou
triunfos e fracassos, acumulou tropeços e façanhas, errou e acertou –
como quase todos os outros ocupantes do trono de Pedro. Mesmo sem a
perspectiva histórica necessária para dimensionar sua importância dentro
da extensa lista de pontífices do Vaticano, já é possível dizer que o
legado de Bento XVI deixou pelo menos uma pessoa decepcionada:o cardeal
Joseph Ratzinger, que entrou no conclave de sucessão de João Paulo II
como decano do colégio cardinalício e saiu dele, em 19 de abril de 2005,
como novo chefe da Igreja Católica. Como papa, o alemão foi, em linhas
gerais, o que a maioria já previa: um líder mais discreto e menos
midiático que o antecessor, um defensor ferrenho da doutrina católica,
um protetor da liturgia da Igreja.
Ratzinger
não desejava ser papa. Uma vez escolhido, porém, queria mais do que
apenas confirmar as impressões que todos tinham sobre ele. O alemão
tinha alguns objetivos muito claros. Ao renunciar, em 2013, teve de
sofrer não apenas com o peso dessa controversa decisão, mas também com a
impressão de que não atingiu nenhuma de suas grandes metas – e com a
conclusão inescapável de que deixa inacabado seu extenso trabalho a
serviço da Igreja.
A
própria escolha de seu nome papal, uma referência ao padroeiro da
Europa, já indicava uma de suas intenções mais fortes: a de reforçar as
estruturas da Igreja no continente onde o catolicismo foi construído.
Isso não significava necessariamente arrebanhar novos fiéis e expandir a
presença da Igreja nos países europeus, mas sim solidificar sua posição
e se reaproximar dos seguidores que andavam se desgarrando.
Para
Ratzinger, de nada adiantava sair à caça de novos simpatizantes mundo
afora se a Igreja perdia espaço e relevância em seu próprio berço. As
circunstâncias, no entanto, foram as piores possíveis para que Bento XVI
levasse adiante essa reevangelização. Durante quase todo o papado, a
revelação de mais escândalos de abusos sexuais cometidos por integrantes
da Igreja – na maioria dos casos, em países europeus – foram uma
barreira intransponível para seus planos. O número de fiéis nas
paróquias europeias não aumentou – e a revolta dos seguidores que
restaram, cada vez mais desiludidos por causa da longa lista de
escândalos, só cresceu. Em países como Áustria, Holanda, Noruega,
Bélgica e a própria Alemanha, a terra do papa, a imagem da Igreja
continuou sendo manchada pela revelação dos abusos. A decepção do papa
não se resumia aos escândalos em si, mas também ao fato de ele ter sido o
principal responsável por conduzir a reação da Igreja aos abusos.
Em
2001, João Paulo II entregou à Congregação para a Doutrina da Fé,
comandada por Ratzinger, a responsabilidade de lidar com o assunto. O
cardeal, que sempre sofreu muito com os relatos e testemunhos que teve
de ouvir, estava convicto de que era um imperativo moral agir contra os
pedófilos – ainda que a estrutura da Igreja não facilitasse o processo
de investigação e punição. O assunto marcou profundamente o futuro papa.
“Quanta imundície há na Igreja”, disse, pouco antes do conclave. Ainda
como cardeal, ele tomou medidas inequívocas no sentido de combater o
problema. De acordo com os críticos, entretanto, faltou firmeza ao
alemão, apesar de apelidos como “papa panzer” e “o rottweiler de Deus”.
A
ausência de reformas específicas e eficazes para impedir que pedófilos
entrassem no clero foi uma das principais queixas dos grupos que reúnem
as vítimas de abusos. Esperava-se ainda que Bento XVI conduzisse uma
reorganização da Cúria Romana, que administra a Igreja. Se João Paulo II
não tinha o perfil ideal para reformar a estrutura administrativa do
Vaticano, o alemão, metódico e profundo conhecedor dessa máquina, seria
perfeito para a tarefa. Poucos lembraram, porém, que Bento XVI é
essencialmente um acadêmico – e, portanto, não tem nas relações pessoais
e no carisma seus pontos fortes. Fazer política não era com ele. Diante
da resistência dos integrantes da Cúria, sempre avessos às tentativas
de modernização das engrenagens do Vaticano, o papa foi ficando isolado e
impotente. Ele fracassou em duas tentativas práticas de reduzir a
burocracia interna através da fusão de diferentes departamentos. A
criação de um novo Conselho Pontifício, dedicado à “nova evangelização”,
fez com que a máquina administrativa do Vaticano ficasse ainda maior do
que já era quando seu pontificado começou.
