Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Durante visita a Embrapa Cerrados, o britânico pediu que
o Brasil divulgue o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para o
mundo
Em vídeo publicado no Twitter, Alok Sharma,
presidente da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas
(COP 26), disse que a tecnologia dos sistemas de Integração
Lavoura-Pecuária-Floresta aplicados no Brasil é o tipo de inovação que o
mundo precisa. “Estou falando aqui da Embrapa Cerrados, nos arredores
de Brasília, onde tecnologias inovadoras e de baixo carbono estão
ajudando a aumentar a produtividade agrícola brasileira ao evitar o
desmatamento prejudicial e criando empregos verdes para os brasileiros”,
afirma.
Durante visita ao centro de pesquisas, Sharma esteve acompanhado por
Peter Wilson, embaixador do Reino Unido; por Fernando Camargo,
secretário de Desenvolvimento Rural e Inovação do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); por Celso Moretti,
presidente da Embrapa; e por Sebastião Pedro da Silva Neto, chefe-geral
da Embrapa Cerrados.
O britânico, que irá presidir a Cop 26 em outubro e novembro deste
ano em Glasgow, na Escócia, também pediu “ao Brasil que apresente este
trabalho pioneiro e traga outros países para esta jornada”. A fala
reconhece as ações realizadas pela agropecuária brasileira e a
estratégia do governo federal, por meio do Mapa, para divulgar as
técnicas de produção de baixa emissão de carbono do país.
Brasil atinge dezena de recordes na produção de energia renovável Pela primeira vez, força gerada pelos ventos foi capaz
de abastecer 102% da Região Nordeste durante 24 horas. O Brasil bateu dez recordes de produção de energia de fontes
renováveis na Região Nordeste no último mês. Os dados foram divulgados
nesta segunda-feira, 9, pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Foram quatro recordes de geração eólica média e quatro de geração instantânea, além de dois recordes de energia solar.
O Ministério de Minas e Energia destacou o índice registrado em 22 de
julho, quando, pela primeira vez, a força gerada pelos ventos foi capaz
de abastecer 102% da Região Nordeste durante 24 horas. Só naquele dia
foram produzidos mais de 11 mil megawatts médios de energia eólica. De
acordo com o ONS, esse tipo de energia hoje representa 10,9% da matriz
elétrica brasileira, e a expectativa é que chegue a 13,6% ao fim de
2025.
Já em 30 de julho, foi registrado o novo recorde de geração de
energia solar, com o acúmulo de 682 megawatts médios em apenas 24 horas.
Essa quantidade corresponde a 5,8% da demanda da Região Nordeste.
Atualmente, a energia solar representa 2% da matriz nacional, com
expectativa de atingir 2,9% até o fim deste ano.
Decisões de tributação de produtos importados de países sem políticas ambientais restritivas deixa exportadores preocupados com a vulnerabilidade brasileira.
Empresas de comércio exterior, bancos e indústrias têm relatado ao governo e ao Congresso sua crescente preocupação com decisões dos Estados Unidos e da União Europeia de avançar na tributação extra de produtos importados de países sem políticas ambientais restritivas.
Há duas semanas, os europeus definiram um plano (“Mecanismo de Ajuste de Fronteira”) com previsão inicial de impostos sobre empresas estrangeiras fornecedoras de commodities como petróleo, gás e carvão, e produtos cuja fabricação é intensiva na emissão de poluentes, como aço, alumínio, concreto e fertilizantes, entre outros.
O objetivo é proteger os fabricantes domésticos em transição tecnológica para cortar emissões de poluentes, principalmente o dióxido de carbono (CO2), um gás liquefeito, incolor, inodoro, não inflamável, levemente ácido, mais pesado que o ar e é solúvel em água. Eles disputam mercado com importadores de produtos adquiridos em países que não adotam restrições ambientais equivalentes às da União Europeia. Nas palavras de Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, “o princípio é simples: a emissão de CO2 deve ter um preço, um preço que incentive consumidores, produtores e inovadores a escolher as tecnologias limpas, a ir em direção a produtos limpos e sustentáveis.”
