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sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Clube uruguaio demite filho de Lula antes mesmo da contratação - na realidade o Clube temeu o filho de Lula usar pesquisas na internet para treinar time

Clube uruguaio desiste de contratar filho caçula de Lula

Repercussão negativa e alto salário [sem esquecer a incompetência e desonestidade, características básicas de qualquer membro da 'famiglia Lula da Silva' - fizeram o modesto Juventud de Las Piedras abdicar do acordo com o preparador físico

O modesto clube uruguaio Juventud de Las Piedras desistiu de um “badalado” reforço brasileiro: o preparador físico Luís Cláudio da Silva, o filho caçula do ex-presidente Lula
Luís Cláudio da Silva: a bolada foi pagamento por “pesquisas, avaliações e elaboração propriamente dita” de trabalhos sobre a Copa e a Olimpíada (Reginaldo Castro/Lancepress/VEJA)

Depois de anunciar a contratação de Luís Cláudio em seu site oficial, o clube recuou. Para o presidente do clube, Yamandú Costa, houve um “problema de comunicação”. “Nós nunca noticiamos a contratação do sr. Luís Claudio. Divulgamos apenas a visita que ele fez às nossas instalações”, disse Costa.

Embora o dirigente, que é homônimo do violonista e compositor brasileiro, afirme oficialmente que não houve contratação, duas razões explicam a mudança de posição do Juventud. O primeiro motivo foi a enorme controvérsia que a informação causou, dentro e fora do Uruguai. Dirigentes do clube ficaram assustados com a repercussão negativa do acerto, que poderia ser visto como uma preparação para a saída da família da Silva do Brasil.

A segunda razão foi financeira. Com folha salarial modesta, de cerca de 100.000 dólares (340.000 reais), o 10º colocado do Campeonato Uruguaio não teria condições de bancar a remuneração mensal de 25.000 reais pedida pelo preparador físico.

O site do Juventud de Las Piedras anunciou o acerto no dia 18 de outubro, informando a “recente chegada à instituição pedrense do professor Luís Lula Da Silva (filho) para trabalhar no futebol e desenvolvimento social” do nosso clube. Segundo o presidente, porém, houve um problema na divulgação da visita de três dias que o brasileiro fez à sede do time para conhecer o projeto de formação de atletas. Procurada pela reportagem, a assessoria do filho de Lula não se manifestou.

O Juventud de Las Piedras chegou a ele por indicação da área de relações internacionais do clube, que, segundo Costa, é conduzida por brasileiros. O gerente Rodrigo Lubetkin conheceu o filho de Lula em um simpósio em São Paulo. O caçula do ex-presidente acumula passagens por Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos. Foi estagiário em departamentos amadores e auxiliar de preparador físico. Depois de cinco anos, em 2011, abriu a própria empresa.

A notícia da contratação causou estranheza até entre parceiros do clube do Uruguai. Nos últimos dois anos, o Juventud de Las Piedras realizou amistosos no Rio Grande do Sul, o que estreitou o relacionamento com Francisco Novelletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). “ O clube de Las Piedras foi o primeiro time do interior a chegar à elite e tem um título da terceira divisão (1995) e outro da segunda (1999). Na virada dos anos 2000, alternou altos e baixos, mas se firmou em 2012. Em 2014/2015, o clube conseguiu se classificar para a Copa Sul-Americana, mas a experiência só durou quatro jogos.

 (memória) - UM POUCO SOBRE LUIS CLÁUDIO E SUA NOTÓRIA INCOMPETÊNCIA
 Os policiais ele não convenceu. Na quarta-feira passada, Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente Lula, entrou acompanhado de quatro advogados na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Das 3 e meia da tarde às 7 e meia da noite, ele se empenhou em convencer o delegado Marlon Cajado, responsável pela Operação Zelotes, de que os 2,4 milhões de reais que recebeu entre 2014 e 2015 do escritório de lobby Marcondes & Mautoni eram referentes a pagamento por “trabalhos prestados” por sua empresa, a LFT Mar­keting Esportivo. A Marcondes & Mautoni é suspeita de ter negociado com autoridades do governo a renovação de uma medida provisória que, decretada em 2014, prorrogou benefícios para empresas do setor automotivo – o grosso da clientela do escritório. Seu principal sócio, Mauro Marcondes Machado, está preso desde o último dia 26.

Segundo Luís Cláudio, os trabalhos prestados à Marcondes & Mautoni consistiram em projetos de “pesquisa, avaliações setoriais e elaboração propriamente dita”, com “foco relacionado à Copa do Mundo (2014) e à Olimpíada” do Rio (2016). Para justificar o fato de a LFT, que não possui nenhum funcionário registrado, ter sido escolhida para executar tão bem remunerado trabalho, Luís Cláudio alegou que sua “expertise não se restringe à formação superior em educação física” – ele se formou pela FMU, em São Paulo -, mas “tem lastro na prestação de serviço, por cinco anos ininterruptos, em quatro dos mais destacados clubes de futebol”: São Paulo, Palmeiras, Santos e Corinthians. Luís Cláudio de fato passou pelos quatro clubes, sempre levado por amigos do pai, mas em nenhum deles desempenhou atividade que pudesse ter utilidade nos projetos que diz ter desenvolvido para o escritório hoje sob investigação da PF.

[Luís Cláudio realizou a consultoria de R$ 2,4 milhões para a Hyundai fazendo pesquisa na internet sobre o assunto;
quando os uruguaios tomaram conhecimento das técnicas utilizadas pelo ex-quase futuro técnico em suas atividades, e seriam aplicadas no Juventud, desistiram do negócio.]

O caçula de Lula entrou no São Paulo como estagiário no departamento amador do clube, e dali em diante, nos demais times onde esteve, nunca passou de auxiliar de preparador físico. “Ele desempenhava funções simples, como colocar os cones no gramado para os treinos dos jogadores e acompanhar as sessões de musculação dos atletas”, contou um ex-colega do Palmeiras (esse mesmo colega lembrou também que, apesar do cargo modesto, “Lulinha”, como era chamado pelos colegas, raramente perdia uma viagem com o time na temporada de jogos). Depois de cinco anos de clube em clube, Luís Cláudio abriu a LFT Marketing Esportivo, em fevereiro de 2011. Um de seus primeiros clientes foi o Corinthians, cujo presidente à época, Andrés Sanchez, era próximo de Lula. A função da LFT era captar patrocínio para os esportes amadores do clube.

Foi essa mesma aptidão para atrair recursos que levou a LFT a ser convidada a associar-se ao ex-locutor André Adler, que fez a carreira comentando eventos esportivos e morreu em 2012. Sua empresa promovia jogos de futebol americano em um torneio chamado Touchdown. Essa nova sociedade, afirma a defesa de Luís Cláudio, aproximou-o da Marcondes & Mautoni. Depois que a Touchdown perdeu o patrocínio que a Hyundai ofereceu ao torneio por dois anos, o caçula de Lula teria procurado a consultoria para garimpar novos recursos no setor automotivo. Acabou saindo de lá com o contratão de 2,4 milhões de reais para fazer pesquisas sobre a Copa e a Olimpíada, ainda que nenhum dos temas se beneficie de conhecimentos sobre jogos de futebol americano ou colocação de cones no campo.

Luís Cláudio diz ter se aproximado da Marcondes & Mautoni apenas há alguns anos, mas a relação entre o dono da empresa e seu pai vem de longa data. O lobista Mauro Marcondes conhece o ex-presidente desde o fim da década de 70, quando trabalhava na Volkswagen e Lula era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A Polícia Federal acredita que ele manteve contato com o petista pelo menos até agosto de 2013, período em que estaria “negociando” a medida provisória que favoreceu seus clientes com impostos mais baixos.

