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sábado, 19 de fevereiro de 2022

Oposição suprema - Revista Oeste

Sombra da estátua da Justiça na frente do Supremo Tribunal Federal Foto: STF
Sombra da estátua da Justiça na frente do Supremo Tribunal Federal Foto: STF

Primeiro, pois não existem apenas hackers russos no mundo. Depois, pelo timing da fala, constrangendo um presidente em visita protocolar e tratado de forma reverente, ao contrário do que a nossa imprensa antecipou. Além disso, a desconfiança geral não é com hackers russos, mas, sim, com eventuais manipulações de dentro mesmo, do próprio TSE, num sistema opaco sem nenhuma transparência. É como se o ministro tentasse desviar o foco para o que realmente apresenta risco pela ótica do eleitor.

Por fim, o comentário esdrúxulo foi feito bem ao lado do ministro Barroso, o presidente do TSE, que garante a inviolabilidade do nosso 
sistema eleitoral, “um dos melhores do mundo”, mas adotado apenas por países como Butão ou Bangladesh. A incoerência salta aos olhos.
Se o sistema é tão seguro como diz Barroso, então qual o medo dos tais hackers?
A urna não está fora da internet?
Estamos sob ameaça mesmo assim?

Vamos lembrar quem é Fachin: alguém que já assinou manifesto em defesa do MST e fez campanha pela Dilma Rousseff

Fica também a dúvida: quem falou isso vai ser incluído no inquérito ilegal das fake news por questionar a segurança das eleições brasileiras?  
Afinal, tem bolsonarista sendo alvo dessa perseguição por falar algo bem parecido, não? 
O próprio presidente é alvo por ter “vazado” uma investigação “sigilosa”, que não era sigilosa, sobre um hacker que invadiu o sistema. 
Nesse caso, os ministros supremos acharam melhor atirar no mensageiro em vez de lidar com a mensagem. 
E agora Fachin traz a mesma mensagem?
 
É tudo tão maluco que causa espanto ver gente tentando ainda dar uma aura de seriedade ao nosso STF atual, cuja composição é medonha. Vamos lembrar quem é Fachin
- alguém que já assinou manifesto em defesa do MST, um movimento radical e criminoso ligado ao PT, e fez campanha pela Dilma Rousseff, a “presidenta” que destruiu de vez nossa economia. “Apoiamos Dilma para seguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos”, disse à época Fachin. Boa!
Barroso não fica atrás: considerou o terrorista comunista italiano Cesare Battisti alguém inocente, considera-se um ungido e iluminado que precisa “empurrar a história” na direção da “justiça racial e social”, e julgou João de Deus como alguém com poderes “transcendentes”. 
Barroso já atacou Bolsonaro como alguém com “limitações cognitivas” e “baixa civilidade”, e recentemente disse que o presidente é “desencontrado espiritualmente”. Talvez tenha faltado a Bolsonaro um toque “transcendente” de João de Deus em sua vida!

É tudo muito surreal. Não podemos tratar com normalidade o que observamos no Brasil. É algo que cidadão algum do mundo civilizado aceitaria. Nosso Supremo Tribunal Federal, o suposto guardião da Constituição, virou apenas um agregado de palestrantes e militantes “progressistas” que perseguem o governo eleito pela maioria dos eleitores. É um partido de oposição, tal como nossa velha imprensa. Esta, por sintonia com esse propósito nada republicano, prefere passar pano para o arbítrio supremo, o abuso escancarado de poder por parte dos ministros.

Nossa imprensa em geral virou uma piada de péssimo gosto

A viagem de Bolsonaro a Moscou não fez apenas Fachin revelar as contradições dos discursos vazios do TSE; 
a própria mídia enlouqueceu de vez e, em sua histeria patética, resolveu rebater “memes”, refutar piadas nas redes sociais! 
Bolsonaro não impediu a terceira guerra mundial, disseram as agências de “checagem de fatos”; 
 Putin não gravou vídeo agradecendo a nosso presidente pela paz, constatou O Globo
Só faltou explicar que a imagem de Bolsonaro em cima de uma onça ao lado de Putin em cima de um urso era montagem, e não real.
 
Antes da chegada de Bolsonaro, jornalistas como Vera Magalhães e Ancelmo Goes, que teve laços com a KGB no passado, especularam que nosso presidente ficaria afastado por metros de Putin, como aconteceu com Macron e o chanceler alemão. 
Bolsonaro ficou lado a lado do presidente russo, para desespero da turma. Em um veículo de comunicação, chegaram a alegar que o motivo da viagem era reforçar a “masculinidade tóxica” perante o público. Nossa imprensa em geral virou uma piada de péssimo gosto!

Tudo isso seria apenas motivo de gargalhadas se essa gente não tivesse poder e influência. No caso da imprensa, cada vez menos, pois o público percebe e a credibilidade despenca. Mas o papel da mídia é outro: é dar um verniz de seriedade e institucionalidade ao papelão supremo. E esses ministros, sim, possuem bastante poder. Poder até demais! E que, se utilizado de forma abusiva e arbitrária, pode colocar em risco nossa democracia. Aquela que essa patota diz lutar para salvar das ameaças autoritárias, ignorando que a maior de todas vem de dentro, dos mesmos que se vendem como seus protetores.

