Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

terça-feira, 2 de maio de 2017

Real objetivo

Senado barra projeto para conter a Lava-Jato, mas projeto de Renan continua a tramitar

Em todo o debate, que prossegue, sobre o projeto de lei aprovado no Senado sobre “abuso de autoridade", o menos importante é o abuso de autoridade. Ninguém discute que se trata de um assunto relevante em qualquer democracia conter o poder do agente público, ainda mais numa sociedade de longa tradição de esmagamento da sociedade pelo Estado e seus representantes. Mas o que está em questão nesta proposta de lei é a Lava-Jato, o real motivo da tramitação da proposta.

Importante é não deixar de registrar para os arquivos da História que não é por acaso que quem assina este projeto é o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), um dos principais políticos atingidos pela Lava-Jato e réu em pelo menos um processo no Supremo, embora este sem relação com a maior devassa anticorrupção em curso no mundo. Citado nas delações da Odebrecht, porém, Renan ainda poderá ser incluído no rol de réus devido à operação.

Também não é coincidência que o relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça do Senado tenha sido o também peemedebista Roberto Requião (PR), aliado do PT, defensor de Dilma no processo de impeachment, e da tropa de apoio a Lula. Por sinal, Renan, à medida que os ventos passaram a soprar contra ele no plano jurídico, foi-se afastando do governo Temer, enquanto acenava para Lula. Como forma de melhorar os maus prognósticos eleitorais dele e do filho, governador de Alagoas, estado em que o lulopetismo ainda conta. 

Estavam claras a inoportunidade e a inadequação de um investigado pela Lava-Jato, autor de críticas públicas a procuradores e juízes, e presidente do Senado cargo que desocupou em janeiro —, envolver-se em um projeto de lei que, na versão original, era evidente e inconstitucional obstáculo à Justiça, ao Ministério Público e a outros organismos do Estado em ações contra a corrupção patrocinada por políticos de alta graduação. Seria a negação da República, em que todos têm de ser iguais perante a lei. Com o projeto de Renan/Requião, não seriam.

A intenção de criar o crime de hermenêutico, o dolo na interpretação da lei por juízes, procuradores, e, por extensão, os demais agentes públicos, é algo que remete a ditaduras que se disfarçam de “democracias”. Tentar esta manobra quando, só das delações da Odebrecht resultaram mais de 70 inquéritos para investigar políticos com mandato, inclusive Renan, foi, no mínimo, uma inconveniência. E ainda virão as delações de outras empreiteiras.

No Senado, evitou-se a aprovação do atropelamento da independência do juiz e do procurador, passíveis de denúncia criminal se contrariassem réus e suspeitos. Emendas aceitas por Requião, depois de intensa negociação, mascararam o objetivo dos políticos da Lava-Jato. Um deles, inviabilizar o instrumento da delação premiada. A força-tarefa de Curitiba continua em campo, e o projeto irá para a Câmara. As escaramuças continuarão. [esta matéria, a exemplo da quase totalidade das demais que cuidam desse assunto, merece uma única resposta: quem apresenta a denúncia é o Ministério Público e uma vez aceita será julgada sempre por um membro do Poder Judiciário = portanto, um juiz.
Será que os dignos membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que fazem ferrenha oposição do projeto em comento, não confiam na independência, isenção e senso de Justiça dos seus pares?]

Fonte: Editorial - O Globo


Setores ligados à exportação começam a mostrar recuperação do emprego

Os primeiros sinais de recuperação do emprego com carteira assinada começam a aparecer. Um estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, aponta que, dos 25 segmentos monitorados no cadastro, 13 melhoraram o desempenho no primeiro trimestre: o saldo de vagas passou de negativo para positivo em relação ao mesmo período do ano anterior ou ficou mais positivo na mesma base de comparação.

O ponto em comum nesses segmentos que melhoraram o desempenho, de acordo com a CNC, é sua ligação com o comércio externo. Mais voltados à exportação – principalmente o agronegócio -, eles se beneficiam da recuperação que vem sendo apresentada há algum tempo na balança comercial. A retomada, porém, ainda é incipiente. O saldo total de postos de trabalho, levando-se em conta todos os 25 segmentos do Caged, ainda encerrou o primeiro trimestre no terreno negativo, com 64,4 mil vagas fechadas. No entanto, esse resultado negativo foi bem menor do que o registrado no mesmo período de 2016. No primeiro trimestre do ano passado, entre abertura e fechamento, o saldo negativo do emprego formal tinha sido de 303,1 mil vagas. 

“O número geral é negativo, mas, quando colocamos a lupa, conseguimos enxergar alguma recuperação do emprego”, afirma Fabio Bentes, economista sênior da CNC e responsável pelo estudo. O grande destaque em relação às vagas foi para a indústria, que teve saldo positivo na geração de empregos em nove segmentos, e o agronegócio, com a geração líquida de 14 mil vagas. “A indústria foi o primeiro segmento a fazer o ajuste no emprego e agora começa a se recuperar”, observa Bentes. 

Mercado externo
O desempenho mais favorável do emprego no agronegócio e na indústria em relação aos serviços, que ainda patinam, está associado, na opinião do economista, ao aquecimento das exportações. Enquanto a produção industrial cresceu 0,3% no início deste ano, o preço médio das exportações brasileiras aumentou 21,3% no primeiro trimestre na comparação anual e mais que compensou o recuo do câmbio no mesmo período, explica Bentes. Por conta disso, as exportações de produtos básicos cresceram 39,1% no primeiro trimestre, enquanto as vendas externas de semimanufaturados aumentaram 14,9% e de manufaturados, 11,6%. 

A tração das exportações na geração do emprego fica nítida no resultado do primeiro trimestre para a indústria calçadista. De acordo com os dados do Caged, o saldo da geração de vagas do setor calçadista somou 19,4 mil no primeiro trimestre, o melhor desempenho entre os segmentos industriais. O desempenho favorável do setor calçadista é confirmado por outro dado do Caged. A cidade de Franca, no interior do Estado de São Paulo e tida como a capital do calçado masculino, foi a que mais gerou vagas entre os municípios brasileiros – 4.685. Também a cidade de Birigui, no interior de São Paulo, polo de produção de calçado infantil, está no ranking entre os municípios brasileiros que mais abriram vagas. O saldo líquido do município no primeiro trimestre foi de 2.120 postos de trabalho. 

Outro recorte do estudo mostra a geração de emprego por faixa etária e nível de escolaridade. No primeiro trimestre deste ano, a geração líquida de postos formais de trabalho foi positiva apenas entre os trabalhadores mais jovens com até 24 anos de idade. Nessa faixa etária, o saldo foi de 175,3 mil vagas, um número 120% maior do que no mesmo período de 2016. 

Em relação ao nível de escolaridade, geração de vagas no mercado formal favoreceu os trabalhadores mais qualificados. De janeiro a março foram abertas 63,1 mil vagas para trabalhadores com nível superior completo e incompleto. “As contratações estão ocorrendo para os trabalhadores bons e baratos”, observa Bentes. Na questão salarial, o economista diz que, em média, o salário dos trabalhadores menos experientes é 52,5% menor do que o das pessoas com mais de 25 anos de idade. 

