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sábado, 27 de abril de 2019

Lula usa entrevista para tentar se aproximar de Mourão

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Trapalhadas em família


Bolsonaro se deixa dominar pelos filhos, que atacam integrantes do governo, como o vice-presidente, e assumem poderes que não têm

O último surto dos filhos do presidente mostra, uma vez mais, a situação bizarra em que o Brasil se encontra. Um vereador do Rio fica dando ordens de bom comportamento ao vice-presidente da República. A família do governante se comporta como se o país tivesse escolhido, nas urnas, o clã inteiro para governar. O presidente não consegue ter a mínima autoridade em sua própria casa e aparece como um joguete na mão dos filhos.

Quando era perguntado sobre por que demonstrava pensamentos diferentes dos do então presidente João Figueiredo, Aureliano Chaves costumava responder: “não sou demissível ad nutum”. Esse é o ponto que inquieta os filhos do presidente. O vice-presidente, Hamilton Mourão, foi eleito, tanto quanto Bolsonaro, e tem suas próprias ideias. Não há razão alguma para que não possa tê-las, até porque na democracia a diversidade sempre foi melhor que a ordem unida.

Mourão não apareceu na vida nacional por ser um disciplinado soldado.
Pelo contrário, exatamente por expor suas ideias — de admiração pelo regime militar o general Mourão foi duas vezes punido antes de ir para a reserva. As suas indisciplinas, aliás, não foram piores que as do capitão Jair Bolsonaro, que acabou preso por 15 dias por desafiar superiores. Portanto, que não se peça agora a Mourão que apenas bata continência, seja um soldado de Bolsonaro. Goste-se ou não, ele tem um mandato.

Já os filhos do presidente não têm mandato para dar ordens na administração da República. Carlos foi eleito vereador, pode cuidar dos inúmeros problemas da cidade do Rio. Eduardo, seu irmão mais novo, foi eleito deputado federal e tem um mandato a exercer na Câmara. Os dois ontem estavam no Twitter se revezando em críticas a Mourão. Eduardo, a propósito, também não é — é bom lembrá-lo disso —o ministro das Relações Exteriores. O cargo está mal ocupado, é verdade, mas isso não dá ao filho número três a liberdade de assumir o comando da política externa. Flávio, o primogênito, atingido por um escândalo na largada, que ainda não explicou, ficou mais quieto inicialmente. Mas já apresentou uma ideia completamente sem sentido de acabar com a reserva legal nas propriedades rurais. Como senador, ele deveria ter a responsabilidade de estudar, por alto que seja, os assuntos sobre os quais quer fazer algum projeto. [a bagunça, até mesmo a indisciplina, protagonizada pelos filhos do presidente Bolsonaro, até que é administrável.
 
Basta o presidente decidir  levar a sério o exercício do cargo para o qual ELE, PESSOALMENTE, foi eleito, chamar os 'pimpolhos' e dizer para o Carlos:
- vc foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro, é seu DEVER, sua OBRIGAÇÃO, estar lá, exercendo seu mandato, sua ausência continuada, sua desídia com o mandato que o povo lhe concedeu, pode até justificar sua cassação;
 
Já para o senador Flávio lembrar que ele não é assessor do presidente da República, não é ministro - se Bolsonaro o quisesse exercendo um desses cargos o teria nomeado - foi eleito para SER SENADOR e tem o DEVER, a OBRIGAÇÃO de bem e fielmente cumprir seu mandato, ou a ele renunciar e pedir que o pai o nomeie ministro ou equivalente;
 
Para o Eduardo, lembrar que apesar da grande votação, foi eleito DEPUTADO FEDERAL e tem o DEVER, a OBRIGAÇÃO de exercer o mandato que lhe foi conferido na Câmara Federal. Caso não queira ser deputado, sugerir o mesmo que sugeriu para o senador Flávio.
 
Após explicar, de forma didática e séria, as funções públicas para as quais foram nomeados e TEM O DEVER DE EXERCÊ-LAS, BEM E FIELMENTE, o presidente pode então informar aos dignos filhos que caso algum deles queira falar com o Bolsonaro, o pai, devem promover tal conversa sem invadir reuniões (não consta que algum deles tenha invadido uma reunião de Bolsonaro com ministro, com o vice-presidente, ou outra autoridade) e conversar pessoal e reservadamente com o pai - sem sair alardeando antes ou após a reunião o tema da mesma.
 
Se o assunto tratado for de caráter oficial, qualquer manifestação pública sobre o conversado fica ao exclusivo  critério da autoridade maior - o presidente da República - e deverá ser feita pelo porta voz do presidente.
 
Essas simples medidas bastam para enquadrar os filhos do presidente, deixar claro que eles o óbvio =  quem foi eleito presidente da República foi o JAIR BOLSONARO = e assim não podem, nem devem, interferir no governo do presidente Jair Bolsonaro.
 
Ao mesmo tempo, Bolsonaro - o pai extremoso - deixa um canal aberto para os filhos, de forma reservada, desfrutarem do amor paternal e oferecerem o amor filial ao pai.
 
ACABOU A ENCRENCA.] 
 
Mas mais do que terem mau desempenho como parlamentares, os três filhos do presidente criam dificuldades para o país atacando integrantes do governo do pai. Uma frente de constrangimento vem do autodenominado filósofo Olavo de Carvalho, a quem Carlos e Eduardo, e o próprio presidente, prestam uma patética vassalagem. Os ataques que, dos Estados Unidos, ele dispara contra pessoas como o ministro Santos Cruz, ou o próprio vice-presidente, não teriam a mais remota relevância. Têm destaque quando o presidente posta em rede social uma entrevista na qual ele mistura seus costumeiros palavrões, pensamentos rasteiros, com críticas a integrantes do governo.
 