Ver o STF transformado num partido de oposição, que persegue bolsonaristas por um lado enquanto solta e torna elegível com manobras ridículas o ladrão do PT por outro, ilustra com perfeição como estamos distantes de nos tornarmos um país sério. São figuras liliputianas, anões morais que ocupam cargos demasiado importantes. Neste ano eleitoral, essa turminha parece disposta a tudo para impedir a reeleição de Bolsonaro. Hackers russos são a nossa última preocupação nesse momento…

Leia também “Os limites democráticos”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Algumas INUTILIDADES e NULIDADES que só ocorrem no Brasil, especialmente em Brasília

1 - Guerra Banco do Brasil x Caixa Econômica Federal

Por razões que só os geniais administradores dos dois bancos conhecem, a Caixa Econômica Federal  não aceita que as lotéricas recebam qualquer tipo de pagamento - da aposta nas loterias a outros pagamentos - efetuado com cartão de débito do Banco do Brasil.
Além do valor debitado cair na hora na conta da CEF,tem o fato de que qualquer boteco aceita receber pagamentos cartão de débito do BB. 

2 - Ibaneis conspira contra reservas florestais.

Desde alguns anos é público e notório a existência de uma invasão conhecida como 26 de setembro, acampamento  Santa Luzia ou algo assim, que está situada a algumas centenas de metros da reserva ambiental FLONA = Floresta Nacional.  
Algo impensável e que não pode permanecer ali - caso permaneça,  há o risco dos gringos, que tanto se preocupam com as florestas brasileiras, invadirem o Brasil para tratorar a invasão. 
 
Sabem o que o Ibaneis fez: mandou construir vários prédios de apartamento na dita cuja invasão para distribuição aos invasores ainda abrigados em condições precárias. 
Nos parece que ocupando os apartamento o 'competente' governador criará dificuldades aos gringos que tentarem invadir a invasão.
A propósito governador: e o DETRAN-DF sempre seguindo a máxima = pior do que ontem e melhor do que amanhã. 
 
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domingo, 24 de outubro de 2021

O MST é um caso de polícia - Augusto Nunes

Revista Oeste

Só o PT consegue enxergar um movimento social no bando de estupradores do direito de propriedade 

Nascido em 25 de dezembro de 1953 na cidade gaúcha de Lagoa Vermelha, João Pedro Stedile [mais conhecido como general da banda, já que apesar de sua notória incompetência estratégica, o indigitado foi promovido pelo ladrão petista ao posto de general.
Foi também o ladrão petista que denominou a quadrilha de marginais comandada por Stédile, de 'exército do Stedile'.] formou-se em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, fez um curso de pós-graduação na Universidade Autônoma do México e decidiu esquecer que era economista
Nunca exerceu a profissão, nem arranjou algum emprego em outro campo do conhecimento humano. Ninguém sabe, nem ele conta, como sobreviveu até 1984, quando ajudou a fundar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, vulgo MST. Já tinha mais de 30 anos ao descobrir o duplo ofício que lhe garantiria notoriedade e vida mansa nos 38 seguintes: rufião de lavrador sem onde cair morto e especialista em invasão de propriedade alheia.
 
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra | Foto: Júlia Dolce/FlickrMST
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - Foto: Júlia Dolce/FlickrMST
 

O descendente de imigrantes italianos inconformado com a existência de agricultores sem escritura é a camuflagem de mais um órfão inconsolável da União Soviética soterrado nos destroços do Muro de Berlim. Em entrevistas a publicações burguesas e encontros com papas que acreditam em anjos com sexo, o líder do MST jura que persegue exclusivamente a reforma agrária. Some-se o que seus liderados fazem ao que ele próprio diz em palanques ou no mundo das barracas de lona preta e se verá o personagem sem revisão, sem retoques nem botox. O Stedile como Stedile é escancara o comunista irredutível que estupra sem hesitação qualquer norma legal, de preferência uma cláusula pétrea da Constituição.

Sumido do universo rural desde o dia da posse de Jair Bolsonaro, o MST resolveu ressuscitar na semana passada — e no coração do poder. Foi exumado da cova rasa por 60 arruaceiros que invadiram a casa em Brasília que abriga as sedes da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho). O bando apedrejou o imóvel, pichou o muro e sujou paredes com inscrições insultuosas ao presidente da República em particular e a empresários do agronegócio em geral. Os desordeiros caíram fora antes que a polícia chegasse ao local do crime e pudesse cumprir seu dever. A paternidade da patifaria foi assumida pela Via Campesina, consórcio formado por velharias ideológicas que chamam agricultor de “camponês” e funcionário público de “pequeno-burguês”.

