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quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Denúncia não é julgamento, tampouco sentença condenatória; qualquer um pode ser acusado, mesmo denunciado, cabe ao MP provar

MPF prepara denúncias contra Cunha e Collor; ex-presidente é acusado de receber R$ 26 milhões em propina

Já o inquérito do ex-governador de MG Antonio Anastasia deve ser arquivado

O Ministério Público Federal deve denunciar ainda este mês o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por corrupção e lavagem de dinheiro supostamente desviado de um contrato entre a Samsung Heavy Industries e a Petrobras. Na denúncia, Cunha deverá ser acusado também de coação de testemunhas. O presidente da Câmara é suspeito de receber suborno para viabilizar os negócios da Samsung com a Petrobras. Só uma das propinas teria sido de US$ 5 milhões. Também estão praticamente prontas na Procuradoria-Geral da República pelo menos mais quatro denúncias contra políticos com direito a foro privilegiado — uma delas contra o senador Fernando Collor (PTB-AL). Cunha e Collor negam envolvimento nas irregularidades apuradas na Operação Lava-Jato.

O Ministério Público deverá também sugerir o arquivamento do inquérito aberto contra o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi acusado pelo policial Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, de receber R$ 1 milhão do doleiro Alberto Youssef na campanha de 2010. Ele teria viajado a Belo Horizonte para entregar o dinheiro ao senador, a quem diz ter reconhecido tempos depois ao vê-lo na televisão. Youssef não confirmou a informação de Careca, e as investigações não avançaram.

Já as acusações contra Cunha estão ancoradas nos depoimentos de Youssef e do empresário Júlio Camargo, dois dos principais delatores da Operação Lava-Jato, e em documentos obtidos pelo MPF e pela Polícia Federal desde a abertura de inquérito sobre o caso no Supremo Tribunal Federal, em 6 de março deste ano.

Em depoimentos, Camargo disse que pagou propina de US$ 5 milhões a Cunha em troca do apoio dele a um contrato de aluguel de navios-sonda da Samsung pela Petrobras. Parte do dinheiro teria sido entregue a Cunha por Camargo. As declarações do delator confirmam acusações feitas a Cunha por Youssef em pelo menos dois depoimentos aos procuradores da Lava-Jato.


Num dos depoimentos, Youssef disse que, a pedido de Camargo, repassou R$ 5 milhões a Cunha por intermédio do lobista Fernando Soares, o Fernando Baiano, operador do PMDB na Petrobras, especialmente na diretoria internacional. Um dos pagamentos, no valor de US$ 2 milhões, teria sido feito a Fernando Baiano, em Hong Kong, por intermédio da RFY ou DGX. Youssef disse ainda que parte do pagamento foi feita no escritório que ele tinha em São Paulo.

PRESSÃO NA CÂMARA
Youssef disse ainda que Cunha usou requerimentos de informação de uma das comissões da Câmara para pressionar Camargo a retomar o pagamento das propinas. Num determinado momento, após uma divergência entre Camargo e a Samsung, os pagamentos de propina foram suspensos. Cunha teria, então, recorrido a dois deputados, um deles a ex-deputada Solange Almeida, para apresentar requerimentos de informação contra Camargo e empresas representadas por ele.

Cunha negou qualquer vínculo com o requerimento supostamente usado para pressionar Camargo. Mas documentos apreendidos na Câmara indicam que o requerimento foi elaborado num computador aberto com a senha do deputado que hoje é presidente da Câmara. Na primeira fase da investigação, Camargo, que fez acordo de delação premiada, não falou sobre a propina e a suposta extorsão de Cunha. Mas, recentemente, mudou de ideia e entregou detalhes sobre o suposto pagamento de propina a Cunha e a outros políticos.

A revisão do depoimento de Camargo deu base à prisão do ex-ministro José Dirceu. Camargo disse que deu R$ 4 milhões em propinas ao ex-ministro. Outros trechos das delações darão base à denúncia contra Cunha. Investigadores examinam a possibilidade de denunciar Cunha também por coação de testemunhas. A acusação teria como base declarações de Youssef e de Camargo de que foram ameaçados depois de terem sustentado as acusações de suborno contra Cunha.

No caso de Fernando Collor, os elementos encontrados, na avaliação de investigadores, também são consistentes. Em documentado enviado ao Supremo, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que não há razão para devolver os carros de luxo — Lamborghini, Ferrari, Bentley e Land Rover — apreendidos no mês passado na casa do senador. Janot também afirmou que o parlamentar recebeu, ao todo, R$ 26 milhões de propina no período entre 2010 e 2014.

Segundo Janot, o dinheiro saiu de contratos firmados pela BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. De acordo com o procurador-geral, foi montado um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro com diversos intermediários para que Collor pudesse embolsar a propina. Para isso, ele teria usado empresas das quais é sócio e assessores de seu gabinete no Senado, entre outros. 

