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terça-feira, 29 de novembro de 2016

Crime bárbaro - Caso Yoki

As contradições de Elize vão a júri

Ela é culpada pelo assassinato do marido, Marcos Matsunaga, e sobre isso não há dúvida. O que se vai discutir no julgamento, entre outros pontos, é se a acusada o esquartejou ainda vivo 

Desde a sua criação na Inglaterra, no início do século XIII, o Tribunal do Júri existe para decidir se quem está sentado no banco dos réus é culpado ou inocente e isso é feito pelo conselho de sentença formado por cidadãos comuns, não por juízes togados. O julgamento que começa em São Paulo na segunda-feira 28, um dos mais aguardados dos últimos tempos, terá um desenrolar bem diverso. Nele, o que está em jogo não é culpa ou inocência, mas cerca de dez anos a mais ou a menos na condenação da ex-garota de programa e bacharel em direito Elize Araújo Matsunaga, ré no assassinato, esquartejamento e ocultação do corpo de seu marido, Marcos Matsunaga (ele era dono da marca Yoki, vendida para o conglomerado General 500ls que há quatro meses encerrou as suas atividades no País). Elize ouvirá o veredito de culpada, isso é ponto pacífico, até porque confessou a sequência dos crimes. Se prevalecer a tese da acusação sustentada pelo promotor José Carlos Cosenzo, ela deverá receber uma sentença de aproximadamente 28 anos de prisão. Se ganhar a defesa, representada pela advogada Roselle Soglio, a condenação poderá ficar na casa dos 18. Apresenta-se, aqui, tais teses e a aritmética da pena no tribunal.

Onde o júri pega fogo
Nos depoimentos da acusada há uma coleção de contradições. Na noite de 19 de maio de 2012 ela matou Marcos com um tiro na cabeça, no duplex de 500 metros quadrados em que o casal morava em São Paulo. Cortou o cadáver em seis pedaços em um dos quartos de hóspedes (o mesmo que durante bom tempo abrigara uma jiboia), e, no dia seguinte, livrou-se das partes do corpo nas imediações do sítio de um amigo da família. Elize declarou que o som do tiro não foi ouvido no prédio porque os vidros de seu apartamento são à prova de som. Inverdade: Elize valeu-se de um silenciador na arma. Segundo a sua advogada, a ré reagiu à grave ofensa. Mais: o marido ameaçava tirar-lhe a filha. Mais ainda: ele a traía com uma garota de programa. Tecnicamente falando, trata-se de “homicídio privilegiado”, o que implica atenuantes. Ocorre, porém, que ninguém carrega o tempo todo consigo uma pistola com silenciador, esperando receber uma eventual ofensa para dispará-la. Ou seja: Elize atirou porque premeditou o crime. Pela lei, onde há “assassinato premeditado” não pode haver, obviamente, “assassinato privilegiado”.

Em outros pontos contraditórios o júri pegará fogo. Na noite do crime, Marcos descera para apanhar a pizza que o casal chamara pelo delivery. Laudos oficiais mostram que ele foi assassinado quando, ao retornar ao apartamento, sentou-se à mesa da copa. Levou um tiro à queima-roupa, sem a menor chance de se defender, e isso enterra a versão da ofensa. 

Marcos teria sido, então, executado. Já a perícia realizada pela defesa aponta, por sua vez, que ele teve a possibilidade de tentar se defender, uma vez que o disparo se deu a mais de meio metro de distância. Qual a importância disso tudo, a ponto de centímetros serem medidos? É que se ganhar a tese da execução (a do promotor), fica valendo a qualificadora de “impossibilidade de defesa da vítima”, e já aí a ré verá cerca de cinco anos acrescidos à sua condenação básica (18 anos mais cinco, tem-se 23). Se vencer a argumentação da defesa, a de que Elize disparou de improviso e a longa distância, cai tal qualificadora e a pena por enquanto ficaria em torno dos 18 anos.

O auge do julgamento acontecerá no momento em que promotor e advogada debaterem sobre o esquartejamento. Volta-se, aqui, aos laudos oficiais, e eles constatam que Marcos aspirou sangue quando Elize o decapitou ele então ainda estaria vivo quando a ré começou a esquartejá-lo. Essa é a qualificadora denominada “meio cruel”: se vingar, serão mais outros cinco anos no veredito, e chega-se aí aos 28 de condenação (incluída a agravante de que Marcos não teve como se proteger). A defesa, baseada também em laudo técnico, sustenta que a aspiração do sangue ocorreu com o impacto do tiro e que ele estava morto quando seu corpo foi despedaçado. A discussão se dará com base nesses pareceres, uma vez que a palavra de Elize não pode ser tomada como verdadeira. Ela reitera, por exemplo, que cortou o corpo sozinha. ISTOÉ mostrou com documentos oficiais que a ré recebeu ajuda de pelo menos uma pessoa do sexo masculino nessa macabra tarefa.

Fonte: IstoÉ



Bolsonaro fala sobre cremação do corpo de Fidel Castro. Cremar para que? afinal, ele terá toda a eternidade para arder no fogo do inferno


Bolsonaro fala sobre cremação do corpo de Fidel Castro. Cremar para que? afinal, ele terá toda a eternidade para arder no fogo do inferno





satanás também determinou uma missão para Fidel Castro: manter as caldeiras superaquecidas, tendo em vista que, mais dia menos dia - talvez, no máximo,  uns 20 anos - o carrasco cubano terá companhia: Lula, Dilma, Genoíno, Dirceu e outros diabólicos adeptos do lulopetismo.

 

 

O mordomo e a jararaca - a prisão de Lula trará instabilidade ao país enquanto não acontecer.

A reputação do seu partido é péssima, Michel Temer. E para o Brasil você é o mordomo. Adivinhe quem será culpado? 

Além da novidade, ainda um tanto estranha, de mostrar um presidente da República falando português, a entrevista de Michel Temer no Roda viva trouxe um alerta, feito pelo próprio presidente. Temer disse que a prisão de Lula traria instabilidade ao país. É quase isso: a prisão de Lula trará instabilidade ao país enquanto não acontecer.

A patrulha petista espalhou, antes do impeachment, que após a queda da companheira presidenta, mulher honrada, a Lava Jato seria engavetada. Corta para dois meses e meio depois do impeachment: deputados de oposição – ou seja, a mesma patrulha – apoiam a instituição do crime de responsabilidade para juízes e procuradores. Em outras palavras: quem quer engavetar a Lava Jato – antes, durante e depois do impeachment – são os petistas e seus genéricos. E por que isso?

Porque a quadrilha que arrancou as calças do Brasil é petista. E, por mais que a Lava Jato alcance outros políticos, os mais ameaçados por ela são e continuarão sendo os aloprados do Lula, além do próprio. Onde estão todos esses bilhões voadores que a força-tarefa revelou (até agora) como produto do petrolão? Estão com você, caro leitor? Se não estão, estariam nos cofres do Tesouro Nacional? Ou custodiados no Judiciário? Nada disso: estão nos caixas subterrâneos dos progressistas tarja preta. E só pararão de brotar em vaquinhas milagrosas, de irrigar movimentos boçais de ocupação e de bancar advogados milionários quando estiverem todos presos – especialmente o chefe.

