Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

sexta-feira, 8 de abril de 2016

As razões do impeachment



É preciso ter claramente em conta, portanto, que a grande beneficiária dessa operação deliberada de dissimulação, que envolveu violações da LRF, foi presidente Dilma
Num momento em que a Câmara dos Deputados está prestes a afinal se manifestar sobre a questão, ainda há um amplo segmento da opinião pública bem informada que continua em busca de entendimento mais claro das razões formais que sustentam o pedido de impeachment da presidente Dilma. Para entender o que vem sendo alegado é preciso lembrar como a condução da política econômica, em 2014, ficou inteiramente pautada pelas prioridades da reeleição da presidente Dilma. No caso da política fiscal, o atrelamento às urgências da campanha eleitoral foi especialmente inconsequente.

Para tirar o melhor proveito eleitoral da condução da política fiscal, o governo tentou conciliar dois objetivos claramente conflitantes. De um lado, promover uma farra fiscal sem limites, não obstante o estado já alarmante das finanças públicas, na esperança de mascarar a rápida perda de dinamismo da economia.

De outro, evitar a todo custo que o eleitorado percebesse, em tempo hábil, as reais proporções da devastação que vinha sendo imposta às contas fiscais. O problema é que, no afã de maquiar as contas de 2014, o Planalto acabou incorrendo em sérias violações da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Para atenuar o impacto da expansão do dispêndio sobre o resultado primário, o governo se permitiu deixar que instituições financeiras federais bancassem parte dos pagamentos mensais que faziam em seu nome.

O Tesouro deixou de transferir a essas instituições recursos suficientes para custear tais pagamentos e passou a “entrar no cheque especial”, recorrendo ao truque de maquiagem das contas públicas conhecido como “pedalada fiscal”.

Como a LRF proíbe que o governo contraia dívida com as instituições financeiras que controla, gastos financiados dessa forma não apareciam no cômputo do resultado primário e as contas públicas aparentavam estar em estado bem menos precário do que fato estavam. As “pedaladas” foram parte de uma operação de dissimulação muito mais ampla, cuidadosamente concertada, em que o governo fez de tudo para que, até as eleições, o país continuasse a crer que a meta de superávit primário para 2014, de 1,9% do PIB, seria rigorosamente cumprida. O que afinal se verificou, ao final do ano, foi um déficit primário de 0,6% do PIB. Mas a esta altura, a presidente já estava reeleita.

É preciso ter claramente em conta, portanto, que a grande beneficiária dessa operação deliberada de dissimulação, que envolveu sérias violações da LRF, foi a própria presidente Dilma. É surpreendente, portanto, que, na defesa perante a Comissão Especial do Impeachment, tenha sido tão enfaticamente arguido que a presidente não agiu com má-fé, ao recorrer às “pedaladas”. Cumprindo determinação do Tribunal de Contas da União, o Banco Central afinal divulgou, na semana passada, informações bastante abrangentes sobre a evolução das dívidas acumuladas do governo com as instituições financeiras federais e com o FGTS, desde 2001. O quadro que emerge desses dados em nada ajuda os argumentos que vêm sendo brandidos pela defesa da presidente Dilma.

Embora dívidas desse tipo tenham de fato sido contraídas em governos passados, o valor total dessas dívidas, que não chegava a 0,01% do PIB no final do governo FHC, manteve-se em torno de 0,05% do PIB, entre 2003 e 2007. Mas, a partir do final do segundo governo Lula, e especialmente nos cinco anos de governo Dilma, cresceu de forma vertiginosa.

Em decorrência dos abusos de 2014, a presidente Dilma iniciou seu segundo mandato já com um estoque de dívidas provenientes de “pedaladas” de mais de R$ 50 bilhões. Atravessou todo o ano de 2015 com as “pedaladas” em aberto, em franca violação da LRF.
Só em dezembro, o governo afinal zerou suas dívidas com as instituições financeiras federais e com o FGTS, quando o estoque de “pedaladas” já atingira cerca de 1% do PIB, 20 vezes mais do que o valor médio observado entre 2003 e 2007. Dilma não tem como alegar agora que não sabia que estava violando a LRF.

Por: Rogério Furquim Werneck é economista


Quem paga a conta do hotel e do jatinho que o transporta no seu vaivém entre São Paulo e Brasília?

Impedido por uma liminar do STF de assumir a chefia da Casa Civil da Presidência, Lula tornou-se um ministro sem pasta. Utiliza um quarto de hotel como gabinete improvisado. E já dispõe até de um assessor informal na guerra que trava contra o pedido de impeachment. Trata-se do ex-ministro Walfrido Mares Guia. No governo Lula, ele comandou as pastas do Turismo e das Relações Institucionais —nesta última, respondia pela coordenação política do Planalto.

Jeitoso, Mares Guia vem auxiliando Lula no esforço subterrâneo para evitar que a oposição obtenha na Câmara os 342 votos de que precisa para enviar o pedido de impeachment ao Senado.

Mais um pouco e Lula vira um escândalo dentro do outro. Há incômodas perguntas no ar. Por exemplo: quem paga a conta do hotel e do jatinho que o transporta no seu vaivém entre São Paulo e Brasília?

Fonte: Blog do Josias de Souza 

 

Janot muda avaliação e diz que nomeação de Lula é nula! Eu estava certo quando lhe dei uma bronca

Cumpre, ademais, não esquecer: Lula debocha do Supremo. Embora impedido de assumir o cargo, posição que pode ser referendada pela corte, ele atua abertamente como se ministro fosse — e da pior espécie: informal

Rodrigo Janot resolveu se corrigir. Acho duplamente positivo. Em primeiro lugar, porque agora ele faz o certo; em segundo, porque tudo indica que eu tinha razão na crítica que lhe fiz no dia 29, com a qual, pois, sou forçado a concluir, ele mesmo passou a concordar. Por que isso?
Em manifestação ao Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República pede a anulação do ato de nomeação de Lula como ministro da Casa Civil, acusando “desvio de finalidade”.

Escreve ele: “O decreto de nomeação, sob ótica apenas formal, não contém vício. Reveste-se de aparência de legalidade. Há, contudo, que se verificar se o ato administrativo foi praticado com desvio de finalidade – já que esse é o fundamento central das impetrações –, e ato maculado por desvio de poder quase sempre ostenta aparência de legalidade, pois o desvio opera por dissimulação das reais intenções do agente que o pratica”.