Segundo o comunicado divulgado no site do MST, a “ação simbólica” fez parte de uma certa Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome”. Participaram do ato quase 30 entidades. Portanto, cada patrocinadora enviou, em média, dois representantes. Sobraram siglas, faltou gente. Mas, a julgar pelo palavrório, os sem-terra não pretendem regressar voluntariamente à sepultura que começou a ser povoada no fim do governo do PT, quando secou a torneira de adjutórios que financiavam toda a gastança do MST, do salário do chefe à cesta básica dos chefiados, das procissões no acostamento às revoadas de Stedile pelo subcontinente sul-americano. [recomendamos ler: Terrorismo - a insistência da esquerda em atacar quem alimenta o mundo ... e/ou 

 Reforma agrária finalmente anda, mas agricultores denunciam que o MST é contra...]

“A ação, que contou com a participação de 200 camponeses e camponesas, denunciou o protagonismo que o agronegócio cumpre no crescimento da fome, da miséria e no aumento do preço dos alimentos no Brasil”, irritou-se num trecho o redator do palavrório. “Neste ano, o agronegócio, com a produção de soja, milho e cana-de-açúcar, está batendo recordes de exportação e lucros.” Mas isso tem cara de notícia boa, precipitam-se os ansiosos. Nada disso, ensina Marco Baratto, um dos “coordenadores” do MST que ajudam Stedile a evitar elevações de temperatura num clube de baderneiros. Baratto explica que o que parece boa notícia, vista de perto, não passa de informação desoladora.

Aos ouvidos dos reformadores agrários, então, o que soaria como notícia a celebrar com bandas e fanfarras? “O controle popular dos meios de produção”, recita o apóstolo do minifúndio e da agricultura familiar. Depois da mais extensa quarentena, Stedile e seus oficiais graduados imaginam que as margens das rodovias logo estarão congestionadas por caminhantes de camisa vermelha. Mas a indigência da ofensiva em Brasília reforça a suspeita de que, durante a pandemia, o vírus chinês encomendou um surto de raquitismo para ampliar os estragos causados a um exército que já foi temido.

Nos idos de março de 2006, 2.000 mulheres filiadas ao MST desembarcaram da imensidão de ônibus que ainda manobravam nas imediações da Fazenda Barba Negra berrando a palavra de ordem: “Vamos acabar com essa multinacional”. Ainda que pertencesse a estrangeiros, a fazenda no município gaúcho de Barra do Ribeiro estaria protegida pela Constituição. Mas a proprietária a Aracruz, uma das maiores produtoras de celulose do mundoera uma empresa brasileira. Mais: os empregos diretos passavam de 10.000, o laboratório admirado pelas experiências de ponta funcionava havia 20 anos, o horto florestal era um orgulho regional e o viveiro abrigava milhões de mudas de eucalipto. Nada escapou da destruição. O país que pensa e presta contemplou com horror aquele monumento virtual à insensibilidade e à violência. João Pedro Stedile gostou. Num seminário em Porto Alegre, celebrou “a bravura das companheiras camponesas” ao lado de Miguel Rossetto, ministro da Reforma Agrária de Lula.

O exército do Stedile foi desde sempre uma tapeação forjada para silenciar  poltrões

Como as ideias e o sotaque, também a fachada de Stedile não muda. A expressão funde a melancolia resignada de quem carrega no cangote todos os problemas do mundo e a soberba de quem tem soluções para todos — e para tudo. A tentativa de sorrir resulta num esgar que combina com os cabelos grisalhos em queda livre, a barba rala e esbranquiçada, o olhar insolente, a ausência do bronzeado que escurece o rosto exposto ao sol, as mãos desprovidas das calosidades que não poupam lavradores.
A contemplação de Stedile adverte: eis aí alguém que, se fosse instado a pegar no cabo do guatambu, reagiria como se tivesse ouvido um insulto obsceno. Se nunca empunhou uma enxada, como saber de que madeira é feito o cabo? 
Bom para ele nem ensaiar o manuseio de uma foice. Pode entrar para a história como o primeiro revolucionário a decepar a própria cabeça.
 
Bolsonaro nem precisou passar da teoria à prática para que os devotos de Stedile sossegassem. Bastou o fim das relações promíscuas para que os convivas compreendessem o recado: a festa acabara. 
Ainda não se sabe de onde vem o dinheiro que sustenta o rebanho, quanto o sinuelo consome a cada mês, quem financia tão frequentes andanças. 
Mas ninguém mais duvida que o exército do Stedile foi desde sempre uma tapeação forjada para silenciar poltrões.                                                      A constatação facilitou o entendimento do triplo recado. Polícia assusta. Ações judiciais inibem. E cadeia cura.