Enquanto Lula não for preso, o Brasil será mais instável por dois motivos: pela sobrevivência da lenda e pela utilização dela para 2018. Com a floresta de crimes atribuídos a ele, o ex-presidente só não será preso se um grande e invisível acordo político evitar isso. A declaração de Temer ao Roda viva deixa essa pista no ar. É até compreensível que o atual presidente tente reger o armistício, dialogando inclusive com os anjinhos de rapina. É papel do presidente. Mas, se passar do ponto, vai ser devorado pela jararaca.

Se Sergio Moro puser o filho do Brasil atrás das grades, já sabemos que será uma injustiça, um ato fascista contra um homem inocente, que virará preso político – e inflamará os movimentos de rua da resistência democrática de aluguel. Mas isso passa – por mais forrado que esteja o cofre da revolução. Os canastrões da falsa esquerda e seus inocentes úteis são capazes de tudo – mas também são, acima de tudo, covardes. Com o país melhorando sem os parasitas nos postos-chave do Estado, o povo perderá a paciência para a lenda e vai tocar a vida, deixando os revolucionários a sós com o seu ridículo. Aí eles próprios, que na verdade não têm causa ideológica alguma, botarão a viola no saco e vão parasitar em outra freguesia.

Se Lula não for preso, ganhará oxigênio para coordenar a ressurreição dos companheiros em 2018 não necessariamente com uma candidatura dele à Presidência. Os genéricos estão por aí mesmo, facilmente identificáveis entre os que posaram de gladiadores contra o golpe, ou que enfiaram suas cabeças no buraco do tatu quando deveriam se manifestar sobre o impeachment. Se a Lava Jato não for até o fim, não tenha dúvida, caro leitor, de que a jararaca terá veneno suficiente para 2018. E a lenda sempre poderá ser ressuscitada numa Marina Silva (aquela da “democracia de alta intensidade”), num Ciro Gomes (o indignado profissional) ou outro candidato a requentar as fantasias de esquerda.

Lulinha se mandou para o Uruguai, que a esta altura é bem mais seguro para ele. Se a Lava Jato fizer o que tem de ser feito, o pai poderá escapulir pela mesma rota – e ficar por lá dando uma de João Goulart. Se o Brasil engoliu até a comparação de Dilma com Getúlio Vargas, engole qualquer coisa. Mas quem quer trabalhar e não brincar de mitologia fajuta ignorará solenemente esse exílio de picaretas – que poderá ter o reforço da própria Dilma, se ela enfim perder os direitos políticos no TSE, pois é claro que o PT sempre roubou única e exclusivamente para o PT.

Portanto, preste atenção, caro Michel Temer, ao estender a mão para a jararaca. A reputação do seu partido é péssima e para o Brasil você é o mordomo. Na dúvida, ao fim da história, adivinhe quem será o culpado?

Fonte: Guilherme Fiuza  - Época


Zagueiro Neto é resgatado vivo de acidente com voo da Chapecoense

Hospital confirma morte do goleiro Danilo; número de sobreviventes se mantém em 5 - Aeronave da Companhia boliviana Lamia tinha 17 anos de uso

Zagueiro Neto é resgatado com vida; confirmada morte de goleiro - No total, 76 pessoas morreram na tragédia. O goleiro Marcos Danilo Padilha foi resgatado, mas morreu no hospital

 Autoridades na Colômbia confirmaram que o zagueiro Hélio Hermito Neto também sobreviveu à tragédia com o avião que levava a delegação da Chapecoense. Pouco depois, no entanto, equipes médicas afirmaram que o goleiro Marcos Danilo Padilha, 31 anos, que foi um dos primeiros a serem resgatados morreu no hospital. O número total de mortos na maior tragédia da história esportiva brasileira chega, dessa forma, a 76. Além de Neto, sobreviveram o goleiro reserva Jackson Follmann, 24 anos; e o lateral Alan Ruschel, 27, que foram encaminhados a hospitais da região.

 Outra sobrevivente é uma comissária de bordo, identificada como Ximena Suárez. O sexto resgatado com vida é o jornalista brasileiro Rafael Henzel Valmorbida. Um sétimo passageiro chegou a ser encaminhado com vida a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

A aeronave, da companhia venezuelana Lamia, de matrícula CP 2933, levava 81 pessoas a bordo: 72 passageiros e nove tripulantes, de acordo com a Aeronáutica Civil colombiana. O avião seguia com a delegação para Medellín, onde o time disputaria, nesta quarta-feira (30/11), a primeira partida da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional da Colômbia. A queda ocorreu nas proximidades de Medellín, pouco antes de chegar ao destino. Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica.

Chovia muito na região no momento da queda. Uma das possibilidades é o avião ter sofrido pane elétrica, mas há a possibilidade de a aeronave ter sofrido pane seca também, que ocorre quando a aeronave fica sem combustível. O avião teria perdido o contato com a torre de controle às 22h15 (1h15 no horário de Brasília). O pedido de socorro foi emitido entre as cidades de Ceja e Lá Unión. A aeronave fez uma parada em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, depois de decolar do Brasil. Na emergência do voo, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar a explosão da aeronave na queda. A região do acidente é montanhosa. O avião teria caído a 25 quilômetros da cabeceira da pista do aeroporto de destino e não explodiu, de acordo com informações de paramédicos.

O time brasileiro, rival do Palmeiras no fim de semana na partida que deu ao time paulista a conquista do título nacional, faria o primeiro confronto da decisão da Copa Sul-Americana com o Atlético Nacional, quarta-feira. A Confederação Sul-Americana já cancelou a partida e se colocou à disposição dos envolvidos.

Resgate 
A Aeronáutica Civil da Colômbia informou em comunicado que a Força Aérea colombiana dispôs de um helicóptero, além de prestar apoio com bombeiros, ambulâncias e toda rede hospitalar disponível no local. Pelo Twitter, o prefeito Federico Gutiérrez Zuluaga lamentou o ocorrido, afirmando que após o acidente todos os protocolos de emergência foram ativados e equipes de resgate foram enviadas ao local. "É uma verdadeira tragédia o que ocorreu esta noite. Lamentamos esta grande perda de vidas humanas e expressamos toda a nossa solidariedade com os familiares, amigos e fãs da equipe Chapecoense. Estamos dispondo de toda a colaboração necessária, técnica e humana, para atender a este acidente"

Em nota oficial, a Conmebol suspendeu todas as atividades envolvendo a Confederação, inclusive a partida que estava marcada para quarta-feira às 21h45 (de Brasília) em Medellín deve ser adiada. A Chapecoense emitiu uma nota no começo da manhã afirmando que iria aguardar o pronunciamento oficial das autoridade aéreas colombianas. "Que Deus esteja com nossos atletas, dirigentes, jornalistas e demais convidados que estão juntos com a delegação". Pouco depois foi publicada uma imagem com o brasão do time em cor preta, em sinal de luto.