[outra aberração, ou fantasma,  que atrapalha o Governo Bolsonaro é uma figura chamada Olavo Carvalho e que até agora não teve nenhuma utilidade ao governo do capitão; 

o que ele tem feito é semear a desarmonia, a cizânia, fazer comentários que não são da sua alçada, tuitar asneiras, ofender pessoas de bem;
tal individuo vive há décadas longe do Brasil, homiziado nos Estados Unidos, e que se dependesse do tal Olavo para obter votos, Bolsonaro não teria chegado sequer aos 100.000 votos.
 
Se o tal Olavo resolver privilegiar o Brasil e o Governo Bolsonaro com sua ausência, em no máximo uma semana será lembrado por, no máximo, meia centena alienados. Seus comentários, seus palpites, suas sugestões, não servem para nada e só atrapalham o Brasil.
 
Olavo de Carvalho tinha um site - Mídia Sem Máscara - que parece foi desativado, o que lamentamos já que ele poderia usar aquele domínio para veicular suas encrencas e provocações,  sem sentido e/ou necessidade e sem forçar audiência.
 
Aliás, ele se auto intitula filósofo e são pessoas do seu tipo, do seu comportamento, que fazem com que exista um brocardo (com o qual não concordamos) que diz: "A filosofia é uma ciência tal que com a qual ou sem a qual o mundo continua tal e qual."
 
Presidente Bolsonaro, peça ao filósofo de Virgínia para favorecer com sua ausência e silêncio ao Brasil, ao seu Governo e a todos os brasileiros e as coisas vão melhorar.]
O país está em uma enorme crise. Ela foi em grande parte herdada da última administração, mas o ex-presidente Temer tinha reduzido a dimensão do problema e deixado uma série de boas propostas prontas para serem assumidas pelo governo. [preferimos destacar que o termo 'última administração' se refere ao governo da escarrada ex-presidente Dilma Rousseff, já que o governo Temer só não deixou o Brasil em melhores condições pela sistemática sabotagem promovida pelo ex-procurador-geral da República, o tal Janot - aliás, as denúncias daquele ex-PGR, fundadas em grande parte em delações dos açougueiros de Anapólis, que até a presente data ainda não foram homologadas pelo STF.] Cabia ao presidente Bolsonaro aproveitar o momento de otimismo com a sua eleição e tomar decisões que ajudassem a tirar o país dessa longa estagnação.

A confiança na capacidade do governo Bolsonaro está derretendo entre os agentes econômicos e o mercado financeiro. Sua popularidade está em queda rápida. E isso, na visão dos analistas, tornará mais remota a possibilidade de o governo aprovar as necessárias reformas econômicas. Enquanto o país se preocupa com problemas reais — a alta taxa de desemprego que não cede, as projeções do PIB que desabam, a falta de perspectiva do país, o dólar que volta a rondar a casa de R$ 4,00 — a família presidencial gasta o seu tempo, e a nossa paciência, postando críticas a supostos inimigos do pai, mesmo quando estão dentro do governo, como o vice-presidente Hamilton Mourão. [conveniente lembrar que o vice-presidente Mourão, FOI ELEITO, e é indemissivel.
Mesmo que fosse demissivel, nãda existe que justifique tal medida.
Na campanha o general Mourão, se empolgou e falou algumas coisas que não soaram bem, mas, desde que foi empossado que tem honrado o cargo, inclusive, quando no exercício da Presidência da República.] Há, sinceramente, problemas maiores no país do que eventuais divergências de opinião entre Bolsonaro e seu vice. As trapalhadas dos filhos também seriam vistas como cômicas — que de fato são — se o presidente não fosse tão dominado por seu círculo familiar. Por isso é que um assunto menor passa a ser um problema da política nacional.
 
Míriam Leitão - O Globo
 
 

segunda-feira, 8 de abril de 2019

A conta do sucesso ou do fracasso

Governantes raramente são maestros. Poeticamente, pode-se afirmar que os governos, com certeza, são instrumentos imperfeitos. Afiná-los, parece missão quase impossível. O caso brasileiro é mais grave ainda. Os governos são submetidos à estrutura e modelagem do Estado-Ladrão. Se Freud não explica, Serginho Cabral não deixa qualquer dúvida. Assim, não é fácil lidar com governos cuja ação e resultado são afetados pelo crime, pelo desperdício, pela gastança e pela incompetência. Boa gestão é raridade. Ponto fora da curva. A rotina é o abismo.

Mourão é APLAUDIDO DE PÉ
 
Avaliar o sucesso ou o fracasso de um governo não deveria ser um trabalho simples. Exceto no Brasil, onde o vício da crítica destrutiva costuma falar mais alto. Meter o pau na gestão Bolsonaro é lugar comum para a maioria da mídia extrema. Um Presidente que se rotulou de direita (será que ele realmente é) se torna um alvo fácil de quem, até agora, não aceita sua vitória eleitoral. Parece que a campanha de 2018 ainda não acabou... Parece?... A turma no governo também precisa colaborar para afastar tal impressão...

No evento acadêmico para abordar o Brasil, na Universidade norte-americana de Harvard, ovice-Presidente Antônio Hamilton Mourão, mais uma vez, produziu uma análise correta da situação dos primeiros 100 dias do governo dele e do Bolsonaro: “Se o nosso governo falhar, errar demais –porque todo mundo erra -, mas se errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas. Daí a nossa extrema preocupação”.

O negócio agora é bem diferente daquele “regime militar” que a extrema mídia sempre lembra de esculhambar. O Governo de Bolsonaro e Mourão é um regime que tem militares em vários pontos-chave, mas que chegou ao poder pela legitimidade do voto direto. Talvez, até por isso, os oficiais na ativa e da reserva estejam se atribuindo uma responsabilidade ainda maior com o sucesso da administração.  