Leia também “O Circo Brasil Vermelho”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Após derrota na Câmara, Bolsonaro diz que resultado das eleições não será confiável - O Estado de S. Paulo

Presidente afirma ter ficado 'feliz' com placar 'dividido' que rejeitou voto impresso 

Um dia após ser derrotado em votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em xeque a segurança das eleições de 2022, sob o argumento de que o resultado da votação de ontem indicaria desconfiança de parte do parlamento sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. “Hoje em dia sinalizamos para uma eleição, não que está dividida, mas que não vai se confiar nos resultados da apuração'', disse o presidente a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira, 11. [o VOTO AUDITÁVEL foi rejeitado - ainda que tivesse sido aprovado, o senador Pacheco sentaria em cima, cuidando para não atender ao principio da anterioridade eleitoral.  A 'derrota' sepulta de vez qualquer ideia de impeachment - provou e comprovou que os  inimigos do presidente = inimigos do Brasil não possuem os 342 votos necessários para que o pedido comece a ser apreciado.]
A PEC do voto impresso foi derrubada pelo plenário da Câmara na noite de terça-feira, 10. Foram 229 favoráveis à proposta e 218 votos contrários, além de uma abstenção e dezenas de ausências. Para que o texto fosse aprovado, seria necessário o apoio de, no mínimo, 308 deputados. A Casa tem 513 deputados, mas o quórum efetivo de ontem, contando com o presidente Arthur Lira (Progressistas-AL), foi de 449 deputados. [o VOTO AUDITÁVEL pode voltar ao debate - afinal acoplar uma impressora à urna eletrônica é um procedimento que não altera o processo eleitoral = pode ser decidido mediante legislação infraconstitucional - sem PEC - lei ordinário mesmo ou talvez Resolução. 
Agora é essencial que o presidente Bolsonaro e seus apoiadores sepultem a denominação VOTO IMPRESSO. 
Todos sabem que tal denominação nada tem a ver com as antigas e  mal faladas CÉDULAS DE PAPEL, só que é fácil que pessoas de má fé associem o VOTO IMPRESSO àquelas cédulas. VOTO AUDITÁVEL, VOTO VERIFICÁVEL ou REGISTRO DO VOTO impedem qualquer associação.]

Bolsonaro, contudo, se disse “feliz” com o parlamento brasileiro, pois entende que foi uma votação “dividida” e que muitos deputados não puderam expressar, de fato, seus posicionamentos e dúvidas sobre o sistema eleitoral, porque "foram chantageados". Segundo o presidente, entre os votos que foram contra o voto impresso, “muita gente votou preocupada”, descontados os votos do “PT, PCdoB e PSOL, que para eles é melhor o voto eletrônico”. Na análise do chefe do Executivo, ainda, as abstenções, numa votação virtual, expressam o medo de retaliação por parte das legendas.

“Metade do parlamento que votou sim ontem quer eleições limpas; outra metade, não é que não queira, ficou preocupada em ser retaliada”, pontuou. Bolsonaro afirmou que o resultado teria mostrado que “a maioria da população está conosco, está com a verdade”.

O presidente agradeceu ao parlamento, que, segundo ele, “deu um grande recado ao Brasil”, e projetou maior apoio à implementação do voto impresso no futuro. Para o chefe do Executivo, o resultado indica que metade do Legislativo, “não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE”. Após a votação, o presidente da Câmara fez um apelo para que os envolvidos no debate sobre o sistema eleitoral adotem tom moderado. Bolsonaro havia se comprometido a aceitar a decisão dos parlamentares, mas na segunda-feira (9) afirmou que “há outros mecanismos para a gente colaborar para que não haja suspeitas”, em conversa com apoiadores em seu retorno ao Palácio da Alvorada.

Mesmo com a derrota, o chefe do Executivo voltou a apresentar a tese de que um grupo de hackers, ou um hacker, teve acesso às chaves criptografadas das urnas eletrônicas e acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de acobertar a invasão. “Se nós vivemos numa democracia e é difícil lutar enquanto tem liberdade, quando vocês [população] perderem a liberdade, vai ser difícil lutar”.

O TSE já comprovou que não houve nenhum tipo de invasão aos dados das urnas ou manipulação de resultados. A respeito de suposto ataque hacker, o tribunal também esclareceu que o acesso ao código-fonte do sistema é disponibilizado a qualquer pessoa que solicitar. Bolsonaro ainda disse aos apoiadores: “Eu perguntaria, agora aqueles que estão trabalhando por interesses pessoais, não são interesses do Brasil, se eles querem enfrentar uma eleição do ano que vem com a mácula da desconfiança, que não é de agora. E eu tenho a certeza que esse pessoal que votou ontem, cada vez mais, teremos mais gente a nosso favor.”

Política - O Estado de S. Paulo 


domingo, 29 de novembro de 2020

Ódio do BEM - Percival Puggina

No século passado, houve um longo tempo em que o comunismo e o respectivo cortejo de males só pela força bruta conseguia espaço para instalar suas estruturas de poder. Sacrificava vidas muitas vidas, milhões de vidas! – e depois, neutralizava, também pela força, os remanescentes. Foi o período de triunfante expansão territorial dos totalitarismos, dos quais sobrou o comunismo, embora também ele tenha sido forçado a reconhecer seus fracassos ao som surdo das marretadas com que a população da Alemanha Oriental abriu passagem no Muro de Berlim.

