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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Houve avanço, falta a reforma

Contas do governo central são o mais poderoso argumento a favor da reforma da Previdência

Com um buraco de R$ 426,47 bilhões no ano passado, as contas do governo central são o mais poderoso argumento a favor da reforma da Previdência, um dos objetivos prioritários e incontornáveis do novo governo. Esse rombo inclui os juros devidos e rolados e corresponde a 6,20% da riqueza gerada em um ano, o Produto Interno Bruto (PIB). O rombo total, incluídos os números de Estados, municípios e estatais, chegou a US$ 487,44 bilhões, cifra equivalente a 7,09% do PIB, proporção considerada catastrófica na maior parte do mundo. Com previsão de um déficit orçamentário de 2,40% em 2019, o governo italiano foi pressionado pela Comissão Europeia, nos últimos meses, para refazer sua programação financeira.

Quando se deixam os juros de lado e se olha o dia a dia da gestão federal, alguns dados positivos aparecem. Cortando gastos e arrecadando mais, o governo central conseguiu fechar suas contas de 2018 com um resultado fiscal bem melhor que o previsto no Orçamento, mas ainda longe do equilíbrio. O Tesouro teve o melhor desempenho em cinco anos. Seu resultado em 2018, somado ao do Banco Central, foi um superávit de R$ 74,94 bilhões, 25,40% superior ao de 2017, descontada a inflação.

Esse dinheiro foi insuficiente, no entanto, para cobrir o déficit de R$ 195,20 bilhões do INSS. Combinados esses valores, o governo central fechou o ano com um déficit primário (sem juros) de R$ 120,26 bilhões, bem abaixo do teto orçamentário de R$ 159 bilhões. Pelo critério do Banco Central (BC), baseado nas necessidades de financiamento, o resultado foi pouco diferente, mas com o mesmo quadro geral de desajuste. Por esse padrão, Tesouro e BC obtiveram juntos um superávit primário de R$ 79,74 bilhões. Esse excedente foi mais que anulado pelo déficit previdenciário e, por isso, o governo central contabilizou um resultado negativo de R$ 116,17 bilhões, pouco melhor que o indicado no relatório mensal do Tesouro.

O quadro consolidado das contas públicas, com a conta de juros e a inclusão dos balanços de Estados, municípios e estatais (sem Petrobrás e Eletrobrás), é produzido mensalmente pelo BC. Esse quadro mais amplo dá uma ideia mais clara do desarranjo financeiro do setor público e do desafio diante do governo. 
Como alguns Estados, municípios e estatais tiveram resultado positivo, o déficit primário do conjunto do setor público ficou em R$ 108,26 bilhões, número pouco melhor que o do ano anterior (R$ 110,58 bilhões) e, também, abaixo do limite de R$ 161,3 bilhões. Mas, apesar da melhora, o setor público permaneceu incapaz de pagar sequer uma parte dos juros do período.

O governo só consegue pagar juros – e, nos melhores anos, partes do principal – quando obtém superávit primário. Pelas projeções correntes entre especialistas, um resultado primário positivo, mesmo modesto, dificilmente ocorrerá antes de 2023, mesmo com avanço na solução do problema previdenciário. Somados os juros, o conjunto do setor público acumulou em 2018 um resultado nominal negativo de R$ 487,44 bilhões, equivalente a 7,09% do PIB. Houve uma pequena melhora em relação a 2017, 2016 e 2015, quando a proporção foi de 7,80%, 8,98% e 10,22%.

A redução conseguida nesses anos é consequência de um enorme trabalho de ajuste e de recuperação econômica realizado pelo governo do presidente Michel Temer. Esse trabalho foi extremamente dificultado pela ação articulada do Ministério Público Federal com os irmãos Joesley e Wesley Batista, mas, apesar de tudo, o governo recém-encerrado entregou o País em condições muito melhores que as do fim da gestão petista. 

Esse trabalho inclui um esforço importante de controle da inflação. Graças a isso, o BC pôde reduzir os juros básicos de 14,25% para 6,50%. Sem isso, a dívida bruta do governo geral estaria acima dos atuais e desafiadores 76,7% do PIB. O BC teria tido dificuldades bem maiores para cortar juros sem o empenho do Executivo no controle das contas públicas. Se pelo menos mantiver esse padrão de trabalho, a nova gestão estará no caminho certo.

Editorial - O Estado de S. Paulo


Autoridade desafiada

Com que cara fica Toffoli?