Fonte: Correio Braziliense


 

Babá diz que Elize comprou serra elétrica antes do crime

A ré chegou ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta segunda-feira (28/11) vestida com um terninho preto e sapatilhas. O cabelo, mal amarrado, caía sobre o ombro direito

Antes mesmo da primeira testemunha entrar no plenário, Elize Matsunaga chorou em silêncio. Sentada no banco dos réus, por ter matado e esquartejado o ex-marido, o herdeiro da Yoki Marcos Kitano Matsunaga, em 2012, ela mantinha um lenço entre as mãos, usado para enxugar as lágrimas em pelo menos três oportunidades.

Elize chegou ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, nesta segunda-feira (28/11) vestida com um terninho preto e sapatilhas. O cabelo, mal amarrado, caía sobre o ombro direito. Nervosa, bebeu água com açúcar enquanto o Conselho de Sentença lia as peças do processo. Mantinha os olhos fixos o tempo inteiro em um ponto distante. Só desviou o olhar quando precisou usar o lenço.

Às 12h32, teve início o depoimento de Amonir Hercília dos Santos, que trabalhou por dois meses como babá para os Matsunaga. Ela foi convocada pela assistência da acusação. Folguista, cuidava da filha do casal aos fins de semana, de quinze em quinze dias. Nessas ocasiões, ela substituía a mãe, Mauriceia José Gonçalves dos Santos, também convocada para depor. Ela falou aos jurados por uma hora e quatro minutos. Em uma das últimas perguntas, os advogados de Elize perguntaram: "Ela era uma boa mãe?". "Sim, cuidava bem da criança", respondeu a babá. A resposta fez Elize voltar a chorar.

Amonir esteve no tríplex do casal no dia seguinte ao crime, ocorrido em 12 de maio. À Justiça disse que chegou pela manhã, por volta das 5h30, trocou de roupa e subiu para o quarto de brinquedos, onde costumava ficar com a criança. Amonir disse que foi recebida por Elize, que havia voltado de viagem ao Paraná.  "Ela estava normal, de pijama", afirmou. Da ré, recebeu a babá eletrônica para monitorar a criança e apanhá-la quando acordasse "Não notei diferença nenhuma, era um dia de trabalho normal." Segundo as investigações, Elize estaria esquartejando o marido quando ela chegou.

Questionada pelo promotor José Carlos Cosenzo, disse que nunca presenciou briga do casal. "Mas a senhora ouviu o Marcos gritando com a Dona Elize alguma vez?", questionou a acusação. "Não, nunca."  Segundo relata, o casal era discreto e a tratava bem. "Eu os conhecia pouco. Só vi umas quatro, cinco vezes", disse. Perguntada sobre horários e detalhes do que aconteceu naquele dia, Amonir disse não lembrar com clareza e fez declarações confusas, precisando ser confrontada duas vez com depoimentos que prestou antes à Polícia Civil e à Justiça.

Em outro ponto que deve ser abordado durante o julgamento, Amonir confirmou que soube que Elize parou para comprar uma serra elétrica na viagem de volta. A testemunha deve ser usada pela acusação para mostrar que a ré agiu friamente e que não era vítima de um marido violento. A promotoria também vai tentar mostrar que o crime foi premeditado.  Já a defesa afirmou que o relato de Amonir é "menos importante". "Ela não conseguiu lembrar de horas e datas, o que dirá se Elize usou pijama no dia?", questionou o advogado Luciano Santoro. Segundo a defesa, a serra elétrica foi comprada a pedido do próprio Marcos. "Se fosse premeditado, ela teria usado no esquartejamento."

Conselho de sentença

O júri de Elize Matsunaga é formado por quatro mulheres e três homens. Para a composição do Conselho de Sentença, o Ministério Público (MPE) vetou três mulheres e a defesa, três homens.

Fonte: France Presse



 

Anac negou voo direto da Chapecoense para Medellín

Voo tinha 72 passageiros e 9 tripulantes. Cinco pessoas foram resgatadas com vida, segundo o prefeito de Medellín Federico Gutierrez.

Delegação da Chapecoense no voo para a Colômbia (Reprodução/Twitter)
 
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou um avião fretado à delegação da Chapecoense para fazer a viagem direta para cidade de Medellín, na Colômbia. Com a negativa, o time chapecoense partiu do aeroporto de Guarulhos nesta segunda-feira, em um voo comercial, com destino a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e de lá embarcou no avião da companhia área Lamia rumo à Medellín, que caiu na madrugada desta terça-feira deixando 76 mortos e cinco resgatados com vida.

Em nota, a Anac informou que o pedido foi negado “com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada”.

A decolagem de Guarulhos aconteceu por volta das 15 horas, com chegada à meia-noite na Bolívia e a queda aconteceu por volta da 1 hora da madrugada (horário de Brasília) próximo a cidade de La Unión. O time disputaria a primeira partida da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional nesta quarta-feira.

Fonte: Revista VEJA

 

Acidente com o time da Chapecoense comove o mundo - Lista oficial dos passageiros

O francês 'Le Monde' reporta que as condições climáticas no momento do acidente eram péssimas, com fortes chuvas e ventos

A tragédia com o avião que transportava o time da Chapecoense para disputar um jogo no Colômbia foi destaque na imprensa mundial. A notícia foi manchete do site da CNN, que destaca o pedido de emergência feito pela aeronave entre as cidades de La Ceja e La Union. A britânica BBC também destaca o acidente na manchete de seu site, explicando que a equipe iria jogar o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, de Medellin.

O acidente também foi destaque no britânico The Guardian, que fez inclusive uma cobertura ao vivo reportando as informações mais recentes para seus leitores. O jornal informa o número de mortos – 76 confirmados.

O francês Le Monde reporta que as condições climáticas no momento do acidente eram péssimas, com fortes chuvas e ventos. O El País, o maior jornal de língua espanhola, estampa em sua manchete uma foto do lateral brasileiro Alan Ruschel, que foi resgatado com vida pelos socorristas. O site do argentino Clarín estampou uma grande imagem do avião acidentado que transportava a equipe brasileira.

O time da Chapecoense e 21 jornalistas que iriam trabalhar no jogo embarcou em Guarulhos e fez escala em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Lá, seguiu num voo fretado da empresa Lamia. Por volta das 22h15 (hora local), o avião sumiu dos radares. A causa do acidente ainda não foi esclarecida. O voo tinha 81 pessoas, 76 passageiros e nove tripulantes. Seis pessoas sobreviveram, entre eles o lateral brasileiro Alan Ruschel.

