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domingo, 11 de dezembro de 2022

Dívida da China é quatro vezes maior do que a do Brasil - Oxford Group

Apesar de sua enorme reserva cambial, a China está enfrentando numa dificuldade econômica atípica, em considerando sua história nas últimas décadas.

A política de tolerância zero para com a COVID, tem desestruturado sua capacidade produtiva, corroendo a confiança de seus compradores tradicionais, e minado sua estabilidade política.

Sua dívida interna, atingiu 295% de seu PIB, que é quase o dobro, nesta forma de mensurar, do que a americana e 4 vezes a do Brasil. São U$52 trilhões de dólares, só do setor não financeiro.

Mesmo com uma vacinação em massa, que atingiu cerca de 90% da população, com uma pequena liberação da população o vírus tem se espalhado de forma rápida, chamando a atenção por colocar em dúvida a eficiência das suas vacinas. Já se prediz a infeliz morte de 2 milhões de pessoas com esta liberação.

Os investidores estrangeiros estão buscando alternativas para mudar seus projetos industriais. Com a pressão dos EUA e da EU, para contingenciar as compras da China, assim como sustar a venda de produtos e conhecimento de itens importantes da tecnologia de ponta, a China tem encontrado dificuldades para manter seu fantástico e necessário nível de desenvolvimento.

Hoje, já se espera um crescimento pífio de 3% a 4% para este ano em seu PIB. Ela enfrenta um problema grave com relação à liquidez dos seus créditos externos, principalmente em função da crise econômica dos devedores, que receberam fartos recursos dentro do projeto de logística mundial que a China tratou de implementar na expectativa de dominar o comércio internacional.

O setor imobiliário entrou em colapso e a falta de disponibilidade no seu caixa tem feito o governo emitir bônus para financiar as obras de infraestrutura para reaquecer a economia e gerar empregos.

A população vem decrescendo e deverá haver uma diminuição de quase 100 milhões até 2047. Esta, que seria uma boa notícia há alguns anos atrás, causa preocupação no momento pois a idade média da população aumentou de 38.5 anos para uma expectativa de mais de 50 até 1947.

E, o que isto tem que ver com o Brasil? Tudo.

Como nosso principal importador de commodities, agrícolas e minerais, uma queda nesta demanda pode afetar os preços mundiais e as nossas exportações.

Por outro lado, a China precisará aumentar suas exportações e buscará países que sejam “simpáticos” em favorecer as importações do país asiático, mesmo que em prejuízo de sua indústria local e de sua balança comercial.

Como nossa imprensa está bastante "simpática" com a China, ela terá apoio na mídia para favorecer seus interesses. Vale um alerta para nossa indústria e os produtores de commodities [o alerta deveria ter sido para os eleitores brasileiros , antes das eleições e assim seria evitada a besteira que fizeram = estávamos -  e ainda estamos, só que agora saindo - em um processo de economia se consolidando, PIB crescendo, ainda que de forma discreta e agora corremos o risco de e, 1º jan 2023, o governo do  Brasil ser entregue a pessoas que tem como NORTE = estatização, desonestidade no trato da coisa pública e aumento de gastos = infelizmente, passaremos à frente da China, só que no processo de degradação econômica.]

Editorial Oxford Group


terça-feira, 1 de novembro de 2022

O Brasil acaba de desperdiçar mais uma oportunidade - Alexndre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Eleições    

Eu costumava fazer uma palestra chamada “O país das oportunidades perdidas”. Eu contava que meu amigo Osni Branco, lá em Tóquio, me disse: “olha, aqui do outro lado do mundo, a gente percebe que Deus é brasileiro. Porque Deus põe as oportunidades na porta da frente da nossa casa, do nosso Brasil, e nós jogamos fora pela janela dos fundos. E Deus põe de novo, e nós jogamos fora de novo, e põe de novo, e a gente joga fora de novo. Só pode ser brasileiro para insistir tanto em nos dar oportunidades”.

Agora, nessa eleição, perdemos uma grande oportunidade. Nunca o país foi passar de um mandato presidencial para o outro tão “acertadinho”. O desemprego está em queda: já esteve em 14 milhões, está em 8,7%, e chegando a 6% estará perto do pleno emprego.

Além do desemprego, a inflação está em queda, menor que a dos Estados Unidos e da Europa.  
O PIB está em alta, pode crescer mais que o da China. 
A arrecadação está em alta, embora o governo tenha cancelado muitos impostos. 
Contas públicas em equilíbrio com o superávit primário, balança comercial com superávit, balanço de pagamentos com superávit. 
Obras em andamento por toda a parte, rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, pontes, condução de água para o Nordeste. 
E mais: saneamento de estatais que davam prejuízo e agora dão lucro. Ministérios sem a intervenção de partidos políticos, que usavam ministérios e estatais para se abastecer de verbas para fazer campanha política, de desvios, sem propinas, não é?
 
Então, o novo presidente recebe o país nesse ponto. Qual é a oportunidade? Se o outro candidato fosse reeleito, teria uma Câmara de Deputados 73% favorável, um Senado 67% favorável, a maioria dos governadores favoráveis. 
Era o ambiente ideal para fazer todas as reformas que ainda faltam e deixar esse país “acertadinho”. Era isso. Mas o povo decidiu diferente. Jogou fora a oportunidade. Foi por uma minoria, mas a maioria decidiu. O novo presidente já fez um discurso dizendo que vai reconstruir tudo, política, economia, gestão pública, relações internacionais, ou seja, vai refazer tudo. Provavelmente como era 14 anos atrás. Então, não sei se terá ambiente favorável no Congresso, que tem a maioria de centro-direita.
 
Veja Também: 

Outra oportunidade era a de botar o Supremo nos trilhos. Agora também não dá mais porque, com o novo presidente, se o Senado, que tem maioria para “impichar” ministro do Supremo, afastar três, por exemplo, o novo presidente vai nomear mais três, além dos dois que ele já vai escolher para substituir Ricardo Lewandowski e Rosa Weber, que chegaram à idade limite. Então, foram oportunidades perdidas de tornar o país melhor.