A perda de validade das profecias comunistas de Marx não foi admitida pelos movimentos revolucionários em muitas nações periféricas. Na América Ibérica esses grupos se reuniram no Foro de São Paulo. O muro caíra em novembro de 1989 e em julho de 1990, apenas oito meses depois, esse colegiado se reunia na capital paulista, mobilizado por Lula e Fidel Castro. Ali secaram as lágrimas pelas perdas europeias e, numa operação quase hospitalar, ligaram as finadas profecias marxistas aos aparelhos partidários da esquerda do continente. Dada a natureza dos grupos que se coligaram, boa parte dos quais remanescentes da luta armada revolucionária, era preservado, in vitro, o ânimo belicoso que vê a política como luta que só se resolve com a total submissão do antagonista.

É essa a ideia presente no conceito de luta de classe. Ela só tem solução com a supremacia de uma classe sobre a outra. E tudo ganha agilidade na direção da hegemonia se novas classes forem se organizando mediante atração de “minorias” para a luta política. Eu vi isso acontecer e apontei nas mesas de muitos debates, no final dos anos 80.

Bem antes, porém, escrevia Mario Ferreira dos Santos. Ele é considerado, inclusive por Olavo de Carvalho, como o maior filósofo brasileiro. Filósofo de fato, de pensamento autônomo, autodidata, autor de dezenas de obras de fôlego e relevo, esteve desconhecido do público brasileiro, logo se verá por quê. Um ano antes de sua morte, em 1968, foi publicado pela primeira vez seu livro “A invasão vertical dos bárbaros” que trata da ocupação de uma nação pela destruição de sua cultura por uma cultura inferior. Passados 53 anos, esse fenômeno é um dos principais motivos para reflexão e preocupação dos brasileiros, com justificados reflexos na política nacional.

Ao mesmo tempo, os bárbaros locais não dizem dez palavras sem falar em luta. Exceto se querem esconder quem são por conveniência do marketing eleitoral. Herdaram o ânimo belicoso dos tempos da invasão horizontal. Em relação ao que expõem como suas causas, punhos cerrados, eles não as propõem, nem sustentam, nem escrevem, nem alardeiam, nem mobilizam. Eles lutam. A práxis é a luta. A vida é a luta. A frase não sai sem luta. Vem dela o ódio ao adversário. Aprenderam do adorado Che a ver “o ódio como fator de luta”. Não se constrangem, sequer, de torcer escancaradamente para que um inimigo do Brasil vença a eleição nos Estados Unidos se isso fizer mal, também, àqueles a quem odeiam. Só que claro, com a conivência do fã clube midiático, esse é um ódio do bem...

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.

 

terça-feira, 16 de junho de 2020

Esticando a corda – Editorial - O Estado de S. Paulo

Para o general Luiz Eduardo Ramos, o Judiciário estará provocando uma reação militar se entender que houve irregularidade na campanha de Bolsonaro

domingo, 28 de julho de 2019

Competição macabra - Eliane Cantanhêde

 O Estado de S. Paulo

[As vítimas: Moro e procuradores e demais autoridades hackeadas;

O criminoso: verdevaldo, comandante do intercePTação]

Agosto, mês das bruxas na política, vem aí com o País, Moro e Greenwald na fogueira

Ao trocar a condição de juiz pela de ministro da Justiça de Bolsonaro, Sérgio Moro transformou a própria vida num inferno e agora combina, perigosamente, as condições de vítima, suspeito e chefe das investigações sobre o ataque aos celulares de autoridades dos três Poderes da República. A competição é macabra: quem é mais vítima, quem é mais criminoso. oro, PF, MP e governistas descarregam as baterias em Glenn Greenwald, que divulga os diálogos no site The Intercept Brasil, mas miram mesmo é nos responsáveis políticos e estão se aproximando do PT, principalmente com a revelação de que Manuela D’ Ávila (PCdoB), vice de Fernando Haddad (PT) em 2018, foi a intermediária entre hackers e Greenwald.

Já o PT, o PDT, boa parte do Congresso e até ministros do Supremo aumentam a pressão sobre Moro, seja pelo “Lula livre”, por serem eles próprios alvos da Lava Jato ou simplesmente por terem uma visão mais rígida da Justiça, contrária aos métodos da operação. Eles, que já condenam os diálogos vazados entre Moro e Deltan Dallagnol, ganharam munição pesada com três erros formais do ministro: demonstrar que teve acesso a informações sigilosas da Polícia Federal, ao avisar os atingidos; anunciar que o material hackeado seria destruído, o que seria em seu próprio benefícioendurecer o processo de expulsão de estrangeiros justamente no meio da tempestade envolvendo o americano Greenwald. Há justificativas para esses erros. Afinal, é hipocrisia do PT e do PDT considerar “espantoso” Moro ter acesso a dados de investigação da PF, vinculada à Justiça. O ex-ministro José Eduardo Cardozo, do PT, não tinha? Além disso, Moro diz que não viu a lista nem os diálogos hackeados, só soube das principais autoridades atingidas e cumpriu seu dever de avisá-las, a começar do presidente da República.

