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quarta-feira, 1 de junho de 2022

Petrobras diz que pode faltar diesel. Quem acredita? - VOZES

Alexandre Garcia

Combustível

Estudo da Petrobras informa que pode haver falta de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre se preço de mercado não for respeitado.

Estou achando muito estranha essa notícia de que pode faltar diesel no Brasil. Porque a notícia tem um condicionante: se houver preço de mercado, aí não vai faltar diesel. Quer dizer, nós vamos ter que pagar mais para não faltar. Na realidade não está faltando e nem vai faltar. Não há escassez do diesel; ele está disponível. Agora só estará disponível se aumentar de preço. É estranho!

Parece ser um movimento contra o que o presidente Jair Bolsonaro,
que vem reclamando que está muito caro o diesel, que a Petrobras está ganhando um lucro excessivo, acima das maiores petroleiras do mundo – só perde para a empresa da Arábia Saudita. Portanto, não é caso de escassez, é caso de preço.

Onde é que está essa história de que pode faltar diesel? Está num estudo feito dentro da Petrobras intitulado "Combustíveis: desafios e soluções". Eu me pergunto: quem fez isso? Gostaria até de saber mais: qual é a cor política e ideológica de quem fez isso?

Programa Segunda Opinião discute a batalha entre abortistas e os defensores da vida. Como está esta disputa no Brasil e no mundo?

Defesa da vida deveria ser bandeira de todos e não, uma batalha ideológica

A Petrobras é uma empresa de economia mista, tem ações na bolsa. Tem que agir como empresa privada, mas o acionista majoritário é o governo federal, é o Tesouro Nacional, é a União, ou seja, o acionista majoritário é o povo brasileiro.

Essa história de que vai faltar diesel se não for praticado o preço de mercado, que sobe a cada dia, soa como uma ameaça contra o povo. Parece que é inimigo do povo. 
Porque se aumentar o preço do combustível, aumenta a inflação, o preço de tudo. 
E ainda ameaça o escoamento da safra, porque diz que será no segundo semestre, exatamente quando haverá eleição. É estranho!

Então parece que o motivo é outro. Querem provocar inflação e gerar insatisfação contra o governo, atingir o caminhoneiro – 90% dos caminhoneiros são eleitores de Bolsonaro; atingir o escoamento da safra – 90% dos eleitores do agro, no mínimo, são eleitores de Bolsonaro. Será que tem uma motivação política eleitoral nessa história?

Parece uma ingênua tentativa de impor sob ameaça um preço alto no combustível para causar inflação e insatisfação para o povo, em especial para os caminhoneiros e para o agro. Parece que está muito bem dirigido isso. É uma hipótese que deixo para vocês pensarem a respeito.

Mudaram a biografia de Alckmin

Viram a última edição da nova biografia de Geraldo Alckmin formulada por Lula?  Ele disse em entrevista na rádio Band do Rio Grande do Sul que Alckmin foi contra o impeachment de Dilma Rousseff. 
Mas todo mundo sabe que ele foi a favor e, inclusive, fez manifestações a respeito.

Eu fico pensando se haverá novas versões mais para frente. Dizendo, por exemplo, que, em 2006, quando disputou a presidência com Lula, Alckmin estava torcendo por Lula. Os absurdos são tantos que a gente até admite que possa haver mais essa.

Donos do próprio nariz
A taxa de desemprego de 10,5% no trimestre que vai de fevereiro a abril é a mais baixa desde 2015. E tem mais. No ano passado, na pandemia, surgiram 682,7 mil microempresas e 122 mil empresas de pequeno porte.

Sabem o que é isso? Gente que não quer mais saber de carteira assinada. Que aparece como desempregado, mas na verdade é dono do próprio nariz, embora correndo os riscos do mercado.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 

 

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Ex-juiz - Processo movido contra Moro é cruelmente absurdo - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia   

Ex-juiz Sergio Moro está sendo processado na Justiça Federal de Brasília por iniciativa de deputados do PT

Não é piada e nem ficção o que eu vou contar para vocês. Um grupo de deputados do PT entrou na Justiça, mais exatamente na 2ª Vara Federal Civil de Brasília, pedindo indenização ao ex-juiz Sergio Moro por ele supostamente ter causado prejuízos à Petrobras. É isso mesmo, é real!

O prejuízo teria sido causado pelo julgamento dos corruptos do petrolão, que dilapidaram a Petrobras, que desviaram recursos, que usaram superfaturamento para beneficiar partido político. E a culpa agora é de Sergio Moro, estão cobrando dele.

O ex-juiz disse que isso é uma inversão de valores. Garanto que vocês nunca iam imaginar que chegaria nesse ponto, mas chegou. É ridículo, risível e cruelmente absurdo. Significa mesmo uma total inversão de valores.

