Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Maduro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Maduro. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Macron, Milei e Maduro frustram plano de Lula para o Mercosul - O Globo

Lula planejou um grand finale para seu mandato como presidente temporário do Mercosul. A ideia era usar o Rio como cenário para o anúncio do sonhado acordo com a União Europeia. Faltou combinar com os russos — ou melhor, com os franceses e os argentinos.

O presidente esperava concluir uma negociação que se arrasta desde 1999. Quando os dois blocos pareciam se aproximar dos finalmentes, surgiram novos obstáculos em Paris e Buenos Aires. Na semana passada, Emmanuel Macron chamou a proposta de “antiquada” e “mal remendada”. Acrescentou que o texto seria “completamente contraditório” com o discurso ambiental do Brasil.

Pode ser uma nova desculpa para o velho protecionismo, mas não há chance de acordo sem o aval da França. Lula reconheceu o impasse ao dizer que não vai “desistir do Macron”.

Com a Argentina, a conversa tende a ser ainda mais complicada. Javier Milei se elegeu com um discurso agressivo [e razões não faltam para sua postura, que é melhor definida como sendo SINCERIDADE.] contra o Mercosul. Chegou a insinuar um rompimento com o bloco, que descreveu como uma união aduaneira em favor de empresários “que não querem competir”.

É improvável que ele leve a ameaça adiante, mas o Planalto sabe que não pode mais contar com boa vontade e espírito colaborativo na Casa Rosada.

Quando Lula já se conformava com o fracasso do acordo comercial, Nicolás Maduro resolveu inventar um conflito na fronteira com Roraima.O presidente da Venezuela informou que pretende anexar dois terços do território da Guiana. Fez um plebiscito fajuto, adulterou as linhas do mapa e nomeou um governador para uma região que pertence ao país vizinho.

A crise irritou o governo brasileiro e ofuscou o que sobrava da cúpula do Mercosul. Ontem, enquanto os presidentes conversavam na Praça Mauá, os Estados Unidos faziam manobras militares no espaço aéreo da Guiana.

A Casa Branca já prometeu “apoio incondicional” à soberania do país, uma forma diplomática de avisar que defenderá as petroleiras americanas contra uma ofensiva de Caracas. 

SABER MAIS, CLIQUE AQUI

Em maio, Lula estendeu o tapete vermelho a Maduro e disse sofrer preconceito por ser “amigo na Venezuela”. Agora talvez perceba que o chavista age como amigo da onça.

 

Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo

 

quarta-feira, 19 de julho de 2023

Escolha a pior frase do presidente lula, expelida este ano:

Escolha a pior frase do presidente lula,  este ano:

“Eu poderia chamar de nazistas fanáticos, stalinistas fanáticos… Ou melhor, stalinistas não” (8/1)

“O empresário não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou. Ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam” (18/1)

“Eu na verdade sou um sem casa, um sem palácio. Vocês precisam reivindicar o direito de eu morar” (31/1)

“Alguém tem que falar para o Putin: ‘Cara, para essa guerra’, ou ‘Zelensky, para essa guerra’” (10/2)

“Se tem gente com fome, alguém está comendo mais do que deveria” (28/2)

“Os livros de economia estão superados” (20/3)

“Só vou ficar bem quando f*der com o Moro” (21/3)

“Se tem uma profissão honesta, é a do político” (28/4)

“Companheiro Maduro... você sabe a narrativa que se construiu contra a Venezuela, da antidemocracia, do autoritarismo... é preciso que você construa a sua narrativa” (29/5)

“Aqui no Brasil nós enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo” (29/6)os. 

Ideias - Gazeta do Povo 


quinta-feira, 13 de julho de 2023

O monstro de duas cabeças - Revista Oeste

Ubiratan Jorge Iorio.

A primeira cabeça é a do comunismo. A segunda é a do globalismo

Foto: Shutterstock

É cada vez mais visível que o outrora denominado “mundo livre” está sofrendo uma investida inédita e muito poderosa, uma enorme arremetida contra o que a dita humanidade possui de mais humano, desencadeada por agressores movidos por uma insaciável vontade de poder. Trata-se de um ataque impiedoso a todas as reservas de liberdades pessoais e de valores morais consagrados pela tradição. 
O maior algoz da civilização ocidental, atualmente, com sua agenda destruidora radical, mas sempre apresentada sub-repticiamente como socialmente justa e politicamente correta, como promotora de igualdade e defensora do planeta, é um monstro de duas cabeças: a primeira é a do comunismo, e a outra é a do globalismo. 
 
O ogro possui uma necessidade patológica de submeter os semelhantes ao seu totalitarismo, com a supressão dos direitos de escolha dos cidadãos e a imposição de seus conceitos peculiares de felicidade e de bem-estar, debuxados e definidos sempre por meia dúzia de políticos, intelectuais e bilionários iluminados. 
É bastante disciplinado e organizado e vem trabalhando há décadas em busca de seus objetivos, valendo-se de todos os meios imagináveis, mediante um processo de paulatina ocupação e cooptação de todos os espaços, na política, na justiça, nas legislações, nas universidades, nas artes, nos esportes e em todas as manifestações culturais. publicidade

O que assusta é que, se antes agia em silêncio, disfarçado e sem alarde, há alguns anos passou a fazê-lo escancarando as suas duas carrancas e acelerando cada vez mais o ritmo de seus assaltos, até o frenético estado atual. Porém, antes, como agora, sempre fazendo uso indiscriminado da mentira e das falsas narrativas, que são o oxigênio essencial para a sua sobrevivência. Seu comportamento despótico tem sido tão ostensivo que não é exagero dizer que os cidadãos do Ocidente estão diante de um dilema terrível: ou permanecem comodamente na defensiva, o que acarretará em pouco tempo a supressão de praticamente todas as suas liberdades — e da sua própria dignidade —, ou enchem-se de coragem e, pensando na liberdade de seus descendentes, enfrentam corajosamente o problema.

Exemplos indiscutíveis de que o comuno-globalismo abandonou a tradicional cautela e passou a revelar abertamente as suas intenções são algumas declarações do presidente brasileiro, na abertura da reunião do Foro de São Paulo, em Brasília, na semana passada.

Entre afagos a ditadores do naipe de Fidel, Maduro e Ortega, o chefe do nosso Executivo declarou: “Aqui no Brasil nós enfrentamos o discurso do costume, o discurso da família, o discurso do patriotismo, ou seja, aqui nós enfrentamos o discurso de tudo aquilo que a gente aprendeu historicamente a combater”; “Ele [o discurso] nos acusa de comunistas, achando que nós ficamos ofendidos com isso; nós não ficamos ofendidos; isso não nos ofende, isso nos orgulha”; e “Por que, em 1985, nós criamos o Foro de São Paulo? É que em 1985 eu tinha consciência de que jamais a gente poderia chegar ao poder pela via do voto, pela via democrática”. Dias antes, em Paris, na mesma frase, declarou-se um defensor da soberania nacional, mas fez questão de ressaltar que a Amazônia pertence a toda a humanidade. Bem, se dá para colher algo de positivo nessas afirmações, é a sua sinceridade, por revelar finalmente suas intenções reais, sem disfarces.