Fonte: O Globo



terça-feira, 4 de agosto de 2015

No Roda Viva, Caiado afirma que a saída para a crise é a renúncia de Dilma e a realização de outra eleição presidencial

No Roda Viva desta segunda-feira, o senador Ronaldo Caiado, do DEM de Goiás, afirmou que a saída para a crise é a renúncia de Dilma Rousseff e a imediata convocação de uma nova eleição. Entre outras acusações, o entrevistado disse que Lula transformou a corrupção em “hóspede oficial do Planalto”, acusou a atual presidente de ter cometido crimes que justificam um pedido de impeachment e reiterou que “é preciso extirpar o PT do governo”.


VÍDEO:  Roda Viva | Ronaldo Caiado | 03/08/2015


Participaram da bancada de entrevistadores cinco jornalistas: Silvio Navarro, editor de Brasil do site de VEJA, João Gabriel de Lima, diretor de redação da revista Época; Bela Megale, repórter de política da Folha, Cesar Felício, editor de política do Valor Econômicoe José Alberto Bombig, editor de política do Estadão. Transmitido ao vivo pela TV Cultura, o programa foi ilustrado por desenhos em tempo real do cartunista Paulo Caruso.

16 de agosto: estaremos lá - Tudo isso pode insuflar os protestos contra Dilma Rousseff, marcados para o dia 16 de agosto.

Dirceu não é mais o mesmo, mas sua prisão pode manchar era Lula. Tudo isso pode insuflar os protestos contra Dilma Rousseff, marcados para o dia 16 de agosto.
Petista ainda cumpre pena pela condenação no mensalão e pode perder benefício do regime domiciliar

José Dirceu não é a sombra do que foi, mas sua nova prisão, ainda que fosse a bola mais cantada no mundo político atual, tem consequências significativas, no curto e médio prazos. A principal delas é política. Os investigadores disseram estar convencidos de que o esquema de corrupção na Petrobras nasceu no primeiro governo Lula e era a repetição do mensalão. Em ambos os casos, segundo os procuradores da Lava-Jato, Dirceu foi o principal estrategista, preenchendo postos-chaves para a engrenagem dos esquemas.

Como se sabe, no mensalão os recursos desviados foram usados na compra do apoio da base aliada no Congresso. Na Lava-Jato, os recursos foram drenados para campanhas eleitorais e, aqui e ali, para os bolsos de algunsDirceu entre eles,  aponta a investigação. Ainda que existam diferenças, a comparação tem o poder de deixar uma mancha na era Lula e enfraquece a tese, já em desuso, de que o ex-presidente desconhecia as negociações não republicanas de sua administração. E mais: em tom enigmático, os procuradores sugeriram que Lula, ele próprio, integra a lista de investigados da Lava-Jato.

Tudo isso pode insuflar os protestos contra Dilma Rousseff, marcados para o dia 16 de agosto. Esse é o maior temor dos dirigentes petistas. As manifestações anteriores já haviam se notabilizado pelo caráter antipetista, extrapolando a insatisfação contra a presidente. A depender da adesão, os atos podem deixar ainda mais vulnerável o governo, que vai encarar, fragilizado, o retorno de um Congresso frenético.

A prisão de Dirceu também tem consequências jurídicas para ele próprio. Sua situação é bem mais complicada do que a de outros alvos da Lava-Jato. O petista ainda cumpre pena pela condenação no mensalão e ganhou da Justiça o chamado benefício de progressão do regime, deixando a cadeia para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar. Agora, é possível que, provocada pelo Ministério Público, a Justiça reveja esse benefício.

Pesa contra Dirceu o fato de que parte dos pagamentos recebidos do lobista Milton Pascowitch foi feita no período em que ele estava preso. Segundo o próprio Pascowitch, trata-se de propina. Portanto, em tese, Dirceu não tinha exatamente o "bom comportamento" que o levou para casa.  Também é certo que o passado do mensalão terá impacto numa eventual futura condenação do petista na Lava-Jato, quando o seu histórico será levado em conta.

É bom lembrar que a prisão ocorre ao mesmo tempo em que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, justamente o operador alçado ao cargo por Dirceu, em 2004, também negocia um acordo de delação premiada. Não sem razão, a notícia desta negociação reforçou o sentimento de pânico em Brasília.


Fonte: Alan Gripp - O Globo – Site: A Verdade Sufocada

“Do asfalto ao Planalto”

Já estamos em agosto ─ o mês mais famoso das crises brasileiras, o mês em que Getúlio Vargas se matou, Jânio renunciou e Juscelino Kubitschek morreu.
Já neste início de semana se ouve o batucar dos tambores de guerra. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou que pretende em poucos dias recuperar um grande atraso: votar as contas da Presidência da República, de Collor a Lula. Fica assim aberto o caminho para a análise das contas de Dilma. É bem possível que o Tribunal de Contas recomende sua rejeição. E, caso a Câmara aceite a recomendação, o passo seguinte é o pedido de impeachment de Dilma.