O que estamos vendo pelo discurso do recém-eleito é que ele quer voltar a fazer aquilo que se fazia antigamente
E ficamos nos perguntando “por quê? O que foi que houve?” O próprio Judiciário foi acusado antes de fazer tudo para afastar o PT do poder. Agora, foi acusado de fazer tudo para afastar a direita do poder. 
 O ativismo do Judiciário só trabalha contra o próprio Judiciário. Foi o que identificou o ministro Fux quando assumiu a presidência do Supremo.

Mas vocês hão de perguntar “como é que aconteceu isso?” Bom, uma explicação é que 26 milhões de eleitores não votaram, se abstiveram. Outra é que 21 milhões de eleitores eram meninos no tempo da maior onda de corrupção do país. Uma loucura. Gente presa, gente condenada, discussões no Supremo sobre mensalão, sobre petrolão, propina, dinheiro de ministério para partido político, dinheiro da Petrobras para partido político, malas de dinheiro da Caixa Econômica... Eram meninos e, na hora de votar, parece que não têm memória disso que aconteceu. Então, se alguém quiser uma explicação, está aí. A diferença foi mínima entre um e outro, mas a maioria decidiu e está decidido. Ponto final.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 5 de setembro de 2022

O STF governa o Brasil - ... mas na gastança do Judiciário ninguém mexe - J. R. Guzzo

Gazeta do Povo - VOZES

Enfermagem não pode ter piso salarial, mas na gastança do Judiciário ninguém mexe

 O ministro Luís Roberto Barroso, em mais um espasmo de onipotência do Supremo Tribunal Federal, vetou o novo piso salarial para os enfermeiros, estabelecido por lei que o Congresso Nacional aprovou 

O ministro Luís Roberto Barroso, em mais um espasmo de onipotência do Supremo Tribunal Federal, vetou o novo piso salarial para os enfermeiros, estabelecido por lei que o Congresso Nacional aprovou. [e o presidente da República sancionou - portanto, dois poderes foram desrespeitados pela decisão monocrática de um ministro do STF.]

Mas o Congresso não é um dos três Poderes da República, independente dos outros dois, e o único autorizado a fazer leis neste país, de acordo com as sagradas “instituições” que o STF defende com os seus inquéritos, a sua polícia e as suas operações de busca, apreensão e quebra de sigilo às 6 horas da manhã? 
A resposta é: não, o Congresso brasileiro, eleito pela população como seu representante, não tem o direito de aprovar as leis que conseguem o voto da maioria dos parlamentares. Depende do STF. Se o STF está de acordo, então a lei vale. Se o STF não aprova a lei, a lei não vale.
 
Acaba de acontecer mais uma vez, e mais uma vez o presidente da Câmara dos Deputados fica quietinho — diz que “entende” a decisão do STF em vetar o novo piso, como se soubesse a ele dar-se a apreciações deste tipo, em vez de fazer valer a decisão legítima e legal da casa que preside
É óbvio, com mais essa reação de subserviência automática por parte do Congresso, que o STF vai continuar governando o Brasil. 
Isso é o exato contrário de democracia — é desordem. 
O ministro Barroso, com o seu decreto, se mete a decidir sobre a situação financeira dos serviços de saúde e a remuneração da enfermagem. Quem lhe deu licença para fazer isso? 
O STF tem de cuidar, unicamente, do cumprimento da Constituição; tem de decidir se isso ou aquilo é ou não é constitucional. 
Todas as vezes que fizer alguma coisa fora ou além disso, estará impondo uma ditadura ao país. É simples. 
Ninguém pode julgar uma decisão do STF; se os ministros se dão o direito de resolver toda e qualquer questão, então os ministros viram ditadores. Decidem até quanto devem ganhar os enfermeiros; se podem decidir isso, e o que mais lhes der na telha, então decidem tudo.

O STF, ultimamente, tem mostrado uma estranhíssima obsessão com o respeito às regras mais rigorosas de integridade fiscal. Vetam reduções de impostos que beneficiam diretamente a população, pois isso, na sua opinião — que ninguém pediu, porque não é da sua conta — poderia deixar o poder público com dificuldades para pagar os seus compromissos. Não pensam, jamais, que o Estado possa se comportar com mais competência e, em consequência, precisar de menos dinheiro. Pior: nunca, jamais e em tempo algum, o STF se preocupou com austeridade fiscal. Ao contrário, é dos principais causadores da gastança alucinada do Estado brasileiro, ao concordar sistematicamente com toda e qualquer exigência salarial das castas mais vorazes do serviço público — a começar pelo que diz respeito aos gastos da própria justiça. 

Os enfermeiros não podem ter um piso salarial de 4.750 reais, decidiu o ministro Barroso; é muito caro. Os Estados e Municípios, coitados, terão muita dificuldade para pagar. 
Os hospitais privados e os planos das mega empresas de seguro médico estariam correndo risco de morte. 
Mas juízes podem ganhar 100.000 reais num mês, ou muito mais, com os “penduricalhos” e “atrasados”, e o STF acha isso a coisa mais justa e normal do mundo. Se o Estado tem dificuldade para pagar isso, problema “deles” — ou melhor, problema do pagador de impostos, que é quem vai ter de meter a mão no bolso para encarar essa conta.
 
A Justiça brasileira é uma das mais caras do mundo; pode estar gastando, com o aparelho todo, em volta dos 120 bilhões de reais por ano. 
Isso, em termos proporcionais ao PIB, é quase dez vezes mais do que gasta a justiça dos Estados Unidos; é várias vezes mais do que gastam os países europeus. [um comentário se impõe: sendo o PIB dos EUA muito superior ao do Brasil, ainda que os gastos dos USA sejam maiores em valores absolutos, sempre serão menores em termos percentuais. Fora esse pequeno lembrete, a matéria do ilustre articulista é perfeita, exata, coprreta, impecável, especialmente, sem limitar, no afirmado na frase adiante destacada.]   
A população que paga essa barbaridade recebe, em contrapartida, uma das piores justiças do mundo, comparável ao que existe de mais tenebroso no universo subdesenvolvido. 
O povo brasileiro, por sinal, está convencido disso: só 16%, segundo uma pesquisa recente do jornal O Estado de S. Paulo, tem respeito pelo STF. O ministro Barroso, enquanto isso, decide sobre o salário dos enfermeiros.