O parecer serve para instruir dois mandados de segurança a cargo do ministro Gilmar Mendes, que, no dia 18 de março, concedeu liminar contra a nomeação de Lula. O ministro já liberou seu voto de mérito, e Ricardo Lewandowski, presidente da Corte, vai marcar a data do julgamento.
Pois é… Vejam como são as coisas. No dia 29 do mês passado, há apenas nove dias, publiquei aqui um post que tinha o seguinte título: “É uma aberração! Janot diz que Lula pode, sim, ser ministro, mas sem foro especial”.

Naquele caso, Janot se manifestava a pedido do ministro Teori Zavascki, relator de duas ADPFs (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) contra a nomeação de Lula.
Sim, isto mesmo! Janot reconheceu na ocasião até mesmo que Dilma tentou obstruir a Justiça, mas, mesmo assim, considerou a nomeação aceitável. Lá estava escrito: “O acervo probatório e elementos que se tornaram notórios desde a nomeação e posse do ex-presidente permitem concluir que a nomeação foi praticada com intenção de afetar competência de juízo de primeiro grau. Há danos objetivos à persecução penal, pela necessidade de interromper investigações em curso, pelo tempo para remessa das peças de informação e para análise delas por parte dos novos sujeitos processuais e pelos ritos mais demorados de investigações e ações relativas a pessoas com foro por prerrogativa de função”.”

Janot-Lula-ministro
Ora, é claro que bati nele! Esperavam que eu fizesse o quê? Então um procurador-geral admite que um indivíduo só foi nomeado para ter foro especial; admite que tal nomeação cria embaraços à Justiça; admite o desvio de finalidade e, mesmo assim, defende a nomeação? Era exatamente aquilo pelo qual chamei: uma aberração.

Desta feita, Janot apela ao bom senso, ora essa! Tendo ficado evidenciado, por A mais B, o desvio de finalidade, só resta pedir a nulidade do ato.

Deboche Cumpre, ademais, não esquecer: Lula debocha do Supremo. Embora impedido de assumir o cargo, posição que pode ser referendada pela corte, ele atua abertamente como se ministro fosse — e da pior espécie: informal.

Não podendo tomar assento no Palácio do Planalto, despacha de um quarto de hotel, tendo à mão a lista dos cargos federais vagos ou por vagar na República. É um acinte. Não só: a interlocutores, ele diz que vai tomar as rédeas do governo.

Bem-vindo ao bom senso e à ordem legal, Janot! Agora só falta a Procuradoria Geral da República, também ela, denunciar Dilma por crime de responsabilidade. Ou que nome tem a obstrução da Justiça que o procurador admite que Dilma praticou?
Quando classifiquei o outro parecer de Janot de “aberração”, eu estava certo, e ele, errado. Agora ambos estamos certos: a nomeação de Lula é nula porque ofende a ordem legal.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo 

 

Delação de ex-presidente da Andrade Gutierrez terá repercussão no TSE

Acordo de colaboração com a Justiça firmado pelo ex-presidente da Andrade Gutierrez diz que R$ 10 milhões doados à campanha da petista em 2014 são oriundos de propinas de obras superfaturadas da Petrobras

A delação premiada do ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, dizendo que ao menos R$ 10 milhões doados legalmente pela construtora à campanha de Dilma Rousseff em 2014 são frutos das propinas pagas por obras superfaturadas, tornou mais concreto o risco de que a crise política não se encerre após a votação do impeachment na Câmara, daqui a 10 dias. “O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai investigar a chapa Dilma-Michel Temer, independentemente do que decidirem deputados e senadores”, resumiu um cacique político.

O governo tenta fazer o jogo diversionista de que “serão jogadas bombas daqui até o dia da votação do impeachment” para tentar manter a calma. Mas é óbvio que a delação da Andrade Gutierrez, homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, joga mais óleo na pista em um momento em que o Planalto garante ter os votos necessários para evitar o afastamento de Dilma na Câmara. Os cálculos mais otimistas falam em 214 apoios pró-governo. A oposição precisa de 342 votos dos 513 deputados para afastar Dilma do cargo.

Um articulador petista admitiu que, pela primeira vez, “os investigadores da Lava-Jato conseguiram o que sempre sonharam”: mostrar como uma doação legal pode ser originada de pagamento de propina, para mascarar os crimes de caixa dois praticados durante o escândalo do mensalão.

Neste novo cenário, não é apenas o mandato de Dilma que fica em risco, mas também o de Michel Temer. Por enquanto, apesar da exigência do ministro Marco Aurélio de Mello de mandar prosseguir o pedido de impeachment do vice, apenas a presidente está sendo julgada pelo Congresso. O processo relativo às contas presidenciais de 2014 — que poderia levar à cassação da chapa e a convocação de novas eleições presidenciais — está parado no TSE.

Defesa
O coordenador jurídico da campanha presidencial de Dilma e Temer, Flávio Caetano, divulgou nota ontem alegando que “toda a arrecadação da campanha da presidente de 2014 foi feita de acordo com a legislação eleitoral em vigor. Jamais a campanha impôs exigências ou fixou valores. Aliás, a empresa (no caso, a Andrade Gutierrez) fez doações legais e voluntárias para a campanha de 2014 em valores inferiores à quantia doada ao candidato adversário (Aécio Neves)”.
 
Fonte: Correio Braziliense
 

Três ideias de hospício numa canetada só ou Supremo uma confraria de juízes sem juízo

Com uma canetada só, Marco Aurélio Mello acrescentou três ideias de hospício a um quadro político que implora por sensatez. A primeira foi a invenção do impeachment do vice. A segunda transfere do Congresso para o Supremo Tribunal Federal deliberações sobre pedidos de impeachment. A terceira estabelece que uma mesma pedalada pode ser criminosa ou não. Depende de quem pedala.  Marco Aurélio repete há meses que as pedaladas bandalhas de Dilma Rousseff não servem como justificativa legal para o afastamento da presidente.  

Mas resolveu nesta manhã que Michel Temer precisa ser julgado por pedaladas que só o ministro enxergou. Ainda bem que as inovações sem pé nem cabeça, como constatou o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, serão sepultadas pela maioria do STF.