O jogo não é fácil. Os militares já sabem que não podem cair na armadilha de acreditar que a tecnoburocracia resolverá os problemas estruturais do Estado e do Governo num passe de mágica com a canetinha do Diário Oficial. Além disso, já descobriram que não se pode demorar para solucionar problemas, porque a paciência do eleitorado é muito curta. Assim, só resta  ao time de Bolsonaro acertar depressa e, acima de tudo, divulgar a comprovação daquilo que realmente melhorou.

A presente guerra de comunicação é mais complexa que a turma de Bolsonaro poderia imaginar e planejar. Por isso, o Presidente já determinou mudanças que podem ser benéficas. O fundamental, no entanto, é ter a clareza de que não adianta criar um esquema de comunicação se o governo não tiver, realmente, resultado verdadeiro para comunicar. Por isso, nas reuniões desta semana, Bolsonaro deverá centrar na cobrança aos ministros. Quem mostrou serviço, fica. Do contrário, sai... Será simples, assim... Não tem outro jeito, nem jeitinho... A máquina e a mídia continuarão jogando contra... A base parlamentar continuará oferecendo dificuldades para negociar facilidades... O Presidente terá de demonstar muito equilíbrio emocional... As “caneladas verbais” devem ser evitadas e dadas só em casos de extrema necessidade...

O mais importante é que os governantes constatem que a conta do sucesso ou do fracasso será paga, de verdade, pelo eleitorado... Por isso, os erros banais podem não ser tão facilmente tolerados e perdoados pela população. Os próximos 100 dias não serão monótonos... É hora de acertar... É hora de apresentar uma agenda de realizações possíveis... Enfim, é hora de governar de verdade, com todo empenho e transparência.

Fragilidade

A Rede Globo é muito competente na hora de fazer oposição.

Seus jornais locais definiram como pauta prioritária explorar o problema do DESEMPREGO.

Descobriram que a dificuldade na retomada da economia é a maior fragilidade do governo Bolsonaro - que poderia amenizar o problema desonerando empresas que contratarem desempregados imediatamente, conforme este Alerta Total já sugeriu em recente artigo...
 
 
 
 
 

domingo, 7 de abril de 2019

Mourão é aplaudido de pé: "Geisel não foi eleito, eu fui"

Vice-presidente diz que Forças Armadas sairão desgastadas se governo 'errar demais'

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, foi aplaudido em pé em Harvard ao responder pergunta sobre o papel dos militares na política brasileira. Em uma pergunta sobre o histórico dos militares no Brasil e uma comparação feita com o general Ernesto Geisel, Mourão rebateu: " O general Geisel não foi eleito, eu fui."

Nessa hora, enquanto a plateia se levantava para aplaudir o vice-presidente, um manifestante gritou "ditadura nunca mais" e foi retirado pelos seguranças do evento. Mourão participa da Brazil Conference, evento organizado pelos alunos brasileiros de Harvard e do MIT. Na plateia, além de alunos e professores de Harvard, estão o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, e o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. 

Ele minimizou o papel dos militares no governo Bolsonaro e disse que os integrantes das Forças Armadas que fazem parte do governo já estavam na reserva quando foram convocados para o Executivo. "O presidente Bolsonaro é mais político do que um militar, mas carrega dentro de si, obviamente, toda formação que nós tivemos", disse Mourão. Ele disse que foi convocado por Bolsonaro na "décima hora" para a vice-presidência. "Positivo, é assim que funciona a coisa", brincou Mourão, sobre aceitar o convite.
"Os companheiros que conheciamos das Forças (Armadas) foram convocados, mas são todos da reserva, estão afastados", disse Mourão. 

O vice-presidente afirmou ainda que se o governo "errar demais", a "conta" irá para as Forças Armadas. "Daí a nossa extrema preocupação e as palavras que o presidente falou no dia 28 de outubro quando fomos eleitos. Ele olhou para mim e disse assim: nós não podemos errar", disse Mourão. 

 

 

sexta-feira, 1 de março de 2019

Venezuela e Cuba

Agentes cubanos vigiam os militares, suas famílias, e ameaçam os dispostos a abandonar Maduro

O vice-presidente Hamilton Mourão atribui a resistência da cúpula das Forças Armadas venezuelanas, entre outros motivos, a uma ação de agentes cubanos que vigiam os militares, suas famílias, e ameaçam os que pareçam dispostos a abandonar o ditador Nicolás Maduro para aderir ao governo de transição de Guaidó. A revelação foi feita em entrevista para a GloboNews na noite de quarta-feira, e dá uma nova dimensão ao apoio que o governo Bolsonaro vem dando ao governo que se anuncia como o substituto legal de Maduro.
Mourão foi o representante brasileiro na reunião do Grupo de Lima que reiterou seu apoio ao governo de transição e rechaçou a possibilidade de uma intervenção militar com o apoio dos Estados Unidos. Mas a negativa de que o território nacional pudesse servir de ponte para uma invasão militar não significa que os militares brasileiros se recusam a ser parceiros dos americanos nessa luta política para derrubar Maduro. O vice-presidente reafirmou a parceria com os Estados Unidos na defesa da democracia e descartou que o petróleo seja a razão por trás da ação dos americanos na Venezuela. Ele chegou a avaliar que o petróleo já não seja um ativo tão poderoso quanto já foi, estando com os dias contados como principal força de energia do planeta. Mourão relacionou questões ambientais e novas energias alternativas como indicadores de que o petróleo já não vale uma guerra. Ainda mais o petróleo venezuelano, que é muito pesado e necessita ser trabalhado por refinarias especiais.