Confira lista oficial de passageiros do voo acidentado


Os cinco sobreviventes são os jogadores Alan Ruschel, Danilo e Follmann, o jornalista Rafael Henzel e a comissária de bordo Ximena Suarez

Jogadores:
Alan Ruschel
Ananias Monteiro
Arthur Maia
Bruno Rangel
Aiton Cesar
Cleber Santana
Marcos Padilha
Dener Assunção
Filipe Machado
Jakson Follmann
José Paiva
Guilherme de Souza
Everton Kempes
Lucas da Silva
Matheus Btencourt
Hélio Zampier
Sérgio Manoel Barbosa
William Thiego
Tiago da Rocha
Josimar
Marcelo Augusto ‘Caramelo’


Comissão técnica e convidados:
Caio Júnior
Mateus Lucena dos Santos
Luiz Saroli
Eduardo Filho
Anderson Araújo
Anderson Martins
Marcio Koury
Rafael Gobbato
Luiz Cunha
Luiz Grohs
Sérgio de Jesus
Anderson Donizette
Andriano Bitencourt
Cleberson Fernando da Silva
Emersson Domenico
Eduardo Preuss
Mauro Stumpf
Sandro Pallaoro
Gelson Merísio
Nilson Jr.
Decio Filho
Jandir Bordignon
Gilberto Thomaz
Mauro Bello
Edir De Marco
Daví Barela Dávi
Ricardo Porto
Delfim Pádua Peixoto Filho


Jornalistas:
Guilherme Marques, da Globo
Ari de Araújo Jr., da Globo
Guilherme Laars, da Globo
Mario Sérgio Ponte de Paiva, ex-jogador da seleção brasileira, da Fox Sports
Victorino Chermont, da FoxSports
Rodrigo Santana Gonçalves, da FoxSports
Davair Paschoalon (Deva Pascovicci), da FoxSports
Lilacio Pereira Júnior, da FoxSports
Paulo Clement, da FoxSports
Giovane Klein Victória, da RBS
Bruno Mauri da Silva, da RBS
Djalma Araújo Neto, da RBS
André Podiacki, da RBS
Laion Espíndola, do GloboEsporte.com
Rafael Valmorbida, Rádio FM
Renan Agnolin, Rádio FM
Fernando Schardong, Rádio AM
Edson Ebeliny, Rádio AM
Gelson Galiotto, Rádio AM
Douglas Dorneles, Rádio AM
Jacir Biavatti, Rádio FM
Ivan Agnoletto, Rádio AM


Tripulação:
Miguel Quiroga
Ovar Goytia
Sisy Arias
Romel Vacaflores
Ximena Suarez
Alex Quispe
Gustavo Encina
Erwin Tumiri
Angel Lugo

 

 

Avião com time da Chapecoense cai na Colômbia: 75 mortos e 6 sobreviventes

Time seguia para Medellín, onde faria primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana

[atualização: o número de sobreviventes passou de 5 para 6]
 
O avião que levava a equipe da Chapecoense para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana caiu na madrugada desta terça-feira, nas proximidades de La Ceja, na Colômbia. O chefe da polícia de Antioquia, general Jose Azevedo, confirmou que há 76 mortos. São cinco sobreviventes, todos identificados: Alan Ruschel, lateral do time; Danilo, goleiro; Jackson Follman, goleiro; Ximena Suárez, comissária de bordo; e Rafael Henzel, jornalista. No voo estavam 72 passageiros e nove tripulantes. Seis pessoas tinham sido resgatadas com vida, mas uma delas morreu a caminho do hospital. A aeronave pertencia à companhia boliviana Lamia, e perdeu contato com a torre de controle ao sobrevoar o uma região montanhosa no município de La Ceja, perto de Medellín, no noroeste da Colômbia, por volta de 22h15m de segunda-feira (hora local). O avião teria sofrido falha elétrica, e o piloto descartou combustível antes de tentar pouso forçado. 
 Dentre os 72 passageiros, 48 eram integrantes da delegação da Chapecoense, que levou, além da comissão técnica, vários dirigentes. Estavam a bordo, ainda, 21 jornalistas e três convidados do clube.  O time da Chapecoense viajava para Medellin, onde na quarta-feira faria o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional. Os jogadores decolaram do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na segunda-feira, e chegaram a fazer escala técnica em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A delegação teve que mudar seu plano de voo por uma decisão da autoridade da aviação brasileira, que o impediu de ir para Medellín num avião fretado desde Chapecó.

O prefeito de Medellín disse através de seu perfil no Twitter que a prefeitura disponibilizou a rede de hospitais e enviou uma equipe do Departamente Administrativo de Gestão de Risco e Desastre ao local do acidente.  A Confederação Sul-americana de Futebol confirmou que foi notificada por autoridades colombianas sobre o acidente envolvendo a aeronave que transportava a equipe da Chapecoense. No comunicado, a Conmebol lamenta o ocorrido: "A família Conmebol lamenta enormemente o ocorrido. Todas as atividades da confederação estão suspensas até um novo aviso", consta em um trecho da nota.

Ainda de acordo com o comunicado, o presidente da confederação, Alejandro Domínguez, está a caminho de Medellín. Um vídeo publicado na página da Chapecoense em uma rede social mostra a equipe e os jogadores do time no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, momentos antes do embarque. No registro, o gerente de futebol do clube, Cadu Gaúcho, afirmou que essa seria a viagem "mais importante do clube até agora".  A cada ano que passa a gente vai conseguindo marcar a história do clube. A gente espera que, novamente, numa final inédita sul-americana, a gente possa fazer um primeiro jogo muito bom — disse ele no vídeo.


Em seu perfil no Twitter, o Atlético Nacional lamentou o acidente e prestou solidariedade a Chapecoense: "Nacional lamenta profundamente e se solidariza com @chapecoensereal por acidente ocorrido e espera informação das autoridades."


Fonte: O Globo


segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Elize Matsunaga, a que esquartejou o marido, vai a júri popular em São Paulo

Após quatro anos, Elize Matsunaga vai a júri popular em São Paulo

 Júri de Elize deve durar até 5 dias

Ela é ré no processo de homicídio doloso contra o marido Marcos Matsunaga. Elize confessou ter matado e esquartejado a vítima, em 2012 

Acusada de matar e esquartejar o marido, Elize Matsunaga vai a júri popular nesta segunda-feira (28/11), em São Paulo. O julgamento, no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista, se inicia quatro anos após a morte brutal do empresário Marcos Kitano Matsunaga, herdeiro do grupo Yoki. A expectativa é de que o júri dure até cinco dias e a sentença seja definida só na sexta-feira (2/12). A ré vai dormir na carceragem do fórum.

Elize confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e depois a esquartejou em sete partes, em 19 de maio de 2012. Ela é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver. Para o Ministério Público Estadual (MPE), Elize matou o marido para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil.



A defesa, feita pelos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio, deve alegar que Elize matou Marcos Matsunaga para se defender de agressões do homem e, desesperada, cometeu o crime. Foram convocadas pela acusação e defesa 22 testemunhas.  Se for condenada por homicídio simples, a bacharel em Direito, ex-enfermeira e ex-garota de programa terá uma pena entre 6 e 20 anos de prisão. Como está presa há mais de 4 anos e não tem outros antecedentes criminais, ela poderia sair com ordem de soltura por ter cumprido mais de um sexto da pena. Com as acusações qualificadoras, o homicídio passa a ser hediondo e a condenação chega a 30 anos. 



Entenda

Elize e Marcos Matsunaga se conheceram por meio de um site de anúncios de prostitutas de luxo, quando ele ainda era casado, em 2004. Ele se separou da mulher e em 2009 e se casou com Elize. Três anos depois ela o matou. O crime teria ocorrido durante uma discussão do casal, ela com 30 anos e ele, 42 na época. Ela contratou um detetive para investigar o marido. Um vídeo mostrou o executivo abraçado com uma mulher, uma prostituta, na saída de um restaurante, na véspera do crime.

Depois atirar na cabeça dele e de esquartejá-lo em sete partes usando uma faca de cozinha, Elize contou que ensacou os pedaços, colocou em malas e depois os espalhou em cinco terrenos de Cotia, na Grande São Paulo. A família do empresário denunciou o desaparecimento no dia 21 daquele mês. Duas semanas depois, Elize foi presa e confessou o crime. O casal tem uma filha, atualmente com 5 anos, que está sob cuidados de familiares do pai. 

Fonte:Correio Braziliense

Leia também: Suzane von Richthofen se casa com ex-mulher de Elize Matsunaga


Sem abrir exceções

As implicações do teto para os gastos públicos

Uma análise serena da proposta central da PEC do teto limitar o crescimento dos gastos públicos primários à inflação do ano anterior — conclui, sem perda de tempo, que se trata de um mecanismo correto para os tempos em que se vive. Não se pode esquecer que, anos a fio, os gastos públicos, exceto as despesas com os juros da dívida, vêm aumentando mais que a inflação e o PIB. 

Um raciocínio lógico simples conclui ser esta uma tendência insustentável. O país precisaria crescer para sempre, sem pressões inflacionárias e quaisquer outras crises. Uma evidente impossibilidade. Sequer o paraíso da economia planificada pelo Estado, a União Soviética, conseguiu. Os números poderiam não ser conhecidos, as estatísticas macroeconômicas sequer calculadas, e, num determinado momento, o sistema ruiu.

O chamado regime fiscal brasileiro, desde a Constituição promulgada em 1988, se caracteriza por gastos em alta e carga tributária, idem. Por razões óbvias. Ocorre que há limites físicos. No caso do Brasil, o peso dos tributos bateu nos 35%/36% do PIB — o mais elevado do conjunto de países emergentes, acima inclusive de economias desenvolvidas —, e mesmo assim as despesas não deixaram de crescer. Afinal, além de o Orçamento passar a ser vinculado a gastos específicos Saúde, Educação —, cresceram despesas também fixas como salários de servidores estáveis e gastos ditos sociais. 

Apenas a Previdência consome 45% das receitas públicas. E tudo sobe porque boa parte desses itens está indexada ao salário mínimo — também beneficiado por reajustes acima da inflação.  O lulopetismo colocou em prática a velha cartilha econômica do PT, acelerou ainda mais as despesas e, assim, colocou no radar dos mercados a insolvência do Tesouro. Investimentos começaram a cair, uma política inconsequente de incentivos creditícios ao consumo endividou as famílias, até que todos esses e outros fatores interagiram e jogaram a economia no chão. Enquanto as despesas continuavam em alta.

A PEC do teto se impõe para conter essa corrida das despesas dentro do limite da inflação. No passado, seria herético, por indexar todos os gastos. Mas como eles passaram a ter expansão real, por essa série de mecanismos pró-gastança, o teto passou a ser crucial. O país continua com as contas públicas em péssimo estado: déficit nominal de 10% do PIB e primário (sem os juros) de 3% do PIB. O teto equivale àquela “freada de arrumação”, para colocar um mínimo de ordem nas finanças públicas. Uma espécie de anestesia a fim de que sejam feitas intervenções mais profundas e também necessárias: reforma da Previdência, das leis trabalhistas e assim por diante.

No novo regime fiscal que se pretende instituir é possível dar a necessária prioridade à Saúde ou à Educação. Basta compensar despesas maiores nestes segmentos com reduções em outras áreas. E não se pode é admitir que inexistam gorduras a queimar na mastodôntica máquina do Estado. E também não se pode abrir exceções na política do teto, sob o risco de um longo período de estagnação na economia

Fonte: Editorial - O Globo

Nossos dois leitores - 'ninguém' e 'todo mundo' - não merecem mais a tortura de ler sobre algo que não vai acontecer simplesmente por ser algo impossível


Um grave erro de grande parte da imprensa é insistir que existe um projeto de anistiar CAIXA DOIS.
As práticas chamadas de CAIXA DOIS não podem ser objeto de anistia pela simples razão de que até o presente momento CAIXA DOIS ou prática equivalente NÃO É CRIME e só crimes podem ser anistiados - mantendo o assunto na esfera penal.

Insistir que o Congresso quer anistiar os crimes de CAIXA DOIS é semear, ainda que de boa fé, entre os desavisados a ideia de que o Congresso pretende anistiar crimes, favorecer criminosos, quando pelo menos no que concerne a uma anistia aos crimes de caixa dois o Congresso está inocente.

Outro aspecto que pode colaborar para semear mais confusão em uma situação política  já caótica é falar em ANISTIA ANTECIPADA, algo que não está sendo cogitado (caso alguém cogite estará desperdiçando tempo  por se tratar de  algo que não pode existir pelo simples motivo que só CRIMES são objeto de anistia - novamente lembrando que este comentário se restringe ao aspecto penal; 

Enquanto não ocorre a prática criminosa não há o que anistiar e  ocorrido o crime a anistia pode se tornar cabível mas não será antecipada, por alcançar fato pretérito.

Caso haja interesse desonesto do Congresso em evitar que práticas futuras possam se tornar crimes (justificando a tentativa infrutífera da  criação da  ANISTIA ANTECIPADA) basta apenas aquele Poder não criar leis que tornem tais práticas crimes, tendo em conta o mandamento constitucional: ' não existe crimes sem lei anterior que o defina'.

Doravante, este blog PRONTIDÃO TOTAL, ainda que com grande esforço,  vai se abster de comentar qualquer matéria que cuide de anistia aos crimes do caixa dois ou de anistia antecipada. 

Quando as práticas conhecidas como CAIXA DOIS forem tipificadas como crime comentaremos sobre o assunto.

Vai ser dificil conter a tentação de comentar quando vermos matérias cuidando de anistiar o que não é crime, mas, por respeito aos nossos dois leitores,  vamos nos abster de comentar sobre NÃO FATOS.

Editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL

A difícil equação

A difícil equação

Exige-se uma política que siga padrões de moralidade pública. Exige-se do novo governo que se diferencie do anterior

A Lava-Jato segue o seu inexorável curso. É como um cataclismo natural que se abate sobre a classe política. As delações da Odebrecht, acompanhadas de suas respectivas provas materiais, atingirão a base parlamentar do governo e muito provavelmente muitos de seus ministros. Governar será ainda mais difícil em um contexto de devastação da classe política. 

Por outro lado, o país foi praticamente levado ao abismo pelos governos petistas, com o PIB caindo vertiginosamente, o desemprego alcançando 12 milhões de pessoas, o que equivale, na verdade, a 40 milhões, considerando quatro pessoas por família. As expectativas da população em geral são muito ruins. O impasse é grande.  Urge, portanto, que o governo tome medidas para tirar o país deste buraco, o que pressupõe a aprovação da PEC do teto, a reforma da Previdência e a modernização da legislação trabalhista. Sem elas, o país continuará patinando no marasmo, senão na decadência. 