Ainda
assim, Bento XVI deixa um legado admirável. Mais do que pelas três
encíclicas, ele notabilizou-se, no que se refere à difusão da fé, pela
trilogia magistral que escreveu sobre a vida de Jesus – o terceiro tomo,
a respeito da infância do Nazareno, ratifica a hipótese de que Ele
nasceu antes do que veio a ser datado como o primeiro ano da era cristã –
e pelas entrevistas que concedeu publicadas em forma de livro. Dono de
uma cultura vasta, que vai muito além da teologia, ele era capaz de ser
didático sobre temas espinhosos.
Vida até o papado Bento
nasceu em 16 de abril de 1927 em Marktl am Inn, no estado da Baviera,
Alemanha. Seu pai, Joseph Ratzinger, um comissário de polícia alemã,
encontrou a sua esposa por meio de um anúncio no jornal. A mensagem
dizia que policial procurava por uma moça virtuosa para se casar.
Ao
anúncio, respondeu aquela que seria então, a mãe de Ratzinger, a
senhora Maria Peintner. Desse casamento nasceram 3 filhos: Georg, Joseph
e Maria. Joseph e Georg se encaminharam desde muito cedo à vocação
sacerdotal. Maria não se casou e dedicou-se aos cuidados dos pais e,
depois, mais tarde, dos dois irmãos.
Bento
era apaixonado por música clássica. Seu gosto foi influenciado pelos
seus pais que, ainda criança, lhe apresentaram a obra de Wolfgang
Amadeus Mozart. Entre suas brincadeiras preferidas da infância estavam
celebrar missas de faz de conta ao som de Mozart e tocar piano. O
religioso também cultivou um amor especial pelos gatos ao longo de sua
vida. Até seus últimos dias de vida, seus ajudantes e secretários contam
que Bento alimentava e brincava com os felinos que passavam pelo
Mosteiro Mater Ecclesiae.
Joseph
Ratzinger prestou serviço obrigatório no Exército Alemão entre 1943 e
1945. Na época, ele havia acabado de entrar no seminário preparatório,
mas não conseguiu evitar ser convocado pelo nazismo. Desde 1941, quando
fazer parte da Juventude de Hitler se tornou obrigatório, o jovem já
frequentava o grupo. Ele só foi convocado oficialmente, contudo, aos 16
anos, para realizar trabalhos auxiliares ao lado dos soldados. Em 1944,
ele e seus companheiros de seminário foram transferidos para as unidades
regulares do Exército.
Em
entrevistas, Ratzinger contou que viu judeus húngaros sendo levados
para campos de concentração quando sua base era próxima da Hungria. O
papa chegou a ser dispensado, mas acabou convocado novamente e desertou
em abril de 1945. Ele foi capturado por soldados americanos e mantido
prisioneiro de guerra por alguns meses.
Bento
voltou ao seminário na Universidade de Munique em 1945 e foi ordenado
padre em 1951. Se tornou doutor pela mesma instituição e, em 1958,
conquistou sua licenciatura e se tornou professor de dogma e teologia da
Freising College.
Nos
anos seguintes ensinou nas Universidades de Bonn, Muenster, Tübingen e
Regensburg. Em março de 1977 se tornou arcebispo de Munique e Freising
e, três meses depois, foi nomeado cardeal pelo papa Paulo VI.
Em
1981, o papa João Paulo II nomeou Ratzinger prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé. Em 1998, tornou-se vice-reitor do Colégio de
Cardeais e foi eleito reitor em 2002. Ratzinger defendeu e reafirmou a
doutrina católica, incluindo o ensino de temas como controle de
natalidade, homossexualidade e diálogo inter-religioso. Foi eleito o
265º papa pelo conclave de 2005, com 78 anos de idade, após a morte de
João Paulo II.
“Tem-se a sensação, de que a fumaça de satanás entrou no templo de Deus por alguma fissura”. A fala do papa Paulo IV é relembrada no filme Eles Estão no Meio de Nós. Lançado na segunda-feira 24, o documentário é dirigido por Bernardo Küster e Viviane Princival.
“Essa produção faz uma análise histórica, social e filosófica da
Teologia da Libertação como nunca visto antes”, explicou Küster, em
entrevista a Oeste. “Construí uma tese nova sobre o
assunto. Resolvemos antecipar o lançamento do filme em razão da dimensão
que o debate religioso tomou nessas eleições.”
Conforme o diretor, o documentário conta a “história da infiltração
esquerdista na Igreja Católica por meio da Teologia da Libertação”. O
movimento surgiu na própria Igreja Católica no início do século 20 e,
por meio de uma análise da realidade social, tem como pauta principal a
luta pela libertação dos “pobres e oprimidos” para conquistar seus
direitos.
“A
Teologia da Libertação é um movimento revolucionário atuante dentro da
Igreja Católica que busca reinterpretar os ensinamentos cristãos e
usá-los como motor de uma revolução social comunista”, disse Küster.O documentário sobre as origens, estratégias e planos da maior ação anticristã contra a Igreja no mundo: a Teologia da Libertação.