O general Mourão conhece bem a região amazônica, pois, além de ser filho de um natural da região —ele chega a se identificar como índio—, comandou a região militar do Amazonas. Por isso, sua opinião sobre a obra da linha de transmissão de energia de Tucuruí para Roraima teve peso especial. Pela segunda vez em dois meses de governo, o presidente Bolsonaro convocou o Conselho Nacional de Defesa, formado pelos presidentes dos três Poderes e mais vários ministros, desta vez para conseguir a autorização de construir o linhão que levará energia de Tucuruí para Roraima sem que os índios waimiriatroari, que ocupam uma reserva no traçado da linha, possam impedir a obra, como vem acontecendo desde 2011. A primeira vez foi para decidir a participação do Brasil na ajuda humanitária aos venezuelanos. Os dois temas são conexos. [é presidente Bolsonaro, as coisas estão complicadas;
- a ajuda humanitária as Forças Armadas da Venezuela não aceitam, por determinações de Maduro; 
- a construção do linhão -  que livrará Roraima da dependência energética - os índios (os maiores latifundiários do Brasil) não permitem. 
Faz falta o Conselho de Segurança Nacional, mais ágil e decidido que o atual Conselho de Defesa.
 
Para complicar até uma obra que significa a independência do Brasil em termos energéticos ainda é criticada quando decidem realizar - logo aparece os que acham que a liberação é para favorecer políticos.
No Brasil o interesse de menor importância é o do POVO. Por essas e outras é que os índios, que não são bobos, querem ser uma nação indígena dentro do Brasil e só receberem os bônus.]
 
A ligação entre Manaus e Boa Vista foi considerada como alternativa energética estratégica. Com isso, o governo pode usar uma salvaguarda decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) que define que o usufruto dos índios não se sobrepõe, entre outros casos, ao interesse da política de defesa nacional e à exploração de alternativa energética de cunho estratégico. Essa decisão foi tomada no julgamento da reserva indígena Raposa Serra do Sol. O relator, ministro Ayres Brito, hoje aposentado do STF, definiu condições para que a reserva fosse mantida. Mas, preocupado com os interesses nacionais, deixou claro no acórdão que não existem povos indígenas, e sim etnias. Também não existe “território indígena”, uma definição política que não deve ser usada para o usufruto dos indígenas. Ayres Brito insiste também em que não existe “nação indígena”. “Nação, só a brasileira.”
Roraima depende da energia que vem da Venezuela para seu abastecimento, e sofre constantemente de apagões. Quando acontecem, as termelétricas são acionadas, o que transforma a energia de Roraima na mais cara para os brasileiros. Só este ano está previsto um gasto de R$ 600 milhões, que é repartido pelos consumidores de todo o país. Os índios que vivem naquela região consideram que o território em que passará parte do linhão é sagrado, e não se chega a um acordo sobre o tema há oito anos. Há ainda um componente político curioso nessa manobra que permite uma obra importante que se arrasta há muito tempo: um dos maiores interessados na manutenção da termelétrica que abastece Roraima em caso de apagão é o ex-senador Romero Jucá, que teria o controle político e econômico da empresa que ganhou a concessão. Jucá diz que são intrigas regionais, mas o fato é que o assunto foi levantado na reunião do Conselho de Defesa Nacional no Palácio do Planalto.
 
A coluna volta a ser publicada no dia 7. Bom carnaval a todos.
 
Merval Pereira - O Globo 



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Selva!

Há cerca de uma centena de pessoas com origem nas Forças Armadas atuando em cargos decisórios

“Seguindo a determinação de transparência e responsabilidade com os recursos públicos, prioridade em nosso governo, a ministra Damares Alves realizará auditoria dos benefícios suspeitos concedidos a ‘vítimas da ditadura’ nos últimos anos pela Comissão da Anistia”. Assim determinou o presidente Jair Bolsonaro, agora em pleno exercício de suas funções em Brasília, por decreto no Twitter. Embora seu ministro Paulo Guedes esteja empenhado na reforma da Previdência, esse sim o verdadeiro compromisso com a transparência e com os recursos públicos, o presidente escolheu enfatizar a caça às bruxas da ministra pastora. Ironia pouca é bobagem. [com o devido respeito à articulista: as indenizações, pensões e outras benesses que são pagas aos anistiados por decreto supremo da 'comissão de anistia' custam dinheiro público e a maior parte dos privilégios dados a criminosos é fruto de inúmeras fraudes perpetradas pelo conluio 'anistiados' e 'comissão de anistia'.
Todas as concessões precisam ser analisadas - sendo milhares talvez a opção da escolha aleatória seja a indicada - e as fraudes denunciadas criminalmente, suspensas por via administrativa e os fraudadores, cúmplices e beneficiários serem obrigados a devolver o pago indevida mente e ir para a cadeia.
Tem sentido o Lula, que foi aposentado por perder um dedo, receber uma indenização do INSS de mais de 50 mil reais?
E ainda ser anistiado político?

A reforma da Previdência é importante, mas, parte do déficit das contas públicas está no saco sem fundo representado por fraudes no INSS, nas indenizações de anistiados e outras ladroagens.

Presidente Bolsonaro, tem que investigar.
- Tem sentido um bandido do tipo Diógenes do PT, especialista em explosivos (que explodiu, entre outros, o soldado Mario Kozel Filho) ter sido anistiado, pensionado e indenizado - só de atrasados recebeu mais de R$400.000,00 - pela 'comissão de anistia', enquanto os familiares do soldado morto só recentemente passaram a receber uma pensão de pouco mais de um salário minimo mensal?
- tem sentido um bandido igual o 'clemente' que matou dezenas ter recebido indenização, pensão também autorizada pela dita comissão?
O aqui  AFIRMADO pode ser  comprovado mediante simples pesquisa no YOU TUBE, no Google.