Globalismo e socialismo têm muitas áreas de interseção, como não poderia deixar de ser, uma vez que ambos são casos explícitos do radicalismo característico dos experimentos de engenharia social. 
O globalismo é uma ideologia mais antiga do que normalmente se acredita. Alguns de seus traços são semelhantes aos do comunismo, como a tentativa de desmantelamento dos valores morais e da tradição vale dizer, a supressão do princípio da dignidade da pessoa humana —, o que pressupõe ou a eliminação da religião ou a sua relativização e consequente desvirtuamento; o seu caráter internacionalista; e o controle das atividades econômicas e sociais, direta ou indiretamente, pelo Estado ou por grupos extraoficialmente dominados por ele.

O globalismo é uma ideologia mais antiga do que normalmente se acredita -  Foto: Shutterstock

No trecho comum dos credos dessas duas seitas, os inimigos da humanidade recitam contritamente “glória ao coletivismo e abaixo o individualismo”, e o motivo para isso é facilmente dedutível, porque a nossa civilização foi construída sobre o fundamento da família, um ente formado por indivíduos distintos, interdependentes e livres, ou seja, não subordinados ou dependentes de um modelo de Estado que os submeta, à força, aos moldes exigidos pela ideologia dos engenheiros sociais.

É exatamente pelo fato de que a estrutura familiar não depende de nenhuma visão de Estado e de mundo que é preciso destruí-la, uma vez que impede a construção de uma sociedade baseada no coletivismo e submetida a seus devaneios opressores.  
Comunistas e globalistas não aceitam — ou veem como um problema a realidade histórica de que, cronologicamente, a instituição da família é anterior à formação do Estado e que este, por sua vez, nasceu da necessidade de existência de normas de conduta.  
Assim, precisam forçar a inversão dessa ordem natural das coisas, e para isso é necessário, primeiro, que ditem comandos e ordens, que chamam eufemisticamente de leis, que sirvam de suporte para o tipo de Estado totalitário que têm em mente, para então consumarem a submissão plena de indivíduos, famílias e populações inteiras ao “Grande Irmão”. Comunismo e globalismo são ideologias internacionalistas; logo, são antissoberanistas | Foto: Shutterstock

Os candidatos a tiranos esclarecidos sabem perfeitamente que, se fracassarem nessa inversão de causalidades, todo o plano de construir uma nova civilização irá por água abaixo, mas insistem em seu intento porque ignoram ou se recusam a aceitar que os fatos históricos, embora possam temporariamente ser desvirtuados e invertidos, cedo ou tarde — mesmo ao custo do sacrifício de gerações — acabam prevalecendo. Seus experimentos nascem condenados ao fracasso, mas o problema é que, enquanto o fracasso não acontece, impõem frustrações e sofrimentos a milhões de pessoas usadas como cobaias.

Comunismo e globalismo são ideologias internacionalistas; logo, são antissoberanistas.  
É certo que o conhecidíssimo mote expresso em 1848 por Marx e Engels no nefando Manifesto, “proletários de todos os países, uni-vos”, de fundo claramente internacionalista, perdeu de certa forma o seu sentido, mas seu espírito está claramente presente no vocabulário dos globalistas de Davos, da ONU, das ONGs,da União Europeia, da Otan, da OEA, dos liberals norte-americanos, dos partidos de esquerda espalhados pelo mundo, das big techs e dos banqueiros, em uma interminável lista de expressões — repercutidas exaustivamente como ladainhas pela mídia, universitários, artistas e pretensos intelectuais cooptados por décadas de doutrinação —, tais como “governo mundial”, “diversidade cultural”, “mudanças climáticas”, “nova ordem mundial”, “energia limpa”, “dívida histórica”, “branquitude”, “família tradicional”, “meu corpo minhas regras”, “heteronormatividade” e muitas outras. 
 
Tanto o comunismo como o globalismo precisam impor uma estrutura social compatível com sua ideologia e filosofia política e tentam fazê-lo sem qualquer cerimônia, simplesmente afirmando que esse arranjo será melhor para todos e pagando bilhões de dólares para que intelectuais serviçais, pesquisadores impostores e jornalistas vigaristas façam o trabalho sujo de, como água mole em pedra dura, mentira após mentira, subliminarmente, terminar contaminando todo e qualquer cérebro avesso ao hábito salutar de pensar por conta própria. 
Infelizmente, como foi escrito há milênios em Eclesiastes I, 15, stultorum infinitus est numerus, ou seja, “o número de tolos é infinito”, uma velha e simples constatação, a mesma que levou Nelson Rodrigues a escrever que “os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade, eles são muitos”.

Como disse sem qualquer laivo de pudor o presidente do Fórum Econômico Mundial um lunático extremamente perigoso e poderoso —, Klaus Schwab: “Vocês não serão donos de nada, mas serão felizes”. É essa arrogância inacreditável que escondem a “Agenda 2030”, o “Grande Reinício”, a “Open Society“, a “Nova Ordem Mundial” e outros projetos de desumanização da sociedade.  

Essas ideias de jerico representam um perigo sem precedentes para a nossa civilização, porque seus defensores são verdadeiros psicopatas, loucos, pretensiosos, arrogantes, tiranos, frios, dissimulados e — e como isso importa! — com o agravante de serem financeiramente poderosíssimos.Presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab | Foto: Remy Steinegger

É muito preocupante, para quem defende verdadeiramente a liberdade e os valores morais tradicionais, que Schwab tenha feito uma visita recente ao Brasil, tendo em vista essa amigação do comunismo com o globalismo e sabendo que o governo brasileiro atual, seja por ideologia, seja por interesses, endossa o caminho da servidão, com a escravização do indivíduo pelo Estado.  
O que esse sujeito veio fazer aqui? 
Já não nos bastam nossos déspotas domésticos?

Por isso, quem tem ouvidos para ouvir e um mínimo de inteligência e independência intelectual para saber interpretar as coisas entende perfeitamente muitas das declarações aparentemente estapafúrdias do presidente do nosso país, assim como inúmeras coisas do arco-da-velha que vêm se tornando comuns em nossa política.

A verdade é que o Estado moderno — no Brasil e no mundo — tornou-se máximo naquilo em que deveria ser mínimo e mínimo naquilo em que deveria ser máximo

Do ponto de vista estritamente econômico e para simplificar, o sucesso do amancebamento entre comunistas e globalistas significa tão somente que a presença do Estado vai continuar a aumentar em todo o mundo, mas não do modo gradual como aconteceu a partir dos anos 1930, e sim mais aceleradamente.  
Na Holanda, por exemplo, o governo já está ameaçando confiscar propriedades rurais e até sacrificar gado, em nome de supostas “mudanças climáticas”, algo absolutamente inconcebível há poucos anos;   - por sua vez, em nome da “diversidade”, em todo o mundo minorias vêm sendo favorecidas em concursos e em ofertas de emprego, sem critérios de mérito e em detrimento de maiorias; na França, Macron, um exemplo típico de esquerdista e globalista, está querendo se aproveitar do caos que as políticas que sempre defendeu instalaram no país para aumentar o poder do Estado sobre os indivíduos. 
E o mais incrível é que não é difícil encontrar pessoas que apoiam esses tipos de violência. Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante discurso no evento Power Our Planet, em Paris, na França | Foto: Ricardo Stuckert/PR
 
Trazendo essas preocupações para o Brasil, trago uma questão: para que tem servido o Estado em nosso país, a não ser para explorar os cidadãos? 
 Em regimes efetivamente democráticos, ser de esquerda ou de direita é um direito de qualquer cidadão. 
Muitos liberais aceitam que se pode justificar a presença do Estado, sempre visando ao bem comum e de preferência indiretamente, em cinco áreas: justiça, segurança (interna e externa), educação, saúde e infraestrutura.  
E como andam a justiça, a segurança, a educação, a saúde e a infraestrutura “neste país”? 
Quem cuida desses cinco setores não é o Estado? 
Você acredita mesmo que a ONU, a OMS, a Unesco ou algum governo mundial vão cuidar deles direitinho? 
E que o caminho secular de fracassos do comunismo, “desta vez”, poderá ser bem-sucedido em gerar progresso?

A verdade é que o Estado moderno — no Brasil e no mundo — tornou-se máximo naquilo em que deveria ser mínimo e mínimo naquilo em que deveria ser máximo. Deformou-se, está grande demais para resolver os pequenos problemas e pequeno demais para resolver os grandes problemas, como afirmou, ainda nos anos 1960, o sociólogo norte-americano Daniel Bell. Mas o monstro de duas cabeças — insensível e insaciável — quer aumentá-lo.

LEIA, Incêndios no Canadá e queimadas no Brasil: dois pesos e poucas medidas, Evaristo de Miranda - CONTEÚDO GRATUITO, Cortesia Revista Oeste 

O país da América do Norte perdeu mais florestas em dois meses do que todo o bioma Amazônia em dez anos

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor
Instagram: @ubiratanjorgeiorio
Twitter: @biraiorio


Leia também “Uma fumaceira de incertezas

Revista Oeste

 

 

sábado, 15 de abril de 2023

Cem dias, sem governo: da “ordem e progresso” para “desordem e regresso” Deltan Dallagnol

Vozes - Gazeta do Povo 

Durante a campanha, Lula prometeu um governo com muita picanha, empregos e crescimento econômico
Cem dias após o início de seu mandato, a picanha está distante, o crescimento dos empregos foi modesto, menor do que no ano anterior, e o crescimento econômico só está se mostrando uma realidade para as grandes empreiteiras da Lava Jato, que podem ter seus acordos de leniência anulados, a pedido de partidos governistas, e receber de volta o dinheiro público que desviaram.
 
Com seu mote de "o Brasil voltou", temos que concordar: ele voltou, regrediu, para um Brasil que demonstra proximidade ideológica com os ditadores da América Latina, como Maduro e Ortega. 
Um Brasil que retrocede, criando rusgas com as nações democráticas que estão ao lado da Ucrânia, enquanto Lula nos aproxima da Rússia, tentando fazer com que uma nação democrática invadida por uma ditadura ceda seus territórios pela "paz" proposta pelo governo brasileiro.
 
Voltamos também à nossa proximidade com a ditadura iraniana. Em fevereiro, o governo federal autorizou que duas embarcações de guerra iranianas atracassem no Rio de Janeiro
O Irã, país reconhecido mundialmente pelas suas violações massivas aos direitos humanos e perseguição às mulheres, é acusado de fornecer armas à Rússia na guerra contra a Ucrânia e produzir armas de destruição em massa. O ato foi duramente criticado pelos Estados Unidos, nosso segundo maior parceiro comercial, com quase 18% das nossas exportações.
 
Além disso, retornou a ideia de que o BNDES, um banco para o desenvolvimento nacional, deve financiar projetos de engenharia em países vizinhos
A realidade é que o PT quer beneficiar as empreiteiras investigadas na Lava Jato, que, por sua vez, repassavam propinas ao partido e a governos estrangeiros
Enquanto há outras necessidades urgentes no Brasil, Lula quer financiar ditaduras como Venezuela e Cuba, que nos deram um calote de R$ 3,5 bilhões.
 

 

E sabe quem também voltou? O orçamento secreto. Outra contradição do petista ao longo dos últimos cem dias foi em relação ao orçamento secreto, que foi julgado inconstitucional por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de ter criticado o mecanismo criado durante a gestão do antecessor, o governo Lula tem permitido, em troca de apoio parlamentar, que o Congresso indique a destinação de verbas, o que deveria ser feito pelos ministérios.

Mudaram o mecanismo, das emendas do parlamentar relator do orçamento, as "RP9", para as "RP2", usadas na destinação de verbas dos ministérios. 
A transparência segue não existindo, dificultando a fiscalização e a investigação de desvios de recursos por parlamentares e seus aliados políticos nas suas bases, onde o dinheiro é recebido. 
Basta lembrar que em Pedreiras, no Maranhão, [estado que foi governado por 8 anos pelo ministro Dino - o ministro que só pensa em prender, prender e prender...]  teriam sido extraídos, num ano, 540 mil dentes de seus 39 mil habitantes - um dado absurdo que provavelmente significa que houve um esquema escrachado de desvio de dinheiro público. 
Mas é preciso admitir que algumas coisas mudaram, pois antes o orçamento secreto chegava a R$ 19,4 bilhões e agora poderá alcançar R$ 46 bilhões.

Se o orçamento secreto é, como Lula o chamou na campanha presidencial, "o maior esquema de corrupção de todos os tempos", esse foi o Brasil que cresceu: o da falta de transparência e do excesso de oportunidades para a corrupção. Lula sempre esteve em primeiro lugar nos maiores escândalos de corrupção brasileiros e certamente não poderia correr o risco de perder essa posição.

Mais uma vez, o Brasil que voltou é aquele da escolha de políticos para chefiar órgãos, ministérios e entidades públicas sem competência ou experiência para as suas funções, a fim de cumprir o programa político de loteamento e aparelhamento de estatais, para que elas sirvam aos interesses políticos do PT e de seus aliados, em detrimento de servirem aos brasileiros. No passado, vimos no que descambou esse sistema, cujas entranhas foram expostas no Mensalão e na Lava Jato.

Outro retrocesso é o do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que vai do Banco Central para as abas do Ministério da Fazenda, onde fica sujeito a interferências políticas
O COAF é o órgão de inteligência financeira brasileiro, que coleta informações para iniciar ou subsidiar investigações de lavagem de dinheiro proveniente de todo tipo de crime, especialmente corrupção e tráfico de drogas. 
Enquanto no discurso petista seus governos jamais interferiram em apurações, são gritantes as medidas para o  aparelhamento dos órgãos de investigação. Até o discurso de que o novo Procurador-Geral da República seria escolhido a partir da lista tríplice já mudou.

Voltou também o Brasil que idolatra criminosos debaixo do governo do Partido dos Trabalhadores. O mesmo homem que retornou à cena do crime, como disse seu próprio companheiro de chapa Geraldo Alckmin, homenageia corruptos. Em fevereiro, no aniversário do PT, o condenado José Dirceu apareceu no palco e foi ovacionado pela militância petista quando anunciado.

Segundo reportagens, Dirceu tem andado pelos bastidores, onde sua presença é considerada "mais do que o normal" para o partido, que acredita que ele não só "deveria" como "merece" aparecer mais. José Dirceu foi condenado a 10 anos e 10 meses de reclusão por sua participação no esquema de corrupção do Mensalão, fora as várias condenações na Lava Jato. José Genoíno, que também apareceu em vídeo no aniversário do PT, foi condenado a 6 anos e 11 meses de prisão.

Tem mais: desmonte do setor de combate à corrupção na Controladoria-Geral da União, erosão da lei das estatais, ataque ao setor de compliance da Petrobras, manutenção nos cargos de ministros envoltos em escândalos de desvios e malversação de recursos, vingança contra agentes da lei que combateram a corrupção e a perspectiva de nomeação para o STF de alguém especializado em garantir a impunidade de corruptos são medidas que mostram que realmente o Brasil voltou, aquele mesmo que foi sitiado e saqueado por pessoas que diziam proteger o povo enquanto o roubavam.

É bem visível que o "Brasil da esperança" se converteu em um "Brasil da desilusão". Neste ano, a criação de empregos está em declínio e não em ascensão como vinha ocorrendo. 
Em fevereiro, foram assinadas 241,8 mil carteiras de trabalho, uma queda de 26,4% em relação ao mesmo período de 2022. O aumento do salário mínimo prometido na campanha petista não passou de R$ 18, ficando em R$ 1.320, aquém dos R$ 1.400 prometidos por Bolsonaro. [a propósito a projeção do PT na proposta orçamentária para o orçamento de 2024, é que o salário mínimo passe para R$ 1.388 =reajuste inferior a  R$ 6,00 mensal.]   
Tivemos o segundo pior desempenho da Bolsa num início de mandato desde o Plano Real, em 1994. Foi o pior fevereiro em 22 anos, com uma queda de 7,49%. [agora,  no inicio de abril, a Bolsa subiu alguns pontos, mas, antes do final da próxima semana a Bolsa cai o que subiu na semana que findou e o dólar volta a ultrapassar os R$ 5 = efeito do fiasco que foi a viagem à China.]

Lula, ao invés de assumir sua responsabilidade, segue culpando falsamente outros nomes e áreas. Ele tenta fazer de bode expiatório o Presidente do Banco Central, Campos Neto, economista renomado com formação na Universidade da Califórnia. Pretende jogar sobre ele a culpa pela estagnação econômica, mas ela é do Governo Federal, que apresentou um novo arcabouço fiscal que não foi capaz de afastar a desconfiança dos investidores na trajetória explosiva da dívida pública. Para conter o aumento da dívida, o novo marco fiscal do governo, segundo o ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, “levará à alta brutal da carga tributária”, que já está dentre as mais elevadas do mundo.

Enquanto isso, o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) reviu para cima a expectativa de inflação para 2023. Na nova projeção, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o valor saltou de 4,9% para 5,6%. A previsão de aumento da inflação nos serviços foi de 5,4% para 6%. A ausência de uma âncora fiscal confiável, a tendência de ampliação de despesas e os ataques à independência do Banco Central afastam a confiança do mercado e auxiliam no aumento inflacionário.

Tudo isso se reflete na falta de confiança, no Brasil e no exterior, de que a economia, as empresas e os brasileiros prosperarão neste governo. Pesquisa da Quaest divulgada há um mês apontou que 94% do mercado financeiro não confia em Lula. 
É praticamente uma unanimidade - contrária.  
O comportamento do governo Lula afasta investidores do Brasil.  De fato, menos confiança gera menos investimento. E menos investimento gera menos emprego. No primeiro trimestre após a eleição de Lula – novembro, dezembro e janeiro – o desemprego voltou a subir após dez quedas consecutivas, indo de 8,6 para 9 milhões de pessoas. Em fevereiro, o número subiu para 9,2 milhões – uma taxa de 8,6%. O clima econômico vai de mal a pior.
 
Certo ainda é que o governo Lula deixará milhões de brasileiros na merda. Literalmente. Por meio de dois decretos, Lula enfraqueceu o projeto de universalizar os serviços de água potável e esgoto para 99% e 90% dos brasileiros, respectivamente, até 2033
Hoje, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada e 100 milhões não têm acesso ao esgoto. O Brasil investe entre 10 e 12 bilhões anualmente no setor, mas seria necessário investir cerca de R$ 24 bilhões para atingir a meta.
 
 Diante da escassez de recursos, foi criada uma solução pelo Congresso em 2020: o marco legal do saneamento básico, que abriu espaço para empresas privadas, mediante licitação, realizarem os investimentos e prestarem o serviço
Contudo, Lula fez uma série de mudanças, por meio de seus decretos, que privilegiam as estatais de água e esgoto que não demonstraram ter capacidade financeira ou planos para os investimentos e a universalização dos serviços até 2033.

Isso é muito preocupante porque o Brasil perde vidas, saúde e riqueza com esse atraso. Segundo o IBGE, 11 mil brasileiros morrem anualmente por falta de saneamento. Além disso, 17,6 milhões se afastaram do trabalho por diarreia ou vômito só em 2017 e a universalização do serviço trará ganhos anuais de mais de R$ 9 bilhões, segundo dados do Instituto Trata Brasil. A visão estatizante de Lula amarra o Brasil ao passado e nos afasta da modernização.

Ao olharmos para o mote "O amor venceu", temos a certeza de que essa foi a maior mentira da campanha. 
Que tipo de amor é esse que riu da ameaça de morte sofrida pela família de Sergio Moro durante uma coletiva de imprensa? 
Que amor é esse que constantemente nos divide entre "nós" e "eles"? 
Que amor é esse que deseja prejudicar os outros e cercear sua expressão por meio de um ministério da verdade?  
Onde está o amor na conivência desse governo com a violação de direitos por meio da invasão de terras produtivas?

Além disso, não podemos esquecer que esse "amor" luta contra a defesa da vida: Lula retirou o Brasil do acordo internacional do Consenso de Genebra, que visa proteger o nascituro e a saúde das mulheres
Durante a campanha, Lula chegou a dizer que era contra o aborto para diminuir sua rejeição entre o povo religioso, mas a retirada do acordo internacional mostra que ele estava apenas enganando os eleitores mais uma vez.

Há muito mais, mas não caberia neste artigo. Ao fim dos cem primeiros dias, o governo não entregou nenhum resultado. Certo é que, nestes primeiros cem dias de(s)governo, o slogan de Lula se consolidou: “o Brasil voltou” - de fato, voltou para trás. A principal missão do Congresso Nacional nestes quatro anos será a de lutar contra esses e outros retrocessos. E a cobrança ou apoio dos brasileiros será fundamental. Eu sei, você está lendo isso e sentindo toda a desmotivação do mundo. Está se sentindo revoltado e impotente. Mas não se engane, você não é.

Em  cem dias,
nunca tivemos uma oposição tão atuante e cidadãos conservadores e liberais tão ativos. O fruto disso é claro: apesar dos inúmeros erros, Lula não conseguiu nenhuma vitória significativa no Parlamento. Com receio de testar sua possível fraqueza no Congresso, tem se mantido inerte.

Além disso, muitos parlamentares têm questionado os desmandos por meio de pedidos de informações, representações aos órgãos competentes, convocação de ministros para prestar esclarecimentos, pedidos de CPIs, decretos para sustar atos presidenciais, pedidos de impeachment, articulação de grupos de fiscalização e medidas no Supremo Tribunal Federal.

LEIA TAMBÉM: 

Em 107 minutos Lula provou que não está à altura do cargo

Nós não podemos desistir do Brasil, porque é exatamente isso que aqueles que atrasam o Brasil querem: que você desista, que você perca as suas esperanças
O Brasil que queremos pode ser e será construído mediante a soma de esforços de cidadãos com muito trabalho, estratégia, perseverança e fé. Não vou desistir. Conte comigo e seguirei contando com você.
 
Dental Dallagnol, deputado federal e colunista Gazeta do Povo - VOZES
 
 

terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Alívio: falha a vergonhosa reabilitação de Maduro promovida pelo Brasil

Encontro na Argentina mostra que o tiranete venezuelano tem dificuldades para sair da lista dos párias e reentrar pela porta da frente da diplomacia

“Qualquer venezuelano conta como o regime se sustentou com o narcotráfico depois da queda dos preços do petróleo”, rugiu Patricia Bullrich, líder política argentina que compra brigas o tempo todo.

Patricia, do partido Proposta Republicana (PRO), integrante da frente de oposição, quer ser presidente e aproveitou a chance da vergonhosa visita de Nicolás Maduro à Argentina para agitar as águas, sugerindo ao DEA, o departamento de combate às drogas dos Estados Unidos, que aproveitasse para pedir a prisão e extradição do tiranete venezuelano. “Já que existe um pedido de captura por participação no Cartel dos Sóis”, espicaçou, referindo-se à organização de tráfico de drogas, ouro e pedras preciosas comandada por altas patentes do Exército venezuelano – no caso, o sol é o emblema que brilha nos ombros dos generais de brigada que venderam a alma e a honra.

Estar na lista de procurados e sancionados já tirou Maduro da posse do presidente Lula – ironicamente, por não poder reabastecer o avião, sob pena de punição dos Estados Unidos a empresas que o fizessem, o que faz o homem no controle das maiores reservas de petróleo do mundo não poder parar num posto de gasolina quando no exterior. Agora, passou mais um carão, inventando um “plano para agredi-lo”. 

Assustado com atitudes como a de Patricia Bullrich, Maduro amarelou.

A viagem frustrada não elimina o fato de que está em marcha uma vergonhosa operação para reabilitar Nicolás Maduro.

Os salamaleques do fracassado governo de Alberto Fernández a ditadores como o déspota venezuelano e o cubano Miguel Díaz Canel não eram tão ostensivos quando ele iniciou seu mandato, procurando manter uma imagem menos escrachada do que a dos Kirchner, beneficiados com as infames sacolas de dinheiro vivo provenientes de Caracas, e uma postura de defesa dos valores democráticos, independentemente da tendência ideológica.

Durou pouco. A esquerda está se sentindo poderosa com o novo presidente do Brasil e o novo presidente está indo mais ainda para a esquerda. Abraçar Nicolás Maduro logo na sua primeira viagem ao exterior seria o ato simbólico da reabilitação do pária. 

O abraço vai acabar acontecendo, de uma maneira ou de outra, um vexame por qualquer critério que se utilize. A conexão com o narcotráfico eleva o déspota venezuelano vários degraus acima do infelizmente habitual prontuário de total desrespeito aos direitos humanos e às instituições democráticas dos ditadores de turno. Não que esse seja desprezível: ele é acusados de crimes de lesa humanidade, com uma lista de mais de nove mil execuções extrajudiciais. 
A título de comparação: a Comissão Nacional da Verdade apurou 434 mortos pela ditadura brasileira.
 
O novo governo brasileiro poderia retomar as relações diplomáticas, de acordo com suas propostas e sua orientação ideológica, sem encontros diretos e outros gestos diretamente dirigidos aos Estados Unidos. Abraçar Maduro é, literalmente, endossar tudo o que ele representa
Numa declaração torpe, o novo presidente tentou estabelecer um paralelo entre um crime internacional com as dimensões da invasão da Ucrânia e as sanções contra o bolivariano.  
Suas palavras: “Da mesma forma que eu sou contra a ocupação territorial, como a Rússia fez à Ucrânia, sou contra muita ingerência no processo da Venezuela”.

Outro sinal de hostilidade aos Estados Unidos: os dois navios de guerra do Irã que vão aportar proximamente no Rio de Janeiro. As embarcações estão participando de uma extensa missão que as levará, pioneiramente, ao Canal do Panamá. A meta foi bem explicitada pela agência oficial de notícias: “Uma viagem histórica com o objetivo de mostrar o crescente poderio militar e naval da República Islâmica do Irã”.

Reabilitar Maduro e abrir os portos ao Irã não são sinais de política externa independente, mas de política externa histriônica, com o ridículo que tais gestos revelam: impulsos raivosos que certamente não farão a diplomacia americana perder o sono.

Fortalecer o comércio com os latino-americanos é um objetivo positivo e até a moeda comum com a Argentina, se conduzida de maneira inteligente e não autodestrutiva, poderia trazer vantagens. Se ficar na esfera do antiamericanismo infantil, pode cair na comédia, como o famoso plano made in Brazil que iria colocar o Irã fora da rota das armas nucleares.

Ninguém quer que a moeda sul-americana se inspire na posição geográfica de nosso continente e na economia mais forte da região e seja chamada de surreal.  E nem uma única pessoa coerente com os ideais de esquerda pode endossar as cortesias dirigidas a Nicolás Maduro e o que ele representa em matéria de corrupção, narcotráfico, abusos contra os direitos humanos e extensiva destruição do próprio país.

O “plano elaborado no interior da direita neofascista com o objetivo de realizar uma série de agressões contra nossa delegação” é o que em países normais se chama de manifestações oposicionistas de protesto contra a presença de uma persona extremamente non grata, mesmo que os dirigentes nacionais se desdobrem em gentilezas diante dele.

Muito bem, argentinos.

Vilma Gryzinski, colunista - Revista VEJA

 

 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

“Ditador de Brasília” manda Polícia Federal atrás de manifestantes - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

A PF publicou em sua página do Twitter essa mensagem hoje: "A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (15/12), 81 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em apuração que tramita na Corte acerca dos bloqueios de rodovias após a proclamação do resultado das Eleições Gerais de 2022".

Separadamente, outras 29 ordens judiciais estão sendo cumpridas pela PF no Espírito Santo, "em desfavor de envolvidos em atos antidemocráticos" no estado. Há, inclusive, quatro mandados de prisão preventiva. De acordo com o jornais locais, a PF fez buscas e apreensões nos gabinetes dos deputados estaduais Carlos Von (DC) e Capitão Assumção (PL).

O deputado estadual Capitão Assumção desabafou nas redes sociais, confirmando a operação: "URGENTE. PF na minha casa e no meu gabinete a mando de Alexandre de Moraes. Pratiquei o terrível crime de LIVRE MANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO. #OLadraoNaoVaiSubirARampa"

A ação ocorre apenas um dia após o ministro Alexandre de Moraes ter afirmado, em um evento do STF, que ainda havia "muita gente para prender e muita multa para aplicar" por causa dos atos que questionam a eleição de Lula. A determinação do ministro também ocorre na mesma semana em que, durante a solenidade de diplomação de Lula, Moraes disse que iria responsabilizar pessoas que, segundo ele, atentaram contra a democracia.

Recentemente, Moraes também afastou do cargo o prefeito do município de Tapurah (MT), Carlos Alberto Capeletti (PSD). O ministro ressaltou que o prefeito seria uma das lideranças políticas "que fomentam e encorajam o engajamento em atos de distúrbio social", "mediante discursos de incentivo à vinda de caminhões para Brasília, com a inequívoca intenção de subverter a ordem democrática".   
Ele também aplicou multa de R$ 100 mil a proprietários de caminhões que, segundo identificação das autoridades, foram usados em manifestações em Mato Grosso, além de proibir a circulação destes veículos.

O discurso do decano do Ministério Público de MG ao passar o cargo para o Procurador-Geral de Justiça de Minas Gerais foi bem duro e colocou o dedo na ferida, ao constatar que a “ordem democrática foi vilipendiada e atropelada pelo ditador de Brasília”, referindo-se a Alexandre de Moraes. Na plateia, um constrangido Rodrigo Pacheco fazia cara de paisagem.

O país acompanha estarrecido a escalada autoritária vindo do STF. Temos censura a parlamentares eleitos, prisões arbitrárias, intimidação, tudo em nome da "proteção da democracia". 
A velha imprensa ou se cala ou aplaude, agindo como cúmplice desse absurdo todo. 
E a outrora respeitada Polícia Federal, ao cumprir ordens ilegais, parece agir como polícia pessoal do Alexandre. Alguns falam em Gestapo, outros lembram que quem acata ordens ilegais é capanga.
 
O clima moral e institucional no país se deteriora aceleradamente a cada dia. Nenhuma ditadura completa foi instalada em nome do Mal. 
Todas vieram com o verniz de uma causa nobre, com a pátina da democracia, com o manto do bem geral. 
Para impedir um "golpe", Alexandre de Moraes praticou um golpe contra nossa democracia.
O "ditador de Brasília", até aqui, venceu a batalha com folga, a ponto de nem precisar mais esconder sua sanha autoritária: vai prender muito mais gente, com gosto!  
Maduro, Ortega e outros companheiros petistas observam, provavelmente com uma rusga de inveja...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta de Povo - VOZES


quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

O esforço da equipe de Lula para ter Maduro na posse em janeiro

O governo Bolsonaro suspendeu relações com o presidente da Venezuela e, por isso, o convite não pôde ser enviado pelo Itamaraty [presidente Bolsonaro, firme e mantenha a decisão de não aceitar Maduro em solo brasileiro. já tem ladrão demais na tal de 'equipe de transição' e terá mais ainda na posse.]

A equipe da transição de Lula informou há pouco que o Itamaraty enviou na segunda-feira os convites para a posse do presidente eleito, no dia 1º de janeiro, a todas as nações com relações diplomáticas com o Brasil — e que 11 chefes de Estado já confirmaram presença.[aliás, sobre a posse falta confirmar a data, que não pode ser anterior a 1º janeiro 2023, visto que a diplomação está sendo antecipada - parece que tem alguns da turma do molusco eleito com medo de alguma coisa. Se descuidarmos, são capazes de marcar a diplomação para data pretérita.] Mas a Venezuela ficou de fora. Chefe do cerimonial da solenidade, o embaixador Fernando Igreja foi questionado em entrevista coletiva sobre a situação do presidente Nicolás Maduro, aliado de Lula, e explicou o imbróglio provocado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de suspender relações com o venezuelano.Os convites foram feitos aos países com que o Brasil mantém relações diplomáticas. Como os senhores sabem, o atual governo suspendeu as relações do Brasil com o governo do presidente Nicolas Maduro, então não foi possível transmitir o convite por esta forma. Mas evidentemente que essa situação está sendo tratada aqui pela equipe de transição, dentro da comissão da cerimônia de posse, para que possamos transmitir o convite ao presidente Maduro como representante da Venezuela”, explicou.[esse embaixador tinha que ser punido, visto que ele está propondo que uma equipe de transição e uma comissão de cerimônia de posse, modifiquem decisão  do atual presidente da República.]

Sem entrar em muitos detalhes, a 25 dias da posse, o diplomata reforçou que “essas questões estão sendo tratadas internamente para que se encontre uma solução”.

Radar - Coluna em VEJA

 

 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

O senador saltitante e a falta de escrúpulos da esquerda - Gazeta do Povo

Randolfe Rodrigues é um senador como tantos outros, de um partido pequeno, mas que parece onipresente na imprensa e no STF. Ele gosta de saltitar, usa sua voz estridente para espalhar narrativas falsas, defender tiranos como Maduro, ladrões como Lula. Na CPI circense da Covid, foi tratado como alguém muito sério pela mídia nada séria. De um comunista se espera quase tudo, mas deveria haver algum limite para a falta de vergonha na cara. Para Randolfe, não há.

Governadores e prefeitos esquerdistas, com o aval supremo, decretaram lockdowns no país e o Brasil foi um dos primeiros países a fechar até escolas, e um dos últimos a abri-las. Enquanto faziam isso em nome da "ciência", liberais e conservadores criticavam com veemência a medida drástica e autoritária. Apontavam para o crime contra toda uma geração, lembrando que os mais pobres pagariam um preço ainda maior. As escolas eram fundamentais até para a merenda de muitos, e atrasar a alfabetização pode ter consequências graves no futuro.

Nós ainda dissemos que era um absurdo sacrificar crianças para supostamente poupar idosos, os mais atingidos pela pandemia, já que tradicionalmente sempre se fez o contrário: os mais velhos se sacrificavam pelos mais novos. As crianças foram um grupo com baixíssimo risco na pandemia, e não obstante lá estavam os "coronalovers" pregando o lockdown até das escolas, por tempo indeterminado. Era óbvio que o resultado seria terrível, como de fato aconteceu.

O percentual de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever no Brasil deu um salto assustador em 2020 e 2021. Era previsível, ao menos para todos nós que não embarcamos na loucura dos "pandeminions". Foi um crime da turma da "ciência" contra toda uma geração. Mas, como sabemos, a esquerda chafurda na miséria e na ignorância, ou seja, precisa plantar isso para colher eleitores amanhã. 
A esquerda vive da ignorância, da miséria, e da mentira. 
E por isso, sem ruborizar, eis o que o senador saltitante publicou:

Sim, Randolfe Rodrigues, o camarada de Maduro, conseguiu ter a cara de pau de culpar o governo federal, o presidente Bolsonaro, pela "volta do analfabetismo", além da fome. É como se nunca tivesse tido a pandemia, tampouco a reação insana a ela, defendida por gente como o próprio Randolfe. É preciso ser muito crápula para fazer isso. É o ladrão que grita "pega ladrão", o safado que rouba e planta evidências para incriminar inocentes. Que tipo de gente é essa?!

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 10 de março de 2022

Greta queria “salvar o planeta”, mas acabou só ajudando Maduro - Gazeta do Povo

Volto ao tema da minha coluna desta terça pois considero essa reflexão uma das mais importantes como lição da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Trump disse na ONU, em 2018, que a Alemanha estaria cada vez mais dependente da energia russa e que isso era terrível. Trump era, não custa lembrar, acusado de ser "marionete de Putin". A fala despertou risos de deboche na comitiva alemã. E hoje, como estamos?

A esquerda ambientalista apostou todas as suas fichas na "energia limpa", e isso gerou apenas mais dependência do Ocidente ao petróleo e gás russos. A burocracia imposta pelas bancadas ambientalistas nos países desenvolvidos basicamente impediu a prospecção de novas fontes de petróleo, enquanto a tarefa era terceirizada para países com regimes nefastos.

É como fazemos em relação aos produtos baratos: terceirizamos a produção para a China, com mão de obra barata, pois o que os olhos não veem o coração não sente. É pura hipocrisia. A elite cosmopolita compra tudo "Made in China" e depois dorme com sua consciência tranquila por impor legislação rigorosa no seu quintal, para "proteger" os mais pobres. 

O Estado reajuste os tributos, mas não os valores que servem de referência, como a tabela de IR, Simples Nacional e MEI. O que, na prática, faz o cidadão pagar mais impostos.

O mesmo foi feito com a energia: para "salvar o planeta", os movimentos representados por gente como Greta Thunberg praticamente inviabilizaram a produção de energia "suja" no Ocidente, delegando tudo a países como Irã, Rússia, Arábia Saudita e Venezuela. "Como ousam?!", berrava a pirralha, e as lideranças frágeis ocidentais acatavam: é hora de banir a produção de combustível fóssil do mundo! Faltou combinar com os consumidores - e com os russos, claro.

Resultado: o Ocidente depende dessas nações agressoras, e precisa escolher o "menos pior" de acordo com as circunstâncias. Como a Rússia é o inimigo da vez, então sobrou a Venezuela, e o governo Joe Biden já negocia com o ditador socialista Nicolás Maduro um acordo. Greta queria "salvar o planeta", mas acabou só ajudando Maduro mesmo, nada mais.

Se a agenda ambientalista, histérica e sem respaldo na ciência, sem qualquer senso de prioridade, não sofrer um duro golpe político nessa crise, então é porque o Ocidente merece mesmo o destino decadente que se avizinha. 
Para o bem da civilização ocidental, espero que essa guerra promovida pela Rússia de Putin seja um despertar: passou da hora de abandonar as Gretas da vida e deixar os adultos sérios tomarem conta da política.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Na marca do pênalti - Fernando Gabeira

In Blog

Bolsonaro fez parte de um seleto grupo de estadistas que negaram a pandemia. Em seguida, foi o único no mundo, ressalta o jornal “Le Figaro”, que se colocou negativamente diante da vacinação. Ele foi escolhido como o pior corrupto do ano, pelo Organized Crime and Corruption Reporting Project. Coisa de comunistas? Os escolhidos anteriormente foram Putin, Maduro e Duterte.

[a pandemia, com as BÊNÇÃOS DIVINAS, vai passar ainda no inicio de 2021 - é só cessar os efeitos de alguns excessos praticados por incautos.
Cessando a pandemia, quer os inimigos do Brasil gostem ou não,  o presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO, vai conseguir governar - missão que lhe foi concedida por quase 60.000.000 de brasileiros.
 
Voltará com suas pautas de campanha, incluindo sem limitar,  a de COSTUMES, de SEGURANÇA e todas serão aprovadas e implantadas. Algumas, com destaque para a de COSTUMES, precisam de ajustes, até mesmo endurecimento, pela deterioração sofrida.
Serão NOVOS e BONS TEMPOS, o que nos leva a perguntar
- Que nos importa a opinião de um jornal francês (não nos importam nem as ameaças feitas pelo presidente francês de internacionalizar a Amazônia - se tentar, vai perder)?
- Que valor tem uma organização de gringos  considerar o presidente Bolsonaro o pior corrupto do ano?  
Estranho,  o PIOR = a principio se pensa em ser o pior por ser o mais corrupto; só que no caso não vale tal pensamento, já que acusaram o presidente de quase tudo e mais alguma coisa, mas quanto a ser corrupto nada existe - tanto que tentam jogar a pecha de corruptos sobre os filhos do presidente para então associar = só que são CPFs diferentes.]

Bolsonaro chegou ao fim de 2020 com 24 pedidos de impeachment acumulados na gaveta. Alguns comentaristas acham que ele zombou da tortura em Dilma Rousseff para desviar a atenção de seu fracasso diante da pandemia. Mas é uma tática estúpida. Não se disfarça a morte com cheiro de morte, muito menos se esconde a desumanidade contra muitos, concentrando-a numa só pessoa.

O conjunto de declarações de Bolsonaro está registrado. Uma pandemia com quase 200 mil mortos não desaparece na história como um relâmpago no céu. [também não desaparece a comprovação farta de que o Governo Federal foi afastado do comando, da linha de frente das ações de combate ao coronavírus, sendo dado o protagonismo aos governadores e prefeitos.]  Ele contribuiu para que uma parte do povo brasileiro desafiasse o perigo da pandemia e colocasse em risco a própria vida e a dos outros.

Bolsonaro ignorou os apelos para que o Estado protegesse as populações indígenas. Por duas vezes, o STF devolveu ao governo a lição de casa que não consegue realizar: um plano eficaz para protegê-las. No governo, Bolsonaro aumentou a destruição da Amazônia, queimou um terço do Pantanal, e o Cerrado perdeu 13 % de sua vegetação. No seu prontuário, não pesam apenas vidas humanas, mas espécies animais, plantas, enfim, todos os componentes da riqueza do Brasil.

Sua política arruína as chances de nos apresentarmos como uma potência ambiental, atraindo energias, capitais, poderosos governos, todos ansiosos por trabalhar conosco numa nova etapa da luta mundial pela sobrevivência das novas gerações. Numa das suas últimas lives, Bolsonaro afirmou que não seria retirado da Presidência sem um motivo justo. Ninguém faria isso. Mas a situação muda de figura quando se consideram 200 mil mortes diante de um governo negacionista. Se isso não for um motivo justo para milhares de famílias que perderam seus entes queridos, o que será? [a primeira providência que decide o que é um motivo justo - no caso um crime de responsabilidade, devidamente comprovado - são os votos de 342 deputados favoráveis a que seja aberto um processo de impeachment. 
341 votos não autorizam sequer que a sessão para apreciar o pedido de impeachment seja aberta.]

O auxílio emergencial aprovado pelo Congresso atenuou o impacto da posição inicial na imagem de Bolsonaro. A má vontade com a vacina atualizou sua culpa. O general Pazuello tem responsabilidade, mas obedece a Bolsonaro. Só é formalmente um Sancho Pança. Sancho seguia Dom Quixote, um símbolo permanente da humanidade. Assim mesmo, era capaz de alertar: olha mestre, olha o que senhor está falando.

Juntos, capitão e general arrastaram as Forças Armadas para uma política que nega sua proximidade com a ciência, lança dúvida sobre sua capacidade e chega a nos fazer duvidar dos critérios que levam alguém ao generalato. [um pouco de prudência ao lançar dúvidas sobre, ou acusar, nossas Forças Armadas, é aconselhável. 

Acusações ou dúvidas, sem amparo em fatos, costumam causar constrangimento. Recentemente o Exército Brasileiro foi acusado de estar promovendo um genocídio = o autor da acusação teve que recuar quando percebeu que faltavam os mortos.]

A aventura da hidroxicloroquina, justificada pelo Exército como um conforto à população assustada, é um argumento religioso. Remédios são feitos para curar.  A pandemia revelou o abismo da desigualdade social. Entramos em 2021 sem resposta para milhares de pessoas necessitadas. Não só estamos longe de um contrato social, mas sendo cada vez mais empurrados para a barbárie.

Bolsonaro é a barbárie de que o capitalismo escapou no século passado, com a ajuda da social-democracia e de políticas sociais. E de que a globalização procura escapar, no século XXI, com as diretivas de governança sustentável e socialmente responsável. No seu governo, vigora a tese de que o homem é o lobo do homem, de que os fortes sobrevivem de armas na mão. Não há chances de construir um país com essas ideias. A esperança em 2021 passa por nos livrarmos desse pesadelo, em condições ainda difíceis de movimento e contato físico.

Quando os valores humanos são negados tão radicalmente por um líder e seus fiéis que riem da tortura, é fácil compreender que a luta não é apenas por um país, mas pela sobrevivência da espécie. No Brasil, a humanidade está em jogo. Muitos já compreendem, mesmo vivendo fora daqui, o potencial destrutivo dessa ameaça.

Blog do Gabeira - Fernando Gabeira, jornalista - O Globo 

Artigo publicado no jornal O Globo em 04/01/2020

 

quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Liberdade de imprensa incomoda autoritários - Merval Pereira

O Globo

Estamos assistindo no país, já há algum tempo, a um desfile sistemático de ataques a órgãos de imprensa que não é coisa nossa apenas, mas de variados países com governos populistas, de esquerda ou de direita, que não convivem bem com a imprensa independente.  Essa nova onda da direita autoritária segue-se a outra, da esquerda também autoritária, que dominou a América Latina durante anos. Na Argentina dos Kirchners, na Venezuela de Chavez e Maduro, na Bolívia e no Equador, no Brasil de Lula, sempre a tal da “midia” virava o bode expiatório de governantes que não querem ver seus segredos e desvios revelados.

Ataques aos órgãos de imprensa acontecem quando a democracia não é um regime respeitado por quem está no poder. Quando na oposição, esses mesmos políticos adoram ver seus adversários sob críticas, as mesmas que rejeitam quando governo. É o caso de agora com o presidente Bolsonaro, que investe contra os meios de comunicação quando lhe são críticos, como a Rede Globo, o jornal O Globo, a Folha de S. Paulo, e distribui benesses para aqueles que abdicam da missão jornalística de fiscalizar os governos para bajulá-los, em troca de vantagens indevidas.

Logo ao sair da cadeia, o ex-presidente Lula fez acusações irresponsáveis à Rede Globo, culpando o mensageiro pelas condenações da Justiça. A radicalização que estamos vivendo leva os dois pólos extremos da política brasileira a atacar os mesmos alvos, que defendem a democracia e mostram o estado dela no país.  Ao desagradar ambas as partes nos extremos, a imprensa profissional e independente mostra que está no caminho certo, defendendo um país que seja governado por pessoas sensatas, com visão de Estado. Não é o caso, também, do prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, misto de político e bispo da Igreja Universal, numa clara ameaça ao Estado laico definido pela Constituição.

 Crivella, num movimento autoritário que lhe é peculiar, teve o desplante de afirmar que não responderia mais às demandas do Globo, como se isso lhe fosse permitido como funcionário público pago pelos impostos dos cariocas.

Ao impedir que repórteres do Globo participassem da coletiva de imprensa que anunciava ontem a programação do Revéillon do Rio, uma das festas mais importantes da cidade, com repercussão no mundo, atacou não somente a liberdade de imprensa, como seus próprios contribuintes.   Diante das críticas que ontem eu e Carlos Alberto Sardenberg fizemos no nosso programa da CBN, o prefeito enviou uma nota oficial em que diz que o Globo é um “panfleto político, sempre interessado em trocar notícia por verba de publicidade”, numa contradição evidente, pois o que incomoda a Prefeitura são as críticas que recebe.

Dinheiro público não sustenta grandes empresas jornalísticas como o grupo Globo ou a Folha, mas sustenta muitos jornais e rádios pelo Brasil afora, no interior do país, e o governo não pode usar dinheiro público para obrigá-los a serem a seu favor. Isso é perversão da democracia e abuso de poder, e é o que está acontecendo.   Isso acontece quando a democracia não é um sistema político respeitado por quem está no poder. Os obstáculos que governos autoritários cada vez mais colocam no caminho da livre expressão, com embargos de diversos feitios, tentam inviabilizar, até economicamente, os meios de comunicação, que enfrentam também a violência como arma de intimidação da liberdade de expressão, tendo sido registrados diversos casos de assassinatos e agressões a jornalistas nos últimos anos.

É disseminada pelos adeptos de governos autoritários uma tentativa de desacreditar os meios de comunicação, na suposição de que a “opinião pública” representa apenas a elite da sociedade, e não os cidadãos de maneira geral. A origem da “opinião pública”, no fim do século XVIII, deve-se à difusão da imprensa, meio de a sociedade civil nascente se contrapor à força do Estado absolutista e legitimar suas reivindicações no campo político, com o surgimento do Estado moderno.  É o jornalismo profissional e independente, seja em que plataforma se apresente, que continua sendo o espaço público para a formação de um consenso em torno do projeto democrático, avesso aos populistas de plantão.

Merval Pereira, colunista - O Globo