Responsável pelo plantão do Supremo Tribunal Federal no último fim de semana, o ministro Dias Toffoli soube que trabalharia duro quando o Senado, na noite da sexta-feira, suspendeu a sessão que deveria ter sido concluída com a eleição do seu novo presidente.  Toffoli correu para responder às pressas e de maneira convincente a consulta do MDB sobre eventuais irregularidades cometidas durante a sessão. E pouco antes das 4 horas do sábado, sua decisão estava pronta e foi imediatamente divulgada. Cumpra-se.

Em parte foi cumprida. Mas só em parte. Na sexta-feira, por 50 votos contra 2, o Senado decidira que a eleição se faria por meio do voto aberto e nominal. Quer dizer: no painel eletrônico, apareceria o nome de cada senador e o seu respectivo voto. Não, nada disso, decretou Toffoli. O voto teria de ser secreto porque o regimento interno do Senado manda que seja assim. E também porque em despacho recente, o próprio Toffoli já estabelecera que o voto fosse secreto. Na Câmara, por exemplo, é secreto.

A ordem de Toffoli foi ignorada por diversos senadores entre eles, Flávio Bolsonaro, filho de quem é. Meia dúzia ou mais de senadores anunciou em voz alta em quem votaria e, para provar, mostrou a cédula preenchida com o nome do seu candidato.  Foi um escancarado gesto de desrespeito à decisão do presidente da mais alta corte de justiça do país. O desrespeito representa também um desafio a Toffoli: o que ele fará? Deixará tudo por isso mesmo? Fingirá que nada de grave aconteceu? Vida que segue?
[Não fará NADA; absolutamente NADA.
O Senado Federal obedeceu a determinação de Toffoli quanto ao voto ser secreto - aliás, decisão certíssima, visto que mandou cumprir o que já consta do RI do Senado.

Não teria, nem tem, sentido um RI adaptável a cada votação, seguindo vontade da maioria presente.
O que ocorreu é que não existe nenhuma lei que impeça um senador de mostrar a cédula com o nome do seu candidato - nós, eleitores mortais comuns, somos proibidos por lei de sair da cabine de votação declarando em quem votamos.
A lei nos proíbe.

Só que na eleição para presidente do Senado não existe esta proibição  e Toffoli na condição de ministro do STF não poderia criar a norma na madrugada.
E  considerando que ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude da lei, o assunto está encerrado.
Cabe a Toffoli, ou a qualquer outro ministro do Supremo, (inexiste SUPREMO ministro) cuidar na próxima situação que surgir, exarar um despacho que 'amarre' mais as coisas..
PARABÉNS ao presidente JAIR BOLSONARO por mais esta vitória, das muitas que terá, extensivos  ao seu filho senador Flávio e aos BRASILEIROS em geral.]

Blog do Noblat - Veja

 

Lula e o preço da traição - mais uma falcatrua - dessa vez contra o INSS - envolve o presidiário petista - Damares quer extinguir comissão

Os suspeitos R$ 52 mil pagos a Lula pelo INSS 

Benefício suspeito: Governo quer saber como foram feitas as contas que resultaram em um pagamento ao ex-presidente de R$ 52 mil pelo INSS

[é necessário uma verificação rigorosa, uma auditoria de verdade para saber como um bandido que sequer foi condenado, o que inviabiliza ser anistiado, consegue ainda ser indenizado por decisão da Comissão de Anistia - Lula se tornou anistiado, indenizado e pensionado sem nunca ter sido condenado por crime político.]]


Servidores que trabalham na Comissão da Anistia, agora ligada ao Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, preparam um levantamento sobre a indenização mensal recebida por Lula.

O governo quer saber como foram feitas as contas que resultaram em um pagamento ao ex-presidente de R$ 52 mil pelo INSS.
Segundo uma verificação inicial, a expressiva aposentadoria teria sido fruto de decisão da própria comissão, somada a um benefício especial concedida pelo instituto. 


  Damares quer extinguir comissão Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Agência O Globo

Damares vai negar pedidos de Lula e Dilma na Comissão da Anistia: 'Dedinho não é perseguição política'

Ela avalia que Dilma já foi devidamente indenizada

Damares Alves tem em mãos dois pedidos de Lula e Dilma Rousseff na Comissão da Anistia.
Embora diga que não tomará nenhuma decisão política, afirma que tende a negar indenizações de anistiados para ambos.
De acordo com a ministra, Lula solicita uma revisão em sua aposentadoria de anistiado político a assessoria do ex-presidente diz desconhecer qualquer pedido do gênero.

Já Dilma, que recebe indenização por causa de anistia política em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, pede para ser incluída na do governo federal. Procurada, a assessoria de Dilma disse que não comentaria.[Dilma diz ter sido torturada, mas, é mentira; tem foto da Dilma depondo na Justiça Militar, após, segundo ela, ter passado mais de 20 dias sendo torturada e não tem a menor marca nem aparência de quem foi maltratada.
Quanto mais de quem levou cacete durante três semanas.
Aliás, muitos acham que os problemas de orientação, ou desorientação, da ex-presidente escarrada foi justamente nunca ter lavado cacete em qualquer sentido.]
[Esta foto, oficial, consta do processo, mostra Dilma sendo interrogada, após ter passado 22 dias presa, sendo torturada, levando cacete de todo o tipo e de todas as formas.

Caso seja verdade se percebe que o excesso de cacete seja muito bem à ex-presidente.
Quanto ao dedinho do Lula é público e notório - versão oficial, comprovada me processo trabalhista que foi acidente de trabalho, pelo qual ele foi indenizado, encostado, pensionado, aposentado. ]
"Me parece que o objeto do processo, que o advogado citou, é ele ter perdido o dedinho. Dedinho não é perseguição política. É indenização trabalhista", afirmou Damares à coluna.
Segundo Damares, Dilma "já está indenizada três vezes pela dor e pelo sofrimento que ela passou". 

Após o primeiro mês à frente do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares defende "começar a pensar em ir fechando" a Comissão de Anistia, órgão que era subordinado ao Ministério da Justiça até o governo Temer.
"Vou rever o regimento interno da comissão. Isso é imediato. Porque eu acho que a comissão está muito aberta, nunca vai parar a entrada de processos. A gente tem de começar a pensar em ir fechando a comissão", diz.

Revista Época

Religião - Francisco faz primeira visita de um papa ao berço do islamismo

Emirados Árabes Unidos recebe o papa em visita histórica

Essa é a a primeira visita de um chefe da Igreja Católica ao berço do Islamismo



O papa Francisco chegou neste domingo, 3, aos Emirados Árabes Unidos, no que constitui a primeira visita de um chefe da Igreja Católica à Península Arábica, berço do Islamismo. Antes de empreender a viagem aos Emirados, Francisco pediu, ainda neste domingo, que “favoreçam com urgência o cumprimento dos acordos alcançados” para uma trégua na cidade portuária de Hodeida, no Iêmen, crucial para o acesso da ajuda humanitária. A guerra no Iêmen opõe as forças pró-governo, apoiadas no terreno desde 2015 pela Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, aos rebeldes huthis xiitas, respaldados pelo Irã e que controlam amplas zonas do país, incluindo a capital Sanaá.

O avião do chefe da Igreja Católica chegou ao Aeroporto de Abu Dhabi pouco antes das 22 horas locais (16 horas de Brasília). Antes de sair de Roma, Francisco escreveu no Twitter: “Estou partindo para os Emirados Árabes Unidos. Me dirijo a esse país como um irmão para escrevermos juntos uma página de diálogo e percorrermos juntos os caminhos de paz. Orem por mim!”. A bordo do avião, o papa disse que soube que estava chovendo em Abu Dhabi. “Nesses países é visto como um sinal de bênção”, destacou.

Segundo o programa, esta visita será dominada pelo diálogo entre as religiões. Um encontro inter-religioso internacional está previsto para segunda-feira, 4.
Neste domingo de manhã, ao redor da Catedral São José de Abu Dhabi, os fiéis se aglomeravam perto do local, decorado com as cores do Vaticano e dos Emirados, para conseguir os últimos lugares para a missa papal de terça-feira, 5, que se apresenta como a maior manifestação popular realizada neste país, com a presença de mais de 130 000 fiéis. Com a aproximação da visita, o padre Elie Hachem, que oficia na Catedral de São José, está em êxtase e fala de algo “histórico”. Segundo ele, o papa vem com “uma mensagem de paz”.
Há cerca de um milhão de católicos neste país, adepto a um Islamismo moderado e cuja sociedade é bastante aberta ao mundo exterior. A maioria são trabalhadores asiáticos, que podem praticar a sua religião em oito igrejas.

Os responsáveis da federação não deixaram de insistir no tema de “tolerância dos Emirados Árabes Unidos”, em particular pelo encontro previsto entre o papa e o imã de Al-Azhar, a principal instituição do Islamismo sunita que fica no Cairo, o xeque Ahmed al-Tayeb. Diferentemente do seu vizinho saudita, que proíbe a prática de outras religiões que não sejam o Islamismo, os Emirados Árabes Unidos querem projetar uma imagem de país tolerante.

Não obstante, as autoridades controlam as práticas religiosas e reprimem a contestação política e a exploração da religião, inclusive pelos adeptos de um Islamismo político, encarnado pela Irmandade Muçulmana. Anwar Gargash, ministro das Relações Exteriores, fez alusão a isso neste domingo em um tuíte no qual critica o Catar, boicotado por seu país e três de seus aliados, que o acusam de apoiar islamitas radicais, o que Doha desmente.  O ministro destacou a diferença entre o “mufti do terrorismo”, em referência ao religioso Yusef al-Qardaui, considerado chefe espiritual da Irmandade Muçulmana, que é protegida pelo Catar, e o seu país, que acolhe um dos símbolos de “tolerância e amor”, que são o papa e o imã de Al-Azhar.

A organização Anistia Internacional pediu ao papa que coloque sobre a mesa em Abu Dhabi a questão do respeito aos direitos humanos e criticou que muitos dissidentes permaneçam detidos no país. A Human Rights Watch também pediu neste domingo ao papa que aproveite a sua visita para falar da situação dos direitos humanos no Iêmen, onde os Emirados intervêm militarmente junto com a Arábia Saudita
Desde o início do seu pontificado, o papa viajou a vários países cuja população é majoritariamente muçulmana, como Egito, Azerbaijão, Bangladesh e Turquia. Em março viajará ao Marrocos.


Revista VEJA

Trump afirma que invadir Venezuela ‘é uma opção’


Declaração coincide com prazo dado por seis países da União Europeia para que Nicolás Maduro convoque uma nova eleição presidencial



Em entrevista concedida ao canal americano CBS, que irá ao ar neste domingo, 3, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou que enviar suas tropas militares à Venezuela “é uma opção” e ainda declinou o pedido de Nicolás Maduro para um encontro.

Quando questionado sobre a possibilidade de intervenção militar no país sul-americano, o presidente respondeu que “certamente, é algo que está no horizonte, é uma opção”. Trump também explicou o motivo de ter recusado a reunião diplomática com Maduro meses atrás. “Eu declinei porque já estamos muito avançados no processo”, disse.

O “processo” de que fala Trump é a deposição de Maduro da presidência da Venezuela, diante de uma onda de protestos populares e da ascensão do opositor Juan Guaidó, que se auto-proclamou presidente interino durante a crise. As próximas eleições legislativas estão programadas para o final de 2020.  Desde o início das mobilizações, no dia 21 de janeiro, dezenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas de Caracas para exigir a partida de Nicolás Maduro, enquanto outra parte da população celebrava o 20º aniversário da revolução bolivariana e reafirmava o apoio ao líder socialista. Cerca de quarenta pessoas já morreram em confrontos e mais de 850 foram presas, segundo a ONU.

O chefe de Estado venezuelano voltou a propor eleições legislativas antecipadas em resposta à pressão da oposição e dos ocidentais, enquanto expira neste domingo, 3, o ultimato dado por seis países da União Europeia para convocar uma eleição presidencial. Alemanha, Espanha, França, Holanda, Portugal e Reino Unido deram a Maduro oito dias para convocar uma nova eleição presidencial, caso contrário, prometeram reconhecer Guaidó como presidente interino. Apoiado pela Rússia, China, Coreia do Norte, Turquia e Cuba, Maduro, de 56 anos, rejeitou o ultimato europeu e acusou os Estados Unidos de orquestrarem um golpe de Estado.

Agências Reuters e France-Presse

A eleição para o comando da Câmara dos Deputados e do Senado foi igual, o governo confirmou sua maioria potencial. Mas foi diferente num aspecto importante de acompanhar no tempo: os deputados preservaram a liderança do establishment parlamentar, os senadores não.    Em consequência, o cenário da Câmara dos Deputados emerge mais organizado. Nada que no Senado não possa ser resolvido conforme os solavancos da estrada vão acomodando as melancias na carroceria do caminhão. Mas vai exigir algum trabalho do Palácio do Planalto.

No Senado, a liderança tradicional foi varrida, e o novo presidente, Davi Alcolumbre (DEM-AP), terá uma ampla base de apoio, mas não é um líder político automático. Foi mais um candidato “anti”. Mas um bom líder e um bom diálogo com Alcolumbre são caminhos ao alcance do governo.   Na oposição, a vida anda um pouco mais complicada, mas ela sobreviveu. Na Câmara, PT, PSB, PSOL e Rede entregaram a seus candidatos 80% de seus votos. Marcelo Freixo (PSOL-RJ) foi prejudicado pela luta interna do PT, mas mesmo aqui a ampla maioria seguiu a direção partidária.

O governismo na Câmara está distribuído em dois blocos. Um duro, com três centenas de deputados, e um mais dito centrista, com pouco mais de cem integrantes. Neste segundo, há uma minoria, PDT e PCdoB, que está ali por razões táticas. Mas a ampla maioria é governista na agenda. Na Câmara, os votos que eventualmente faltarem ao governo na sua base dura poderão ser pescados no varejo da sublegenda light. Já no Senado, o “anti-Renan” mostrou-se esmagador ao final, mas é impossível saber agora quantos desses votos estão comprometidos com a agenda do Planalto.  De todo modo, o governo ultrapassou a primeira barreira. Na Câmara, uma situação relativamente pacificada. Já no Senado, além de tudo, será preciso observar como a “nova política” impactará o caso de Flávio Bolsonaro. Será, no curto prazo, um bom termômetro do grau de controle.

A tragédia de Brumadinho é um problema para a agenda produtivista do governo Bolsonaro. Mas o avanço das investigações parece indicar que a causa está mais na esfera criminal que na conceitual, ou ideológica. Resta monitorar como o acontecimento vai refletir no Congresso.   Mais provável é os efeitos não serem sistêmicos. Um caminho possível é a caça aos culpados dominar a pauta. O que permitiria aos parlamentares da esfera bolsonarista dar uma satisfação à opinião pública sem abrir mão de políticas de desenvolvimento de forças produtivas.

O realismo fantástico da política brasileira, com sua abundância de notícias atraentes todos os dias, impede que se preste mais atenção no cenário internacional. As tensões entre de um lado Estados Unidos e União Europeia e de outro Rússia e China escalam de maneira consistente.   Estados Unidos e Europa têm um problema. Não produzem quase nada que algum outro não produza, ou não possa produzir, melhor e mais barato. Em consequência, precisam apertar o torniquete, inclusive militar. Um cenário que tem semelhanças com um século atrás. Não significa que vai haver guerra, mas uma pradaria seca pode pegar fogo num acidente.

Alon Feuerwerker
jornalista e analista político/FSB Comunicação




Feitiço de Toffoli virou-se contra feiticeiro Renan



[esperteza demais costuma f ... o esperto; Lula, se julgava e era julgado o super esperto, o gênio, está preso há 300 dias, passou uma Noite de Natal e uma da Virada em cana - e mais condenações estão chegando; Renan, vai por caminho parecido. ]


Ao candidatar-se à presidência do Senado pela quinta vez, Renan Calheiros livrou a instituição de um mito que arruinava sua imagem: a esperteza da velha raposa de Alagoas. Em má fase, Renan demonstrou que, entre o certo e o errado, há sempre espaço para mais erros na política. De todos os equívocos que produziram a derrota de Renan o despacho noturno do amigo Dias Toffoli foi a macumba mais surpreendente. A raposa e seu séquito celebraram efusivamente a anulação judicial da votação na qual 50 senadores haviam instituído o voto aberto na escolha do comandante do Senado. Enxergaram uma luz no fim do túnel. Era pus.


Há no Senado 81 senadores. Ao restabelecer o voto secreto, Toffoli tornou-se uma espécie de 82º senador, mais poderoso que os demais. Sua presença invisível no plenário transformou a eleição do novo presidente da Casa numa espécie de teatro de bonecos —do tipo em que o boneco é manipulado por pessoas vestidas de preto dos pés à cabeça. Nessa modalidade de teatro, a plateia sabe que os manipuladores dos bonecos estão em cena. Entretanto, para o bom andamento do espetáculo, convencionou-se que os espectadores devem fingir que eles são invisíveis. A interferência de Toffoli deixou o teatro do Senado muito parecido com o original. Com uma diferença. A diferença é que, na apresentação convencional, a presença dos manipuladores de preto é enfatizada. A plateia sabe que a cumplicidade do fingimento é parte show. No palco do Senado, os manipuladores querem que o brasileiro acredite que eles não estão lá. Pior: desejam que todos se convençam de que os bonecos são seres independentes. Os adeptos do voto aberto desnudaram o truque ao decidir expor seus votos na marra, dando de ombros para a decisão monocrática de Toffoli. O gesto constrangeu o grupo de senadores-bonecos —aqueles que só admitiam votar em Renan, um aliado radioativo, no escurinho do escrutínio secreto.



O feitiço de Toffoli transformou Renan numa pequena criatura. Ao se dar conta do próprio encolhimento, Renan bateu em retirada: "Para demostrar que esse processo não é democrático, eu queria dizer que o Davi não é o Davi. O Davi é o Golias. Ele é o novo presidente do Senado e eu retiro a minha candidatura, porque eu não vou me submeter a isso." Fora de si, Renan exibiu o rancor que tem por dentro: "Eles querem ganhar de todo jeito, com voto da minoria. Onde é que nós estamos? O PSDB anunciou agora que estava abrindo o voto para retirar, contra decisão do Supremo, qualquer possibilidade de termos os votos de José Serra e de Mara Gabrilli. O Flávio Bolsonaro, diferentemente do que fez na votação anterior, abriu o voto, abriu o voto!"  

Renan conseguiu um milagre: transformou uma vitória na Suprema Corte em pedrinhas de brilhante para ladrilhar a avenida que conduziu o adversário Davi Alcolumbre à presidência do Senado. Restou uma mágoa com o Planalto, pois o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) inflou a candidatura de Alcolumbre. Nos próximos meses, uma das boas diversões da política será assistir às piruetas que Renan fará para se vingar do governo e, ao mesmo tempo, negociar com a gestão de Jair Bolsonaro a liberação de verbas federais para o governo de Renan Filho em Alagoas.




domingo, 3 de fevereiro de 2019

“A hora dos profissionais” e outras notas de Carlos Brickmann

O tufão Bolsonaro provocou renovação na Câmara e no Senado. Mas, entre os que ficaram, estão os profissionais que conhecem o caminho das pedras



Publicado na Coluna de Carlos Brickmann

Há alguns anos, numa das periódicas ondas de preocupação sobre a tomada do poder pelo comunismo, perguntaram ao deputado pernambucano Thales Ramalho quem seria o chefe da revolução se os comunistas fossem vitoriosos. Thales, que conhecia como poucos a política, respondeu: “O chefe militar, não sei. Mas o primeiro-ministro será Marco Maciel”. Maciel era hábil, bom de manobra, sem inimigos – gente do ramo, como os que hoje botam a cabeça de fora. Só que era leal e honesto. O furacão Bolsonaro provocou renovação de quase 50% na Câmara e de 85% dos que disputaram vaga no Senado. Mas, entre os que ficaram, estão os profissionais que conhecem o caminho das pedras. Deles depende muita coisa: por exemplo, o destino da reforma da Previdência, a mãe de todas as reformas, a chave que abrirá (ou fechará) o cofre dos investidores. E a sorte de Flávio Bolsonaro, importantíssima: se a questão for mal resolvida, ou o presidente ficará sob fogo ou correrá o risco de perder Sérgio Moro, seu aval. Talvez não ocorra nenhuma das hipóteses – mas vale a pena correr o risco de ter a seu lado um Sérgio Moro que deixou de ser Sérgio Moro?

O regime militar tinha um profissional como Petrônio Portela para negociar com os profissionais da oposiçãoThales, Tancredo, Montoro – a anistia e a redemocratização. Onyx Lorenzoni está longe de ser um deles. Sem gente sua, Bolsonaro está nas mãos dos profissionais do Congresso.

(...) 

A Vale e o Vate
Os romanos atribuíam aos poetas (vates) o dom de prever o futuro (vaticínios). Não é à toa que dominaram o mundo por mil anos: sabiam das coisas. Eis um poema de Carlos Drummond de Andrade, Lira Itabirana, que saiu em 1984 no jornal O Cometa Itabirano, de sua cidade, Itabira:
“I – O rio? É doce./ A Vale? Amarga./ Ah, antes fosse/mais leve a carga.
II- Entre estatais/ E multinacionais/ Quantos ais!
III- A dívida interna./ A dívida externa/ a dívida eterna.
IV- Quantas toneladas exportamos/ De ferro?/ Quantas lágrimas disfarçamos/ Sem berro?”

Palpite infeliz
Do presidente da Vale, Fábio Schvartsman, explicando por que a sirena de alarme não soou: porque estava submersa pela lama. Ou seja, quando a sirene não toca, é sinal de perigo, pois ela pode estar submersa

Quando toca, fique mais tranquilo: se há enchente, não deve ser tão grande assim.

Imaginemos: que diria Dilma a esse respeito? [a resposta,  em dilmês, será fornecida por Augusto Nunes em época oportuna.
Quantas saudades da erudição da escarrada Dilma.]


Após crise, Itamaraty está sob tutela de militares do governo

Ação ocorreu após Ernesto Araújo assinar documento sobre a Venezuela sem consultar generais

[Araújo tem o perfil ideal para o acvargo, afinidade de ideias com o presidente = excelente ministro. 
Mas, precisa ter em conta que ele é apenas ministro e certos assuntos precisam ser conversados antes  dele assiná-los;
as vezes, certos documentos após assinados,  só perdem o valor se quem os assinou se tornar um EX.
Desautorizar um ex é bem mais fácil do que desautorizar alguém que ainda continua no posto.
Manter um desautorizado no posto suscita muitas perguntas, leva a muitas conjecturas. ]
A ala militar do governo promoveu uma espécie de intervenção branca no Itamaraty, tutelando os movimentos do chanceler Ernesto Araújo sobre temas considerados sensíveis —crise na Venezuela à frente.  O chanceler, que nunca comandou um posto no exterior, se indispôs com os militares logo na largada do governo, numa crise até aqui inaudita.  No dia 4 de janeiro, ele participou de reunião no Peru do Grupo de Lima, que reúne 14 países para discutir a situação política venezuelana.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui 

Alvo de Rosangela Moro foi multada nos EUA em US$ 350 milhões

Modus operandi


Alvo da denúncia que Rosangela Moro protocolou recentemente sobre corrupção na Anvisa, a farmacêutica Shire foi multada em 350 milhões de dólares nos EUA por distribuição irregular de medicamentos. 

Por lá, a empresa está submetida a um regime especial de acompanhamento pelas autoridades.

O homem certo, na hora certa

Retrato do novo presidente do Senado

Davi ou David com “d” no fim? De sobrenome Alumbre, Alcolumbre ou algo parecido? Quem dava bola para David Samuel Alcolumbre Tobelem, que mais tarde se passaria a chamar apenas Davi Alcolumbre, um senador do baixo clero eleito pelo DEM do Amapá em 2014, e que no ano passado disputou e perdeu o governo do seu Estado?

O Amapá está em 25º lugar na lista das 27 unidades da federação quando se leva em conta a participação relativa no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. É o 26º em número de habitantes. Entre seus colegas do Senado, Alcolumbre era avaliado apenas como um sujeito simpático, muito falante, cujo suplente, o irmão, é igualmente simpático e falante.

Comerciante de profissão, com curso superior incompleto de ciências econômicas, antes de debutar no Senado se elegera vereador em Macapá e duas vezes deputado federal. Passou pela Câmara sem chamar atenção. Até que como senador, empregou no seu gabinete a assessora parlamentar Denise Veberling, senhora Onyx Lorenzoni desde o final do ano passado.

Bingo! A sorte sorriu para Alcolumbre. Além de pertencer ao mesmo partido de Onyx, chefiara a mulher daquele que assumiria a Casa Civil do presidente Jair Bolsonaro. Aos 41 anos de idade, era o homem certo, na hora certa para enfrentar o poderoso Renan Calheiros (PMDB-AL) que tentaria se eleger presidente do Senado pela quinta vez. Enfrentou e venceu.

O terceiro na linha de sucessão de Bolsonaro, depois do vice Hamilton Mourão e do presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), Alcolumbre sabe que tem duas missões no cargo que jamais imaginou ocupar: obedecer às ordens de Onyx e minar eventuais resistências dos seus pares às propostas de interesse do governo. Não será uma tarefa fácil, mas impossível tampouco.

Há na administração federal milhares de vagas do segundo escalão para baixo. A expectativa de grande parte dos 42 senadores que votaram em Alcolumbre é que ele os ajude a preenchê-las. Alcolumbre deu sinais de que irá ajudá-los. Isso em pouco ou em quase nada comprometerá os ideais da velha política travestida de nova. Pelo contrário. Uma mão lava a outra. Vida que segue.


Blog do Ricardo Noblat - Veja

O duro golpe do gás na indústria

[a Petrobras se deixa roubar e depois recebe autorização para extorquir os consumidores,  e assim se ressarcir do que lhe roubaram, com sua conivência.]  

A indústria de São Paulo iniciou o mês de fevereiro sofrendo um duro golpe: aumento médio de 36% na conta de gás. Sob qualquer ponto de vista, essa alta seria desestabilizadora, mas ela ainda acontece após um reajuste de 21% em maio. Ou seja, em menos de um ano, a conta disparou 64%. O secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, não quis comentar o assunto, e a agência reguladora Arsesp, não deu detalhes suficientes para explicar o aumento. Mas os grandes consumidores apontam o monopólio da Petrobras no setor de gás e a falta de transparência nos contratos como os principais motivos. No final de 2018, a petrolífera renovou um contrato de venda para a Comgás, distribuidora no estado de São Paulo, mas os detalhes não vieram a público. “A gente esperava um aumento em torno de 18%, mas 36% é o dobro. A Comgás, no fundo, é repassadora de preços da Petrobras. Algo foi estabelecido entre elas que provocou a alta, mas não temos como saber o que é”, explicou Adrianno Lorenzon, coordenador da equipe técnica de gás da Abrace, associação que representa os grandes consumidores de energia.

GNV dispara 40% em São Paulo
Quem usa o Gás Natural Veicular (GNV) em São Paulo vai sentir ainda mais. O reajuste autorizado chegou a impressionantes 40%. Para as residências, oscilou entre 8% e 11% e no comércio, 15%. A avaliação da Abividro é de que há um total descompasso entre as agendas de regulação, de direito da concorrência, e o prometido aumento da competitividade na economia. “É uma pancada abusiva. Um aumento imprevisto dessa magnitude mexe com o planejamento de qualquer empresa e pode comprometer o ano. No primeiro plano de governo do então candidato Bolsonaro só se falava em gás. Depois, isso saiu da pauta, e desde o início do governo outros temas no setor ganharam mais importância, como a energia nuclear”, afirmou Lucien Belmonte, diretor da Abividro.

 MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

A volta da toga

Com o fim do recesso, STF terá de enfrentar pauta dominada por temas controversos

Ao assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em setembro do ano passado, o ministro Dias Toffoli esforçou-se para afastar a corte de confusão e reduzir a tensão no ambiente político. Empurrou para a frente assuntos que poderiam acirrar os ânimos em meio à campanha presidencial e, em dezembro, numa iniciativa inédita, anunciou com antecedência os casos que serão analisados pelo plenário neste semestre. Com o fim do recesso judiciário, chegou a hora de enfrentá-los.

O tema com maior repercussão no meio político está pautado para 10 de abril. Os ministros deverão se reunir para rever [ou manter, afinal, são duas alternativas; 

seria oportuno que constasse da sentença, seja qual for a decisão, que o assunto só poderia voltar a pauta após uma determinado prazo  e se a rediscussão fosse aprovada por no mínimo seis ministros e que até manifestação expressa do Plenário - após o prazo pactuado na sentença - nenhuma medida poderia ser adotada modificando o entendimento vigente. 

Meio óbvio, mas, considerando as mudanças frequentes do entendimento do Supremo, tem que se ser óbvio, redundante, ululante, pleonástico, etc. ]; o entendimento firmado em 2016 a favor da prisão de condenados em segunda instância, antes de se esgotarem todos os recursos a que os réus têm direito nos tribunais superiores.

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O cavalo do cão

“A eleição de Alcolumbre fortaleceu o DEM e o chefe da Casa Civil, Onix Lorenzoni, que passaram a controlar o Senado. Ou seja, o presidente Jair Bolsonaro foi o grande vitorioso”

As duas sessões para eleição do novo presidente do Senado revelaram os lados da moeda do novo ciclo legislativo que se abre: na sexta-feira, a tumultuada condução dada pelo senador Davi Alcolumbre (DEM-RJ) subverteu as regras do jogo para escolha dos presidentes dos Poderes, com a adoção do voto aberto; ontem, a Casa voltou à calma, sob a presidência do velho senador José Maranhão (MDB-PB), que restabeleceu o voto secreto, seguindo determinação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli. Essa contradição entre o “novo” e o “velho” pautará as relações na Casa durante a legislatura. Mesmo assim, Alcolumbre foi eleito no primeiro turno, com 42 votos, depois que Renan Calheiros (MDB-AL), ao perder o favoritismo, renunciou. Não deu zebra na eleição; para usar uma expressão do grande derrotado, deu cavalo do cão.

O que houve foi uma rebelião. O Senado havia aprovado o voto aberto para eleição, por 50 votos a favor contra dois, decisão que indicava os rumos das coisas, mas contrariava o regimento da Casa e a liminar de 9 de janeiro do próprio Toffoli, que determinava a realização de votação secreta para a eleição.

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Novata, Leila do Vôlei comete lapso no Senado e diz que terá tempo para aprender

Senadora novata confundiu Jarbas Vasconcelos com Jader Barbalho

No vazamento do áudio da transmissão da sessão do Senado ontem, a novata senadora Leila do Vôlei (PSB-DF) cometeu um lapso. No momento que a bancada de Pernambuco subiu à mesa para votar, a parlamentar, que distribuía as cédulas, chamou Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) de Jader Barbalho (MDB-PA). Alertada que um não era o outro, disse terá tempo para aprender quem é quem.

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