Toda essa pressão que está sendo feita sobre o senhor (infelizmente seus filhos ajudam um pouco os adversários do capitão) tem como objetivo principal tirar o seu governo do foco.]
Vejam as palavras escolhidas pelo capitão da brigada democrática brasileira composta por generais de estrelas variadas: os benefícios concedidos são suspeitos. As vítimas da ditadura estão entre aspas, supostamente ou porque não são consideradas vítimas ou porque não houve ditadura no País como afirmam os revisionistas cuja cautela se foi após a vitória de Jair. Será Damares, a ministra pastora que advertiu famílias com filhas para deixarem o Brasil em clara demonstração de que não confia lá muito na capacidade do governo para o qual trabalha de entregar promessas de campanha no âmbito do combate ao crime e à violência, a encarregada de dar maior transparência e credibilidade aos recursos públicos perseguindo vítimas da ditadura. Apenas para sublinhar fatos, o Brasil teve ditadura e vítimas da dita cuja. [e centenas de brasileiro do bem foram covardemente assassinados pelas 'vítimas' da ditadura - afinal se indenizam bandidos confessos atribuindo-lhes a classificação de vítimas da ditadura, qual o motivo deles terem matado vários inocentes e estarem vivos?
indicador seguro de que não foram tão vítimas.]


São tuítes decreto como esse que ganham imensa atenção nas redes sociais. Referências à reforma da Previdência não têm lá muita graça. Estados brasileiros que declararam recentemente calamidade financeira tampouco são merecedores de atenção. Legal mesmo é ver o filho de Bolsonaro brigar abertamente no Twitter com o presidente da sigla que ainda ocupa, fritando-o antes que o pai pudesse emitir palavra. A lavação de roupa suja da semana passada que terminou com a saída de Gustavo Bebianno do governo junto com as novas atribuições de Damares deixam claro que as urgências do governo Bolsonaro passam bem longe do ajuste das contas públicas brasileiras sem o qual os sonhos do mercado financeiro e, mais do que isso, de milhões de brasileiros não se concretizaram assim tão facilmente. Bolsonaro já deu sinais de sobra de que prefere as intrigas às medidas, talvez porque não entenda muita coisa de medidas, sobretudo as econômicas como ele próprio já admitira.
Deturpadas as urgências, segue a ocupação militar do governo Bolsonaro apresentando inovação inédita na América Latina: com 8 ministros generais, incluindo o general Floriano Peixoto instalado no cargo de Bebianno, o Brasil é o primeiro país da região a formar um governo militar democraticamente eleito. [oportunamente lembrado: DEMOCRATICAMENTE ELEITO.] Ou melhor, um governo militar-cristão. Afinal, comecei esse artigo com Damares e vi a foto deslumbrante do Twitter com os três ministros ferrenhamente religiosos quase abraçados – o trio Damares-Ernesto-Ricardo.
De acordo com o jornal gaúcho Zero Hora, há cerca de uma centena de pessoas com origem nas Forças Armadas no governo de Jair Bolsonaro. Atuam em cargos decisórios de primeiro escalão, em gerências na Petrobrás, Eletrobrás, e Zona Franca de Manaus, além da gestão de recursos hospitalares, segurança pública e por aí vai. [até o presente momento, todas as suspeitas de falcatruas sobre integrantes do governo Bolsonaro, envolveram civis.]   O Exército concentra o maior número de cargos nos três escalões, segundo o Zero Hora. Há 29 oficiais-superiores com patente acima da do presidente: 18 generais e 11 coronéis. Não por acaso, as redes sociais já nos ensinam saudações militares que qualquer civil, hoje, deveria saber para não ser alvo de chacotas ou ataques pessoais. A utilizada na semana passada por Bolsonaro para saudar seu vice-presidente, algoz de seus filhos ambiciosos, é uma delas. Selva!
Selva, leitores! Esse, afinal, é o Brasil que herdamos das urnas em 2018. Na selva, será mais complicado do que se imagina fazer as reformas de que o Brasil necessita, mais difícil será crescer em ritmo suficiente para reduzir rapidamente o desemprego. Mas, isso não importa. O que importa é observar de perto os protagonistas do reality show Survivor com tonalidades unicamente tupiniquins.

Monica De Bolle - Economista, pesquisadora e professora 

 

sábado, 19 de janeiro de 2019

Fux não vê urgência em pedido para suspender decreto sobre armas

Vice-presidente do STF encaminhou processo ao relator da ação, ministro Celso de Mello, que analisará o pedido depois que o tribunal retomar as atividades, em fevereiro

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, não viu urgência no pedido do Partido Comunista do Brasil (PC do B) para suspender dispositivos do decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) que facilita as regras para o cidadão obter a posse de arma de fogo. Esta é a quinta vez que uma medida do governo Bolsonaro é contestada na Suprema Corte. 
[a turma do PC do B tem urgência por duas razões:
1º - - aquele partido está em processo de extinção - abatido pela cláusula de desempenho ou de barreira; e,
2º a turma do PC do B assim como outras organizações não cultoras da legalidade, não querem as pessoas de bem armadas, para eles que apoiam os delinquentes, população armada não é bom negócio, o risco aumenta, afinal seus asseclas invasores podem, e certamente serão, abatidos, quando tentar invadir propriedade privada.

Qualquer avaliação sobre o impacto do decreto das armas só será sentida e válida, transcorridos no mínimo uns seis meses da edição da nova legislação.
Só após uns seis meses é que teremos ideia aproximada dos bons resultados  da nova lei = menor número de PESSOAS DE BEM mortas e mais bandidos abatidos, incluindo, sem limitar, assaltantes, invasores de propriedades alheias, caxangueiro e outros do ramo.] 
 