J. R. Guzzo, Colunista - Revista Oeste


sexta-feira, 2 de setembro de 2022

PIB do segundo trimestre é prova da força do brasileiro - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo 

Recuperação

 A partir desta sexta a gasolina está mais barata. Ainda na quinta-feira abasteci com diesel, que ainda está muito caro; mas a gasolina já está na nona redução de preço, não imaginava que fosse tanto. A Petrobras diminuiu em 7% o litro da gasolina, o que dá aproximadamente R$ 0,25

Indústria cresceu 2,2% no segundo trimestre de 2022.| Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay

E temos mais boas notícias. O IBGE mostrou que o mercado foi superado mais uma vez. Os especialistas achavam que no segundo trimestre o PIB ia crescer 0,9%; no fim, cresceu 1,2%, ou seja, um terço além da previsão. É a economia brasileira, ou melhor, os brasileiros sempre surpreendendo. Vocês hão de lembrar que por praticamente dois anos tentaram destruir o país, destruir o seu emprego, a sua empresa, a sua loja, o seu ponto de vendas, o seu ganha-pão, o seu rendimento... Fizeram de tudo, e ainda nos proibiram de tratar a doença. Agora, nós todos nos recuperamos.

A consequência dessa alta da atividade econômica está principalmente na indústria, depois nos serviços, e também no agro, sempre sendo a locomotiva disso tudo. 
Desta vez, foram principalmente a indústria e os serviços, que geram muito emprego. 
A indústria cresceu 2,2% em um trimestre. É o sétimo maior crescimento do mundo. Perdemos apenas para Holanda, Turquia, Arábia Saudita, Israel, Colômbia e Suécia; o resto ficou atrás de nós. É o brasileiro, somos nós todos que estamos fazendo isso.
 
E isso traz queda atrás de queda no desemprego
 Cada vez mais brasileiros empreendedores abrem o seu pequeno comércio, sua pequena empresa de prestação de serviço, já são milhões. Recebemos uma herança daqueles 14 anos de corrupção, de queda de PIB, de alta no desemprego, chegamos a 14 milhões de desempregados. Agora são 9,9 milhões, mas há muitos informais também, são 26 milhões, segundo calcula o IBGE. 
Então, é uma senhora reação do Brasil àquela tentativa de destruir nossos empregos e nossas empresas.
 

Calúnia é crime, mas caluniar Bolsonaro pode, decide a Justiça
Há pouco falei de impedir tratamento, e agora mesmo a ministra Cármen Lúcia negou um pedido da campanha de Bolsonaro para tirar uma acusação de Lula contra Bolsonaro, chamando-o de genocida
Pois genocida é o sujeito que mata milhões.  
É o Hitler, é o Stalin, é o Mao Tsé-tung, é o Pol Pot.[os três últimos da maldita esquerda.]  
Genocídio é um crime gravíssimo, crime contra a humanidade. 
Atribuir falsamente um crime a alguém é calúnia, que é crime também. Não sei como está valendo isso. 
Eu diria que um crime mais parecido com esse que atribuem a Bolsonaro foi o daqueles que não trataram doentes ou daqueles que fizeram propaganda dizendo que não se podia tratar. 
Isso está demonstrado agora. 
Estava todo mundo em pânico, e a pessoa, quando está em pânico, não pensa direito.
 
Por outro lado, o TSE condenou, por 6 a 1, a campanha de Bolsonaro por causa da citação a um vínculo entre PT e PCC, com base naquele negócio do “a gente tinha um diálogo cabuloso”, ou daquele depoimento que fala da morte do Celso Daniel, de ligação com o PCC e tal
Tem de tirar, e se não tirar paga multa. Parece que o tratamento serve para um e não serve para o outro. Tudo bem, o que a Justiça decide se cumpre, não há dúvida.

TSE agora tem seu próprio serviço secreto
O ministro Alexandre de Moraes anunciou agora a criação de um “núcleo de inteligência”.  
Inteligência é investigação, é informação, dentro do TSE. 
É o tipo de coisa que qualquer juiz de suprema corte da Europa, dos Estados Unidos, julgaria uma aberração. 
Eu tenho dito que infelizmente estamos muito parecidos com a ficção de George Orwell, 1984.
 
Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos
 
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

É impossível derrubar o brasileiro- Alexandre Garcia

 É impossível derrubar o brasileiro. No pior ano da tentativa de quebrar o país, 2020, pelo fique em casa e a suspensão de direitos e garantias fundamentais, o FMI previu que o PIB brasileiro despencaria 9%. Caiu metade disso 

Está no Supremo Tribunal Federal (STF) um caso que é da Prefeitura do Rio de Janeiro: o local das comemorações da data nacional, neste ano festejando os 200 anos da Independência. 
Será na Avenida Presidente Vargas, no Centro, como tem sido, ou, desta vez, por sugestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), na Avenida Atlântica, em Copacabana, como tem sido o Réveillon?

Mais uma vez, o partido Rede, que tem um senador e dois deputados, usa o STF como instrumento. Isso contraria o desejo expresso do presidente da Corte, Luiz Fux: "Essa prática tem exposto o Supremo a um protagonismo deletério, quando decide questões que deveriam ter sido decididas no Parlamento. Tanto quanto possível, os poderes Legislativo e Executivo devem resolver, interna corporis, seus próprios conflitos. Conclamo os atores do sistema de justiça aqui presentes para darmos um basta na judicialização vulgar e epidêmica de temas e conflitos em que a decisão política deva reinar". [levando inclusive o STF a legislar - o que é competência do Poder Legislativo - e, mais grave, legislar sobre matéria penal mediante analogia.] A conclamação vai completar dois anos no mês que vem.