Com os resultados ainda negativos acumulados no primeiro trimestre e a perspectiva de crescimento de apenas 0,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, Bentes projeta estabilidade para a geração liquida de postos formais de trabalho em 2017, depois de dois anos seguidos de fechamento de vagas. Em 2015, o saldo do Caged foi negativo em 1,5 milhão e, no ano passado, em 1,3 milhão de vagas. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Centrais sindicais ameaçam greve de 2 dias e ‘invasão’ de Brasília

Em nota conjunta no Dia do Trabalho, seis entidades dizem que, se governo não recuar nas reformas trabalhista e da Previdência, irão ocupar capital federal

As principais centrais sindicais do país divulgaram nesta segunda-feira, Dia do Trabalhador, uma nota conjunta sinalizando com uma nova greve geral, desta vez de dois dias, e uma “invasão de trabalhadores” a Brasília para pressionar o Congresso a não aprovar as reformas trabalhista e da Previdência.
[a insistência das tais centrais sindicais em IMPOR paralisação aos trabalhadores, vai terminar por propiciar o que aquelas organizações criminosas  mais desejam: um novo 'estudante Edson Luís' - e talvez tenham mais de um, entre eles algum presidente de uma das centrais - um pouco dificil, já que a covardia deles faz com que fiquem abrigados debaixo das mesas dos eventos.
Com certeza não conseguirão o que mais desejam; a volta do Imposto Sindical. A mamata daquele imposto acabou em definitivo.
Líder sindical que nunca trabalhou, agora vai ter que trabalhar. O dinheiro fácil para os sindicatos acabou da mesma forma que acabou a fonte de recursos públicos para o movimento social terrorista dos sem terra.]

Na sexta-feira, uma greve geral convocada contra as reformas propostas pelo presidente Michel Temer (PMDB) atingiu parcialmente todos os estados, deixou algumas capitais com “cara de feriado”, mas não registrou grandes concentrações de manifestantes nas ruas e terminou em confrontos violentos com a polícia no Rio e em São Paulo.  “O dia 28 de abril de 2017 entrará para a história do povo brasileiro como o dia em que a maioria esmagadora dos trabalhadores disse não à PEC [proposta de emenda constitucional] 287 [da reforma da Previdência], que destrói o direito à aposentadoria, não ao projeto de lei 6.787 [da reforma trabalhista], que rasga a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho], e não à lei 4.302, que permite a terceirização de todas as atividades de uma empresa”, dizem as centrais no documento.

O documento, assinado pela CUT, CTB, CSB, UGT, Força Sindical e Nova Central, foi intitulado “A greve do 28 de abril continua” e foi lida em todos os eventos deste 1º de Maio. As centrais sindicais voltarão a se reunir nesta semana para discutir as próximas ações.
No dia da greve geral, Temer, em vídeo, disse que as manifestaçõesocorreram livremente em todo o país”, mas que isso não o faria desistir das reformas e que a discussão deveria ser tratada naarena adequada, que é o Congresso Nacional”.

“Não aceitamos a reforma trabalhista como está. E vamos para a Câmara. E vamos para o governo. Se o governo Temer quiser negociar a partir de amanhã, nós estamos dispostos a negociar. Agora, se não abrir negociação, se não discutir com centrais, se não mudar essa proposta, vamos parar o Brasil novamente”, disse Paulo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade-SP – ele integra a base do governo.  “Quem sabe a gente consiga fazer com que Brasília ouça as vozes das ruas”, disse. [DEPUTADO MENTIROSO, esse tal Paulinho: não houve greve geral no dia 28 nem haverá nos dias vindouros. Greve pressupõe uma opção voluntária dos trabalhadores em paralisar suas atividades para apresentar reivindicações.  
No dia 28  passado, várias organizações criminosas chamadas 'centrais sindicais', a serviço do PT e outros partidos da esquerda, contando com o apoio de uma categoria especializada em baderna - rodoviários e similares - IMPUSERAM aos trabalhadores um bloqueio ao livre direito de ir e vir, realizado via paralisação de todo o sistema de transporte coletivo urbano e reforçado por barreiras com pneus em chama e isto NÃO É, NUNCA FOI e NUNCA SERÁ GREVE.] 
 
Atos
As declarações de Paulinho da Força foram dadas durante o ato de 1º de Maio da central que comanda, na praça Campo de Bagatelle, na zona norte paulistana. O evento, que durou das 11h40 às 12h30, teve discursos de políticos como os deputados Orlando Silva (PCdoB-SP), Roberto Lucena (PV-SP) e Major Olímpio (SD-SP) e líderes sindicais, além de shows musicais, entre eles os de Zezé di Camargo & Luciano, Fernando & Sorocaba e Maiara e Maraisa.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) fez o seu ato no início da tarde na Avenida Paulista, com discursos de políticos e sindicalistas – depois, os manifestantes se dirigiram à Praça da República, onde haveria shows musicais de artistas como o rapper Emicida e a sambista Leci Brandão.

A organização do ato na Avenida Paulista gerou um entrevero entre a CUT e o prefeito João Doria (PSDB), que não autorizou o evento na via por ter shows musicais, o que contraria um termo de ajustamento de conduta firmado pela prefeitura com o Ministério Público Estadual, que prevê apenas três eventos por ano na via: a Parada Gay, a Corrida de São Silvestre e o Réveillon. Após disputa na Justiça, foi firmado um acordo: o ato político seria na Paulista e os shows, na Praça da República.

Em Brasília, onde as centrais querem promover uma “invasão de trabalhadores”, o ato foi modesto. Cerca de 200 trabalhadores participaram do evento, que teve entre os oradores a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), que  classificou as reformas como um “desmonte da Constituição”.  No Rio de Janeiro, o ato na Cinelândia, centro da cidade, teve uma confusão quando um homem segurando a bandeira do Brasil, foi hostilizado pelos manifestantes e teve de ser retirado do local.

 Fonte: O Estado de S. Paulo e Agência Brasil


Paulinho vira líder “antiburguês” com grana de banco e montadora!

É... Em festança patrocinada por “patrões”, o líder inigualável acha que reforma só beneficia grandes empresas e bancos... 

Oh, as centrais sindicais ameaçam o presidente Michel Temer com o fim do mundo, o Apocalipse, a batalha final? Não me digam!  Sabem quem realmente desafia, como diria Belchior, “O meu som, a minha fúria/ e essa pressa de viver”? Paulinho da Força (SD-SP). O chefão da central não sabe, mas foi para ele que La Rochefoucauld (foto) cravou a frase: “A hipocrisia é o tributo que o vício presta à virtude”. Já chego ao ponto. Antes, algumas outras considerações.


O objetivo, obviamente, é intimidar o Congresso. Se os parlamentares aprovarem as reformas trabalhista e da Previdência como estão, o presidente Temer terá assegurado um lugar de honra, dos mais elevados, na história. E também as lideranças políticas que estiverem a seu lado.

Ocorre que Temer não vai disputar cargo nenhum em 2018, e os deputados e senadores vão. Quando as centrais ameaçam o país com a ingovernabilidade e a com reação, miram mesmo é o Congresso Nacional.  Pois bem: Paulinho, este monumento à coerência e à moral, fez a sua tradicional patuscada de 1º de Maio. Sorteou uma penca de carros no evento da Força e distribuiu chocolates.