Fux está no comando do plantão do STF por causa das férias do presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. Ao não ver urgência na análise do pedido do PC do B, Fux encaminhou o processo ao relator da ação, ministro Celso de Mello, que analisará o pedido do partido depois que o tribunal retomar suas atividades, em 1º de fevereiro.
“A análise dos autos revela que o caso não se enquadra à hipótese excepcional do art. 13, inc. VIII, do Regimento Interno deste Supremo Tribunal Federal. Encaminhe-se o processo ao Ministro Relator. Publique-se”, concluiu Fux, ao mencionar dispositivo do regimento interno do Supremo que trata sobre decisões de questões urgentes no período de recesso ou de férias.

Além do decreto sobre posse de armas, já foram judicializadas no Supremo a medida provisória que reestruturou pastas e extinguiu o Ministério do Trabalho - alvo de três ações no tribunal - e a promoção no Banco do Brasil de Antonio Mourão, filho do vice-presidente general Hamilton Mourão (PRTB).  O decreto de Bolsonaro torna possível adquirir até quatro armas, amplia o prazo de validade do registro de cinco para dez anos e, na prática, dispensa o cidadão de comprovar que tenha aefetiva necessidade” de possuir armamento, o que era previsto pela legislação anterior.

Bolsonaro afirmou que esse é o “primeiro passo” no compromisso de campanha de garantir o “direito de defesa” da população. O aumento de acesso a armas, porém, é criticado por especialistas em segurança. Para o PC do B, as normas do decreto atentam contra o princípio constitucional da “razoabilidade”, “na medida em que não se revela adequado e razoável, que toda a população de um País possa ter até quatro armas em sua residência, ou no local de trabalho, caso seja titular ou responsável por estabelecimento comercial ou industrial”. 

O PC do B também sustenta que Bolsonaro abusou de sua competência constitucional de regulamentar leis, invadindo a competência do Congresso Nacional de elaborar leis [atenção seus comunas sem noção:quem regulamenta leis é o presidente da República, via Decreto - nem preciso muito para entender: o Congresso Nacional edita uma lei, o presidente sanciona e a regulamenta por decreto;

no futuro, aquele presidente ou outra, não concorda com determinados aspectos da regulamentação, revoga o decreto e emite outro mudando - o presidente só não pode é se valer do Decreto para acrescentar e;ou suprimir qualquer  norma da lei.] 
 
O decreto retirou do caminho de interessados em obter armas um requisito do Estatuto do Desarmamento, de 2003, visto pelo governo e pelo lobby armamentista como entrave para a aprovação de pedidos de registros - a comprovação de “efetiva necessidade”. Sob o argumento de que havia espaço para subjetividade, o governo permitiu que o cidadão não detalhe por que precisa da arma e a autoridade responsável não faça análise individualizada.

O Estado de S. Paulo


quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Filho de Mourão foi promovido por competência e deveria ter cargo mais alto, diz presidente do Banco do Brasil

O novo presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, defendeu a nomeação de Antônio Hamilton Rossell Mourão, filho do vice-presidente Hamilton Mourão, como assessor especial da presidência da instituição. Rubem disse que escolheu Antônio pela competência e que estranha saber que ele não tenha alcançado um cargo de destaque no banco anteriormente.

“Mourão [o filho] é de minha absoluta confiança. Foi escolhido para minha assessoria e nela continuará, em função de sua competência. O que é de se estranhar é que não tenha, no passado, alcançado postos mais destacados no banco”, afirmou. No novo cargo, ele receberá cerca de R$ 36 mil, três vezes mais do que ganha atualmente como assessor empresarial na área de agronegócios do banco.

Segundo Novaes, o filho do presidente possui “excelente formação e capacidade técnica” e será  mantido no cargo. Em nota, o banco informou que o cargo é de “livre provimento da Presidência do BB e a nomeação atende aos critérios previstos em normas internas e no estatuto do Banco”. “Possui mérito e foi duramente perseguido anteriormente por ser meu filho”, afirmou Mourão a respeito do filho ao jornal O Estado de S. Paulo. [durante o desgoverno petista,  o a época   assessor na Diretoria de Agronegócios  (18 anos de banco) sofreu intensa perseguição devido pronunciamentos do seu pai, tanto que até direito a vaga em garagem do BB ele perdeu.]
Formado em administração de empresas, Antônio Hamilton tem 18 anos de carreira no Banco do Brasil, 11 dos quais como assessor na Diretoria de Agronegócios. Nesse cargo, o salário gira entre R$ 12 mil e R$ 14 mil.

Leia também:  Mourão defende promoção do filho: “Governos anteriores não valorizavam honestidade e competência”


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Sem pompas, Mourão contrasta com estilo de ministro do STF

Diferença de estilos

Um advogado viu a cena. Há duas semanas, Hamilton Mourão desceu no Santos Dumont, com sua malinha na mão, sem ninguém.

Logo depois, Ricardo Lewandovski passou e entrou num avião, rumo a São Paulo, acompanhado de dois policiais federais. que seguravam sua bagagem de mão.

Juramento de Mourão chama atenção durante posse

A posse do presidente Jair Bolsonaro ocorreu de forma tranquila e sem imprevistos. Entre os poucos momentos que fugiram do padrão, o tom de voz do vice-presidente Hamilton Mourão durante o juramento chamou a atenção e provocou piadas nas redes sociais. Em seu juramento no Congresso, Mourão usou um tom de voz firme e por vezes exaltado, sendo mais enfático do que o presidente Jair Bolsonaro.