Dois pontos do depoimento do filho de Lula foram considerados pela polícia particularmente “inconsistentes” e “pouco convincentes”. Para os investigadores, a natureza da LFT não justificaria sua contratação para a finalidade alegada. E, ainda que esse trabalho tivesse sido encomendado e realizado, o preço atribuído a ele parece anormal.  O passado recente do filho caçula do ex-presidente Lula registra uma trajetória ascendente e fulminante. Já seu futuro, a contar pela reação dos inves­tigadores ao seu depoimento, parece bem menos promissor.
 

Fonte: O Estado de São Paulo  e VEJA



 

 

TRT expede liminar para impedir paralisação de rodoviários - Os milhares de usuários de ônibus espera que desta vez o 'sindicato dos rodoviários = baderneiros - não desmoralize, mais uma vez uma decisão do TRT

A decisão determina que o sindicato da categoria se abstenha de promover a paralisação nesta sexta-feira, bem como de obstruir garagens e impedir a circulação de veículos

 O Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10) expediu uma liminar para impedir a paralisação dos rodoviários nesta sexta-feira (18/11).  A decisão, assinada pela desembargadora Maria Regina Guimarães, determina que o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Terrestres de Passageiros Urbanos, Interestaduais, Especiais, Escolares, Turismo e de Cargas do DF (Sittrater-DF) se abstenha de promover a paralisação, bem como de obstruir garagens e impedir a circulação de veículos. 

Além de proferir a liminar, o TRT 10 também marcou uma audiência de conciliação entre o Sittrater e as empresas Viação Piracicabana, Auto Viação Marechal e Urbi Mobilidade Urbana. O encontro deve acontecer na próxima segunda-feira (21/11), às 10h.

Paralisação
A paralisação de rodoviários no Recanto das Emas e em Samambaia desde às 11h desta sexta-feira (18/11) só deve terminar depois das 15h. Cerca de 700 rodoviários que atuam nessas duas regiões seguem em carreata, no início da tarde desta sexta-feira, para a frente do Palácio do Buriti em protesto. Por volta das 14h25 eles estavam na altura do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. 
 
[tudo indica que mais uma vez a decisão do TRT será ignorada pelo 'sindicato dos rodoviários = baderneiros', a multa será aplicada e depois anistiada e a população do DF que necessita de transporte coletivo será, mais uma vez a única prejudicada.
A conferir.]
 
Fonte: Correio Braziliense 
 
 
 
 
 

Sérgio Cabral: do bacalhau do Antiquarius ao macarrão com carne moída de BANGU 8

Sérgio Cabral: conheça a nova casa do ex-governador-presidiário

Longe das mordomias do Leblon, de sua mansão em Mangaratiba e dos jantares caros em Paris, ex-governador será obrigado a acordar às 8 horas

Por vezes, quando chegava cansado e com fome, Sérgio Cabral gostava de pedir um prato do Antiquarius, um dos mais requintados restaurantes da cidade e vizinho do prédio em que vivia, no Leblon. Quando foi dormir em seu confortável quarto do apartamento 401, ontem à noite, o ex-governador de gosto refinado não imaginava, nem em seus piores pesadelos, que o jantar desta quinta-feira seria dentro de uma cela do Pedrolino Werling de Oliveira (Bangu 8), no Complexo de Gericinó.  E nada de bacalhau. A quentinha desta quinta-feira serviu arroz, feijão, macarrão e um punhado de carne moída.
 
Todos os dias, pontualmente às 8 horas da manhã, um agente penitenciário abre a portão principal de acesso às galerias. A tranca bate forte e o som ecoa pelas galerias. É neste momento que o preso mais antigo dentro do sistema se levanta e dá um grito: ‘Confere!’. 

Neste momento, todos os detentos são obrigados a levantar da cama, vestir uma camisa, baixar a cabeça e colocar as mãos para trás. Com uma prancheta nas mãos, o ‘guarda’ vai conferindo um a um, cela por cela. Desde a manhã desta sexta-feira, esta é a nova rotina do ex-governador Sergio Cabral Filho em sua nova casa, no Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, uma das unidades prisionais do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste da cidade.

Com duas prisões preventivas decretadas pelas justiças do Rio de Janeiro e do Paraná, o homem mais poderoso do Rio de Janeiro nos últimos dez anos terá de se habituar a uma nova rotina, bem longe da vida nababesca que levava entre o Leblon, sua mansão em Mangaratiba e restaurantes e hotéis de luxo pelo mundo afora. Uma rotina que, normalmente, deveria coloca-lo no convívio com outros detentos da Galeria D, reservada aos presos com diploma universitário, chamados ‘especiais’. Cabral, Hudson Braga, seu ex-secretário de Obras, e outros quatro integrantes da quadrilha foram para a galeria C6, virada para a horta e uma região onde há mais sombras, ou seja, é menos calor numa região normalmente escaldante. 

Cabral chegou à unidade pouco antes das 22 horas, depois de passar pelo processo de triagem na unidade vizinha, o Bangu 10. Lá raspou a cabeça com máquina 3 e fez a tradicional foto com uniforme verde da Secretaria de Administração Penitenciária para o cadastro interno de controle de presos. “Foi tudo feito nos costumes, no padrão Fifa”, brincou um funcionário da Seap, garantindo que a mochila que o ex-governador levou a tiracolo na viatura da Polícia Federal será entregue à família. “Ele vai usar chinelo, camisa branca e bermuda ou calça jeans, como todo mundo nesta unidade”.

Além do ex-governador, foram para Bangu 8 seu ex-secretário de Obras, Hudson Braga, seu assessor Carlos Miranda, Paulo Fernando Magalhães Pinto, apontado como um de seus principais ‘laranjas’, Luiz Paulo Reis (operador financeiro) e José Orlando Rabelo (assessor do gabinete do deputado estadual Jorge Picciani). Todos têm curso superior. Outros três detentos, Alex Sardinha da Veiga, Wagner Jordão, que movimentava as propinas pagas a Hudson, e Carlos Bezerra, que pagava até as contas pessoais de Cabral, foram mantidos na unidade de triagem, já que não têm diploma.  O outro ilustre preso nesta semana, o também ex-governador Anthony Garotinho, é mais um que tem presença confirmada no presídio de Bangu 8, para onde será transferido a qualquer momento.

Há uma academia à disposição e banho de sol em determinados períodos que são divididos com internos de outras alas. A unidade comporta entre 140 e 150 presos e, atualmente, há vagas. A quadra de futebol é sempre bastante disputada. Lá dentro Cabral encontrará, por exemplo, Nelson Nahim, irmão de Anthony Garotinho, preso por pedofilia. Ele é um dos mais antigos da galeria D. Nahim, aliás, é inimigo do irmão. Depois que Garotinho sair da unidade hospitalar, caso não vá para Campos, terá de ficar numa cela separado de Nahim. Lá estão também assassinos, milicianos e presos por não pagamento de pensão alimentícia.


À exceção de comida crua familiares podem levar as iguarias que o ex-governador desejar. Os detentos têm a opção de comprar na cantina da unidade também. A mulher, Adriana Ancelmo, terá direito a uma visita antes de sua carteirinha ficar pronta, já que o marido está com a prisão preventiva decretada. Depois dessa primeira visita, só com a carteirinha de visitante devidamente cadastrada pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), o que em casos de presos comuns leva até dois meses para ficar pronta. Às 18 horas, o grito de ‘Confere!’ ecoa novamente nas cadeias. É hora de voltar pra cela. Pensar na vida. E esperar a Justiça.

Fonte: Revista VEJA

 

Moro dispensa Lula de audiência da Lava-Jato

Ex-presidente será representado por seus advogados em Curitiba

O juiz Sergio Moro dispensou a presença do ex-presidente Luiz Inacio Lula da Silva de audiência da ação penal em que é réu na Operação Lava-Jato. Lula será representado por seus advogados. Com isso, não terá que ir a Curitiba para participar das oitivas das testemunhas, que serão realizadas nos próximos dias 21, 23 e 25. O pedido havia sido feito pela defesa de Lula na segunda-feira.
Os primeiros a serem ouvidos na segunda-feira serão os empreiteiros Dalton Avancini e Eduardo Hermelino e o ex-senador Delcídio Amaral. Na quarta-feira será a vez dos depoimentos do ex-deputado Pedro Corrêa, do ex-gerente da estatal Pedro Barusco e dos ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa. As oitivas do doleiro Alberto Youssef, do pecuarista José Carlos Bumlai, e dos lobistas Fernando Baiano e Milton Pascowitch estão marcados para a sexta-feira.

Em setembro, Moro aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra Lula e outras sete pessoas. A denúncia diz respeito a três contratos da OAS com a Petrobras. Os procuradores acusam o ex-presidente de ter recebido propina por meio da reforma de um apartamento triplex, no Guarujá. Na semana passada, Lula também foi dispensado de uma audiência em um processo em que é réu por obstrução de justiça. O juiz federal Ricardo Augusto Soares Leite liberou o ex-presidente de comparecer ao tribunal no dia 9 deste mês.

Fonte: O Globo

Ator 'zé de abreu', além de cuspidor também desvia dinheiro público = roubo - pastor Silas Malafaia fez a primeira denúncia, ainda em junho/2016

Ator José de Abreu vai ter que devolver 300 000 reais captados na lei Rouanet

Saiu publicado no Diário Oficial uma portaria do Ministério da Cultura solicitando a devolução de recursos da lei Rouanet. 

De acordo com o texto, o ator José de Abreu terá de devolver 300 000 reais captados para a turnê do espetáculo Fala, Zé pelo Sudeste. A Orquestra Sinfônica Brasileira também está na lista. Terá de devolver 2 milhões de reais.

Malafaia aponta inadimplência de José de Abreu com Lei Rouanet

Ontem, ao comentar a operação Boca Livre da Polícia Federal e criticar a Lei Rouanet, o pastor Silas Malafaia teve um embate, via twitter, com o ator José de Abreu.  Ele reclamou que artistas reconhecidos, com capacidade para obter financiamentos próprios, representam a maioria dos que são beneficiados com altos incentivos da lei.

Citou como exemplo José de Abreu e, quem acompanha o ator nas redes sociais (ou em restaurantes), sabe que ele não dispensa uma briga (ou uma cusparada).  Malafaia acusou Abreu de estar inadimplente com a Rouanet e, mesmo assim, seguir obtendo incentivos com a legislação.  Com o barulho nas redes sociais, o pastor prometeu publicar nesta tarde provas da inadimplência.

Na prática, Malafaia se referiu à série de espetáculos “Fala Zé – Turnê sul e sudeste”, que teve projeto apresentado ao Ministério da Cultura há cerca de 10 anos. A proponente do projeto foi a hoje ex-mulher de Abreu Camila Paola Mosquella.  Quem entra na página do Minc e busca dados sobre o projeto é informado que a situação está “inadimplente – não respondeu a diligência da prestação de contas”. 

Tal andamento é de 2011. Além disso, ao checar os dados da proponente Mosquella, consta o email “josedeabreu@globo.com”.  O projeto recebeu um incentivo de 299 400 reais. A peça conseguiu captar todo o dinheiro. Quem bancou integralmente a turnê foi a Petrobras.

Fonte: Mauricio Lima - Radar On Line

 

Polícia acusada de torturar e matar = Mal necessário - dos cinco mortos, quatro tinham antecedentes criminais, inclusive homicidios

A polícia que tortura e mata

A emboscada e os métodos utilizados pelos assassinos de cinco jovens indicam a existência de um sofisticado grupo de extermínio em São Paulo

Uma mensagem de áudio enviada pelo celular do adolescente Jonathan Moreira, 18 anos, revela uma suposta abordagem policial a um grupo de amigos que participaria de uma festa com mulheres organizada pelas redes sociais. Horas depois, um Santana 1987 com cinco rapazes com idades entre 16 e 30 anos, Jonathan entre eles, desaparece. Após 16 dias, o veículo é achado às margens do rodoanel Mário Covas, em São Paulo. Os corpos, encontrados no domingo 6, em estado avançado de decomposição, indicam uma ação semelhante às que normalmente são praticadas por grupos de extermínio. 


 Chacina Estrada de Taquarassu, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde os cinco corpos foram encontrados com sinais de execução sumária

Um dos garotos tinha as mãos amarradas e algemadas, outro estava com a cabeça decapitada, todos possuíam marcas de tiros no tórax e estavam cobertos com terra e cal próximos a estrada do Taquarassu, em Mogi das Cruzes. Além disso, cartuchos de pistola calibre .40, de uso restrito de policiais, foram localizados num terreno próximo. E mais: registros mostram que agentes da corporação consultaram dados de dois dos cinco jovens. 

“Não dá para negar que houve execução”, afirmou Júlio César Fernandes Neves, ouvidor das polícias de São Paulo. A sofisticação usada pelos autores do crime – que vai da atração dos garotos à festa até a forma com que foram mortos – permite dizer que os assassinatos foram orquestrados por um grupo que agiu de forma organizada, rebuscada e cruel. “Trata-se de uma chacina e o nosso medo é que continue com a autoria desconhecida”, diz.

Trata-se de uma chacina e o nosso maior medo
é que continue com a autoria desconhecida”
Júlio César Neves, ouvidor de polícia


Intimidação
Apesar de a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo negar a existência de provas que indiquem o envolvimento de policiais nas mortes, um garoto de 13 anos, parente de um dos jovens mortos, afirmou ter sido ameaçado por policiais durante quatro horas. Na segunda-feira 7, eles teriam circulado pelo bairro em que as vítimas moravam, Jardim Rodolfo Pirani, e encostado um revólver na cintura do adolescente. Dois policiais faziam uma varredura de celulares pelas ruas, em busca do áudio gravado por Jonathan. 

O jovem teve seu aparelho confiscado e quando os policiais viram fotos de um dos mortos conduziram o menino até uma viela do bairro – até que uma tia interrompeu a abordagem. Segundo o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), as intimações são suficientes para configurar assédio às famílias. Os familiares de Jones Ferreira Januário, 30 anos, César Augusto Gomes, 19 anos, Caíque Machado, 18 anos, Robson de Paula, 16 anos e Jonathan temem se tornarem alvo de represália. “Existem sinais da atuação de um grupo de extermínio agindo à revelia do comando da polícia”, afirma Ariel de Castro Alves, advogado e membro do Condepe.

Um dos fatores que favorece a formação desses grupos é a impunidade em casos de violência policial. [cabe acrescentar que a violência dos bandidos, a ousadia com que enfrentam a polícia, a certeza que quase sempre ficarão impunes - na maior parte das vezes estão mais bem armados que os policiais e com a certeza que sempre as tais ONGs de direitos humanos estarão contra a polícia - leva policiais 'cabeça quente', muitas vezes desesperados pela impotência com que enfrentam os bandidos, decidam fazer Justiça com as próprias mãos.
Podemos dizer que não é a melhor forma de se fazer Justiça, mas, as vítimas sempre são bandidos que cometem crimes e permanecem em liberdade.
É uma Justiça enviezada, mas´, é Justiça e com a vantagem de ser definitiva.]

Dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que pelo menos nove pessoas foram mortas a cada dia por policiais em 2015. [não deve ser ignorado que São Paulo apesar de ser a maior cidade do Brasil, população superando os 12.000.000 de habitantes, está entre as cidades com menor índice de violência.] São Paulo aparece na liderança dessa estatística, com 848 vítimas. No mesmo ano, apenas 124 policiais foram recolhidos para o presídio militar Romão Gomes. Destes, 34 por homicídio. “Mesmo nos casos em que há participação de policiais comprovada, eles não são punidos”, afirma Alves. [a participação de policiais no homicídio não implica em punição automática, já que a punição só cabível, legal e justa, quando há dolo por parte do policial. Quando a morte do bandido resulta de confronto com a Polícia, os policiais tem o direito de exercer a  LEGITIMA DEFESA o que elide o cabimento da punição do policial.]  Esse tipo de crime mostra que há autorização para o uso de práticas violentas dentro das instituições. “Existe um resquício do período ditatorial que permite que forças marginais ajam dentro do poder”, diz o ouvidor Neves. Para ele, a recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que determinou a anulação da condenação dos 74 policiais militares acusados pela morte dos detentos do presídio do Carandiru é um exemplo que incita a ação de grupos criminosos. [a condenação foi fruto de uma política pró-bandido e proferida sem que o dolo, porventura existente na ação de cada policial, fosse devidamente identificado, comprovado e mensurado.
Também não restou provada qual policial matou quem.
A sentença anulada sequer deveria ter sido proferida, devido a falta total de elementos probatórios justificadores das penas.]

Os corpos de Caíque e César foram reconhecidos por impressões digitais. Jonathan, por meio de arcadas dentárias. O cadeirante Robson foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML). Em 2014, ele foi baleado por PMs e ficou paraplégico. Os jovens tinham em comum a vida pobre na periferia e a passagem pela polícia. No bairro em que viviam, a violência faz parte da rotina dos moradores. “A sociedade aprova esse tipo de comportamento porque não acredita na justiça comum”, afirma Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. “Surge a vontade de fazer justiça com as próprias mãos. Se não é réu primário, parece que se tem licença para matar.” Apenas Jones, o mais velho, não havia cometido nenhum delito. “Percebi que ele estava sumido quando os parentes dos garotos chegaram em casa para começarmos a busca”, diz a esposa Eliane Souza.


O caso é investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), com um inquérito instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar. O ouvidor das polícias de São Paulo reconhece que são poucos os casos de policiais julgados em São Paulo. “Ainda mais raros aqueles que se tornam réus e são condenados”, diz. A impunidade dá o aval para aqueles que agem apenas puxando o gatilho de uma arma. “Há uma cultura de leniência com as execuções. Quando existem indícios da participação de agentes de segurança, acontece o acobertamento ou o abandono das investigações”, afirma Átila Roque, diretor executivo da Anistia Internacional.

Fonte: Fabíola Perez - Isto É

 

 

Quem são e como vivem os Trump

Assim como nos negócios, também na política o magnata Donald Trump coloca a família acima de tudoe ter convocado o clã para a linha de frente da campanha à presidência pode ter feito a diferença nas urnas. Os filhos, genros e noras foram os maiores aliados do republicano. “Eu posso estar sozinho, mas tenho minha família”, repetiu Trump diversas vezes como resposta à constatação de que nenhuma estrela do porte de Madonna ou Bruce Springsteen estava a seu lado. 


Unida, a família Trump foi capaz de neutralizar o apoio de celebridades à democrata Hillary Clinton. “Todos os projetos que construímos, construímos como uma família”, orgulha-se Eric, 32 anos, um dos cinco filhos que o presidente eleito teve em seus três casamentos. Na Trump Organization, holding que atua em negócios do ramo imobiliário e hotéis, os três filhos de Donald com a ex-modelo Ivana Trump ocupam cargos de vice-presidente. Donald Jr., 38, Ivanka, 35, e Eric estão no coração da empresa. Eles foram a tropa de elite que ocupou posições de confiança na campanha, que engajou ainda Tiffany, 23, a filha do segundo casamento de Trump, com a atriz Marla Maples. Só o caçula Barron, 10, ficou de fora.

Brigas e vinhos
Na corrida eleitoral, quem mais se destacou foi Ivanka. Com 2,2 milhões de seguidores na rede social Twitter, ela foi a primeira a anunciar, ainda em junho de 2015, que Donald Trump concorreria à Casa Branca. Na reta final, ela chegou a reescrever os discursos do pai, além de usar sua expertise no mundo da moda para dar palpites no figurino que ele deveria usar. Assim como a mãe, Ivanka foi modelo e chegou a desfilar para campanhas da grife Tommy Hilfiger antes de lançar sua própria marca de roupas e sapatos. Ela é casada com o megainvestidor Jared Kushner, 35, famoso por ter feito a maior aquisição imobiliária da história dos EUA — o edifício 666 Fifth Avenue, comprado em 2007 por U$ 1,8 bilhão.

 Dono do semanário “New York Obsever”, o primeiro a endossar oficialmente a candidatura Trump, Kushner foi o grande arquiteto da campanha presidencial. Ele arregimentou uma equipe de talentos do Vale do Silício para o “Projeto Álamo”, equipe que gerenciou a estratégia de mídias digitais de Trump. Bem-sucedido na missão, assumiu efetivamente a gerência da campanha a partir de junho, depois de recomendar o afastamento de Corey Lewandowski. Após a vitória de Trump nas urnas, Kushner foi encarregado de estabelecer o plano para a equipe de transição na Casa Branca.

“Todos os projetos que construímos, construímos como uma família” Eric Trump, o filho do meio

Também no centro de comando da campanha atuou o primogênito Donald Trump Jr., graduado na prestigiada escola de gestão Wharton, da Universidade da Pensilvânia. Nos tempos de faculdade, era um típico playboy: frequentava clubes caros, bebia demais e acaba se envolvendo em pancadaria. A exemplo do pai, Donald Jr. se casou com uma ex-modelo, Vanessa Haydon, e também teve cinco filhos. Mas nem os negócios e nem a política o impedem de manter hábitos como a caça de veados ou o gosto por restaurantes estrelados pelo Guia Michelin. Durante a campanha, Donald Jr. cometeu uma gafe digna de seu pai ao comparar refugiados sírios a doces envenenados. Até o fabricante da marca citada emitiu uma nota de repúdio.

Um perfil bem diferente tem o irmão do meio, Eric, o filântropo da família. Formado em finanças pela Universidade de Georgetown, ele fundou em 2006 a Eric Trump Foundation, que angaria recursos para o hospital St. Jude Children’s. Apreciador de vinhos, ele também administra a vinícola Trump, no estado de Virginia.

Tiffany Ariana foi a única filha do casamento de Donald Trump com a atriz Marla Maples. Quando os pais se separaram, ela foi viver com a mãe, na Califórnia. Depois de ter sido estagiária da revista “Vogue” e de se arriscar como modelo em Nova York, Tiffany gravou em 2014 o disco “Like a Bird”. A carreira de cantora não decolou. Formada em sociologia, ela não tem cargo na Trump Organization nem fez parte da equipe de campanha. Ainda assim, usou sua influência em redes sociais para pedir votos e até discursou na segunda noite da Convenção Nacional Republicana, em julho deste ano, que referendou a chapa de Trump com Mike Pence como candidato a vice.

Nascida Melanija Knavs e hoje Melania Knauss-Trump, a ex-modelo eslovena de 46 anos se casou com Donald Trump em 2005. Durante a campanha, a atuação de Melania foi relegada a segundo depois da constatação de que seu primeiro discurso reproduzira parágrafos inteiros de um pronunciamento feito por Michelle Obama em 2008. Embora se diga arquiteta, o curso não existe na faculdade que ela afirma ter estudado. Mãe de Barron, o caçula do clã, a 47ª primeira-dama dos Estados Unidos irá trocar a opulência da cobertura em que vive na Trump Tower, em Nova York, pelo endereço mais cobiçado do planeta: a Casa Branca.

 Fotos: REUTERS/Rainier Ehrhardt; David Becker/Getty Images/AFP; Evan Agostini/Invision/AP; Sam Horine

A residência atual dos Trump, no topo do edifício número 725 da Quinta Avenida, no centro de Manhattan, tem uma vista privilegiada, que abrange o Central Park e as pontes que ligam a ilha aos bairros vizinhos e a Nova Jersey. Por dentro, a ostentação impera. Templo da extravagância de Trump, a cobertura foi decorada por Angelo Donghia (1935-1985) no início da década de 1980. Extrapolando o gosto da época, ele buscou referências no estilo rococó francês do século 18. Abusou de colunas palacianas em mármore e ornamentos dourados. 

Parte do mobiliário e alguns dos elementos decorativos são de fato banhados a ouro, caso da poltrona Luís XV favorita de Donald. Na residência que ele, Melania e Barrow irão ocupar a partir de 2017, em Washington, a decoração é bem mais discreta e a vista pode até ser menos impactante. Mas ali, como em nenhum outro lugar, a família Trump terá o mundo a seus pés.

Fonte: Reuters


Responsabilidade fiscal e o meu queijo

Nunca vi tanta gente preocupada com o aspecto macilento e emagrecido do caixa do governo. Reduzido a pele e osso. Em junho de 2014 já estava em milhões de telas de computadores, mundo afora, o alerta que uma analista do Santander fez a seus clientes investidores, antevendo o que iria acontecer com a economia nacional. Não era bola de cristal, mas trabalho sério de quem acha que não se deve brincar com dinheiro alheio. Bola de cristal, bem fajuta e perdulária, era a usada por Dilma, pelos técnicos do governo e por Lula, que assim comentou a circular enviada pela funcionária do banco: "Não entende p.... nenhuma de Brasil" e sugeriu: "Pode mandar embora e dar o bônus dela pra mim, que eu sei como é que eu falo".

A analista foi imediatamente demitida. O cartão vermelho do governo demoraria ainda dois anos para lhe ser exibido. Também no Brasil, e há bom tempo, técnicos sensatos, comentaristas esclarecidos, economistas experientes como os membros do grupo Pensar+ do qual participo, alertavam sobre as consequências da irresponsabilidade fiscal. A gastança criminosa promovida pelos sucessivos governos petistas nos conduzia ao inevitável estouro das contas públicas. A história registrará, entre os grandes infortúnios de nossa vida administrativa, a infeliz coincidência de termos vivido o ciclo mais favorável da economia mundial em muitas décadas sob gestão simultânea de uma organização criminosa e do mais destrambelhado dentre todos os nossos governos. Os tempos pródigos ampliaram largamente a voracidade e perpetuaram os danos causados nesse prolongado ataque por dois flancos. Agora são tempos de zelo com as contas públicas. Como é insensível o coração do caixa!

No entanto, esse necessário zelo não vem acompanhado do devido desprendimento. Parece tratar-se de algo que se exige "dos outros" para que as situações particulares permaneçam inalteradas. Todos querem responsabilidade fiscal para que a situação melhore e ninguém mexa no seu queijo (como no bom livro de Spencer Johnson). Imagino essa preocupação povoando, nestes dias, muitas reflexões sobre a situação do país. Deve pensar assim o ministro, viajando em jatinho da FAB. Também o deputado, cujo queijo se chama emenda parlamentar ou verba de gabinete. Não há de querer diferente o beneficiado pelo queijo da isenção fiscal ou do juro privilegiado. São perfumados os queijos especiais havidos por cargo ou função, por vaga nos superpovoados gabinetes políticos e por aposentadorias precoces. Há tantos queijos em busca de proteção! Eles se chamam, ainda, cartão corporativo e bolsa-empresário. E se chamam mordomias, têm carro oficial, motorista, garçom, copeiro e segurança. Imagino a multidão de seus usufrutuários a sonhar com um Brasil onde a austeridade geral permita que nada mude.

O exercício dos poderes de Estado não pode ocorrer na ausência do mais elementar senso de justiça.
O Brasil precisa que seus cidadãos submetam às suas próprias consciências uma PEC das boas condutas e dos bons exemplos. Quando o avião sacode, balança inteiro, da primeira classe ao porão de carga.

Percival Puggina (71), integrante do grupo Pensar+ 

www.puggina.org
 

Uma ponta solta

O que se teme é que o que vem ocorrendo no Estado do Rio seja só um trailer, ainda que em cores mais fortes, do que vem por aí

O governo talvez tenha subestimado uma das principais dificuldades que terá de enfrentar na longa rota de saída da crise que vislumbrou para o país. No plano de jogo proposto, há uma ponta solta a exigir atenção redobrada: o rápido agravamento da crise fiscal dos estados e municípios e seus possíveis desdobramentos.

O que se teme é que o que vem ocorrendo no Estado do Rio de Janeiro seja só um trailer, ainda que em cores mais fortes, do que vem por aí. O estado está virtualmente quebrado. O governador Luiz Fernando Pezão alega que, se nada for feito em contrário, só conseguirá pagar sete das 13 folhas de pagamento com que terá de arcar em 2017. 

Tendo publicado artigo recente intitulado “Sem botes salva-vidas” no GLOBO, em 30 de outubro, o governador submeteu ao Legislativo estadual proposta de drástico programa de ajuste fiscal. Para não deixar dúvida sobre as proporções do problema, incluiu na proposta cobrança de contribuição previdenciária de 30% sobre os vencimentos dos servidores ativos e inativos. O que se viu em seguida foi amplamente divulgado país afora: selvagem depredação do plenário da Assembleia Legislativa por uma horda de servidores irados.  [lembrando sempre que para uma EXCELÊNCIA que receba salários em torno de R$100.000,00, 30% significam apenas R$ 30.000,00, quantia da qual a excelência pode abrir mão por algum tempo sem grandes transtornos.
Já para o servidor que ganha em torno de R$ 2.000,00 mensais, abrir mão de R$ 600,00, lhe restando para sobreviver durante um mês apenas R$ 1.400,00, o valor confiscado vai fazer uma falta danada.]

É muito pouco provável que o governador consiga extrair da Assembleia, em tempo hábil, a aprovação do ajuste fiscal que seria requerido para impedir a desorganização e o colapso de serviços essenciais providos pelo governo estadual. Desalentado com as perspectivas de seu mandato, Pezão passou a declarar que o estado se tornou ingovernável e a sugerir que uma intervenção federal pode se tornar inevitável. Cenário que, para o Planalto, seria simplesmente impensável, pois, com um estado sob intervenção, propostas de emenda à Constituição não poderiam ser tramitadas. 

Sem perspectiva de equacionar a crise fiscal do Rio de Janeiro, Pezão parece agora empenhado em mobilizar uma ampla coalizão de governadores para aumentar a potência da pressão dos estados sobre o governo federal. E é bem possível que tenha sucesso nesse empenho, pois as dificuldades financeiras que vêm sendo enfrentadas pelos governos subnacionais estão fadadas a se agravar rapidamente nos próximos meses.

A questão é como Brasília pretende reagir ao agravamento da crise fiscal dos estados e municípios. O que o governo tem declarado é que chegou o momento de mostrar firmeza e deixar o sistema ranger. Que governadores e prefeitos precisam entender que o regime fiscal mudou para valer. Que, desta vez, não voltarão a ser resgatados pela União. E que cabe a cada um deles saber conviver com uma restrição orçamentária rígida e levar adiante o esforço de ajuste fiscal que se fizer necessário. Não importa de que tamanho for.

Pode até ser um bom plano de jogo, desde que o governo tenha certeza de que terá cacife político para bancá-lo até o fim. Mas, se o Planalto teme não dispor desse cacife todo e se ver, dentro de alguns meses, obrigado a ceder às pressões e a ter de improvisar uma desmoralizadora operação de resgate, talvez valha a pena conceber plano de jogo mais realista. Uma estratégia fatalmente mais custosa num primeiro momento, mas que não redunde, mais à frente, em perda de credibilidade tão devastadora para o programa de ajuste fiscal do governo. E que não seja percebida como recuo.

Talvez seja o momento de aproveitar o efeito pedagógico da crise no Rio de Janeiro e o alarme dos governadores com a evolução das suas folhas de pagamentos, para angariar seu apoio efetivo a um ajuste fiscal mais ousado, baseado em reforma previdenciária bem mais ambiciosa e mais abrangente do que a que vem sendo contemplada pelo governo. E, quem sabe, complementada pela aprovação de medidas que reduzam a rigidez que hoje restringe a gestão das folhas de pagamento de servidores ativos em todas as esferas de governo.

Em vez de um plano que condene o Planalto a um atrito permanente com os governadores, é hora de engajá-los no colossal esforço de ajuste fiscal que hoje se faz necessário, tanto na esfera federal como na estadual.

Fonte: Rogério Furquim Werneck é economista e professor da PUC-Rio

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Na hora errada - Temer falou o que não devia e na hora errada

Temer confunde conciliação com permissividade ao defender anistia prévia a Lula

Ainda bem que Michel Temer só preside o Poder Executivo. Não manda no Judiciário nem dispõe de prerrogativas que lhe permitam interferir diretamente nas investigações do Ministério Público.  Fosse ele juiz das demandas na Polícia Federal e do Ministério Público em relação à Operação Lava Jato haveria motivos para preocupação em decorrência de sua assertiva de que uma possível (e provável) ordem de prisão contra o ex-presidente Luiz Inácio da Silva traria instabilidade política ao País.

Estivesse Temer no lugar de Sérgio Moro, talvez levasse em conta essa avaliação supostamente caridosa para decidir se seria justificada ou não a detenção de Lula. Aí vista pela ótica política. Como as instituições são independentes e o presidente pode muito, mas não pode tudo, trata-se apenas de uma opinião dada em hora errada. Lamentável, porém, que como professor de direito constitucional e político para lá de experiente, considere que a eventualidade da punição a quem quer que seja represente um “problema” para o País.

A declaração, dada em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, revela, talvez, menos a convicção real de Michel Temer e mais uma dúvida oculta sobre a própria legitimidade. Receio de ser classificado como golpista. No fundo, insegurança a respeito dos próprios atos. No raso, dúvida sobre o funcionamento das instituições, o trabalho do Ministério Público, da Justiça e da Polícia Federal.

Quando afirma que uma prisão de Lula poderia ser um fator de risco institucional, o presidente da República sinaliza posição de enfraquecimento das instituições. Movimento contrário seria o de dizer que a questão a outras instâncias pertence. E a elas cabe decidir livremente de acordo com a lei. Se assim for, de maneira legal, a possível (e provável) decretação de prisão de Lula ou de qualquer outra figura da República, que seja. Se não for, melhor para os envolvidos, entre os quais não pode se incluir o presidente da República.

A menos que tenha contas a ajustar e, nesse caso, advogue em causa própria. Presta atenção. No Congresso há várias frentes de “trabalho” montadas no intuito de restringir investigações a respeito de parlamentares e seus efeitos sobre a opinião pública. A mais recente e sorrateira por não ter tido grande destaque no noticiário. É a tentativa de proibir as transmissões ao vivo das sessões dos tribunais superiores em julgamentos de ações cíveis e penais.

O projeto foi aprovado na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara e, em seguida, irá para exame na Comissão de Constituição e Justiça, cuja decisão terá caráter terminativo. Se for aprovado na CCJ, o tema não precisará ir a plenário. Dizer sobre o cerceamento do direito do cidadão à informação é pouco, mas é o suficiente para explicar a razão desse tipo de proposta aqui e agora.

Dedicação exclusiva. O ex-senador Delcídio Amaral colocou um ponto final em seu período de muda, até imposto pelas circunstâncias da delação premiada. Começou com uma entrevista ali, outra acolá, dizendo o que não podia (ou não queria) dizer quando líder do governo no Senado: que Lula acompanhava de perto o desenrolar dos negócios na Petrobrás e que Dilma sabia de tudo sobre a compra e venda da refinaria de Pasadena, no Texas.

Além de um dos porta-vozes dos governos petistas no Parlamento, Delcídio foi diretor da petrolífera onde manteve influência e ligações. Sabe de tudo e não é inocente. Anuncia volta à política e, pelo jeito, na condição de detonador dos ex-presidentes.


Fonte: Dora Kramer - O Estado de S. Paulo 

 

Calicute investiga atuação de Adriana Ancelmo como advogada e cutuca MP do Rio

O juiz Marcelo Bretas discorre na decisão que colocou na rua a operação Calicute sobre as suspeitas em torno da atuação de Adriana Ancelmo, a ex-primeira-dama alvo de condução coercitiva hoje.

E dá uma estocada no Ministério Público do Rio, que, sob o comando do ex-procurador-geral Cláudio Lopes, arquivou a investigação sobre a atuação de Adriana Ancelmo como advogada de clientes com negócios com o governo do estado.

Escreveu Marcelo Bretas:
"Observa o MPF que a investigada Adriana Ancelmo, mesmo sendo casada com o então Governador do Estado, não reportou qualquer dificuldade ético-profissional ao ser contratada, através de seu escritório de advocacia, por empresas que mantinham contratos com o próprio Governo do Rio de Janeiro e Concessionárias de Serviços Públicos

Aparentemente a advogada, que ora é investigada, considerou, ao seu exclusivo arbítrio, que os muitos milhões de reais que passaram a irrigar a conta bancária de sua empresa de advocacia deviam-se exclusivamente às suas habilidades argumentativas e intelectuais como profissional do direito, sem relação com o fato de seu marido, ora igualmente investigado, ser a principal autoridade administrativa no âmbito do Estado do Rio de Janeiro.  

Tais situações, apesar de aparentemente terem passado desapercebidas pelos Órgãos de controle estaduais, a partir de agora serão objeto da merecida atenção pela JUSTIÇA FEDERAL, a partir da atuação isenta e diligente do MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL e com o apoio efetivo da POLÍCIA FEDERAL, para avaliar os vários contratos que são trazidos à baila, todos com a interveniência do escritório de advocacia ANCELMO ADVOGADOS e que, segundo anota o órgão ministerial, merecem ser escrutinados, sobretudo levando-se em conta as muitas situações aparentemente ilícitas abordadas nestes autos, principalmente as que digam respeito à participação dos investigados Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo."

Fonte: O Globo


STF vai definir regras para barrar salários acima do teto

Presidentes de tribunais superiores se reuniram com integrantes da Comissão do Extrateto do Senado

Em reunião com senadores que integram a Comissão do Extrateto, que visa impedir vencimentos acima do teto constitucional e presidentes dos tribunais superiores, foi discutida uma súmula vinculante capaz de barrar os altos salários da administração pública. A presidente da comissão, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), disse que, além da súmula, o Conselho Nacional de Justiça colocará na pauta o julgamento de liminar que permite o aumento automático dos salários nos estados.

Participaram da reunião os presidentes do STF, Cármen Lúcia, do TSE, Gilmar Mendes, do STJ, Laurita Vaz, do TST, Ives Gandra Filho, e do STM, William Barros. Kátia Abreu destacou que há uma unanimidade quanto ao fim do efeito cascata dos salários. Ela explicou que hoje os tribunais estaduais se valem de liminar para que o reajuste do STF seja repassado automaticamente para juízes e desembargadores. Todos concordam que querem ficar livres da cascata, o aumento da Justiça Federal, o Congresso, o Executivo. Tudo é aprovado no Congresso, mas a Justiça nos estados achou por bem, que por uma liminar, poderia seguir a cascata sem lei. Não precisamos de lei, só que o CNJ decida sobre essa liminar que autorizou essa cascata sem lei — disse Kátia Abreu após a reunião.

Segundo a senadora, a presidente do STF pedirá ao CNJ que agilize a votação da matéria. Quanto à súmula vinculante, ficou acertado que o STF levantará todas as decisões já tomadas sobre salários acima do teto para, então, fechar um texto dando um norte sobre o assunto.  Na tarde desta quarta-feira, a Comissão Extrateto se reunirá com o presidente Michel Temer e na quinta-feira pela manhã com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Em entrevista, Renan ironizou a reação de entidades de magistrados, como a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), que acusa o Legislativo de ter altos salários.  — Acho uma tolice. Como é que entidades de magistrados fazem notas atribuindo responsabilidade a alguém porque quer impedir que outros de outros poderes recebam mais do que a Constituição permite? Se fazem isso para inibir o Senado Federal, não vão. Porque no momento em que nós estamos estabelecendo critérios para o gasto público não tem absolutamente nenhum sentido que alguém receba mais do que a Constituição permite. Não adianta colocar nas notas que isso vai acontece por desejo de a, b ou c. Não é por desejo de ninguém individualmente, mas da sociedade brasileira que quer ver a Constituição cumprida — disse Renan, completando:  — Fazer essas notas só atrapalha e demonstra que as pessoas ajudam mais quando vêm ao congresso discutir a matéria. Não adianta a Ajufe com essas notas colocar a carapuça e tentar dizer que o Senado está se dirigindo unicamente ao Judiciário — disse Renan.

Fonte: O Globo

O intocável

Há uma semana, foi lançada em São Paulo mais uma campanha pela imunidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente réu em três processos relacionados a casos de corrupção. O nome do movimento – “Por um Brasil justo para todos e para Lula” – não deixa margens a dúvida quanto à sua natureza. Não basta ser justo com todos. Com Lula, é preciso um pouco mais. Trata-se de mais uma tentativa de manipular valores e princípios democráticos, como a igualdade de todos perante a lei e a presunção de inocência, para fins muito distantes dos ideais democráticos. Querem o velho e imoral tratamento privilegiado para o ex-presidente.

Justiça para todos, sim, mas que para Lula seja reservada uma especial justiça, que não lhe traga constrangimentos nem muito menos ouse questionar o seu comportamento com a fria métrica legal. Sim, todos são iguais perante a lei e devem se submeter à justiça, mas Lula – parecem dizer os promotores da campanha – deve ser mais igual que os outros. Mais que por justiça, o tom do clamor é por uma desigual condescendência.

Idealizada por intelectuais de esquerda e amigos do ex-presidente, a nova campanha escancara viés não igualitário. Há investigações contra ele? Há suspeita de recebimento de alguns favores de caráter um tanto duvidoso? Nesses casos, não basta que ele tenha os mesmos direitos concedidos a todos os outros cidadãos e possa, dentro da mais estrita legalidade processual, responder judicialmente. Não é suficiente tampouco que, em seu pleno exercício do direito de ampla defesa, ele seja excelentemente assessorado por uma banca de renomados causídicos. Tudo isso é pouco para Lula.

Ele precisa de uma organizada campanha de comunicação a difundir impropérios contra as instituições. Ele precisa de comitês em todos os Estados brasileiros e no exterior – a campanha em prol da imunidade de Lula não quer se restringir ao território nacional – a propagar a ideia de que há no País uma “perversão do processo legal”. Ele precisa de material impresso e eletrônico para denunciar “prisões banais por meras suspeitas, conduções coercitivas ilegais, vazamentos criminosos de dados e exposição da intimidade”.

Pelo que se vê, Lula não gosta de ser tratado como os outros, e exige que partido, simpatizantes e amigos trabalhem para ele. Todo o restante – rever as práticas partidárias, reconectar o partido com o eleitorado, etc. – pode esperar. A máxima prioridade do PT deve ser proteger seu grande chefe dos efeitos das instituições. Dentro dessa lógica pouco democrática, produz-se uma grande mobilização que difunda dúvidas sobre a legitimidade das instituições nacionais e sobre as intenções daqueles que fazem perguntas incômodas a Lula e podem exigir que ele, como um brasileiro igual a todos os outros, responda pelos seus atos perante a lei.

No ato de lançamento da nova campanha, Lula alegou constrangimento por estar ali em causa própria. “Não me sinto confortável participando de um ato da minha defesa. Eu me sentiria confortável participando de um ato de acusação à força-tarefa da Lava Jato, que está mentindo para a sociedade brasileira”, disse o ex-presidente, que não se deu ao trabalho de explicar as supostas mentiras da operação. Ao fiel público que foi prestigiá-lo, Lula preferiu oferecer o já habitual e cada vez menos convincente papel de vítima. A novidade ficou por conta da revelação de suas visões particulares, nas quais percebe “um pacto quase diabólico” entre as instituições para destruir sua reputação e o projeto de país que implementou em seus oito anos de governo.

“Eles mexeram com a pessoa errada”, concluiu Lula, referindo-se ao trabalho da Polícia Federal, do Ministério Público, do Poder Judiciário e como o ex-presidente gosta sempre de incluir da mídia. Na lógica lulista, há pessoas intocáveis, que as instituições não devem importunar. Há pessoas certas e há pessoas erradas para se mexer. É comovente a profunda consciência da ideia de igualdade do ex-presidente.


Fonte: Editorial - O Estado de São Paulo


'A hora de Sérgio Cabral chegou', diz blog de Garotinho, preso na véspera

O site do político mostrou ainda que, mesmo depois de preso, as diferenças políticas não ficaram de lado, fez questão de ressaltar que a situação de Garotinho é "completamente diferente" da de Cabral e insinuou também que "não foi coincidência" terem escolhido ontem para prender um e hoje para prender o outro

[a verdade tem que ser dita, doa a quem doer: 'cabralzinho', o Garotão, foi preso por roubo, ladrão;
'garotinho' foi preso por compra de votos - o que também é crime e deve ser punido com rigor,  mas ser ladrão é bem mais desmoralizante; 
mesmo assim, o Lula que é o maior de todos os ladrões de recursos públicos ainda tem a cara de pau de mostrar a cara.]

Um dia após o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) ser preso, seu blog oficial celebrou a prisão, na manhã desta quinta-feira, 17, de seu rival e também ex-governador do Estado Sérgio Cabral Filho (PMDB). O site do político mostrou ainda que, mesmo depois de preso, as diferenças políticas não ficaram de lado, fez questão de ressaltar que a situação de Garotinho é "completamente diferente" da de Cabral e insinuou também que "não foi coincidência" terem escolhido ontem para prender um e hoje para prender o outro.

"É evidente que querem associar as duas prisões, confundir as pessoas para colocarem Garotinho e Cabral no mesmo bolo", diz o texto publicado às 8h13 desta quinta. Cabral foi preso nesta manhã por determinações da Justiça Federal no Rio e da Justiça Federal no Paraná acusado de liderar um esquema de corrupção envolvendo grandes obras no período em que foi governador do Rio, como o estádio do Maracanã, e também de receber propina em um contrato do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)

Segundo as investigações, Cabral e sua organização criminosa teriam recebido ao menos R$ 224 milhões em propinas referentes às obras do governo do Estado. Além disso, o ex-governador teria recebido outros R$ 2,7 milhões em propina entre 2007 e 2011 referente ao contrato da Andrade Gutierrez com a Petrobrás para as obras do Comperj.

Já Garotinho foi denunciado à Justiça Eleitoral acusado de, associação criminosa, corrupção eleitoral supressão de documentos públicos e coação a testemunhas. A investigação do Ministério Público Eleitoral também aponta para Garotinho como chefe de um grupo criminoso. Diferentemente de Cabral, contudo, o esquema de seu rival envolveu a distribuição do chamado Cheque Cidadão, um programa social que prevê benefício de R$ 200 mensais a famílias carentes, sem respeitar os critérios e para comprar votos da população de Campos dos Goytacazes para os vereadores aliados de Garotinho.

O município do interior do Estado do Rio é reduto eleitoral do ex-governador, que exerce o cargo de secretário de governo local enquanto sua mulher Rosinha Garotinho é prefeita da cidade. Na versão do blog oficial do político, as acusações contra ele são uma "retaliação pelas denúncias que afetam pessoas poderosas".

"É importante destacar que a situação de Cabral é completamente diferente do caso de Garotinho. Cabral e seu grupo são acusados de receber R$ 224 milhões em propinas cobradas em grandes obras. Garotinho é acusado por dar o Cheque Cidadão às pessoas humildes de Campos. Garotinho não está sendo acusado de por desvio de dinheiro, nem por ato de improbidade. A prisão de Garotinho é uma retaliação pelas denúncias que afetam pessoas poderosas, é um jogo político-eleitoral, que já foi denunciado seguidas vezes aqui no blog, uma perseguição, uma covardia", segue o texto na página do político, que conclui afirmando que "não há contra Garotinho qualquer acusação de corrupção".

A rigor, uma das acusações contra ele é de corrupção eleitoral, que pode levar à condenação de até quatro anos de prisão. Uma das acusações que pesam contra Cabral, por sua vez, é de corrupção "comum" que pode render de 2 a 12 anos de cadeia, em caso de condenação. A pena de ambos, caso sejam condenados na Justiça, porém, pode ser muito maior levando-se em conta as outras acusações e suspeitas que pesam contra os dois ex-governadores fluminenses.

Fonte: Agência Estado

Sérgio Cabral 'chefiou' organização criminosa, afirma Ministério Público

Segundo a Procuradoria da República, o "esquema envolvia o pagamento de propinas para a realização de obras públicas no Estado e posterior ocultação desses valores".

O Ministério Público Federal afirmou em nota nesta quinta-feira, 17, que a Operação Calicute, nova fase da Lava Jato, foi deflagrada para "aprofundar investigações sobre organização criminosa chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral - dedicada à prática de atos de corrupção e lavagem de dinheiro, composta por dirigentes de empreiteiras e políticos do alto escalão do seu Governo do Estado do Rio de Janeiro". Segundo a Procuradoria da República, o "esquema envolvia o pagamento de propinas para a realização de obras públicas no Estado e posterior ocultação desses valores".
Sérgio Cabral foi preso em sua casa, no Leblon, zona sul do Rio. Contra o ex-governador foram expedidos dois mandados de prisão: um da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e outro da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.

Outras sete pessoas são investigadas "por integrarem organização criminosa destinada à prática de atos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à realização de obras de engenharia no Estado do Rio de Janeiro".  São ainda cumpridos mandados de prisão temporária de outros dois investigados, além de mandados de condução coercitiva de Adriana Ancelmo, mulher de Sérgio Cabral, e outras treze pessoas para serem ouvidas na investigação. São executados 38 mandados de busca e apreensão nos endereços de investigados. Foi determinado o sequestro e arresto de bens do ex-governador e de outras 11 pessoas físicas e 41 pessoas jurídicas.

O Ministério Público Federal afirma que "a partir do aprofundamento das investigações dos casos da Lava Jato no Rio de Janeiro, especialmente da Operação Saqueador e das colaborações de executivos das empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, entre outras provas colhidas, descortinou-se amplo esquema de corrupção e lavagem de dinheiro".  "Tal esquema consubstanciava o pagamento de expressivos valores em vantagem indevida por parte das empreiteiras ao ex-governador Sérgio Cabral e a pessoas do seu círculo para que fossem garantidos contratos de obras com o Governo do Estado do Rio de Janeiro", diz a nota da Procuradoria.

As investigações apontam para a prática de corrupção na contratação de obras conduzidas no governo de Sérgio Cabral, entre elas, a reforma do Maracanã para receber a Copa de 2014, o denominado PAC Favelas e o Arco Metropolitano, financiadas ou custeadas com recursos federais.

De acordo com a Procuradoria, apura-se, que, além das já mencionadas empreiteiras Andrade Gutierrez e Carioca Engenharia, outras empresas consorciadas para a execução das obras também teriam efetuado pagamentos de valores solicitados a título de propina, em patamar preliminarmente estimado em R$ 224 milhões.  "Foi identificado que integrantes da organização criminosa de Sérgio Cabral amealharam e lavaram fortuna imensa, inclusive mediante a aquisição de bens de luxo, assim como a prestação de serviços de consultoria fictícios", diz o Ministério Público Federal.

Investigações em Curitiba
"O desdobramento das investigações da Operação Lava Jato em Curitiba revelou a ocorrência de crimes de corrupção, consistentes no pagamento de vantagens indevidas ao então Governador do Estado do Rio de Janeiro Sérgio Cabral, em decorrência do contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras, relativamente às obras de terraplanagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)", afirma o Ministério Público Federal.

Segundo a Lava Jato, "foram colhidas provas que evidenciam que o ex-governador Sérgio Cabral recebeu, entre os anos de 2007 e 2011, ao menos R$ 2,7 milhões, da empreiteira Andrade Gutierrez, por meio de entregas de dinheiro em espécie, realizadas por executivos da empresa para emissários do então Governador, inclusive na sede da empreiteira em São Paulo".

"Há evidências da prática do crime de lavagem de dinheiro oriundo dos crimes antecedentes. A investigação apurou, por exemplo, que apenas dois investigados, entre os anos de 2009 e 2015, efetuaram pagamentos em espécie, de diversos produtos e serviços, em valores que se aproximam de R$ 1 milhão", informa a Procuradoria.

O crime de lavagem prevê pena entre 3 e 10 anos de reclusão; o crime de corrupção, entre 2 e 12 anos e o crime de integrar organização criminosa, pena entre 3 e 8 anos.

Fonte:  Agência Brasil


"cabralzinho", ex-governador do Rio é preso por força de dois mandados de prisão da Justiça Federal

Cabral e seu grupo chamavam propina de ‘oxigênio’

Os esquemas eram divididos em duas etapas: além dos 5% do valor orçado que ia direto para o chefe da quadrilha - que era,  o ex-governador Sérgio Cabral -  outro 1% era chamado de 'taxa de oxigênio'

Os procuradores do Ministério Púbico Federal e delegados da Polícia Federal começaram a dar detalhes de como funcionava o esquema de propina comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral. Os esquemas, que movimentaram ao menos R$ 224 milhões, eram divididos em duas etapas: além dos 5% do valor orçado que ia direto para Cabral, outro 1% era chamado de ‘taxa de oxigênio’, que era entregue à Subsecretaria de Obras, comandada por Hudson Braga.

As investigações indicam que pelo menos três grandes obras foram superfaturadas. A da reforma do Estádio do Maracanã (1,05 bilhão, boa parte de recursos federais); Arco Metropolitano (ao custo de 1,55 bilhão); e obras do PACo em favelas como Manguinhos, Rocinha e Complexo do Alemão (total de 1,14 bilhão).

 A Operação Calicute, segundo os investigadores, revela que os acordos eram costurados pelo braço-direito de Cabral, Wilson Carlos, e dois outros assessores próximos conduziam o recebimento das propinas: Carlos Bezerra e Carlos Miranda. Já o ‘oxigênio’ de 1% de Hudson Braga era pago a José Orlando Rebelo e Wagner Garcia.

O esquema desmontado pelos procuradores indica que Cabral tinha mesadas de propina. A Andrade Gutierrez chegou a pagar 350 000 reais mensais durante um ano, enquanto a Carioca Engenharia pagava 200 000 mensais durante o primeiro mandato (2007 a 2010). No segundo mandato, porém, a mesada mais do que dobrou, passando para 500 000 reais. Em relação ao atual governador Luiz Fernando Pezão, os procuradores informaram que ele não foi citado em qualquer delação até o momento. Pezão foi vice-governador e secretário de Obras durante todo o governo Cabral. 

Fonte: VEJA