Briga no Conselho do MP

Como vocês sabem, o Ministério Público é o guardião da lei e é essencial para a Justiça, segundo o artigo 127 da Constituição. Denuncia a ocorrência de crimes e tem a iniciativa de denunciar momentos em que as leis não são cumpridas.

Pois deu um "pega pra capar" no Conselho Superior do Ministério Público Federal entre o procurador-geral Augusto Aras e um dos 70 sub-procuradores gerais, o Nívio de Freitas. Aras disse em determinado momento que não poderia admitir "essa bagunça" durante a sessão. Freitas se sentiu atingido e disse que se o procurador-geral quisesse respeito que então o respeitasse também. Mas Aras respondeu dizendo que ele "não é digno de respeito".

Nesse momento, Aras se levantou em direção a Nívio de Freitas e um segurança passou correndo em frente da câmera que registrava tudo para conter os ânimos. A TV Justiça, que veio para mostrar o brilhantismo das mentes, das gravatas e dos ternos, também mostra esse tipo de coisa.

Como mostrou lá atrás algumas brigas entre os ministros do STF Luis Roberto Barroso e Gilmar Mendes, por exemplo. E as reações do ex-ministro Joaquim Barbosa a certos absurdos lá dentro do Supremo. Foi triste esse episódio no Conselho do MP.

Mudança na Petrobras
O presidente Jair Bolsonaro quis mostrar ao mudar de novo a direção da Petrobras que não pode interferir nos preços da empresa, mas ainda tem a prerrogativa de indicar o presidente da companhia, como representante do maior acionista, a União.

E quis mostrar também que, depois de 40 dias lá dentro, o atual presidente da Petrobras não mexeu uma palha para baixar os preços do diesel e do gás de cozinha, principalmente. Então o jeito era trocar o presidente de novo e ele fez isso.

Agora vai entrar lá um dos auxiliares próximos do ministro Paulo Guedes, que coincidentemente é secretário da desburocratização. Caio Paes de Andrade, que é formado em Harvard e foi do Serpro, vai assumir a presidência da Petrobras assim que o conselho da estatal confirmar.

De Davos, na Suíça, onde participa da reunião da Organização Mundial do Comércio, Paulo Guedes disse que quem dita preço é a Petrobras, a diretoria-executiva e seu conselho. O governo não pode, por lei, interferir nos preços da Petrobras. Está na lei da sociedades anônimas e é uma exigência para empresas com ações na bolsa, tanto aqui no Brasil como em Nova York.

Quem não se lembra da indenização que a Petrobras teve que pagar aos acionistas americanos pelas corrupções que aconteceram dentro dela. Isso não acontece mais e não pode acontecer.

Bate-cabeça continua
O PSDB adiou agora para 2 de junho a definição sobre para que lado vai na campanha eleitoral. Talvez queira lançar o ex-governador gaúcho Eduardo Leite para presidente agora que João Doria desistiu. E o MDB, que tem como parceiro o Cidadania, anunciou que vai apoiar a senadora Simone Tebet.

Mas ninguém sabe se é isso mesmo porque há vários MDBs
. São federações estaduais partidárias: o MDB do Nordeste quer Lula; o do sul e do centro-sul quer Bolsonaro. Então, estão em cima do muro, assim como os tucanos estão em cima do muro desde que existem.
 
Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo  
 

sexta-feira, 25 de março de 2022

A vaga em disputa - Alon Feuerwerker

Análise Política

As possibilidades eleitorais de Jair Bolsonaro estão bastante vinculadas à sensibilidade popular sobre a economia.  
Qual é risco principal para o presidente? 
Um repique inflacionário provocado pelos efeitos globais da crise russo-ucraniana. 
Isso levaria o Banco Central a um reaperto na política monetária e chegaríamos às eleições com a atividade em provável retração ou estagnação.

E com a possibilidade real de uma combinação momentânea de pasmaceira econômica e forte pressão nos preços. Um cenário ideal para quem está na oposição e representa a mudança. [mudança??? a quase totalidade dos vermes que pensam ter alguma chance de vencerem as eleições presidenciais de outubro próximo, representam o pior que há no que não presta para o Brasil = começando pelo maior ladrão, o descondenado luladrão.]