Em MP, Bolsonaro deixa Mourão sem atribuições no governo

Durante a campanha, novo vice-presidente afirmou diversas vezes que não aceitaria ocupar uma posição 'decorativa' no governo

Apesar de ter dito diversas vezes que não será “um vice decorativo”, expressão que ficou eternizada na carta do então vice Michel Temer para a ex-presidente Dilma Rousseff, o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) ficou sem funções práticas no novo governo, de acordo com a medida provisória publicada na noite deste dia 1º.
No texto, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) definiu a estrutura da Esplanada, com as fusões, incorporações, e transferências de órgãos entre pastas, bem como a função de cada área dentro do governo. Em relação ao vice, com quem teve alguns entreveros durante a campanha, Bolsonaro se limitou a recriar a posição de chefe de gabinete da Vice-Presidência, posição de assessoramento de Mourão que estava desativada desde que Temer assumiu como presidente, em 2016.

O apoio ao vice foi colocado entre as funções previstas para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno (PSL). A Vice-Presidência é mencionada ainda mais algumas poucas vezes, para estabelecer que compete ao ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, promover a segurança de Mourão e de seus familiares.

A nova estrutura também trouxe algumas outras mudanças, como a transferência da autoridade sobre demarcação de terras da Fundação Nacional do Índio (Funai) para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a criação de cargos de articulação política na Casa Civil e a autorização para que não-embaixadores assumam cargos de comando no Itamaraty.

IstoÉ e Veja

 


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Aliados viraram o maior problema de Bolsonaro

Jair Bolsonaro ainda nem virou presidente da República e já baixou dois Atos Institucionais. Com o AI-1, fechou o seu Posto Ipiranga, proibindo o frentista Paulo Guedes de fornecer aos adversários combustível semelhante à ideia de recriar a CPMF. Com o AI-2, o capitão acaba de outorgar-se o primado da polêmica, censurando o general Hamilton Mourão, seu vice radioativo. [Bolsonaro tem que demitir, imediatamente,  o general Mourão da 'função' de candidato a vice;
sendo público e notório que vice-presidente  só tem os poderes que o presidente da República permitir (exceto por motivo de força maior o presidente pode impedir que o vice assuma, por um minuto sequer, as funções de presidente) o general não soma nada positivo à candidatura do Bolsonaro e por isso deve ser demitido sumariamente e nomeado outro - qualquer outro, até o Alckmin atrapalhará menos a vitória do capitão.] 

Mourão voltou a exercitar seus pendores para a artilharia. Como de hábito, mirou contra o próprio pé. Numa palestra para lojistas gaúchos, o general criticou o décimo-terceiro salário e o adicional de férias. Chamou os direitos trabalhistas de “jabuticabas brasileiras”, adoçando a boca dos rivais de Bolsonaro.

Mourão foi proibido de participar de dois debates televisivos com outros vices, na semana que vem. Para Bolsonaro, certas declarações do seu futuro ministro da Fazenda e do seu vice precisam ser censuradas. Não podem ser difundidas nem dentro de envelopes de plástico fosco —desses que escondiam a pornografia nas bancas até a década de 80. Beleza, tudo muito bem. Mas há um problema: eleito, Bolsonaro não terá como esconder sua equipe. Eles passarão pelo menos quatro anos se exibindo à luz do dia, na frente das crianças. [mas, pode demiti-los sumariamente; exceto o vice  que por isso deve ser demitido imediatamente.]

Blog do Josias de Souza 

LEIA TAMBÉM:  Generalligado a Bolsonaro fala em banir livros sem "a verdade" sobre 1964

[Nota do Blog Prontidão Total:

a posição do General Aléssio está correta; é inadmissível que  mentiras sejam disseminadas impunemente nas escolas públicas e é o que tem ocorrido nos últimos tempos;

a verdade deixou de ser representado pelos fatos e passou a ser a divulgada em livros didáticos mentirosos.]

 

domingo, 13 de maio de 2018

Supérflua substituição

O vice-presidente e o vice-governador são desnecessários

A substituição do presidente da República pelo vice-presidente em suas ausências do país é flagrantemente desnecessária, além de dispendiosa. Torna-se difícil justificá-la na era das comunicações instantâneas, da internet, do Skype e do WhatsApp. O cargo de vice-presidente brasileiro inspirou-se no correspondente da Constituição americana, cuja criação suscitou resistência. Assim disse Alexander Hamilton no Artigo Federalista Nº 68, um dos 85 textos que ele, James Madison e John Jay escreveram para explicar a Constituição, cuja vigência exigia a aprovação de pelo menos nove dos treze estados de então. Ter o apoio de Nova York, o alvo dos artigos, era considerado essencial.

Falava-se, assinalou Hamilton, que o cargo era supérfluo, “se não malicioso”, mas levou-se em conta que “o vice-presidente pode ocasionalmente substituir o presidente”. A ideia já constava na Constituição do Estado de Nova York, que previa o cargo de governador substituto (lieutenant-governor) para o caso de morte do titular.  Pelo artigo 2º, seção I, item 6 da Constituição americana, o vice-presidente assume o cargo “no caso de destituição do presidente por morte, renúncia ou incapacidade de exercer os poderes e deveres do cargo” (em tradução livre). Na história americana, apenas dois vice-presidentes o exerceram interinamente, por incapacidade do titular (problemas graves de saúde). Oito deles assumiram por morte e um por renúncia. Não há substituição quando o presidente viaja para o exterior. Ele permanece no cargo e toma decisões onde estiver.