Ainda assim, é perturbador constatar a expansão da epidemia de maluquice no cume do Poder Judiciário. Se não for contida, acabará reduzindo o Supremo a uma confraria de juízes sem juízo.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes


quinta-feira, 7 de abril de 2016

No pós-Dilma ─ alerta total na Lava Jato

Há uma crescente apreensão da cidadania acerca do que poderá acontecer com a Operação Lava Jato num possível governo de transição, ao ser aprovado o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Esse temor generalizado – e, diga-se, muito procedente – aumentou com a recente presença em São Paulo dos célebres juízes da Mani Pulite (Mãos Limpas) Piercamillo Davigo e Gherardo Colombo, que em entrevistas e seminários lembraram o desmonte sistemático daquela histórica operação dos anos 1990 na Itália.

Há evidentes semelhanças entre a Mani Pulite e a Lava Jato. E, por isso mesmo, devemo-nos prevenir para que não venha a nossa Operação Lava Jato a ter o mesmo destino daquela. Apesar da prisão e condenação de centenas de políticos, empresários e mafiosos, a Itália permaneceu tão ou ainda mais corrupta, inclusive sob o atual governo do primeiro-ministro Matteo Renzi, que continua a fustigar o Poder Judiciário, fiel seguidor que é da Forza Italia, de Silvio Berlusconi, seu maior aliado.

A razão evidente é que, após a desagregação dos partidos e a prisão de várias centenas de corruptos, nas práticas políticas italianas tudo se compra e tudo se vende, em dinheiro contante ou em contas na Suíça, tal qual ocorre entre nós sob o patrocínio do governo do PT. Há, porém, uma diferença.

Na Itália, Berlusconi legalizou a corrupção alguns anos após as condenações e a dissolução dos partidos políticos decorrentes da Operação Mani Puliti. Entre nós a coisa é mais grave: a legalização da corrupção se dá agora mesmo, em pleno curso dos processos da Operação Lava Jato. A partir do início de 2015 a presidente Dilma, por diversos decretos, portarias e medidas provisórias, vem desfigurando e revogando a Lei Anticorrupção.

Todos esses monstrengos normativos procuram “salvar” as empreiteiras que integram o cartel da Petrobras, sob a falácia de que “são indispensáveis para o aperfeiçoamento tecnológico (?!) e a preservação de empregos”.

Nesse ponto há uma coincidência com a Mani Pulite. Lá, como nos lembra Donatella Della Porta, na revista VEJA de 30 de março, o fracasso da Operação Mani Pulite se deu porque se procurou proteger as empresas corruptas. Um equivocado entendimento dos próprios juízes centrou as condenações nas pessoas físicas dos seus diretores

Resultado: conhecidas empresas, que sempre operaram a corrupção no seio do governo, contrataram novos diretores e continuaram a delinquir, agora com mais sofisticação nesse esquema perverso, de desperdício absoluto de recursos públicos. Isso torna a Itália um país desacreditado na União Europeia e desmoralizado internacionalmente, não oferecendo nenhuma segurança jurídica nas relações público-privado. As empresas permaneceram com os mesmos donos, ou seja, com as mesmas tradicionais “famílias”, tal como aqui, no Brasil.

Essa experiência frustrante não pode ser permitida no futuro imediato. O governo de transição, que se instalará depois do fundamentado impeachment, tem de promover, desde o primeiro dia de sua posse, o desmonte do entulho legislativo que, ao longo de 2015, a presidente Dilma promoveu em prol das empreiteiras corruptas, para anistiá-las e permitir que retomem – pasmem! as obras superfaturadas que largaram em péssimo estado, e ainda que contratem novas com o governo federal.

A primeira providência é criar condições imediatas no Congresso Nacional para aprovação das dez medidas legislativas contra a corrupção elaboradas pelo Ministério Público Federal mediante iniciativa popular, com mais de 2 milhões de assinaturas da cidadania brasileira. E também a aprovação urgente do projeto do senador Cássio Cunha Lima que cria o regime de Performance Bond nas obras do governo, para quebrar a interlocução direta entre as empreiteiras e os agentes públicos.

Providência concomitante a ser tomada é a retirada imediata da famigerada Medida Provisória (MP) n.º 703, editada no apagar das luzes de 2015, forjada nos laboratórios sinistros do Ministério da Justiça, da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Advocacia-Geral da União (AGU), para ressuscitar as empreiteiras envolvidas na Lava Jato.

Dentre outras barbaridades, a MP n.º 703 isenta de qualquer penalidade a primeira empreiteira corrupta que firmar o simulacro de acordo de leniência com a desmoralizada CGU (artigo 16, § 2.º, III). Acontece que uma primeira empreiteira já havia firmado o “acordo de leniência” em outubro de 2015, dois meses antes da MP n.º 703. Nunca se viu nada parecido neste país: um delito de favorecimento publicado no Diário Oficial!

Mas não basta. O eventual governo de transição deve revogar o Decreto n.º 8.420, de março de 2015, que, a pretexto de “regulamentar” a Lei Anticorrupção, estabeleceu, dentre outras medidas indecorosas, que aos ministros do governo Dilma cabe instaurar e julgar os processos administrativos contra as empreiteiras corruptas. Dá para acreditar?

Deve, outrossim, ser editada medida provisória que revogue a Lei n.º 13.190, de 2015, originada da Medida Provisória n.º 678 do mesmo ano, com a restauração plena da Lei n.º 8.666, de 1993. Aquela excrescência legislativa institui o “Regime Diferenciado de Contratações”. Por meio dele não deve mais a administração pública elaborar o projeto técnico das obras, cabendo às próprias empreiteiras tal encargo. Com isso se generaliza, para sempre, o festival de corrupção que marcou as obras “emergenciais” da Copa do Mundo de 2014, com seus superfaturamentos e aditivos de dezenas de bilhões. Esse regime odioso permite que os cartéis de empreiteiras continuem a mandar no Brasil.

Muito mais deve ser feito, de pronto. A cidadania está alerta.