Ao falar em destruição das conversas, a sensação que passou foi de que ele está louco para incinerar seus próprios diálogos, quando era juiz e ícone da Lava Jato. Como a PF tratou de corrigir, só a Justiça pode destruir material que possa servir de prova em processos. Em favor de Moro, pode ter sido só um escorregão, uma fala impensada. 
[há espaço para prosperar o entendimento de que o material que serve como prova é o que foi divulgado pelo intercePTação, o material arquivado nos celulares haqueados ou nos servidores do Telegram, não constitui prova, visto nada sustentar qualquer interpretação de que sejam produto de crime.
- Periciar os celulares para constatar a invasão - a publicação como 'conversas' entre os donos dos celulares, já constitui prova indiscutível dos crimes de invasão, formação de quadrilha, receptação entre outros delitos  - portanto, independe da preservação das conversas - exceto se os celulares tiverem sido apreendidos como prova e no caso colocados sob uma cadeia de custódia - não tendo sido apreendidos podem ser usados a vontade por seus donos, inclusive para deletar qualquer conteúdo;
periciar o material eventualmente entregue pelos hackers ao intercept, depende da perícia do meio de transmissão do material dos invasores até os receptadores. ] 

Quanto ao processo contra estrangeiros, a primeira reação foi fortemente negativa, no pressuposto de que visaria a deportação de Greenwald, o, digamos, algoz do ministro. Mas, como Moro diz, e comprova com os termos da decisão, ela não tem nada a ver com o americano, que, segundo ele, “nem é investigado”. Os alvos, alega, são os suspeitos de terrorismo e de tráfico de drogas. Mas podia ficar para depois, ministro. Evitaria mais lenha na fogueira. [parar um endurecimento de uma legislação apenas para evitar que um estrangeiro seja  considerado, devido uma interpretação equivocada, alvo da mesma, chega a ser ridículo.]

O fato é que o Brasil não está dividido só entre direita e esquerda, mas entre os que querem crucificar Moro e os que tentam trucidar Greenwald e chegar ao PT. Quem não pretende nem uma coisa nem outra, só quer a verdade, deve ver, ouvir, ler e refletir sobre tudo com muita atenção. Por trás de cada grupo, há interesses e intenções muitas vezes políticas, outras tantas ainda mais complexas. Como fato, a oposição a Moro está a mil por hora. No Congresso, alvos da Lava Jato ou amigos de Lula armam a convocação do ministro para depor e há quem fale até em CPI. No Supremo, os “garantistas” avessos aos métodos do juiz Moro e agora críticos às ações do ministro Moro têm um instrumento à mão: o pedido de suspeição dele em processos contra Lula. Agosto vem aí fervendo.

O Planalto, que mantinha prudente distância até ontem, quando Bolsonaro previu “cana” para Greenwald, defende enquadrar os hackers na Lei de Segurança Nacional, ou seja, tratá-los como terroristas e espiões que ameaçam a República. Eles, porém, são peixes miúdos nessa guerra. [o assunto envolve a Segurança Nacional e a punição adequada a todos os culpados, inclusive o crime de receptação.]
 Eliane Cantanhêde, jornalista  - O Estado de S. Paulo

 

A segunda facada - O Globo - Ascânio Seleme


Que país incrível esse Brasil
 
Quando você acha que já viu tudo, aparece uma gangue pé de chinelo invadindo celulares de juízes, procuradores, deputados, senadores, ministros de Estado e até do presidente da República, para capturar dados e vendê-los no mercado obscuro da contrainformação.  Enquanto nos Estados Unidos operações dessa natureza são objeto de sofisticadíssimos esquemas de espionagem, algumas vezes operados desde Moscou, os quadrilheiros brasileiros operavam em um fundo de quintal em Araraquara

O resultado dessa invasão, que terminou em lambança e domina o noticiário há mais de um mês, paradoxalmente pode servir a Bolsonaro como uma segunda facada. O efeito do hackeamento sem paralelo nos celulares de autoridades ocorre no pior momento pessoal de Bolsonaro. As bobagens que vinha construindo com palavras e atos, como a ofensa aos nordestinos, a indicação do filho para a embaixada de Washington, a declaração sobre a fome e o ataque à Míriam Leitão, podem acabar lavadas e enxaguadas da memória pelo episódio. 

Com a facada de Adélio Bispo, Bolsonaro ganhou a eleição de 2018. Com a “facada” desferida agora pelos hackers de Araraquara, ao presidente foi dada a chance de recuperar parte do prestígio perdido ao longo dos seis primeiros meses de governo, período em que produziu mais barulho e fumaça do que conteúdo de qualidade em que pudessem se agarrar aqueles que votaram nele para impedir a volta do PT ao Planalto. É muito cedo ainda para dizer aonde vai dar a investigação deste caso, mas neste momento Bolsonaro se transforma mais uma vez em vítima. 