Seria menos complicado para Bolsonaro se ele tivesse gordura eleitoral para queimar. Não é o caso. Hoje, quem pode se dar ao luxo é Luiz Inácio Lula da Silva, cujo principal oxigênio é o “no tempo dele eu vivia melhor”. O que tampouco teria o mesmo impacto caso o atual presidente estivesse mais bem apetrechado para argumentar que enfrentou, e ainda vem enfrentando, mais de dois anos de pandemia e agora uma guerra na Europa com repercussão planetária. [DEUS é brasileiro e não abrirá espaço para os ateus que ousam pretender substituir o nosso presidente;  FATOS dispensam apetrechos para sustentar argumentos =  a pandemia está indo embora e as vacinas (continuamos favoráveis às vacinas e graças a elas muitos dos nossos, maioria do século passado, segunda metade, se livraram de várias doenças) continuam sendo essenciais para  que a imunidade de rebanho, defendida desde sempre pelo nosso presidente, se estabeleça e sepulte de vez a peste maldita = VOTOS para BOLSONARO;
A guerra na Europa - apesar dos malefícios que causa aos diretamente envolvidos, especialmente os que padecem da péssima condução do Zelensky, pelo menos até agora, apesar dos desejos dos inimigos do presidente = corja do establishment + adeptos do quanto pior melhor = inimigos do Brasil, tem sido favorável à economia brasileira = dólar em queda, maiores facilidade para abertura de jazidas de potássio em áreas que logo serão disponibilizadas para exploração, tudo = (+) VOTOS para Bolsonaro.
O mais importante é que no segundo mandato o capitão vai realizar o que está pendente deste o inicio do em curso = melhoras para o Brasil e milhões de brasileiros.]

Perto disso a crise de 2008/09 foi, agora sim, uma marolinha.

Bolsonaro está até o momento contido no eleitorado mais fiel, suficiente para levá-lo ao segundo turno mas não para ganhar. Um eleitor oscilante, que certo dia votou no PT e em 2018 mudou de ideia, anda aparentemente tentado a fazer o caminho de volta. A dúvida é o que levaria esse voto a reverter a tendência momentânea e reafirmar a opção adotada em 2018. É a pergunta, como se diz, de um milhão.

Se Bolsonaro deixar a pressão dos preços dos combustíveis correr livre, com a óbvia repercussão inflacionária, estará concretando a estrada para Lula. Verdade que as pesquisas mostram um eleitor dividido quanto à responsabilidade pela alta na gasolina e no diesel, mas não importa: governos existem para resolver problemas, os criados por ele próprio ou por terceiros. Se o time tem dificuldades, a culpa será sempre do treinador.

Vamos ver como o presidente se sai. Lula continua tentando abocanhar ex-adversários e trazer de volta quem um dia foi aliado e deixou de ser. A favor da tática, as dificuldades do incumbente. Mas, como este não está fora da disputa e ainda por cima detém o governo, não é tão simples assim. Os profissionais da política, inclusive o próprio Lula, têm plena consciência de um jogo ainda sendo jogado.

E os demais? Continuam presos à armadilha de acreditar que há um largo contingente de votos “nem Lula, nem Bolsonaro”. Todas as pesquisas mostram que essa fatia gira em torno de 15%, mas quando a fé é forte os fatos objetivos enfrentam alguma dificuldade para prevalecer. O resultado prático é que a terceira via, ao insistir na tática, deixa aberto para o presidente o caminho de apresentar-se como o único e autêntico “anti-Lula”.

Pois a vaga em disputa para ir ao segundo turno não é a do “nem-nem”, é a dos que não querem a volta do ex-presidente. A chance de um terceiro está em provar que se sairá melhor que Bolsonaro no mano a mano com Lula.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

Publicado na revista Veja de 30 de março de 2022, edição nº 2.782

 

domingo, 20 de março de 2022

Atraso de vida [= Petrobras] - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Esta tem sido a função da Petrobras: servir aos interesses dos políticos que controlam o governo.

A alta desesperada dos preços internacionais do petróleo, por conta da guerra entre Rússia e Ucrânia, chamou as atenções para uma questão puramente brasileira: 
qual a vantagem que a população leva numa hora dessas pelo fato de ser dona, na lei e na teoria, de uma empresa petrolífera estatal? 
Dez entre dez analistas políticos levariam o resto da vida debatendo a questão para, ao fim, não oferecer nenhuma resposta coerente. 
Fica mais prático, então, responder da maneira mais simples, e com base nos fatos: a população não leva vantagem nenhuma
O preço da gasolina e do diesel, na bomba do posto, continua o mesmo, sendo o cidadão dono da estatal ou não sendo. 
Se fizerem algum truque para não aumentar, vão ter de achar dinheiro para cobrir a diferença entre o preço real e o preço que inventaram. Esse dinheiro é seu mesmo: é aquilo que você paga em impostos. Vão tirar de um bolso o que estão colocando no outro. 