Fonte: Modesto Carvalhosa  - Estadão


PGR defende anulação de ato de nomeação de Lula como ministro da Casa Civil

O procurador-geral da República Rodrigo Janot encaminhou nesta quinta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer em que defende que seja anulado o ato de nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. O chefe do Ministério Público se valeu, entre outros argumentos, dos grampos telefônicos em que Lula mostra preocupação com a tramitação do processo penal contra ele na 13ª Vara Federal de Curitiba, sob responsabilidade do juiz Sergio Moro, e em que avalia estar "assustado" com a "República de Curitiba", em referência aos procuradores da Operação Lava Jato. O grampo mais revelador, porém, é aquele em que o petista e a presidente Dilma Rousseff discutem a assinatura do termo de posse "em caso de necessidade". Depois da manifestação do de Janot, o ministro Gilmar Mendes, que é relator do caso, já liberou o processo para ser pautado no plenário do STF.

Ao analisar o caso, Janot afirma que, a despeito do discurso de governistas de que a nomeação de Lula poderia fortalecer a articulação política do governo e alçá-lo à condição de negociador político, "os predicados do nomeado, todavia, não justificam as circunstâncias anormais da antecipação da posse e da entrega de um termo para que fosse assinado, caso não pudesse comparecer à cerimônia". "Se havia óbice à posse, por qualquer motivo, naturalmente existiria também à entrada dele em exercício, o que afastaria a urgência da remessa do termo à pessoa do nomeado, já que ele estaria impossibilitado de colaborar na qualidade de ministro", afirma Janot.

Para o procurador-geral, existem indícios claros, com base na análise dos acontecimentos que envolvem o petista, de que sua nomeação seria uma fraude à Justiça por garantir foro privilegiado ao ex-presidente unicamente para que ele não fosse julgado por Sergio Moro. Rodrigo Janot cita, em sua argumentação, a dança de cadeiras promovida no Palácio do Planalto para abrir uma vaga a Lula na Casa Civil. "A sofreguidão para inserir o ex-Presidente no cargo de Ministro de Estado Chefe da Casa Civil levou o Governo Federal a designar seu anterior ocupante, o Senhor Jaques Wagner, para o cargo de Chefe do Gabinete Pessoal da Presidente da República, que até então possuía natureza especial e foi apressadamente transformado em cargo de ministro pela Medida Provisória 717", relata o MP.

"O momento da nomeação, a inesperada antecipação da posse e a circunstância muito incomum de remessa de um termo de posse não havida à sua residência reforçam a percepção de desvio de finalidade", completa. Segundo Janot, aceleraram as articulações do governo para nomear Lula como ministro situações como a delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral, e a denúncia e o pedido de prisão feitos pelo Ministério Público de São Paulo. "Nesse cenário, a nomeação e a posse do ex-Presidente foram mais uma dessas iniciativas, praticadas com a intenção, sem prejuízo de outras potencialmente legítimas, de afetar a competência do juízo de primeiro grau e tumultuar o andamento das investigações criminais no caso Lava Jato", critica Rodrigo Janot.

"A transgressão ao componente ético e jurídico dos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade e da moralidade administrativa por ato do poder público impõe declaração de nulidade, ainda que concorram para sua motivação finalidades legítimas", conclui o procurador-geral.

Em uma primeira manifestação, o chefe do MP havia alegado que Lula poderia ser ministro, mas defendido que o processo que tramita contra ele permanecesse nas mãos do juiz Sergio Moro.

Desvio de finalidade - No último dia 18, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar em ação impetrada pelos partidos PPS e PSDB para impedir a nomeação do ex-presidente Lula como ministro. Como justificativa para a decisão, o magistrado traçou um paralelo com a decisão do STF sobre o ex-deputado Natan Donadon, que renunciou ao seu assento na Câmara para impedir o julgamento iminente de uma ação contra ele no STF, fazendo com que o caso reiniciasse na primeira instância. Segundo o ministro, a situação de Lula é inversa - sua nomeação como ministro levaria seu caso para a corte superior - mas a finalidade de driblar a Justiça seria idêntica. A decisão cita estudo do jurista Vladimir Passos de Freitas, cuja conclusão é a de que nomear pessoa para lhe atribuir foro privilegiado é ato nulo.

Segundo Mendes, a nomeação de Lula teria sido feita com "desvio de finalidade": apesar de estar em aparente conformidade com as prerrogativas que a presidente tem para escolher ministros, ela conduziria a "resultados absolutamente incompatíveis" com a finalidade constitucional dessa prerrogativa e por isso seria um ato ilícito.

Fonte: VEJA 
 

No comando - Gilmar Mendes é eleito novo presidente do TSE e deve julgar ação contra Dilma

Ministro, notório desafeto do governo petista, substituirá Dias Toffoli a partir de maio
O ministro Gilmar Mendes foi eleito hoje (7) o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele vai substituir o atual presidente, Dias Toffoli, a partir de maio. O ministro Luiz Fux é o novo vice-presidente.

Notório desafeto do governo petista, Mendes deve comandar no tribunal os últimos passos da ação que pode resultar na cassação da chapa da presidente da República, Dilma Rousseff, por supostos crimes eleitorais. O presidente eleito agradeceu a confiança dos colegas e lembrou o trabalho realizado por Toffoli no TSE. Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), se disse tranquilo por ter Fux como vice e sobre os desafios que irá enfrentar.

Em relação a Fux, que também é ministro do STF, Mendes afirmou: “Todos nós reconhecemos a sua capacidade de trabalho, de integração, de criar um ambiente harmonioso. Isso é fundamental em um período em que estamos vivendo tensões exacerbadas. E também teremos, claro, as tensões ligadas ao processo eleitoral. Vossa Excelência [Toffoli] já bem destacou [teremos] as eleições mais desafiadoras tendo em vista esse número elevado de candidatos e agora as peculiaridades que envolvem a aplicação da nova legislação”, disse.

Segundo o TSE, as eleições municipais deste ano contarão com mais de 500 mil candidatos que concorrerão ao pleito em outubro. Este ano, passam a valer algumas das novas regras decorrentes da Reforma Eleitoral de 2015. Entre elas, figura, por exemplo, a proibição do financiamento eleitoral por pessoas jurídicas.