Segundo o valentão, as reformas propostas pelo governo Temer só beneficiam os bancos e as grandes empresas. Entendi.  Pois saibam: a festança da Força foi patrocinada por uma montadora, um banco e uma empresa de chocolates.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA

 

Liberdade para os heróis do petrolão

Depois da ditadura vem a abertura (da porteira). caminhando e cantando e seguindo o cifrão

Os dias eram assim: José Carlos Bumlai, o laranja da revolução, o amigo fiel do chefe da gangue progressista e solidária que arrancou as calças do povo, é solto pelo STF. O próximo da lista da alforria é José Dirceu, identificado como maestro do mensalão e do petrolão, ou seja, um guerreiro do povo brasileiro pelo direito sagrado de garfar os cofres públicos sem perder a ternura. O ideal é que a Justiça dê liberdade logo a todos esses heróis da história recente, para que eles possam começar tudo outra vez. Caminhando e cantando e seguindo o cifrão.

Vamos parar de perseguir esses revolucionários estoicos. Ligue a TV e veja como eles eram lindos. E românticos. O fato de terem chegado ao poder e acabado todos em cana por ladroagem é um detalhe. Ninguém quer ficar lembrando notícia ruim. Se Hollywood pode cultivar Hugo Chávez como salvador do Terceiro Mundo (a Venezuela sangrenta e arrasada não coube no roteiro), por que não podemos continuar envernizando os anos de chumbo? A revolução de Jim Jones também foi linda. Por que ficar lembrando aquele incidente no final, com a morte de uns 900 seguidores por suicídio e assassinato? Mania de botar defeito em tudo.

A libertação de Bumlai é um episódio emocionante, se você imaginar quanto os amigos dele lutaram por liberdade nos anos 1960. Quem disse que utopia não vira realidade? Eis aí: o homem apontado como facilitador dos sonhos pecuniários dos pobres milionários do PT está livre. Valeu a pena sonhar.  Agora o Supremo Tribunal Federal está na dúvida se solta José Dirceu também. Depois da ditadura vem a abertura (da porteira). Eles até já se compararam a Nelson Mandela – ou seja, estão com a maquiagem em dia. Basta dar uma retocada quando o carcereiro chegar e correr para os braços do povo como ex-presos políticos. O Brasil adora esse tipo de herói. A cama de Lula está feita.

Intervalo comercial: a Advocacia-Geral da União está cobrando o ressarcimento de R$ 40 bilhões dos condenados na Lava Jato. Observando o sistema montado pelos governos Lula e Dilma para desfalcar o Erário, e notando a exuberância das cifras em cada uma das incontáveis transações reveladas, você já tinha feito suas contas: nossos doces guerreiros do povo estão bilionários. E deve ter dinheiro escondido até em casinha de cachorro.

Voltando à narrativa da gloriosa revolução socialista contra a direita malvada, a conta fecha de forma comovente. Faça a estimativa do custo de todos os advogados contratados a peso de ouro por nosso batalhão de heróis enrolados com a polícia por anos a fio e conclua sem medo de errar: estão podres de ricos. E é com esses advogados, com essa fortuna e com a boa vontade que esse charme todo suscita nos bons amigos do Judiciário que eles estão articulando a abertura (das celas).

Talvez você se lembre que Dirceu, em pleno julgamento como réu do mensalão, continuava faturando com o petrolão – conforme constatou a Lava Jato. Talvez você tenha registrado que já em 2014, com a força-tarefa de Curitiba a todo vapor desvendando o escândalo, as engrenagens do esquema continuavam em marcha, como se sabe agora, inclusive para abastecer a reeleição de Dilma, a presidenta mulher revolucionária do bem. Parece incrível, mas os dias eram assim.

Diante de uma quadrilha virtuosa como essa, que parece ter como característica especial a desinibição, é providencial que o STF comece a soltar os seus principais integrantes. Afinal, os fatos mostram que eles não vão fazer nada de mais, fora girar sua fortuna, reciclar os laços de amizade e voltar a irrigar seus negócios – que tiveram 13 anos de esplendor e ultimamente deram uma caída, prejudicados por fascistas invejosos.

Contratar pesquisas de opinião mostrando que Lula já é o próximo presidente e manifestos de intelectuais à la carte está pouco. É preciso que a Justiça tire os revolucionários do xadrez, para que Lula não tenha mais de ficar zanzando por aí de jatinho sem saber direito onde pode pousar. Chega de constrangimento.  Que a perseguição a esses homens de bem termine de vez e Lula possa chegar cheio de moral diante de Sergio Moro para dizer que não é nada dele. E depois comemorar com um churrasco no tríplex de Guarujá, que ninguém é de ferro.
Fonte: Guilherme Fiuza - Revista Época


Lula e Dilma festejam a greve contra a reforma que defenderam

A dupla sempre soube que a curva desenhada pelo crescimento da expectativa de vida tornou irremediavelmente grisalha a legislação

Em março deste ano, Lula saiu das catacumbas do Instituto que ganhou de empresas às quais prestou serviços indecentes e foi para a Avenida Paulista berrar bobagens contra as reformas propostas por Michel Temer. Sem ficar ruborizado, o ex-presidente disse à plateia amestrada o contrário do que afirmou no vídeo acima, gravado em 2015. Neste 28 de abril, faltou-lhe coragem para dar as caras nas ruas e juntar-se aos festejos do Dia Nacional da Vadiagem. Distante de pneus em chamas, ônibus incendiados, piquetes selvagens e black blocs fora da lei, aplaudiu “o sucesso da greve geral” concebida para barrar reformas que considerou indispensáveis e urgentes há menos de dois anos.

Como atesta o vídeo, Lula sabe que a curva desenhada pelo crescimento da expectativa de vida tornou irremediavelmente grisalha a legislação previdenciária e outros papelórios aposentados pela passagem do tempo. “A gente morria com 60 anos de idade, com 50 anos de idade, agora a gente tá morrendo com 75″”, compara na gravação acima. “Você não pode ficar com a mesma lei que você tinha feito há 50 anos atrás”, rendeu-se. “É preciso que você avance”.

Por falta de convites para aparições públicas, também Dilma Rousseff aderiu à greve entrincheirada na sala de visitas do apartamento em Porto Alegre. “Nesses dias difíceis, a luta pela democracia e a defesa das conquistas sociais são dever de todos nós”, caprichou em dilmês erudito a pior governante desde o Descobrimento. “O povo brasileiro foi às ruas para dizer que não aceita a perda de seus direitos”. O neurônio solitário revogou o o que disse em janeiro de 2016 e eternizado no vídeo: “Cê tem várias formas pra encarar a questão da Previdência”, começou o falatório que completa o vídeo. “Os países desenvolvidos, todos eles, buscaram aumentar a idade de acesso, a idade mínima para acessar a aposentadoria. Tem esse caminho”.

A colisão frontal das discurseiras confirma que o casal que destruiu o país não tem compromisso com o que diz. A supergerente de botequim e o pregador de missa negra mentiram antes ou estão mentindo agora? Qual é a Dilma que vale? Qual é o Lula que vale? Simples: nenhum dos dois vale nada.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA
 

Ministros do Supremo decidem nesta terça-feira se soltam ou não José Dirceu

Fachin tem mantido decisões de Moro, mas 2ª Turma do STF diverge

Há três meses como relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Edson Fachin tem mostrado sintonia com o trabalho do juiz Sergio Moro, que conduz as investigações em Curitiba. Até agora, Fachin julgou sozinho pelo menos nove pedidos de libertação de investigados. Negou todos, mantendo integralmente as decisões de Moro.