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A ideia de uma empresa estatal como a Petrobras, num país com os usos e costumes políticos do Brasil, é, antes de tudo, um absurdo
Essas coisas podem dar certo na Noruega, ou algo assim, onde o lucro da estatal do petróleo é entregue diretamente à população, em dinheiro, sem conversa fiada, no prazo certo, dentro de um sistema transparente e compreensível para todos. 
 
Mas, aqui, empresa estatal não é empresa pública nem pertence de verdade aos acionistas; os acionistas, aliás, não passam nem da porta de entrada do prédio-sede. Tudo é propriedade privada dos que mandam no governo. Há pouco era propriedade do ex-presidente Lula e do PT. Nunca uma empresa foi tão roubada na história e nunca houve roubo tão bem comprovado, com confissões assinadas dos que roubaram e até devolução de parte do dinheiro roubado. 
 
Esta tem sido a função essencial da Petrobras, desde sua fundação há quase 70 anos: servir aos interesses materiais dos políticos que controlam o governo e a vida pública deste país. 
É verdade que, em seu último surto de roubalheira, a Petrobras chegou a extremos. 
Que empresa privada do mundo compraria, por exemplo, a refinaria americana de Pasadena, um amontoado de ferro velho imprestável? 
Que empresa privada construiria uma refinaria de petróleo em sociedade com a Venezuela de Hugo Chávez, que jamais cumpriu sua parte no negócio e deixou a Petrobras com uma fatura de US$ 20 bilhões a pagar? 
Esse dinheiro, num caso, no outro e em todos os demais, não foi pago “pelo governo”. O governo não tem um tostão. Quem pagou foi o cidadão brasileiro, e o mais pobre pagou mais – como sempre acontece quando uma conta é dividida por igual entre todos. Mas, mesmo em condições normais, sem corrupção nenhuma, a Petrobras é um atraso de vida.

A única estatal boa é a estatal que não existe.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo 


sexta-feira, 18 de março de 2022

Por que a Petrobras não baixa a gasolina? A resposta da estatal, após pressão de Bolsonaro - O Globo

Empresa diz que não pode 'antecipar decisões sobre manutenção ou ajustes' nos valores, devido à alta volatilidade e ao risco de desabastecimento 

A Petrobras divulgou nota nesta sexta-feira em que explica por que demorou para reajustar os preços dos combustíveis e por que ainda não baixou os valores nas suas  refinarias, apesar da queda recente do barril de petróleo.

O presidente Jair Bolsonaro tem cobrado da empresa nos últimos dias que reduza o valor da gasolina e do diesel, após a baixa da commodity no mercado internacional. E já prepara uma estratégia para substituir Joaquim da Silva e Luna na presidência da empresa. O general tem sido resistentes às pressões para baixar os preços.

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Depois de bater quase US$ 140 há duas semanas, o barril de petróleo tipo Brent - referência no mercado internacional - caiu abaixo de US$ 100 nesta semana. Mas ontem fechou em US$ 106,64, alta de 8,79%.

Incerteza e preocupação com abastecimento
A companhia diz ainda que o ambiente de incerteza segue no mundo, "com aumento na demanda por combustíveis, num momento em que os desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia impactam a oferta".

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Segundo a Petrobras, essa situação cria uma competição pelo fornecimento de produtos, "o que reforça a importância de que os preços no Brasil permaneçam alinhados ao mercado global, para assegurar a normalidade do abastecimento e mitigar riscos de falta de produto".

O Brasil produz volume de petróleo suficiente para seu consumo, mas precisa importar especialmente o diesel, pois o tipo de petróleo aqui produzido não atende especificidades das refinarias locais para produzir certos combustíveis.
O país importa 20% a 25% do diesel que consome. Nos últimos meses, a diferença entre o valor de venda no Brasil e o praticado no mercado internacional levou a temores de desabastecimento porque os importadores não conseguiam comprar o produto a preços competitivos, para revendê-lo no mercado interno.

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Distribuidoras, como a Ipiranga, chegaram a limitar a venda do diesel.

Justificativa para alta da semana passada
Na nota divulgada nesta sexta-feira, a Petrobras também esclareceu porque demorou tanto para elevar os preços. A empresa lembra que o mercado internacional do petróleo vem enfrentando forte volatilidade, tendo a Covid-19 como pano de fundo, e que a guerra na Ucrânia agravou essa situação. "Em um primeiro momento, apesar da disparada dos preços internacionais, a Petrobras, ao avaliar a conjuntura de mercado e preços conforme governança estabelecida, decidiu não repassar de imediato a volatilidade, realizando um monitoramento diário dos preços de petróleo", diz a Petrobras em nota.

Viu isso?  Brasil tem a gasolina mais cara do mundo? Entenda o que pesa no preço "Somente no dia 11 de março, após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, a Petrobras implementou ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras de gasolina, diesel e GLP", completou.