Aliás, já há doze pedidos de impeachment aguardando votação, e Cunha promete colocá-los em pauta. O impeachment precisa ter embasamento jurídico, mas aplicá-lo é sempre uma decisão política. Os pedidos de impeachment, mais a decisão do TCU a respeito das contas, serão por isso examinados depois do dia 16 data prevista para as manifestações Fora, Dilma. Também será levado em conta um ruído mais próximo: o bater de panelas nesta quinta, 6, dia em que Dilma, Lula e o comando do PT estarão na TV, em cadeia nacional. Cadeia? Vá lá, em rede nacional. E com muitos em risco de cair na rede da Justiça. Há ainda CPIs espinhosas, como a do BNDES e a dos Fundos de Pensão, prontinhas para começar. Há novas delações premiadas, na área de energia. Há a possibilidade de que Eduardo Cunha seja acusado pelo Ministério Público, e reaja criando mais dificuldades para o governo.
E agosto é mês longo, de 31 dias.

A história oficial
A advogada Beatriz Catta Preta conduziu nove delações premiadas,
criando dificuldades para empresários e políticos que, claro, se irritaram. A advogada, experiente, por certo não se surpreendeu com essa hostilidade. Foi convocada pela CPI da Petrobras; mas a queda da convocação no Supremo, por ilegal, era quase certa (e caiu mesmo). Os advogados têm o direito de não falar sobre suas conversas com clientes. E dizer-se ameaçada, não diretamente, mas veladamente, e por isso abandonar a advocacia? Demitir o pessoal, esvaziar o escritório e chamar a Globo, dizendo que teme por sua família, mas não pretende deixar o Brasil ─ quando o jornalista Cláudio Humberto já informou que, há menos de um ano, montou uma empresa, a Catta Preta Consulting LLC, em Miami?  Então, tá.

A história analisada
Do sociólogo Rubens Figueiredo, sobre Beatriz Catta Preta: “Ela disse que é ‘ameaçada de forma velada através da imprensa’. Ora,
ou é velada ou é através da imprensa. As duas coisas juntas são impossíveis. Também disse que desistiu dos processos da Lava Jato ‘para não causar exposição indevida dos seus clientes’. Ora, ora: o que será mais indevido do que estar preso por corrupção, com fotos e imagens em todos os meios de comunicação?”

A história de sempre 1

Diante da erosão de sua base política, Dilma reagiu como de costume: anunciou a liberação de R$ 1 bilhão para honrar emendas parlamentares já aprovadas e acalmar deputados e senadores, irritados com promessas sempre reiteradas e jamais cumpridas.

O resultado foi o de sempre:
os parlamentares continuam dispostos a só confiar na presidente quando a verba for liberada de verdade.

A história de sempre 2
E, buscando o apoio dos estados, o governo agiu como de costume: inventando.  Após a reunião de Dilma com governadores, o blog da Presidência divulgou, às 23h23 do dia 30, uma falsidade. “Os governadores (…) fizeram uma defesa clara (…) da manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma e dos eleitos em 2014. (…) os representantes dos 27 Estados deixaram clara sua posição de unidade em favor da estabilidade política do país”. 

Só que o tema nem foi discutido.
O que houve foi uma opinião do maranhense Flávio Dino, do PCdoB, em entrevista (“defendemos a manutenção do mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff”). Geraldo Alckmin, PSDB, desmentiu Dino na hora: negou qualquer manifestação dos governadores sobre o tema e disse que é preciso cumprir a Constituição. Alckmin foi ignorado no blog da Presidência. Adiantou?

Depende: se
o caro leitor acha que o blog da Presidência tem muitos leitores, todos crédulos, e que influencia a opinião pública, então adiantou. Senão, não.

História puxa história
O senador Romário, PSB do Rio, presidente da CPI do Futebol, disse que não permitirá a convocação de José Maria Marin para depor no Brasil. Teme que, aqui, Marin se livre da extradição para os EUA. Quer ouvi-lo, mas na Suíça. Romário já foi mais amável com Marin. Em 22 de agosto de 2012, quando quis trocar o técnico da Seleção (foi atendido), postou nas redes sociais: “Presidente José Maria Marin, depois dessa bela ação de ter trocado o comando da comissão de arbitragem, que já era uma vergonha, continue com boas ações, faça seu papel, mande este sujeito para onde ele já deveria ter ido depois da Copa América. (…) Não faça da sua gestão uma gestão perdedora por causa de um treinador que não vai te dar nada, os interesses dele são maiores que os da Seleção. Ouça seu vice Marco Polo del Nero, que é um grande conhecedor do futebol.” 

Fonte: Coluna do Carlos Brickmann



A prisão de Dirceu adverte: no terceiro dia do mês, o agosto de Lula e Dilma começou - Os autores de Saudação à Mandioca lançam: A Meta

“E se for absolvido no Supremo, como é que fica?”, pergunta José Dirceu no vídeo de 5:52 que reproduz alguns trechos do Roda Viva transmitido pela TV Cultura em novembro de 2010. O entrevistado parecia convencido de que, se o processo do mensalão algum dia fosse julgado, seria inocentado por um tribunal majoritariamente composto de Lewandowskis e Toffolis. Ao longo do programa, sempre caprichando na pose de guerreiro do povo brasileiro, mentiu com a convicção dos que se acham condenados à perpétua impunidade.

