Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER

terça-feira, 2 de maio de 2023

Censura, filha preferida da mentira - Percival Puggina

      Querem que nos habituemos a dobrar a espinha de modo silencioso e a rastejar reverências a nossos algozes. Já deixaram claro a que vêm. Aprendemos na experiência da vida que não desistem de seus objetivos e se valem de todas as tretas e mutretas para alcançá-los. 
Até a chacina de Blumenau serviu para justificar o injustificável, como, por exemplo, a imposição de meios de censura na Internet... 
De outro lado, conservadores e liberais – enquanto podem proclamar que “têm mais o que fazer” – se resignam facilmente aos maus tratos do Estado. Até não terem mais o que fazer porque a rota percorrida termina em inevitável sorvedouro onde tantas nações já se precipitaram.
 
O PL da Censura é a estampa de seus proponentes e defensores: profissionais do ardil, da arrogância, do estatismo, do liberticídio, do autoritarismo e da criação de narrativas. 
É sempre a mentira que necessita impor silêncio à Verdade, sua antagonista natural. 
A Verdade se impõe sempre que lhe permitem contrapor-se à sua predadora natural. Por isso, a censura trata de impor seus motivos. Eles não são razões da razão, nem do bem, nem da justiça, nem da moral.
 
Criatura da invencionice legislativa do ano de 2020, o projeto ganhou vida assim que o desastre eleitoral de 2022 chegou ao clímax do dia 1º de janeiro deste ano. Já então, a experiência dos meses anteriores mostrava onde se travaria a luta política e evidenciou o quanto era conveniente inibir o protagonismo da sociedade em questões políticas. Para os donos do Brasil, cidadão, eleitor, é sujeito que aperta silencioso e discreto o teclado da urna. O resto é para os profissionais.

E o mal parido projeto ganhou força, tornou-se urgente. Urgentíssimo. Os novos senhores do Brasil entendem que opinião é regalia de quem pode. O povo, fala no teclado da urna, a cada quatro anos. A partir daí, o silêncio é seu melhor e mais prudente conselheiro.

Nestas últimas horas do dia 1º de maio, escrevo sem saber por quanto tempo isso será tolerado. Penso, então, nos omissos de outubro do ano passado. Agiram naquela eleição como se não estivessem embarcados no navio que se precipitava para o sorvedouro.  
Fico me interrogando se, agora, a realidade ainda lhes chega. 
Haverá alguma janela, naquele universo paralelo desde o qual as decisões eleitorais do ano passado não lhes impuseram qualquer responsabilidade moral ou cívica?

Na história dos povos, a censura foi, sempre, exigência da mentira, ou da mistificação, ou de males ainda maiores. Por isso, quando a madrugada se aproxima, ergo o pensamento para Jesus – Ele mesmo Caminho, Verdade e Vida rogando que vele pela nação brasileira e não se instale, aqui, o primado da mentira, eterna predadora da Verdade.  

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

 

Liberdade de expressão - Lula quer controlar as redes sociais - Sergio Moro

VOZES - Gazeta do Povo 


O presidente Lula e o PT estão entre os apoiadores do PL 2.630.| Foto: EFE/Andre Borges

Escrevo sob a sombra do PL 2.630, com o qual o governo Lula pretende obter o controle sobre o que se posta nas redes sociais.
No fim, superadas as discussões técnicas e os detalhes, é disso que trata o projeto.

A boa notícia que o início de semana nos traz é que o risco de aprovação do projeto aparenta ser declinante. 
Placares informais dos votos dos parlamentares apontam para a rejeição do projeto. O mais provável é que não seja colocado em votação diante das chances de rejeição.
 
Favoráveis ao projeto estão apenas o PT, partidos satélites e outros partidos que se aproximam sempre de qualquer governo.  
Como o PT não vê qualquer problema em ditaduras como Cuba, Venezuela e Nicarágua, é natural que não tenha óbices ao PL 2.630.
 
Faço aqui uma confissão. Gostaria muito de só ler coisas boas nas redes sociais. Seria um sonho não ver nelas postagens agressivas ou grosseiras e poder confiar em tudo o que nelas se posta. Se elas fossem uma fonte dinâmica de informação verdadeira e confiável, seria o melhor dos mundos. Aliás, desde 2014, sou uma das principais vítimas de fake news espalhadas pelo PT e por seus aliados
A lista é gigantesca, passando do negacionismo da corrupção na Petrobras às acusações falsas de ligações com a CIA ou o governo norte-americano. Apesar disso, mesmo quando ocupava a posição de ministro da Justiça, jamais defendi conceder ao governo que integrava um poder de censura sobre as redes.

    Desde 2014, sou uma das principais vítimas de fake news espalhadas pelo PT e por seus aliados. A lista é gigantesca

Não discordo de que as redes sociais precisam de alguma regulação. Há uma disputa comercial entre elas e a imprensa. 
O jornalismo profissional se ressente de produzir material e nada receber financeiramente por sua veiculação nas redes sociais ou na internet.  
Há bons argumentos para ambos os lados e defendo que a questão seja debatida em projeto de lei próprio e específico para que ela não seja contaminada pelo debate sobre a censura nas redes sociais.
 
Discordo da utilização das redes sociais para disseminar pornografia infanto-juvenil, veicular ameaças ilegais e golpes financeiros ou incitar a prática de violência
Com falhas, as redes sociais já atuam para excluir conteúdos da espécie e reputo razoável que a lei preveja mecanismos para garantir que sejam excluídos. 
Em relação a este tipo de postagem, é mais improvável termos divergências quanto à sua caracterização como impróprio ou mesmo para reconhecê-lo.

Já ofensas, calúnias e difamações são um problema nas redes, mas essas condutas são criminosas e a legislação penal já as trata como crimes, sendo de se questionar a necessidade de regras especiais aplicáveis às redes sociais.
Veja Também:

    Todo corrupto é um ladrão

    Dobrando a aposta

    Contra o domínio do crime e da mentira 

Os filhos de Putin

Também sou favorável à ampla transparência das redes sociais. Conteúdo promovido ou patrocinado deve ser identificado. 
Contas automatizadas, inautênticas ou mecanismos artificiais de disseminação deveriam ser suprimidos ou completamente identificados.
 As regras de automoderação e autocontrole já utilizadas pelas plataformas deveriam ser publicizadas e deve haver mecanismos que promovessem a transparência de sua aplicação. 
Às plataformas ainda deveriam ser impostas regras que garantissem o espaço para o livre debate público, com respeito à pluralidade de opiniões e com a proibição de concessão de vantagens a conteúdos por motivos político-partidários ou por preferências ideológicas. Nesses aspectos, o PL 2.630 é bem falho. [o objetivo do PL é apenas um: impedir que as mentiras do Lula sejam apontadas, assim como roubos, má conduta dos seus ministros e outras trapaças que bem caracterizam o PresiMENTE.
Querem silêncio total sobre tudo de ruim que cerca e integra o atual presidente. 
Basta terem conta, que  um ministro do presidente apedeuta  agrediu até a GRAMÁTICA quando quis impedir que dito elemento fosse chamado de ex-presidiário, quando é pacífico que quem foi alguma coisa sempre será EX, exceto se voltar a ser o que foi.]

Mas o grande problema é a pretensão do PL 2.630 de retirar das redes sociais as assim denominadas fake news, ainda que a pretexto de proteger a democracia e o debate público. 
Em última análise, alguém terá de ser encarregado de definir se uma informação divulgada na rede é ou não verdadeira.  
O PL 2.630 pretendia resolver isso criando uma misteriosa “entidade autônoma de supervisão” vinculada ao governo, com a atribuição de vigiar as redes sociais e as grandes plataformas. 
Diante de uma reação negativa da sociedade, o relator do projeto, na última versão, suprimiu o artigo que criava tal entidade. 
Ao incauto, o problema pode parecer superado, mas na prática o projeto tem um sujeito oculto e indefinido ao qual caberá a tarefa de censurar as redes sociais. Quem será ele?  
Nem o relator sabe dizer, o que já diz muito sobre o açodamento e a falta de técnica da proposta.  [o relator não entende nada do assunto, o que ele entende e bem, é comer tapioca - quando paga com cartão corporativo = dinheiro público.]


    Nenhum governo é confiável para dizer o que é verdade e o que é mentira. Para isso não cabe solução fácil, não existe uma solução milagrosa ou um Deus ex machina. Essa tarefa cabe a cada um, a nós mesmos

Temos um presidente da República campeão em produzir fake news. Destaco apenas algumas pérolas mais recentes. Segundo ele: - a Ucrânia é tão culpada pela guerra como a Rússia
- os Estados Unidos e a União Europeia incentivam a guerra ao ajudar a Ucrânia a se defender;  
- Cuba, Venezuela e Nicarágua não são ditaduras e a primeira é um paraíso social; 
- os Estados Unidos fomentaram a Lava Jato no Brasil pois as empresas brasileiras estavam ficando competitivas internacionalmente
- o autor deste artigo teria ligações com a CIA ou com o FBI e teria “armado” um plano do PCC para figurar como vítima de um sequestro. 
 
Pois bem, este mesmo presidente quer criar um órgão vinculado ao seu governo ao qual caberá o poder de dizer o que é verdade e o que é mentira. Dá para confiar? Eu diria que não, que esse governo com um histórico vinculado a tentativas autoritárias de controlar a imprensa – recordemos da tentativa frustrada de criação do Conselho Federal de Jornalismo – não é confiável.
 
A questão, porém, é ainda mais profunda: nenhum governo é confiável para dizer o que é verdade e o que é mentira
Para isso não cabe solução fácil, não existe uma solução milagrosa ou um Deus ex machina. Essa tarefa cabe a cada um, a nós mesmos. 
A melhor solução encontrada pela humanidade, em jogo de tentativa e erro, foi o livre intercâmbio de ideias, sem censura estatal, por meio do qual as informações e opiniões puderam ser testadas no grande palco da humanidade e aquelas ruins ou falsas, como a teoria de que o Sol girava em torno da Terra ou de que o comunismo traria liberdade e igualdade para todos, foram jogadas fora. 
 Agora, está na hora de jogar fora o PL 2.630 e sepultar em definitivo a ideia falsa e autoritária de que o governo deve ter algum papel em dizer o que é verdade ou mentira nas redes sociais, na imprensa ou em qualquer meio de comunicação.
 
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
 
Sérgio Moro, senador da República - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

Câmara vai decidir entre jogar o país na censura ou defender a liberdade - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Os deputados brasileiros têm diante de si neste momento uma escolha perfeitamente clara: ou jogam o país na treva da censura ou mostram que ainda são capazes de defender a liberdade que resta aos cidadãos, e que se vê agredida cada vez mais pelo consórcio formado entre o governo Lula, o Supremo Tribunal Federal e as forças que os apoiam
Podem aprovar a entrega, aos que mandam hoje no Estado, de um sistema para reprimir a livre expressão de ideias ou dizer “não” à censura legal e hipócrita que querem impor à sociedade. É disso, e só disso, que se trata.
 
A lei a ser votada na Câmara não se destina a promover a “responsabilidade” e a “transparência” na internet, como diz a propaganda do PT.  
Ela dá ao governo a autoridade legal de decidir o que o brasileiro pode ou não pode dizer nas redes sociais – o resto da discussão é fraude, pura e simples.

    O fato, no mundo das realidades objetivas, é que a esquerda brasileira jamais está do lado da liberdade.

O Sistema Lula diz que o censura criada pela lei será aplicada pela “sociedade”, não pelo governo; não é censura, portanto. É obviamente falso – na prática, é a máquina estatal que vai tomar as decisões. É ela que vai decidir o que é verdade ou mentira no Brasil – e proibir não apenas as fake news, como dizem, mas tudo aquilo que considerar “desinformação”. Que diabo quer dizer isso, “desinformação”? 
No palavrório da lei, é o que estiver “fora do contexto”, ou for “enganoso” ou passar por “manipulação” – quer dizer, na vida real, tudo o que os censores resolverem vetar.
 
A verdade oficial do governo Lula, por exemplo, estabelece que Dilma Rousseff sofreu um “golpe”, e não um processo legal de impeachment. Com a nova lei, os “representantes da sociedade” podem punir como culpado de “desinformação” quem falar “impeachment” em vez de “golpe”. Que tal?  
O governo diz que não vai ser bem assim, é claro, e que a censura será executa com o máximo de honestidade, isenção e critério. Mas vai ser exatamente assim, e daí para baixo. [o que chamam de desinformação, se implantado, tem um alcance bem mais amplo, sinistro e contra a liberdade. SAIBA MAIS, lendo: 'tratado internacional ...'.]

Veja Também:

    A censura está a ponto de ser institucionalizada – para a alegria de Lula, a esquerda e o STF

    MST não quer terra nenhuma, só dinheiro vivo – e quem paga é o povo

    Como um presidente da República pode ajudar os pobres comprando um sofá de 65 mil reais?

A lei vai ser votada dentro das piores práticas do Congresso Nacional – por trapaças variadas, o projeto irá a plenário sem ter passado por estudo ou debate em nenhuma comissão. É insano. 
A nova lei do ensino médio que o governo Lula acaba de anular, para ficar num caso só, levou mais de vinte anos de discussão para ser aprovada; mas um projeto que atinge diretamente a liberdade de expressão, determinada pela Constituição Federal , vai ser votado na correria.
 
O fato, no mundo das realidades objetivas, é que a esquerda brasileira jamais está do lado da liberdade. Alguém é capaz de se lembrar, por exemplo, a última vez que Lula falou em favor da liberdade? 
Já falou sobre tudo, desde que em seu governo haveria “picanha para os pobres”, até que a Ucrânia é responsável pela invasão do seu próprio território, mas de liberdade nada
É mais uma demonstração do que estão pretendendo com a lei da censura.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 1 de maio de 2023

A CPI que traz o verdadeiro perigo para Lula e o PT

Ou... o sonho da direita bolsonarista contra a esquerda 

Enquanto constrói uma difícil estratégia para desgastar o governo na CPI do 8 de janeiro na qual a tese do “apagão da inteligência” se unirá ao estranho papel do ex-chefe do GSI Gonçalves Dias a oposição já percebeu que a CPI do MST é aquela que, de fato, pode colocar o governo Lula-3 em maus lençóis.

De fato, é um assunto sensível para o PT, aliado histórico do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.

Como mostrou a coluna na semana passada, o forte engajamento dos membros do movimento com o “abril vermelho”, ocupando terras que buscam lembrar o massacre do Eldorado dos Carajás, o MST acabou por “confirmar” o que os bolsonaristas disseram que eles se tornariam numa nova gestão petista. 

Em meio a esse quadro, o presidente Lula está agora numa situação na qual não quer se indispor com parte de sua base eleitoral nem desagradar grupos ruralistas. O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, chegou a pedir, no início do mês passado, a desocupação de áreas invadidas. 

Exigiu, também, que o MST deixasse sedes de edifícios da Incra e da Embrapa para que o governo voltasse a conversar sobre a Reforma Agrária, uma promessa que anda junto a esquerda. Aliás, nos bastidores, Lula determinou a Paulo Teixeira que não negociasse com quem estivesse ocupando.

Mesmo com as reações públicas do governo, contudo, a verdade é que uma CPI pode revelar ao país uma relação muito mal resolvida entre o Partido dos Trabalhadores e o MST.

É aí que a oposição bolsonarista espera levar ao grande público uma vedade para amedrontar não só os grandes proprietários de terra, mas a classe média brasileira que verá tudo pela TV. Como dito neste espaço, o MST vinha fazendo  uma caminhada para uma militância mais razoável com a produção de orgânicos por pequenos agricultores. 

Estavam, inclusive, mudando sua imagem perante a sociedade.

O “novo” fogo amigo do MST contra o PT mina esse discurso e nada disso importa muito agora. Na era das fake news, a ideia é construir uma narrativa que gere medo na sociedade, onde mora o temor da esquerda petista e a esperança da direita bolsonarista. [por falar em fake news, vale a pena ficar atento ao PL da Censura que querem nos empurrar na surdina; saiba mais, lendo: 'tratado internacional ...']

PS – Em 1966,[abril de 1996]  dezenove sem-terra foram assassinados após uma truculenta ação policial com resquícios da violência das Forças Armadas durante ditadura. [lembramos que o ilustre jornalista  parece ter aversão a fatos ocorridos durante o Governo Militar - governo que foi forçado por terroristas e guerrilheiros a usar da força necessária e desmontar, abatendo alguns, maus brasileiros que queriam transformar o Brasil em uma gigantesca Cuba. 
 
Nos parece que por tal razão, ou razões, atribui Eldorado de Carajás a  resquícios do que ele chama de violência das Forças Armadas.
 
Os acontecimentos de Eldorado de Carajás ocorreram em 1996 - 30 anos após a data que consta da narrativa/comentário do jornalista = 17 anos após a anistia e o Brasil sendo governado por um governo democrático, civil, FHC, portanto nada a ver com uma ação policial, autorizada pela Justiça para impedir que bandidos que se apresentavam como trabalhadores rurais impedissem o trânsito em uma rodovia do PA; houve reação por parte dos criminosos e a valorosa PM do Pará teve que usar a força necessária e alguns dos bandidos foram abatidos.]  O país não pode esquecer essa violência, mas ela pode ser lembrada de uma outra forma. A região do Sul do Pará, onde está Eldorado dos Carajás, ainda é alvo de grilagem, ou seja, ocupação de terra pública por grandes grileiros. Mas sobre isso, obviamente, a direita não fala.
 
Matheus Leitão, jornalista - Revista VEJA
 
 

O tratado internacional mais perigoso já proposto - Molly Kingsley

Revista Oeste

Com a proposta, um sistema global de “certificados de saúde” digitais para a verificação da situação vacinal ou dos resultados de exames se tornaria rotineiro


Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

A história humana é uma história de lições esquecidas. Apesar do colapso catastrófico da democracia europeia nos anos 1930, parece que a lenda do século 20 — em que cidadãos, amedrontados por ameaças existenciais, aceitaram rejeitar a verdade e a liberdade em favor da obediência e da propaganda política, enquanto permitiam que líderes despóticos assumissem poderes ainda mais absolutistas — está perigosamente perto de ser esquecida.

Em nenhum lugar isso fica mais evidente do que em relação à aparente displicência com que foram recebidos dois acordos internacionais que estão a caminho da Organização Mundial da Saúde: um novo tratado pandêmico e as emendas ao Regulamento Sanitário Internacional de 2005. Ambos devem ser apresentados ao órgão diretor da OMS, a Assembleia Mundial de Saúde, em maio do ano que vem. Como pesquisadores e juristas preocupados já detalharam, esses acordos ameaçam reformular fundamentalmente a relação entre a OMS, os governos nacionais e os indivíduos.

Eles transformariam em legislação internacional uma abordagem vertical supranacional à saúde pública em que a OMS, atuando em alguns casos por meio do discernimento de um único indivíduo, seu diretor-geral, teria poderes de impor diretrizes amplas e legalmente obrigatórias a Estados membros e seus cidadãos, que vão desde a imposição de contribuições financeiras de governos até o requerimento de produção e distribuição internacional de vacinas e outros produtos de saúdepassando pela exigência de cessão de direitos de propriedade intelectual, pela suplantação de processos de aprovação de segurança nacionais para vacinas, terapias genéticas, equipamentos e diagnósticos médicos e pela determinação de quarentenas nacionais, regionais e globais que impeçam os cidadãos de viajarem e imponham exames e tratamentos médicos. OMS teria poderes de impor diretrizes amplas e legalmente obrigatórias a Estados membros e seus cidadãos | Foto: Shutterstock

Um sistema global de “certificados de saúde” digitais para a verificação da situação vacinal ou dos resultados de exames se tornaria rotineiro, e uma rede de biomonitoramento cujo propósito seria identificar vírus e variantes de interesse e monitorar a adesão nacional a diretrizes políticas da OMS nesses casos — seria incorporada e expandida.

Para que qualquer um desses amplos poderes seja invocado, não seria necessário haver uma emergência sanitária “real”, em que as pessoas estejam sofrendo danos consideráveis, na verdade, bastaria que o diretor-geral, agindo por seus próprios critérios, identificasse o simples “potencial” dessa emergência.

É difícil superestimar o impacto dessas propostas na soberania dos Estados membros, nos direitos humanos, nos princípios básicos da ética na medicina e no bem-estar das crianças
Em suas versões atuais, essas propostas negariam a autonomia do governo e a soberania do Reino Unido em priorizar políticas sociais e sanitárias e, por meio dos impactos indiretos das quarentenas e dos lockdowns forçados, e porque cada Estado membro seria obrigado a comprometer um mínimo impressionante de 5% de seu Orçamento nacional para a saúde e uma porcentagem ainda não especificada de seu PIB para a prevenção e a resposta à pandemia da OMS, além dos aspectos críticos de política econômica.

O uso de máscaras, o lockdown, a aceitação de novas vacinas. Todas essas medidas foram incorporadas às propostas como diretivas potencialmente obrigatórias, a serem impostas a Estados membros e, em consequência, aos cidadãos individuais

Os novos poderes propostos representariam um conflito não apenas
à Declaração Universal de Direitos Humanos, mas também à Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU. 
Eles representariam um divisor de águas na nossa compreensão de um pilar dos direitos humanos: uma emenda ao Regulamento Sanitário Internacional apaga o trecho que atualmente diz que “a implementação deste Regulamento será feita com pleno respeito à dignidade, aos direitos humanos e às liberdades fundamentais das pessoas” para substituí-lo por “implementação deste Regulamento será feita com base nos princípios de igualdade, inclusão, coerência…”.

As disposições exigem
(ênfase minha) em particular que a OMS desenvolva orientações reguladoras ágeis para a “rápida (ou seja, relaxada) aprovação de uma vasta gama de produtos de saúde, incluindo vacinas, terapias genéticas, equipamentos médicos e diagnósticos ameaçam, aos olhos dos juristas, “padrões muito reivindicados de legislação médica, cujo objetivo é garantir a segurança e a eficácia de artigos médicos” e deveria ser motivo de preocupação especial para os pais.

De fato, nada nesses documentos obrigaria a OMS a diferenciar suas orientações obrigatórias pelo seu impacto em crianças, permitindo assim que medidas indiscriminadas, incluindo testagem em massa, isolamento, restrições a viagens e vacinação possibilitando que produtos experimentais e em fase de investigação tenham sua aprovação acelerada —, sejam impostas a populações pediátricas saudáveis, com base em uma emergência real ou “potencial” declarada unilateralmente pela diretoria. Os novos poderes propostos representariam um conflito também à Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU | Foto: Shutterstock

Como se isso não fosse suficientemente problemático, o que agrava as coisas é que, como escreve Thomas Fazi, “a OMS está em grande parte sob o controle do capital privado e de outros interesses escusos”. Como, e outros explicam, a estrutura de financiamento em evolução da organização e em particular a influência de corporações com foco em soluções em resposta a pandemias (vacinas, predominantemente) afasta a OMS de seu éthos original de promover uma abordagem democrática e holística à saúde pública e aproxima a organização de abordagens corporativas baseadas em commodities que “geram lucro para seus financiadores privados e corporativos” (David Bell). Mais de 80% do orçamento da OMS hoje vem de fundos “especificados” na forma de contribuições voluntárias tipicamente destinadas para doenças e projetos específicos na forma especificada pelo financiador. 

Aulas de História
“A história não se repete, mas ensina”, afirma o prólogo do livro Sobre a Tirania: Vinte Lições do Século XX para o Presente, de Timothy Snyder. Se ao menos nos dedicássemos a ensinar, haveria lições para aprender sobre o tanto que já avançamos no caminho da tirania do autoritarismo pandêmico e como, se os planos da OMS avançarem, a pandemia da covid-19 pode revelar que foi apenas o começo.

“Não obedeça de antemão”, alerta a Lição 1, e de fato hoje pareceria que a obediência voluntária foi dada de forma tão descuidada pelos cidadãos do mundo em 2020-22 — o uso de máscaras, o lockdown, a aceitação de novas vacinas. Todas essas medidas, e outras, foram incorporadas às propostas como diretivas potencialmente obrigatórias, a serem impostas a Estados membros e, em consequência, aos cidadãos individuais.

“Defenda as instituições”, aconselha a Lição 2, uma vez que “as instituições não se protegem sozinhas”; trata-se de um lembrete preocupante à luz da autodesignação da OMS nessas propostas, como “a autoridade coordenadora e orientadora para as reações internacionais de saúde pública”: uma designação que colocaria expressamente a organização acima dos Ministérios Nacionais da Saúde e dos Parlamentos eleitos e soberanos.

A Lição 3, “Cuidado com o Estado de partido único”, nos faz lembrar que “os partidos que reconstruíram os Estados e suprimiram os rivais não foram onipotentes desde o começo”. A OMS não finge ser um partido político, mas tampouco vai precisar fazer isso depois de se ordenar a controladora global exclusiva não apenas de identificação de pandemias e pandemias em potencial, mas também da elaboração e da execução das respostas, enquanto garante para si mesma uma vasta rede de monitoramento de saúde e uma força de trabalho global — parcialmente financiada pelos impostos das nações sobre as quais a OMS vai se impor — proporcional ao seu novo status supremo.

“Lembre-se da ética profissional” Lição 5 — teria sido um conselho sensato em 2020, mas, por mais que lamentemos o abandono da ética médica da nossa perspectiva em 2023 (“se os médicos tivessem obedecido à regra que proíbe cirurgias sem consentimento”, lamenta Snyder em relação à tirania do século 20), as propostas da OMS garantiriam que esses desvios dos pilares fundamentais da ética na medicina — consentimento informado, desconsideração pela dignidade humana, pela autonomia sobre o próprio corpo e até pela liberdade em relação a experimentos — podem se tornar a norma aceita, em vez de uma exceção deplorável.

Atenção, alerta Snyder, com “o desastre repentino que exige o fim dos mecanismo de controle… esteja atento às noções fatais de emergência e exceção”. Divulgadas como um passo necessário para a conquista da coordenação e da cooperação de saúde pública global, as propostas da OMS criariam uma administração e uma infraestrutura de monitoramento permanente e global, cuja razão de ser será buscar e reprimir emergências sanitárias.

O financiamento dessa rede virá de interesses privados e corporativos e deve se beneficiar financeiramente das possíveis reações baseadas em vacinação; assim, as oportunidades de exploração privada de crises de saúde pública serão enormes. E, ao ampliar e antecipar as circunstâncias em que esses poderes podem ser acionados — deixa de ser preciso haver uma emergência de saúde pública “real”, basta uma emergência “potencial” —, podemos esperar que a ameaça de um Estado de emergência excepcional se torne uma característica semipermanente da vida moderna.

“Acredite na verdade”, afirma a Lição Dez — uma vez que “abandonar os fatos é abandonar a liberdade” , é adequada à nossa era orwelliana de “duplipensar”, os slogans ganham status de religião e a ideologia se faz passar por integridade: “Seguro, esperto e gentil” (dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, 2020). O que George Orwell diria, podemos nos perguntar, da Unidade de Combate à Desinformação do Reino Unido e do Ministério da Verdade dos Estados Unidos, ou das propostas que não apenas permitem, mas exigem que a OMS desenvolva capacidade institucional para impedir a disseminação de desinformação e fake news – e ungida como a única fonte de informação de verdade sobre a pandemia?  
George Orwell | Foto: Wikimedia Commons

O que Hannah Arendt diria das intrusões de 2020-22 do Estado na vida privada dos indivíduos e das famílias e dos consequentes períodos de isolamento e — em decorrência da adoção do isolamento forçado e da segregação como ferramentas de saúde pública respeitáveis — da elevação dessa destruição da vida privada a uma norma aceita mundialmente? “Assuma responsabilidade para com o mundo”, afirma Snyder na Lição 4. Poderia haver um símbolo mais potente das manifestações de lealdade visíveis da sociedade ao novo normal do que os rostos cobertos por máscaras de 2020-21?

“O preço da vigilância é a eterna liberdade” é uma citação não menos verdadeira por ser erroneamente atribuída a Jefferson, mas depois da vida em meio aos escombros do autoritarismo fracassado da covid-19 por três anos. Talvez estejamos próximos demais para compreender quanto já nos afastamos da democracia liberal.

Mesmo que alguém concordasse sinceramente com o enfoque da OMS nos preparativos para pandemias e com as respostas intervencionistas geradas por ele, atribuir poderes tão amplos a uma organização supranacional (quanto mais a um indivíduo dentro dela) seria assombroso. Isso, como a reação à pandemia ilustrou de forma tão brutal, a versão otimizada para o lucro do “bem maior” almejado pela OMS tende a entrar em conflito com a saúde e o bem-estar das crianças, nos pede para aderir a um erro grotesco contra nossas crianças e jovens.

A lição mais importante de Snyder talvez seja “Destaque-se. No momento em que você dá o exemplo, quebra-se o encanto exercido pelo statu quo”. O Reino Unido foi suficientemente investido de soberania nacional para se retirar do Reino Unido um exemplo de democracia em comparação com a OMS não eleita; sem dúvida seria impensável navegar por propostas que fariam o Reino Unido a abrir mão de sua soberania sobre políticas públicas fundamentais de saúde, sociais e econômicas para a OMS.

Molly Kingsley é cofundadora da UsForThem, uma iniciativa de pais formada em maio de 2020 contra o fechamento das escolas. Desde então, o grupo teve a adesão de milhares de pais, avós e profissionais em todo o Reino Unido e outros locais, defendendo a ideia de que as crianças sejam priorizadas na reação a pandemias e em outras situações

Leia também “O espetáculo sinistro das ditaduras”
 

A ofensiva da Bancada Evangélica contra o projeto da Censura

Segundo interlocutores, a FPE já conseguiu o apoio de 257 deputados

A Frente Parlamentar Evangélica (FPE), mais conhecida como Bancada Evangélica, trabalha nos bastidores para virar os votos dos deputados contra o Projeto de Lei (PL) da Censura.

Conforme apurou Oeste, os integrantes do colegiado articularam no final de semana e nesta segunda-feira, 1°, para montar uma base forte e reverter o placar contra o governo.

Segundo interlocutores, a bancada já conseguiu o apoio de 257 deputados. Caso esse número seja confirmado, o PL da Censura não será aprovado na terça-feira 2. O governo precisa de maioria simples na Câmara — 257 votos de 513 deputados.

Contudo, com os números angariados pela FPE, restariam apenas 256 votos para o governo petista — um a menos do que o necessário para a aprovação. A bancada continua articulando com os deputados. 

[sugerimos conseguir um tempinho e ler: 'tratado internacional ..."]

Bancada Evangélica contra PL da Censura
No domingo 30, o colegiado orientou seus membros a votarem contra o PL da Censura. “O texto mantém em suas regras diversos dispositivos que penalizam a pluralidade de ideias e sobretudo os valores cristãos”, argumentou o presidente da FPE, o deputado federal Eli Borges (PL-TO). “Vimos, com muito receio, a permanência das obrigações de dever de cuidado que incluem ações preventivas das plataformas digitais e outros veículos de comunicação em massa do país.”[importante lembrar que o tal Conselho, que vai dizer o que é verdade e o que é mentira, segue regras da esquerda maldita = comunismo ateu = ateus serão maioria no conselho censor -  portanto, noticiar perseguições contra as Igrejas, serão consideradas 'desinformação' e vetadas.]
 
Redação - Revista Oeste 
 

A capivara Filó e Anderson Torres - Rodrigo Constantino

VOZES - Gazeta do Povo

Sei que muita gente ficou comovida com o caso da capivara Filó, bicho de "estimação" de um influenciador que, até então, eu desconhecia totalmente. Também sei como funciona a natureza humana e compreendo esses casos que, por um acaso qualquer, ganham dimensão nacional e mobilizam milhões de pessoas em torno de uma causa. Condenar o Ibama e defender a permanência da capivara com o influenciador virou uma questão de honra para muitos.

Mas preciso confessar aqui: não estou nem um pouco preocupado com o destino dessa capivara. Não me joguem pedras! Adoro bichos, tenho cachorros e já tive gatos, sou incapaz de fazer maldade contra os animais. Mas um país que para para discutir o destino de uma capivara enquanto vive um estágio avançado de ditadura, com presos políticos e tudo, é uma nação fadada ao abismo. É preciso ter algum senso de prioridade!

Daniel Silveira, deputado que recebeu a graça do presidente Bolsonaro, segue preso pelo crime de opinião, inexistente no nosso código penal.  
Anderson Torres, que sequer estava no Brasil naquele fatídico e suspeito 8 de janeiro, continua preso há meses, definhando na prisão, deprimido, e sua família corre o risco de perder o sustento. [importante: não pode ser esquecido que Anderson Torres retornou ao Brasil de livre e espontânea vontade, portanto, mais um fatos que deve ser considerado,favorecendo  libertação.] 
O general "sombra" de Lula, que comandava o GSI, foi visto nas imagens dentro do local, ciceroneando os "terroristas", prestou depoimento e segue solto.
 
Torres é um preso político alvo da crueldade do ministro Alexandre de Moraes, cuja frieza é diretamente proporcional ao desprezo que sente pela Constituição.  
O ex-ministro de Bolsonaro corre risco de vida se for mantido no cárcere, num país que devolve até helicóptero para traficante
É um acinte, um absurdo, um descalabro e um escárnio para com quem defende um país mais sério e justo.
 
Nesse contexto, paralisar um país para debater o destino de uma capivara não faz o menor sentido, é de uma insensibilidade ímpar, coisa de quem não consegue calibrar mesmo as prioridades. 
O Brasil pode ter a censura estabelecida institucionalmente com esse PL relatado por um comunista, a desgraça do atual desgoverno começa a ficar evidente, e vamos ignorar tudo para discutir a capivara Filó?! Não contem comigo para esse circo...
 
Tenho lugar de fala: meu passaporte segue cancelado, minhas contas bancárias continuam congeladas e minhas redes sociais ainda estão sob censura, impedindo que mais de dois milhões de seguidores tenham acesso aos meus comentários nas redes sociais. 
Tudo isso porque... sei lá o motivo, pois não há qualquer crime sequer mencionado contra mim!  
Então não esperem que eu considere normal o país que está virando uma Venezuela a olhos vistos fique preso num embate sobre o que fazer com uma capivara!
 
Por mim, a capivara pode virar churrasco! Não ligo mesmo! E, aliás, recomendo um sobrevoo pelo clube Itanhangá, na Barra, para se ter noção de quantas "Filós" tem por lá: são centenas! 
 Só tomem cuidado, pois capivara é um depósito de carrapatos. 
Não confundam o bicho com um Lulu da Pomerânia, fica a dica...
 
Às vezes acordo com aquela sensação de pouca esperança no futuro do nosso país, e me esforço muito para não deixar esse sentimento tomar conta de mim.  
Mas admito ter dificuldades de vez em quando. 
E, na ocasião de uma nação inteira ficar mergulhada no assunto "o destino da capivara do influenciador", confesso quase perder as esperanças. É desanimador...


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Governo Lula chega ao dia #100. Ainda faltam mais de mil [Não faltam - acaba ainda este ano,por impeachment]

 Paulo Polzonoff Jr.
 
Os cem primeiros dias do terceiro mandato de Lula (quem diria!) foram marcados pela inépcia e pela insistência na divisão do país. O quê? Vai me dizer que você acreditou na balela de “união e reconstrução”?
 
Antecipando-se ao marco e se mostrando plenamente recuperado de uma pneumonia, Lula reuniu seus ministros para uma reunião toda ensaiadinha e educadinha.  
Na reunião, ele falou platitudes e, como se ainda estivesse num palanque, prometeu um futuro próspero e ensolarado para amanhã. 
Porque, em se tratando de PT, tudo é sempre “para amanhã”. 
E ainda há quem acredite nessa balela. Ainda há quem acredite naquele que Ciro Gomes definiu muito bem como “o encantador de serpentes”.

[Optamos por postar este, visto que é só jogar 50% de piora, concluir que o DESgoverno está na base do só piora e não aguenta mais nem outros 100 dias.]

 Paulo Polzonoff Jr., colunista - VOZES - Gazeta do Povo


Agronegócio - Eles não plantam nem colhem, mas comem. E falam mal do agro - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Eles não plantam nem colhem, mas comem. E falam mal do agro - Foto: Michel Willian/Arquivo/Gazeta do Povo

Nesta segunda-feira (1.º) abre a maior feira de tecnologia do agro, em Ribeirão Preto. Oitocentos expositores e centenas de milhares de visitantes esperados.

O crescimento do agro no Brasil, a explosão do agro, teve duas causas. Uma: construção de Brasília, que trouxe o Brasil do litoral para o Grande Centro-Oeste. E a outra foi a tecnologia que foi aplicada numa agricultura tropical, porque a agricultura era de país temperado.

A agricultura tropical deu certo. E hoje somos campeões do mundo em produção de grãos, de carne, de proteínas de proteínas nobres, de carboidratos, enfim, um sucesso, graças à tecnologia, graças ao agro.

E está cheio de gente que tem preconceito contra o agro. Eu faço um certo plágio de Mateus: eles não plantam nem colhem, mas comem – e falam mal do agro.

Pois, com esse preconceito, acabou que a direção do Agrishow cancelou a sua solenidade de abertura. Vai abrir e vai começar assim, por quê? Porque parece que tem gente que só fala em diversidade. Mas na hora da prática da diversidade, não vai.

Como assim, não pode o ministro da Agricultura de Lula conviver com o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro? 

E sendo que o ministro foi presidente da Aprosoja, a maior associação de produtores de grãos deste país, ele próprio é produtor rural de Mato Grosso, Carlos Fávaro.

Ah, vão cobrar dele sobre o MST? Não vão não, ele está contra as invasões. Quem está a favor das invasões é o presidente da República – e a favor do MST. Então foi noticiário preconceituoso que causou essa fofoca. Bolsonaro chegou ontem a Ribeirão Preto, teve recepção calorosa, foi uma indicação de volta dele aos braços do povo, quatro meses depois
O primeiro evento público que se viu foi no aeroporto, recebido pelo povo, pelo governador Tarcísio. [saibam que enquanto o presidente petista concedeu aumento de R$ 18,00 ao salário minimo (resultando a partir de hoje em R$ 1.320,00)o Governador Tarcisio reajustou o salário mínimo de São Paulo para R$1,550,00
enquanto a corja petista enfia goela abaixo dos que fizeram o L, e também dos que não fizeram, reajuste de 2,8%, o governador paulista concedeu aumento entre 18,7% a 20,7%, para uma inflação de 4,65%.
Relaxem pois vem mais coisa ruim e vai doer mais - afinal o Lula, apesar do Biden, diz ter tesão de de jovem de 20 anos.] 
 
E o ministro da Agricultura dizendo que não foi, que foi desconvidado. Não foi, a direção do Agrishow reafirmou o convite
Ele não foi talvez preocupado que o presidente da República achasse que ele estava do lado de Bolsonaro, talvez tenha sido isso. 
Porque diversidade é isso, é juntar os diferentes. 
Agora, no fundo, é o preconceito né, principalmente entre meus coleguinhas. 
Que não plantam nem colhem, mas comem.

Papa Francisco disse que ideologia do gênero é a mais perigosa das colonizações ideológicas
Eu queria salientar aqui o que eu ouvi do papa Francisco em Budapeste, Hungria, no sábado. 
Ele falou que a ideologia do gênero é a mais perigosa das colonizações ideológicas, porque pretende tirar as diferenças, as belíssimas diferenças entre homens e mulheres.

Falou defendendo a vida contra o aborto, e falou em defesa dos valores da família.  
Falou para a juventude em Budapeste, fazendo um apelo para que os jovens de todo mundo se dirijam, convirjam a Lisboa, onde vai ser realizado mais um encontro mundial anual da juventude.
 
Censura nas redes sociais: poderosos que tinham monopólio descobriram que o povo ganhou voz
E sobre censura nas redes sociais, os poderosos que tinham um monopólio da voz agora descobriram que o povo ganhou o voz com as redes sociais. 
Agora todo mundo tem voz. Todo mundo tem uma voz universal, que vai para toda parte. E os poderosos que dominavam o povo pelo monopólio, de serem os poucos que têm voz, estão querendo censura.

Só que a Constituição impede. Artigo 220. Veda a censura em qualquer plataforma, ideológica, artística, política. É vedado, não pode.

Felizmente bancadas estão se manifestando. A bancada evangélica já se manifestou contra, a Associação de Juristas Conservadores também, mostrando a lei, mostrando a Constituição.

Eu sei que tem muita gente que deveria ser guardiã da Constituição e passa por cima dela, aproveita-se da proximidade para fazer uma Constituição própria. Isso é terrível para o país.

Veja Também:

    Os golpes em programas sociais e a esmola que vicia

    Censura está no DNA da esquerda

    Ainda há muito a explicar sobre presença de Gonçalves Dias no Planalto


Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Carta ao Leitor- Revista Oeste

Branca Nunes 

O projeto de lei da censura, a retomada das obras do Rodoanel e a situação atual dos desabrigados pelas chuvas no litoral paulista estão entre os destaques desta edição

 

Fogo em chamas da Pira do Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes. Ao fundo, o prédio do Congresso Nacional, em Brasília | Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo/AE

A esperança dos brasileiros que insistem em acreditar no Brasil sofreu um forte abalo na terça-feira 25 com a aprovação do regime de urgência para a votação do chamado Projeto de Lei da Censura pela Câmara dos Deputados.  
Até então, a aprovação da CPI do MST e a iminente instauração da CPMI do 8 de janeiro estimulavam a sensação de que o Congresso havia enfim acordado do período de hibernação, que começou no dia em que os parlamentares endossaram a prisão do deputado federal Daniel Silveira, determinada por um ministro do STF.

O PL da Censura é apenas mais um capítulo da história universal da infâmia, escrito pelos supostos representantes do povo. “A lei, para se falar em português claro e sem a muralha de hipocrisia que levantaram em torno dela, cria e entrega para o governo um mecanismo de censura no Brasil”, resume J.R. Guzzo, no artigo de capa desta edição. “Através dele o ‘Estado’, o que na prática quer dizer Lula e todo o seu Sistema, ganha o poder de decidir o que o cidadão pode ou não pode dizer na internet — e o que pode ler e ouvir.” 

O projeto de lei da censura, a retomada das obras do Rodoanel e a situação atual dos desabrigados pelas chuvas no litoral paulista estão entre os destaques desta edição

 Capa da Revista Oeste, edição 162 | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Alguns atos criminosos que levariam à punição dos autores são vagamente resumidos no texto do projeto de que trata a reportagem de Silvio Navarro: “A divulgação ou o compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados, que atinjam a integridade do processo eleitoral, inclusive os processos de votação, apuração e totalização de votos”.

Além do banimento das contas, um documento entregue ao presidente da Câmara pelo ministro Alexandre de Moraes propôs que as plataformas sejam multadas em R$ 100 mil a R$ 150 mil por hora. Parece uma piada de péssimo gosto. É coisa do Brasil real. Melhor: do país desenhado pelo Supremo Tribunal Federal, amparado por Lula, por boa parte do Congresso e pelos partidos de esquerda.Ilustração: Schmock

Enquanto isso, em São Paulo, as obras do Rodoanel avançam rumo à conclusão duas décadas depois do seu início. “O que era para ser a maior obra viária do Brasil tornou-se exemplo do que não fazer com o dinheiro público”, constata a reportagem de Joice Maffezzolli.

Joice percorreu vários quilômetros de asfalto e concreto para diagnosticar as disfunções que retardaram o final feliz de um projeto que enriqueceu boa parte do alto-comando do PSDB especialmente o grão-tucano Paulo Vieira de Souza, vulgo Paulo Preto. Os desafios enfrentados pelo poder público são tão inquietantes quanto os encontrados por Dagomir Marquezi no litoral norte de São Paulo.

Dagô voltou à região quase três meses depois da tragédia que a devastou.
Além de diversas famílias ainda sem lar, ele encontrou aqueles que preferiram voltar às áreas de risco a morar mais tempo em hotéis e alojamentos improvisados.

A esperança continua representando uma profissão para incontáveis brasileiros. Mas também isso tem limite.


Boa leitura.

Branca Nunes

Diretora de Redação


PL 2630/20, a legalização da censura - Brasil 247 Editorial

 

Nota: O Brasil 247 é um site de esquerda, de extrema-esquerda, posto que esse site quando se refere à direita usa, sempre, "extrema-direita". Pois até esse site de jornalismo esquerdista reconhece que o PL 2630/20 "altera as condições de funcionamento da ordem informativa, fundamento do regime democrático".

***

PL 2630/20, a legalização da censura

 

Editorial do site Brasil 247

Entre todas as facetas polêmicas e ameaças existenciais presentes no projeto de lei 2630, o imprecisamente chamado PL das Fake News, a mais amplamente questionável é a aprovação de sua urgência pelo plenário da Câmara dos Deputados.

De fato, a urgência passou sem que a sociedade soubesse de seu teor. 
No pedido alegou-se que o projeto vinha tramitando havia mais de três anos nas duas casas legislativas, Senado e Câmara.

O fato, porém,  é que o substitutivo apresentado pelo relator,  Orlando Silva, permaneceu secreto até o dia da votação da urgência.

O expediente do sigilo em torno do projeto sugere uma estratégia questionável,  ainda mais partindo de um parlamentar colocado à esquerda do espectro político. [O relator, além de ser comunista de carteirinha, portanto TARADO em CENSURA e tudo o mais que restrinja a liberdade, tem um apetite incontrolável por tapioca (esta desde que paga com recursos públicos, via cartão corporativo.] O que há no substituto que justificasse o mistério?

O segredo do projeto foi rompido somente na iminência da votação de urgência. É legítimo supor que até mesmo muitos dos parlamentares tenham votado sem conhecimento da proposição e de suas implicações.

Muitos detalhes fulcrais da proposta, na verdade, só estão sendo esmiuçados agora, em meio a uma avalanche de avaliações muitas vezes opostas.

Além do segredo com que foi conduzida, a aprovação da urgência implica que o projeto não será examinado nas comissões da Câmara, onde geralmente a sociedade e seus representantes têm a oportunidade de realizar um escrutínio mais cerrado da proposta. 
Abre-se a oportunidade de examinar as repercussões da propositura, observando seus detalhes com transparência, permitindo a expressão dos interessados, submetendo a exame mais minucioso suas fragilidades e  melhoramentos.
 
O projeto 2630/20 altera profundamente as condições de funcionamento do ambiente democrático no país. 
Ao pretender regrar as plataformas, ele faz muito mais do que isso. 
Ele altera as condições de funcionamento da ordem informativa, fundamento do regime democrático. 
 
Põe em questão as condições de existência de uma miríade de participantes, inclusive este Brasil247, que vêm ocupando espaços graças a novas ferramentas de exercício do jornalismo e questionando a hierarquia injusta que historicamente prevaleceu no país. 
Nesse processo forjou-se um ambiente de competição entre diversos enfoques opostos. 
É essa competição arejada que o projeto vem ameaçar, em seu trâmite acelerado, ameaçando repor, em seu lugar, o império do discurso único dos meios tradicionais, hoje em  patente decadência.

*   Publicado em: 30 de abril de 2023, 05:32

[sugerimos conseguir um tempinho e ler: 'tratado internacional ...']

[Transcrito pelo Blog Prontidão Total, do site Percival Puggina. 

Os destaques em negrito e vermelho, no interior do Editorial, foram inseridos pelo Prontidão Total.]  

 

 

Eduardo Bolsonaro: ‘A esquerda é ph.D. em reescrever a história’

A Oeste, o deputado federal comentou as ofensas que escuta sobre seu pai no Congresso e sobre a CPMI do 8 de janeiro


'O deputado fez uma piada com a facada do meu pai, inclusive, disse que 'sangrou foi pouco', contou Eduardo Bolsonaro -  Foto: Foto: Divulgação 

É noite da quarta-feira 19 na Câmara dos Deputados. Esta reportagem vai em direção ao gabinete 579, localizado no Anexo III da Casa. Esse é o endereço do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), 30 anos, terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, no Congresso. O local está repleto de fotos do ex-chefe do Executivo — uma delas é quase do tamanho de uma das paredes do gabinete.

Naquele dia, Eduardo brigou com o colega de Parlamento Dionilso Marcon (PT-RS), pois o deputado ofendeu o ex-presidente. Na ocasião, Marcon ironizou a facada que Bolsonaro sofreu em 2018. Eduardo partiu para cima do parlamentar, mas foi contido.

“Ele fez uma piada com a facada do meu pai, inclusive, disse que ‘sangrou foi pouco’. Não tem como escutar isso e não reagir”, disse o político a Oeste. “Não fazemos piada com o assassinato da vereadora Marielle Franco. Condenamos o assassinato dela. A esquerda, não. Eles são ph.D. em reescrever a história.

Além disso, durante a conversa, Eduardo Bolsonaro criticou a prisão do ex-ministro Anderson Torres, endossou o apoio à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro, comentou as imagens vazadas do Palácio do Planalto e muito mais. Confira os principais trechos:

daniela mercury
Foto: Lula Marques/Fotos Públicas

O senhor acredita que a prisão do Anderson Torres é injusta?

Sim. A prisão preventiva só pode acontecer em quatro modalidades: risco à ordem pública, à ordem financeira, de fuga e quando o indivíduo atrapalha a investigação. Torres não se encaixa em nenhum desses casos. O que fundamentou a prisão dele foi a omissão nos casos do 8 de janeiro. Se a lei for isonômica, ela acaba com uma série de arbitrariedades do Estado. Se todos são iguais perante a lei, não pode haver escravidão e perseguição. Precisa haver o processo legal e outras garantias fundamentais. Isso não está sendo respeitado no caso do Torres. Se todos, de fato, somos iguais, por que o Anderson Torres está preso e o ministro da Justiça, Flávio Dinoque recebeu um ofício da Polícia Federal (PF) avisando sobre a possibilidade dos atos de vandalismo está solto? Dino tirou o time dele de campo mesmo sabendo antecipadamente sobre os atos
Todos os que estão presos por conta dos atos do dia 8 têm uma possibilidade maior de ser soltos com a instalação da CPMI do 8 de janeiro. 
A CPMI vai expor as ilegalidades e as injustiças que aconteceram nesses casos. 
 
(...)

Na semana passada, foram divulgadas diversas imagens que apontam leniência do governo no 8 de janeiro. Em seguida, o ministro do GSI pediu exoneração. Qual o impacto disso no governo?

O apoio do governo à CPMI pode atrapalhar as investigações?

Eles vão tentar desvirtuar a CPMI para quebrar o sigilo de quem não tem nada a ver com a história. 
Perseguindo as pessoas, eles desestimulam a oposição. 
Muita gente vai ter receio de sair às ruas para se manifestar, pois viram a população que foi presa por ficar apenas em frente ao quartel-general. Foram mais de mil prisões em flagrante feitas na base do “copia e cola”. Temos que ficar bem atentos nessa CPMI, pois a esquerda vai fazer de tudo para nos atrapalhar..
imóveis da família Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio (esq), Eduardo (dir) e Carlos (dir) | Foto: Roberto Jayme/Ascom/TSE

Em 17 de abril, durante uma sessão plenária do STF, o ministro Moraes associou o senhor e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu irmão, aos atos do 8 de janeiro. Como o senhor recebe isso?

Moraes é um caso raro no Brasil. Ele é quem investiga, acusa e julga. Nem no período medieval tínhamos algo parecido com isso. 
Se o ministro nos acusa, a ele cabe o ônus da prova. Como incentivei os atos de vandalismo? Não há vídeos, lives ou banners. E ainda que tivesse. Às vezes penso que meu pai é superpoderoso, pois, ao depender do que ele fale, as coisas acontecem. Ele poderia falar “Não haja mais mortes no Brasil” e os homicídios zerarem. 
Estou querendo demonstrar que não existe uma ligação direta com aquilo que se fala e, nesse caso — com o que não se fala —, pois o Bolsonaro não deu nenhuma ordem e, inclusive, foi muito criticado pela própria base. Quando estava na faculdade, quase não ouvíamos falar de ministros do STF. Normalmente, o ministro fala apenas dentro dos autos.

Leia a ÍNTEGRA da Entrevista - Redação - Revista Oeste