A gasolina foi reajustada em 18,77% e o diesel em 24,99% nas refinarias, após 57 dias sem alteração. Já o GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha, subiu 16%, após 152 dias de preços estáveis. "Os valores aplicados naquele momento, apesar de relevantes, refletiam somente parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, que foram fortemente impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia", diz a Petrobras.

Crise interna? PSDB racha e pode sofrer debandada na Câmara com saída de Leite e Doria estacionado

"Esse movimento foi no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que, antes da Petrobras, já haviam promovido ajustes nos seus preços de venda, e necessário para que o mercado brasileiro continuasse sendo suprido, sem riscos de desabastecimento".

A empresa diz que "segue todos os ritos de governança e busca um equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo que evita repassar para os preços internos as volatilidades das cotações internacionais e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais".

Economia - O Globo


sexta-feira, 11 de março de 2022

Inflação é a maior para fevereiro desde 2015 e vai a 10,5% em 12 meses [a dos EUA, em um mês, fevereiro, foi de 7,9%] O Globo

  Inflação é a maior para fevereiro desde 2015 e vai a 10,5% em 12 meses [a dos EUA, em um mês, fevereiro, foi de 7,9%

 

Reajuste nos preços da gasolina, diesel e GLP, que passa a valer hoje nas refinarias e distribuidoras, já deve se refletir no IPCA nos meses de março e abril

Inflação sobe 1,01% em fevereiro, maior alta para o mês desde 2015

[Estranhamente a velha imprensa, a mídia militante, a mídia inimiga do presidente = inimigos do Brasil e dos brasileiros = não fez aquele auê, em relação à inflação de fevereiro nos Estados Unidos, 7,09%, recorde em 40 anos  ... se a inflação brasileira, em um mês fosse um terço daquela, teríamos jornalistas, e especialistas, da mídia militante tendo orgasmos nas ruas.] 
 
 A inflação acelerou e subiu 1,01% na passagem de janeiro para fevereiro, segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira. É a maior taxa para o mês desde 2015, quando chegou a 1,22%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 10,54% em 12 meses.

O resultado veio acima do esperado. Analistas econômicos ouvidos pela Reuters projetavam alta de 0,95% para a inflação em janeiro e 10,50% para o IPCA em 12 meses.

Reajuste de mensalidades escolares
Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta de preços em fevereiro. O principal impacto veio do grupo Educação, que subiu 5,61% no mês. O gerente da pesquisa, Pedro Kislanov, explica que são incorporados neste período os reajustes de cursos e escolas, praticados no início do ano letivo.

Em razão da inflação que encerrou 2021 em dois dígitos, a alta no grupo Educação foi a maior para o mês de fevereiro desde 2016, quando chegou a 5,90%.

— Como a inflação no ano passado foi acima de 10% e os reajustes das mensalidades tem relação com a inflação passada, esses reajustes acabaram impactando o resultado mensal — diz Kislanov.

A maior contribuição veio dos cursos regulares, que subiram 6,67% no mês. Ensino fundamental, pré-escola e ensino médio tiveram altas de 8,06%, 7,67% e 7,53%, respectivamente.

Também subiram os preços dos cursos de ensino superior (5,82%) e pós-graduação (2,79%). Os cursos diversos, por sua vez, tiveram alta de 3,91%, sendo que a maior variação dentro do item veio dos cursos de idioma (7,29%).[as despesas decorrentes dos reajustes escolares ocorrem uma vez por ano, não refletindo nos meses restantes. 

Assim, não adianta que os inimigos do presidente, a turma do establishment,  a turma do quando pior melhor = inimigos do Brasil, comemore, já que tais aumentos não serão computados nos meses seguintes = quando haverá uma queda da inflação.]

(...)

Na avaliação de economistas, a inflação deve superar 7% no ano e pode chegar a 8% caso o conflito entre Rússia e Ucrânia se prolongue. [Vale lembrar que o máximo previsto pelos economistas, para o ano de 2022, é superior em apenas 0,1% à inflação de fevereiro/2022 nos EUA.]

Isso porque os preços das commodities - desde o petróleo até os grãos, como soja e trigo - dispararam no mercado internacional, o que pode ampliar a defasagem dos combustíveis frente o preço no mercado doméstico e ensejar novos reajustes, bem como afetar as produções agrícolas brasileiras e elevar os preços ao consumidor, em última instância.