Para dar ainda mais significado à comemoração, vai ser trazido de Portugal o coração do Príncipe Pedro, que proclamou a Independência. Ficará no Brasil por pouco tempo. Lembro-me de quando o corpo de Pedro I foi transferido ao Brasil, nas comemorações do Sesquicentenário da Independência — que cobri, pelo Jornal do Brasil. Passou por todas as capitais antes de ser depositado no Monumento do Ipiranga, no local onde ele gritou "Independência ou Morte!".

Era o ano de 1972 e estávamos desfrutando do milagre econômicoo Brasil crescia mais que a China. Em 1970, tricampeonato no México, PIB 10,4%; 1971, 11,34%; 1972, 11,94%; 1973, 13,97%! 
Eu era repórter econômico do JB e dou meu testemunho: não foi o presidente Emílio Médici nem o ministro Delfim Netto que causaram esse milagre, mas o otimismo e o entusiasmo do brasileiro.
 
É impossível derrubar o brasileiro. No pior ano da tentativa de quebrar o país, 2020, pelo fique em casa e a suspensão de direitos e garantias fundamentais, o FMI previu que o PIB brasileiro despencaria 9%. Caiu metade disso. 
Porque o brasileiro se levantou, sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Agora, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a pobreza extrema, que atingia 5,1% das famílias brasileiras, vai cair para 4% até o fim do ano — menos 22%.  
Enquanto isso, no mundo, a pobreza extrema sobe 15%.

A propagação do pânico que paralisa exigiu uma maior presença social do governo, e o Bolsa Família de R$ 30 bilhões/ano virou Auxílio Brasil e subiu para R$ 115 bilhões. Sem a corrupção institucionalizada, sobraram recursos para isso, mesmo com redução de impostos.

Depois do caos econômico do governo Dilma Rousseff, já foram recriados 4,5 milhões de empregos com carteira assinada e, mais do que isso, assim que a pandemia aliviou, criaram-se 3,4 milhões de empresas, por gente empreendedora que experimentou a perda de emprego e se tornou dona do próprio negócio.

É o brasileiro, de novo, otimista, entusiasta, empreendedor. No Nordeste, o milagre não é apenas das águas, é do nordestino. O empreendedorismo se repete: prefere, por exemplo, uma renda própria de R$ 5 mil a ter R$ 2 mil com carteira assinada. Indústrias de laticínios vendendo tudo; de confecções, produzindo em dois turnos e terceirizando; o consumo subiu e se buscam empregados.

Ontem começou o pagamento do auxílio de R$ 600 — dá mais um ânimo para quem precisa. O acolhimento popular do presidente no Nordeste tem sido sinal da situação. Julho registrou a menor inflação desde 1980 aliás, deflação de 0,68% no IPCA.

O ministro da Economia Paulo Guedes e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, vão desfrutando dos resultados: inflação em queda por aqui, enquanto sobe nos Estados Unidos e Europa; PIB em alta por aqui, enquanto cai nas grandes economias. Mais razões para festejar o bicentenário do Brasil independente. [e para mais quatro anos de governo Bolsonaro = quando realmente terá condições de GOVERNAR = sem pandemia, sem boicote.]

 Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense

 

segunda-feira, 4 de julho de 2022

PIB do Brasil pode crescer 5% ainda neste ano - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Cenário econômico

Que tal se eu disser que o PIB vai crescer, neste ano, 5%, sendo que o Itaú disse que vai crescer 1,6%, o Bradesco disse que vai crescer 1,8%? Os Estados Unidos não vão crescer mais do que 1,8%
E se eu dissesse que o Brasil vai crescer o triplo dos Estados Unidos? 
E lembro que o Brasil já cresceu 14%. Eu cobri isso. Trabalhava no Jornal do Brasil cobrindo economia. Foi por entusiasmo e otimismo do povo brasileiro. Não foi ministro da economia, não foi presidente. Foi o milagre brasileiro.

E eu vou contar a razão. No segundo semestre tem o 13º salário, vai ser liberado o fundo de garantia, tem desconto do IPI para linha branca e veículos de até 30%, tem liberação do Pronampe com até R$ 50 bilhões. A gente está vendo aí que quase todos os estados já reduziram o ICMS do combustível, que o governo federal já reduziu impostos federais sobre combustíveis, o etanol já está desligado da gasolina. Além disso saiu o Plano Safra. Os mais otimistas do agro esperavam R$ 300 bilhões e deu mais de R$ 340 bilhões, com juros abaixo da taxa Selic.

E agora tem esse pacote, que já foi aprovado no Senado e está na Câmara, de voucher para motorista de caminhão e de táxi, o Auxílio Brasil, que aumentou de R$ 400 para R$ 600, e o vale-gás. Isso vai ser um combustível incrível na economia. O analista paranaense Ossami Takamoto é que tem essa tese e eu acho que ele vai estar com a razão. A gente vai dar um salto. E se crescermos 5%, talvez o Brasil chegue perto da China e ganhe do resto do mundo. São projeções.

O depoimento de Marcos Valério
No depoimento do Marcos Valério, que foi o operador do Mensalão, quando o governo do PT comprava voto na Câmara e no Senado, ele mostra que lá em Santo André, o prefeito Celso Daniel, que foi assassinado, tinha um dossiê mostrando ligações gravíssimas. Eram sobre a contribuição dos ônibus, perueiros, bingos e sistemas de lavagem de dinheiro do crime organizado para comprar vereadores para trabalhar pelo crime organizado.

Uma ligação gravíssima. Vamos ver qual vai ser a repercussão disso. O Carlos Sampaio, que foi líder do PSDB, disse que vai pedir uma investigação sobre isso.

Ontem fez aniversário a liberação da senadora colombiana Íngrid Betancourt, em 2008, depois de seis anos de cativeiro com as Farc
As Farc é essa outra ligação com o PT através do Foro de São Paulo, que tem por objetivo fazer um bloco latino-americano com moeda única. Um bloco bolivariano, marxista ou socialista.