Fonte: Agência Brasil


Supremo homologa delação que liga propina à campanha de Dilma

Ex-presidente da Andrade Gutierrez disse que empresa participou de esquemas em diversas obras
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), homologou a delação dos executivos da Andrade Gutierrez, segundo fontes com acesso às investigações. Entre os depoimentos homologados estão as colaborações do ex-presidente da empresa Otávio Azevedo e do ex-executivo Flávio Barra. No total, 11 executivos da empresa, a segunda maior empreiteira do Brasil,  participaram de depoimentos em colaboração com a Justiça, segundo fontes com acesso ao caso. Os nomes de funcionários da empresa foram apontados pelo próprio ex-presidente Otávio Azevedo.

Nos depoimentos, os executivos relataram que a companhia realizou pagamentos diretos a empresa contratada pela campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010. Azevedo contou ainda que sua empresa participou de esquemas em outras obras, além da Petrobras, como estádios da Copa do Mundo e obras relacionadas Usina de Belo Monte. Segundo reportagens da revista "Veja" e do jornal "Folha de S. Paulo", os delatores também afirmaram que recursos de propina abasteceram a campanha à reeleição da petista em 2014. Eles teriam entregue planilhas e informações no curso da delação para comprovar as afirmações.

De acordo com o jornal, Azevedo fez uma planilha com os valores de doação e apontou R$ 15,7 milhões para a campanha presidencial de 2010 e R$ 34,68 milhões para a de 2014. Os recursos foram registrados como doações legais, mas, segundo o executivo, R$ 10 milhões das doações da última campanha têm origem em superfaturamento de contratos em três obras: Complexo Petroquímico do Rio (Comperj), Angra 3 e a hidrelétrica de Belo Monte.

O esquema delatado teria sido estruturado com ajuda do ex-ministros Antônio Palocci em 2010 e Erenice Guerra em 2014. O PMDB também teria recebido doações legalmente registradas com dinheiro de propina.  Já Flávio Barra confirmou os repasses de dinheiro em depoimento à Procuradoria-Geral da República. Azevedo e Barra chegaram a ser presos, mas estão soltos.

Antes de homologar as delações, um juiz auxiliar do ministro Teori Zavascki ouve os executivos para confirmar a legalidade do acordo. A partir de agora, a Procuradoria-Geral da República pode solicitar abertura de inquéritos ou oferecer denúncias com base nos indícios apontados pelos delatores. As informações relativas à campanha de 2014 também devem ser usadas nos processos que correm no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a cassação da chapa da presidente Dilma e do vice-presidente Michel Temer.

Os advogados da empresa disseram que ainda não foram informados oficialmente sobre a homologação.

Sigilo

Teori disse, nesta quinta-feira, 7, que cumprirá a lei sobre o sigilo das delações premiadas. "Em matéria de delação premiada, a lei estabelece que tudo tem que ser mantido em sigilo. Enquanto as partes não abrirem mão do sigilo, eu vou cumprir a lei", afirmou o ministro.

Fonte: Estadão – Revista Isto É

Palácio do Planalto, puxadinho do PT

Agora, a Orcrim anuncia que vai à luta para não sair. Ao cidadão de bem não é tolerado, sequer, indignar-se com tudo isso. Se expressar sua revolta, lhe jogam por cima os clichês do ódio e da intolerância.

No dia 31 de março, convocado pela presidente, um grupo de supostos defensores da democracia e da legalidade se reuniu no Palácio do Planalto. O motivo do evento (um dos tantos em que Dilma e Lula têm aparecido para um público subalterno, escolhido a dedo) era assinar atos de regularização de terras para reforma agrária e comunidades quilombolas. Na prática, comício político em favor da presidente e exaltado chamamento à violência e à luta contra o “golpe”.

O assunto foi fartamente noticiado. A sede da chefia de Estado e governo brasileiros prestou-se para discursos e condutas indignas. Nesse pronunciamento, como mote para convocar ações violentas, atentatórias à ordem pública, surge o clichê “bancada da bala”. No idioma esquerdista, “bancada da bala” designa um grupo de parlamentares formado por adversários do desarmamento e ruralistas. Eles gostariam que fosse respeitada a decisão tomada pelo povo brasileiro no referendo de 2005. Naquele significativo momento cívico, dois terços da população rejeitaram a proibição, mas o petismo inconformado, ao regulamentar administrativamente a matéria, sepultou a decisão nacional. Quem não sabe perder é o pessoal de estrela no peito.

Evidencia-se, também nisso, uma das muitas diferenças fundamentais entre os verdadeiramente democratas e os militantes petistas. A dita “bancada da bala”, presumivelmente violenta a partir do rótulo, respeita até a desrespeitosa regulamentação determinada pelo governo, que transforma a posse legal de armas numa gincana de dificuldades e custos. 

Paradoxalmente, a verdadeira bancada da bala ocupava assentos no evento palaciano! Ali estavam os protetores de bandidos como parceiros da luta de classe. Ali rugiam os verdadeiramente violentos, chamando à luta. Um protesto inadequado diante da moradia de certo ministro do STF, virou mote para os companheiros responderem com anúncio de invasão do parlamento, ataques à “bancada da bala” e assaltos a propriedades rurais.

Ali sentavam, também, os defensores dos direitos dos criminosos, dos traficantes, donos de arsenais muito mais efetivos e ativos que os da lei e da ordem. Ali estava um governo que não combate o tráfico e mantém relações cordialíssimas com as FARC narcoterroristas. Ali, também, os que permitiram que a bala, hoje, corra solta em tiroteios no meio urbano. A esquerda militante a serviço da causa serve-se de clichês como quem come amendoim. Vai um atrás do outro. E a mídia amiga é inesgotável no fornecimento para que, por repetição, o clichê se converta em reflexo da realidade. Vai-se, num pulo, da expressão ao fato.

Não surpreende que o Palácio do Planalto esteja convertido em puxadinho do PT. Quem comparece a seus eventos, quem os organiza, quem os mobiliza e quem os dirige não tem a menor noção sobre limites da ação política. A presidente desrespeita cotidianamente a dignidade de seu cargo! Não é por outro motivo que o país chegou à atual situação e que uma organização criminosa (Orcrim) se instalou no coração do poder. Agora, a Orcrim anuncia que vai à luta para não sair. Ao cidadão de bem não é tolerado, sequer, indignar-se com tudo isso. Se expressar sua revolta, lhe jogam por cima os clichês do ódio e da intolerância. Não foi à toa que publiquei um livro cujo título é “A tomada do Brasil (pelos maus brasileiros)”.