Segundo o hacker Walter Delgatti Neto, ele foi obtendo os números de celulares à medida que ia invadindo contas do Telegram. Curioso é ter chegado ao jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, através dos telefones do ex-governador Pezão e da ex-presidente Dilma, aliados do ex-presidente Lula, que deveria ser o maior beneficiário do vazamento. Foi por aí que ele alcançou a ex-deputada Manuela D’Ávila, a quem disse ter procurado para contatar Greenwald. As investigações, que ainda engatinham, vão explicar melhor o depoimento de Delgatti e se ele de fato repassou de graça o pacote de dados do Telegram de Deltan Dallagnol para o site, como declarou à PF.

Parece encomenda política, tem cara de encomenda, uma vez que Delgatti não tem perfil de quem faz ação de natureza política. Ao contrário, ele responde por crimes de estelionato, furto qualificado, apropriação indébita e tráfico de drogas. Mas pode muito bem ter sido uma simples picaretagem de estelionatário. Mesmo assim, os efeitos favoráveis a Bolsonaro já estão plantados. Colateralmente, Moro também ganha, já que o foco passou para os criminosos de colarinho sujo. E perdem Lula e PT. 

Nenhuma dúvida de que a ação dos hackers foi um atentado às instituições. Mas tampouco se pode negar que o escândalo acabou sendo um achado par
a Bolsonaro. Ao lado do benefício político causado pela sua vitimização, a de Moro e a de seu governo, o presidente colhe os louros pela reforma da Previdência, embora não tenha se empenhado por ela, e pela liberação de recursos do FGTS, apesar do limite de R$ 500. Tem ainda a seu favor o melhor resultado na criação de empregos desde 2014 e a recuperação de mais meio bilhão de reais desviados da Petrobras. 

Mesmo tendo usado um cocar na quinta-feira, o que em Brasília é tido como um sinal de azar na política, Bolsonaro parece pronto para surfar uma onda de sorte. Resta saber até onde vai a investigação sobre os hackers e se a Polícia Federal vai de fato cumprir seu papel republicanamente. Qualquer erro na condução desse inquérito que resulte em parecer estar a serviço de Bolsonaro ou de Moro, e contra o PT, pode ser uma bomba atômica na reputação presidencial. E, claro, é preciso esperar um pouco para ver se Bolsonaro não vai queimar rapidamente esse capital acumulado com mais algumas das suas. 

Uma pergunta
Por que pessoas que operavam no mercado sofisticado de bitcoin guardavam quase R$ 100 mil em dinheiro vivo dentro de um armário? Não existe a menor possibilidade de alguém comprar a moeda digital mandando reais pelos Correios. Carregar malas de dinheiro pra lá e pra cá, transportar dólares escondidos na cueca e guardar cédulas em caixas dentro de casa é mais parecido com coisa da história recente da corrupção nacional.


(...)


Faltou apuração
Durante a cerimônia no Palácio do Planalto na terça passada, um ajudante de ordens se aproximou do presidente Bolsonaro enquanto o ministro Paulo Guedes discursava. Cochichou alguma coisa no ouvido do presidente, que abriu a boca e arregalou os olhos com ar abismado . Em seguida pegou o celular que o ajudante trazia na mão e falou com alguém por uns 30 segundos. Terminada a ligação, devolveu o celular para o ajudante de ordens, que se retirou. Bolsonaro ficou uns dez segundos refletindo, com olhar ausente. Em seguida falou alguma coisa baixinho para o vice-presidente, Hamilton Mourão, que fez cara de espanto. O que foi? Pode ter sido o momento em que soube que fora hackeado? Pode, mas não dá para garantir. A TV mostrou a imagem. E ficou nisso, ninguém reportou o susto que deixou lívido o presidente.


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Decepção no Uruguai Uma mulher voltou do Uruguai, na sexta, absolutamente desapontada. Foi a uma loja especializada comprar um baseado legal para fumar com o marido. Pediram a ela documento de identidade local. Ela não tinha porque é fluminense de Niterói. Disseram então que se tivesse um amigo uruguaio ele poderia comprar o produto. Ela levou um amigo, mas ele não estava cadastrado na loja. Ficaram todos de cara. Segundo a brasileira desiludida, a liberação da maconha no Uruguai “foi uma enganação do nosso Mujica”. Rsrs. 

Ascânio Seleme, jornalista - O Globo


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Para OAB, prova pericial para condenar hackers pode prejudicar Moro no STF - Veja

Supremo ainda vai julgar suspeição do ex-ministro na condenação de Lula


Para eventual condenação dos acusados de terem hackeado os aparelhos do ministro Sérgio Moro, e de cerca de centenas de outras autoridades, será necessária a produção da prova pericial. Ou seja, no caso de Moro, que fique demonstrado que conteúdo é efetivamente verdadeiro. Se aqueles diálogos revelados pelo The Intercept oficialmente procedem.


Mas essa comprovação pericial da invasão pode ser prejudicial para Moro no STF, que ainda vai julgar o pedido de suspeição da defesa do ex-presidente Lula, que o acusa de ter sido parcial na condução do processo quando juiz federal em Curitiba.
Essa é a opinião do advogado Breno Melaragno Costa, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB.
“Se comprovada a veracidade da conversa, teremos dois reflexos: a incriminação dos hackeadores e o outra consequência é como os tribunais superiores, em especial o STF, vai lidar com a questão da suspeição do juiz. Há diálogos ali que podem levar a crer que houve um aconselhamento do então juiz (Moro) ao Ministério Público. Se assim for compreendido, pode até levar a nulidade de processos. O Judiciário vai ter que decidir” – explicou Breno Melaragno ao Radar.

[para começo da conversa, o conteúdo das supostas conversas -  comprovada mediante perícia,  a invasão  - tem, como prova,  valor zero = foi resultado de uma invasão, ato criminoso, o que torna as provas ilícitas;

anulado, por mandamento constitucional o valor ZERO  das provas obtidas mediante crime = invasão de privacidade, furto, etc =  resta saber, por mera curiosidade,  já que não se tratam de provas - devido  a Constituição proibir que sejam anexadas ao processo, analisar a autenticidade. 

Comprovado que houve a invasão e a subtração criminosa do material arquivado, resta saber se apenas algumas conversas esparsas, autênticas (com diálogos reconhecidos por alguns dos interlocutores) foram entregues ao intercePT, para dar aos incautos a impressão de ser o material verdadeiro e as que tentam deixar a impressão que são diálogos de Moro com os procurados, foram elaboradas pelos hackers e seus assessores para parecer verdade - a forma de divulgação delas, sem nenhum printer da nenhuma conversa de/com  Moro, deixa a certeza que foram inseridas no pacote.

Quanto a eventual decretação da nulidade de processos  é um sonho dourado de todos que são inimigos de Moro, dos procuradores, de Bolsonaro e do Brasil - e que logo ao acordarem verão que nada mudou. O processo condenando o maior ladrão do Brasil, ex-presidente e atualmente o presidiário Lula da Silva, continua firme, forte e como diria o ex-ministro Magri 'imexível'.

Lembrando sempre que as conversas por serem produto de roubo, de crime, ilícitas só podem servir de prova contra os autores do crime e eventuais receptadores.]
 
Publicado em VEJA, edição nº 2645, de 31 de julho de 2019,
 Veja

 

domingo, 20 de março de 2016

ALERTA: Milícias começam a se instalar no Distrito Federal, apontam investigações

De forma embrionária, segundo o Ministério Público, essas associações cobram taxas de moradores para pagamento de advogados e controlam chegada de serviços. 

A Polícia Civil instaurou 181 inquéritos por parcelamento irregular no DF em 2015

Líderes de invasões no Distrito Federal estão criando um sistema de organização paralela ao Estado. Investigações apontam “embriões de milícias” dentro da capital do país. Em muitos desses locais, nem mesmo o poder público pode entrar. O controle vai desde o que chega via postal até o pagamento de taxas, seja para a contratação de advogado a fim de regularizar o espaço, seja para manter a ligação clandestina de serviços como água, luz e tevê por assinatura. O controle de acesso de entrada à invasão também é comum. Os moradores que não se submetem às regras impostas sofrem ameaça de perder o lote e podem ter as casas invadidas.
No Condomínio Mestre D’Armas II, em Planaltina, moradores reclamam de pagamento de taxas. Mesmo insatisfeitos, todos têm medo de falar. Foram instruídos a consultar o líder, de nome Vanderley Rodrigues, antes de darem qualquer declaração ao poder público ou à imprensa. Ao passar o número, eles informam que Vanderley atende apenas pelo WhatsApp e nem todos da comunidade têm o contato. Os que possuem informam com desconfiança — e somente após intenso questionamento sobre qual assunto será conversado. A liderança de Vanderley no local o levou a sair candidato a deputado distrital pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC) nas eleições de 2014 — recebeu 1.365 votos (0,09% dos votos válidos) e ficou na posição 215º. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Um dos moradores — que terá a identidade preservada para evitar retaliações contou que a comunidade arca com taxas para Vanderley. Segundo ele, a justificativa da cobrança se dá, principalmente, para o pagamento de honorários a advogados que trabalham pela regularização do condomínio. O último recolhimento, feito no início do ano, foi de R$ 300, parcelado em três vezes de R$ 100. “O que escutamos foi que quem não desse o dinheiro tinha que sair. Por isso, eu dei.”

Ele comenta ainda que, quando puxaram a água da Companhia de Saneamento do DF (Caesb) para o condomínio, cada família contribuiu com R$ 100 para a compra de material. Além disso, os vizinhos tinham que ajudar na ligação clandestina. Para ele, é mais vantajoso pagar para o líder da região do que ter a despesa de um aluguel em um espaço regularizado. “Pelo menos, aqui é nosso”, analisa.

Fonte: Correio Braziliense