Bolsonaro lembra Biden sobre a importância de se aliar ao Brasil
Esse foi o ponto alto da entrevista do presidente Bolsonaro na Fox News. Nela, ele lembra o presidente Biden que o Brasil é a grande potência alimentar da América. E pode ser aliada dos Estados Unidos, desde que os EUA deem atenção. Parece que Biden está começando a acordar. [Presidente Bolsonaro! Sugerimos uma cuidadosa avaliação se vale a pena aproximação com os Estados Unidos governado por Biden; lembre-se que logo após assumir a presidência aquele presidente, juntamente com o francês, cogitaram da internacionalização da NOSSA Amazônia.]

AlexandrE Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Imprensa em campanha - Revista Oeste

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Na terça-feira 7, leitores dos principais jornais impressos ou os que navegam por grandes portais de notícias toparam com a novidade: uma tarja preta no alto das páginas com os dizeres “Dia Nacional da Liberdade de Imprensa — Uma campanha em defesa do jornalismo profissional”. Mais uma ideia do “consórcio” um aleijão jornalístico que, durante a pandemia de coronavírus, unificou o noticiário e as opiniões dos principais veículos de comunicação.

A efeméride era o que menos importava nessa campanha. Nenhum jornal ou emissora de TV jamais celebrou esse dia. A data nunca foi lembrada nas salas das faculdades de jornalismo. 
A comemoração insincera não passava de outra provocação ao presidente Jair Bolsonaro, alvo da maior perseguição coletiva registrada nas redações desde o violento antagonismo que levaria Getúlio Vargas ao suicídio. [inclusive, jornalistas da velha imprensa, da mídia militante,   sugeriram ao presidente Bolsonaro que se suicidasse e um desejou que morresse.]

Também foi um ataque aos novos produtores de conteúdo que hoje predominam nas redes sociais e deixaram a velha imprensa para trás: os “blogueiros” — como são chamados pejorativamente. A perda de mercado publicitário em novas plataformas perturba os ex-gigantes da imprensa, que não sabem como reverter o quadro. Daí a soberba na frase: “Em defesa do jornalismo profissional”.

A abertura do Jornal Nacional, da TV Globo, naquela terça-feira foi um retrato de como os jornalistas vivem num mundo paralelo. 
Heraldo Pereira e Renata Vasconcellos ficaram em silêncio durante um minuto. 
Não anunciaram a tradicional escalada de manchetes e entreolharam-se duas vezes. Parte do público certamente não entendeu nada. Provavelmente, alguns telespectadores tentaram, sem sucesso, aumentar o volume do televisor.

Para o brasileiro que não frequenta redações, aquilo não fez o menor sentido. Mas, para os editores da Globo, o intuito era comover colegas de profissão — e tentar irritar Jair Bolsonaro.

“Despiora”
Depois de toda a histeria com as manchetes de festim da covid, tem chamado a atenção o malabarismo da imprensa com o noticiário econômico. 
O país reagiu com resiliência ao lockdown político de governantes determinados a sangrar o governo federal. O fôlego da economia surpreendeu bancos e consultorias de investimentos, e, apesar dos prognósticos dos especialistas de redação, não houve a anunciada recessão. O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% e deve chegar a 2% em dezembro
Esse número pode ser ainda melhor, porque houve reaquecimento da indústria; depois de um período de falta de insumos chineses, o setor de serviços está a todo vapor e o agronegócio espera por uma safra boa nos próximos meses.

Outro dado importante: o desemprego caiu e o volume de empregos com carteira assinada está aumentando foram 200 mil contratações em abril. As contas públicas também estão em ordem: o superávit primário foi de R$ 39 bilhões até abril. Segundo o Banco Central, o saldo positivo em 12 meses foi de R$ 138 bilhões — 1,5% do PIB. 

São números que mostram resistência ante a inflação galopante, um drama global pós-pandemia e uma guerra em curso na Europa há três meses.É aí que começa o festival de conjunções adversativas que precede algo desagradável. Tornou-se quase impossível encontrar uma manchete sem “mas”, “porém”, “entretanto”. Surgem aberrações como “despiora” da economia e a tristeza no semblante da apresentadora da CNN ao comunicar que, “infelizmente, vamos falar de notícia boa”.

A politização da morte
Durante dois anos, os jornais estamparam nas primeiras páginas os números de mortos pela covid e destacaram o que havia de mais mortal no vírus chinês. Em nenhum outro país do mundo o presidente da República foi responsabilizado pelas mortes decorrentes da pandemia de coronavírus.  
No Brasil, o jornalismo de necrotério colocou na conta de Bolsonaro os mais de 600 mil mortos. Nessa época, o adjetivo genocida foi acrescentado aos já usados fascista, racista, misógino e homofóbico, fora o resto.
Com o arrefecimento da pandemia, os veículos de comunicação saíram em busca de novas acusações. 
O presidente foi acusado pelas secas no Sul, pelas enchentes no Nordeste, pela alta no preço dos combustíveis, pela chegada da varíola dos macacos, pela teimosia da Ômicron, pelo que não deu certo na Cúpula das Américas e pela pobreza e pela fome que nunca abandonaram o país.

A mais recente acusação responsabilizou o chefe do Executivo pela morte do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, assassinados por praticantes da pesca ilegal numa reserva indígena da Amazônia. Mesmo quando o caso foi solucionado, os jornais continuaram a insinuar que Bolsonaro era o culpado pelo crime.

Desde sempre a Amazônia sofre com o narcotráfico e tem a presença de garimpeiros e pescadores ilegais. Como lembrou Rodrigo Constantino nesta edição de Oeste, “quando a missionária Dorothy Stang foi morta, com sete tiros, em 2005, ninguém achou prudente culpar o então presidente Lula pelo episódio”.

Indulto a Lula
Em maio, a edição 112 de Oeste relembrou o memorial de escândalos que marcou a era petista no Palácio do Planalto
 Não é exagero afirmar que nunca se roubou tanto dos cofres públicos. 
A reportagem citava personagens que um eleitor de 16 anos, apto a votar pela primeira vez em outubro, não conheceu. Mas os jornalistas sabem — ou têm a obrigação de saber — quem são esses personagens do submundo do poder: Delúbio Soares, Marcos Valério, João Vaccari Neto, Pedro Barusco, Nestor Cerveró, Renato Duque e tantos outros.