DECISÕES PATRIÓTICAS

Diz-se País Cleptocrata, onde seu Regime político se caracteriza pela prática da corrupção, especialmente com o dinheiro público [1].
O cidadão comum ou autoridade pública, cuja consciência indicar ser esse um drama político nacional, deve apoiar a operação Lava-Jato, agindo no âmbito de suas competências e de forma pacífica, mas com firmeza de atitudes. Deve se contrapor, ativamente, às tentativas de cercear a liberdade da investigação, levadas a efeito por indivíduos e grupos, fisiológicos ou corrompidos, situados em altos escalões da sociedade. A Lava-Jato sozinha não reverterá o caos político, moral e econômico, mas a esperança em um promissor recomeço depende de seu êxito. Na verdade, o aperfeiçoamento moral e cívico da classe política e da sociedade será muito longo e difícil de percorrer, bem como a recuperação da economia. 

Em situações complexas, delicadas e de alta relevância, cidadãos honrados se impõem decisões de caráter moral, algumas vezes beirando os limites das normas legais. Nesses casos, uma autoridade pública corre o risco de ser questionada por uns e, ainda que defendida por outros, sofrer consequências pessoais e profissionais. É que decisões, discutíveis em situação de normalidade, são necessárias para evitar um mal maior quando a omissão, a inconsequente servidão a tecnicalidades burocráticas e a covardia moral resultarem em perdas, injustiças e danos morais e materiais inaceitáveis para os cidadãos, as instituições e a Nação.

Hoje, o cenário nacional apresenta elevados níveis de complexidade e ameaças, cujas consequências não podem ser menosprezadas por autoridades públicas comprometidas com a Nação, pois têm a obrigação de avaliar os riscos para a sociedade. A consciência da responsabilidade social de seu cargo ou missão e da relevância que tenham para o futuro do País deve nortear suas decisões. Nessa ótica, as atitudes tomadas pelo juiz Sérgio Moro na condução da operação Lava-Jato têm sido, de fato, decisões patrióticas e de caráter moral. O povo confia nessa investigação, que revelou as podres entranhas de uma nefasta política de corrupção, cuja finalidade era garantir apoio político e econômico para manter o poder e, em muitos casos, enriquecer pessoas desonestas.

A esperança em um futuro mais digno e promissor está depositada, primeiramente, na população, desde que tenha perseverante e volumosa participação nas ruas para mostrar, de forma vigorosa, mas pacífica e ordeira, a vontade de recuperar o País, após ser privatizado por lideranças empresariais e político-partidárias desonestas, que perderam a legitimidade para liderar a Nação.

As Forças Armadas (FA), como fiadoras legais dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, seriam as últimas instituições a intervirem na crise, na eventualidade de uma improvável falência simultânea ou ingresso na ilegalidade de um ou mais de um dos Poderes da União, com risco à paz interna, à coesão nacional e à sobrevivência do Estado. Para desconforto e insegurança de indivíduos moralmente corrompidos e grupos radicais, elas são uma reserva moral e desfrutam dos mais altos índices de confiança da sociedade.

O Legislativo conduz o processo de impeachment da Presidente da República, mas sua credibilidade é precaríssima e não haverá surpresa se o processo for contaminado por manobras fisiológicas, amorais e aéticas de bastidores, como soe acontecer. O governo promove um condenável balcão de ofertas, ciente de que uma grande parte dos congressistas se pautam pelo interesse pessoal e não o nacional. Não importa qual seja o resultado do processo, o sistema político está falido e precisa ser reformado. Mas o que esperar da classe política atual, independentemente do partido?

O STF tem credibilidade, ainda que, às vezes, surpreenda o cidadão com decisões difíceis de entender ou concordar. Decisões importantes serão tomadas naquela Corte e seus resultados contribuirão para abreviar ou prolongar a desgastante agonia da sociedade. Em grande parte dos julgamentos, ministros defendem posições diferentes entre si, pois as leis não são dogmas e admitem distintas interpretações, observados certos limites. 

Espera-se que a Corte Suprema seja sensível ao interesse nacional e não à sobrevivência de um governo moralmente desacreditado. Dessa forma, diante da crise atual, que poderá comprometer seriamente o futuro do País, cresce a importância dos argumentos jurídicos, certamente existentes, que impeçam a nomeação de Lula para ministro-chefe da Casa Civil, o que lhe daria foro privilegiado. No STF, os processos em curso na Lava-Jato iriam prosseguir, sem dúvida, mas presume-se que se prolongariam demasiado, enquanto a sociedade tem pressa para sair da crise.

 Lula poderia estar fazendo a coordenação política e participando do governo, há muito tempo, sendo ou não ministro de Estado. Por que só agora ele e o governo julgam imprescindível sua atuação como ministro? É que Lula é o centro de gravidade do atual sistema de poder e sua neutralização política, se condenado, desmontará o sistema e abreviará a crise. Dilma, Lula, o PT e seus aliados quebraram o Brasil nos campos moral, político e econômico e implantaram, com a orientação ideológica de elites intelectuais, a estratégia gramcista do Foro de São Paulo para transformar nossa democracia em um regime socialista. Essa mudança não virá por um golpe de Estado repentino, mas pela revolução sociocultural de longo prazo, intensificada nos últimos treze anos, visando a dominar a sociedade para, só depois, tomar o Estado.

A redenção do Brasil requer um choque de valores morais e cívicos e uma revolução no ensino que, desideologizado e valorizado, proporcione conhecimento e cultura de qualidade, para formar cidadãos e líderes preparados para a democracia, comprometidos com um projeto suprapartidário de Nação e não apenas partidário de poder. É um longo processo de amadurecimento, que demandará algumas gerações, mas não pode mais ser protelado.

Saber o que é certo e não fazê-lo é a pior covardia. (Confúcio)

Por: General da reserva Luiz Eduardo da Rocha Paiva

Site: A Verdade Sufocada


Juiz Sérgio Moro se justifica no Supremo sobre grampo de advogado

O magistrado negou que tivesse ilegalmente monitorado advogados no exercício da função
O juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos em primeira instância da Operação Lava-Jato, se justificou ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o grampo no telefone do advogado Roberto Teixeira, compadre e defensor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que Teixeira "é diretamente investigado" nos processos que apuram corrupção na Petrobras.