VÍDEO: Dilma - A Meta (REMIX) - By Timbu Fun

As perguntas foram muito melhores que as respostas, comentei no último bloco. Os devotos da seita lulopetista, claro, viram outro programa. “O Dirceu acabou com você!”, berraram incontáveis milicianos entre insultos e risadas eletrônicas igualmente obscenas. “Vai pra casa, tucano” ordenaram outros tantos cretinos fundamentais. Continuo onde estive nos últimos seis anos. Dirceu foi para a cadeia, conseguiu escapar da Papuda para cumprir o resto da pena no recesso do lar. Nesta segunda-feira, voltou a dormir numa cela.

De novo, ele terá de optar entre o silêncio e a confissão. No caso do Mensalão, a mudez de Dirceu manteve Lula longe do banco dos réus. Talvez recupere a fala agora que voltou ao centro do pântano a bordo do Petrolão. Ele sabe que o juiz Sérgio Moro é bem menos compassivo que a bancada governista do STF. Descobriu o que é envelhecer na gaiola. Vai escolher entre a submissão a Lula e a vida em liberdade.
A epidemia de insônia desencadeada no coração do poder pela segunda prisão de Dirceu adverte: no terceiro dia do mês, o agosto de Lula e Dilma começou.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes

Desta vez, Lula não tem pra onde correr. Ou ainda: Acabou, Dilma! Ou ela liberta o país, ou o país dela se liberta. Na lei e na ordem!

Se não houver uma alteração de última hora, o programa político do PT vai ao ar depois de amanhã, dia 6, com a presidente Dilma e o partido estreitando-se, como na poesia, num abraço insano, em horário nobre. O país deve ouvir, então, o maior panelaço-apitaço da história, numa espécie de avant-première dos protestos do dia 16 de agosto. Se o governo achava que, com Eduardo Cunha (PMDB-RJ) contra as cordas, teria alguma folga, então é porque ignora a dinâmica da realidade.

A prisão de José Dirceu, agora pela atuação no escândalo do petrolão, faz a crise atingir um novo patamar e, mais uma vez, a exemplo do mensalão, bate à porta de Lula. Nem tanto porque os dois fossem íntimos — o que, a bem da verdade, nunca foram —, mas porque ambos sempre ocuparam posições de mando, formais ou informais, na organização que lhes garante o poder: o PT.

E há mais estragos à vista. Marlus Arns, o novo advogado constituído por Renato Duque, homem do partido na Petrobras, negocia os termos de sua delação premiada. Seus outros defensores, por discordarem do procedimento, abandonaram a causa. Tido habitualmente como homem de Dirceu na Petrobras, é evidente que todos reconhecem nessa qualificação de Duque só um modo de dizer. Dirceu não dispunha um exército privado na legenda. Os “seus homens” eram os “homens do PT”. Ainda que possa ter usado as posições de mando ou de influência para obter benefícios pessoais, todos reconheciam nele uma personagem a serviço de uma causa.

E essa “causa”, obviamente, tinha um chefe: Luiz Inácio Lula da Silva. Imaginar que ele passará incólume também por essa avalanche desafia o bom senso. A fala de Roberto Podval, defensor de Dirceu, segundo quem seu cliente é um “bode expiatório”, pode traduzir um sentido muito específico, intencional ou não: o ex-ministro não deixa de ser oferecido como uma espécie de elemento ritual que purga todas as culpas do PT, inclusive as que não são suas (do próprio Dirceu) — ou, vá lá, não são exclusivamente suas. O ex-ministro não era o dono de um partido dentro do partido. Quem acredita nisso? Li em algum lugar que o juiz Sergio Moro estaria espantado com a abrangência do esquema criminoso. Quem conhece a forma com se organizou o PT e os seus valores não está, de modo nenhum, espantado. Já a ousadia e o desassombro, ancorados na certeza da impunidade, isso, sim, chama a atenção. Os dados da investigação que vêm à luz indicam que o processo do mensalão, embora ocupasse o noticiário com força avassaladora, não intimidou de nenhum modo a turma. Ao contrário: parece ter lhe excitado a imaginação para descobrir caminhos novos para a falcatrua.

É evidente que a coisa toda assume uma perspectiva que chega a ser apavorante. A promiscuidade entre políticos, empreiteiros, lobistas e toda sorte de intermediários passou por uma devassa na Petrobras e talvez seja esmiuçada na Eletrobras, mas cabe a pergunta óbvia: há alguma razão objetiva para que as coisas tenham se dado de maneira diversa nas demais áreas do governo? A resposta é, obviamente, negativa. Se as personagens eram as mesmas, se os mesmos eram os métodos, e se também não variava a forma de ocupação dos cargos públicos, por que haveria de ser diferente?

O PT constituiu um estado dentro do estado. O PT criou um governo dentro do governo. O PT governou um outro Brasil dentro do Brasil. O PT expropriou a população dos bens do seu país. O PT usou a democracia para tentar solapá-la.

Nada escapou do governo paralelo. Milton Pascowitch, por exemplo, que fez delação premiada, afirmou à Justiça ter entregado na sede do PT, em São Paulo, R$ 10,532 milhões de propina em dinheiro vivo. Desse total, R$ 10 milhões seriam relativos a um contrato da Engevix com a Petrobras para construir cascos de oito plataformas do pré-sal. Os outros R$ 532 mil seriam parte da propina em razão do contrato da empreiteira com o governo para as obras de Belo Monte.

Vejam que coisa: pré-sal, Belo Monte, refinarias da Petrobras… Eram os projetos nos quais se ancorava o discurso ufanista do lulo-petismo, que sempre teve, sabemos, uma gerentona, que acabou sendo vendida ao distinto púbico como a mãe dos brasileiros, a “Dilmãe”, não é assim?

Os que imaginam que Dilma pode ficar por aí — como Marina Silva, por exemplo — vão indagar onde está a digital da presidente ordenando esta ou aquela falcatruas ou, ao menos, condescendendo com elas. Se Dilma ocupasse só uma função técnica no governo, talvez a gente pudesse se contentar com o escopo apenas penal de sua atuação. 

Mas ela é uma liderança política. Ocupa a Presidência da República e é, queira ou não, produto dessa máquina corrupta que tomou conta do estado. Eleita e reeleita, foi sua beneficiária direta, uma vez que a estrutura criminosa financiava também o processo eleitoral.

Se Lula não tem para onde correr, Dilma tampouco tem onde se refugiar. Ocorre que, no momento, o país é, em parte, refém das prerrogativas que detém a mandatária. Por isso mesmo, ela tem de libertar o Brasil, ou o Brasil tem de se libertar dela.

Presidente,  é preciso saber reconhecer o momento: acabou!

Reacionarismo

Os brucutus da ditadura gostavam de posar de civis. Agora, civis eleitos democraticamente posam de brucutus
Na terça-feira, dia 16, um homem fardado, com insígnias e condecorações [legitimamente eleito pelo voto de eleitores livres] presidiu os trabalhos da Câmara dos Deputados, em Brasília, por quase duas horas. Era o deputado Capitão Augusto (PR-SP), para quem o golpe de Estado de 1964 não foi um crime, mas uma “revolução democrática”.

A fotografia do parlamentar paramentado de policial militar comandando o Poder Legislativo ganhou destaque em jornais e nas redes sociais. Não era para menos. Ali está um retrato do nosso tempo, um tempo cinza-escuro, como a farda da PM que ele envergava, um tempo sombrio, plúmbeo, em que as forças mais reacionárias e obscurantistas pisoteiam com seu coturno estulto os símbolos da democracia e da liberdade
. [podem até pisotear e só encontram espaço para este possível pisoteio, devido o fato dos malditos esquerdistas eleitos, também pelo povo, passarem o tempo a assaltar os cofres públicos.]

Que a indumentária da repressão policial tome assento na presidência da Câmara é uma agressão simbólica chocante
. [o uniforme utilizado pelo capitão Augusto preenche TODOS OS REQUISITOS adequados  ao uso por qualquer parlamentar frequente todas as dependências da Câmara e exerça as atribuições que lhe forem conferidas.
Nada impede que um sacerdote use a batina para desempenhar nas dependências da Câmara o seu mandato.] 

Até mesmo os militares golpistas que tomaram o poder de assalto em 1964 tinham o cuidado de tirar o quepe do Exército e vestir um terno civil enquanto usurpavam a Presidência da República. Não tinham boa formação moral e cívica, mas pelo menos tinham senso de ridículo. Queriam disfarçar um pouco a agressão que perpetraram contra a nação. Em traje “passeio completo”, tentavam desanuviar a carranca. Como não tinham sido eleitos como civis, e sabiam disso muito bem, posavam como se fossem civis. Eram brucutus fantasiados de gente civilizada.

Agora, seus adoradores anacrônicos, para quem o golpe
[contragolpe] “livrou o Brasil do comunismo”, são eleitos como gente civilizada e adoram posar de brucutus. Talvez não incorram em falta de decoro, mas certamente abusam da falta de educação. O pior é que isso rende voto e popularidade. Não nos esqueçamos de que, vira e mexe, uns tipos vão às ruas pedir “intervenção militar”, numa escancarada apologia do crime. [intervenção  militar constitucional tem amparo na Constituição Federal, assim não é crime. Crime é assaltar os cofres da República, se locupletas com a coisa pública – nisso os petistas, toda a maldita esquerda e seus apoiadores são mestres.] O discurso autoritário anda em alta e surfa na onda cor de chumbo. Não se trata apenas de conservadorismo, mas de reacionarismo bestificante, um reacionarismo que está presente não apenas na política, mas em praticamente todos os campos da vida social.

No campo dos costumes, por exemplo, as falanges reacionárias nunca estiveram tão “saidinhas”. Dias antes de um casacão da PM presidir a sessão da Câmara, outro grupo de parlamentares, na mesma instituição, desfraldou faixas e cartazes para protestar contra a Parada Gay e a Marcha da Maconha. A primeira é muito famosa. Uma vez por ano, reúne milhões de manifestantes para defender os direitos dos homossexuais. A Marcha da Maconha não tem a mesma visibilidade
. [o que obriga as PESSOAS DE BEM a aceitar que  um bando de bichas e lésbicas defendam o homossexualismo e, pior ainda,  queiram impor seus costumes repugnantes? O que impede que as PESSOAS DE BEM sejam contrárias à liberação das drogas?] É um protesto ainda desconhecido que pleiteia a descriminalização da droga que lhe dá nome. Pois bem, aquele grupo de deputados federais sisudos não gosta disso e quer deixar bem claro que não gosta nada disso.

Empertigados como espantalhos no milharal, eles se perfilaram e posaram para os fotógrafos como se fossem salvar o Brasil, agora não mais do comunismo, mas da devassidão.  [
o comunismo traz a devassidão e uma das diretrizes básicas do Foro de São Paulo prega a extinção da FAMÍLIA, da RELIGIÃO, da MORAL, dos BONS COSTUMES,  querem o ABORTO, o CASAMENTO GAY, a LIBERAÇÃO TOTAL DAS DROGAS e de todas as IMUNDÍCIES que a esquerda precisa chafurdar para sobreviver.] Fizeram suas melhores (ou piores) caras de indignação para denunciar a existência de dinheiro público dando suporte à Parada Gay, como se isso fosse um disparate. [claro que é um disparate, um roubo e uma pouca vergonha; dinheiro público é para ser usado na EDUCAÇÃO, na SAÚDE, na SEGURANÇA, no TRANSPORTE PÚBLICO – jamais pode ser usado para defender veado e sapatona.] Na opinião deles, pelo que deram a entender, o dinheiro público é um dinheiro exclusivamente heterossexual.

A partir do estranho axioma, os deputados sexualmente indignados não se vexaram de, sendo assalariados pelo dinheiro público e ocupando o plenário financiado pelo dinheiro público, usar seu tempo de trabalho, evidentemente pago pelo dinheiro público, para discriminar os gays, que, por serem gays e por quererem se afirmar gays, não teriam direito, segundo os nobres deputados, de ter acesso a serviços públicos pagos também pelo dinheiro público. Segundo a bancada espada, o dinheiro público pode financiar manifestações de heterossexuais severos e austeros, mas não pode emprestar segurança pública e outros serviços públicos às passeatas de homossexuais sorridentes.

Isso não é só conservadorismo. É reacionarismo abrutalhado, quer suprimir a liberdade não apenas da vida pública, mas principalmente da vida íntima.
[vida íntima? A maior parte dos portadores do homossexualismo, querem realizar suas práticas ofensivas ao pudor nas vias públicas.]  O reacionarismo não admite que cada um busque o prazer do modo que bem desejar. Quer tiranizar a vontade individual, quer castrar o desejo, quer aplainar as diferenças. O reacionarismo quer que todo mundo seja igual exatamente naquilo em que temos o direito de ser diferentes – e quer que todos continuem diferentes naquilo em que deveríamos ser iguais: não quer que tenhamos o direito de ser iguais perante a lei e o Estado.

O reacionarismo é cinza-escuro, embora não resista à tentação gozosa de se emperiquitar, todo espetadinho de broches aos quais prefere dar o nome de medalhas. 


Fonte: Revista Época  -  Eugênio Bucci  


PT é excluído do comando das CPIs. Falta competência e idoneidade

Cunha e aliados decidem excluir PT de comando das CPIs
Comissão destinada a investigar o BNDES será presidida pelo PMDB, fundos de pensão ficará sob comando do DEM; tucanos comandarão CPI dos crimes cibernéticos e PSD ficará com a de maus-tratos a animais

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniu aliados de partidos da oposição e legendas da base governista na noite de segunda-feira, 3, para definir que o PT ficará de fora do comando de todas as quatro CPIs que serão instaladas nesta e na próxima semana.

A CPI do BNDES será presidida pelo PMDB e relatada pelo PR. A dos fundos de pensão ficará sob comando do DEM e será relatada pelo PMDB. O PSDB comandará a CPI dos crimes cibernéticos e o PSD ficará com a de maus-tratos a animais. As relatorias destas duas últimas ainda não foram definidas.

A divisão foi anunciada pelo líder do DEM na Casa, Mendonça Filho (PE) após reunião de líderes da oposição na manhã desta terça-feira, 4. Participaram líderes de DEM, PSDB e PPS. Em tese, o comando das CPIs fica a cargo dos partidos que integram os maiores blocos da Câmara. A votação acaba sendo simbólica e a escolha, é política.  “Esta é uma decisão da maioria da Casa. Se o PT pleitear a presidência, é legítimo. Mas ele vai ter que construir maioria, o que me parece improvável neste momento”, afirmou o deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da Minoria na Câmara.

Ciente do acordo feito na noite anterior, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reuniu-se com Cunha na manhã desta terça-feira. “Primeiro que não tem essa de excluir ninguém. Era só o que faltava, a segunda maior bancada ficar fora da CPI. Baixa o tom. Isso não é aconselhável aqui dentro. Quem decide é a base. Nem presidente nem oposição decidem quem vai ser presidente ou relator. Esse discurso não é real. É um desejo vão da oposição. A oposição não é porta-voz nem do PR, nem do PT, nem de nenhum partido da base”, disse Guimarães.


Criticar o PT, agora, é fácil

Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado!

Com a crise multiforme se expandindo em todas as dimensões da vida política, econômica e social, com os escândalos vindo a lume como saem os lenços, amarradinhos um ao outro, da cartola do mágico, com a crise pedindo passagem a bordoadas e deixando pelo caminho as vítimas da inflação, da recessão e do desemprego, aí, meu caro leitor, é muito fácil criticar o governo petista.

Dureza foi apontar os males do petismo quando, antes de assumir poder político real, ele era o megafone de todas as reivindicações, perante os portões das fábricas e dos palácios. Difícil era confrontá-lo quando, como grande inquisidor das condutas de seus adversários, orientava os mais candentes sermões em favor - lembram? - da moralidade e da austeridade. O petismo, então, se vestia de justiça, solidariedade, direitos humanos, superação dos desníveis sociais; e atraía multidões. Os ouvidos da CNBB, por exemplo, se encantaram para sempre. A partir de então, vá o partido para onde for, a entidade marcha ao seu lado. Até frei Betto largou o PT de mão. Mas a CNBB, não.

À luz da história, analisando partidos políticos com condutas semelhantes, era fácil perceber para onde estávamos sendo conduzidos. Ante o que acontecia no Brasil, não. Aqui, tendo em vista a fragilidade das nossas instituições e a pouca credibilidade dos partidos políticos já afeitos ao exercício do poder, era mais complicado perceber que o petismo significava o canto das sereias, atraindo a nação para os rochedos e para o naufrágio.

Em 2003, o PT chegou ao poder e em 2005, quando estourou o mensalão, tornou-se comum encontrar com leitores que me paravam na rua para afirmar que eu profetizara. Mas era bem o contrário. Bastavam as entrelinhas e o entreouvido e, principalmente, ler o passado. Aquelas ideias e aquele modo de fazer política, em toda parte, produziram o resultado que passávamos a observar por aqui. Não obstante, foram necessários outros 12 anos, um descomunal estrago, e uma crise do tamanho da que aí está, para que, finalmente, ampla maioria da população compreendesse o que já deveria estar bem sabido. [o risco é que a Dilma fique impune, consiga concluir o mandato, deixe o Brasil em frangalhos e o estrupício do Lula consiga ser reeleito. O risco é imensurável pela simples razão que tem políticos procurando formas de livrar a cara do Lula e deixar Dilma concluir o mandato. Para o Brasil ter salvação, é necessária a EXCLUSÃO POLÍTICA, TOTAL do Lula e Dilma.
Parece absurdo se pensar nisso, mas, quem escolhe o presidente da República são  brasileiros, classificados como eleitores, que na maioria não sabem votar e estão prontos a vender o voto a troca de qualquer Bolsa miséria.]

"Coxinhas! Golpistas! Lacerdinhas! Ultradireitistas! Fascistas!". É assim que argumentam, hoje, muitos defensores do governo. Xingam os que afirmam algo tão óbvio quanto que o governo acabou e que as instituições precisam resolver a encrenca. Conduta rasteira, chã, mas eu os entendo. Não há argumento que lhes lave as mãos e lhes limpe os calçados. Outros, depois de haver preparado o caminho do petismo ao poder como esfregadores de gelo no jogo de curling, e segurado a barra ao longo de 13 anos, agora se posicionam contra. Mas não mudam de lado! Para estes, o governo não serve. E a oposição tampouco. São os mais perigosos porque se alinharão, ao fim e ao cabo, com algo ainda pior do que isso que aí está.

Cunha e aliados discutem manobra para votar impeachment de Dilma

Acordo determinaria que o presidente da Câmara rejeitaria o pedido de abertura de afastamento da presidente, mas a oposição apresentaria recurso a ser votado e aprovado

Em reunião com aliados de PSDB, DEM e Solidariedade na noite de segunda-feira, 3, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), discutiu uma manobra para pautar pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff sem se comprometer diretamente.

Duas fontes que participaram da reunião disseram ao Estado que ficou acordada a possibilidade de que, após o Tribunal de Contas da União (TCU) encaminhar seu parecer a respeito das contas de governo de Dilma, Cunha rejeitaria o pedido de abertura de processo de impeachment, mas a oposição apresentaria um recurso, que seria votado e aprovado, garantindo a votação do impedimento da petista. 




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O TCU deve decidir se o governo fez as chamadas ‘pedaladas fiscais’,  irregularidade ao atrasar propositadamente o repasse de dinheiro público a bancos e autarquias em 2014 e,  com isso, teria omitido ao mercado financeiro e aos especialistas a real situação do saldo de suas contas.


Fonte: O Estado de São Paulo

Em meio à crise política, governo tenta blindar Dilma

Estratégia do Planalto é descolar imagem da presidente de desgaste após prisão de Dirceu
Embora já fosse esperada, a prisão do ex-ministro José Dirceu pegou ontem de surpresa o Planalto por ocorrer justamente na volta do recesso parlamentar, em meio ao esforço do governo para tentar recuperar a governabilidade e melhorar o ambiente político. A estratégia do Planalto é tentar se descolar do episódio, em tentativa de blindar a presidente Dilma Rousseff desse desgaste.

O Planalto teme que a prisão de Dirceu sirva de combustível para as manifestações contra o governo marcadas para o dia 16, ao alimentar o sentimento antipetista, e para os pedidos de impeachment protocolados na Câmara. A preocupação é não deixar a Lava-Jato ofuscar ações “positivas” preparadas para os próximos dias, como a celebração, nesta terça-feira, dos dois anos do programa Mais Médicos.

Na segunda-feira, durante a reunião da coordenação política com a presidente, os participantes procuraram não tocar no assunto com Dilma. Mas, de acordo com um integrante do Planalto, houve comentários sobre o tema feitos por alguns participantes em conversas paralelas. À noite, nas pouco mais de duas horas do churrasco oferecido aos líderes e presidentes de partidos no Alvorada, Dilma não falou sobre a prisão de Dirceu, mas o assunto dominou as conversas.

O clima descrito pelos presentes era de muita preocupação com o desfecho político das investigações. Houve consenso de que o alvo final é o ex-presidente Lula. Em discurso, Dilma disse que ninguém deve temer o que vem pela frente: — Na crise política, as instituições devem ser preservadas. Devemos fazer nossa travessia sem medo. Eu não tenho medo. Eu aguento pressão , eu percebo o que está acontecendo, ouço para mudar e melhorar.

Dilma também pediu que os aliados enfrentem com altivez as pautas difíceis que serão votadas no Congresso:  — Da estabilidade fiscal eu não arredo o pé. Não quero que votem como carneirinhos, mas como uma base corajosa em nome do Brasil e para o Brasil.


Fonte: O Globo



10 regras do mau estudo - Utilidade Pública


Esqueça essas técnicas - são um desperdício de tempo mesmo que você se engane que está aprendendo!
1) Releitura passiva
Sentar-se passivamente passando os olhos pelas páginas é inútil. A não ser que você perceba que a matéria está indo para o cérebro ao relembrar as ideias principais, ler novamente é perda de tempo.

2) Grifos excessivos
Marcar o texto pode fazer você pensar que está aprendendo, mas você não faz nada mais que mexer um pouco as suas mãos. Um pouco de destaque é bom, algumas vezes é importante para destacar ideias principais. Mas se você quer aprender, garanta que seus grifos também estão indo para sua cabeça.

3) Ver as respostas e assumir que entendeu
Esse é um dos piores erros cometidos pelos estudantes. Você deve ser capaz de resolver o problema passo a passo sem consulta.

4) Estudar de última hora
Seu cérebro é como um músculo. Ninguém corre uma maratona do dia para a noite apenas com força de vontade. É preciso treinamento gradativo.

5) Resolver os mesmos tipos de exercício
É tentador continuar resolvendo questões do tipo que você acerta sempre, mas você está se enganando. É necessário conhecer todas as formas que a banca aborda o assunto. Você só está realmente proficiente em um assunto quando consegue dissertar sobre ele.

6) Transformar estudos em grupo em bate-papo
Conferir o gabarito ou fazer perguntas um ao outro pode ser útil, mas se a diversão começa antes do dever estar cumprido, você está desperdiçando tempo precioso.

7) Não estudar teoria antes de fazer exercícios
Você entraria no mar antes de saber nadar? Os exercícios mostram o conhecimento concreto que você precisa, mas não adianta muito fazê-los sem ter o mínimo de conhecimento teórico.

8) Não tirar dúvidas
Existem três tipos de alunos: os que não entenderam nada, os com dúvida, e os mentirosos. Não siga adiante com uma dúvida conceitual. Provavelmente você terá dificuldade com o resto da disciplina.

9) Pensar que pode aprender quando está distraído
Cada olhadinha no Wazzup significa menos capacidade cerebral para aprender. As distrações destroem as raízes das sinapses cerebrais antes que elas consigam crescer.

10) Não dormir o suficiente
Ao dormir, o cérebro organiza a informação que você estudou. Ao mesmo tempo se livra das toxinas que dificultam a concentração. Se você não dorme direito, nada mais faz diferença.