Isso nem sempre acontece quando o julgamento é feito pela Segunda Turma do STF, responsável por analisar os processos da Lava-Jato. Dos quatro pedidos de liberdade julgados pelo colegiado, a decisão de Moro foi mantida em apenas um caso. O voto de Fachin foi derrotado em dois desses julgamentos.

A dissonância mais recente foi na semana passada, quando a Segunda Turma concedeu liberdade ao ex-assessor do PP João Cláudio Genu e ao pecuarista José Carlos Bumlai. Fachin votou contra os dois benefícios.  O colegiado vai julgar nesta terça-feira o habeas corpus do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, em prisão preventiva há quase dois anos. Fachin já votou contra a libertação do petista. Ainda faltam os votos dos outros quatro integrantes da turma: Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello.

Com base nos benefícios concedidos a dois réus da Lava-Jato na semana passada, a defesa de Dirceu nutre esperança de vê-lo em liberdade. No entanto, a aparente maré de libertação não necessariamente beneficiará o petista. Os próprios integrantes da Segunda Turma do tribunal advertem que, em casos de habeas corpus, não existe uma tendência decisória porque cada investigado teve a prisão baseada em argumentos diferentes.


— Cada caso é um caso — disse Dias Toffoli na quarta-feira.
O STF é imprevisível. Pode dar qualquer resultado — analisou um integrante da Segunda Turma ouvido pelo GLOBO.  Levantamento feito pelo GLOBO localizou 20 recursos de investigados da Lava-Jato nos quais Fachin se manifestou. Nos 14 casos em que houve decisão monocrática, ou seja, sem consultar nenhum outro ministro, Fachin negou as solicitações. O ministro negou nove pedidos de liberdade apresentados por Dirceu, pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, entre outros. O caso de Genu foi revertido depois na Segunda Turma.

Dos cinco recursos em que não havia pedido de liberdade, Fachin negou solicitação de Cunha para anular sua transferência para outra carceragem. Ele também rejeitou dois pedidos do ex-ministro Antonio Palocci para suspender um processo que está sob os cuidados de Moro, e para mandar o Superior Tribunal de Justiça julgar um habeas corpus. Por fim, foram negados dois pedidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para ter acesso a delações premiadas.

Além dos quatro pedidos de liberdade que chegaram à Segunda Turma, foi analisado, em 21 de fevereiro, um recurso do ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB-AP) para tirar um processo de Moro. Fachin foi contra o pedido, mas saiu derrotado. Na última terça-feira, a Segunda Turma do STF começou a julgar o pedido de liberdade de Dirceu, condenado no mensalão por corrupção e na Lava-Jato por corrupção, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. O primeiro voto foi o de Fachin, que negou o pedido. Os outros quatro ministros do colegiado ponderaram que o advogado de Dirceu e a Procuradoria-Geral da República (PGR) tinham que ser ouvidos no processo — e, por isso, o julgamento foi adiado para hoje. Ao votar, Fachin concordou com o decreto de prisão preventiva expedido por Moro. [libertar Dirceu será uma ofensa do Supremo à democracia, ao povo,  à Justiça e a desmoralização da Lava Jato e do juiz Sérgio Moro e das próprias leis brasileiras.
O criminoso Zé Dirceu está preso por quando estava em liberdade provisória - em virtude de sua condenação no MENSALÃO - PT - continuar delinquindo.
Enquanto cumpria a liberdade provisória o reeducando 'guerrilheiro de festim' cometia novos crimes  no PETROLÃO - PT.
Sua sanha de enganar é tamanha, que cumpria liberdade provisória e ao mesmo tempo recebia quase US$ 30 MI de propinas por sua participação no PETROLÃO - PT. O cara é tão desonesto que mesmo recebendo propinas no valor de trinta milhões de dólares deixou que milhares de petistas babacas fizessem uma 'vaquinha' para pagar uma multa de pouco mais de R$ 900 mil imposta pela Justiça ao guerrilheiro de araque.
 Contra soltura de Dirceu existe também impedimento da legislação penal que determina que qualquer bandido que se encontre em liberdade provisória e cometa algum crime, perde o beneficio e volta para o regime fechado. Dirceu está exatamente neste caso.
Tem também o fato que foi condenado por duas vezes na Lava Jato.]


Para o juiz de Curitiba, Dirceu agia “de forma sistêmica, habitual e profissional”, tendo recebido propina de forma periódica, inclusive quando estava preso em decorrência do mensalão e enquanto era investigado na Lava-Jato. O juiz considerou que o comportamento revelava “ousadia e desprezo pela persecução criminal” —e que somente a prisão poderia estancar a reiteração no crime.

CONDENADO EM 2012
Dirceu foi condenado no mensalão em dezembro de 2012 e preso em novembro do ano seguinte. Em 2014, obteve o direito de ser transferido para a prisão domiciliar. Em 2015, voltou para a prisão, por ordem de Moro, por indícios de envolvimento com crimes da Lava-Jato. Depois disso, Dirceu foi condenado na Lava-Jato por duas vezes. Fachin afirmou que, de acordo com as investigações, Dirceu recebeu pagamentos milionários de empresas, com indícios de que se tratava de propina. Esses pagamentos teriam sido feitos entre 2009 e 2014, abrangendo os períodos em que Dirceu cumpria pena pelo mensalão e estava sendo investigado na Lava-Jato.

Segundo a defesa, os pagamentos eram referentes a contratos de consultoria firmados antes da prisão no mensalão. Ainda segundo os advogados, duas das três empresas que fizeram repasses não são investigadas nem no mensalão, nem na Lava-Jato. [as consultorias do Zé Dirceu são tão reais quanto as palestras do Lula - forma do ex-presidente lavar dinheiro de propina - as do Fernando Pimentel, ainda governador de Minas - consultorias que nunca alguém surgiu para dizer que assistiu uma sequer - e as do Luis Cláudio, filho de Lula, que contratado para prestar consultorias a uma empresa - uma forma de lavar dinheiro de propina pela edição de uma MP - apresentou como produto da consultoria resultados de pesquisas feitas na internet.]

Fonte: O Globo

 

Temer inicia retaliações e mantém para 4ª votação da Previdência em comissão

Deputados foram 'infiéis' na reforma trabalhista

Às vésperas da votação da proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara, Michel Temer deflagrou o processo de retaliação dos seus aliados infiéis. “A caneta vai funcionar”, disse, referindo-se à demissão de apadrinhados dos deputados que pularam a cerca na votação do projeto que modifica a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Reunido com 11 ministros e líderes partidários no Palácio da Alvorada, em pleno feriado do Dia do Trabalhador, o presidente informou que a primeira leva de exonerações será publicada no Diário Oficial desta terça-feira (2).

Sob Dilma Rousseff, os silvérios do governo não perdiam por esperar. Ganhavam. Apunhalavam o Planalto no Legislativo, faziam pose para o eleitorado e continuavam usufruindo de todas as benesses que a máquina pública é capaz de bancar. Dilma fazia cara feia, ameaça cortar a ração de cargos e verbas, mas acabava recuando. Deu no impeachment.

Herdeiro da mesma coligação gelatinosa que destronou a antecessora, Temer decidiu evoluir da ameaça para a ação. Fez isso ao perceber que governistas leais começavam a invejar os colegas infiéis, adeptos da tese segundo a qual, num casamento com o governo, a felicidade conjugal, quando existe, é extraconjugal. Em homenagem à fidelidade, Temer decidiu restringir o bônus do governismo àqueles que revelam disposição para arrostar o ônus da aprovação de medidas impopulares. “Não dá para ficar dos dois lados”, sintetizou um ministro. “Votar contra e manter os cargos não é razoável.”