Economia - O Globo - MATÉRIA COMPLETA

Aproveitando o espaço:

TINHA CADEIRA DEMAIS NA PALESTRA DE HADDAD



terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

LULA E O PT QUEREM ACABAR COM A PETROBRAS! - Gilberto Simões Pires

FALÊNCIA DA PETROBRAS
Quem se dispõe a ler, ouvir e entender -racionalmente- as declarações feitas por Lula sobre a POLÍTICA DE PRECOS DOS COMBUSTIVEIS, certamente chegará à conclusão clara e inequívoca de que o grande e real propósito do candidato petista, endossada pelo PT como um todo, não é manter a PETROBRAS como uma empresa pública, estatal. O GRANDE E ESCANCARADO PROPÓSITO é levar a PETROBRAS À FALÊNCIA. Vale lembrar que este processo estava bem adiantado quando acabou sendo interrompido, em 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff.

SOMA TRÁGICA
Já escrevi várias vezes, mas vou repetir: por mais que já esteja totalmente provado e comprovado o quanto a enorme ROUBALHEIRA deixou marcas profundas e de difícil cicatrização nas contas da estatal, pior ainda do que isto foi a maneira DESASTROSA como a Petrobras foi administrada (????). A trágica soma -SAQUES + INEPTOCRACIA-, até para muitos petistas, não deixa dúvida alguma de que a FALÊNCIA DA ESTATAL ERA A GRANDE META. Isto sem levar em conta a escandalosa compra da REFINARIA DE PASADENA, cujo prejuízo ainda está sendo calculado...

CUIDAR DO POVO ????
Ontem, por exemplo, em entrevista que concedeu a Rede de Rádios do Paraná, Lula afirmou que, uma vez eleito presidente, não manterá o PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS VINCULADO AO DÓLAR, como ocorre atualmente com a política de preços praticada pela Petrobras. -“Nós não vamos manter o preço dolarizado. Eu acho que os acionistas de Nova York, os acionistas do Brasil, TÊM DIREITOS DE RECEBER DIVIDENDOS QUANDO A PETROBRAS DER LUCRO, mas é importante que a gente saiba que a Petrobras tem que cuidar do povo brasileiro”.

RACIONAMENTO
Cuidar? Ora, o que mais se viu foi DESCUIDAR E ESFOLAR o povo ao jogar a dívida imensa no colo da população, sem dó nem piedade. Mais: quanto mais a Petrobras for obrigada a praticar preços FORA DO MERCADO, mais as refinarias ficarão impossibilitadas de produzir COMBUSTÍVEIS, ou seja, aí tanto a gasolina quanto o diesel passarão a enfrentar os mais evidentes RACIONAMENTOS, que com a certeira política de preços está fora de questão.

VILÃO
Volto a afirmar, embora muita gente nunca vai entender: NÃO É PREÇO DOS COMBUSTÍVEIS que preocupa, mas a CARGA TRIBUTÁRIA QUE RECAI SOBRE A CADEIA que faz com que os equivocados brasileiros apontem o dedo acusando a Petrobras como a grande e insensível vilã.

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

 

terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

O que Fux vai dizer na abertura do Ano Judiciário no STF

Alexandre Garcia

Contradições

O Judiciário volta ao trabalho nesta terça-feira (1º) depois das férias. Na verdade, o Supremo Tribunal Federal, por exemplo, nem parou. Quase todo dia a gente teve notícia de ministro do STF com a maior "vontade" de trabalhar. Ficou lá, de plantão, recebendo os pedidos para incomodar o governo, em geral de partido pequeno.

E na abertura estou curioso para saber o que vai dizer o presidente do Supremo, o ministro Luiz Fux. Porque quando assumiu, Fux lamentou que o Judiciário fosse provocado para resolver questões internas do Congresso dizendo que estas deveriam ser resolvidas em plenário próprio, que é o do Poder Legislativo, e não no Judiciário. É a politização do judiciário.

E nesta terça os ministros do STF já vão tratar de um assunto que muita gente nem acredita que seja verdade: que a polícia do Rio de Janeiro está proibida de subir o morro. [o Brasil é um dos poucos países do mundo, talvez o único, em que o Poder Judiciário proíbe a polícia de atuar em áreas de elevado índice de criminalidade e preferida para os marginais se esconderem.
Na prática é como se o STF tenha decretado os morros dos Rio - nas favelas é elevada a concentração de marginais, que tradicionalmente lá atuam e se escondem - área restrita à ação policial; digamos que os esconderijos dos bandidos passaram a ter o status de representação diplomática.]  Vão tratar desse assunto no plenário. E tratar de outro assunto também que é risível
Para saber quando começa a contagem da inelegibilidade de oito anos para aqueles que foram condenados. 
Que hipocrisia!

Teve um condenado duas vezes em dois processos – passou por três instâncias – que eles limparam a ficha e o sujeito é candidato. Vão tratar de quê? Um presidente do Supremo, que presidiu o julgamento de uma presidente, deixou que desobedecessem a Constituição na sua cara porque ela não foi punida como está escrito lá, com oito anos de inelegibilidade.