O problema, porém, que se coloca consiste no timing da aprovação destas reformas, tendo como pano de fundo o avanço da Lava-Jato e o vazamento de suas investigações. As reformas devem ser priorizadas sob o risco de serem inviabilizadas. O que está em questão é o país. A difícil equação consiste precisamente nesta correlação. Quanto antes essas reformas forem aprovadas, menor impacto terá a Lava-Jato sobre elas. Quanto mais tardarem, mais a Lava-Jato poderá atingi-las, vindo, mesmo, a inviabilizá-las, dada a desordem política daí resultante. 

Como se isto não bastasse, os fatos que levaram à demissão do agora ex-ministro Geddel expõem outro flanco delicado do governo ao expor as complexas relações entre moral e política, sobretudo à luz do cenário atual. Suas repercussões são tanto mais graves por acontecerem neste momento de devastação da classe política pelas operações da Lava-Jato, quando a sociedade civil clama por moralidade pública. A classe política e setores do governo parecem não ter compreendido que a sociedade brasileira já não mais admite uma política cínica, voltada para o atendimento particular de políticos e corporações dos mais diferentes tipos, sejam as do funcionalismo público em geral, sejam as das corporações patronais e sindicais. 

Os interesses corporativos não podem se sobrepor aos do Brasil. O Judiciário e o Ministério Público, que tão relevantes serviços têm prestado ao Brasil, não podem, por exemplo, neste momento de crise aguda, exigir aumentos salariais e benefícios dos mais diferentes tipos enquanto outros não têm o que comer. Exige-se, hoje, uma política que siga padrões de moralidade pública. Exige-se do novo governo que ele se diferencie do anterior. Se isto não for feito, poderá ser fortalecida a percepção de que a mudança seria, apenas, mais do mesmo. O país poderia ser paralisado.  O fosso entre a sociedade, de um lado, e a classe política e o governo, de outro, só tende a aumentar se as brigas da Corte e da classe política primarem sobre o bem coletivo.  Difunde-se, na sociedade, a ideia de que o governo está se dissociando da sociedade.

Os políticos e as corporações, por sua vez, continuam em um jogo particular, pequeno, como se o precipício não estivesse logo ali. Há um ensimesmamento extremamente perigoso, pois nasce da falta de consciência da gravidade da crise.  A nação clama por transformações e por um esforço coletivo, devendo a classe política e o governo tomarem esta vanguarda. Ora, esta liderança não está se exercendo a contento, os interesses menores prevalecendo sobre os maiores. 

Mostra disso reside no projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados com o intuito de anistiar os crimes do caixa dois. A insensibilidade parlamentar é total. A sua falta de oportunidade é completa. A sociedade clama pela punição dos mais diferentes tipos de crime, enquanto a classe política procura preventivamente isentar-se desta responsabilidade.
Mesmo que devamos distinguir entre os crimes eleitorais e os de corrupção e propina, o momento não poderia ser mais inadequado. Aos olhos da sociedade, aparece esta iniciativa como uma anistia antecipada, uma precaução diante dos desdobramentos da Lava-Jato. [pedimos encarecidamente aos nossos dois leitores - ninguém e todo mundo - que não deixem de ler o POST imediatamente posterior a este.]

A classe política está brincando com fogo. O povo foi às ruas, em especial a classe média, para protestar contra um governo corrupto que se caracterizou por práticas ilícitas e imorais. O mensalão e o petrolão mostraram isto à saciedade.


As manifestações populares disseram não ao governo Dilma e indiretamente sim ao então vice-presidente Michel Temer, na expectativa de que este se mostrasse diferente do ponto de vista da moralidade. A sua biografia o respalda. Agora, poderão voltar essas manifestações enquanto expressão de uma aguda indignação moral, podendo, então, cair elas no colo do próprio presidente. Seria o pior dos cenários. Deve ele, portanto, dissociar-se publicamente deste projeto de lei de anistia, anunciando, desde já, que não o sancionará caso seja aprovado. 

Acrescente-se, ainda, que essas manifestações, caso venham a ocorrer, teriam uma face nitidamente social, com os desempregados também delas participando. Expressariam toda a sua indignação e desamparo.  Juízes também poderiam juntar-se a essas manifestações, protestando contra o projeto de lei da anistia, respaldados pelos movimentos sociais, como o MBL e o Vem para a Rua. 

A demissão do ministro Geddel tira um pouco o fogo do caldeirão, porém este indigesto caldo de cultura permanece. O governo deverá avançar tanto nas reformas quanto moralmente, escutando a sociedade e apoiando-se nela. A pauta do governo não pode ser um apartamento na Bahia. O governo deverá mostrar mais claramente que o seu diferencial consiste em ser moralmente diferente do anterior, o que exige uma reformulação das práticas políticas correntes. Não há mais tergiversação possível. É o futuro do país que está em jogo.

Fonte: Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul - O Globo

domingo, 27 de novembro de 2016

Distrito Federal tem mais de 11 mil pessoas morando nas ruas - Este número não corresponde a realidade

Fim de ano:população de rua cresce e dá uma dimensão do abismo social no DF

No fim do ano, a população de rua cresce e aparece. Em terrenos sem qualquer estrutura, nas comerciais e nos gramados, homens, mulheres, crianças, dependentes químicos e doentes mentais dão uma dimensão do abismo social no Distrito Federal

As paredes são de madeira fina, e o teto, de lona. Dentro do barraco, um colchão de casal, uma cama menor improvisada, poucos móveis usados, um ventilador e uma luz de gambiarra. Esta é a casa que Tatiana Araújo, 29 anos, divide com os quatro filhosum de 11, outro de 10, o do meio, de 7, e o caçula de 3 anos — em uma invasão próxima ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Ela veio da Bahia ainda pequena. Na cabeça, acreditava que Brasília seria uma cidade de realizações e oportunidades. “Vim pensando que era uma coisa e é outra. A vida aqui se tornou mais cara e mais difícil”, relembra.

Mudando de terreno em terreno, Tatiana leva a vida como catadora de material reciclável. O quintal da casa dela é o próprio local de trabalho. Depois de buscar o lixo na rua, faz a separação perto da moradia e espera até uma pessoa vir recolher. Pelo serviço, ganha, em média, R$ 250 por mês. O valor não é suficiente para o sustento da família. Além dele, Tatiana conta com o Bolsa Família dos filhos. “É uma vida triste. Você mora perto da lama, tem rato, mato, mosquito. Fica exposto a tudo quanto é doença. Você mora mais fora do barraco que dentro”, descreve.

[a forma como a matéria é apresentada deixa a impressão que no final do ano milhares de pessoas que moram nas ruas do DF - aqui chamada 'população de rua' - se torna visível.

Nada disso. Pequena parte das 11.000 pessoas que aqui são apresentadas como 'morando nas ruas',   NÃO MORAM em Brasília, Distrito Federal ou Entorno.