Estiveram com Temer os ministros Henrique Meirelles (Fazenda), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Antonio Imbassahy (Coordenação Política) e Mendonça Filho (Educação). Foram também ao Alvorada os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ), Agnaldo Ribeiro (PP-PB), Arthur Maia (PPS-BA) e Heráclito Fortes (PSB-PI). Pelo Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). O encontro contou com a assessoria técnica do secretário de Previdência da pasta da Fazenda, Marcelo Caetano.

Decidiu-se manter para esta quarta-feira (3) a votação da reforma da Previdência na Comissão Especial. O colegiado tem 37 membros. Para prevalecer, o governo precisa de maioria simples: 19 votos. Fez as contas e concluiu que terá algo entre 23 e 25 votos. Fará um arrastão na comissão, para substituir governistas claudicantes e preencher uma cadeira que está vaga. Além do texto-base, será necessário votar emendas apresentadas pelos deputados. Estima-se que parte da votação pode ficar para quinta-feira.

Vencida esta fase, a proposta seguirá para o plenário da Câmara. Ali, Temer precisará de 308 votos. É esse o quórum mínimo exigido para aprovar, em dois turnos de votação, uma emenda constitucional. O Planalto ainda não dispõe de musculatura para levar tantos votos ao painel eletrônico da Câmara. A tropa receia comprometer a própria reeleição em 2018, pois 71% dos brasileiros rejeitam a ideia de bulir com a Previdência. Na votação da reforma trabalhista, também abominada por mais de 60% dos eleitores, exigia-se maioria simples. E o governo cravou 296 votos. Não cogita levar a Previdência a voto enquanto não tiver certeza de que dispõe de alguma coisa ao redor de 330 votos, duas dezenas além do necessário.

Foi para o beleléu a pretensão do governo travar a batalha da Previdência no plenário da Câmara em 8 de maio. O Planalto se dará por satisfeito se conseguir aprovar sua reforma até junho, antes das férias dos parlamentares. Nessa hipótese, a apreciação da matéria no Senado ficaria para o segundo semestre. Temer repetiu na reunião do Alvorada que não cogita autorizar novas alterações no texto da reforma, já bem diferente do original. Seus aliados forçarão a porta.
 

Fonte: UOL/Notícias

 

Intimidação e insegurança

Disputa para influir na Lava-Jato produz novas multas de R$ 40 bilhões a empresas, gera insegurança em acordos feitos com Brasil, Suíça e EUA, e deixa réus intimidados

O governo Temer impôs R$ 40 bilhões em novas multas às empresas protagonistas do caso Lava-Jato. A iniciativa foi da Advocacia-Geral da União, órgão de assessoria do presidente da República. As sanções têm um efeito prático, a intimidação dos executivos que confessam ou pretendem revelar seus crimes e parceiros políticos — acham procuradores federais e advogados dessas empresas, num raro consenso. 

O volume de dinheiro cobrado pelo governo é suficiente para ameaçar a sobrevivência financeira de Odebrecht, Camargo Correa, OAS, Queiroz Galvão, UTC e Engevix. Numa comparação, supera em quatro vezes o valor que a Odebrecht, a maior empreiteira, se comprometeu a pagar, nos próximos 23 anos, no acordo com o Ministério Público Federal do Brasil, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, e a Procuradoria-Geral da Suíça. 

Semana passada, o governo apresentou à Justiça a sexta ação de improbidade contra esse grupo de empresas, responsável por fraudes e corrupção em negócios da Petrobras realizados nas administrações Lula e Dilma. As sanções incluem sete pessoas físicas, entre elas os principais dirigentes da Odebrecht e três ex-diretores da empresa estatal, Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e Renato Duque, que negocia uma delação premiada.

A Advocacia-Geral da União justifica: “A vontade da empresa é materializada pela vontade daquelas pessoas físicas que tomam as decisões. A pessoa física é o fio condutor da vontade da empresa”. Acrescenta: “Neste contexto, os administradores também devem responder pelas decisões que tomaram no comando.”  A argumentação contém uma novidade. O governo aderiu à lógica de que entidades (privadas ou públicas) devem ser tratadas como pessoas físicas, e seus dirigentes devem responder pela condução da vontade da empresa, fundação ou autarquia. Se aplicada à galáxia do setor público, pode revolucionar o manejo dos contratos de compras governamentais. 

Essencial, porém, é a interferência política que pauta a silenciosa disputa de poder dentro do Estado brasileiro pela influência no rumo do caso Lava-Jato. Ela nasceu dentro do Palácio do Planalto há 20 meses. Em novembro de 2015, Emilio Odebrecht levou ao governo Dilma o texto-base de uma Medida Provisória que instituía o acordo de leniência sem colaboração dos executivos. Desejava atenuar penas e perdas, oferecendo em troca a contenção de danos ao governo e aos sócios políticos. Dilma assinou a MP 703, que acabou sepultada pela reação pública. 

Odebrecht, então, se rendeu. Listou R$ 10 bilhões em subornos em 12 países. Destacou pagamentos no Brasil a um terço dos ministros e senadores, metade dos governadores estaduais e duas centenas de deputados, prefeitos e vereadores. Agora, sob Temer, assiste-se a um alinhamento de órgãos auxiliares do Executivo e do Legislativo (Advocacia-Geral e Tribunal de Contas da União) em confronto com o Ministério Público Federal, para pressionar empresas, cujos dirigentes encontram-se em confissão e delação dos associados políticos. Além de deixar réus intimidados, esse conflito dentro do Estado produz insegurança sobre os acordos de leniência já assinados no Brasil, na Suíça e nos Estados Unidos.

Fonte: José Casado, jornalista - O Globo


Mais uma vez, a rotina da injustiça se repete: policial é responsabilizado e acusado por cumprir o DEVER

PMGO afasta das ruas policial acusado de agredir estudante em protesto

O estudante está internado em estado grave, em Goiânia. 

A Polícia Militar (PM) de Goiás afastou das ruas o capitão Augusto Sampaio de Oliveira Neto, subcomandante da 37ª Companhia Independente, em Goiânia. A decisão foi tomada após agressão ao estudante universitário Mateus Ferreira da Silva, 33 anos, em manifestação na última sexta-feira (28). O estudante está internado em estado grave, em Goiânia.

[uma pergunta simples para o coronel Divino extensiva  a todos que acusam o policial? se o estudante era um cidadão pacífico, do bem, estava lá defendendo os direitos dos futuros aposentados (se a reforma da Previdência não ocorrer, aposentadoria passa a ser uma medida que não existirá para os que entrarem no mercado de trabalho nos próximos anos) qual a razão de usar máscara em uma manifestação 'pacífica', na qual os pacíficos participantes atiravam pedras e rojões contra os policiais?]
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar de Goiás, coronel Divino Alves de Oliveira, o capitão continua exercendo funções administrativas. “Não temos outro tipo de medida que prevê o afastamento total de função”, disse. O comandante acrescentou que o inquérito aberto para investigar o caso dura 30 dias e pode ser prorrogado por mais 15 dias.
 