E vão tratar também de outra hipocrisia. Proibiram a coligação e criaram a federação de partidos. É um eufemismo, é a mesma coisa um pouco mudada. É seis que virou meia dúzia, para livrar e passar por cima da cláusula de barreira também. Fazem isso na nossa cara. Não vou dizer que não tem transparência, porque tem. É que eles acreditam que a gente não está vendo, deve ser isso.

O voto evangélico
Eduardo Cunha, experiente político, ex-presidente da Câmara, conhecedor da prisão por um tempo, que fez aquele livro "Tchau, querida", escreve no Poder 360 quinzenalmente. Ele pôs em dúvida as pesquisas que dizem que Lula teria voto de evangélico.

Ele pergunta: mas evangélico vai votar no aborto, na descriminalização de pequenos assaltos, na droga, no casamento homoafetivo, na ideologia de gênero, no enfraquecimento do direito de propriedade? Como evangélico, ele deve saber muito bem o que está dizendo.

Os bons números da economia
Vocês viram a criação de emprego no ano passado, com toda a pandemia? Foram 2,7 milhões novos empregos, em geral, a maior parte para jovens de 18 a 24 anos com curso médio completo. Isso significa que o Brasil está caindo na realidade, no bom senso, na razão. Não tem nada de "fique em casa" e a "economia a gente vê depois". Está aí o resultado.

E o outro resultado é que é a primeira vez em oito anos superávit das contas públicas, de R$ 64,7 bilhões. E a dívida pública em relação ao PIB caiu: chegou a 88% e está em 80%. São os números do país que se transforma.

Gás da "Amazônia Azul"
O presidente Jair Bolsonaro foi a São João da Barra (RJ), no Porto de Açu, inaugurar mais uma usina que aproveita o gás da "Amazônia azul". É a segunda usina. Cada uma delas produz 1,6 gigawatts.

Já tem uma que o presidente inaugurou, em agosto de 2020, em Aracaju (SE), na Barra dos coqueiros, que produz 1,5 gigawatts, também com gás da nossa "Amazônia azul"
É uma usina que tem um custo por quilowatt de 1/3 de uma termoelétrica a diesel.

 Estou dizendo isso num momento em que o grande problema da Europa é o gás, inclusive que é usado para calefação, que vem todo da Rússia e está raro e caro. [é sabido que se o Biden tentar cantar de galo e fazer bobagem,dar uma 'baidada', Putin fecha as torneiras do gasoduto e a Europa perde quase metade do seu suprimento de gás.] 

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 4 de dezembro de 2021

Perdeu o juízo - Carlos Alberto Sardenberg

Será que o ministro Paulo Guedes acredita mesmo que a economia brasileira está decolando ou apenas tenta criar uma narrativa otimista para esconder um enorme fracasso?

É intrigante: não há como responder.

Por um lado, os números são avassaladores. Eliminados os indicadores que parecem positivos por causa da comparação com uma base muito baixa, a do ano passado, o resto aponta para uma paradeira inequívoca. Na verdade, a discussão relevante entre economistas do primeiro time – e de visões variadas – trata do seguinte: o Brasil se encaminha para a estagnação, a recessão ou estagflação?

Sim, porque a inflação, passando dos 10% ao ano, já comeu nada menos que 11% da renda do trabalho, reduzindo drasticamente a capacidade de consumo das famílias.  Como o ministro Guedes poderia desconhecer estes fatos? E entretanto, na última quinta, ao comentar os dados do PIB, disse que a B3 (a bolsa brasileira) havia subido 3% em comemoração aos bons resultados da economia real e do equilíbrio das contas públicas.

[economia é mais uma área alcançada pela nossa notória ignorância e completa ausência do saber, no caso,  econômico.
O importante, o fato que não pode ser ignorado,  é que a queda na economia em 2020 teve causa certa e indiscutível = a maldita pandemia; 
só que em 2021 os números não apenas parecem, SÃO POSITIVOS, modestamente, mas melhores  que se fossem negativos. Com a persistência da peste, seria de se esperar até mesmo queda igual ou maior que a de 2020.
O que acontece é a regra seguida pela MÍDIA MILITANTE e que consiste em qualquer notícia envolvendo o governo Bolsonaro tem que ser narrada de forma a MAXIMIZAR os aspectos negativos ou menos positivos menos positivo e MINIMIZAR os aspectos positivos. Tal conduta vale para qualquer notícia, seja de  que área. 
Exemplo: A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, evangélica de carteirinha, aplaudiu a aprovação de André Mendonça para o Supremo - normal, natural, além do indicado ter as condições (com sobras) para exercer o elevado cargo, "é irmão de fé" da primeira-dama.
Só que a mídia militante procura narrar dando destaque a um eventual  um lado 'negativo'. 
Vejam uma das manchetes: "Michelle chora, pula e reage com ‘glória a Deus’ aprovação de Mendonça ao STF; veja vídeo"Não será surpresa se um desses partidecos de nada, ingressar com ação no STF pedindo a revogação da decisão do Senado que aprovou a indicação de Mendonça. 
Motivo: PREVARICAÇÃO do presidente, já que indicou André Mendonça para satisfação pessoal da Michele.]