A Teologia da Libertação é uma heresia modernista que busca reinterpretar os ensinamentos Católicos e usá-los como motor de uma revolução social.
A produção conta com diversos entrevistados como o filósofo Olavo de
Carvalho (1947-2022); Dom José Luiz Azcona, bispo emérito de Marajó;
Ricardo Vélez, filósofo, escritor e ex-ministro da educação; entre
outros. Ao todo, são 20 participantes.
Segundo o diretor, no Brasil, a Teologia da Libertação
tornou-se o “alicerce para a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT) e
está profundamente ligada a partidos de esquerda. “O PT, que critica
Bolsonaro por se unir aos evangélicos e católicos, nasceu nas sacristias
e paróquias”, afirmou. “O partido apenas finge que não usou a
religião”.
O documentário arrecadou recursos via financiamento coletivo — cerca
de R$ 750 mil, conforme Küster. Quando os produtores iniciaram as
gravações, em 2018, o diretor foi incluído na lista de investigados do
Supremo Tribunal Federal (STF) no “inquérito das Fake News”.
Eles Estão no Meio de Nós
“Devido ao inquérito, os equipamentos de trabalho e de gravação do
filme foram confiscados, e alguns estão até hoje sob posse da Justiça”,
explicou Küster. Segundo ele, com toda a exposição, ele e Viviane
tiveram suas redes sociais derrubadas e desmonetizadas.
“Sofremos ameaças de morte e perdemos até parcerias”, disse. “Mudamos
de cidade. Desse modo, o lançamento do documentário teve de ser adiado.
Em 2022 retomamos os trabalhos”. Foram quatro anos de produção e cerca
de dois anos de gravação em cinco países: Brasil, EUA, México, Itália e
França.
“Um conservador é um homem com duas pernas perfeitamente boas que, no entanto, nunca aprendeu a andar para a frente”, definiu sibilinamente Franklin Roosevelt, quatro vezes eleito presidente dos Estados Unidos e santo mais venerado no altar do Partido Democrata americano. Detalhe: ele perdeu aos 39 anos o uso das pernas, por uma doença devastadora que pode ter sido paralisia infantil ou a pouco conhecida à época síndrome de Guillain-Barré.
Duas mulheres conservadoras, embora de correntes muito diferentes, estão desafiando neste momento a definição de Roosevelt: querem andar para a frente — mesmo que deixem um rasto de choque e espanto à sua passagem. Uma delas é Liz Truss, a nova primeira-ministra britânica. Ela sempre foi considerada pela elite conservadora como segundo time e até ridicularizada por querer imitar as roupas de Margaret Thatcher. Agora, está sendo execrada pelo pacote de medidas econômicas que simplesmente implodiu o consenso reinante sobre economia.
O tsunami de cortes de impostos, desburocratização e incentivos à competitividade que o ministro da Economia de Liz Truss, Kwasi Kwarteng, anunciou levou um comentarista a escrever que precisou “se beliscar para ter certeza de que não estava sonhando, que não havia sido transportado para uma terra distante onde as pessoas realmente acreditam nos princípios econômicos de Milton Friedman e Hayek”.
“Liz Truss e Meloni terão de mostrar se vieram para construir ou, involuntariamente, derrubar a casa”
É uma experiência arriscadíssima num momento de inflação alta, crise energética, desvalorização da moeda e aumento dos gastos públicos. Para os simpatizantes, é a sirene da polícia que anuncia a chegada da salvação nos minutos finais do filme.
Os adversários, inclusive à direita, acham que Liz Truss, ao querer ser mais Thatcher do que Thatcher, sem a férrea disciplina fiscal da Dama idem, assinou não só a própria sentença de morte como a de todo o Partido Conservador. O que seria uma master class de liberalismo econômico de repente pendeu para uma catástrofe em câmera acelerada. Liz Truss teve as ideias certas no momento errado ou as erradas no pior momento possível?
O que acontecerá na Itália com um governo liderado por Giorgia Meloni também responderá a perguntas importantes.
Poderá ela se redimir das origens neofascistas, a praga que assombra a extrema direita europeia?
Existe lugar num país da Europa Ocidental para uma direita nacionalistaà la Trump?[Na América do Sul existe um: BRASIL = próximo aos ideais de Marine Le Pen.]
Propiciará uma política econômica estatista mais parecida com as ideias de Marine Le Pen e irreconhecível para os que pensam como a quase libertária Liz Truss?