A maior parte desse número é formado por 'migrantes profissionais' que residem fora do DF - a maior parte na Bahia - e que todo final de ano aproveitam a generosidade dos moradores de Brasília e vem para o DF, ocupam as ruas, construindo barracos improvisados (contando com o apoio, por omissão, do governo do DF que nada faz para remover essas pessoas das ruas) e ficam pedindo esmolas.

Logo que passam as festas do final de ano voltam para suas cidades de origem.

É DEVER do governo criar uma estrutura operacional para impedir que tais pessoas ocupem as ruas - dão preferência as áreas centrais, locais em que o maior fluxo de pessoas faz com que 'faturem' mais com a mendicância.

Sendo proibido ao Governo impedir que tais 'pedintes profissionais' se desloquem para Brasília - existe a vetar qualquer medida para impedir o livre deslocamento  dos 'migrantes profissionais', o CONSTITUCIONAL 'direito de ir e vir' - restando ao Governo impedir que tais pessoas construam tendas de lona no Eixo Monumental, margem de rodovias, etc. 

A omissão das autoridades em coibir a 'mendicância profissional' , faz com que a cada ano cresça o número de pedintes nas ruas de Brasília, especialmente no final do ano.

Com a omissão governamental e a divulgação feita pelos pedintes no interior de suas cidades dos excelentes resultados da mendicância profissional, teremos sempre um ciclo vicioso, no qual até centenas de crianças ficam expostas a condições que oferecem risco a sua própria integridade física.

Urge que o governo esqueça o maldito 'politicamente correto' e adote medidas que desestimule essa migração sazonal e cruel.

Vejam o exemplo que a matéria apresenta de Tatiana. Detalhe: exceto se for uma rara exceção, Tatiana não reside em Brasília. NO inicio de janeiro irá embora, provavelmente já grávida ou cuidará de engravidar, logo que chegue a sua cidade e no inicio de DEZEMBRO estará novamente no DF, agora com quatro crianças, sendo uma recém nascida.

Nada temos contra a população de rua ou a que diz ser. Apenas entendemos que não deve ser permitida que pessoas vegetem, acalentando sonhos impossíveis - qualquer um sabe que as chances de Tatiana ganhar moradia são menores que ZERO e caso ganhasse, dias depois venderia por qualquer punhado de reais que logo seria gasto e tudo começava de novo.]

Enquanto conversa e conta um pouco da triste história, o filho mais novo de Tatiana corre pelado e descalço pelo chão de terra batida. O pequeno se diverte com uma bolha de sabão que sai voando, anda de bicicleta em meio ao lixo e percorre o local com naturalidade e domínio. Inscrita no programa habitacional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab), Tatiana aguarda há quatro anos a chance de realizar o maior sonho: ter uma casa. “Quero sair daqui, ganhar uma moradia, ter estabilidade e um serviço. Não quero trabalhar com reciclagem”, complementa. “Tem dias que não consigo trabalhar por conta das crianças. Como deixo eles aqui sozinhos?”, questiona.

Fonte: Correio Braziliense



Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo desmoralizam os poderes que chefiam com pronunciamento sem cabimento

Temer, Maia e Renan declaram que não vão patrocinar anistia ao caixa 2

Presidentes do Executivo e do Legislativo fazem pronunciamento conjunto

[O presidente Michel Temer tem dado umas 'pisadas nos tomates' com intervenções inoportunas e quando procura auxílio do Renan e do Maia consegue piorar a mancada.
Vejamos: uma matéria em discussão no Congresso, discussão conjunta ou apenas no Câmara ou Senado, para ser aprovada ou rejeitada depende da vontade da maioria dos parlamentares - o que já desautoriza qualquer manifestação dos presidentes de qualquer das casas legislativas ou do Poder Executivo.

Um presidente da Câmara ou do Senado pode atrapalhar muito a tramitação de um projeto, retardar,  mas não pode impedir que o Plenário aprove ou rejeite.
O presidente da República pode usar o poder de veto e não sancionar um projeto de lei aprovado no Congresso, com isso impedindo que entre em vigência. Mas, o Congresso Nacional pode derrubar o veto presidencial e a lei entra em vigor.

Portanto, é enganação que o trio Temer, Renan e Maia façam pronunciamento a Nação dizendo que não vão patrocinar este ou aquele projeto - podem até honrar a palavra e não patrocinar, mas, nada impedirá que o Congresso Nacional aprove o projeto, derrube eventuais vetos e torne lei o que foi vetado pelo presidente da República.
Maior enganação é quando os ilustres prometem não "patrocinar" qualquer movimento em favor da aprovação de emenda de anistia a crimes relacionados a doação eleitoral.

Sabem o que essa garantia vale: NADA. 
O projeto mais comentado que seria anistiar os praticantes do chamado CAIXA DOIS não será sequer discutido pelo Congresso, já que para anistiar um crime é necessário que o mesmo exista no ordenamento penal brasileiro - e CAIXA  DOIS  não é crime.
Qualquer projeto para anistiar crimes relacionados a doação eleitoral não poderá ser apresentado/discutido por não existir nenhum crime com essa tipificação.

O que existe são alguns crimes tipo sonegação fiscal, lavagem de dinheiro que foram cometidos para ensejar doação eleitoral, só que os que são objeto de ação penal cuidam da violação de dispositivos da legislação fiscal, ou mesmo penal que punem a 'lavagem de dinheiro', a 'sonegação fiscal', nada tendo a ver com crimes eleitorais.

Se o elemento lavou dinheiro ele cometeu um crime não tipificado na legislação eleitoral, portanto, não cometeu crime eleitoral.
Isso faz com que o crime cometido - lavagem de dinheiro - seja punido pela legislação penal, fiscal, o que impede que o seu autor seja beneficiado por qualquer anistia a crimes eleitorais.

No exemplo acima  o autor do crime de lavagem de dinheiro será punido pelo crime LAVAGEM DE DINHEIRO e o político beneficiado pela doação e que não informou à Justiça Eleitoral da mesma será punido por crime eleitoral - omissão de informações - haja vista não ter informado a doação recebida.
O beneficiário da doação cometeu crime previsto na Lei Eleitoral quando não informou a doação recebida, mas, não há interesse do Congresso em anistiar este crime.
O que estão tentando fazer - mas,nenhum parlamentar tem coragem para tanto  - é anistiar a obtenção de recursos praticado pelo doador se valendo de meios ilícitos: lavagem de dinheiro, superfaturamento em obras públicas, sonegação fiscal - crimes, vale repetir, que NÃO SÃO ALCANÇADOS por nenhuma anistia que beneficie autores de crimes eleitoras, por se tratar de crimes punidos em legislação específica, não eleitoral. 

O presidente Michel Temer afirmou, em pronunciamento feito no Palácio do Planalto neste domingo, ao lado dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), decisão dos três presidentes de não "patrocinar" qualquer movimento em favor da aprovação de emenda de anistia a crimes relacionados a doação eleitoral. Temer, no entanto, reconhece que esse compromisso feito pode não impedir que isso seja feito já que a decisão depende de decisão da maioria do Congresso mas acredita que esse tipo de manifestação desestimule qualquer movimento neste sentido.   — Queremos fazer uma comunicação, por termos feito, o Executivo e o Legislativo, um ajustamento institucional com vistas a, se for possível, impedir a tramitação de qualquer proposta que vise a chamada anistia. Este ajustamento institucional que estamos fazendo tem sido a regra da nossa conduta — disse Temer, acrescentando: — Conversamos Rodrigo e Renan sobre isso e acordamos que, pelo menos patrocinado pelo presidente da câmara e do Senado, não patrocinar essa proposta. Isso desestimula qualquer movimento na Câmara e no Senado com vistas à tramitação dessa matéria.