Oliveira acrescentou que o inquérito foi aberto após a divulgação de imagens na internet que mostram a agressão ao estudante. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais e divulgado por órgãos de imprensa locais, foi registrado o exato momento em que Silva foi atingido pelo policial com um cassetete. Mateus aparece correndo para fugir do tumulto que se vê ao fundo, quando o policial o atinge na cabeça, carregando o cassetete com as duas mãos.
 
O universitário sofreu traumatismo cranioencefálico e múltiplas fraturas. Segundo boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), divulgado na manhã de hoje (1º), Mateus está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sedado, respirando por aparelhos e com pressão baixa.

Silva participava das manifestações populares contra as reformas trabalhista e previdenciária propostas pelo governo federal e que tramitam no Congresso Nacional. No início da tarde, um princípio de tumulto resultou em confronto entre agentes da segurança pública e alguns manifestantes, que passaram a lançar pedras e rojões contra os policiais.

Imagens falsas
Segundo o comandante-geral da PM, circula nas redes sociais uma foto sua como sendo o autor da agressão. De acordo com Oliveira, a agressão foi associada ao seu nome, erroneamente.
 
Fonte: Correio Braziliense
 
 
 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

A tragédia do Rio

Numa semana em que quatro jovens foram mortos no Alemão, na longa agonia que já chamam de guerra, o ex-governador Sérgio Cabral foi a Curitiba para dizer que fez todas aquelas compras com “sobras de campanha” e vender uma versão fantasiosa sobre a sua relação com a Petrobras e o governo Lula. Ele acha que ao confessar o crime considerado menor, caixa 2, vai atenuar suas penas.

Segundo o que contou na vara do juiz Sérgio Moro, ele tinha atritos constantes com a Petrobras por discordar dos valores pagos em royalties e participação especial. A acusação que ele foi responder é a de ter recebido “vantagens indevidas” no Comperj, conforme disseram a Andrade Gutierrez e Paulo Roberto Costa. Como Cabral se recusou a responder às perguntas do juiz e do MP, foi interrogado pelo seu próprio advogado, com questões do tipo: “qual era a relação da Petrobras com o governo do Rio?” Cabral disse que era uma relação de “lutas e litígios” e posou de estadista ao falar da política de Lula para o Petróleo, em 2009:  — Enxergamos ali um prejuízo incalculável com a nova legislação, primeiro para o Brasil. Para o Rio, as consequências seriam dramáticas.

Cabral quis dizer que combatera a política do governo Lula que redividiu os royalties do petróleo com estados não produtores e mudou o marco regulatório. Na verdade, ele jogou todas as suas fichas na amizade estreita com o presidente. “É mais fácil o sargento Garcia prender Zorro do que o presidente não vetar essa barbaridade contra estados produtores. Eu conheço o presidente. Ele é o presidente mais solidário que o Rio já teve”, disse Cabral em março de 2010. A lei foi aprovada, e depois sancionada sem vetos pela presidente Dilma.

Mesmo que ele tivesse tido a atitude correta como governante nesse caso específico — e não foi assim — Cabral não está sendo julgado por ter defendido mal os interesses do Rio, mas sim pelo apego aos interesses pessoais e inconfessáveis. Quando Cabral falou das empresas que atraiu para o Rio, ele se empolgou e disse que seu governo conseguiu “o menor nível de desemprego do Brasil”. Foi interrompido pelo juiz Sérgio Moro, que o advertiu: “Mas, assim, senhor Sérgio, não é para propaganda, é para responder aos termos da acusação.”

O incrível nesse depoimento é a falta completa de sentido. Ele foi a Curitiba para dizer que tinha uma relação tensa com a Petrobras, que foi um grande governador e que anteviu o fracasso da política de petróleo. A verdade é que ele teve uma relação submissa com o governo federal, vivia exaltando o então presidente Lula, fez uma atração de empresas para o Rio às custas de uma absurda distribuição de incentivos fiscais, que por muitos anos vai pesar nos cofres do tesouro estadual, e iniciou o desmonte do estado.

A tragédia do Rio é que algumas políticas iniciadas sob sua gestão poderiam ter dado certo e funcionaram durante anos. A política de segurança sob o comando de José Mariano Beltrame levou o Rio a vislumbrar a realização do seu sonho de pacificar as áreas em conflito. [sonho que se revelou um pesadelo; tanto que as famosas UPP - Unidade de Polícia Pacificadora - tiveram o nome modificado para Unidade de Perigo ao Policial, a modificação foi imposta pelos fatos. 
Só pessoas sem noção conseguiam defender um programa policial baseado no principio de que antes de ocupar uma favela deveria avisar aos traficantes para saírem do local - permanecendo,  estavam sujeitos a prisão e apreensão das drogas.]  
O salto do 26º lugar do Ideb para o quarto lugar foi conquistado pela mobilização das melhores forças da educação do estado sob o comando de Wilson Risolia. Poderia ter sido o caminho da recuperação do Rio e foi o começo da pior debacle. Na semana em que ele foi elogiar-se e contar lorotas na 13ª Vara Federal, o Rio viu o comércio da Tijuca ser fechado por traficantes e quatro jovens mortos, sem qualquer ligação com o crime, apenas eram do Complexo do Alemão.

Sérgio Moro perguntou a ele como explicava aquele “perfil de pagamentos”, com quantias fracionadas, abaixo de R$ 10 mil, ao mesmo fornecedor de roupas de luxo para ele e sua mulher. Ele respondeu quando a pergunta foi refeita pelo advogado e disse que “tinha o hábito de pagar parceladamente”. Eram sucessivas parcelas nos mesmos dias e em espécie. Ele então lançou o que pensa ser a sua tábua de salvação: o dinheiro foi de “sobras de campanha”, disse. Depois, com ar de arrependido: “reconheço esse erro, fato real na vida nacional.”

Se tiver sorte, Sérgio Cabral voltará para dizer o oposto do que disse na última quinta-feira. Mas pode nem ter essa chance. E sua versão dos fatos é descabida e despropositada.

Fonte: Blog da Míriam Leitão - Com Alvaro Gribel, de São Paulo

MEC cede à pressão da OAB contra cursos técnicos

O Ministério da Educação cedeu à pressão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e suspendeu por 120 dias a tramitação de pedidos de autorização para funcionamento de cursos técnicos ligados à área jurídica.

A pressão é contra cursos oferecidos pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), do governo federal.

Nos bastidores, a preocupação é com a disputa de mercado entre os bacharéis e os técnicos. A portaria foi publicada em 25 de abril e cria um grupo de trabalho, com a participação da OAB, para discutir o assunto. [a OAB = defensora incondicional da reserva de mercado para seus associados - associação compulsória por força de lei, não abre mão do feudo.]

Fonte: Blog Jogo do Poder
 

Previdência e terceirização: prova da hipocrisia do PT “greveiro”

Abaixo, um vídeo em que a então presidente Dilma Rousseff defende as terceirizações e a reforma da Previdência. Ela é daquele partido que promoveu a baderna

 

71% contra nova Previdência! Congresso, salve o povo de si mesmo!

“Ah, esse governo se comunica mal...” É mesmo? Mas, por acaso, teríamos 76% de pessoas com curso superior  são incapazes de ler um texto ou fazer uma conta?

 Vejam estes números do Instituto Datafolha. Eles evidenciam um momento, como posso chamar?, de patologia moral do povo brasileiro, muito especialmente de sua elite. Mais: os brasucas estão padecendo de esquizofrenia lógica.

Lembro-me de uma conversa, não faz muito tempo, em que o interlocutor, com impressionante — como eu poderia chamar para ser doce? “inocência” me dizia sobre a possibilidade de inflamar os corações dos brasileiros em defesa da reforma da Previdência. Bem, eu, sabem cumé?, ainda nem tão velho como o diabo, mas nem tão jovem como coroinha, adverti: “Isso não vai acontecer! Corremos é o risco de a reforma não ser aprovada. Brasileiro gosta de estado: branco, preto, rico, pobre, analfabeto, universitário, esquerda, direita…”.

Por que costumo afirmar que o governo Temer é quase um milagre caído do céu? Porque é a chance que tem o país de fazer a reforma da Previdência e a reforma trabalhista. Ou agora ou nunca. E, se nunca, a condenação à mediocridade! Mas, ora vejam, a maioria não quer, certo?

E não é pouca coisa, não! 71% se dizem contrários; só 23% aprovam; 5% preferem o não saber, e a coisa é indiferente para 1%. “Ah, esse governo se comunica mal…” É mesmo? Digamos que seja verdade. Mas, por acaso, teríamos 76% de pessoas com curso superior no país que são incapazes de ler um texto ou fazer uma conta?

É espantoso! Aí está a maior resistência à reforma, contra “apenas” 64% que têm o ensino fundamental. A rejeição já salta para 73% entre os com ensino médio. Sabem o que isso significa? Maior consciência dos próprios privilégios. Entre os funcionários públicos, a rejeição salta para 83%. É… Deve ser gostoso se aposentar com o salário integral, sabendo que a pobrada paga a conta, né?

Começo a entender o que significou a expansão, razoavelmente acelerada, do ensino universitário no país nos últimos 20 anos… Que medo! Então o grupo que, em tese, tem mais condições de estar bem informado é o que mais se opõe? Vergonha alheia. Respondam sem piscar: “nove vezes sete?”. No corte de renda, os mais ricos também dão vexame — e, de novo, são os que mais teriam condições materiais de entender o que está em curso: é de 70% a rejeição entre os que ganham até dois salários; sobe a 74 entre os de 2 a 5. Depois, cai um pouco, mas ainda nas alturas: 68% entre 5 e 10 e 65% entre os mais de 10. As mulheres são mais refratárias do que os homens, embora, segundo a proposta, possam se aposentar antes: 73% a 69%.

O item mais rejeitado é o que prevê 40 anos de contribuição para ter direito ao teto da aposentadoria. O QUE É ESPANTOSO? QUEM CONTRIBUI PELO SALÁRIO MÍNIMO PODE SE APOSENTAR COM 25 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO. E agora o dado estupefaciente: isso representa mais de 60% dos beneficiários.  Nem os itens nos quais o governo cedeu, atendendo a pressões corporativistas, conseguem a maioria. Opõem a que militares se aposentem antes 58% (38% aprovam). Reprovam o benefício para os policiais 55% (a 42%); no caso dos professores, a rejeição ao item é de 54% a 44%.

É, senhores… Estou quase aqui a ressuscitar personagens de Gil Vicente: aquele chamado “Todo Mundo” quer mamata; e o outro, o “Ninguém”, faz as contas. Querem o quê? Ainda que declinante, chega a 52% os que acham que o brasileiro, pasmem!, se aposentam mais tarde do que deveriam. Os que veem a idade como adequada são 38% — 27% em julho do ano passado. E caiu o índice dos que dizem que o brasileiro se aposenta cedo demais: de 11% para 8%.

O Congresso
Que efeito coisas assim terão no Congresso?
Vamos ver. Espero que os senhores parlamentares considerem que é preciso, que palavra empregarei?, muito altruísmo para alguém apoiar uma reforma que pode lhe impor uma cota extra de trabalho em relação ao anteriormente imaginado. Parte considerável dessa rejeição pode ser apenas inércia, não uma atitude militante.

Esse Congresso, que vive sob o porrete da direita xucra e seu moralismo embusteiro, tem de pensar, olhem só o que vou escrever, no “bem do país” e aprovar o texto como está. Se 71% dos brasileiros escolhem o suicídio coletivo ao responder a uma pesquisa, acho que o Congresso tem a obrigação de salvar o povo de si mesmo.

Grunhidos
Estou aqui a me lembrar dos grunhidos dos xucros a cada vez que o governo recuou aqui e ali. Pois é… Mesmo assim, aí estão os números, não é?  E o PT [vídeo acima]  — que já foi à TV, por intermédio de Dilma, defender a reforma da Previdência pretende agora ser o beneficiário maior da recusa.

A direita xucra e os fanáticos da Lava-Jatismo dos Santos dos Últimos Dias de Dallagnol estão de parabéns! Aliás, os senhores procuradores, que ganham os salários mais altos do funcionalismo, são contra a reforma.  Eles convenceram a esmagadora maioria do povo brasileiro de que as únicas tarefas dignas no país são caçar bandidos e cassar políticos. Melhor se der para caçar e cassar numa pessoa só. Ninguém tem legitimidade para mais nada.

Essa é a obra literalmente escarrada pela direita xucra, tendo como herói o esquerdista “tuiuiú” Rodrigo Janot.

Encerro
A Previdência responde por escandalosos 57% dos gastos do governo
. Esse, lá vamos nós, roubo bilionário perpetrado a cada ano traz consigo vários petrolões.

Como não dá para decretar a prisão preventiva de ninguém nesse caso nem expedir um mandado de condução coercitiva, os brasileiros vão arcando com o roubo sem saber, mas pagando o pato em juros estratosféricos, escolas ruins, saúde precária, vida sem futuro digno. Mas a maioria não quer que nada mude nessa área, certo?
Se o Congresso se acovardar, melhor o brasileiro ir brincar de outra coisa.

Fonte: VEJA - Blog do Reinaldo Azevedo
 

 

Equipes e pilotos da Fórmula 1 exaltam Senna no aniversário de sua morte

O trágico 1.º de maio de 1994 nunca mais saiu da memória dos brasileiros.  

A morte de Ayrton Senna no GP de San Marino, em Ímola, na curva Tamburello, chocou o País que o tinha como grande ídolo e todo o mundo do automobilismo. Por isso, 23 anos depois da tragédia, a data segue lembrada pela Fórmula 1, as equipes e seus pilotos. 

 Naquele inesquecível domingo, Senna pilotava sua Williams e perdeu o controle do carro antes de se chocar violentamente no muro.  

O brasileiro não resistiu aos ferimentos da batida e foi declarado morto horas depois, espalhando o luto pelo Brasil.  E como não podia deixar de acontecer, a própria Williams foi uma das equipes que prestaram homenagem ao ex-piloto nesta segunda-feira, no aniversário de 23 anos de sua morte. “Ayrton Senna, uma verdadeira lenda. Se foi, mas nunca será esquecido”, postou em suas redes sociais. 

Se a Williams foi a última equipe de sua carreira, a McLaren foi aquela em que ele chegou ao auge, conquistando o tricampeonato em 1988, 1990 e 1991. E o time inglês também se manifestou nesta segunda. “Se foi muito cedo, mas sempre estará em nossos corações. Há 23 anos, nós perdemos um amigo e uma lenda da velocidade.” 

Até mesmo a Ferrari, equipe contra a qual Senna travou memoráveis batalhas ao longo de sua carreira, lembrou a morte do piloto ao postar mensagem divulgada pela própria Fórmula 1: “Nunca será esquecido. Senna para sempre”.  Entre os pilotos, o brasileiro Felipe Massa, hoje justamente na Williams, também utilizou as redes sociais para prestar suas homenagens, assim como o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, que sempre definiu Senna como seu maior ídolo no automobilismo.
“Todos nós sentimos sua falta, Ayrton Senna”, escreveu Massa em sua página no Facebook. 

Outro que lembrou Senna foi seu maior rival nas pistas, Alain Prost, tetracampeão da Fórmula 1 em 1985, 1986, 1989 e 1993, com quem disputou boa parte dos títulos no fim dos anos 1980 e início da década de 1990. “Esta data sempre será lembrada, Ayrton”, escreveu para legendar uma foto na qual aparece ao lado do brasileiro em um pódio.

Fonte: Estadão


Trump diz que Kim Jong-un é “muito esperto” e não exclui opção militar

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, qualificou  o líder norte-coreano Kim Jong-un como “um cara muito esperto”, e reforçou que a opção militar continua sobre a mesa diante das contínuas provocações de Pyongyang. As informações são da Agência EFE.  “Mesmo muito jovem, foi capaz de assumir o poder. Muita gente, tenho certeza, tentou tirá-lo do poder”, disse Trump em uma entrevista ao programa Face the Nation da emissora CBS.

“E foi capaz de mantê-lo. Portanto, obviamente é um cara muito esperto”, acrescentou o presidente norte-americano.

Sobre os testes de mísseis balísticos do regime da Coreia do Norte, Trump ressaltou que está trabalhando com o presidente chinês, Xi Jiping, um dos poucos interlocutores que Pyongyang escuta, para diminuir as tensões. “Se ele preparar um teste nuclear, não ficarei feliz. E não acredito que Xi, que é um homem muito respeitado, fique feliz”, afirmou Trump, que completou neste fim de semana cem dias no poder. Sobre a possibilidade de que os EUA recorram a uma solução militar contra as ações do regime norte-coreano, o presidente americano foi lacônico: “Não sei, já veremos”.

Pyongyang realizou  um novo teste de um míssil balístico, que, aparentemente, explodiu minutos depois de seu lançamento, segundo fontes militares sul-coreanas e dos EUA.

Washington pediu ajuda à China para levar Pyongyang de volta a uma mesa de negociação, mas sem descartar uma ação militar. No início deste mês, Pequim pediu “prudência” a todas as partes após outro lançamento de míssil balístico por parte da Coreia do Norte. 

Fonte: Agência Brasil 
 

Ator mais famoso da política matou Lincoln; outro foi Reagan

Um dia, atores convocam para a greve geral; quando menos se espera, podem estar fazendo companhia a John Wilkes Booth, Ronald Reagan e Tiririca

Tal como atores brasileiros que apoiaram a greve geral depois da aprovação das reformas trabalhistas e previdenciárias, John Wilker Booth chegou atrasado. A rendição dos estados confederados do Sul dos Estados Unidos havia sido assinada cinco dias antes.

Mas seu ato politico foi o maior jamais cometido por um integrante das artes performáticas: assassinou o presidente Abraham Lincoln em vingança pela terrível guerra civil em que o Sul escravagista havia sido derrotado. O herói da abolição da escravidão nos Estados Unidos, para Wilkes, era um vilão que havia sufocado um movimento separatista legítimo e constitucional.

O belo e algo preguiçoso Booth, de 27 anos, disparou sua pistola Derringer por trás da cabeça do presidente Abraham Linconl no camarote número 7 do teatro Ford, em Washington. Disse uma frase retumbante, que preserva sua carga de impacto 163 anos depois: “Sic semper tyrannis”. Ou assim acabam os tiranos. “O Sul está vingado”.
Booth saltou do camarote, quebrou a perna, pegou um cavalo e fugiu na companhia de um comparsa. Conseguiu ser o foragido mais procurado da história dos Estados Unidos durante doze dias.

Cercado num estábulo em chamas, foi baleado através das frestas das tábuas. “A Providência me guiou”, disse Boston Corbet, o sargento da Décima-Sexta Cavalaria de Nova York que o matou, descumprindo ordens especifícas de que o assassino de Lincoln fosse capturado vivo.  Outros cúmplices foram presos, julgados e executados. A mãe de um deles, Mary Surrat, foi a primeira mulher condenada à forca nos Estados Unidos.

ALTAR DA COMÉDIA
As reações ao magnicídio cometido por Booth, famosamente antecipado pelo nome de seu pai, o ator inglês Junius Brutus Booth, foram sísmicas. Mas, em termos de história, o republicano Lincoln já havia cumprido seu papel titânico. O pior que aconteceu foi que o vice-presidente, o democrata Andrew Johnson, assumiu, esforçando-se para ganhar o título de um dos piores presidentes da historia dos Estados Unidos.

Nada que se compare ao efeito do mais famoso ator americano a participar da política. Ex-presidente do sindicato dos atores e ex-governador da Califórnia por dois mandatos – o que já dá um razoável currículo -, Ronald Reagan foi menosprezado, vilipendiado e chamado de cretino incapaz entre outras gentilezas quando se candidatou a presidente dos Estados Unidos.

Terminou os dois mandatos com as seguintes realizações: 34 milhões de novos empregos e imbatível política de rearmamento, acompanhada de diálogo constante, que acabou pesando para a dissolução da União Soviética e o tipo de imperialismo comunista que praticava.

PIADAS SEM GRAÇA
Também continuou a ser ridicularizado por humoristas e atores, tal como acontece hoje, em escala muito maior com Donald Trump. No jantar anual dos jornalistas que trabalham em Washington com o presidente, ao qual Trump muito espertamente não foi, o comediante Hasan Minhaj mostrou que não sabe aproveitar oportunidades.

Ao contrário de outros humoristas que praticamente renasceram com a oportunidades de ouro oferecida por Trump – depois de passarem oito anos fazendo piadas a favor de Barack Obama, um atestado de óbito para o humor -, Minhaj colocou a agenda política acima do sagrado altar da comédia.  Disse que Trump não havia ido ao jantar porque “mora na Rússia” e é longe. Chamou o assessor presidencial Steve Bannon de nazista. Três vezes. Alguém deve ter achado engraçado.

Não se conhece, evidentemente, nem uma única piada de Hasan Minhaj sobre Islã, Maomé e outros ideais inspiradores que levaram ao massacre de uma turminha francesa de colegas do comediante americano, o pessoal do Charlie Hebdo.  A lista de atores que não apenas falam de política como entram para ela é longa nos Estados Unidos. O senador Al Franken também saiu do celeiro do Saturday Night Live. Escrevia e subia no palco, com a mente agilíssima, o humor ferino e o timing arrasador que inspirou tantos seguidores. Encantou-se pela saída à Tiririca do mundo do show business.

Como senador por Minnesota, tornou-se uma vergonha. Exacerbado pelo anti-trumpismo, ele aparece em programas de televisão misturando piadas e declarações sérias. Disse que existem senadores republicanos convencidos de que Trump “não bate bem”.
De forma geral, comporta-se como o palhaço que nunca foi – formou-se em Harvard e sempre fez humor sofisticado, embora eventualmente prejudicado por ataques sexistas envolvendo fantasias de estupro, e não idiota como agora.



LER MATÉRIA COMPLETA EM: MUNDIALISTA - VEJA -  Vilma Gryzinski