Na quarta-feira 15, a Folha publicou em seu site uma reportagem que tentava explicar por que Lula era inocente sem ter sido inocentado

Como pode um articulista que assistiu a horas de depoimentos da CPI dos Correios aceitar a volta de Lula e do PT ao poder? 
Como é possível um jornalista que acompanhou sete anos e 79 fases da Operação Lava Jato aceitar que o grupo condenado por formação de quadrilha retorne à cena do crime? 
Qual a lógica em defender a liberdade de imprensa e apoiar um candidato que promete censurar os meios de comunicação em seu programa de governo?
 
Há duas possibilidades de respostas: 
1) os jornais, as rádios e as TVs viveram mais de uma década de bonança com as verbas de publicidade da Secretaria de Comunicação da Presidência repassadas por Lula e Dilma Rousseff; 
2) #EleNão — o discurso de que Bolsonaro não pode exercer a Presidência da República simplesmente porque os jornalistas não gostam do jeito dele.

A aversão ao presidente nas redações é tamanha que o termo “bolsonarista” é usado como uma espécie de xingamento. Por exemplo: o deputado condenado é “bolsonarista”, o empresário, o blogueiro, o cineasta cujo filme o crítico não aprova etc. Não há arquivo de textos da velha imprensa citando empresários “lulistas” ou banqueiros “dilmistas”.

Na quarta-feira 15, a Folha publicou em seu site uma reportagem que tentava explicar por que Lula era inocente sem ter sido inocentado. “Lula é inocente? Sim. Não há nenhuma sentença válida atualmente contra o ex-presidente.” Segundo o palavrório, o ex-presidente chegou a ser condenado pelo então juiz Sergio Moro e por Tribunais Superiores na Operação Lava Jato, mas os processos foram anulados pelo STF. O jornal avisa que se amparou em “razões técnicas”: 1) “a parcialidade de Moro para punir o petista”; 2) “as causas deveriam ter tramitado no Distrito Federal, não no Paraná”.

O parágrafo seguinte pergunta e responde: “Lula foi inocentado? Não. Nos principais casos contra o ex-presidente e na acepção mais comum da palavra ‘inocentado’, que corresponde a absolvido, não é correto empregar o termo para se referir à situação de Lula”.

Como observou o jornalista J.R. Guzzo nesta edição de Oeste, sempre que você ler no jornal ou ouvir na televisão algo que não entende, ou que lhe parece uma cretinice, fique tranquilo — é você quem está com a razão, e não eles.

Em maio deste ano, a revista Piauí foi ainda mais explícita na campanha pelo ex-presidente. “Quando anoitecer será tarde demais para descobrir que Jair Bolsonaro cortou a energia da democracia e mergulhou o país na escuridão do autoritarismo”, afirma o texto de abertura. Depois de reconhecer que existem apenas dois candidatos com chances de ganhar as eleições, o articulista conclui que, “se ganhar, Bolsonaro não convidará seus adversários para a noite de autógrafos”. São quase 1,4 mil palavras. Não há uma única explicação para que a redação da Piauí enxergue em Bolsonaro o carrasco da democracia.

Pesquisa do dia
Outro fenômeno desta eleição é a multiplicação de pesquisas eleitorais — algo jamais visto no noticiário. São vários levantamentos semanais, feitos por institutos de todas as partes do país, alguns deles absolutamente desconhecidos, financiados por bancos, consultorias, corretoras do mercado financeiro, empresas de comunicação e até do ramo imobiliário. Os registros são feitos praticamente todos os dias no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na quarta-feira 8, havia mais de cem pesquisas registradas em seis meses.

Se no passado esses resultados eram guardados a sete chaves por jornais e emissoras de televisão até o horário nobre para ser divulgados, hoje são publicados a qualquer hora do dia nas redes sociais. Tampouco são exclusivos para os jornalistas — clientes de bancos e consultorias, por exemplo, recebem os números via WhatsApp ou conta de e-mail, de acordo com o seu perfil.

A quantidade de números é tamanha que o UOL criou um “selo de qualidade”. O portal considera confiáveis, por exemplo, as pesquisas do Datafolha, que faz parte do mesmo grupo empresarial. O jornal O Estado de S. Paulo fez pior: inventou o que foi batizado de “agregador” de pesquisas. É uma espécie de liquidificador das diversas sondagens realizadas em determinado período. Feita a mistura, chega-se a um número mágico. Em seis meses, foram trituradas 60 pesquisas de 14 institutos.

Tudo somado, fica evidente que Lula seria eleito no primeiro turno se a eleição fosse hoje. O problema é que está marcada para outubro. Caso ocorra o contrário, os fabricantes de porcentagens dirão que pesquisa é um retrato do momento. Sairão de cena por alguns meses para retomar a sequência de erros grosseiros na eleição seguinte.

Leia também “O golpe que nunca existiu”

Branca Nunes - Silvio Navarro, colunistas - Revista Oeste


sexta-feira, 10 de junho de 2022

Por que não apontam ao próprio peito? - Percival Puggina

Durante dois anos li e assisti importantes meios de comunicação, cientes de sua influência junto à opinião pública, defenderem com unhas e dentes o “Fique em casa!” e suas consequências, como o “lockdown” e o “Para tudo!”. A economia (e a fome da população mais pobre) a gente veria depois. O Brasil precisava estacionar para o vírus não circular.

Qualquer contestação a essas práticas era tratada como conduta “anticiência”, desumana, criminosa, dinheirista e genocida.  
Sob tais conceitos e determinações, idosos eram presos sentados em banco de praça. 
Sumiram os pipoqueiros, os ambulantes, as bancas de jornal, os catadores. 
Despovoaram-se os canteiros de obras. Empresas foram constrangidas a demitir. A produção caiu e o PIB despencou. 
 
Por isso pergunto: como ocultar a indignação, quando vejo noticiário de ontem e jornais de hoje produzirem matérias sobre o aumento da fome a patamares dos anos 1990 nos quais a causa é a pandemiae as políticas dos governos”, sem qualquer menção ao modo desumano e ineficaz com que a pandemia foi enfrentada?   
Sem explicitar a principal relação entre a causa e seu efeito?  
Sem baterem no próprio peito?
 
Tenho bem presente o empenho do governo federal em prover recursos para atender as necessidades básicas da população. 
E tenho bem presente as acusações sobre o caráter eleitoreiro de tais medidas! 
Tenho bem presente os adjetivos, as etiquetas e o peso da militância midiática que jogava sobre o presidente da República os males do vírus, as dificuldades da economia, o “mau exemplo” de sua presença nas ruas e a cotidiana reprovação de seus clamores pelo retorno à normalidade das atividades produtivas.

Com esse jornalismo de subsolo, militante, a “mídia tradicional”, que tanto agrado causa ao ministro Alexandre de Moraes, vê e analisa a realidade nacional.

Site  Percival Puggina - Transcrito por Blog Prontidão Total


sábado, 26 de fevereiro de 2022

O que o Ocidente não entende sobre a Rússia - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Há um grave erro de percepção, em minha opinião, do Ocidente sobre a Rússia. A civilização ocidental, que já foi calcada em valores judaicos-cristãos que enalteciam virtudes como honra, sacrifício e fins mais elevados, tornou-se cada vez mais hedonista e materialista com o tempo - e a prosperidade. E seu grande pecado é a arrogância de acreditar que todos desejam as mesmas coisas.

A visão de que tudo se resume ao aspecto econômico está clara em todas as narrativas e medidas ocidentais, em especial por parte da esquerda "progressista". Suas lideranças acham que os problemas sociais são derivados sempre da pobreza ou da desigualdade, que o estado de bem-estar social cura tudo, e que a meta da humanidade toda é simplesmente melhorar a condição de vida, nada mais.

É por isso que vemos as sanções econômicas como reação automática sempre que um estado agressor joga fora das regras do jogo internacional. É por isso que democratas acreditam que podem comprar a paz no Irã. É por isso que esses ocidentais materialistas ficam perplexos quando enfrentam fanáticos dispostos a morrer por uma causa. O Ocidente não compreende mais a força de um propósito maior do que sobreviver e comer bem, não apreende o poder da ideologia.

O PIB da Rússia é similar ao do estado da Flórida, ou seja, do ponto de vista econômico, os russos não são expressivos no âmbito global. Não obstante, eles já fizeram parte de um império que ameaçava e assustava os Estados Unidos e o mundo. Putin já declarou inúmeras vezes que seu objetivo é justamente resgatar essa "grandeza da Mãe Rússia", retomar a influência do império soviético.

Putin é um autocrata, não liga para sensibilidades democráticas, não respeita ONGs de direitos humanos, não dá a mínima para pautas climáticas - ao contrário, explora a histeria ocidental nessa área para conquistar ainda mais influência e gerar dependência na Europa de seu gás. Putin é um ex-espião da KGB extremamente frio e focado, disposto a impor enormes sacrifícios econômicos ao povo russo se isso significar avanços nos anseios nacionalistas.

Nem todos funcionam sob a mesma lógica econômica e materialista dos hedonistas ocidentais. O russo em geral não quer apenas uma "dacha" maior, ou uma BMW nova. Muitos pensam dessa forma, claro, mas longe de ser a imensa maioria. Por isso Putin tem apoio popular em seu esforço de reconstruir o império soviético. É o coletivismo nacionalista que fala mais alto, a ideologia que traz uma sensação de propósito mais elevado aos seus adeptos.

Enquanto os líderes ocidentais acharem que todos são como eles, que a Rússia só quer mais prosperidade econômica, que a China só pensa em trocar de iPhone todo ano, que o Irã pode ser comprado com malas de dinheiro, os inimigos da civilização ocidental seguirão seu curso, enfraquecendo ainda mais o Ocidente.

É preciso tentar pensar como o adversário, não projetar nossos "valores" neles. Para um "progressista" ocidental, talvez uma casa maior seja tudo na vida; para um russo que apoia Putin, nada poderia ser menos relevante do que isso. Ele quer o respeito, ainda que pelo medo, ao que ele faz parte: uma nação poderosa, que intimide a maior potência mundial.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Os 51 milhões de Guedes não roubados “versus” os 10 trilhões do pt, roubados- Sérgio Alves de Oliveira

Os 51 milhões de Guedes não roubados “versus” os 10 trilhões do pt, roubados

O enorme destaque dado pela grande mídia à aplicação financeira de Paulo Guedes,  ministro da Economia, numa “offshore”do paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas,no valor em dólares americanos correspondente à quantia de 51 milhões de reais, sem que haja qualquer indício, acusação, ou mesmo suspeita de origem ilícita, já que não é nada raro um banqueiro, como Guedes, como também qualquer jogador de futebol famoso, mesmo que “reserva” dos grandes times, possuir quantia desse porte, sem dúvida foi muito além do destaque dado por essa mesma grande mídia aos 10 trilhões de reais roubados do erário pela esquerda enquanto governou.

A eventual irregularidade para fins éticos ou tributários da aplicação dos 51 milhões de Guedes, num paraíso fiscal, significa mais ou menos um valor que corresponde a duas milhões (2.000.000) de vezes MENOS do que a quantia roubada do erário pela esquerda de 2003 a 2016. Mas as páginas dos jornais e o tempo de rádio e televisão dedicados à pretensa irregularidade de Guedes tem sido imensamente superior à cobertura que (não) deram aos 10 trilhões roubados pelo PT, enquanto governo.

A “Lenda dos Nove Desconhecidos” remontaria à época do Imperador Ashoka (304 a.C - 232 a.C),das Antigas Índias. Seriam eles nove sábios, cada qual deles dominando determinada ciência, que eram mantidas secretas pelo fato dos povos não estarem ainda preparadas pera dominá-las. O primeiro desses livros, considerado o mais importante de todos, tratava da “´propaganda” e da “guerra psicológica”,porque os sábios tinham plena consciência que aquele que dominasse essas ciências também poderia dominar o mundo.