Quanto às contas públicas, ficou evidente que a PEC dos precatórios é uma manobra para legalizar o estouro dos gastos e o rompimento do teto orçamentário. [sem a PEC dos Precatórios mais de 17.000.000 de FAMÍLIAS FAMINTAS teriam sua fome aumentada. Ou a mídia militante apoia um HOLODOMOR alcançando quase cinco vezes o número de vítimas na Ucrânia? 
Quando a econometria ir devagar, quase parando, é melhor que parada ou mesmo em queda.]

Com esse conjunto de indicadores, é preciso concluir que Guedes sabe, sim, que a economia vai devagar quase parando, mas inventa uma narrativa para agradar o chefe e sua turma. É verdade que esse pessoal é ignorante em economia (e em muitas outras coisas, inclusive saúde), mas a narrativa é tão descolada da realidade, tão absurda, que leva as pessoas de mínimo bom senso a perguntar: o ministro perdeu o juízo?

Ou, por outro lado: não é possível que Guedes, com seu conhecimento de economia e mercados, acredite que alguém (fora da turma de fanáticos) vai acreditar nessa incrível farsa.

Então, como ficamos?

Hipótese: a economia brasileira deteriorou-se muito rapidamente neste segundo semestre. No início do ano, esperava-se um PIB crescendo acima de 5% e mais 2,5% em 2022, com inflação controlada e juros reais baixos. Hoje, mudou tudo. A inflação segue em alta persistente e espalhada, os juros em rota de elevação, o risco Brasil também subindo e o real sendo a moeda mais desvalorizada entre os emergentes. Mesmo com o avanço da vacinação.

De onde vem essa deterioração? Há fatos: a crise hídrica, que fez aumentar a tarifa de energia,  e a alta do petróleo (e, pois, da gasolina, do gás e do diesel). Mas o preço da energia em geral subiu no mundo todo e muitos países relevantes, mesmo com inflação mais alta, mantêm bom ritmo de crescimento. [a crise hídrica que, para tristeza de muitos, está cedendo graças as chuvas abundantes, não pode ser atribuída ao governo Bolsonaro. Outro absurdo é criticar o governo brasileiro - assaltado nos treze anos de governo petista, tenha uma economia que reaja a uma inflação mais alta com um bom ritmo de crescimento = só alcançado, como bem diz o articulista, nos países mais relevantes.]

Qual a diferença? O governo. A gestão Bolsonaro não é “apenas” politicamente  equivocada. É de uma incompetência brutal. E destruidora. Acrescente a isso a entrega dos cofres públicos à turma do Centrão – e, pronto, está explicada a enorme falta de confiança que se observa no país. Isso deve ter virado no avesso a cabeça do ministro Guedes. Ou o que mais seria?

E por falar em cabeças viradas no avesso, Lula entrou no debate para dizer que o Brasil estava num momento raro, histórico, de crescimento zero. Deve estar fazendo contas de 2017 para cá, pois em 2015 e 16 o país acumulou uma queda de quase 8% do PIB, consequência da gestão devastadora de Dilma Roussef. [foi este o Brasil que Bolsonaro recebeu em 1º janeiro 2019 - Temer não teve tempo de governar. Além do mais, foi perseguido pelo 'enganot' e o STF, em decisão monocrática da ministra Carmem Lúcia,  chegou a impedi-lo de nomear ministros para seu governo.]

Lula também não lembra da corrupção na Petrobras, assim como os Bolsonaros juram que não tem rachadinha. [até agora nada foi provado sobre a rachadinha atribuída aos Bolsonaros,  e convenhamos se Lula foi descondenado por ter sentado na vara errada, nada mais justo que o principio de "inocente até que se prove o contrário" se aplique aos familiares do presidente Bolsonaro.
Falando em rachadinha... a do senador Alcolumbre vai ser esquecida? não será investigada? Alcolumbre  não será julgado, condenado e preso? não perderá o mandato?]

É isso aí. Estamos entre birutas, esquecidos e/ou farsantes.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

Coluna publicada em O Globo - Economia 4 de dezembro de 2021