Poderia ser o mesmo no Brasil, pois nas viagens ao exterior o presidente mantém-se conectado e decide. Ele poderia sancionar leis, assinar decretos e firmar outros documentos. A assinatura eletrônica já funciona no governo federal. A regra de substituição nessas ausências é retrógrada.  Vice-presidentes e presidentes dos outros poderes (Câmara, Senado e Supremo Tribunal Federal) que assumem temporariamente despacham no gabinete presidencial. Muitos posam para fotos com familiares. Um deles encheu de amigos um avião e foi à sua cidade natal logo que assumiu, para lá ser visto como presidente da República. A prática e todos os seus badulaques se repetem em estados quando os governadores se ausentam do país.

Uma situação surreal acontece em épocas como a atual. Sempre que o presidente Temer sai do país, os presidentes da Câmara e do Senado inventam uma viagem ao exterior. Dão a vez à presidente do STF. Eles se tornariam inelegíveis se assumissem o cargo. Haja gasto!  É hora de rever esse hábito sem sentido. O presidente e os governadores devem permanecer no exercício do cargo quando estão fora do território nacional. Vale também examinar a extinção dos cargos de vice-presidente e vice-governador. No impedimento, haveria nova eleição. Se faltasse pouco tempo para a conclusão do mandato, a escolha seria feita pelo Congresso ou pelas Assembleias Legislativas.


Blog Mailson da Nóbrega - Veja

quarta-feira, 30 de março de 2016

Setores do PT dão derrota como certa



Renúncia com estilo
A proposta de um acordo com Dilma para antecipar as eleições e evitar o impeachment mostra a existência de setores do PT que dão a derrota como certa e tentam uma saída

A decisão do PMDB de deixar o governo, tomada ontem, numa reunião que durou apenas três minutos, pôs um ponto final no casamento de conveniência da legenda com o PT, que durou 12 anos. Foi o sinal para que as demais legendas da coalizão de governo iniciassem um movimento semelhante, como é o caso do PP, do PTB e do PR. A situação mais esquizofrênica é a do PSD, cujo presidente, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, liberou a bancada para votar como quiser e permanece no ministério, numa das pastas mais importantes.

Hoje, a expectativa de poder já gravita em torno do anexo do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete do vice-presidente Michel Temer. A essa altura do campeonato, o baixo clero da base do governo na Câmara já fez a baldeação para o impeachment, à revelia ou com apoio tácito de seus líderes. Dilma conta de verdade com o PT, enquanto for conveniente para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com o PCdoB, que estreita sua relação com a presidente da República para ocupar mais espaços na Esplanada. O PDT ainda apoia Dilma, mas já tem seu próprio projeto: Ciro Gomes. A estratégia do Palácio do Planalto de distribuir os cargos ocupados pelo PMDB entre os pequenos partidos é de eficácia duvidosa. Temer pode trucar e prometer os cargos atualmente ocupados pelos petistas àqueles que apoiarem o impeachment.

Entre os partidos de esquerda, o PPS forma na primeira fila dos defensores do impeachment ao lado do PSDB, do DEM e do Solidariedade desde quando a propostas parecia inviável e sem apoio popular. O PSB recentemente decidiu apoiar o impeachment, sem subterfúgios, após se afastar definitivamente do governo. O primeiro deve apoiar o governo de transição de Michel Temer, talvez até dele fazer parte, se o vice assumir de fato. O segundo tende a se manter à distância regulamentar e tentar articular uma coalizão com Marina Silva, cujo partido, a Rede, deve ser abster na votação do impeachment. A mesma posição é adotada pelo PSOL, que se opõe ao impedimento com certa estridência e, por isso, é acusado de linha auxiliar do PT pelos demais partidos de oposição. 

Parlamentares do PT, PSB, PSOL, Rede e até do PPS, porém, articulam uma proposta de acordo para antecipação das eleições, por meio de emenda constitucional, em troca da não aprovação do impeachment de Dilma Rousseff. Marina Silva, seria a maior beneficiária da redução do mandato de Dilma e acompanha as conversas por meio do líder da bancada, Alexandre Molon(RJ), sem se comprometer com a proposta.

Desconfiança
A proposta de um acordo com Dilma para antecipar as eleições e evitar o impeachment mostra a existência de parlamentares do PT que já dão a derrota como certa e tentam uma saída de olho no futuro, que pode ser até o surgimento de um novo partido. São esses setores que estão discutindo a desfiliação do PT e somente continuam na canoa do governo por causa da forte influência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas suas bases eleitorais. Além da redução do mandato de Dilma, defendem sua desfiliação do PT e a formação de um governo técnico para conduzir o país até que as eleições aconteçam.

A tese é vista com desconfiança por gregos e baianos. Reflete certa dificuldade da esquerda não-petista em relação ao pós-Dilma, ou seja, ao governo de Michel Temer, caso o vice-presidente venha a assumir o poder. Além disso, ao contrário do impeachment, dependeria de uma decisão da presidente Dilma Rousseff, pois implicaria na renúncia à metade do mandato e no envio de uma proposta de emenda constitucional convocando as eleições.

Dilma tem reiterado que não pretende renunciar. Mesmo que o fizesse, dificilmente reuniria forças no Congresso para aprovar a antecipação das eleições, porque isso não interessa ao ex-presidente Lula, nem ao vice-presidente Michel Temer. Somente o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e Marina Silva (Rede) se beneficiariam da proposta. Por isso, a tendência é que a articulação pró-antecipação das eleições morra na praia.

Isso não significa, porém, que elas não possam ocorrer. Assim como o processo de impeachment anda a passos de gazela na Câmara, o processo de cassação da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral também pode ganhar velocidade. Depende apenas da Corte. O ponto de aceleração será o acolhimento do pedido de impeachment pela comissão especial, que deve precipitar a data de votação em plenário, provavelmente o dia 15 de abril.

Fonte: Blog do Luiz Carlos Azedo – CB