Temer reiterou que seria "impossível" ele sancionar qualquer tipo de anistia. Destacou ainda que essa é uma reivindicação da sociedade e salientou o movimento de parte da sociedade em voltar às ruas contra isso: — No tocante a anistia, há uma unanimidade dos dirigentes do Executivo e daqueles do Legislativo. Conversamos muito nos últimos dias e entendemos que é preciso atender reivindicação que vem das ruas, o poder é do povo e quando o povo se manifesta, a audiência há que ser tomada pelo Executivo e Legislativo. Estamos assistindo novamente movimento das ruas. Essa não é exatamente uma questão de governo. É uma questão da sociedade, tem que ser versada pelo Legislativo, mas eventualmente exige ação do Executivo — disse Temer:

— Nesse caso da anistia, em dado momento viria para a presidência vetar ou não, já disse na sexta-feira, em comentário: é impossível sancionar matéria dessa natureza. Temer afirmou que ao longo do tempo estabeleceram um diálogo produtivo entre os dois poderes que permitiu a aprovação da PEC do limite de teto de gastos praticamente sem nenhuma modificação na Câmara. E que Renan colocou em pauta a votação desta emenda no dia 29 e que ele espera uma votação positiva também no Senado.

RODRIGO MAIA: "FALHA DE COMUNICAÇÃO"
Rodrigo Maia disse que há uma falha de comunicação no tema sobre a anistia aos crimes eleitorais. A proposta de anistia chegou a circular pela Câmara como possível emenda ao projeto de combate à corrupção, que está sendo discutido na Casa. — Começamos a discutir algo que não existe. Então, acho que a reunião de hoje é importante para esclarecer que essa emenda de anistia nunca existiu. Nenhum representante partidário assinou essa emenda, então ela não existe. Não estamos votando as dez medidas (de combate à corrupção) para anistiar nenhum crime — afirmou Maia.

Os presidentes também declararam disposição para votar projetos que tentam retirar o país da crise financeira. A declaração é vista como um recado ao mercado, que reagiu mal à crise que culminou com a saída de Geddel Vieira Lima do Ministério do governo Temer. Geddel foi acusado de pressionar o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, pela aprovação de um empreendimento imobiliário em área tombada de Salvador, onde teria comprado um imóvel.
— Estamos fazendo um ajuste institucional no sentido de que não haverá apreciação de anistia a qualquer crime eleitoral. Claro que cabe ao Congresso fazer qualquer anistia. Nós acabamos de fazer uma anistia de repatriação (de recursos no exterior). E o presidente da República, que participa do processo legislativo, e os presidentes da Câmara e do Senado concordam que essa matéria não deve tramitar. Estamos fazendo o ajuste fiscal, que considero ser uma obrigação, e vamos votar matérias econômicas, que são fundamentais para a recuperação da economia — declarou Renan.


Fonte: O Globo

SEM ANISTIA 3 – Pedi que Temer demitisse Geddel; já era! Pedi que Maia enterrasse anistia impossível; já era! Pedi que Janot controle seus radicais. Vamos ver!

A questão agora é saber se os procuradores continuarão a se comportar como bedéis do Congresso. Darão ao correto e bom projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade o mesmo tratamento que deram à anistia que nunca houve nem haverá?

Na sexta, às 6h57, publiquei aqui um http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/chega-de-baderna-maia-tem-de-jogar-suposta-anistia-no-lixo-temer-tem-de-demitir-geddel-e-janot-tem-de-recolher-seus-extremistas/ com este título: “CHEGA DE BADERNA! Maia tem de jogar suposta anistia no lixo; Temer tem de demitir Geddel, e Janot tem de recolher seus extremistas”.

Vamos lá. Sobre Rodrigo Maia, escrevi isto: “Maia tem de chegar nesta sexta e deixar claro: não se votará projeto nenhum que lembre qualquer coisa parecida com anistia. Tem de convocar os líderes para que estes se manifestem em nome de seus partidos. Ainda que a eventual aprovação de um projeto assim fosse inócua, isso não pode acontecer por uma questão moral.”

E ele o fez. Em várias entrevistas, enterrou o tema da anistia. Neste domingo, vai fazê-lo de novo, em companhia do presidente da República.

Temer Sobre o presidente Michel Temer, escrevi: “É evidente que o sr. Geddel Vieira Lima não pode permanecer no cargo. (…)  É praticamente impossível que uma denúncia com vistas ao impeachment prosperasse porque não passaria na Câmara, mas o conjunto fragiliza o presidente, e um chefe do Executivo fragilizado, vimos isso com Dilma, não consegue fazer o que tem de ser feito.”

Pois é… Geddel já é ex-ministro. Deixou o posto na própria sexta. Sim, o presidente cortou na carne. Sai um de seus mais importantes auxiliares. Operoso, vamos convir, ele é.
Até aqui, cumpriram-se duas das três coisas que me pareciam necessárias para esfriar os ânimos. Agora falta a terceira.

Janot Sobre o procurador-geral da República, escrevi: “É patente que membros de destaque do Ministério Público Federal reivindicam hoje a tutela da atividade legislativa. Mas não só: também pedem a tutela da atividade executiva. E não é raro que façam juízos muito pouco lisonjeiros de decisões tomadas no Supremo — o que indica a sua aspiração à onipotência. Tome-se o caso do projeto que muda a lei de combate ao abuso de autoridade. Pespegou-se no texto a pecha de ‘anti-Lava Jato’, o que é de uma mentira fabulosa. Chega!”

Vamos ver qual vai ser a reação do MPF ao pronunciamento deste domingo. Que procuradores vão cantar vitória, embora soubessem ser inviável, impossível mesmo!, a anistia, bem, isso é inequívoco.

A questão agora é saber se continuarão a se comportar como bedéis do Congresso. Darão ao correto e bom projeto que muda a lei que pune abuso de autoridade o mesmo tratamento que deram à anistia que nunca houve nem haverá?
Insistirão numa espécie de método plebiscitário e publicitário para constranger o Congresso?

“Ah, mas o Congresso não pode fazer tudo o que lhe dá na telha.” É verdade. Por isso existe uma sociedade vigilante. Por isso existe um Supremo Tribunal Federal.  O que não pode, porque é um caminho certo para a crise e para o impasse, é o Ministério Público Federal arvorar-se em controlador prévio da atividade legislativa, da atividade executiva e da atividade judicial.

Um ente com esses poderes seria, sem favor nenhum, um ditador. Ainda que bem-intencionado. Como a história ensina, toda ditadura começa com boas intenções.
Agora é Janot quem tem de fazer a sua parte. A menos que o clima de bagunça institucional seja do seu interesse.

 Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo