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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Fundamentalista na liberdade de expressão - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

Não só em universidades, mas também nos jornais, devemos ser livres para fazer as perguntas difíceis, contemplar as hipóteses impopulares, dizer o que algumas pessoas consideram “indizível”

O historiador Genial Ferguson foi o entrevistado do Roda Viva nesta semana. Acompanho seu trabalho faz tempo, e admiro bastante sua capacidade de análise e argumentação. Em determinado momento, quando perguntado sobre o ambiente dos debates na era moderna, Ferguson se disse um “fundamentalista da liberdade de expressão”. Ele explicou que é vital para uma sociedade ter não só liberdade de expressão, mas livre pensamento, livre questionamento, debate aberto.

Para Ferguson, não só em universidades, mas também nos jornais, devemos ser livres para fazer as perguntas difíceis, contemplar as hipóteses impopulares, dizer o que algumas pessoas consideram “indizível”. Há alguma restrição para essa liberdade? Ferguson responde: “Há elementos muito claros para o que pode e não pode ser dito; o que não pode ser dito num espaço público é uma ameaça específica a um indivíduo; mas certamente posso criticar uma ideia sem minha fala ser restringida; discurso não é violência, violência é violência, e quando as pessoas da esquerda — e eles também fazem à direita — tentam censurar certas ideias, pois alegam que são perigosas, meu argumento é que não são as ideias que são perigosas, são os censores, as pessoas que tentam calar o debate que são perigosas”.

Ferguson continua seu raciocínio: “Acho que uma característica bem perturbadora dos últimos dez anos tem sido uma crescente cultura intolerante e iliberal, especialmente em universidades americanas, mas acontece em todo lugar; isso se espalhou por corporações, se espalhou pela mídia, e temos frases vagas, como ‘discurso de ódio’, usadas para justificar a censura. Discurso de ódio é apenas a versão do século 21 para blasfêmia, heresia. As pessoas que se intitulam woke nos Estados Unidos hoje estão engajadas numa espécie de estranha missão religiosa e se comportam como membros de um culto tentando prescrever certas formas de discurso para cancelar ou desconvidar palestrantes de quem discordam. Tudo isso eu considero nojento e uma desgraça. Nada pode ser mais danoso para uma sociedade livre do que calar o livre pensamento e a livre expressão, principalmente em universidades, que são lugares onde essas coisas deveriam ser apreciadas e preservadas”.

No alvo! A história mostra que a liberdade nunca teve muitos amigos sinceros, os tais “fundamentalistas”, pois a maioria a defende até esbarrar em seus interesses. Poucos são os que defendem a liberdade com base em princípios. Defender a liberdade de expressão com a restrição de que ninguém se sinta ofendido com ela, por exemplo, é pregar a censura. Defender a “liberdade” de concordar com a maioria do momento ou o poder estabelecido não é pregar liberdade, e sim o direito de repetir o consenso, de seguir o coro.

Toda tirania, afinal, veio em nome do bem coletivo. Nenhum tirano se apresentou como malvado

Nunca isso ficou tão claro como nessa pandemia. Um clubinho arrogante, que tenta monopolizar a fala em nome da ciência, resolveu barrar até especialistas renomados, médicos sérios ou jornalistas curiosos que simplesmente não repetiam a “versão oficial” sobre a crise sanitária, sendo que essa oscilou bastante, pois a própria OMS se mostrou um tanto errática. O debate foi interditado, os arrogantes rotularam de “negacionistas” aqueles com dúvidas, os verdadeiros crentes dogmáticos que colocaram o Dr. Fauci no papel de profeta passaram a descascar os mais céticos, e as redes sociais suspenderam várias contas suas.

A coisa está tão feia que vemos esse clima asfixiante ao debate nas próprias universidades, sem falar da mídia, um antro de ideologia e arrogância. Um apresentador da CNN Brasil, que se diz liberal, chegou a defender a censura na cara dura, sem nenhum pudor
“A frouxidão do controle interno de conteúdo antivax nas redes sociais no país é, infelizmente, um convite ao controle externo. A autorregulação está falhando miseravelmente. MP e legisladores terão de atuar para preservar vidas.” Stalin, Lenin, Mao, Fidel, Mussolini e tantos outros tiranos não teriam nada a alterar nessa linha de raciocínio.

Toda tirania, afinal, veio em nome do bem coletivo. Nenhum tirano se apresentou como malvado. Era sempre pela raça, pela nação, pelo povo, e, com base nisso, tudo estava permitido. Para proteger o coletivo, quem liga para algumas perdas de liberdade básica individual? Ainda mais quando “sabemos” que esses indivíduos são párias sociais, hereges, negacionistas, sujeitos perigosos que se recusam a aderir ao consenso. Se não é possível persuadi-los, então só resta mesmo calar todos na marra, em prol da saúde geral. Prisão para quem questionar as vacinas vendidas como panaceias! E isso de um suposto liberal…

Além do “jornalista liberal”, uma coordenadora da UFRJ foi na mesma linha, alegando que chegara a hora de as universidades qualificadas criarem estruturas de combate ao negacionismo em seus quadros. Para ela, “não devem ser permitidas palestras tentando travestir de polêmica posições bem estabelecidas na comunidade científica”. Trata-se da Inquisição iluminista! Detalhe: a senhora autoritária publicou outra postagem na virada do ano afirmando que 2022 será uma grande preparação para um 2023 melhor, já que Bolsonaro será derrotado e Lula será eleito para “recolocar o Brasil nos trilhos, revertendo toda a destruição dos últimos anos”. Quem nega a destruição causada pelo PT não é negacionista?

O Ocidente flerta com o crescente abandono dos pilares que fizeram dele a civilização mais avançada de todas. 
 O devido processo legal tem sido substituído pela pressão dos movimentos de minorias
a ciência verdadeira foi trocada pelo dogma da ideologia; 
a noção do certo e do errado vem sendo esgarçada pelo relativismo seletivo (não há mais verdade objetiva, mas é preciso combater as fake news); e o mais sagrado princípio, da liberdade de expressão, para poder questionar isso tudo, vem sendo atacado justamente por quem deveria ser seu guardião, por jornalistas e professores universitários. Não dá para dourar a pílula: o quadro é assustador.
 
PS: na mesma entrevista, a apresentadora militante tentou lacrar e arrancar do entrevistado uma denúncia ao governo Bolsonaro
Ela quis saber se muitas mortes poderiam ter sido evitadas caso o governo fosse outro no Brasil. 
Ferguson, com sutileza, explicou que a direita populista pode pecar em muitos aspectos, mas que dificilmente o resultado seria muito diferente com outro no comando, pois basta ver o que aconteceu no mundo todo, e ainda mencionou os Estados Unidos, com Trump e depois Biden. 
As causas das mortes transcendem a medida A ou B, isso sem falar que, no caso brasileiro, o presidente teve pouca margem de manobra, por conta do arbítrio do STF. Foi uma bela “lapada” de quem faz análise séria em cima de quem só faz militância partidária.

Leia também “O medo do Dr. Fauci”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste



sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

O povo num mato sem cachorro - Sérgio Alves de Oliveira

O que mais impressiona nessa fase da (pré) campanha eleitoral dos candidatos à Presidência da República, onde despontam nas pesquisas como “finalistas” para o segundo turno, se houver, Jair Bolsonaro, e Lula da Silva, são os “canhões” apontados e disparados por Bolsonaro contra, não Lula da Silva, porém contra aquele que dizem ser o mais forte candidato da chamada “terceira via”, o ex-Juiz e ex-Ministro da Justiça e Segurança Pública ,justamente de Bolsonaro, Sérgio Moro. Moro é mais atacado por Bolsonaro do que Lula. [o descondenado petista representa a expressão do mal, do que não serve, e do que só prejudica nossa Pátria Amada e os brasileiros - tal coisa não merece sequer uma vela, respeitando a sabedoria popular que diz: 'não se gasta vela com defunto ruim' - antes que nos acusem de atentar contra o descondenado, lembramos que nos referimos ao defunto político (que o criminoso petista tenha vida longa,  para que seja reencarcerado e  cumpra pelo menos mais uns quinze anos = não se 'resort' e sim de reclusão em penitenciária). Quanto ao outro citado,  Bolsonaro apenas faz o que se deve fazer com todos os traidores = repudiá-los,de todas as formas,  sendo que tal ato deve anteceder o desprezo que todos os traidores recebem.]

Mas chega a ser ridículo o ataque feito a Moro pela campanha de Bolsonaro, dizendo que ele seria o principal responsável pelo “roubo” de votos de Bolsonaro, e que essa circunstância estaria favorecendo e elegendo Lula pela terceira vez. Ora,esse estapafúrdio argumento também valeria da mesma forma para o próprio Bolsonaro,de que estaria “roubando” votos de Moro, e favorecendo a eleição de Lula.  
Portanto tudo leva a crer que Bolsonaro sente-se “dono” da presidência da República ,e também dono do direito de se reeleger? No que Bolsonaro é mais do que Moro?  Bolsonaro acha que é “exceção” ao princípio constitucional que “todos são iguais perante a lei”? Bolsonaro acha que é “mais”?

Por que Bolsonaro tem o direito de ser candidato,e Moro não tem esse direito? Isso não significaria pretender ser “dono” da Presidência da República? Que tipo de “democracia” é essa que está na cabeça de Bolsonaro? A verdade é que o Presidente Bolsonaro dirigiu toda a máquina (de propaganda) estatal contra Moro,o qual fica em posição de inferioridade para poder se defender na mesma medida.

Essa máquina de propaganda estatal contra Moro, comprando muita mídia, procura de todas as maneiras até ridicularizar o ex-juiz,inclusive comparando a sua fala à dos “marrecos”. [será que os ridicularizados não são os marrecos?] Outra “pecha” que tentam impingir contra a imagem de Moro é a de “traidor”, quando na verdade foi ele quem foi traído pelo Presidente, que forçou o seu pedido de demissão do Ministério, desde o momento em que começou a ser aberta a “caixa preta” da” família Bolsonaro”, através da Policia Federal.

Qualquer pessoa que tivesse um mínimo de dignidade e honra teria feito o mesmo que Moro fez. Mas a pecha de “traidor” contra Moro segue a mesma técnica largamente empregada pelo ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels,no sentido da mentira “colar” na cabeça do povo até se tornar verdade pela sua repetição. È a repetição da mentira invertendo a verdade,onde o traidor é exatamente aquele que acusa o outro de ser traidor . Isso que Bolsonaro faz com Moro foi usado largamente por Lenin:”acuse os adversários do que você faz,chame-os do que você é”.

Sérgio Moro nunca alegou essa situação, mas foi justamente esse juiz o maior responsável pela eleição de Bolsonaro,tendo colocado os “podres” do PT para fora, com o “selo” da Justiça. Quem,então, é o “ingrato”? Sérgio Moro? Ou Jair Bolsonaro? Em suma: Jair Bolsonaro foi o maior responsável pela destruição da operação “Lava Jato”,tornando-se “cúmplice” das barbaridades cometidas pelo Congresso Nacional, pelo STF, e pelos outros Tribunais Superiores,com a finalidade de perdoar e validar a corrupção contra o erário, antiga, atual e futura. E Sérgio Moro foi “saído” por discordar dessa “cumplicidade”. [quanto às pesquisas apenas lembramos: são pesquisas que 'consultam' menos de dois mil eleitores, realizadas por telefone, e que são verdadeiras 'fake datas', portanto, de VALOR ZERO. 
Não podemos desconsiderar que as ocorrências de agora até outubro vindouro, serão na totalidade ou em ampla maioria, favoráveis à recuperação do capitão - no caso dele precisar de recuperação = necessária apenas aos que caem, aos doentes. 
Quanto às tentativas, de várias fontes, de responsabilizar Bolsonaro por tudo que é ruim, tudo que é errado, sugerimos ler: NÃO SEI DO QUE SE TRATA, MAS O CULPADO É BOLSONARO.]

Sérgio Alves de Oliveira - advogado e sociólogo

 

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Os 51 milhões de Guedes não roubados “versus” os 10 trilhões do pt, roubados- Sérgio Alves de Oliveira

Os 51 milhões de Guedes não roubados “versus” os 10 trilhões do pt, roubados

O enorme destaque dado pela grande mídia à aplicação financeira de Paulo Guedes,  ministro da Economia, numa “offshore”do paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas,no valor em dólares americanos correspondente à quantia de 51 milhões de reais, sem que haja qualquer indício, acusação, ou mesmo suspeita de origem ilícita, já que não é nada raro um banqueiro, como Guedes, como também qualquer jogador de futebol famoso, mesmo que “reserva” dos grandes times, possuir quantia desse porte, sem dúvida foi muito além do destaque dado por essa mesma grande mídia aos 10 trilhões de reais roubados do erário pela esquerda enquanto governou.

A eventual irregularidade para fins éticos ou tributários da aplicação dos 51 milhões de Guedes, num paraíso fiscal, significa mais ou menos um valor que corresponde a duas milhões (2.000.000) de vezes MENOS do que a quantia roubada do erário pela esquerda de 2003 a 2016. Mas as páginas dos jornais e o tempo de rádio e televisão dedicados à pretensa irregularidade de Guedes tem sido imensamente superior à cobertura que (não) deram aos 10 trilhões roubados pelo PT, enquanto governo.

A “Lenda dos Nove Desconhecidos” remontaria à época do Imperador Ashoka (304 a.C - 232 a.C),das Antigas Índias. Seriam eles nove sábios, cada qual deles dominando determinada ciência, que eram mantidas secretas pelo fato dos povos não estarem ainda preparadas pera dominá-las. O primeiro desses livros, considerado o mais importante de todos, tratava da “´propaganda” e da “guerra psicológica”,porque os sábios tinham plena consciência que aquele que dominasse essas ciências também poderia dominar o mundo.

Mas as versões dadas pela imprensa aos fatos podem configurar ,e de fato muitas vezes configuram,“propaganda”,ou “guerra psicológica”. Foi o que fizeram com os 51 milhões aplicados no paraíso fiscal por Guedes, conseguindo com isso abafar, inverter e corromper valores, fazendo cair no esquecimento os desvios de 10 trilhões durante os governos do PT. Transformaram os “10 trilhões” do PT,roubados, em “merreca”, e os “51 milhões” de Guedes,não roubados,quase batendo no PIB.

Os “camaradas”, íntimos e sócios da grande mídia,que roubaram “trilhões” do erário, usaram e abusaram da famosa frase de Lenin:”Acuse os adversários do que você faz,chame-os do que você é”. Tentaram sepultar os 10 trilhões que roubaram, substituindo-os pelo investimento de 51 milhões que Guedes fez no paraíso fiscal.

É por essa razão que os sábios da “Lenda dos Nove desconhecidos”,do tempo do Imperador Ashoka, que diziam que o mundo poderia ser dominado pela propaganda e pela guerra psicológica, estavam absolutamente certos. O que o PT roubou (10 trilhões) enquanto governou praticamente desapareceu, por força da grande mídia, frente aos 51 milhões aplicados por Guedes nas Ilhas Virgens Britânicas.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo 

 

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

O Circo Brasil Vermelho - Revista Oeste

Augusto Nunes
 

Ainda não desisti de juntar no mesmo picadeiro todas as subespécies do comunismo à brasileira

Por falta de um BNDES irresponsavelmente perdulário, como o que torrou bilhões de reais nos tempos de Lula e Dilma, jamais saberei se o Circo Brasil Vermelho me transferiria dos apartamentos da classe média para as coberturas dos ricaços. A ideia foi parida pelos eventos de dimensões siderais ocorridos no último quarto do século 20. Como um personagem de Nelson Rodrigues, acompanhei com o olho rútilo e o lábio trêmulo a queda do Muro de Berlim, em 1989, o meteórico derretimento da União Soviética, em 1991, e, num mundo redesenhado em dois anos, o fim da Guerra Fria. Convalescia do espanto quando constatei, assombrado, o sumiço da espécie que proliferava desde 1848 no Velho Continente: o comunista europeu. Nenhum desses filhotes da Mãe Rússia resistira à surpreendente orfandade. Marx, Engels, Lenin, Stalin e outros alvos da adoração da seita pareciam coisa de tempos remotíssimos. Mais grisalhas que o Império Romano, mais antigas que as pirâmides do Egito, as divindades sem devotos não espantariam ninguém se revelassem que haviam testemunhado o desentendimento inaugural entre Abel e Caim.

Todos acham que Cuba só não virou uma Inglaterra em espanhol por causa do bloqueio imposto pelos EUA

E então bateu-me a certeza de que nada disso ocorreria no impávido colosso nascido para desafiar a lógica e desmoralizar a razão. Só o Brasil fala português. No subcontinente amalucado, foi império enquanto a vizinhança proclamava a independência de republiquetas, virou República sem abdicar da nostalgia pelos dois Pedros e, depois de exigir nas ruas a volta das eleições diretas para presidente, é frequentemente governado por vices dispensados da luta pelo voto. Na terra em que se plantando tudo dá, é compreensível que tenha vicejado e seja hoje amplamente majoritário o comunista que esconde que é comunista. Com a morte de Luiz Carlos Prestes e Oscar Niemeyer, comunistas confessos tornaram-se tão raros quanto a ararinha-azul. Os militantes do Partido da Causa Operária (PCO), mesmo quando não estão a bordo da van em que cabe a turma toda, não ocultam o sonho de reprisar no Brasil o pesadelo imposto por 70 anos às nações subjugadas pelo império soviético. 

Em contrapartida, até os filiados ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) preferem negar o que o nome de batismo afirma. Seguindo o exemplo dos primos ideológicos homiziados no PT, no Psol e em outras legendas, declaram-se apenas esquerdistas, recitam juras de amor ao Estado Democrático de Direito e fazem de conta que a busca obsessiva da ditadura do proletariado foi substituída pela construção da sociedade socialista. Todos capricham nas fantasias. Mas não é difícil reconhecer um comunista sob a camuflagem de guerreiro da liberdade..

O disfarce desanda quando a conversa é desviada para questões internacionais. Todos acham que Cuba só não virou uma Inglaterra em espanhol por causa do bloqueio imposto pelos Estados Unidos. Amam o paraíso caribenho, mas rejeitam a socos e pontapés a ideia de lá morar porque antes precisam dar um jeito no Brasil. Queriam ser Fidel quando crescessem e mantêm pendurado num velho guarda-roupa aquele pôster de Guevara. Depois da segunda dose de rum e da terceira baforada, miram a fumaça do charuto enquanto murmuram a doce lição do carrasco do paredón: Hay que endurecer, pero sin perder la ternura

Comovidos com o sofrimento dos palestinos, admitem que não seria má ideia afogar Israel no Mar Vermelho, ou dissolver a única democracia da região com uma bomba atômica de procedência iraniana. Ainda inconformados com a partida precoce de Hugo Chávez, aprovam o desempenho de Nicolás Maduro com um único reparo: na Venezuela há democracia até demais. Torceram pelas FARC contra os presidentes eleitos pelos colombianos, e agora exigem uma anistia ampla, geral e irrestrita para os colecionadores de sequestros e assassinatos.

Quem não tiver paciência para enfrentar o tsunami de cretinices pode chegar à verdade pelo caminho mais curto: basta chamar de “americano”  alguém nascido nos Estados Unidos. O certo é norte-americano, ouvirá no segundo seguinte. Melhor ainda: estadunidense. As incontáveis correntes, tendências, alas e facções em que se divide o conglomerado dos comunistas brasucas aprende ainda no berçário que qualquer filho da América é americano. É preciso, portanto, revogar com urgência urgentíssima outra afronta arquitetada pelo país que, por considerar-se dono do planeta, expropria até palavras. A esquerda não se une nem na cadeia, dizia-se nos botequins em que se agrupavam guerrilheiros de festim. Errado.  Todas as ramificações sempre estiveram unidas no ódio ao imperialismo ianque. É esse o Grande Satã universal, o inimigo comum e irremissível, a origem de todas as angústias, dores e tragédias que afligem o resto do galáxia, o Mal a ser erradicado. 

O balaio esquerdista festejou o 11 de setembro de 2001 e chorou quando Osama Bin Laden virou banquete de peixe.
Agora celebra a reconquista do Afeganistão pelo Talibã. Não está claro se mudará de lado com a entrada em cena da dissidência do Estado Islâmico que acha moderados demais tanto os decepadores de cabeças quanto os que garantem que mulher sem burca é homem — e outro infiel a explodir.
 
A ideia do Circo Brasil Vermelho amadureceu quando entendi que as extravagâncias aglomeradas nas malocas do comunismo à brasileira dariam um zoológico e tanto. 
Por que não juntar num mesmo picadeiro representantes de cada subespécie, e enriquecer com excursões pelo mais civilizado dos continentes?
Quem nasceu depois de 1980 não perderia a chance de conhecer, por um punhado de euros, tantas evidências de que o melhor do realismo mágico é menos delirante que o acervo de esquisitices que abundam por aqui.  Em vez de ursinhos ciclistas, por exemplo, a plateia veria a filósofa Márcia Tiburi, escalada pelo PT, empunhando um megafone para resumir em duas frases a Teoria da Supremacia Anal: “O xx é sobretudo laico. A gente tem de libertar o xx”
Em vez de afligir-se com os voos dos trapezistas, os espectadores se divertiriam com o jornalista designado pelo Partidão. Inventor do Uber gratuito para terroristas, ele contaria como conseguiu resistir bravamente a torturas sofridas por outros presos. 
Um jogral do PCdoB declamaria pensamentos do homicida albanês Enver Hoxha
O decano do PSTU berraria “morte à burguesia” em javanês. 
E o mais recente filiado ao Psol repetiria em linguagem tupi a primeira coisa que diz o filho do casal de devotos que acabou de aprender a falar: “Morte ao imperialismo ianque”. A segunda é “mamãe”. Trinta anos depois da implosão do Leviatã soviético, a paisagem política brasileira não ficou tão diferente. As atrações de picadeiro continuam por aí. Não devo desistir de virar dono de circo.  

Leia também  “A escuridão da face externa”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

O “PACTO DO CORONAVIRUS”, entre Doria, lula e Xi Jinping - Sérgio Alves de Oliveira

 Para que se “mergulhe” antecipadamente no objetivo da  matéria aqui contida, o “Pacto do Coronavirus”, a que me refiro nesse artigo,  trata-se  simplesmente da repactuação,a partir de 2020, do chamado “Pacto de Princeton”, firmado entre  Lula e FHC, nos Estados Unidos, em 1993,e que proporcionou  à esquerda/socialismo, não só a dominação política e o “aparelhamento” esquerdista do Estado, e das leis, como também a presidência da República do Brasil, de 1995 a 2016. E para que compreenda o que está acontecendo hoje na política central brasileira, há que se  voltar um pouco na história, mais precisamente, ao  ano de 1993, que hoje se repete, com novos atores, exceto  Lula da Silva, que se mantém “íntocável”.

Nessa “operação” (Pacto de Princeton), FHC representava o “Diálogo Interamericano”, de fundo socialista-fabiano, ligado ao Partido Democrata americano, e Lula o “Foro San Pablo”. Esse  verdadeiro “arreto” político indecente que está acontecendo presentemente entre o Governador de São Paulo, João Doria, o ex-Presidente, e ex- presidiário, Lula da Silva, e o ditador da China e do Partido Comunista Chinês, Xi Jinping, que estão mancomunados e formando quadrilha  na montagem de uma estratégia política para a  esquerda/socialismo vencer as eleições de 2022, retornando ao poder, sem dúvida trata-se de re/ratificação do PACTO DE PRINCETON, de 1993, que de certa forma adotou a “Política das Tesouras”, de Lenin.

Explicando melhor essa “lambança” : os chineses  estão fazendo  um esforço descomunal  para vender ao Brasil a vacina imunizante contra o novo coronavirus (Covid-19),com registros de “nascimento”, tanto do maldito vírus, quanto da citada  vacina, na própria China (Wuhan),e que seria produzida  em cooperação do respectivo  laboratório chinês com  o Instituto Butantã, do Brasil.   Mas ao invés de se utilizarem da embaixada chinesa no Brasil para essas negociações, o governo chinês optou  pela “intermediação” do  polêmico político brasileiro ,atualmente governador de São Paulo, João Doria, do PSDB, pretendente ao trono presidencial e virtual candidato à presidência da república em 2022. Em última análise, Doria foi nomeado “embaixador” da China para essa negociação . E fala como se fosse o próprio.

Mas como bom oportunista que sempre foi, João Doria, o “embaixador” chinês, voou à Brasília e ali acabou conseguindo, parece que “furtivamente”, a assinatura de um protocolo de intenções, com o Ministro da Saúde, General Eduardo Pazuello, que acabou sendo contestado e desautorizado pelo Presidente Bolsonaro, que declarou publicamente  que “o povo brasileiro não seria cobaia da vacina chinesa”, o que gerou   um clima de desconforto interno no governo. Aproveitando as críticas de Bolsonaro ao Ministro da Saúde, Lula não perdeu tempo em se “solidarizar” com o General Pazuello. Com essas “nuances”, o circo sucessório para 2022 começou a ser desenhado . Como já havia sido acertado lá no “Pacto de Princeton”, em 1993, parece se repetir que a eleição presidencial novamente contará com dois candidatos fortes de esquerda, um “oficial”, e outro “disfarçado”, e qualquer deles que vencer garantirá à esquerda a presidência da república para o próximo período, atendendo plenamente aos interesses chineses.

Tudo leva a crer, portanto, que João Doria, pelo PSDB, será o candidato da esquerda “disfarçado” (de direita), e provavelmente Lula será liberado pelo “seu” STF, para também concorrer, pela esquerda “oficial”. E o dia está chegando !!!  Os interesses do Partido Comunista Chinês estariam plenamente atendidos, tanto com a vitória de Doria, quanto com a vitória de Lula. Por essa razão, não satisfeito  em investir   e comprar cada vez mais “Brasil”, como    fez  em quase todo o mundo, o objetivo de Xi Jinping tornou-se  mais ousado: quer a presidência da República do Brasil, seja com Doria,Lula, ou “assemelhados”.

Bem sabem “eles” que o “Pacto de Princeton” funcionou como  deveria ,e que o Brasil é um dos países do mundo que podem comprar com pouco dinheiro, bastando “investir” nos políticos “certos”, que têm corruptos e traidores da pátria no seu meio para “ninguém botar defeito”. O “sucesso” do famigerado “Pacto de Princeton”, de 1993, pode ser medido pelo relativo alcance de algumas das  suas metas, agora  transferidas  ao “Pacto do Coronavirus”, quais sejam, o controle da população pelo incentivo às relações homossexuais (não geram filhos), o enfraquecimento, ou aparelhamento socialista da Igreja Católica e,  finalmente o desmantelamento das Forças Armadas, começado por FHC, que extinguiu os 3 ministérios militares  (Guerra, Marinha e Aeronáutica), substituindo-os por uma “ministro da defesa” qualquer, [abundantes na era Temer e antecessores]  que sempre poderia  recair num político e ainda a destruição dos valores judaico-cristãos e da organização da  família tradicional. Todas essas “estratégias” para tomada do poder foram propostas antes por Antonio Gramsci, do Partido Comunista Italiano, e  de certo modo pela ala “menchevique” ,da Revolução Russa de outubro de 1917.

Com certeza, os “chinas” farão chover  dinheiro, gastando  um pouco da sua fantástica “poupança”, fruto da “mais-valia” comunista, construída desonestamente, pelo aspecto social, às custas da escravidão do seu povo, na tentativa de comprar a eleição brasileira de 2022. E “eles” têm consciência que essa eleição  não custará muito caro para “eles”, imaginando  que os brasileiros se vendem barato. E se isso de fato acontecer, estejamos seguros que o Brasil passará a integral o “rol” de colônias que a China já tem espalhadas pelo mundo, ao mesmo tempo em que o  criticado “imperialismo” norte-americano passará a ser considerado “ultrapassado”, um verdadeiro “brinquedo-de-criança”, se comparado ao novo imperialismo do PCCh.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

 

sábado, 4 de julho de 2020

SENADO E STF, OS REIS DAS “FAKE NEWS”, TRANSFERINDO À SOCIEDADE O QUE FAZEM - Sérgio Alves de Oliveira


O espírito comunista, e muitas vezes corrupto, acampado na mente da maioria do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com a  aprovação, respectivamente, do PL da “censura” (PL 2630), e do Inquérito das “Fake News”, e eventuais “ameaças ao STF” ( Inq. 4872), em ações absolutamente  “coordenadas” entre esses órgãos, sem dúvida alguma pode ser comprovado pelo fiel alinhamento  à “máxima” do líder da Revolução Bolchevique, de outubro de 1917, Wladimir Lenin: “Acuse os adversários do que você faz, chame-os do que você é”.

É evidente que desde o momento em que a Câmara Federal também aprovar o PL da “censura”, como já fez o Senado, o que é o mais provável, seria só mudar uma palavra desse texto, e onde constar “Senado”, passe  a  constar “Congresso Nacional” (Senado+Câmara Federal). Esse é o resultado ,por um lado, do “aparelhamento popular” legislativo ,gerado   através das eleições  periódicas,de responsabilidade dos eleitores,que resultou na composição desse  Senado “depravado”. Por outro lado, do também “aparelhamento”, do STF,  ocupado por indivíduos  nomeados pelo  Presidente da República da respectiva  época, durante o  período da famigerada “Nova República”, de 1985 a 2018 - época essa que certamente não honrará a história brasileira -  com “ratificação” desse “aparelhamento” pelo Senado Federal.

Não são, por conseguinte, somente os governantes e políticos que “aparelham” os órgãos do Estado. O povo também o faz, embora chamem a isso de “eleições”.  Dai certamente  teria surgido a verdade universalizada pelo filósofo francês Joseph Marie de Maistre: “o povo tem o governo que merece”.  Mas o “comunismo” perseguido pelos Poderes Legislativo e Judiciário, agindo coordenadamente, certamente  não é o comunismo  de Marx, Engels, Lenin, Stalin, Trotsky, Gramsci, ou outro qualquer de “antigamente”, porém do ”moderno” Xy Jinping (xyjinpismo?),ditador do PCCh,  e da China, que segue à risca a proposta comunista chinesa de dominar o mundo, ou seja, as suas versões próprias de um novo  “imperialismo” e “colonialismo” (comunista ???), jamais  vistos no mundo em tal magnitude.        
                    
Essa ambição chinesa se resume  a três letras:BGY.
O “B” ,que é a principal meta,significa “blue”(azul), que seria o total controle da INTERNET  no mundo ; 
o “G”,”gold”(ouro), a compra de influência com dinheiro em todo o mundo; 
e o “Y”,”yellow”(amarelo), objetiva  seduzir as pessoas-chave  com todos os prazeres mundanos.    

As letras “G” e “Y” da meta chinesa já estão em estado adiantado. Rapidamente,”eles” conseguiram “convencer”- despejando muito dinheiro -  políticos e autoridades públicas; e também já compraram, a preço de “sucata”, quase metade do Brasil, entre  ações, empresas, terras e TVs (Globo e Bandeirantes). Na privatização  das empresas estatais  de São Paulo, cujo governador os têm em alta “estima”, certamente farão uma “festa”. Na verdade essa absurda “censura” que estão impondo aos brasileiros visa especialmente o controle da internet e das redes sociais,  “coincidente” com  o principal objetivo do PC Chinês,ou seja,o objetivo “B” (controle da internet), que são os  únicos meios da população brasileira  se manifestar amplamente, trocando  idéias, inclusive políticas. Não atinge nem objetiva a “grande mídia”, porque essa já é “deles”, e todos estão associados com um único objetivo: destituir, de qualquer forma, o Governo Bolsonaro, por ter este  fechado o cofre federal para os seus interesses de domínio.

Interessante é observar que a “grande mídia” sempre agiu como um camaleão, na busca dos próprios interesses, escolhendo a “cor” mais propícia do momento. Até “ontem”, ela ajudou a sustentar os piores e mais corruptos  governos, que não tinham oposição “decisiva” no Legislativo, nem  no Judiciário. Era sempre um “troca-troca” de interesses, um  “toma-lá-dá-dá” sem fim,a  dirigir os interesses dos brasileiros. Era o ataque incessante  da poderosa “quadrilha”, composta pelos  Três Poderes Constitucionais, mais a “grande mídia”, agindo todos em perfeita sintonia, com interesses imorais  comuns. Pelo aspecto puramente “social”, e não legal, eu tomaria a liberdade de denominar essa quadrilha de 4 integrantes uma verdadeira “organização criminosa”. E contra o povo!!!

Vou me abster de qualquer opinião. Considero-me “suspeito” , em face do próprio  título que abre esse artigo. . Deixo essa  tarefa com Vossas Excelências. Cingir-me-ei a formular alguns questionamentos.
- Quais os maiores protagonistas de “Fake News” ? 
- Seriam os pobres “mortais” do povo que comparecem à internet e às redes sociais, como a única forma de externar os seus pensamentos e trocar  idéias, sem ferir a legalidade e a moralidade, obviamente, e que nada têm a ganhar ou perder com essa atitude? 
- Ou os maiores produtores de “Fake News” seriam os membros do Congresso Nacional e os Ministros do Supremo, dentre outros, que têm às suas disposições, permanentemente, todos os jornalistas, microfones, e  câmeras fotográficas e de televisão do “mundo”, para que divulguem ao público somente o que se passa nas sessões públicas,e  o que querem, com o “direito” de esconder  o que não lhes convém? 
- Esconder o que se passa nos corredores, gabinetes, porões ,ou esgotos do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, também seria “Fake News”, apesar de sê-lo por omissão?
- As “Fake News” não teriam semelhança com o   crime,  que pode ocorrer por ação ou omissão ? 
- Será que algum dia alguém do Senado ou do STF  vai ser processado por “Fake News”?


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

segunda-feira, 8 de junho de 2020

O caminho do arbítrio - Denis Lerrer Rosenfield

O Estado de S.Paulo

Estamos vivendo um processo semelhante ao da Venezuela chavista, só que de sinal trocado

Urge que o presidente Bolsonaro pare sua escalada rumo ao autoritarismo, mediante o uso indiscriminado do arbítrio. Decisões presidenciais num Estado democrático passam por uma série de mediações, sendo as mais importantes o Legislativo e o Judiciário, e no que concerne a este último, o STF. Arrogar a si a verdade e a decisão arbitrária só é fonte de confrontos incessantes.

Acontece que o presidente e sua família operam segundo a concepção schmittiana da distinção entre amigo e inimigo, fazendo que qualquer crítica ou divergência seja vista sob o prisma do inimigo a ser atacado. O mesmo vale para amigos em definições mutáveis, pois, ao passarem a ser considerados uma ameaça, tornam-se inimigos a ser abatidos – os casos mais eloquentes, Bebianno, Moro e Santos Cruz.

A distinção amigo-inimigo não é, todavia, exclusiva da extrema direita, vale também para a esquerda. O próprio Carl Schmitt, após ter sido apoiador entusiasta de Hitler, escreveu, no pós-guerra, que Mao e Lenin se encaixavam na mesma concepção, tecendo-lhes elogios. Chávez e agora Maduro são seus discípulos. A distinção lulopetista entre “nós” e “eles” é dessa mesma estirpe.

No caso da experiência venezuelana, considerada por Lula um exemplo de democracia, processou-se a subversão da democracia por meios democráticos. As instituições democráticas foram inicialmente preservadas, enquanto o seu interior foi progressivamente minado. A imprensa e os meios de comunicação em geral foram, passo a passo, calados, o Legislativo perdeu suas funções, com o presidente passando a legislar por decretos, e o Supremo Tribunal, após ser atacado, foi cooptado. Milícias foram criadas e passaram a violentar e controlar os cidadãos.

No Brasil, estamos vivendo um processo semelhante nos seus inícios, só que de sinal trocado. Da extrema esquerda passamos para a extrema direita. [mudança que por si só já vale qualquer sacrifício para consolidar e ampliar.] Os ataques sistemáticos à imprensa, aos meios de comunicação em geral e o financiamento e operação organizada de grupos encarregados de difundir fake news mostram essa tática de ataque ao “inimigo”. A ameaça de ruptura institucional, apesar de apresentada como defesa da democracia contra o espantalho do comunismo, é outro de seus braços. A constituição de milícias digitais, agora tornadas milícias de rua, até mesmo armadas, caso do grupo liderado por Sara Winter, é outro de seus instrumentos. A antiga bandeira preta da Ucrânia, símbolo da extrema direita naquele país, é o seu símbolo.

Na mesma linha, a declaração presidencial de que população brasileira deve ser armada para não ser escravizada procura, na verdade, a servidão dessas forças ao domínio da extrema direita. Uma coisa é a posse de armas no legítimo exercício da autodefesa, um direito; outra, muito diferente, é armar a população para se opor às autoridades, como os governadores de Estado, por suas políticas de combate à pandemia.

Contudo parar esse processo rumo ao precipício exige moderação do presidente, com a subsequente alteração da equipe governamental mediante o afastamento dos mais exaltados, os ideológicos. A perseguir tal política, as crises sanitária, política e econômica só tendem a se agravar, levando o País a um impasse perigoso, estando o próprio mandato presidencial em questão.

As recentes manifestações de reação a este autoritarismo por meio de vários manifestos pela democracia exibem uma sociedade atuante, ciente de que suas instituições devem ser defendidas independentemente dos governos. A democracia é tida por um valor maior, situado acima das contendas políticas e partidárias. No entanto, não deveria esse processo ser conduzido sob o modo de uma nova polarização, embora possa ser necessária num primeiro momento, sob pena de outra forma de autoritarismo surgir novamente no horizonte. O impasse institucional seria o seu resultado.

Salta à vista que dois terços da população brasileira não são pró-democracia, apesar de serem anti-Bolsonaro. Aí estão incluídos, por exemplo, os responsáveis pelo mensalão, que minaram o sistema representativo com a corrupção e o descalabro fiscal, para além das tentativas, felizmente infrutíferas, de controle da imprensa e dos meios de comunicação, apresentadas naquele então como sendo a verdadeira democracia. Para não falar das milícias do MST infernizando o campo brasileiro. Convém estar atentos a esses “novos democratas”.

Deve-se olhar igualmente com precaução a participação de torcidas organizadas nas manifestações, pois considerá-las como democráticas é outro equívoco. Na pressa de uma oposição atuante nas ruas, corre-se o risco de confundir alhos com bugalhos, na medida em que se caracterizam por serem uma espécie de quadrilhas, cujo prazer é extraído do uso da violência.

A sociedade brasileira deve sair da polarização, tendo como norte a democracia, sob pena de perpetuarmos o impasse pelos próximos dois anos e meio, além de corrermos o perigo de nele permanecer por mais quatro anos, seja sob a égide da extrema direita, seja da extrema esquerda.

Denis Lerrer Rosenfield Professor de filosofia na UFRGS - O Estado de S. Paulo


domingo, 10 de maio de 2020

'Que fazer?' - J.R. Guzzo


O Estado de S. Paulo

Opositores não sabem o que fazer para Bolsonaro sair do Planalto antes de 1.º/1/ 2023

É curioso o que está acontecendo hoje no Brasil. A cada dia que passa, o presidente da República faz alguma coisa que parece desenhada sob medida para tumultuar o seu próprio governo, como se tivesse certeza de que o pior desastre que pode lhe acontecer é viver quinze minutos de paz. (Neste momento de confusão extrema, acredite se quiser, conseguiu achar espaço para arrumar uma briga com a sua ministra-secretária da Cultura, a atriz Regina Duarte, cuja relevância no meio das calamidades atuais oscila ao redor do zero. Justo agora? Não poderia ficar para um pouco mais tarde? Não: ninguém aqui vai perder uma oportunidade para sair no braço.) Ao mesmo tempo, as forças que querem tirá-lo de lá antes da hora prevista na Constituição parecem cada vez mais incapazes de armar uma ação coerente, lógica e eficaz para conseguir isso.

É a velha história da vida política: quando todo mundo diz que “agora não dá mais” e, ao mesmo tempo, não se faz nada de concreto além de falar, é sinal de que ninguém está conseguindo agir no mundo das coisas práticas. Se realmente não “dá mais”, então por que continua dando? Não se trata de falta de vontade – é falta de meios. Como tantas vezes ao longo da História, a questão se resume na inesquecível pergunta de Lenin: “Que fazer?” O Revolucionário Número 1 de todos os tempos sabia muito bem que, sem responder a essa pergunta, o Czar continuaria sentado até hoje no trono da Rússia. Em sua volta, todos faziam os discursos mais devastadores, ano após ano - e continuavam no exílio. Lenin, em vez disso, só pensava em sair do exílio e ir para o governo. Não queria ficar indignado. Queria agir.

É o que está faltando hoje para as múltiplas camadas de opositores do presidente Jair Bolsonaro: 
- saber com precisão o que devem fazer para ele sair do Palácio do Planalto antes de 1º. de janeiro de 2023, quando acaba o seu mandato legal na presidência.
Nada parece funcionar. Havia muita esperança, por exemplo, no depoimento do ex-ministro Sergio Moro no inquérito que apura as circunstâncias de sua demissão. 
Mas depois de oito horas de declarações, o que realmente sobrou de concreto foi a afirmação de que ele, Moro, nunca disse que Bolsonaro cometeu algum crime nos quinze meses de relacionamento que tiveram no governo. [a postura 'esquisita' do ex-juiz faz surgir uma pergunta: quantos concursos públicos Sérgio Moro prestou para lograr aprovação para juiz federal?]
Um ministro do STF proibiu Bolsonaro de nomear um diretor para a Polícia Federal; 
ele nomeou outro, igual ao primeiro, e ficou por isso mesmo, pois não dá para continuar vetando todos os nomes que o presidente escolher. Esperava-se que o Supremo se unisse para acertar alguma maneira legal de deter ou depor Bolsonaro; mas os ministros não estão de acordo entre si.
A questão, no fim das contas, não é estabelecer, numa escala de zero a dez, o quanto Bolsonaro é um mau presidente; seus inimigos acham que é onze. A questão é saber quantos dos 513 deputados federais e 81 senadores, exatamente, vão votar a favor de um impeachment  – o único caminho disponível para depor o chefe de Estado sem violar a Constituição, coisa que requer força armada e não é possível neste momento no reino das realidades. A “sociedade” não tem voto aí. Ninguém mais, além dos parlamentares, está autorizado a julgar o presidente: ou dois terços dos membros do Congresso concordam em depor o homem, ou ele não sai.

Para quem não quer mais a situação que está aí, a prioridade talvez devesse ser outra - em vez de ficar tentando tirar Bolsonaro agora, que tal começar a trabalhar de verdade para que ele não seja reeleito? [o complicador é que Bolsonaro será reeleito em 2022 - assim, sugerimos, a titulo de aquecimento, tentar descobrir um meio, que não dependa de votos, para conseguir que ele saia em 1º janeiro 2027.] O fato é que vai ser preciso ganhar uma eleição em 2022. Se vierem com candidatos parecidos com os de 2018, vamos continuar na mesma.

J.R. Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo



segunda-feira, 10 de junho de 2019

O silêncio da grande mídia na roubalheira do PT

Hoje se observa com clareza solar o descomunal esforço feito pela esquerda  para transformar o Brasil no  “tubo de ensaio” do  renascimento   da experiência socialista/comunista, mesmo após o seu “nocaute” - com  a queda do Muro de Berlim e a extinção da União das Repúblicas Socialistas da União Soviética - URSS, respectivamente, em 1989 e 1991 - na versão  concebida pelo filósofo marxista, membro fundador e ex-Secretário Geral  do Partido Comunista da Itália, Antonio Gramsci.

Sabidamente a doutrina de Gramsci tinha como método a implantação do comunismo pela via pacífica, descartado qualquer método violento, mais ou menos nos moldes antes defendidos  pela corrente revolucionária   russa “menchevique”, em contraposição à “bolchevique, liderada por Lenin, que ao final venceu com muito sangue derramado  a  Revolução Russa de outubro de 1917,derrubando  o regime dos “Czares”. Gramsci queria chegar ao socialismo, pacificamente, criando assim o clima necessário para implantação definitiva do comunismo, ou marxismo, com alguns “temperos” de sua autoria, em relação à doutrina original de Marx.

Mas em toda a marcha da civilização jamais havia surgido no mundo uma população tão bem “moldada” para receber um programa socialista  “experimental”, testando na própria carne a doutrina do pensador italiano, o gramscismo. O Brasil da segunda metade do Séc. XX tinha o perfil ideal para que se implementasse essa experiência. É claro que os grandes pensadores socialistas não iriam tomar  a frente dos trabalhos para convencer o povo brasileiro das “maravilhas” do socialismo.

Os líderes gramscistas vislumbraram esse “palco” ideal no Brasil. E não perderam tempo. Começaram a selecionar dentre os trabalhadores  semianalfabetos os que já tinham se infiltrado na política - e que nem possuía as condições intelectuais necessárias para saber ao certo o que significava essa “doutrina”- para que promovessem no Brasil os interesses da  esquerda. E foi justamente essa a “identificação” que os trabalhadores/candidatos tiveram com a maioria do povo brasileiro, e  que  propiciou a sua ascensão rápida na política, através do voto, especialmente de  2002 para a frente. Esses trabalhadores ”novatos” na política partidária, geralmente saídos dos sindicatos, apesar da íntima “aversão” que tinham ao trabalho propriamente dito, souberam como ninguém fazer “política” e ascender  aos cargos eletivos nos Poderes Executivo e Legislativo. Elegeram-se, com facilidade, vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores, governadores e até presidentes da república, com Lula e Dilma.

Mas essa experiência do comando político da esquerda, do gramscismo, no Brasil ,deu pífios resultados. Foi um verdadeiro desastre. Nesse nefasto período em que a esquerda passou a participar da política, mandando, parcialmente, de 1985 a 2002, e quase  totalmente a partir daí, após a posse de Lula, nunca se roubou tanto do erário.   Muitos garantem que o “roubo” nesse período teria sido em torno de 10 trilhões de reais, equivalente  a cerca 1,5 do PIB Brasileiro. Essa gigantesca quantia foi estimada pelo Juiz e hoje Ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Pois bem, durante todo esse período da roubalheira generalizada, tudo passou em “brancas nuvens” pela mídia. Embora sempre “atenta” a todos acontecimentos, para a roubalheira petista que praticamente “quebrou” o país, ela nada viu, ouviu, falou ou escreveu. Seu silêncio foi “sepulcral”. Onde estava essa mídia durante toda a roubalheira do PT “et caterva”? Só tem uma resposta: quietinha, comprada e faturando muito alto!!! Mais parece que nos poucos meses da Gestão Bolsonaro a mídia ficou “doente”. Não sei  se foi doença “mental”, ou “moral”. Mas tudo leva a crer  que  foi doença “moral”. Essa mídia começou a enxergar “miragens”. Mas foram “miragens” diferentes. Não se restringiram a ver malfeitos na política que não mais ocorriam desde 1.01.19. Foi uma “miragem” estapafúrdia. Que trouxe acontecimentos do passado como se estivessem acontecendo no presente. Lançou na conta de Bolsonaro o que era devido pelo PT, e que teve a sua cobertura midiática.

Resumidamente, o  relativo sucesso do gramscismo no Brasil se deve ao atingimento dos seus objetivos de tomada do poder político, iniciando pela ocupação dos principais espaços da mídia/meios de comunicação, do comando nas Escolas e Universidades, da infiltração na própria Igreja, onde logrou êxito na “doutrinação” de uma infinidade de religiosos, e na ocupação dos cargos mais relevantes da Política, da Administração Pública e do próprio Judiciário, onde conseguiu colocar uma grande quantidade   de “filhotes” do gramscismo, inclusive como juízes, desembargadores, e ministros de tribunais superiores. Não escaparam nem as Forças Armadas da sua infiltração. Nesse ponto, “Nota 10” ao gramscismo.

Deu para entender as razões do silêncio  da mídia e das diversas autoridades públicas  durante os longos anos da roubalheira do PT ? E por que alguns resolveram “acordar” somente após o surgimento do escândalo do “mensalão”, dos anos 2005 e 2006? Mas surpreendentemente essa mídia, antes mancomunada com o PT,  resolveu romper com o seu silêncio. Mas “rompeu” no momento totalmente errado. Agiu como se estivesse com a “faísca atrasada”. Acordou só depois de muito tempo em que deveria ter visto e  denunciado o que se passava  de irregular na política, da roubalheira que acontecia.

Só “acordou” no Governo Bolsonaro,que  tomou posse em 1º de janeiro de 2019, fazendo um enorme esforço para criar irregularidades que não existem,fictícias. Como explicado antes, foi pura “miragem”. Mas esse fenômeno lamentavelmente não foi “privativo” da mídia. Ele aconteceu também nos de cargos preenchidos por concurso público, com “estabilidade”, dentre eles os  servidores públicos, e alguns “agentes políticos” concursados (juízes,por exemplo). Hoje qualquer concursado com estabilidade se acha no direito de transformar o país na “Casa-da- Mãe-Joana”, onde todo  mundo manda e ninguém manda, ao mesmo tempo. Uns “metem o bedelho” onde não  deveriam, nem poderiam, inclusive invadindo competências da alçada  exclusiva  do Presidente da República.

Qualquer juiz da Comarca de “Cacimbinhas”, por exemplo, se acha no direito de ditar normas administrativas de repercussão NACIONAL para o Presidente da República cumprir. Como poderá funcionar um Governo se ele depender da “cabeça” individual de cada um dos milhares de juízes espalhados por todos os cantos do país?

Esse é verdadeiramente o típico reduto da “Casa-da-Mãe-Joana”. Como conceber, por exemplo, que um só juiz possa “determinar” políticas nacionais sobre radares em rodovias ou sobre verbas a serem distribuídas pelo Ministério da Educação para as Universidades?
 
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net

 
 
 

 

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

A persistente e cansativa cara de pau de Lula e PT

Sua retórica se inspira na tradição totalitária que fez milhões de vítimas mundo afora

O fato que salta à vista neste início de ano é a eterna cara de pau de Lula e dos advogados e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). O famigerado líder petista e seus sequazes tentam peitar a magistratura, com o propósito de tumultuar o julgamento do réu pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, no próximo dia 24, tendo sido já o ex-presidente condenado pelo juiz federal Sergio Moro em primeira instância, no âmbito da Operação Lava Jato.

A finalidade da estratégia petista sempre tem sido pescar em águas turvas. Para Lula, só há uma alternativa: guindá-lo de novo ao poder, do qual ele e seu partido foram desalojados pela sociedade brasileira após 14 anos de desmandos.  Inovou Lula com essa estratégia? Definitivamente, não: essa é a via aberta pelos totalitários desde os jacobinos e Lenin até os dias atuais.  O grande problema não resolvido pelos totalitários é que eles se acham superiores ao restante da humanidade. O termo “democracia”, para o espírito totalitário, significa governo dos próprios totalitários sem nenhuma limitação. Eles assumiram o espírito pregado por Jean-Jacques Rousseau no seu Contrato Social: o líder e os “puros”, seus seguidores, têm a missão escatológica de dar origem ao “homem novo”, aquele não conspurcado pela defesa dos interesses individuais. E somente pode haver uma forma de governo válida: a ditadura do líder messiânico e dos puros, a fim de garantir a unanimidade ao redor da “vontade geral” encarnada neles.

Ora, segundo pensava o maluco filósofo de Genebra na obra citada, o poder total a ser exercido pelo líder e seus seguidores consiste na unanimidade de todos ao redor deles para garantir a felicidade do gênero humano. Qualquer dissidência deve ser aniquilada como atentado contra a felicidade geral. A infelicidade infiltra-se na sociedade em decorrência da existência dos indivíduos e dos seus interesses privados. Devem ser esmagados, portanto, todos aqueles que não se curvarem ao “interesse público”, entendido como a imposição da “vontade geral”, da qual são garantia e manifestação soteriológica, na História, o líder messiânico e os seus seguidores imediatos, os “puros”. O ideal da nova ordem política foi bem definido por Lenin, em O Estado e a Revolução, como “um poder não limitado por leis”.

O espírito totalitário perversamente apregoado por Rousseau passou, na modernidade, a encarnar nas lideranças revolucionárias radicais, que tingiram de sangue a História desde os jacobinos na Revolução Francesa e no Terror por eles imposto, no final do século 18, passando pelo império napoleônico (entre 1804 e 1814) e seguindo, já nos séculos 20 e 21, com a Revolução Bolchevique, na Rússia, em 1917, e a emergência dos totalitarismos. Em todos eles o fantasma do “poder total” assoma, até na mais recente manifestação de chantagem nuclear do tresloucado líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Essa saga do totalitarismo já se tinha manifestado em Fidel Castro e na sua ditadura familiar, no Che Guevara, com o seu dístico “Pátria (totalitária) ou morte”, na louca aventura nazi-fascista, com o endeusamento da minoria ariana ao redor do Führer, ou com Mussolini apregoando o princípio do “poder total” na célebre proposta de “tudo dentro do Estado, nada fora dele”.  Não nos enganemos: se Lula representa alguma tradição política, ela se filia a essa herança do totalitarismo hodierno. Não é por outra razão que, para ele e seus cansativos militantes, só há uma alternativa para salvar o Brasil: Lula e o PT.

Como a tradição totalitária se encarna com as cores de cada cultura, no Brasil Lula e os seus sequazes adotaram uma máscara: a cara de pau do “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, genialmente descrito por Mário de Andrade no seu clássico de 1928. Vamos convir: não é de cara de pau a feição do líder messiânico quando aparece na televisão, ou em palanque, afirmando para a enojada audiência que não há vivalma mais ética do que ele? Os petralhas especializaram-se em fazer da corrupção método de ação política e em esfregar no rosto dos perplexos cidadãos tungados por eles na roubalheira geral as “façanhas” praticadas.

Não são, aliás, de cara de pau as feições do comando petralha que “visitou” o desembargador Thompson Flores recentemente em Porto Alegre, como se ele e o tribunal por ele presidido fossem os meliantes, e não eles próprios? Os seguidores de Lula entenderam bem a lição da tragicomédia montada pelo líder: aparecer em público com ar contrito e na maior cara de pau, para dizer o seguinte: “Corruptos são vocês, otários, que votaram em nós e ficaram na rua da amargura juntamente com os 14 milhões de desempregados! Nós somos os puros, os retos, os que devem prevalecer no comando do Estado. Fora de nós não há salvação”. É mesmo muita cara de pau!

A sociedade brasileira tem um caminho para tirar esse lixo da História e impedir que os petralhas assumam, de novo, o poder no Brasil, a fim de destruírem o que ficou das nossas já combalidas instituições republicanas: repetir, em alto e bom som, que sabemos de quem se trata, conhecemos os malfeitos por eles praticados, que hoje já se situam na casa dos bilhões de dólares roubados e ainda estão intactos em paraísos fiscais.

Devemos repetir até o cansaço que acreditamos nas instituições, que a Justiça fará o seu trabalho até o fim, para pôr atrás das grades todos os que se aproveitaram da passagem pelo poder para enriquecer ilicitamente. E devemos repetir, na cara de Lula e dos seus sequazes, que já identificamos onde se inspira a sua retórica vazia: na tradição totalitária que deixou espalhados pelo mundo afora milhões de vítimas.


Ricardo Vélez Rodriguez - O Estado de S. Paulo -  
Coordenador do Centro de Pesquisas Estratégicas da Universidade Federal de Juiz de Fora (Ufjf), professor emérito da Eceme, é docente da Universidade Positivo, em Londrina