Os Estados Unidos resolveram avançar na mesma direção. Semana passada, com aval da Casa Branca, o Partido Democrata apresentou um esboço de legislação para arrecadar US$ 16 bilhões por ano com um imposto verde sobre importações da China, Brasil e outros países que não estariam agindo com eficácia para reduzir emissões de poluentes que contribuem para o aquecimento global.[dois aspectos a considerar: 1) a China deve estar ardendo em preocupação com esse imposto; 2) os autores da ideia esquecem que o preço final do produto - incluindo custo de produção, transporte, impostos, lucros, se somam e produz o preço final que é bancado pelo consumidor final - que com certeza não é o Brasil,nem a China. Até a mudança tecnológico pretendida (parágrafo adiante) os habitantes dos países impostores (EUA,União Européia e outros) vão ter maiores despesas. Imposto subiu = custo final mais alto = produto mais caro para o consumidor final.]
Como no caso europeu, essa nova tributação nas fronteiras equivaleria aos custos assumidos pelas empresas americanas na mudança tecnológica prevista em regulamentações federais e estaduais para diminuição das emissões de gases de efeito estufa na queima de combustíveis fósseis. Inicialmente, seria aplicável a 12% das importações realizadas pelos EUA.
A previsão é de aprovação do imposto ainda neste ano, dentro do novo orçamento, para cobrança já a partir de 2024. Em tese, a maioria parlamentar democrata pode fazer isso acontecer até novembro, antes da Conferência do Clima na Escócia, promovida pela ONU. Cerca de duas centenas de nações, inclusive o Brasil, subscreveram o Acordo de Paris, em 2015, concordando em cortar as respectivas emissões de poluentes. Mas não há uniformidade em critérios, nem nos prazos.
Essas iniciativas europeia e americana tendem a desestabilizar o comércio global baseado nas regras atuais de organismos multilaterais, como a Organização Mundial de Comércio. Além de conveniências políticas domésticas, no aspecto protecionista, não existem parâmetros comuns definidos para se determinar um preço do carbono por cada produto-alvo de um imposto verde.
É parte do jogo de pressões da Europa e dos EUA para induzir países como a China a acelerar sua política de redução de gases de efeito estufa, o que resultaria em aumento de custos na mudança tecnológica de toda a base produtiva. O Brasil pode ser considerado alvo secundário, mas não menos relevante por causa dos sucessivos recordes de devastação florestal na Amazônia — 51% de aumento na área desmatada (8,3 mil km2) nos últimos 11 meses, segundo dados oficiais. O país já foi um protagonista do acordo climático global, agora é percebido como vilão ambiental.
No Reino Unido, uma estudante de direito pode ser expulsa da universidade por dizer que 'mulheres têm vagina'
As universidades não estão mais preocupadas em formar seus estudantes.
Pelo menos, se “formar” significa transmitir conhecimento, facilitar
discussões e debates, ou encorajar os estudantes a ler sobre tudo, fazer
perguntas e se envolver em pesquisas próprias. As universidades estão
mais preocupadas em policiar as opiniões de seus alunos. A educação
agora tem um papel secundário em relação a um projeto que parece muito
mais importante: treinar os jovens para se conformar com a visão de
mundo “descolada”.
Foto: Shutterstock
Essa é a única explicação possível para o que aconteceu com Lisa Keogh, estudante de direito na Universidade Abertay, em Dundee, na Escócia. No momento, Keogh está enfrentando um processo disciplinar e possível expulsão do curso. Seu crime? Ela cometeu uma transgressão. Ousou questionar um ponto central da ideologia progressista — que o sexo não passa de um rótulo arbitrariamente atribuído no nascimento e que a autodeclaração de gênero é o mais importante.
Keogh está sendo investigada por afirmar, durante um seminário sobre estudos de gênero, feminismo e direito, que as mulheres têm vagina e não são fisicamente tão fortes quanto os homens. Ela disse ao The Times: “Eu não pretendia ofender ninguém. Estava participando de um debate e apresentei minhas opiniões sinceras. Fui agredida e xingada por outros estudantes, que me disseram que eu era uma ‘típica garota branca e cis’”. Por causa dessa blasfêmia, a ambição de Keogh de se tornar advogada pode estar arruinada.
Submeter uma aluna a processo disciplinar por comentários como esse faz pouco sentido do ponto de vista educacional. Ela disse algo falso? Supostamente, a universidade pode chamar os professores de biologia para arbitrar e, no processo, ensinar um pouco de ciência aos estudantes. Ou foi o fato de que ela disse algo não aceito pela doutrina progressista corrente? Muitas feministas radicais também acreditam que mulheres têm vagina e que as diferenças entre os sexos são reais. Então toda uma linha de pensamento feminista foi banida pelo que se entende hoje por estudos de gênero e feminismo? O governo lançou diversas investigações sobre a legislação relacionada ao reconhecimento de gênero. Então os estudantes de direito agora estão impedidos de discutir essas importantes questões legais?
Qualquer professor digno do cargo teria usado os comentários de Keogh como oportunidade para ensinar. Ela levantou pontos importantes para uma discussão que permitiria que a sala toda aprendesse mais sobre ciência, teoria feminista e direito. Em vez disso, a aluna está sendo investigada por seus comentários “ofensivos e preconceituosos”, e também por discordar de colegas de classe sobre o uso de “generalizações redutoras”, como “todos os homens são estupradores”. De novo, que ótima oportunidade para demonstrar a importância da clareza linguística ao discutir a lei.
As faculdades policiam o que pode e o que não pode ser dito em palestras e seminários
Estudantes de direito que se encolhem diante de argumentos discordantes levarão um susto enorme quando confrontados com a realidade de um tribunal adverso. Se eles consideram algumas palavras ofensivas demais para ser utilizadas, não vão conseguir lidar com os crimes reais que as pessoas que aparecem nos tribunais são acusadas de cometer.
Se os estudantes não conseguem discutir a possibilidade de os homens serem mais fortes do que as mulheres na segurança de um seminário acadêmico, como vão lidar com os detalhes gráficos de um assassinato ou um estupro num tribunal?
O debate deveria estar no centro do ensino superior. Keogh sabe disso melhor que seus professores. “Você precisa ser capaz de expressar opiniões divergentes; caso contrário, não é um debate”, diz ela. Mas na universidade descolada a discordância é proibida. Espera-se que os estudantes entrem na linha ou fiquem quietos. Durante um seminário, que foi realizado por Zoom, o palestrante responsável supostamente cortou o microfone de Keogh e a impediu de participar. Quando é tão fácil silenciar os estudantes, não constitui surpresa que tão poucos professores estejam exigindo um retorno às aulas presenciais.
As universidades estão menos preocupadas com o ensino superior e mais com a doutrinação dos alunos na ideologia progressista. Os estudantes são submetidos a aulas de consentimento, treinamentos sobre diversidade e códigos disciplinares que policiam o que pode e o que não pode ser dito em palestras e seminários. Os alunos podem sair da universidade tendo lido pouco, discutido menos ainda e incapazes de formular um pensamento crítico. Mas serão fluentes no vocabulário descolado que muda o tempo todo e saberão exatamente que expressões usar para cancelar os blasfemadores.
Talvez essa fosse a lição. A definição da Universidade Abertay de conduta imprópria inclui “uso de linguagem ofensiva” e “discriminação de questões de identidade de gênero”.
Essa linguagem repete boa parte da legislação nacional sobre a Lei de Igualdade, o registro dos incidentes de ódio que não são crimes e a Lei de Comunicações Maliciosas.
A definição generalizante de “ofensivo” também se reflete em locais de trabalho pelo país. Ao silenciar e investigar Lisa Keogh, tragicamente, a Universidade Abertay está fazendo exatamente o que instituições de ensino superior em toda parte parecem considerar seu papel principal: preparar jovens adultos para um local de trabalho em que relacionamentos pessoais e profissionais sejam estabelecidos com base nos códigos progressistas. No processo, os estudantes sob seus cuidados estão se tornando não liberais, intolerantes e ignorantes.
Para o bem de todos, precisamos que as universidades acordem para a importância da liberdade acadêmica, para que elas não doutrinem outra geração para a visão de mundo descolada.
“É a primeira vez que alguém abandona o bloco
econômico, interrompendo o processo de construção de uma ‘casa comum’ na
Europa, que parecia irreversível, depois do fim da URSS”
Dominada pelos conservadores, a Câmara dos Comuns aprovou, ontem, a
saída definitiva do Reino Unido da União Europeia, depois de três anos
de impasses, desde a aprovação do Brexit no plebiscito de 24 de junho de
2016. Sob a liderança do primeiro-ministro Boris Johnson, o Partido
Conservador garantiu a aprovação do afastamento, que obteve 330 votos,
contra os 231 da oposição, liderada pelo Partido Trabalhista. O texto
depende ainda do endosso da Câmara dos Lordes para ter a assinatura da
rainha, o que deve ocorrer na próxima semana. O Brexit deverá ser
ratificado também pelo Parlamento Europeu, em sessão marcada para 29 de
janeiro, dois dias antes do prazo final para a saída do bloco.
Há três anos, o adeus britânico à União Europeia surpreendeu o mundo,
pois ninguém esperava que o nacionalismo emergisse no Reino Unido com
força tão avassaladora, a começar pelo então primeiro-ministro David
Cameron, que havia convocado o plebiscito. Líder do partido conservador,
fez intensa campanha contra o Brexit, mas foi derrotado de forma
surpreendente e acabou tendo que renunciar ao cargo. Foi sucedido por
Teresa May, também do Partido Conservador, que acabou renunciado por
outro motivo: a maioria dos deputados rejeitou suas propostas de acordo
por três vezes. Foi sucedida por Boris Jonhson, que virou a mesa e, nas
últimas eleições, conseguiu formar ampla maioria no Parlamento. Brexit é
uma junção das palavras em inglês “British” e “exit”, que significa
“saída britânica”.
Desde sua criação, em 1993, é a primeira vez que alguém abandona o
bloco econômico, interrompendo o processo de construção de uma “casa
comum” na Europa, que parecia irreversível, principalmente depois do fim
da União Soviética e da derrocada do comunismo no Leste Europeu. A
hegemonia da Alemanha e da França nesse processo nunca foi bem digerida
pelos britânicos, que foram os grandes artífices do atual processo de
globalização, com a política neoliberal da ex-primeira-ministra
conservadora Margareth Tatcher.
Economicamente, a retirada será muito traumática no curto prazo para
os cidadãos britânicos e europeus. Muitas leis vigentes no Reino Unido
perderão a validade. Para evitar “buracos” na legislação, a
ex-primeira-ministra Theresa May havia proposto que o Reino Unido
absorvesse todas as normas da UE e, após um período de transição, cada
uma delas seria avaliada, atualizada ou revogada — mas sem
necessariamente consultar o Parlamento. A proposta foi derrotada três
vezes, mas agora acabou aprovada por Boris Jonhson, com modificações.
Problemas Em contrapartida, cerca de 1,3 bilhão de euros deixarão a UE com a
saída do Reino Unido, que é um dos três pilares da economia europeia.
Agora, a estabilidade da economia europeia dependerá, sobretudo, da
Alemanha, porque a França de Macron anda muito convulsionada. O Reino
Unido será forçado a pagar uma multa, estimada entre 60 e 100 bilhões de
euros, o que também não será muito fácil para os britânicos. A Escócia
majoritariamente preferia permanecer na União Europeia e ainda tem o
problema da fronteira entre as duas Irlandas, pois a do Norte preferia
também permanecer na União Europeia. A Irlanda permanecerá na União
Europeia, com uma fronteira de 500km sem aduanas. Durante 30 anos, houve
violentos conflitos entre as duas Irlandas.
O Reino Unido tem uma aliança estratégica com os Estados Unidos, em
todos os níveis, e mantém fortes laços com a chamada Comunidade
Britânica (Commonwealth of Nations), integrada por 53 países, a grande
maioria ex-colônias, dos quais 16 ainda reconhecem a rainha Elizabeth II
como chefe de Estado, como o Canadá, a Austrália e a Nova Zelândia, que
são economicamente os mais importantes. Nenhum outro país da União Europeia reúne as mesmas condições para
sair do bloco. Mesmo assim, o Brexit fortalece e desperta correntes
nacionalistas em todo o continente europeu. O pior desse processo é que
essas correntes são muito xenófobas, reagindo fortemente à presença de
imigrantes africanos e árabes, o que pode agravar as tensões políticas
em vários países, inclusive na Alemanha, onde a primeira-ministra Angela
Merkel sempre se destacou pela defesa dos imigrantes e forte oposição
às manifestações racistas, de triste memória, devido ao Holocausto.
Pelo
menos até o Natal, com muita boa vontade até o Ano Novo, a vida sorri a
quem deu duro para selar o divórcio; depois, vem o choque de realidade
Boris Johnson merece seu momento de glória, Jeremy
Corbyn merece ser tripudiado, a rainha Elizabeth merece um descanso –
ainda mais agora, com o marido hospitalizado. Com o espírito de boa vontade que cerca o período natalino – sem
contar o recesso geral –, o primeiro-ministro que conseguiu o
aparentemente impossível terá um respiro.
Bem curto. Fazer o Parlamento aprovar o acordo de separação com a União
Europeia, mesmo com dificuldades internas que pareciam insuperáveis, vai
acabar parecendo a parte fácil, com o passar do tempo. E o tempo vai passar muito depressa. Romper as infinitas florestas de regulamentos, empreendimentos comuns
e entendimentos comerciais que uniam a Grã-Bretanha à União Europeia é
algo que nunca foi feito antes na história. Nem o mais ardente partidário do Brexit pode achar que vai ser fácil. Aos primeiros resultados negativos – que, inevitavelmente, existirão –
e muito antes que os resultados positivos comecem aparecer, as
animosidades voltarão a aflorar.
É por isso que ele já se antecipou e prometeu um “Governo do Povo”,
no discurso, uma retribuição aos eleitores que abandonaram em massa o
Partido Trabalhista e votaram nos conservadores, dando ao partido de
Boris a acachapante maioria de 80 parlamentares que destrancou o Brexit. Na prática, significa fazer o que o povo gosta de ver o governo
fazer: gastar e gastar mais um pouco, preventivamente, para
contrabalançar potenciais impactos do Brexit. Na compreensível embriaguez das vitórias sucessivas, e nada, nada
fáceis, o círculo mais ligado ao primeiro-ministro já está falando numa
era de dez anos com o conservadorismo renovado no poder.
Aí, evidentemente, mora um dos muitos perigos.
Boris Johnson costumava dizer, antes de virar um conservador
populista, que era capaz de recitar, de cor, os cem primeiros versos da
Ilíada, em grego, claro – para isso servem os estudos clássicos em
Oxford. Conhece, portanto, perfeitamente, o significado profundo de hubris, a
palavra grega que mistura o excesso de confiança dos vitoriosos com a
arrogância, sempre resultando em tragédia.
Quando Theresa May foi eleita primeira-ministra pelo Partido
Conservador e prometeu que ia fazer o Brexit exatamente como o povo
havia votado no referendo, convenceu muita gente. Sua popularidade
disparou.
Parecia competente, equilibrada, durona, capaz. Na realidade, não foi
nada disso, talvez pela dificuldade interna em fazer algo em que não
acreditava.
Existe, portanto, um exemplo muito próximo de como popularidade e ventos a favor podem durar pouco, pouquíssimo, em política.
A vitória eleitoral de Boris Johnson reverberou muito além da
Grã-Bretanha por colocar em choque dois adversários representativos dos
tempos atuais.
Jeremy Corbyn é exatamente o que a esquerda de manual, renascida em
Marx, depois da fase de se aproximar do centro e abraçar o racionalismo
econômico, hoje deseja.
Só esqueceu de combinar com os eleitores tradicionais do Partido
Trabalhista, especialmente os fartos da enrolação do Brexit e com o
orgulho nacional ferido pelos desaforos da União Europeia.
Falar em orgulho nacional no bioma esquerdista convencional, obviamente, é tabu. E vale, logo de cara, um “fascista”.
Deu no que deu.
Com cara de ódio mal disfarçado, Jeremy Corbyn ainda se deu ao
desfrute de não renunciar imediatamente e acompanhar todos os rituais
parlamentares dos últimos dias.
Para piorar, sua falange mais próxima deu de culpados os próprios
eleitores – burros, ignorantes, onde foi mesmo que já ouvimos isso –
pelo fracasso da liderança do partido.
Ter um trabalhismo enfraquecido apenas amenizará, inicialmente, as
dificuldades de Boris, um típico integrante das castas privilegiadas que
ainda bebe nas raízes profundas do conservadorismo inglês, mas é
antenado com as elites em matéria de comportamento. E ainda tem uma namorada 24 anos mais jovem, a primeira companheira não casada a morar emDowning Street. Agora, ele vai ter que mostrar serviço em áreas quase conflitantes:
comandar o Brexit (e levar a culpa por tudo que não der certo); ser um
conservador preocupado com o povão (ou que pareça como tal); aplacar as
elites da bolha, os inconformados com o divórcio europeu; reinventar o
potencial comercial independente do Reino Unido.
E mantê-lo unido – os independentistas da Escócia saíram reforçados
da eleição e os anti-unionistas da Irlanda do Norte também estão loucos
para aproveitar a brecha do Brexit.
Ser conseguir, ainda que em parte, terá alguns anos em Downing Street – quantos, é impossível dizer.
E talvez seu discurso cheio de otimismo que a rainha leu no
Parlamento tenha sido um dos últimos, ou até o último, do longo reinado
de Elizabeth II.
Pelo menos, um final digno.
Já pensaram se a rainha tivesse que ser um discurso preparado pela ala marxista-corbinista?
Em geral, nem uma coisa nem
outra, mas a politização exacerbada prejudica a imagem e as funções dos
juízes constitucionais em vários países
Caranguejeira: a baronesa Hale e colegas de
Suprema Corte fazem desfile de modas jurídicas com intervenção política
no vespeiro do Brexit (NurPhoto / Contributor/Getty Images)
Piadinha americana: “Um juiz dirige-se aos advogados que representam as partes litigantes de uma causa.” “‘Vejam bem’, diz ele. ‘Ambos os doutores me deram uma propina’. Os advogados fazem expressão constrangida.” “‘O doutor Leon me deu 15 mil dólares. E o doutor Campos me deu 10 mil dólares’.” “O juiz põe a mão no bolso e tira um cheque. Entrega-o ao doutor Leon.” “‘Agora que devolvi cinco mil dólares, vamos decidir a causa puramente com base no mérito jurídico’.” Isso é coisa de juízes caipiras, claro, lá dos cafundós dos Supremos tribunais e adjacências. Mas a atuação dos togados das altas esferas, os guardiães dos
guardiães, é atualmente debatida com muito mais do que o calor natural
provocado pela interpretação da lei e da constituição. Em lugares bem diferentes, com tradições diversas sobre o papel dos
supremos tribunais, comoEstados Unidos, Grã-Bretanha e Peru, para não
mencionar as chamas que ardem na Praça dos Três Poderes, a chapa ferve. Politização, captura de poderes legislativos, choques com o
executivo, entre outros focos de incandescência, fogem espetacularmente
da serenidade e da glacial imparcialidade associadas ao peso da toga
mais honorável.
O caso do Peru, com a casquinha de institucionalidade e a instabilidade inerentes à América Latina, é quase alucinante. Resumo rapidão: para começar o capítulo atual, tudo está ligado ao
modelo de corrupção exportado pela construtora Odebrechtem parceria
público-privada com a máquina comandada pelo apenado e influencer de
Curitiba. Como o modelo investigativo e de amplo uso da delação premiada também
foi exportado, a Lava Jato peruana capturou todos os presidentes dos
últimos vinte anos. Problema: o Congresso tem maioria, numa formidável surpresa, de representantes ligados aos partidos investigados.Tentou uma manobra latina, ou ladina: nomear “gente sua” para as seis
vagas do Tribunal Constitucional, que funciona no Peru em sistema
rotativo e não vitalício.
Dez dos onze indicados são carne, unha e sabe-se lá que outras partes
corporais com os partidos majoritários – fujimoristas e apristas. Adivinhem qual seria sua missão principal. O presidente, que era vice, Martín Vizcarra,
dissolveu o Congresso e antecipou novas eleições. O Congresso
declarou-se não dissolvido e deu posse, no lugar dele, a Mercedes Araóz,
que de segunda vice tinha passado a primeira. Mercedes viu o tamanho da encrenca, “renunciou” e a encrenca ficou do
mesmo tamanho. Governo e fujimoristas agora estão negociando eleições
antecipadas de comum acordo.
TAPETES LUXURIANTES
(...)
Brenda Hale, que tem título de baronesa e faz um estilo a hora do
espanto, incluindo broches enormes em formato de insetos, virou ícone da
esquerda. Quase uma Ruth Bader Ginsburg, a juíza que continua incrivelmente
viva aos 86 anos e vários cânceres, à qual antitrumpistas mais exaltados
oferecem doar órgãos só para não “dar” a Donald Trump mais uma vaga na
Suprema Corte americana.
Escrevendo na Spectator, Charles Day disse que a decisão da
baronesa Hale, que logo vai deixar o cargo, e companhia foi um
“escândalo constitucional”, especialmente num país onde foi gestado o
direito anglo-saxão, com tradição de não maximizar o papel de advogados e
juízes.
Nos países da linha do direito romano-germânico, ou Civil law,
“os advogados são respeitados e os juízes reverenciados. Estão no topo
da constituição. Antes do experimento de Tony Blair com uma Suprema
Corte, os Lordes Juízes viviam num corredor apertado em cima do
Parlamento e dividiam uma secretária.” “Não tinham juízes auxiliares para servi-los nem tapetes luxuriantes
para deleitá-los e sabiam que seu lugar era fora da política. É difícil
enxergar alguma melhoria com o novo sistema.”
(...) ATIVISMO JUDICIÁRIO O sistema de uma Corte Suprema foi criado pela constituição
americana, com o conhecido objetivo dos fundadores da nação de
equilibrar os três poderes de forma a que todos vigiassem todos
justamente para evitar abusos. Desde o início deu confusão. Um dos primeiros processos de
impeachment do novo país foi aberto contra um juiz da Suprema Corte,
Samuel Chase.
Não um juiz qualquer, mas um dos signatários da Declaração de
Independência dos Estados Unidos, nomeado por ninguém menos do que
George Washington.
E encrencado com ninguém menos do que Thomas Jefferson, outro pai da pátria.
Motivo: ativismo judiciário. E dos bravos. Chase e colegas entraram
em choque com o Congresso e com Jefferson por desejo de aumentar os
próprios poderes.
Impulsivo e falastrão, Chase também foi acusado de deturpar politicamente julgamentos importantes. Mesmo com fama nada boa, acabou vencendo no Senado, a instância final dos processos de impeachment.
Foi somente durante algumas décadas que prosperou a ideia de juízes
de grande e reconhecido saber jurídico, espetacularmente imparciais,
aprovados pelos dois partidos, com zero influência dos presidentes que
os haviam indicado para a Suprema Corte, quando não votando “contra”
eles. A politização progressiva atingiu o ápice com a última nomeação, a de Brett Kavannaugh. Acusado de um abuso sexual quando era adolescente, o juiz foi pintado como um monstro brutal pela oposição e a imprensa antitrumpista.
Theresa
May fez o esperado: renunciou ao comando do Partido Conservador, o que implica
que vai deixar o cargo de primeira-ministra. Uma coisa implica a outra. A
maioria dos veículos de imprensa do Reino Unido e dos analistas políticos
afirma que Boris Johnson é favorito para sucedê-la no partido. Sem novas
eleições, ele assumiria o país; com elas, se os conservadores vencerem, idem.
Ninguém sabe o que pode vir depois. May não conseguiu aprovar o seu plano de
saída do Reino Unido da União Europeia e se recusou a pensar na hipótese de um
rompimento unilateral. Johnson foi uma das principais vozes em favor do Brexit
e anuncia que o desligamento se dará com ou sem acordo. Vamos ver.
Tudo
indica que esse caso entrará para a história como exemplo do desastre a que
pode conduzir a fantasia nacionalista bocó. Uma maioria apertada fez uma
escolha que necessariamente vai encolher o país — encolhimento que tem grande
chances de ser também territorial. Abre-se de novo a vereda para um referendo
que pode levar à independência da Escócia.
Lula lamentou não poder reencontrar velhos amigos
no fim de semana em Adis Abeba, líderes de dinastias cleptocratas que sustentam
longevas ditaduras
Horas
depois de ser condenado a mais de 12 anos de prisão por corrupção e lavagem de
dinheiro, estava pronto para atravessar o Atlântico e participar de uma reunião
sobre... a luta contra a corrupção. A viagem
de dez mil quilômetros à Etiópia (14 horas em voo direto) foi abortada pela
Justiça na sexta-feira. “Vejam que absurdo” — contou em vídeo na página do PT.“Eu estava com a mala pronta, quando recebi um recado em casa: um juiz bloqueou
o meu passaporte.”
Protestou:
“Nós vivemos um momento de ditadura de uma parcela do Poder Judiciário,
sobretudo o Poder Judiciário que cuida de uma coisa chamada Operação Lava-Jato,
que vocês já devem ter ouvido falar aí na África.” Lula iria
à cúpula da União Africana em Adis Abeba, capital de um país onde o “estado de
emergência” é decreto recorrente, e a opinião pública não pode ser expressa nem
em particular. Queixou-se
por não poder estar com “o querido companheiro” Hailemariam Desalegn, primeiro-ministro
etíope, cuja polícia matou mil opositores nos últimos 16 meses e recolheu
outros 21 mil a “campos de reabilitação” — informa a Human Rights Watch em
relatório deste mês.
Organismo
comunitário, a União Africana foi erguida nos anos 90 pelo falecido ditador
líbio Muammar Kadafi, na época isolado porque patrocinava atentados como o da
bomba num avião da Pan Am, que espalhou 270 cadáveres sobre uma vila da
Escócia. Kadafi apoiou Lula na campanha de 2002, segundo o ex-ministro Antonio
Palocci, preso em Curitiba. Eleito, Lula foi a Trípoli.
A visita a Kadafi para
“negócios” , como definiu, está contada em livro dos repórteres Leonêncio Nossa
e Eduardo Scolese.
“A vida que professar será para benefício dos doentes e para o
meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos propósitos.
Mesmo instado, não darei droga mortífera nem a aconselharei; também não
darei pessário abortivo às mulheres’’.
Juramento de Hipócrates
Alfie Evans corre o risco de ter o mesmo destino trágico de Charlie Gard.
A pergunta que fazem: Por que tratar um doente dispendioso se é possível matá-lo? Quantas vezes, no Brasil e no mundo, sob o jugo de um sistema unificado de Saúde,
nos deparamos com hospitais mal geridos e postos de saúde
burocratizados e sem estrutura, nos quais a medicina é colocada sob
provas extremas? Quantas vezes, nas últimas décadas, não nos defrontamos
com situações limítrofes, nas quais a dor causada pelo indiferença
criminosa e pelos e maus tratos, notórios pela evidente negligência do
Estado, se contrapoem aos princípios inspiradores de Hipócrates, o pai
da medicina ocidental? Quantas vezes, no decorrer destes sombrios anos
que marcam a escalada do socialismo, assistimos a morte ser exaltada em
detrimento da vida, por parte de defensores de supostos “direitos
humanos”, por meio de cânticos carregados de traição àqueles a quem
juram salvaguardar e proteger?
Densas razões estratégicas de longo prazo “É a demografia, estúpido, a única questão importante. A
Europa no final do século será um continente depois da bomba de nêutron.
As grandes construções ainda estarão lá, mas as pessoas que as fizeram terão desaparecido”.
Mark Steyn, analista político canadense.
O National Health Service (NHS), o sistema
de saúde britânico, maior sistema público de saúde e o mais antigo do
mundo, é designado pelos globalistas como ‘’a solução da saúde para o
mundo’’. Implantado no Reino Unido, Inglaterra, Escócia, País de Gales e
Irlanda do Norte, chegou a ser homenageado de forma enigmática na
cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres, no verão de 2012.
Ele forma a base dos cuidados médicos do Reino Unido. É interessante
observar que os NHS foram criados por legislações separadas e começaram a
funcionar em 5 de julho de 1948, logo após a Segunda Guerra Mundial.
Seu slogan é : “Somos o Número Um”. ( “NHS ranked ‘number one’ health system”).
Conforme o atual secretário de saúde da Inglaterra, Jeremy Hunt,
“é motivo de orgulho e seu modelo é “classificado como o melhor sistema
de saúde dentre 11 países ricos”. Para Hunt, “esse resultado excelente é
um testemunho da dedicação da equipe do NHS. ”
(...) Doentes graves
acumulam-se em filas intermináveis sem receber tratamento. Em certa
ocasião, Paul Corriggnan, secretário do então primeiro-ministro da
Inglaterra, Tony Blair, declarou que para o NHS corrigir seus problemas
agudos no tratamento de doenças crônicas, teria que contratar serviços
externos, algo tão grandioso (ou seja impossível), segundo ele, e que
seria notado por todos. Sem recursos suficientes, os tratamentos não
estão sendo realizados. Uma suposta correção para o problema, que foi a
pauta de intensas discussões, e que parece ter sido implementada, foi
disposta por meio três ações necessárias. Primeira, financiamento;
segunda: hospitais eficientes e dedicados a tratar especialidades;
terceira, e a mais crítica: reduzir a procura de tratamentos
desnecessários, através de uma melhoria da saúde pública unida a
cuidados individuais. Passados quase um ano das supostas soluções apresentadas e perante os
casos gritantes dos bebês ingleses(Charlie Gard e Alfie Evans, entre
outros, que foram abandonados em hospitais sem receber tratamento
algum), a verdade veio à tona.
Ao analisarmos o histórico ocorrido com Charlie Grad, torna-se
patente que o NHS optou por reduzir essa “terceira ação”. Sobretudo no
sentido de abandonar todo e qualquer investimento em pesquisa, medicina
experimental, e o caminho do progresso científico. Por motivos
econômicos, optou por designar todos seus doentes crônicos como
desnecessários. Kate Andrews, do Instituto Economic Affairs, expressou, publicamente:
“O NHS está longe de ser a inveja do mundo”; “não são apenas aos
trabalhadores pobres que recebem cuidados precários; a provisão de
cuidados do NHS é igualmente precária para todos, independentemente da
renda”. A verdade é que o Reino Unido tem uma das taxas mais elevadas de
mortes evitáveis na Europa Ocidental e dezenas de milhares de vidas
poderiam ser salvas a cada ano se os pacientes do NHS em condições
graves fossem tratados por sistemas de seguro social de saúde em outros
países, ou ainda em cooperação mútua. MATÉRIA COMPLETA, Clique aqui