Numa coisa ela já evoluiu: saltou do bonde das simpatias da direita populista por Vladimir Putin, aclamado como um defensor de princípios tradicionais e cristãos. [fechamos com essa definição dos ideais do presidente russo Putin.] Foi um dos maiores erros dessa corrente política nos últimos tempos. Putin é o homem que condecorou militares que estupraram, torturaram e assassinaram civis. A Ucrânia, ao contrário, encarna valores venerados pela direita: liberdade, independência, patriotismo, bravura — e paixão por armas bem grandes.
[A Ucrânia tem a sua versão e a Rússia também; o ponto em comum é que a
guerra em curso é de desgaste, só acabando com o fim da Ucrânia ou
Zelenski sendo afastado.] Giorgia Meloni sempre cita Roger Scruton, a face refinada do conservadorismo contemporâneo, e sua síntese do que ele significa: “As coisas boas são facilmente destruídas, mas não facilmente criadas”.
Ela e Liz Truss terão de mostrar se vieram para construir ou, involuntariamente, derrubar a casa.
Publicado em VEJA, edição nº 2809, de 5 de outubro de 2022,
A
nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, definiu a si própria
com a seguinte descrição: “Sou mulher, mãe, italiana e cristã”.
O que
poderia haver de tão perigoso assim numa frase como essa?
Mas aí é que
está: sua definição foi carimbada pela imprensa europeia, mundial e
brasileira, automaticamente, como uma prova de que ela é “extremista”,
“fascista”, “totalitária” e, pior do que tudo, uma “ameaça à
democracia”.
Giorgia é condenada, também, por ser a política mais
popular da Itália de hoje – isso é considerado como crime de
“populismo”,nome com o qual se deprecia atualmente a atuação de todo
adversário conservador que tem a maioria do seu lado.
Giorgia
Meloni é a última prova da doença, até agora aparentemente sem cura,
que infecciona cada vez mais a vida política dos países que foram um dia
as grandes democracias do mundo: a ideia de que se o governante eleito
não for de esquerda ele é uma “ameaça à democracia”. Essa ameaça é tanto
maior, para as classes intelectuais, os devotos do “politicamente
correto” e as castas burocráticas que mandam na Europa sem nunca ter
tido um único voto na vida,
quanto maiores forem as votações de quem não
concorda com eles todos. Nada é mais insuportável do que isso: o apoio
que um político conservador recebe do eleitorado. A população, nesses
casos, é tida como “recalcada”, “autoritária” e incapaz de fazer as
escolhas que a elite quer que sejam feitas.
Giorgia é condenada, também, por ser a política mais popular da Itália
de hoje – isso é considerado como crime de “populismo”, nome com o qual
se deprecia atualmente a atuação de todo adversário conservador que tem a
maioria do seu lado
Giorgia Meloni é
acusada, como se fosse uma delinquente política, por ter posições
diferentes do pensamento único de esquerda – e, pior ainda, por ter o
apoio da maioria do eleitor italiano nessas suas posições.Ela é contra o
aborto, por exemplo, e essas últimas eleições provaram que milhões de
cidadãos pensam exatamente igual; qual é o crime, aí? Nenhum, é claro,
mas as mentes civilizadas da Europa e do mundo ficaram horrorizadas. Ela
é contra o aborto?Então só pode ser uma fascista empenhada em levar a
Itália 100 anos para trás, de volta ao fascismo de Mussolini. Ela é
contra a imigração descontrolada; diz que não se pode resolver a pobreza
na África trazendo os africanos para a Europa, e sim permitindo que a
África se desenvolva economicamente. Horror, de novo –sobretudo quando
ela mostra que todos esses países igualitários, inclusivos e
progressistas da União Europeia exploram de forma destrutiva os recursos
naturais da África,se beneficiam do trabalho infantil e se comportam
como potências coloniais; a França, por exemplo, continua a emitir as
moedas de 14 países.
A
nova chefe do governo italiano é denunciada como extremista por ser
favorável ao primeiro-ministro Viktor Orbán, da Hungria, cujo pecado
mortal é ser anticomunista, ganhar todas as eleições que disputa e nunca
violar nenhuma lei de seu país.
Outra prova do direitismo populista de
Giorgia Meloni é o seu esforço para minimizar com subsídios do erário os aumentos monstruosos nas contas de energia elétrica, que
subiram até 500% em um ano; acham que isso vai contra a “orientação da
comunidade” e não beneficia os imigrantes pobres da África. Ela é contra
as sanções à Rússia, que não trouxeram benefício absolutamente nenhum
para a Itália; só prejuízo. Eis aí, para as mentes progressistas, mais
uma ameaça à democracia.[nós também somos contra as estúpidas sanções;
até agora, quem está se ferrando são os países europeus - a Suíça já recomenda o banho coletivo, de chuveiro é claro, e logo será seguida por outros países.]
Giorgia Meloni, acima de
tudo, comete o desafio imperdoável de pensar com a própria cabeça,
propor medidas que os seus eleitores aprovam e não levar a sério, como
mandam as leis religiosas da mídia mundial,a política miúda das
merkels, macrons e outras nulidades absolutas, com pose de estadista,
que levaram a Europa à situação em que ela está no momento – recessão,
inflação recorde, mendicância energética e medo do frio no próximo
inverno. Giorgia, em suma, não é uma “globalista”. Por isso, e por todo o
resto, não tem perdão – e não terá nunca.
“A corrupção não é uma invenção brasileira, mas a impunidade é uma coisa muito nossa”.Jô Soares.
A gente estava só esperando:o tema corrupção havia de
aparecer na campanha. Apareceu. Da pior maneira possível. Mais ou menos
assim: a sua turma rouba mais que a minha. Ou, claro, os meus roubos são
menores que os seus.
Corrupção não é apenas uma questão moral. Melhor dizendo: se
fosse apenas uma questão moral, já seria importante o suficiente para
merecer atenção e propostas dos candidatos. Não basta condenar a roubalheira, muito menos condenar a
roubalheira dos outros. É preciso apresentar propostas para restabelecer
no Brasil o sistema de combate à corrupção,desmontado meticulosamente
nos últimos anos por políticos e tribunais.
Em vez disso, Lula, por exemplo, prefere dizer que a Lava
Jato causou perdas enormes para a economia, com o fechamento de
empreiteiras e a destruição de empregos.
É o contrário.A Lava Jato, deixando provisoriamente de lado
a questão dos métodos, descobriu um sistema que corrompia a economia
brasileira.
As tais empreiteiras ganhavam obras não por competência, mas
pelas relações promíscuas com o governo.
Como tinham que somar a
propina aos lucros, as obras obviamente ficavam mais caras, nem por isso
melhores.
Ao contrário, muitas obras nem foram concluídas. Foram
projetadas e contratadas apenas para gerar caixa. Prática antiga.
Como
dizia Mario Henrique Simonsen,em muitos casos é mais barato pagar a
comissão e não fazer a obra.
A modernidade no caso da corrupção recente dos governos
petistas foi o tamanho da coisa e a eficiência na captação e
distribuição dos recursos aos aliados.
Tanto é tudo verdade que as condenações com origem na Lava
Jato foram, na maioria, anuladas por questões processuais inventadas
para cada caso.
Ex-réus se livraram da Justiça, mas ficou evidente que
houve grossa corrupção.
Resumo da ópera: o judiciário e o sistema político
brasileiros estão oferecendo ao país o pior exemplo possível.
Fica
estabelecido que há corrupção mas não há como punir.
Liberou geral.
Pior ainda, o eleitor parece que vai se acostumando a isso.
Lula argumenta que o mensalão não é nada comparado com o orçamento
secreto. Ou, o roubo deste lado é menor do que o de lá. [até nessa conclusão o estrupício petista erra: se deste lado, há roubo é menor do que do lado da quadrilha petista.(o se é sustentado pela ausência de provas, já as dos roubos petistas, um dos criminoso foi condenado em três instâncias, por nove juízes diferentes.] Bolsonaro, então, consegue fazer pior. Desdenha dos casos
de seu lado – qual o problema de comprar mais de 50 imóveis com
dinheiro vivo? Ou devolve a tese do roubo menor – o que é rachadinha
perto do petrolão? [para não fugir a regra dos inimigos de Bolsonaro, TENTAM acusar o capitão;
Só que mais uma vez a acusação não se sustenta por falta de provas. Não há lei que proíba a compra de imóveis em dinheiro vivo - cabe ao governo, dentro do prazo legal, investigar a origem do dinheiro e sendo ilícita, punir;
Alguns dos imóveis foram comprados há vários anos e Bolsonaro, então parlamentar do baixo clero não tinha, caso fosse corrupto, cacife para receber valores consideráveis como propina;
Gostem ou não, os recursos que os parentes do presidente utilizaram nas compras, talvez talvez com recursos ilegais, não estão vinculados ao presidente - o presidente só é responsável por seus atos ou dos filhos menores.
O empenho em acusar a família Bolsonaro é tamanho que um dos filhos do presidente, senador da República, comprou um imóvel com financiamento bancário, com prestações mensais cabendo dentro do orçamento do casal (formado por um homem e uma mulher, o homem com salário de senador e a mulher profissional liberal com rendimentos próprios) e tentaram por vários meses encontrar algo ilegal.
Não encontraram = FRACASSARAM = procurar o que não existe sempre resulta em fracassos.
Quanto as 'rachadinhas' desde antes do 'capitão do povo' ser eleito presidente que tentam encontrar provas e fracassam.
Por falar em 'rachadinha', as do gabinete do senador Alcolumbre não existiram? nada foi apurado?]
E ficamos assim: eleitores de Lula ou negam tudo ou admitem
que houve corrupção “quase normal” ou dizem que o tema precisa ser
debatido …. depois da eleição.
Eleitores de Bolsonaro, pior ainda: acreditam em tudo que se
diz de Lula e não acreditam em nada que se diz de Bolsonaro, sempre no
quesito roubalheira.[simples; mesmo com a simplicidade presente, seremos recorrentes: os eleitores de Bolsonaro encontram provas abundantes da roubalheira petista - provas que nove juízes, em três instâncias, também encontraram, tanto que condenaram o petista - já os eleitores de Bolsonaro não encontram provas, nem os acusadores apresentam.]
Pode ser que não haja mais tempo, mas existe aí uma porta de
entrada para Ciro e Simone. Quem sabe eleitores indecisos ou aqueles
que começam a duvidar dos candidatos mais fortes aceitem a tese segundo a
qual o combate à corrupção é inegociável.
Isso também colocaria pressão sobre o favorito, Lula. De
todo modo, mesmo sem isso, o candidato petista continua devendo uma
autocrítica e propostas bem concretas para a reconstrução de um sistema
legal que, primeiro, iniba a roubalheira e, depois, apanhe os culpados
quando a coisa acontece.
Para todos aqui, seria interessante dar uma olhada na
Itália. A Operação Mãos Limpas, primeira inspiração da Lava Jato,
desmontou a velha política, ligada ao crime organizado e à corrupção
generalizada. Partidos tradicionais desapareceram, mas não a vontade de
voltar às velhas práticas.
Para encurtar a história, a Operação foi cuidadosamente
desmontada e a Itália entrou numa sequência de instabilidade política,
ainda maior da que costumava acontecer. Não por acaso, entre os grandes
europeus, é o país de menor capacidade de crescimento [com PIB inferior ao do Brasil do 'capitão do povo'.] e … de maior
corrupção.
Holanda lidera a lista, que inclui 29 das maiores economias globais [duro dos inimigos do Brasil = inimigos do presidente Bolsonaro = aceitarem, mas é a verdade. Entre as 29 MAIORES ECONOMIAS DO MUNDO, nossa PÁTRIA AMADA está em SÉTIMO LUGAR.]
Com o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB)
no segundo trimestre deste ano, o Brasil ficou entre as dez economias
que mais cresceram no período, segundo ranking elaborado pela agência de
classificação de risco Austin Rating com desempenho de 29 países.
Fábrica da Volkswagen: indústria cresceu 2,2%Marcia Foletto
O país ocupou a sétima colocação no levantamento, ficando à frente de
economias consideradas desenvolvidas, como Itália e Espanha, que
ocuparam o oitavo e nono lugares, respectivamente.
Em primeiro lugar, ficou a Holanda, com crescimento de 2,6% entre abril
e junho deste ano. Em segundo, ficou a Turquia, com expansão de 2,1% e,
em terceiro lugar a Arábia Saudita, com crescimento de 1,8%.
A posição do Brasil chama a atenção porque o país sempre aparece emposições intermediárias ou na rabeira do ranking elaborado pela Austin. — Poucas vezes o Brasil ficou entre as dez economias que mais crescem
num trimestre. Foi neste agora e no passado, quando ocupou a nona
colocação — diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, lembrando que na
média geral do trimestre, o crescimento dos 24 países foi de 0,6%.
No mesmo período, o mundo cresceu em média3% por ano, as economias
emergentes do chamado Brics —grupo que reúne Brasil, Índia, Rússia,
China e África do Sul — tiveram expansão de 3,4%, e os países
desenvolvidos da Europa e os Estados Unidos cresceram 1,2%.— O baixo investimento e situação fiscal descontrolada pesam sobre esse
desempenho ruim nos últimos anos. São fatores quase estruturais — diz
Agostini.
O economista da Austin observa que mesmo com juros altos, o efeito da antecipação do 13º salário no primeiro semestre e do saque de R$ 1 mil do FGTSsurtiram
efeito positivo sobre o consumo das famílias. Ele observa que o
investimento também chamou a atenção no segundo trimestre. — O crescimento de 1,2% surpreendeu. O setor de serviços cresceu, mas a
indústria também mostrou expansão de 2,2% no período — disse.
[Abaixo transcrevemos manchete de outra matéria da mesma jornalista, um dos expoentes da chamada mídia militante, que comprova o que todos já estão descobrindo, ou seja: o empenho dos jornalistas daquela mídia em quando são forçados, pelos fatos, a dar um notícia favorável ao Brasil, aos brasileiros e ao governo Bolsonaro, procurarem minimizar o fato favorável e ao mesmo tempo tentam maximizar o que talvez venha a ocorrer no futuro. O filho da jornalista segue, em outro veículo, a mesma toada.
Embora não seja noticiado na velha imprensa, o Brasil
reduziu em cerca de 25% a incidência de incêndios e queimadas nos
últimos dois anos
“Mês de agosto é tempo de queimada. Eu vou pra roça preparar o aceiro.” Quebra do Milho, Pena Branca e Xavantinho
Floresta Amazônica vista do espaço | Foto: Shutterstock
Neste Ano da Graça de 2022, o Brasil apresentou uma
expressiva diminuição na incidência de incêndios e queimadas. De 1° de
janeiro a 15 de agosto, o país registrou 49.638 queimadas, contra 58.972
no mesmo período de 2021.
As queimadas diminuíram 15% no Brasil e
cresceram 19% no restante da América do Sul. Em 2021, a queda nas
queimadas no Brasil já havia sido de 10% em relação a 2020. Nos últimos
dois anos, o Brasil reduziu em cerca de 25% a incidência de incêndios e
queimadas em seu território.
Os dados são do monitoramento das queimadas por satélite, realizado
pela Nasa. Há décadas, qualquer fogo de alguma magnitude é detectado por
diversos sistemas orbitais, em sua maioria norte-americanos. O sistema
atual de referência internacional para monitorar queimadas e incêndios
usa os dados do satélite AQUA M-T. A detecção dos pontos de calor ou
fogos ativos pelo satélite é disponibilizada, em tempo quase real, num
site conhecido como Fire Information for Resource Management System (FIRMS). No Brasil, esses dados, analisados neste artigo, são oferecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial no Programa Queimadas.
A redução das queimadas e dos incêndios no Brasil não se deve apenas
ao clima ou a São Pedro fazendo chover na horta.
Na vizinha Argentina,
no mesmo período de janeiro a 15 de agosto de 2022, houve um aumento de
40% nas queimadas.
Na Venezuela e na Colômbia, as queimadas cresceram
30%.
O Equador registrou o recorde da América do Sul: 153%.
Houve quem
acompanhasse o Brasil na redução: menos 13% no Paraguai e no Chile.
Ninguém na América do Sul apresentou valores absolutos e relativos de
redução de queimadas comparáveis aos do Brasil, até agora.
Descontado o
Brasil, o número de queimadas e incêndios na América do Sul cresceu em
2022, e passou de 65.181 para 77.715 no período.
Quando totalizadas para cada bioma brasileiro, as queimadas e os
incêndios entre janeiro e 15 de agosto indicam uma redução generalizada.
As maiores reduções aconteceram nos biomas Pampa (-53%), Caatinga
(-45%) e Mata Atlântica (-39%). A menor, de -2%, ocorreu no Cerrado. Os
dados apontam uma diminuição de 14% na Amazônia e de 22% no Pantanal, em
relação ao mesmo período em 2021.
É o segundo ano de redução significativa das queimadas e dos
incêndios. No Pantanal, ao longo do ano passado, a queda já fora de 69%,
em relação a 2020. Na Amazônia, o decréscimo foi de 26% em 2021. De
2019 a 2022, a incidência de incêndios e queimadas na Amazônia de
janeiro a 15 de agosto diminuiu 44%, como atestam os dados do Inpe. Boas notícias para quem se preocupa com a Amazônia e o Pantanal. Pouco noticiadas. Aqui e no exterior. Silêncio geral.
Queimadas não são incêndios. Fogo indesejável, o incêndio ocorre fora
de hora e lugar. Destrói patrimônio público, privado e a
biodiversidade. Mata pessoas. Ninguém responde por ele. Sua prevenção é
fundamental. Uma vez iniciados, os incêndios são difíceis de controlar. A
Europa, em particular França e Espanha, sabe disso.
Neste ano, a Europa atingiu o recorde de incêndios desde 2006, segundo dados atualizados em 13 de agosto peloSistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS). Desde 1º de janeiro foram incendiados quase 700.000 hectares de florestas, um recorde desde o início do monitoramento.
Em 2019, o fogo na Amazônia mobilizou a mídia nacional e
internacional, as organizações não governamentais e gerou manifestações
acérrimas do presidente francês.
Na França, os incêndios florestais fora
de controle neste verão são os piores desde 2003. Dados do EFFIS
apontam mais de 60.000 hectares de florestas calcinados até agosto. Seis
vezes a média anual de florestas incendiadas na França
entre 2006 e 2021.
A França teve de recorrer à ajuda de bombeiros da
Alemanha, da Polônia, da Áustria e da Itália.
Diante de situação tão
crítica, seria o caso de propor-se a internacionalização das florestas
francesas, como o mandatário gaulês sugeriu em 2019 em relação à
Amazônia?
Esta catastrófica temporada de incêndios florestais na Europa tem
consequências negativas para o meio ambiente, além da perda de vidas
humanas, da biodiversidade e de patrimônios públicos e privados.Foram
lançadas quantidades recordes de gás carbônico na atmosfera. E, a um
tempo, foi reduzido o número de árvores, sorvedouros naturais do mesmo
carbono.
Et attention,o carbono emitido pelos incêndios florestais
europeus não será retirado da atmosfera no ano seguinte pelo crescimento
sazonal de pastagens e cultivos, como ocorre em grande parte da
agropecuária brasileira com as queimadas.
Aqui as queimadas ocorrem em
pastagens, sobre restos de cultivos e em formas de uso da terra com
baixa densidade de vegetação (capoeiras). Os incêndios na Europa ocorrem
em florestas de coníferas e de caducifólias, cuja fitomassa pode conter
até centenas de toneladas de carbono por hectare.
Segundo relatório do Serviço Europeu Copernicus de Monitoramento da Qualidade do Ar,os incêndios franceses entre junho e 11 de agosto emitiram cerca de 1
milhão de toneladas de carbono, igual à emissão anual de 790.000 carros.
O recorde anterior, em 2003, com 1,3 milhão de toneladas, será superado
até o fim do ano, segundo o relatório. Na Espanha, já foram superados.
Entre 1º de junho e 17 de julho, os incêndios florestais causaram
emissões superiores aos totais de junho a julho de 2003 a 2021. Olé!
Essas emissões dos incêndios serão totalizadas e incorporadas nos
relatórios anuais sobre “emissões de gases de efeito estufa” da França e
outros países europeus? Pouco provável. Mesmo se essa exigência tem
sido colocada por europeus em relação às queimadas nos relatórios
brasileiros. Os dados serão integrados pelo Painel Intergovernamental
sobre Mudanças Climáticas?
Segundo a Agência Internacional de Energia, as emissões de CO2 ligadas à produção de eletricidade diminuem em todo o mundo, menos na Europa,
devido ao uso crescente do carvão. Agregado ao enorme aumento no uso do
carvão mineral e do gás na geração de energia, as emissões de gases de
efeito estufa da Europa navegam por mares nunca dantes navegados e
atingem o topo de picos nunca escalados.
Com ou sem noticiário, os anos de 2021 e 2022 passarão à história do Brasil como de redução nas queimadas
Além de monóxido e dióxido de carbono, os incêndios lançaram metano,
óxidos de nitrogênio, aerossóis, fuligem e alcatrão. Essa poluição do ar
é negativa à saúde humana, sobretudo para quem sofre de doenças
respiratórias. Aqui, as queimadas ocorrem em áreas rurais de baixa
demografia. Na Europa, densamente ocupada, os incêndios acontecem ao
lado de áreas urbanas.
Ao contrário dos incêndios, a queimada é uma tecnologia agrícola
primitiva. Tem local e hora para começar. Esse fogo desejado e
conscientemente ateado tem um responsável. Agricultores não queimam por
malvadeza. Essa prática do Neolítico foi herdada essencialmente dos
índios (coivara).Povoadores europeus a adotaram na América Latina.
Ela é
tradicionalíssima na África, campeã planetária das queimadas, onde
também é técnica de caça.
No Brasil, é sobretudo o produtor não tecnificado, descapitalizado e
marginalizado do mercado quem emprega o fogo para renovar pastagens,
combater carrapatos, eliminar resíduos vegetais acumulados, limpar áreas
de pousio, etc. E esses agricultores são minoria. São mais de 6 milhões
de produtores e cerca de 110.000 queimadas rurais por ano.
Mais de 98%
dos produtores não empregam o fogo.
Não é uma prática generalizada,
apesar de alguns acusarem toda a agropecuária de incendiária.
Com ou sem noticiário, os anos de 2021 e 2022 passarão à história do
Brasil como de redução nas queimadas. O Poder Executivo, acusado pelo
aumento do fogo na Amazônia e no Pantanal em 2020, receberá crédito pela
redução do fenômeno por dois anos consecutivos?
É possível reduzir o uso do fogo a menos de 1% dos produtores,
substituindo as queimadas por novas tecnologias nos sistemas de
produção. Alternativas técnicas à pratica das queimadas existem, como demonstra a Embrapa. Para isso, é preciso paz na Terra pelos
homens de boa vontade. Agosto não foi o mês do desgosto. Até a
primavera ainda há um bocadinho de chão a caminhar. Todo cuidado é
pouco. Faísca pula que nem burro brabo, adverte a música Quebra do Milho. Até lá, tanto as queimadas como a boa vontade ainda podem aumentar. Dum vita est, spes est (Enquanto há vida, há esperança).