O magistrado negou que tivesse ilegalmente monitorado advogados no exercício da função. "A única interceptação da espécie havida e que era de conhecimento deste Juízo até a declinação da competência consistia no monitoramento do celular 11 98144-XXXX utilizado pelo advogado Roberto Teixeira", alegou Moro. Teixeira é suspeito de atuar na ocultação de bens do ex-presidente. Foi ele quem formalizou a escritura de compra do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que para a Lava Jato pertence a Lula, mas foi registrado em nome de dois sócios do filho, os empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna.
A defesa de Lula acionou o Supremo tentando anular a legalidades das escutas feitas pela força-tarefa que resultaram na 24.ª fase da Lava Jato - Operação Aletheia - que teve como alvo principal o ex-presidente. O juiz afirmou em ofício que, "examinando os diálogos interceptados do telefone utilizado por Roberto Teixeira e que foram selecionados pela autoridade policial", não identificou "nenhum que rigorosamente dissesse respeito ao direito de defesa".

Defesa
O advogado contesta a justificativa de Moro. "O telefone que foi alvo de interceptação autorizada pelo juiz Sérgio Moro é o principal ramal do escritório Teixeira, Martins & Advogados (.. ) Não bastasse, a empresa de telefonia responsável pela linha (Telefonica) informou ao Juiz Sérgio Moro, de forma categórica, em duas oportunidades (uma em 23/02 e outra em 07/03) que o telefone pertence ao escritório Teixeira, Martins & Advogados (. .) Por isso, mostrou-se que o ofício enviado pelo juiz Sérgio Moro ao STF em 29/03/2016 não corresponde à realidade, pois ele, inequivocamente, tinha conhecimento de que estava monitorando 25 advogados do escritório Teixeira, Martins & Advogados." 


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PARABÉNS Jucá: os traidores devem ser afastados do convívio com as vítimas da sua infâmia - Jucá encaminha à Comissão de Ética do PMDB pedidos de expulsão de Kátia e Pansera

Os titulares da Agricultura e da Ciência e Tecnologia são dois integrantes do primeiro escalão que mais têm defendido, dentro do partido, a manutenção da presidente Dilma Rousseff
Recém-empossado presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR) encaminhou à Comissão de Ética do partido pedidos de expulsão dos ministros da Agricultura, Kátia Abreu, e da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera.

Jucá, que substituiu na terça-feira, 5, o vice-presidente da República Michel Temer no comando da legenda, despachou ontem os pedidos de ações disciplinares contra os ministros para o presidente da comissão, Eduardo Krause, responsável por tomar as medidas referentes aos filiados do partido.
O pedido contra Kátia Abreu foi apresentado pelo diretório do PMDB baiano, e o de Celso Pansera, pelas direções regionais do Acre, Santa Catarina e Espírito Santo. Krause, que é do diretório do PMDB no Rio Grande do Sul, decidirá nos próximos dias sobre a instrução do processo, como a escolha de relatores para os casos.

Os titulares da Agricultura e da Ciência e Tecnologia são dois integrantes do primeiro escalão que mais têm defendido, dentro do partido, a manutenção da presidente Dilma Rousseff. A perspectiva é que ambos tenham o mesmo caminho do ministro Mauro Lopes, secretário de Aviação Civil, que já é alvo de processo na Comissão de Ética do PMDB por ter descumprido uma moção aprovada na convenção partidária aprovada no dia 12 de março. A moção proibia peemedebistas de assumirem cargos no governo federal.

Por ora, não houve pedidos apresentados de expulsão de outros três peemedebistas que ocupam ministérios na Esplanada: Helder Barbalho (Portos), Eduardo Braga (Minas e Energia) e Marcelo Castro (Saúde). Dos sete ministros do PMDB, apenas o titular do Turismo e aliado de Temer Henrique Eduardo Alves deixou o cargo após a decisão da direção partidária que determinou a entrega imediata dos postos de pessoas vinculadas ao partido na gestão Dilma.

Ex-líder dos governos FHC, Lula e Dilma, Jucá assumiu o comando do PMDB tendo como principais missões blindar Temer de ataques e unificar o partido em torno do impeachment de Dilma - do qual é favorável.

Fonte: Estadão

Dinheiro de propina abasteceu a campanha de Dilma em 2014, diz Andrade Gutierrez

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, acusação consta da delação premiada de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da construtora
Dinheiro proveniente de propinas foi utilizado pela construtora Andrade Gutierrez para abastecer as campanhas de Dilma Rousseff (PT) e seus aliados em 2010 e 2014, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo publicada nesta quinta-feira (7).

A informação, de acordo com a publicação, consta da delação premiada de Otávio Marques de Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, e foi apresentada por ele à Procuradoria-Geral da República. Segundo a Folha, em 2014, a construtora doou R$ 20 milhões à campanha de Dilma. A delação, que também traz informações referentes às campanhas de 2010 e 2012, incluiria dados sobre uma doação de R$ 10 milhões vinculados à participação da Andrade Gutierrez em obras públicas da Petrobras e do sistema elétrico.

Todos os valores foram colocados em uma planilha por Azevedo e pelo ex-executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra. Eles teriam sido declarados, posteriormente, como doações legais às campanhas políticas do PT. As propinas teriam relação com execução de obras no Complexo Petroquímico do Rio, com a usina nuclear de Angra 3 com a hidrelétrica de Belo Monte. Segundo Azevedo, as doações incluíam a parte de "compromissos com o governo", como ele classificou a propina, e a "parte republicana" - as doações "normais" feitas pelas empresas aos partidos políticos.

Fonte: Redação IstoÉ

A farsa do combate ao cartel de combustiveis do DF

Investigados, postos do Distrito Federal mantêm preços iguais

Litro da gasolina gira em torno de R$ 3,85 em 81% dos estabelecimentos visitados no DF e o do álcool, em R$ 3,49 para 67% dos casos, sugerindo formação de cartel. 

Variação de apenas R$ 0,01 serve para camuflar combinação

Apesar da intervenção do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na empresa Cascol, há indícios de que postos de combustíveis do Distrito Federal continuam combinando preços, o que, se comprovado, configura crime de formação de cartel. Pesquisa realizada pelo Correio em 21 postos na terça-feira e ontem constatou que 14 estabelecimentos mantêm preço idêntico para a gasolina. Em 13 deles, o valor do álcool também é o mesmo.

A pesquisa envolveu postos de Taguatinga Centro e Sul, Samambaia, Asa Norte, Sudoeste, Riacho Fundo I, Park Way, Núcleo Bandeirante e SIA. O valor da gasolina gira em torno de R$ 3,85 e o do álcool, em R$ 3,49. O advogado de direito civil e do consumidor Rafael Klier explicou que “o cartel não é configurado apenas pela igualdade dos valores, mas também pela similitude dos preços”. Pequenas nuances, de apenas R$ 0,01, apenas camuflam a homogeneidade. “Ninguém deixa de abastecer em uma região só por essa diferença”, defendeu Klier.

Há 17 postos com valores de gasolina similares num universo de 21 estabelecimentos, 81% do total: em 14 deles o litro é vendido a R$ 3,85 e em três, a R$ 3,84. No caso do etanol, são 14 estabelecimentos com similaridade, ou 67%. Em 13 deles, o litro do álcool hidratado está em R$ 3,49. Em um posto, a R$ 3,48.

O Ministério Público do Distrito Federal e Território (MPDFT) não respondeu se identifica a existência de cartel nem o que  faz para coibir a venda de combustível com preços iguais. O Cade afirmou que incentiva postos a estabelecer os valores de forma independente, em ambiente de livre concorrência. O órgão comunicou que monitora o mercado de combustíveis no DF.


 Fonte: Correio Braziliense

Vai votar, deputado? Que tal dar uma olhadinha na delação da Andrade Gutierrez? Acha mesmo que Dilma sobrevive? Patista Paulo Pimenta já chama Dilma de ex-presidente

Quem teria estruturado a operação que envolve a Andrade Gutierrez é ninguém menos do que Antonio Palocci, que coordenou a campanha de Dilma em 2010. 

Era um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois são José Eduardo Cardozo, hoje na Advocacia-Geral da União, e José Eduardo Dutra, que já morreu

É, senhores deputados, pensem bem na hora de votar no dia 15… Será que vale a pena se vender no Mercadão do Lulão. Digamos, para efeitos de raciocínio, que não se consigam os 342 votos. Alguém realmente acredita que esse governo chegue ao fim? Só se for maluco. O sujeito corre o risco de se prostituir politicamente e ainda ficar sem o benefício prometido, não é? É um passo para a ruína da carreira política. Se os senhores parlamentares ainda não perceberam, há uma nova sociedade nas ruas, com mecanismos também novos de memória e vigilância.

Por que digo isso? Porque é evidente que falta ainda saber muito da Operação Lava Jato. Não tem jeito, não! O crime está entranhado na alma dessa gente. É um modo de fazer as coisas, de ver o mundo, de entender a política, de gerir o estado. Desde que os diretores da Andrade Gutierrez decidiram fazer delação premiada, o solo treme em Brasília. Pois bem: informa a Folha desta quinta que a empreiteira fez, sim, dações registradas às campanhas de Dilma de 2010 e 2014. Mas a legalidade de superfície esconde, nas profundezas, a propina. O dinheiro teria origem em obras superfaturadas da Petrobras e do setor elétrico.

A informação consta da delação premiada de Otávio Azevedo Marques, ex-presidente da empreiteira, e de Flávio Barra, ex-diretor. A dupla elaborou até planilhas para a compreensão do esquema, com doações feitas em 2010 e 2014 (eleições de Dilma) e 2012 (pleitos municipais). Só na última disputa presidencial, a campanha da petista recebeu R$ 20 milhões. Da dinheirama, pelo menos R$ 10 milhões teriam origem em obras superfaturadas.
Segundo Azevedo Marques, o propinoduto estava relacionado às obras do Complexo Petroquímico do Rio, à usina nuclear Angra 3 e à hidrelétrica de Belo Monte.

A reportagem informa que a delação da Andrade Gutierrez —  ao todo, 11 executivos prestaram depoimento — inclui obras da Copa do Mundo e atingem PT e PMDB. Entraram no rolo o Maracanã, o Mané Garrincha e a Arena Amazonas. Quem teria estruturado a operação que envolve a Andrade Gutierrez é ninguém menos do que Antonio Palocci, que coordenou a campanha de Dilma em 2010. Era um dos seus “Três Porquinhos”. Os outros dois são José Eduardo Cardozo, hoje na Advocacia-Geral da União, e José Eduardo Dutra, que já morreu.

Bem, meus caros, todo mundo nega tudo, é claro! Ouvida, a direção do PT se saiu com uma muito boa: afirmou que a empreiteira doou mais à campanha de Aécio Neves do que à de Dilma em 2014 e disse estranhar que não haja denúncia, então, contra o PSDB.  Essa é daquelas falsas lógicas asininas que só servem aos tolos. Se a Andrade Gutierrez fez ou não doações ilegais aos PSDB, não sei. Não há informações a respeito até agora. Mas é fácil saber por que os tucanos não cobraram propina da empreiteira na Petrobras, em Belo Monte ou em Angra 3: o partido não apitava por lá, né? Afinal, não estava no comando das estatais. Tenham paciência!

E, claro, o PT disse ter recebido apenas doações legais. Vai ver os empreiteiros fazem delação premiada e confessam crime apenas para chatear os companheiros… Não tem jeito, não, senhores! Esse governo não consegue sobreviver à própria biografia.

O petista Paulo Pimenta refere-se a Dilma como “ex-presidente”… Foi um ato falho. São os deuses falando!

Os seres superiores falam às vezes pela boca dos simples e dos brutos. Em que categoria o deputado se enquadra?

Os deuses, às vezes, falam pela boca dos simples e dos brutos. Nesta quarta, Paulo Pimenta (RS), vice-líder do PT na Câmara, resolveu criticar, na Comissão Especial do Impeachment, o texto apresentado por Jovair Arantes (PTB-GO), que defende a continuidade do processo.

Em seu discurso, Pimenta referiu-se ao “ex-presidente Lula” e, ao citar Dilma, atrapalhou-se e também lhe pespegou a condição de “ex”. A comissão explodiu de felicidade com o ato falho do petista. Aos gritos, com bom humor, os defensores do impeachment começaram a gritar: “Caiu, caiu, caiu!”.

Fonte: Revista VEJA  - Blog do Reinaldo Azevedo