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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Letalidade policial: alguns pontos de partida para sua compreensão

Letalidade policial: alguns pontos de partida para sua compreensão
Recente levantamento publicado pela grande mídia apontou, com base nos dados das secretarias da Segurança Pública, “que ao menos 2.526 pessoas morreram em 2014 somente em ações de policiais militares em serviço em 22 estados do país. Isso significa sete mortos por dia, em media”.  Números chocantes para uma realidade complexa que vitimiza, igualmente, servidores públicos encarregados da tarefa de policiamento, não pode esse cenário abrir mão de uma minima análise a partir da ótica do operador do Direito.

Nesse viés é forçoso pontuar que a estrutura policial brasileira, que historicamente apresenta profunda complexidade organizativa e funcional, não comportaria uma apresentação satisfatória se fosse tomada desde a autonomia administrativa pátria em relação ao país colonizador (Portugal), ou mesmo se fosse apreendida ao longo do conturbado século XX em nosso país, período no qual convivemos com fartos mecanismos de exceção ao Estado de Direito antes da Segunda Guerra Mundial  para, logo na seqüência (a partir de 1964), iniciar-se um novo período de quebra dos cânones democráticos, terminando formalmente com a promulgação da Constituição hoje em vigor, e que data de 05 de outubro de 1988.

Em face dessa limitação, exalta-se como característica perene do século anterior a vinculação funcional dos aparatos policiais ao Poder Executivo e a instrumentalização, por parte desse Poder, daquelas forças. Isto pode ser exemplificado pela forma de dominação empregada durante o mais recente regime militar que, por meio do Serviço Nacional de Informação (SNI), monitorava o fluxo de informações interessantes ao poder e mantinha sob o seu controle direto as forças policiais, as quais lhes prestavam serviços quer no âmbito federal, quer no estadual.

Assim, o órgão civil responsável pela investigação e repressão era a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP), que controlaria o DOPS  e os DEOPS. A força política do SNI era enorme, a tal ponto que o chefe do SNI era automaticamente sério candidato à presidência da República. Havia ainda o Departamento da Polícia Federal (DPF), responsável pela censura e repressão, em casos especiais, e o próprio aparato de segurança pública dos estados, cujas polícias militares passaram ao controle direto do governo federal, por meio do Decreto Nº 667, de 2 de julho de 1969, sendo controlada por um general do Exército. Quando não, as estruturas militares e policiais atuavam explicitamente em conjunto na prática da repressão.

A superação formal do regime militar alterou muito pouco a essência da organização e funcionamento das estruturas policiais e, ao contrário do que se poderia imaginar na superação de um regime fortemente militarizado e policialesco para um de face democrática, deu-se no seio do texto constitucional guarida a todas as estruturas policiais já existentes, indo-se além para acrescentar estruturas policiais de âmbito municipal.

Cada uma dessas organizações policiais conta com suas leis orgânicas  e são administradas, ainda, por incontáveis atos emanados das respectivas Secretarias de Segurança Pública (no caso das polícias estaduais civis ou militares) e do Ministério da Justiça, por meio do Departamento de Polícia Federal, no caso da Polícia Federal. De toda esta exposição, cumpre cifrar talvez como seu aspecto negativo mais direto, que não apenas os organogramas foram mantidos em sua grande essência desde o último regime militar e o momento atual mas, sobretudo, os policiais que participaram de todo o contexto cultural anterior foram mantidos intocáveis em seus postos, sobretudo em decorrência da Lei de Anistia, chegando até a assumir anos mais tarde, pelo voto direto, cadeira no Senado Federa, com a bandeira política da segurança pública. [a Lei de Anistia, aplicável aos dois lados, tanto permitiu que uma terrorista chamada Dilma Rousseff se tornasse presidente da República, sendo inclusive reeleita (o que acabou de vez com o Brasil) possibilitou que um terrorista chamado Fernando Pimentel se tornasse ministro de Estado e governador de Minas e mais grave: ainda continua delinquindo) – permitindo também que eventuais acusados pela esquerda de promoverem um combate, digamos, mais enfático aos terroristas da esquerda, também se candidatassem. E, quando eleitos, fossem devidamente empossados.]

É exatamente toda esta estrutura fossilizada pelos parâmetros culturais da violência ao Estado de Direito que detém a missão de selecionar, “na rua” a matéria prima a ser desenvolvida pelo aparato judicial penal. Em outras palavras, a construção de um “estado de ordem” em princípio obediente aos primados do Estado Democrático e de Direito no que tange ao sistema penal tem, nessas instituições policiais, seu grande agente propulsor. Cumpre indagar em que medida estes aparatos de poder estão aptos a cumprir essa missão.

Diante de tal quadro urge enfrentar substancialmente a questão da redefinição dessas estruturas de atuação de poder, evitando-se o emprego de soluções meramente retóricas, caso se deseje efetivamente a construção de um Estado respeitador dos valores fundamentais da pessoa humana. Reestruturações formais podem apaziguar momentaneamente tormentos mais expressivos e localizados, da mesma forma que a inserção mecânica de roteiros de leitura humanistas nas academias de formação policial podem servir na agenda política, mas não significam a conversão de fundo do sistema e dos Homens que o compõe.

E deve-se lembrar, igualmente, que Hierarquia e disciplina parecem as palavras-chave desse universo cujas engrenagens se espera ver funcionar de modo azeitado e cujos agentes devem “marchar como um só homem” sob a ordem de seus chefes. Todavia, nada é menos monolítico, mais dividido, atravessado por conflitos de poder internos e rivalidades crônicas, nada é mais difícil de controlar por sua própria hierarquia do que uma polícia. Pois, se a polícia constitui de fato uma administração, essa administração não é como as outras.”

Fonte: Canal Ciências Criminais     Por: Fauzi Hassan Choukr

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Da mesma árvore

Mensalão e corrupção na Petrobras nasceram da mesma árvore. É o que será detalhado depois de amanhã, uma vez definida a lista dos candidatos à Procuradoria-Geral da República

Palácio do Planalto, janeiro de 2003. Lula degusta a primeira semana no poder em conversa com os ministros José Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda) e Miro Teixeira (Comunicações).  Preocupa-se com o novo Congresso, que toma posse no mês seguinte. Chegou à Presidência com 52 milhões de votos, mas o PT não conseguiu ir além dos 18% das cadeiras na Câmara, com 91 deputados federais.  Discute “como é que se organiza”, nas suas palavras, a maioria no Legislativo. Dirceu sai na frente com um enunciado sobre o “Congresso burguês”, evocação dos “300 picaretas” que Lula usara anos antes ao se referir à maioria dos parlamentares federais.

O líder escuta, sorridente, a ideia de usar cargos com fatias do orçamento do governo e das empresas estatais para compor a “maior base parlamentar do Ocidente”. A proposta esconde e mistifica, tanto quanto revela. Palocci e Miro percebem o aval de Lula a Dirceu. Em oposição, sugerem alianças a partir de projetos específicos — a começar pelo “ajuste fiscal” —, até para atrair parte da oposição, o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que exibia o orgulho de ter passado a faixa presidencial ao operário transformado em símbolo da democracia industrial brasileira. Palocci e Miro insistem. 

Acabam atropelados.
A partir de então, houve romaria ao quarto andar do Planalto, onde o secretário-geral do PT Silvio Pereira e o tesoureiro do partido Delúbio Soares loteavam cargos entre aliados. Dirceu homologava, auxiliado por Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, mais conhecido como “FM”. No Congresso, provocavam-se frequentadores do Planalto: “O deputado anda ouvindo muita rádio ‘FM’”.

A mecânica das negociações havia sido testada na campanha. Numa noite de junho de 2002, Lula, o vice José Alencar, Dirceu e Delúbio foram ao apartamento do deputado Paulo Rocha (PT-PA), em Brasília. Lá estava Valdemar Costa Neto, líder do PR, que contou à revista “Época” em agosto de 2005: “O Lula e o Alencar ficaram na sala; fomos para o quarto eu, o Delúbio e o Dirceu. Comecei pedindo uns R$ 20 milhões...”

Valdemar levou metade e, mais tarde, ganhou como outros a “porteira fechada” de departamentos (Dnit), delegacias (Trabalho e Receita Federal) e diretorias (Infraero, Itaipu e Correios). O “filé” era a Petrobras, na definição de Roberto Jefferson, líder do PTB. Foi partilhado por dois Josés: Dirceu, do PT, e Janene, do PP. Logo, somaram-se líderes do PMDB.

Havia engenho na separação entre o mensalão e a reserva de até 3% nos contratos entre a Petrobras e cartéis privados — supervisionada pelo diretor Renato Duque, recrutado por Dirceu e “FM”. O mensalão viabilizava “a maior bancada parlamentar do Ocidente”. A Petrobras financiava a máquina eleitoral necessária aos “20 anos no poder”, incluindo uma espécie de folha complementar de salários para ocupantes de cargos-chave no governo.

Mensalão e corrupção na Petrobras nasceram da mesma árvore. Depois de dez invernos, evidencia-se seu cultivo com o uso sistêmico da política para crimes. Novos detalhes devem aflorar depois de amanhã, quando se define a lista de sucessão na Procuradoria-Geral da República. Como sempre, tudo foi encoberto em nome da luta “contra a exploração dos trabalhadores” — os mesmos que, hoje, estão pagando a conta.


Fonte: José Casado – O Globo

Romário já esteve preso por não pagamento de pensão alimentícia; foi preso também por ser depositário infiel. Alguém assim, merece confiança?

Romário “versus” VEJA: quem é o criminoso mentiroso?

1. A denúncia midiática (revista Veja) é muito grave: Romário teria conta secreta na Suíça, no banco BSI (conta não declarada para a Receita Federal), com saldo de 2,1 milhões de francos suíços (R$ 7,5 milhões) (O Globo 26/7/15: 8). O Ministério Público estaria com o extrato dessa conta, com data de 30/6/15. Manter dinheiro no exterior não é crime, desde que tudo seja declarado para o Fisco (e pagos os impostos legais). Sonegar impostos, sonegar para a Justiça Eleitoral a existência de bens no exterior, sim, é crime. Mais um peixe teria caído na rede da imoralidade? Quem está mentindo: a Veja ou o Romário? A Justiça e o próprio Banco nos devem esclarecimentos urgentes. Romário é um político de confiança ou bandeou para o mundo dos “senhores neofeudais(que se julgam acima da lei e que mandam e desmandam no País, conforme seus caprichos)?

2. A decepção com a notícia não reside no fato de um político brasileiro ter conta na Suíça (isso não é novidade nas republiquetas cleptocratas). O grave, para a política brasileira, é perdermos a esperança que depositamos em Romário para se converter num baluarte moral, particularmente quando ele cobra profunda limpeza na CBF. Romário acaba de dizer que a solução para a CBF “é a prisão dos corruptos e ladrões que a dominam ou dominaram: Del Neto, Marin e Teixeira” (Estadão 30/7/15: A21).

3. A CPI do futebol foi instalada por iniciativa dele. Mas se verídica a notícia da conta secreta, tudo estará desmoronado. Porque sonegador (que é um ladrão do dinheiro público) não tem moral para investigar os “ladrões do futebol”. Mais um combatente caído? Seria a maldição implacável que persegue a cleptocracia brasileira, dominada pelos “senhores neofeudais”?

4. O mais nebuloso: no princípio Romário não desmentiu a notícia (com aquela veemência que estamos acostumados a ver, sobretudo quando ele fala de José Maria Marin, Del Nero, Blatter, Teixeira etc.). Ao contrário, preferiu ironizá-la: “Obviamente, fiquei muito feliz com a notícia. Assim que possível, irei ao banco para confirmar a posse desta conta, resgatar o dinheiro e notificar à Receita Federal”. “Espero que seja verdade; é possível que tenha sobrado (sic) algum rendimento que chegou a esta quantia; estou me sentindo um ganhador da Mega-Sena”. Depois passou a falar em documentos falsos. 

Mostrou um extrato com o carimbo “FALSO”. A dúvida continua: quem está falseando a verdade, a Veja ou Romário? Quem é o criminoso (o “vilão”) da história?

5. Eu particularmente não gostei da resposta “malufiana” que Romário deu (no princípio). Ganhar dinheiro (honestamente) não é crime. Ter dinheiro no estrangeiro não é crime. Mas de tudo o Fisco tem que ter ciência (e todos os impostos devem ser devidamente quitados). Político também tem que declarar todos os seus bens para a Justiça Eleitoral, ainda que seja “uma sobrinha(de 7 milhões!). Estaríamos diante de mais um golaço na carreira do Romário, porém, contra? É triste ver as últimas cartas do baralho da moralidade política serem tombadas sob o efeito dominó. Não está sobrando ninguém.  A peste da corrupção, da sonegação, da evasão e da lavagem está derrubando todas as nossas lideranças, incluindo aquelas em quem confiamos. Triste republiqueta cleptocrata! Será que sobrará alguém para apagar a luz deste macabro ciclo histórico que não acaba nunca?

Fonte: Luiz Flávio Gomes – Professor - Jurista e professor.


segunda-feira, 3 de agosto de 2015

INACEITÁVEL

Jatinho exclusivo para Dirceu?
Quando receber autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para a transferência do ex-ministro José Dirceu para Curitiba, a Polícia Federal trabalha com a possibilidade de levar o petista de Brasília para a capital paranaense sozinho um jatinho. O objetivo é que, pelo menos em um primeiro momento, presos "expostos politicamente" não sejam colocados no mesmo ambiente que os demais detidos na Operação Lava Jato. Dirceu teve a prisão preventiva decretada pelo Juiz Sergio Moro, que também autorizou buscas e apreensões na casa do ex-ministro. A mulher de Dirceu acompanhou os policiais enquanto eles cumpriram os mandados na residência do petista.


Dirceu, a prisão e as ironias do destino
José Dirceu se sentia abandonado por companheiros de partido desde que caiu em desgraça com a condenação a sete anos e 11 meses por corrupção ativa no julgamento do mensalão. Longe das decisões de alta cúpula tomadas no Palácio do Planalto ou no Congresso Nacional, Dirceu passou nesta segunda-feira por uma daquelas ironias do destino quando foi levado por policiais de sua casa, no bairro nobre do Lago Sul, em Brasília, para a Superintendência da Polícia Federal, do outro lado da cidade.

Pelos vidros do carro negro da PF, passou diante do imponente prédio da Procuradoria-geral da República, responsável pelas acusações que o levaram pela primeira vez para a cadeia. A menos de 500 metros dali, viu os contornos do Palácio do Planalto, onde ocupou o poderoso quarto andar na chefia da casa Civil do primeiro mandato de Lula até 16 de junho de 2005.



Lava Jato se aproxima da campanha de Dilma ao Planalto - Maior corrente do PT se reúne em Brasília e mede estragos de nova prisão de Dirceu

Encontro da CNB já estava agendado, mas petistas afirmam que prisão de ex-ministro deve dominar a pauta
Na esteira da nova prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, desta vez no âmbito da Operação Lava Jato, a corrente majoritária do PT realiza hoje uma reunião em Brasília que promete ser tensa. Integrantes da Construindo um Novo Brasil (CNB), da qual Dirceu faz parte, se encontram na sede do partido nesta tarde. Embora a conversa já estivesse marcada, numa preparatória da reunião da Executiva Nacional de amanhã, o tema Dirceu deve dominar a pauta

Investigadores têm ricos detalhes sobre contribuições de empreiteiras
A investigação está cada vez mais rica em detalhes sobre as contribuições das empreiteiras para a campanha da presidente Dilma e em informações vindas da Suíça que comprometem ex-diretores da Petrobras.


Fonte: Revista Época

A cela de Dirceu – desta vez sem a proteção do também ladrão Agnelo Queiroz, ex-governador petista do DF

A transferência do ex-todo-poderoso José Dirceu para a carceragem da Polícia Federal em Curitiba depende de autorização do ministro Luís Roberto Barroso, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF).

 Dirceu: de casa para cela de 6 metros quadrados (Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)

Na Operação Lava Jato, Barroso já autorizou a transferência do também mensaleiro Pedro Correa de Recife, onde cumpria pena no semiaberto, para a capital paranaense.  Enquanto a autorização pedida pelo juiz Sérgio Moro não chega nas mãos dos policiais,  o destino provisório do petista é uma carceragem de passagem na PF de Brasília, que tem seis metros quadrados, banho frio e apenas um vaso. Não há direito a banho de sol.


Por: Hugo Marques e Laryssa Borges, de Brasília

O Zé era o chefe? E quem era o chefe do chefe? Ou: Dirceu vai ser usado para poupar o governo Dilma?

Ministério Público, Polícia Federal e, depreende-se do despacho, juiz Sergio Moro afirmam que José Dirceu era um dos instituidores e chefes do petrolão. Ainda que isso requeira, na hora do julgamento, a apresentação de provas contundentes, levante a mão quem duvida. Há muitos anos, ele nasceu para liderar, não é mesmo? De certo modo, poder-se-ia escrever a versão de esquerda de um conto de Jean-Paul Sartre — leiam quando houver tempo — chamado “A Infância de um Chefe”, com a diferença de que o Zé nunca muda de lado. Assim, o Zé na chefia sempre pega bem. E todos vão aplaudir. Mas aí me ocorre uma coisa.

Como é que o Zé poderia ser o chefe do mensalão, do petrolão e de quantos aumentativos sejam usados para assaltar a República e o Estado de Direito se o Zé não era o chefão verdadeiro do PT? A menos que apareça de novo aquela notável personagem para se dizer “traída”, falta alguém — alguéns? — para lhe fazer companhia, não é mesmo? Dizem as autoridades investigadoras e a que mandou prender que, mesmo na cadeia, o Zé continuava a receber vantagens oriundas do petrolão, que, então, funcionava como uma organização criminosa aboletada no estado brasileiro. Obviamente, não duvido disso. Ao contrário: tenho a certeza disso. Essa era a natureza do mensalão. Essa era a natureza do petrolão, com o Zé na chefia ou não.

Mas será mesmo possível que essa máquina criminosa se assenhoreasse do estado brasileiro sem que o comando da máquina partidária se desse conta, sem que, afinal de contas, o chefe — quem realmente mandativesse noção?  Cuidado! Vamos ficar atentos! Não é só isso, não. Então a máquina que, diz-se, tinha o Zé no comando operava mesmo com ele em cana, em razão da condenação do mensalão, mas o governo ele mesmo não sabia de nada?

O Estado de Direito não pode se contentar com a cabeça de José Dirceu. Se ele fica bem como um dos chefes do mensalão, e poucos vão duvidar disso, supor que era “o” chefe beira o ridículo. Numa outra dimensão, resta a Dilma dois papéis:
1 – sempre soube de tudo e se omitiu ou foi conivente;
2 – na Presidência, é uma pomba lesa, incapaz de livrar o estado das mãos do crime organizado.

Em qualquer das duas hipóteses, não tem condições de exercer a sua função. Se não for por causa dos crimes que pratica, é por causa dos crimes que deixou e deixa de combater por absoluta inapetência. 


Fonte: Blog do  Reinaldo Azevedo


Acredite: a conta de luz vai subir pela terceira vez em 12 meses

Mais uma vez a tarifa cobrada pela Companhia Energética de Brasília (CEB) sofrerá reajuste. Além do aumento, o consumidor brasiliense reclama do sistema de bandeiras, que se mantém na cor vermelha desde a sua criação

A conta de luz deve subir ainda mais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgará, no próximo dia 25, o reajuste anual para a Companhia Energética de Brasília (CEB). Será a terceira revisão tarifária nos últimos 12 meses. Com isso, a energia elétrica se transformou em um dos serviços que mais contribuem para acelerar a inflação e pesar no orçamento familiar. De agosto do ano passado a março deste ano, o consumidor viu a fatura aumentar 47,53%, sem contar o acréscimo proveniente da bandeira vermelha — há 17 meses, o alerta mais caro está vigente e deve se manter até 2016, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS) e especialistas ouvidos pelo Correio.

Para Luciano Duque, mestre em engenharia elétrica do Uniceub, o reajuste para a CEB deve ser mais alto do que a inflação. “As distribuidoras tinham dívidas com o Tesouro Nacional, mas, em períodos passados, ele bancou a dívida. Com a crise, não bancou mais. Esse é o caso da CEB. Parte dessa dívida deve ser inserida no aumento de tarifas, fora os aumentos no custo de geração”, analisa.

Duque lembra também que o desconto de 18% para o consumidor residencial anunciado pela presidente Dilma Rousseff, em janeiro de 2013, ainda repercute no aumento, pois, sem poder subir os preços e com reservatórios vazios, as concessionárias ficaram endividadas e tiveram de recorrer a empréstimos.

A conta ficou ainda mais salgada com a vigência das bandeiras de consumo, desde janeiro de 2015. No ano passado, o sistema estava em funcionamento, mas sem a cobrança. O sinal vermelho para as regiões Centro-Oeste e Sudeste está acionado desde fevereiro de 2014. Dessa forma, desde a implantação da tarifa, o brasiliense pagou pela geração mais cara. “A tendência é manter a bandeira vermelha porque o custo da geração vai continuar alto. Isso virou a CPMF da energia elétrica. É um dinheiro a mais que o governo acostumou a receber”, analisa Luiz Gonzaga, engenheiro eletricista e proprietário da Comparte Serviços e Participações.


Fonte: Correio Braziliense




Segundo Moro Dirceu cometia crimes de forma profissional e habitual - Moro: 'Brasil 247' recebeu dinheiro do petrolão a pedido do PT

Em um despacho proferido nesta segunda-feira, o juiz Sérgio Moro afirma que o dinheiro do petrolão foi usado para bancar o site Brasil 247 a pedido do Partido dos Trabalhadores. Os repasses foram feitos pela Jamp, uma empresa de consultoria controlada pelo lobista Milton Pascowitch. "Considerando que a Jamp era, como afirma seu próprio titular, empresa dedicada à lavagem de dinheiro e repasse de propinas, parece improvável que o conteúdo do documento em questão seja ideologicamente verdadeiro, pois difícil vislumbrar qual seria o interesse de empresa da espécie em anunciar publicidade ou patrocinar matérias em jornal digital", afirma o juiz. A conclusão é reforçada por um depoimento do próprio Pascowitch. Ele disse aos investigadores da Lava Jato ter repassado dinheiro do petrolão para financiar o site Brasil 247 e, assim, assegurar o apoio da página ao PT. O autor do pedido foi João Vaccari Neto, ex-tesoureiro da sigla. Pascowitch firmou um contrato de consultoria com o Brasil 247 utilizando a Jamp, uma empresa de fachada.

Pascowitch admitiu que não havia serviço a ser prestado e que o contrato serviria apenas para dar uma aparência de legalidade às transferências financeiras, que somaram 120 000 reais entre setembro e outubro do ano passado - no auge do período eleitoral. O Brasil 247 é comandado por Leonardo Attuch. A transcrição do depoimento de Pascowitch não deixa margem para ambiguidades: Vaccari o encaminhou para uma reunião com Attuch e pediu que o valor pago ao site fosse descontado da empresa Consist, outro braço do esquema de lavagem de dinheiro do petrolão. 

Diz um trecho da transcrição: "Que João Vaccari não estava presente na reunião, mas foi indicado a procurar o declarante por João Vaccari; que na reunião entre o declarante e Leonardo ficou claro que não haveria qualquer prestação de serviço, mas que era uma operação para dar legalidade ao 'apoio' que o Partido dos Trabalhadores dava ao blog mantido por Leonardo; Que o valor pago foi 'abatido' no valor que estava à disposição de João Vaccari referente ao contrato da Consist".  Antes da confissão, os investigadores já haviam apreendido anotações em que o lobista detalhava transferências financeiras para o site de Attuch.


Moro: Dirceu praticava crimes de forma ‘profissional’ e ‘habitual’
Há evidências de que o ex-ministro continuou a receber propina mesmo depois de já condenado pelo Supremo Tribunal Federal
O juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato em Curitiba, afirmou, no despacho que autorizou a prisão preventiva do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que há indícios de que o petista praticava crimes de forma profissional e habitual. Uma das evidências, apontou o magistrado, é que Dirceu continuou a receber propina mesmo depois de já condenado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção ativa no julgamento do mensalão. "A prova do recebimento de propina mesmo durante o processamento da Ação Penal 470 reforça os indícios de profissionalismo e habitualidade na prática do crime, recomendando, mais uma vez, a prisão para prevenir risco à ordem pública", disse.  [Dirceu é bandido; covarde, mas, bandido. O que é se torna óbvio pela importância que possui no PT. Uma organização criminosa valoriza os integrantes da sua cúpula em proporção direta com a capacidade criminosa que possuem. E o PT, sabemos, é uma organização criminosa.]

Segundo Moro, que autorizou ainda buscas e apreensões de documentos na casa do ex-ministro em Brasília, as provas recolhidas no âmbito da Lava Jato - e potencializadas com as revelações do lobista Milton Pascowitch de que os repasses a Dirceu eram propina - indicam que o ex-ministro "persistiu recebendo vantagem indevida durante toda a tramitação da ação penal, inclusive durante o julgamento em plenário". A audácia do petista de embolsar dinheiro sujo enquanto tentava desqualificar o julgamento do mensalão pelo STF indica, segundo Moro, "acentuada conduta de desprezo não só à lei e à coisa pública, mas igualmente à Justiça criminal e a Suprema Corte".


Em depoimentos prestados em seu acordo de delação premiada, o lobista Pascowitch deu detalhes ainda inéditos do intrincado esquema de pagamento de propina em benefício do ex-ministro. Um dos dutos do dinheiro sujo para o petista era o pagamento de fretes de aviação pela empresa Flex Aero Taxi Aéreo Ltda. Neste caso, disse o delator, "os pedidos eram frequentes" e feitos pelo irmão de Dirceu, Luís Eduardo, ou pelo assessor Bob Marques - também presos na 17ª fase da Lava Jato. "Um dos pedidos frequentes, feitos pelo escritório JD por meio de Luís Eduardo ou de Roberto Marques, eram os pagamentos de faturas de fretes de avião prestados pela Flex Taxi Aéreo Ltda a José Dirceu", disse o delator. Na triangulação do esquema, contratos falsos eram firmados para dar ares de normalidade ao pagamento, essencialmente de propina, pelas empresas Hope e Personal Service.

Apesar de a defesa do ex-ministro afirmar não haver qualquer prova da participação de Dirceu no bilionário esquema do petrolão, o juiz Sergio Moro listou diversas evidências de que o ex-todo poderoso do governo Lula estava umbilicalmente ligado ao esquema que sangrou os cofres da Petrobras. Pascowitch, ele próprio um dos assíduos pagadores de propina a Dirceu, apresentou "extensa documentação" para comprovar os depósitos de dinheiro sujo em benefício do ex-ministro, boa parte em um sistema de lavagem de dinheiro envolvendo imóveis. Há registros de que a empresa de fachada Jamp Engenharia pagou 1 milhão de reais à JD Consultoria entre abril e dezembro de 2011. Há ainda contratos simulados de consultoria entre a Jamp e a JD, o pagamento de 1,3 milhão de reais feito por Pascowitch para a reforma da casa do petista em Vinhedo, a reforma do apartamento do irmão de Dirceu, também bancada por Pascowitch, e até a compra de um apartamento para a filha de Dirceu, Camila.

As revelações de Pascowitch sobre os pagamentos a Dirceu não foram as únicas provas contra o petista recolhidas pelos investigadores. Além dos depósitos da própria Jamp Engenharia, JD Consultoria e Assessoria, uma espécie de lavanderia de José Dirceu no esquema do petrolão, recebeu dinheiro também de empreiteiras do notório Clube do Bilhão. Foram 844.650 reais pagos pela Camargo Correa no ano de 2010; 2 milhões de reais pagos em 62 vezes pela OAS entre 2009 e 2013; 900.000 reais depositados pela Engevix; 703.000 reais pela Galvão Engenharia; e 2,8 milhões de reais depositados pela UTC Engenharia. "Há fundada suspeita de que esses contratos não refletem a prestação de serviços de consultoria reais", disse o juiz Sergio Moro. O magistrado coloca em xeque também a "qualificação" de Dirceu para tantas supostas consultorias. "Não é crível que José Dirceu, condenado por corrupção pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, fosse procurado para prestar serviços de consultoria e intermediação de negócios (...) inclusive após a sua prisão", destacou.  "O risco não foi eliminado pelo fato do investigado José Dirceu de Oliveira e Silva ter, no decorrer do presente ano e após à divulgação da notícia de que estaria sendo investigado na Operação Lava Jato, encerrado as atividades da JD Assessoria e Consultoria Ltda., já que as provas são no sentido de que ele teria recebido apenas parte da propina por intermédio de simulação de contratos de consultoria da referida empresa, enquanto outra parte foi recebida sub-repticiamente", resumiu Sergio Moro.


Por: Gabriel Castro, de São Paulo e Laryssa Borges, de Brasília



Notas: a morte do leão e os abortos, conservadores, comunistas, etc.

Alguns eventos são importantes não por si mesmos, mas pela carga simbólica que têm. Com diferença de poucos dias, noticia-se a morte de um leão por um caçador e a venda de órgãos de bebês abortados. O primeiro caso traz comoção internacional, tendo o caçador sua reputação destruída e sendo obrigado a se esconder. Do segundo caso, quase não se fala, causando indignação apenas em pequenos grupos conservadores. Sim, para a elite bem pensante do mundo, a vida de um leão, "símbolo de uma nação", vale mais do que a de um bebê.

No meu entender, o significado é bastante claro: eticamente, a elite cultural passou a adotar padrões não apenas anticristãos mas também pré-cristãos. A "adoração à mãe natureza" conjugada com o sacrifício de crianças pode parecer representar o auge da modernidade, mas é simplesmente o retorno a costumes pagãos de dois milênios atrás.

A propósito, o infanticídio, praticado na Roma pré-cristã, já voltou a ser defendido, mas agora responde pelo curioso nome de "aborto pós nascimento". Esses conservadores são realmente uns estraga-prazeres, que teimam em ver diferenças onde o pessoal bacana só vê igualdade. Sim, os conservadores discriminam. Mais cedo ou mais tarde, o Supremo Tribunal Federal acabará declarando a inconstitucionalidade do conservadorismo, pois a nossa "Constituição cidadã" proíbe expressamente qualquer tipo de discriminação.

Para vocês terem uma noção, circula nos meios mais intelectualizados do conservadorismo a odiosa distinção entre cultura e entretenimento. De acordo com esses preconceituosos, existe uma diferença fundamental entre a verdadeira cultura e o mero entretenimento. Para eles, a primeira serviria para "elevar a alma" e o segundo apenas como passatempo. No auge de seu discurso de ódio, chegam a dizer que Beethoven é cultura enquanto MC Guimê seria apenas entretenimento. Mais ainda: esses fascistas ainda têm o despudor de afirmar que Shakespeare é melhor escritor do que Bruna Surfistinha!

No próximo informativo do CCC (Comando de Caça aos Conservadores) será demonstrado que eles são ainda mais perigosos do que parecem. Artistas sustentados pela Lei Rouanet, uni-vos! Vocês não têm nada a perder além dos milhões de verba estatal! PS: tenho um vizinho que faz uns sons engraçados com o sovaco. Será que ele conseguiria uns dois milhões para fazer uma turnê? Várias vezes, vi pessoas que se consideram bastante bem informadas dizer: "conservador é aquele que quer conservar as coisas como estão". Tudo bem que o nome induza esse tipo de definição, mas isso apenas indica que a pessoa não tem a mínima noção do que está falando.

O PT e o Instituto Lula começam a ruir

Duque resistiu durante meses, mas agora capitulou
O cerco se aperta e as muralhas que protegiam o governo, o PT e o Instituto Lula começam a ruir. O fim de semana foi trágico para o Planalto, com a publicação da denúncia-bomba da revista IstoÉ, em que o repórter Claudio Sequeira mostra que a investigação da Lava Jato enfim chegou ao Planalto/Alvorada, envolvendo o ministro Aloizio Mercadante e seu irmão, coronel Oliva Neto, e autoridades ligadas diretamente a Dilma e nomeada por ela, como o diretor da Eletrobras Valter Cardeal e o diretor da Eletronorte Adhemar Palocci. Simultaneamente, a força-tarefa chegou também a Erenice Guerra, a ex-ministra demitida por corrupção que ainda é amiga pessoal da presidente da República e se tornou proprietária da maior “consultoria” de Brasília.

A matéria de Claudio Sequeira explica que as investigações sobre o setor elétrico estão apenas começando, mas já é impressionante a abundância de denúncias comprovando a corrupção que contamina também este importante segmento da administração federal, que desde o primeiro governo Lula vinha sendo gerido diretamente por Dilma Rousseff, na condição de ministra de Minas e Energia, na Casa Civil e na presidência da República. Ou seja, as nomeações dos corruptos da Eletrobras foram feitas pessoalmente por ela, sem pressão ou indicação de partidos políticos.


OUTRA BOMBA
Depois da reportagem da IstoÉ, publicada sábado, no domingo surgiu outra pauta-bomba, com o repórter Eduardo Bresciani revelando em O Globo que o réu Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, resolveu fazer delação premiada e já até trocou de advogado.
Como se sabe, Duque era o homem do PT na Petrobras, indicado diretamente pelo ex-ministro José Dirceu, que também passou um fim de semana deplorável por causa dessas notícias.

Dirceu sabe que, para conseguir a delação premiada, Duque terá de fornecer aos procuradores da força-tarefa informações novas ou que acrescentem provas aos autos. Esta semana, o ex-diretor vai apresentar aos investigadores uma lista de temas sobre os quais está disposto a falar, com novos fatos que ajudem a PF e o MPF a apurar crimes de corrupção envolvendo a estatal. Em troca, teria sua pena reduzida, em caso de condenação por corrupção e lavagem de dinheiro.


TORTURA CHINESA
Conforme temos registrado aqui, a troika (Planalto, PT e Instituto Lula) está submetida a uma espécie de tortura chinesa, em que o sofrimento vai aumentando a cada dia. Até algum tempo atrás, dizia-se que seria difícil provar o envolvimento de Lula e de Dilma na corrupção. Mas a situação foi mudando a tal ponto que agora a recíproca também é verdadeira, porque já se pode dizer que está ficando cada vez difícil provar que Lula e Dilma não estão envolvidos.

Para completar, daqui a pouco vamos transcrever aqui no Blog mais uma notícia trágica para a troika, porque O Globo está anunciando que o ex-deputado Pedro Corrêa deve ser o próximo réu a pedir o benefício da delação premiada, e ele é como o personagem de James Stewart no clássico “O homem que sabia demais”, de Hitchcock.

E com isso, é compreensível que a pressão pelo impeachment vá aumentando inexoravelmente.


Por:  Carlos Newton - Tribuna da Internet – Site: A Verdade Sufocada


Homem sem Visão - Janot conquista o troféu de julho e promete voltar a enxergar se for mantido no emprego

“Dedico o troféu aos colegas do Ministério Público que sempre acham o que não procuro”, disse Rodrigo Janot na curta nota oficial em que se declarou “profundamente honrado” com a conquista do título de Homem sem Visão do Ano. O procurador-geral da República garantiu o triunfo graças ao surto de cegueira conveniente que o tem impedido de enxergar bandalheiras que a Polícia Federal, os procuradores federais e o juiz Sérgio Moro continuam vendo com muita nitidez. “O chefe contou que vai recuperar a visão se for mantido no emprego pela Dilma”, revelou um dos estagiários que acompanharam o candidato à reeleição na consulta a um oftalmologista de confiança

Janot venceu a disputa na enquete com 4 761 do total de 11 974 votos.
Segundo colocado com 4 066 votos, Fernando Haddad teve a candidatura impugnada em consequência de irregularidades denunciadas por cabos eleitorais de Janot. Por ter conquistado o troféu de janeiro, o poste que virou prefeito perdeu o direito de participar das disputas mensais até o fim do ano. A direção da coluna dissolveu a Comissão Organizadora do HSV e determinou a abertura de um rigoroso inquérito para apurar indícios de suborno. A medalha de prata conquistada ilegalmente por Haddad será entregue a Joaquim Levy, que estreou na briga de foice com um desempenho animador (1 931 votos) que lhe garantiu o honroso terceiro lugar.

Conformado com a lanterninha, Marcelo Odebrecht (1 221 votos) afirmou que voltará à luta pelo troféu assim que sair da cadeia. “Meu cliente só sabe trabalhar com a habitual eficiência exercendo o direito de ir e vir entre o Instituto Lula e a sede da Petrobras”, lembrou um dos 124 advogados de defesa do próspero empreiteiro. “Nem o Lula consegue pedir votos fechado numa cela”.

Foi uma eleição e tanto, leitores-eleitores! Mais uma admirável demonstração de civismo e discernimento! A eleição de agosto já começou! Mande um comentário com o nome do seu candidato! E que vença o pior!


Fonte: Blog do Augusto Nunes

No MENSALÃO – PT o chefe da organização criminosa era o Lula, já no PETROLÃO – PT Dirceu assumiu o comando

Dirceu foi instituidor do esquema Petrobras, diz Lava Jato
Segundo o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, a investigação revela que o ex-ministro teve papel crucial na instalação do modelo que abriu caminho para o cartel de empreiteiras que se apossaram de contratos bilionários na estatal

 O procurador regional da República Carlos Fernando dos Santos Lima, que integra a força-tarefa da Operação Lava Jato, afirmou nesta segunda-feira, 3, que o ex-ministro José Dirceu (Governo Lula) foi o instituidor do esquema de corrupção instalado na Petrobras. Condenado no Mensalão, José Dirceu foi preso nesta segunda-feira, 3, na Lava Jato.

O ex-ministro José Dirceu é acusado de repetir na Petrobras o esquema montado no Mensalão
“Toda empresa tem uma estrutura piramidal, os cabeças que tomam as decisões. Não são operadores, essas pessoas dizem ‘faça’ e os outros fazem. Eles não tomam nota, não fazem reuniões com operadores financeiros. Simplesmente têm uma função de colocar as pessoas nos lugares certos e de determinar. José Dirceu, evidentemente, colocou Duque (Renato Duque) na função de diretor da Diretoria de Serviços da Petrobras. Colocou Paulo Roberto Costa ( Diretoria de Abastecimento) atendendo a pedido de José Janene (ex-deputado, réu do Mensalão, morto em 2010). A partir desse momento, José Dirceu repetiu o esquema do Mensalão. Um ministro do Supremo já disse que o DNA é o mesmo, o caso do Mensalão como na Petrobras, na Lava Jato. Não há muita diferença. A responsabilidade de José Dirceu é evidente lá (no Mensalão ) mas também aqui (Lava Jato), como beneficiário. Ao mesmo tempo em que naquele governo (Lula) José Dirceu determinou a realização (do Mensalão) também determinou esse esquema (Petrobrás). Agora, não mais como partidário, mas para enriquecimento pessoal”, afirmou o procurador.

Segundo o Carlos Fernando dos Santos Lima, a investigação que deflagrou a operação Pixuleco, 17º capítulo da Lava Jato, revela que o ex-ministro teve papel crucial na instalação do modelo que abriu caminho para o cartel de empreiteiras que se apossaram de contratos bilionários na estatal mediante pagamento de propinas para políticos e ex-diretores da Petrobras.

O procurador destaca que Dirceu foi beneficiário de valores ilícitos por meio de sua empresa, a JD Assessoria e Consultoria. Ele citou também o empresário Fernando Moura, que teria indicado a Dirceu o nome do engenheiro Renato Duque para ocupar a unidade mais estratégica da Petrobras, a Diretoria de Serviços. Duque está preso e negocia delação premiada. “A JD e Moura são os agentes responsáveis pela instituição do esquema na Petrobras, ainda no tempo em que José Dirceu era ministro da Casa Civil (Governo Lula). 

Temos indicativos que (o esquema) vem desde aquela época, passou pela investigação do Mensalão, pelo processo do Mensalão, pela condenação de José Dirceu, pelo período em que ele ficou na prisão (Papuda), sempre com pagamentos para JD. Um dos motivos pelos quais estão sendo presos ambos (Dirceu e Fernando Moura) hoje é porque esse esquema perdurou, apesar da movimentação da máquina do Supremo e de todo o Judiciário”, afirmou.

O procurador disse ainda que a Pixuleco ‘vai além de José Dirceu como recebedor e beneficiário, trata-se de uma investigação que busca José Dirceu como o instituidor do esquema Petrobrás ainda no tempo da Casa Civil’.



Fonte: AE 


Prisão de José Dirceu: o forte impacto de um fato esperado

A prisão de José Dirceu não é um fato inesperado. Pelo contrário, tanto já se sabia que aconteceria que ele chegou a pedir por três vezes habeas corpus preventivo. 

Mas ele é emblemático. Primeiro, por ser José Dirceu a figura mais importante de todo o processo do mensalão. Ao ser novamente preso, cumprindo ainda prisão domiciliar por um escândalo, ele é acusado de ter praticado crimes durante o período que respondia ao processo do mensalão, era julgado alegando inocência, pagava a multa com recolhimento de donativos de simpatizantes e petistas, e ia preso levantando os punhos. Ele teria entrado em um escândalo enquanto enfrentava a Justiça em outro.

Segundo, porque José Dirceu sempre será uma figura emblemática do PT. Seu ex-presidente, ex-chefe da Casa Civil do ex-presidente Lula, estrategista da legenda. Terceiro porque ele é figura ligada à luta contra a ditadura, o que torna ainda mais lamentável a sua suposta prática reiterada de delitos.

A repercussão do fato enfraquece ainda mais o governo da presidente que ele chamou de “companheira de armas”. Ainda que a presidente Dilma não esteja envolvida pessoalmente no caso, o grupo que a levou ao poder foi exatamente aquele no qual José Dirceu sempre teve proeminência.


Fonte: Coluna da Miriam Leitão

Ridícula a pretensão do PT de considerar BOMBA um simples e inofensivo rojão arremessado contra o Instituto Lula

Provocação
Por mais que os petistas e seus apaniguados nas redes sociais queiram transformar em grave ato terrorista a bomba caseira que atingiu a sede do Instituto Lula em São Paulo, é preciso ter cautela para caracterizá-lo dessa maneira. O filme da explosão, feito por uma câmera de segurança, é impactante. Mas quando se vê o resultado do “atentado”, a sensação é de que o teor explosivo do artefato era mínimo.

O buraquinho na porta de metal da garagem do prédio é tão ridículo que, se não soubéssemos que foi provocado por uma bomba, poderíamos achar que um motorista desastrado causou a mossa ao realizar uma manobra de marcha à ré.  Mas não façamos como o próprio PT que, na campanha eleitoral de 2010, tentou desmoralizar uma agressão sofrida pelo então candidato tucano José Serra, menosprezando uma clara ação contra a pessoa do candidato oposicionista.

Ao agir assim, o PT estimulou a agressividade de sua militância, em vez de coibi-la. Assim como Lula comparou o candidato do PSDB à Presidência da República ao ex-goleiro da seleção do Chile Roberto Rojas, que simulou ter sido atingido por um rojão em partida válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo, em 1989, no Maracanã, adversários do PT já estão comparando a “bomba caseira” a um simples rojão atirado contra o Instituto Lula.

Não importa se foi um rojão ou uma bomba caseira, nem mesmo se o estrago feito foi pequeno ou grande. O que importa é que aparenta ser uma clara agressão a um símbolo do PT e ao próprio ex-presidente Lula, e essa atitude não deve ser tolerada em uma democracia
[uma pergunta não quer calar: a quem interessa atacar uma coisa que representa corrupção, a incompetência, o desrespeito a coisa pública? 
Convenhamos que o Instituto Lula ao representar o PT e o próprio ex-presidente, é o símbolo perfeito de tudo que  não presta no Brasil.
O valor do Instituto Lula é tão insignificante – tanto no aspecto patrimonial, quanto no moral e até na falta de valor do que pretende representar – que ataca-lo, só interessa à petralhada, tentando posar de  vitima.
A conjuntura é totalmente favorável aos adversários do PT e da maldita esquerda. Quem seria estúpido para dar azo a que passem à condição de vítimas.]  

A Polícia Federal deve investigar a fundo para identificar os agressores. Mas também não é aceitável querer transformar o episódio em um grave atentado terrorista da direita odienta, nem aproveitá-lo para tentar reverter o ambiente político desfavorável aos petistas.  Se persistirem nessa toada, vão estimular a versão de que se tratou de uma ação auto infligida justamente com o fim político de angariar apoios num momento em que o PT, e mesmo o ex-presidente Lula, estão em situação delicada diante das diversas delações premiadas que estão em curso.

A negociação que está sendo feita pelo ex-diretor da Petrobras Renato Duque, homem de confiança do ex-ministro todo poderoso José Dirceu, confirmada por seus advogados, é a que mais se aproxima do PT. Enquanto permanece a possibilidade de o ex-diretor da empreiteira OAS Leo Pinheiro realmente fechar um acordo com o Ministério Público Federal para uma delação premiada em que a figura central seria o ex-presidente Lula.

Assim como são minoritários os que seguem o deputado Bolsonaro e pedem a volta dos militares nas manifestações contra o governo da presidente Dilma, também esses “terroristas” de bombas caseiras não representam a imensa massa que saiu às ruas no início do ano, e se prepara para voltar a ela em 16 de agosto.

Fez bem, portanto, o governo de não dar a dimensão política que os petistas gostariam, embora, a começar pela presidente Dilma nas redes sociais, tenha repudiado o indício de intolerância na disputa política. Mesmo que essa intolerância seja uma marca registrada dos militantes petistas, não pode ser a característica permanente de nossa luta política. 

Vamos aguardar as apurações policiais para ver onde está a origem desse “atentado”, e circunscrevê-lo ao que realmente representa, uma provocação. Basta ver o “estrago” causado para ter certeza de que o “atentado” não passou de uma ação premeditada para criar uma repercussão política sem causar danos maiores.       


Fonte: Merval Pereira 


Zé Dirceu, é preso na Lava-jato; o sentenciado Dirceu desta vez não terá a proteção do ex-governador do DF, o ladrão Agnelo

PF prende ex-ministro José Dirceu em nova fase da Lava-Jato

Cerca de 200 policiais cumprem 40 mandados judiciais em Brasília, Rio e São Paulo. A 17ª etapa da Operação recebeu o nome de Pixuleco 
O ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, foi preso na manhã desta segunda-feira em Brasília, na 17 ª fase da Operação Lava-Jato. Além dele, também foram presos o irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, o ex-assessor de Dirceu, Roberto Marques, e o dono da empresa de informática Consist, Pablo Kipersmit. Outros quatro mandados de prisão são cumpridos pela PF nesta segunda-feira.

Cerca de 200 policiais cumprem mandados judiciais em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro - dos quais seis são de condução coercitiva e 26 de busca e apreensão. Foram decretadas ainda medidas de sequestro de imóveis e bloqueio de ativos financeiros. Entre os crimes investigados estão: corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.

A fase recebeu o nome de Pixuleco, termo que, segundo o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, era utilizado por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, para nominar propina paga em contratos com o poder público. Pessoa é apontado pela força-tarefa da Lava-Jato como o chefe do “cartel das empreiteiras”, cujas empresas teriam sido beneficiadas em contratos com a Petrobras e outros órgãos públicos. Pessoa fez delação premiada.

O ex-ministro José Dirceu foi preso pouco depois das 6h. Ele estava na casa onde reside com a mulher e uma filha. Ele foi levado para a Superintendência da PF em Brasília e deve ser transferido para Curitiba ainda nesta segunda-feira. Segundo investigadores, a Justiça Federal decretou prisão preventiva do ex-ministro.

CONTRATOS COM O PODER PÚBLICO SÃO ALVOS
O advogado do ex-ministro, o criminalista Roberto Podval, confirmou na manhã desta segunda a prisão de seu cliente. - Só tivemos acesso ao mandado de prisão. Ele foi preso em sua casa, em Brasília. Ainda não sabemos em que horário será levado para Curitiba - disse Podval.

O defensor lembrou ter tentado acesso ao inquérito que investigava a participação do ex-ministro em crimes relacionados à Petrobras e a contratos com o poder público, mas o pedido foi negado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal, em Curitiba.

Haverá uma entrevista coletiva às 10h da Força-Tarefa da Lava-Jato em Curitiba, para dar mais detalhes desta operação. "Essa fase se concentra no cumprimento de medidas cautelares em relação a pagadores e recebedores de vantagens indevidas oriundas de contratos com o Poder Público, alcançando beneficiários finais e laranjas usados nas transações", diz a nota da PF anunciando a operação.

(*) Especial para O GLOBO