Mas as versões dadas pela imprensa aos fatos podem configurar ,e de fato muitas vezes configuram,“propaganda”,ou “guerra psicológica”. Foi o que fizeram com os 51 milhões aplicados no paraíso fiscal por Guedes, conseguindo com isso abafar, inverter e corromper valores, fazendo cair no esquecimento os desvios de 10 trilhões durante os governos do PT. Transformaram os “10 trilhões” do PT,roubados, em “merreca”, e os “51 milhões” de Guedes,não roubados,quase batendo no PIB.

Os “camaradas”, íntimos e sócios da grande mídia,que roubaram “trilhões” do erário, usaram e abusaram da famosa frase de Lenin:”Acuse os adversários do que você faz,chame-os do que você é”. Tentaram sepultar os 10 trilhões que roubaram, substituindo-os pelo investimento de 51 milhões que Guedes fez no paraíso fiscal.

É por essa razão que os sábios da “Lenda dos Nove desconhecidos”,do tempo do Imperador Ashoka, que diziam que o mundo poderia ser dominado pela propaganda e pela guerra psicológica, estavam absolutamente certos. O que o PT roubou (10 trilhões) enquanto governou praticamente desapareceu, por força da grande mídia, frente aos 51 milhões aplicados por Guedes nas Ilhas Virgens Britânicas.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo 

 

quinta-feira, 8 de julho de 2021

O bando de políticos traidores eleitos nas “costas”de Bolsonaro e que agora cospem na sua cara - Sérgio Alves de Oliveira

Todos sabem que dezenas ou centenas de políticos pegaram carona na empolgação  da candidatura presidencial de Jair Bolsonaro,cujas principais bandeiras eleitorais residiam no expurgo da esquerda do comando do país, instalada no Planalto desde 1985,e agravada profundamente de 2003 a 2016,nos governos de Lula da Silva e Dilma Rousseff,bem como no combate sem tréguas à corrupção,com base em informações seguras que teria sido roubado do erário federal quantia estimada  em 10 trilhões de reais,valor maior que o PIB brasileiro.

Nem vou citar a nominata de traidores porque seria necessário quase um livro inteiro para nominá-los. Mas o nome e a cara dessa gente está estampada em todos os jornais. Se elegeram à sombra de Bolsonaro e agora chutam-lhe a bunda.  Mas os espertalhões dos políticos inseriram essas permissões, inclusive de traição ao partido e ao candidato eleito pelo partido, nas leis que editaram.

Se essas traições se tornaram “legais”,de modo a não afetar o mandato eletivo do traidor,o mesmo não  pode  ser afirmado  em relação aos mais elementares princípios da ética e da moral. Eleger-se por um partido ou “agarrar-se” a algum candidato com grande possibilidade de vitória,como foi no caso de Bolsonaro,como mero “instrumento” de campanha,para depois traí-lo,merece repúdio de toda pessoa moralmente saudável e com alguma consciência política e democrática.

Mas essa crise ética na política nem sempre foi assim. Houve época em que a dignidade política era a regra,ao contrário de hoje,que é a “exceção”.  Vivi de perto uma situação da política do passado, que na época sinalizava uma regra rígida de “moral”. Os políticos,no geral,tinham mais dignidade.  Eu  era uma criança e o meu pai tinha alguma vocação para a política,que naquela época era bem mais decente. Primeiro concorreu e elegeu-se vereador,pelo Partido Libertador-PL, no município de Montenegro/RS, na década de 40. Nos anos 50 elegeu-se Deputado Estadual, também pelo PL, numa legislatura integrada por nomes como Leonel Brizola, Paulo Brossard, e diversos outros nomes ilustres.

O Governador do Estado do RS  era Ernesto Dornelles ,eleito em 1950, após um período em que foi “interventor” do Estado RS, primo,pelo lado materno, de Getúlio Dornelles Vargas, então Presidente da República. O  Governador do RS, Ernesto Dornelles, era do mesmo partido de Getúlio,o (antigo) PTB-Partido Trabalhista Brasileiro, que não deve ser confundido com o  PTB de hoje. O Deputado Estadual Leonel Brizola,também pertencia à legenda do antigo PTB. Tendo fama de “tocador de obra”. O Governador nomeou o deputado estadual Leonel Brizola como “Secretário de Obras Públicas”,que nessa condição elaborou logo após tomar posse o “Primeiro Grande Plano de Obras do Estado do RS”. Esse “Plano” incluía a chamada “Estrada da Produção”,que ligaria  a cidade de Carazinho a Porto Alegre,cujo principal objetivo seria o de escoar a rica produção agrícola da região para os centros de comercialização e exportação.

A Assembleia Legislativa do RS na época estava bem dividida,meio a meio,entre a situação (Governo) e a sua oposição. A “situação” em peso evidentemente iria aprovar o “Primeiro Plano de Obras” do Governo. Se toda a oposição votasse contra,certamente a “coisa” iria embaralhar. Mas o deputado Hélio Alves de Oliveira,do PL,era oposição,e pelas regras políticas vigentes também deveria “torpedear”o projeto em discussão.

Mas o deputado Hélio Alves ponderou consigo mesmo que o traçado da dita “Estrada da Produção” cruzaria o território do município base que ele representava na Assembleia e certamente lhe traria grandes benefícios. E na votação do projeto não teve nenhuma dúvida em optar pelos interesses do Estado e do seu Município (Montenegro), contra a vontade do seu partido, o PL. O Primeiro Plano de Obras do Estado foi aprovado.   Por “um voto”.

É claro que o “caciques” do PL não gostaram e passaram a criticar o seu deputado,por ter divergido da bancada. Na mesma hora o deputado do PL RENUNCIOU AO MANDATO.  Alguém poderia mencionar mais algum fato semelhante que tenha ocorrido depois dos anos 50?  Quem possui alguma afinidade com as “lidas do campo”deve  conhecer de perto  a tal “coruja-de-corredor”,que é aquela coruja  que pula de “pau-em-pau”, nos mourões de cerca de arame que dividem os campos. E certamente essa ave de rapina é a que mais assemelha aos procedimentos da maioria dos políticos hoje em dia.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo