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terça-feira, 21 de junho de 2022

A política como farsa - Maria Lucia Victor Barbosa

Política é fundamental porque dela dependemos para atingir o bem-comum ou para vivermos de mal a pior
Essa importância deve ser ressaltada quando nos avizinhando das eleições, na quais elegeremos neste ano o presidente da República. governadores, senadores, deputados federais e estaduais.  
Normalmente se destacam os postulantes à presidência, em que pese também a importância dos demais cargos, sendo que no Poder Legislativo estarão os tomadores de decisões aos quais delegamos o poder de votar por nós.

Dois candidatos à presidência estão se destacando e a chamada terceira via tem sido inviabilizada para quem poderia de fato enfrentar os que, nas atuais pesquisas aparecem em aspecto polarizado. Todavia, é bom lembrar que pesquisas têm errado de modo acentuado.

Pois bem, pesquisas de vários institutos vêm mostrando Lula da Silva na dianteira do atual presidente da República, Jair Messias Bolsonaro. O candidato do PT tem aparecido como vitorioso e ele próprio se comporta como se já fosse o presidente eleito. [o descondenado e seus devotos já consideram que podem voltar à cena do crime, amparado em 110% dos votos que já consideram seus.]

Na cerimônia de lançamento da sua pré-candidatura, Lula da Silva foi Alckmin comedido e leu um discurso cuidadosamente elaborado de autolouvor. Ele foi rei de um reino de maravilhas, deus no paraíso das perfeições. Sem menção ao nome do oponente e uma pitada de improviso, ressuscitou o Lulinha de paz e amor ao se referir ao casamento que faria em breve, algo para derreter corações diante do noivo apaixonado.

Geraldo Alckmin foi Lula num discurso em que atacou o atual presidente no estilo da conhecida contundência petista. Aliás, o ex-governador de São Paulo, depois de cantarolar o hino da Internacional Socialista e aparecer em reunião sindical com entusiasmo não comum à sua personalidade, não está conseguindo representar a tal centro-direita como alardeia o PT. Portanto, Alckmin entrou com vontade e garra no quesito da política como farsa.

Quanto a Lula, o discurso para ele escrito foi outra farsa que não ilustrou seu pensamento
Inclusive, ele tem incorporado em suas falas duas palavras que supõe causar efeito de marketing: democracia e soberania
Soberania quer dizer nenhum poder acima de cada país. Será que Lula confunde isso com um poder ditatorial de um determinado indivíduo? Tampouco é impossível ver nele pendores democráticos na medida de sua veneração por ditadores de esquerda.

Relembre-se que Lula, quando na quarta vez foi eleito, substituiu a inexistente luta de classes pelo açulamento do ódio entre negros e brancos, entre homossexuais e heterossexuais, entre mulheres contra homens (feminismo exagerado).

Aliás, petistas seguindo seu líder são agressivos com relação a seus adversários tratados como inimigos e exímios destruidores de reputações.

Lula não gosta da classe média, sempre foi a favor da censura da mídia. E a recessão, a inflação, a irresponsabilidade fiscal, a manipulação de preços, especialmente no governo Dilma, reaparecem em seus atuais discursos. 
Ele continua contra o controle de gastos, as privatizações, a abertura de mercado
Os escândalos do mensalão, do petrolão, a quase destruição da Petrobras são ocultados sob o véu das decantadas ética e inocência. 
Será que Alckmin esqueceu seu passado e agora compactua com a maneira de ser Lula e seu PT, apoiados por pequenos partidos ditos de esquerda? “Todos os esforços marqueteiros para mesclar o verde e o amarelo ao vermelho ou ocultar o histórico de atentados do PT à economia não disfarçarão o fato de que a tal frente ampla nada mais é que o velho bloco do “eu sozinho” de Lula (O Estado de São Paulo, 11 de maio de 2022).

A política é fundamental. Lembremos disso. Especialmente nas eleições, quando nos é dado o direito de escolher como será nossa vida e a das futuras gerações.

*         Publicado originalmente no Jornal Inconfidência nº 304, pag. 14.

**      Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga, autora entre outros livros do Voto da Pobreza e a pobreza do voto – a ética da malandragem (Editora Zahar) e Contos da Meia-Noite (Tróia Editora e Amazon).

 

sábado, 18 de junho de 2022

O programa suicida do PT - Revista Oeste

 Ubiratan Jorge Lorio

O protótipo do programa de governo petista é uma reedição revista e ampliada do desastre 

No último dia 6, o Partido dos Trabalhadores levou ao conhecimento do público o protótipo de um programa para um eventual governo daquele que se qualifica como a mais honesta de todas as almas. Intitulado “Diretrizes para o programa de reconstrução do Brasil”, o documento enumera as providências que, no seu entendimento, irão restaurar o país — o mesmo que eles arrasaram com as políticas desastradas que perpetraram entre 2003 e 2016. Na verdade, trata-se de uma reedição, revista e ampliada, do desastre.
 
Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
 Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

São 18 páginas que arremetem contra a lógica econômica, espancam princípios morais e aplicam coças nas liberdades individuais e em que, flagrantemente, revelam uma incapacidade inacreditável de não aprender com todos os tipos de erros — os dos outros e os próprios, os involuntários e os intencionais, os veniais e os capitais. E tudo isso redigido com um cinismo impressionante e maculado de subterfúgios para esconder o real propósito, que é o de completar o serviço interrompido em 2016 pelo impeachment. O programa é uma demonstração inequívoca de que o devaneio do socialismo não acabou.

O texto, suportável para quem é dono de um razoável estoque de paciência, enfeixa uma introdução e quatro blocos: desenvolvimento social e garantia de direitos; desenvolvimento econômico e sustentabilidade socioambiental e climática; defesa da democracia; e reconstrução do Estado e da soberania. Não deixa de ser uma leitura recomendável, principalmente para que se aprenda tudo o que não deve ser feito.

Mais do mesmo
O estrupício começa a manifestar desprezo pela memória dos leitores no segundo parágrafo da apresentação, em que estabelece como objetivo “a criação de um projeto inovador e portador de futuro”, com vistas a construir “um Brasil para todos os brasileiros e brasileiras”. Em seguida, desfere a segunda rasteira, afirmando que a união das “forças progressistas e democráticas” não é apenas para buscar a vitória na eleição, mas reconstruir e transformar o Brasil: “Neste momento histórico decisivo, conclamamos todas as forças sociais, políticas e econômicas comprometidas com a democracia, com a soberania e com o desenvolvimento a somarmos esforços para reconstruir o Brasil, resgatando as forças, o otimismo e a esperança do povo brasileiro”.
 
Projeto inovador ou hino ao atraso? 
Portador de futuro ou recondutor a um passado fracassado? 
Forças progressistas e democráticas ou retrógradas e autoritárias? Reconstrução e transformação do Brasil ou destruição da reparação que vem sendo feita desde 2019? 
Desenvolvimento ou retorno aos voos de galinha? 
Democracia com admiração por ditadores? 
Soberania com adesão ao figurino globalista? 
Ora, parem de tergiversar e de subestimar a inteligência dos eleitores! Em 13 anos no poder que, somados aos oito do então partido do seu patético pré-candidato a vice, perfazem mais de duas décadas —, que inovações, futuro, progresso, contribuição efetivamente positiva, soberania e desenvolvimento eles promoveram?

Não há novidades no documento. Ele nada mais é do que a confirmação em tom menos raivoso e ligeiramente menos hostil ao português — do que o candidato petista vem apregoando diariamente, em tom artificialmente colérico, sempre em ambientes restritos a acólitos subservientes. O fato é que as intenções listadas no documento são claríssimas e configuram a rejeição a todo e qualquer respeito às liberdades individuais.

Venezuelização
Na economia, prometem “um projeto nacional de desenvolvimento justo, solidário, soberano e sustentável, superando o modelo neoliberal, que levou o país ao atraso”. Entretanto, para tal, voltam ao discurso dos anos 1950 de fortalecimento do mercado interno e falam em ressuscitar as “capacidades estatais com potencial de gasto social” e fortalecer o investimento público.
 
Para superar o tal modelo neoliberal — que só existe em suas narrativas —, propõem um conjunto de retrocessos, entre os quais
- o fim do teto de gastos; a implosão da reforma trabalhista; o fortalecimento dos sindicatos; a revogação da autonomia do Banco Central; a reestatização de empresas privatizadas pelo governo atual; a extinção do programa de desestatização; a censura da internet e da mídia em geral, com os nomes fantasia de “regulação”, “controle social”, “combate a fake news” e “enfrentamento a discursos de ódio”; 
- a tributação de “grandes fortunas” (com exceção das próprias, naturalmente); a criação de novas estatais; controles de preços considerados “estratégicos”; o restabelecimento do papel dos bancos públicos como principais agentes de crédito; 
- a adesão à pauta ambientalista radical, com redução de emissões e transição energética; o comprometimento com o autoritarismo da Agenda 2030 da ONU; 
- o retorno explícito à política externa de alianças com ditaduras de esquerda da América Latina e do resto do mundo. Para completar, não mencionam como pretendem cumprir algumas dessas promessas, aprovadas no Parlamento e transformadas em leis.

Não é necessário comentar os estragos que essas políticas econômicas causariam ao país, uma vez que o leitor de Oeste está familiarizado com todos os males que o intervencionismo acarreta. O que é realmente espantoso é ainda existir quem dê crédito a tamanho monturo de barbaridades. Tudo o que pretendem fazer agride a lógica econômica mais elementar. Parece que enxergam o Estado como um médico sem princípios éticos e autorizado a praticar a eutanásia da prosperidade.

Se as ideias coletivistas listadas saírem vitoriosas das urnas, em pouco tempo estaremos pareando com a Argentina e o Chile

Todavia, a abertura da estrada para a “venezuelização” não se limita às sugestões de medidas econômicas. Elas são apenas uma parte do projeto. Há muitos outros perigos no programa, encobertos sub-repticiamente pela manipulação da linguagem. Algumas de suas pautas são fartamente conhecidas, como a introdução definitiva da ideologia de gênero goela abaixo da população
- o aparelhamento do Estado; o racismo fantasiado de “dívida histórica”; o feminismo radical; a desconstrução dos valores ocidentais, a começar pela família; a abolição da verdadeira história da nossa nação, substituída por narrativas distorcidas; 
- a bandidolatria, com suas audiências de custódia, liberações de preços, visitas “íntimas”, “saídas” e “furtos por necessidade”
a desmilitarização das polícias; a radicalização do politicamente correto; o uso da linguagem neutra; as práticas sindicalistas e outras aberrações.

Quem duvida dessas intenções precisa olhar para a verdadeira eutanásia do país que o chavismo-madurismo promoveu na Venezuela, em apenas duas décadas; para a assustadora deterioração da economia e da sociedade da Argentina, que o peronismo-kirchnerismo produziu em três anos; e para o início do mesmo processo, que ora acontece no Chile do ultraesquerdista Gabriel Boric.

É dever moral e demonstração de amor aos descendentes e ao Brasil mostrar, para quem ainda se ilude com as ideias defendidas no documento, que no fim deste ano a escolha não será apenas entre dois candidatos, um de “direita” e outro de “esquerda”. O galo vai cantar em um terreiro muito maior, porque o que vai ser decidido pelos eleitores é se valorizam de fato sua liberdade ou se vão aceitar ser escravizados por uma ideologia desumana.

Esse dever se estende às escolhas para deputados, senadores e governadores. Os brasileiros precisam rejeitar toda e qualquer ideia contrária ao livre exercício das liberdades individuais. Acreditar em “terceira via”, nas condições atuais, além de ingenuidade ou oportunismo, é falta de patriotismo.  

Certos liberais e conservadores metidos a espertos têm o direito de não gostar do presidente, porém, prioritariamente, têm o dever de zelar pelo futuro de seus filhos e netos e de amar o país em que nasceram e vivem.

Se as ideias coletivistas listadas no programa suicida saírem vitoriosas das urnas o que parece ser bem pouco provável, pois os eleitores atualmente já não são mais idiotas teleguiados como no passado —, em pouco tempo estaremos pareando com a Argentina e o Chile. E em viagem rumo à Venezuela e a Cuba.

O Brasil não merece isso. 

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor. Instagram: @ubiratanjorgeiorio

Leia também “O “petrovespeiro”

Revista Oeste 

 


terça-feira, 26 de abril de 2022

Barroso errou… e o general errou ainda mais [errou??? por responder críticas fake news?]

 O ministro da Defesa se defende de um ataque que não recebeu, e os generais continuam ignorando o risco que as Forças Armadas correm

O ministro do STF Luiz Roberto Barroso afirmou que as Forças Armadas têm sido “orientadas a atacar e desacreditar” as urnas eletrônicas e o processo eleitoral brasileiro. Sua crítica, por óbvio, não foi aos militares (os quais elogiou pelo “comportamento exemplar”) mas a um sujeito oculto que todos sabemos ser o presidente Bolsonaro. 

Apesar de não fazer crítica aos militares, Barroso cometeu um erro crasso. O ministro entrou no “varejo da política” (justamente o terreno que recomendou aos militares evitar), fez uma acusação vaga sem apresentar prova e tocou no assunto tabu que são as Forças Armadas. Ministro do Supremo não deve falar, nunca, das Forças Armadas. Por vários motivos:

1) Muitos generais alimentam a visão de que as Forças Armadas seriam uma espécie de Poder Moderador, se ressentem de o Supremo ter a última palavra em tudo, e acham um desplante que alguém do tribunal se arvore a lhes dar conselhos.

2) De uns tempos para cá, os generais se incomodam com o Supremo porque entendem em grande medida com razão que o tribunal destruiu a Lava Jato, gera insegurança jurídico-política e invade competências do Presidente da República.

3) Por fim, as Forças Armadas são uma instituição cheia de não-me-toques. Qualquer coisa que se diga sobre a corporação é recebida como uma ofensa profunda e imperdoável que se estende a todos os militares no nível pessoal. Todos se sentem na obrigação de defendê-la (os generais da ativa de hoje eram adolescentes na época da tortura, mas mesmo assim negam um fato histórico indiscutível só para defender antecessores criminosos). [considerar fato histórico uma versão de acontecimentos, apresentada por guerrilheiros, terroristas, comunistas e coisas do tipo?]E quem é general tem que fake news responder. Responderam os generais Luiz Eduardo Ramos, Sergio Etchegoyen e, claro, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira. 

O ministro emitiu uma nota dura que escala o mal estar entre as Forças Armadas e o Supremo. A nota é meio sem pé nem cabeça, pois defende a corporação de um ataque que não ocorreu.[houve o ensaio de um ataque, se as Forças Armadas silenciassem,  o ataque seria repetido mais forte, de pontos variados e mais mentiroso.]  Há também certo humor involuntário na nota, que diz que as Forças Armadas “têm uma história de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro” e sempre foram “instituições respeitadas pela população”. Desde a quartelada que derrubou a monarquia em 1889, os militares se envolveram em pelo menos uma dúzia de golpes e tentativas de golpes contra governantes eleitos pelo voto.[sempre as ações militares buscaram a manutenção da Ordem, da Soberania,  do Respeito e Preservação de  valores caros ao povo brasileiro.]

Como assinalou o ministro Barroso, desde a redemocratização, os militares tiveram um “comportamento exemplar” e recuperaram o prestígio destruído na ditadura. Mas esse prestígio vem se deteriorando rapidamente desde que os militares se aproximaram de Jair Bolsonaro. Barroso pode ter errado na forma e na política, mas acertou no mérito: se os militares permitirem que Bolsonaro os oriente para atacar o processo eleitoral — o que já vimos acontecer várias vezes — o que resta do prestígio vai acabar antes da eleição. [será?]

Ricardo Rangel - Coluna em VEJA


segunda-feira, 25 de abril de 2022

Nota Oficial - As Forças Armadas e o processo eleitoral

Brasília (DF), 24/04/2022

Acerca da fala do Ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, durante participação, por videoconferência, em um seminário sobre o Brasil, promovido por entidade acadêmica estrangeira, em que afirma que as Forças Armadas são orientadas a atacar e desacreditar o processo eleitoral, o Ministério da Defesa repudia qualquer ilação ou insinuação, sem provas, de que elas teriam recebido suposta orientação para efetuar ações contrárias aos princípios da democracia.

Afirmar que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral, ainda mais sem a apresentação de qualquer prova ou evidência de quem orientou ou como isso aconteceu, é irresponsável e constitui-se em ofensa grave a essas Instituições Nacionais Permanentes do Estado Brasileiro. Além disso, afeta a ética, a harmonia e o respeito entre as instituições.

As Forças Armadas, republicanamente, atenderam ao convite do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e apresentaram propostas colaborativas, plausíveis e exequíveis, no âmbito da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e calcadas em acurado estudo técnico realizado por uma equipe de especialistas, para aprimorar a segurança e a transparência do sistema eleitoral, o que ora encontra-se em apreciação naquela Comissão. As eleições são questão de soberania e segurança nacional, portanto, do interesse de todos.

As Forças Armadas, como instituições do Estado Brasileiro, desde o seu nascedouro, têm uma história de séculos de dedicação a bem servir à Pátria e ao Povo brasileiro, quer na defesa do País, quer na contribuição para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar dos brasileiros. Elas se fizeram, desde sempre, instituições respeitadas pela população.

Por fim, cabe destacar que as Forças Armadas contam com a ampla confiança da sociedade, rotineiramente demonstrada em sucessivas pesquisas e no contato direto e regular com a população. Assim, o prestígio das Forças Armadas não é algo momentâneo ou recente, ele advém da indissolúvel relação de confiança com o Povo brasileiro, construída junto com a própria formação do Brasil.

 

Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira
Ministro de Estado da Defesa

 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Falar em garimpo é falar em descoberta de riquezas

Falar em garimpo, tão hostilizado por certos intelectuais da cidade, é falar em descoberta de riqueza, em soberania, em economia, em questão social

Antes de embarcar para Moscou, o presidente assinou decreto que instituiu um programa de apoio ao garimpo. No mesmo dia, recebi da região do Cripuri, que é um afluente do Tapajós, imagens de um helicóptero atacando com foguetes incendiários as instalações de um garimpo. Eram imagens que fazem lembrar napalm no Vietnã.

Isso no mesmo dia do anúncio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala. Um nome comprido para não confundir com atividade mineradora industrial. O objetivo do programa é tirar o garimpo da ilegalidade e, com isso, controlar as áreas, fiscalizar de forma transparente o meio ambiente, legalizar o comércio do ouro, prestar assistência de saúde e educação às famílias de garimpeiros. O decreto regulamenta o que ficou fora da lei de 1989, que tratou do assunto.

Já andei em garimpo, onde só se chega de avião em pista improvisada. A vida por lá é duríssima, e arriscados os resultados. Os ambientalistas e as forças policiais vêm batendo nos garimpeiros. [a maior parte dos ambientalistas e suas ONGs defendem,servem a interesses estrangeiros - são uns vendidos.] 
No entanto, a História mostra que devemos a eles a expansão do nosso território. A eles, aos bandeirantes e às patas do boi. 
Os Estados Unidos se tornaram potência por chegarem à costa do Pacífico por causa da corrida do ouro, a ponto de tirar a Califórnia dos mexicanos. E ficaram com poder no Atlântico e no Pacífico
No Brasil, além do boi, foi o ouro das Minas Gerais, as esmeraldas de Goiás, os bandeirantes que entraram por São Paulo e para o Sul, até as Missões jesuíticas espanholas
Os garimpeiros brasileiros, há séculos, marcam a nossa soberania na Amazônia.
 
Falar em garimpo, tão hostilizado por certos intelectuais da cidade, é falar em descoberta de riqueza, em soberania, em economia, em questão social. Em geral, são nordestinos, para realizar sonhos. Gente boa, trabalhadora, cumpridora de palavra
Enquanto fechamos os olhos para uma realidade como alerta o vice -presidente Mourão —, índios vendem diamantes via Bolívia, por exemplo. O ex-ministro Aldo Rebelo, que já foi do PCdoB, afirma que algumas das maiores jazidas do mundo em diamantes estão nas margens do rio Roosevelt, reserva dos Cintas-Largas, em Rondônia
E o Brasil nada ganha com isso. Todo mundo sabe que os garimpeiros que estão em reservas já fizeram sociedade com os indígenas, mas legalizar depende de lei. Enquanto isso, as pedras brasileiras são lapidadas nos Países Baixos.

Ironicamente, enquanto era anunciado o decreto, no mesmo dia garimpeiros eram atacados pelo fogo vindo do céu, destruindo suas casas, máquinas e sonhos, como se o Brasil oficial estivesse em guerra contra eles. O ataque não foi sequer em área indígena, mas na região conhecida como Galdeano. Uma reedição do que aconteceu com 61 balsas queimadas no Rio Madeira, onde os garimpeiros moravam com suas famílias. Isso no dia do anúncio do programa de apoio ao garimpo, confirmando a Constituição, que no art. 174, §3º e 4º, determina favorecer a organização da atividade garimpeira em cooperativas. Ficou estranha a violenta ofensiva no mesmo dia do anúncio do programa. Seria para queimá-lo?

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense


terça-feira, 30 de novembro de 2021

A NAÇÃO NO DIVÃ DO PSICANALISTA - Percival Puggina

Nunca me acomodei num desses divãs porque, para pensar, prefiro a cadeira do computador. Outro dia, porém, estarrecido e irritado diante do que vejo consolidar-se como prática política no cotidiano nacional, escrevi que tais conflitos e arreglos estavam a me exigir um divã e um papo com psicanalista.

Uma ideia puxa outra e isso me levou a perceber que essa era uma necessidade comum a todos nós, brasileiros. A nação precisava de um divã para compreender as tumultuadas relações com que, querendo ou não, estava envolvida até o fundo da alma. E o divã era bem adequado a isso, principalmente para compreendermos como se caracterizam, em nosso subconsciente, estes três elementos: Pátria, Nação e Estado.

A Pátria é a mãe. Amada e amável, gentil, generosa, pródiga em riquezas naturais. Na célebre definição de Rui, “não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”.  

A Nação somos nós, herdeiros dessa tradição, fé, consciência e idioma; herdeiros da cultura, valores e verdades aprendidos no lar.

O Estado é essa criatura, esse ente político, que se vai tornando abominável. Criatura, sim, porque bem antes dele surgir na história havia a pessoa humana, gregária, havia a comunidade, e foi nela que nasceu o Estado. Discutam os filósofos os fatores causais e instrumentais desse nascimento, mas sua finalidade é servir. E se alguma dúvida houver, lembremo-nos: o Estado brasileiro tem a forma a ele conferida pela sociedade num processo legislativo em que os constituintes agiam como seu representante.

Se a Pátria é a boa mãe e se nós somos seus filhos, o Estado brasileiro, então, é o pai ou padrasto de maus costumes e mau caráter, que abusa de seu poder, que cerceia direitos fundamentais, que não ouve os que estão sob sua autoridade, que avança sobre seus bens. Gastador, perdulário, desonesto e injusto, cuida prioritariamente de si mesmo e descumpre o único papel que lhe corresponde: servir à nação.

Capturados nesse triângulo psicológico, habituamo-nos a reverenciar o Estado e aqueles que o encarnam, como entes ou entidades superiores. Falamos a eles olhando para cima, numa reverência que convalida seu poder e sua conduta. Errados, estamos! A relação foi invertida. O Estado não existe para ser o monstro que nos sufoca. Se sua função é servir, a soberania popular deveria fazer a sociedade ver o Estado na perspectiva segundo a qual o Estado a vê: de cima para baixo, com o devido respeito pela importância dos papéis que desempenha. A soberania, contudo, desculpem informá-los, é popular.

Há que emergir desse drama quase freudiano, dessa tumultuada relação “familiar” em que nós, os brasileiros, fomos capturados.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


terça-feira, 7 de setembro de 2021

Em 2021, celebramos o início do ano do Bicentenário da Independência

Data é exaltada pela defesa da Honra, Liberdade e Soberania, por meio dos heróis da história brasileira

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil. Em 2022, celebramos o ano do Bicentenário da Independência.  Para comemorar a data, o Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Comunicação Social, homenageia homens e mulheres de coragem, de valor e patriotas da nossa história.

A Semana da Pátria é a oportunidade para celebrarmos os heróis que defenderam nossa Honra, nossa Liberdade e nossa Soberania ao longo de toda a História. Parafraseando Ruy Barbosa: “A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança, é o maior elemento da estabilidade." Afinal, a Independência é um processo que nunca termina.

Conheça mais sobre os personagens históricos na série de homenagens no perfil da SecomVc nas redes sociais Instagram, Facebook e Twitter

Dom Pedro I


Declarou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. O Grito do Ipiranga está presente nos primeiros versos do Hino do Brasil.

Desde a chegada da família real portuguesa em 1808, o Brasil possuía grande autonomia política, mas esta se viu ameaçada por parte da classe política portuguesa na ocasião do retorno da família a Portugal em 1821.

Dom Pedro I assumiu a regência do Brasil em 1821, quando promulgou decretos que garantiam os direitos pessoais e de propriedade e reduziam impostos e gastos governamentais.

Após a Independência, foi aclamado Imperador no dia 12 de outubro e coroado em 1 de dezembro.

Sofrendo resistência das forças leais a Portugal, derrotou a todas até março de 1824.

Justino Alfredo

Justino Alfredo

Falecido em 12 de abril de 2021, na sua figura, homenageamos toda a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutou na 2ª Guerra Mundial com os Aliados contra os regimes nazi-fascistas.

A FEB foi responsável pela tomada de Monte Castelo no dia 21 de fevereiro de 1945.

Na Itália, há sete monumentos que homenageiam as nossas tropas que lutaram pela liberdade do mundo ocidental.

Em abril daquele ano, a 148ª Divisão de Infantaria alemã rendeu-se incondicionalmente às tropas brasileiras.

Foi a única unidade alemã que se rendeu integralmente antes do armistício de 2 de maio, no palco de operações italiano.

 Joana Angélica

Joana Angélica

Primeira heroína da Independência, morreu ao ser atingida por um golpe de baioneta enquanto resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa.

Ficou conhecida pela frase: “Para trás, bandidos! Respeitai a casa de Deus! Só entrarão passando por cima do meu cadáver!”

Reconhecida pelo ato de bravura ao final da vida, hoje sua imagem é reconstruída por historiadores que a pontuam também como mártir da fé.

 

 Maria Quitéria

Maria Quitéria


Condecorada pelo Imperador Dom Pedro I com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de Cavaleiro, Maria Quitéria foi a primeira mulher combatente do Brasil.

Desde 1996, é a patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro e, desde 2018, integra o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Tendo se alistado no Batalhão de Voluntários do Príncipe, é reconhecida pelos serviços prestados à Causa da Independência.


Almirante Tamandaré

Almirante Tamandaré


Combateu nas lutas do Império, como as Guerras de Independência, a Confederação do Equador, a Guerra contra Oribe e Rosas e a Guerra do Paraguai.

Durante a Guerra da Cisplatina, destacou-se de tal maneira que, com apenas 19 anos, foi nomeado comandante de um navio.

Foi comandante das forças navais brasileiras na intervenção no Uruguai, onde serviu também como diplomata.

O Almirante Tamandaré foi nomeado Patrono da Marinha do Brasil e em diversos locais foram erguidos monumentos em sua honra, como o da Praia de Botafogo e o do Parque Ibirapuera.

No dia do seu nascimento, 13 de dezembro, comemora-se o Dia do Marinheiro.

 Duque de Caxias

Duque de Caxias


Serviu a Dom Pedro I e Dom Pedro II — a este último como mestre de armas, ensinando-lhe esgrima e hipismo, e tornando-se seu amigo.

Foi a única pessoa a receber um título de Duque durante o reinado de Dom Pedro II.

Foi designado como o patrono do Exército Brasileiro por incorporar o ideal de soldado, sendo a figura mais importante de sua tradição.

Duque de Caxias lutou contra Portugal na Independência do Brasil e em diversos outros conflitos.

É considerado o maior oficial militar da história do Brasil.

 Brigadeiro Eduardo Gomes

Brigadeiro Eduardo Gomes

Começou sua carreira militar servindo ao exército, ingressando na Força Aérea Brasileira logo que a mesma foi criada, em 1941.

Trabalhou na criação do Correio Aéreo Militar, que se tornaria o Correio Aéreo Nacional.

Também atuou na organização e construção das Bases Aéreas que desempenharam importante papel na defesa da soberania nacional durante a 2ª Guerra Mundial.

Durante as eleições presidenciais de 1945, eram vendidos doces para angariar fundos para apoiar sua campanha. Os mesmos que ficaram conhecidos pela sua patente: brigadeiros.

Patrono da aeronáutica, recebeu diversas homenagens nacionais e internacionais.

ÍNTEGRA DA MATÉRIA: Governo do Brasil

Nota do Blog Prontidão Total
 
Por se tratar de uma transcrição, não acrescentamos fotos  ao trabalho. 
Buscando não ferir suscetibilidades, não citamos nenhum ex-presidente  vivo. 
Fazemos questão de registrar o nome de estadistas brasileiros que exerceram a Presidência da República e que em muito contribuíram para inimigos do Brasil não alcançassem o que pretendiam e com isso podemos comemorar na data de hoje, apesar dos percalços, e nas futuras a INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
 
Com orgulho citamos:
Marechal HUMBERTO DE ALENCAR CASTELLO BRANCO, presidiu o Brasil de 15 de abril de 1964 a 15 de março de 1967;
Marechal ARTUR DA COSTA E SILVA, presidiu o Brasil de 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969; 
General-de-Exército   EMILIO GARRASTAZU MÉDICI - 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974; 
General-de-Exército Ernesto Geisel  - 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979;
General-de-Exército João Baptista de Oliveira Figueiredo, presidiu o Brasil de 15 de março de 1979 a 15 de março de 1985.

sábado, 21 de agosto de 2021

O EXTRAORDINÁRIO PODER DOS OMISSOS - Percival Puggina

A frase de Shannon Adler vale por uma sirene de alerta. Diz ele: “Frequentemente, aquilo que as pessoas não dizem, ou deixam de lado, conta a verdadeira história”.

E eu acrescento: Quantos de nossos males seriam evitados se não comprássemos por dois vinténs de sossego os dissabores de amanhã!

A omissão dos conservadores e liberais favoreceu, nas últimas décadas, a condução do Brasil por maus caminhos, em más companhias. Se é verdade que fizemos nossa autodescoberta em 2018, não é menos verdade que quando acordamos da euforia inerente àquela vitória, a soberania popular jazia entre quatro velas no artigo primeiro da nossa Constituição. Voltamos a ser a galinha dos ovos de ouro no poleiro daqueles que decidem nosso destino e regem nossas liberdades. O mudo consentimento dos omissos permite a migração do poder real da República para mãos impróprias.

Atente, pois. Se alguém lhe jogar por cima etiquetas ofensivas e frases feitas; se disser que “um outro mundo é possível”, que o problema de Cuba é o “terrível bloqueio ianque”, que a ideologia de gênero é uma imposição da vida moderna e uma necessidade das crianças, que as drogas devem ser liberadas, que “interrupção da gravidez” é direito da mulher, que os cristãos devem ficar de boca fechada para que só eles falem porque o Estado é laico, que a pobreza é causada pela riqueza, que a polarização faz mal à política, saiba: aí está alguém animado por mentalidade revolucionária. 

Alguém que fará qualquer coisa pelo poder e que, no poder, agirá por dentro e por fora da ordem para destruí-la, pondo em curso o projeto revolucionário. Saiba mais: essa pessoa não quer melhorar o mundo, como eu e você queremos. Ela quer destruir a civilização e os valores que buscamos preservar. O Brasil, para elas, é apenas um dos espaços geográficos dessa disputa. Por isso, rejeitam o patriotismo, a bandeira e o Sete de Setembro.

Nossos valores, nossos apreço à liberdade, nossa rejeição à tirania e aos totalitarismos os contraria.  
Nós, de fato, preferimos a ordem à desordem e à anarquia. Respeitamos a justiça e o devido processo, o Estado de Direito e a Democracia. Rejeitamos revoluções e abusos de autoridade. Sabemos que a prisão dos criminosos liberta os cidadãos
Não investimos contra os bens alheios e exigimos que a propriedade privada seja respeitada. 
Consideramos que o Estado existe para a pessoa humana e não a pessoa humana para o Estado. Sabemos que a instituição familiar é importante, deve ser preservada e constituir objeto de atenção. Queremos um Estado eficiente nas tarefas que lhe correspondem, não intrometido na vida privada. 
Entre nós, mesmo os ateus reconhecem o valor da moral judaico-cristã, apreciam os fundamentos da civilização Ocidental e estão longe de considerar o Cristianismo como um mal que deva ser extirpado dos corações e das mentes.
As forças que exercem de modo efetivo o poder nacional, em proporção a cada dia mais evidente, rejeitam esse inteiro pacote, sem acordo possível. Querem a posse integral dos meios para dirigi-los a fins opostos. Abandonam os cidadãos à sanha dos bandidos porque lhes convêm o aumento da criminalidade e a insegurança. 
Põem em curso as agendas identitárias, não porque se interessem pelas pessoas concretas, mas porque toda trincheira e toda fratura aberta na sociedade serve ao projeto.  
Defendem a liberação das drogas, não porque considerem isso melhor do que a proibição, mas porque a drogadição abala os valores das comunidades. 
Hasteiam a bandeira dos Direitos Humanos de cabeça para baixo porque as únicas agressões a direitos humanos que os mobilizam são as que, de algum modo, atingem militantes do seu projeto.

Não tenho a menor condição de compor um cenário nacional para os próximos sessenta dias. Só sei que ele, muito provavelmente, será como os omissos permitirem que seja, antes de porem a culpa em alguém.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

segunda-feira, 19 de julho de 2021

Preparem-se brasileiros para sua nova língua oficial: o Mandarim - Sérgio Alves de Oliveira

Estaria reservado aos brasileiros o mesmo infeliz destino dos povos de Hong Kong e Taiwan, ”escravos” da República Popular da China,mas que falam a mesma língua,o “mandarim”?

Tudo indica que sim. O domínio acelerado da economia brasileira pelos chineses anda a “galope”. Grande parte das terras brasileiras já foram compradas pelos chineses. Mas além desses investimentos em capital “fundiário”,os chineses não param de comprar de brasileiros, pessoas e governos, estabelecimentos industriais, comerciais, bancos, veículos de comunicação de massa, especialmente de televisão, telefonia móvel celular, obras de infraestrutura de todo o tipo, especialmente vinculados à produção e distribuição de energia elétrica. E tudo a preço de “banana”, ”camarada”. Nesse momento a maior meta chinesa no Brasil está na implantação do sistema de telefonia celular 5 G. Aí seria o fim de todas as liberdades dos brasileiros. Suas vidas e todos os seus passos passariam a ser monitorados e espionados lá da China. Inclusive suas idas ao banheiro, como  hoje é “lá”, com o 5 G.

Com a imensidão de terras compradas,os chineses estão adquirindo por consequência uma espécie de “soberania de direito privado”,exatamente nos termos da consagração ao direito de propriedade “ilimitada” da legislação brasileira, que de certo modo  pode resultar numa espécie de soberania “privada”. O “comunismo” chinês é a coisa mais engraçada do mundo. Só vale para o povo “em geral”, não para o Estado, para seus governantes, e para a sua particular “perestroika”, constituída pelos privilegiados 80 milhões de chineses filiados ao PCC, dentro de uma população total de 1,4 bilhões de famintas pessoas.e que montou um capitalismo imperialista capaz de causar inveja aos próprios mentores desse modelo socioeconômico.

O Partido Comunista Chinês conseguiu a “proeza” de chamar  de socialismo ou comunismo um modelo “sui generis”, que no fundo não passa do capitalismo imperialista mais cruel que qualquer povo do mundo já tenha experimentado.  Esse modelo preconizado em teoria principalmente por Karl Marx pratica na China uma “mais-valia” numa dimensão tal que nem mesmo o criador do socialismo científico jamais poderia ter imaginado fosse possível,onde o próprio Estado afastou o (explorador)“capitalista”, o dono do capital, para tomar o seu lugar na exploração sem qualquer freio do seu próprio povo . É por esse  motivo que a “mais-valia” auferida pelos “capitalistas” censurados  por Marx na sua época  tornou-se o mesmo que um brinquedinho de criança se comparada com a “mais-valia” auferida pelo PCC e pelo Estado Chinês.

Mediante essa desumana apropriação de descomunal  porção do trabalho não-remunerado do trabalhador chinês, essa diferença suplanta “ad infinitum” a mais-valia tão criticada pelo filósofo alemão. E foi justamente essa “mais-valia” exacerbada implantada pelo PCC, a mais valia “estatal”, que deu origem  à uma gigantesca “poupança” acumulada durante dezenas de anos com o suor do povo chinês, capaz comprar e submeter o mundo inteiro aos seus próprios desígnios,ao poderio econômico chinês.

Como essa gente ainda tem o descaramento e a cara de pau de chamar  esse modelo de “socialismo”, ou “comunismo”? Os restos mortais  de Karl Marx devem estar dando “cambalhotas” dentro da sua tumba depois do que fizeram com a sua criação. Mas em  tudo isso existe um inexplicável paradoxo. Marx deixou imortalizada a frase “O Governo é um comitê para gerir os negócios da classe dominante”, no seu “Manifesto  Comunista”. Os comunistas chineses acreditaram  nessa frase e querem se tornar a classe dominante. E do “mundo”. Só que inverteram os papéis. Os comunistas, “classe dominante”? Bem sabem os “chinas” que mediante a “poupança” que fizeram durante décadas, explorando  a níveis estratosféricos os trabalhadores chineses, poderão agora se tornar a nova “classe dominante”, mas do mundo, capazes de contornar leis nacionais, ou “dobrar”autoridades, políticos e juízes,despejando muita propina. Mais que ninguém acreditaram em Marx. Mas as críticas do alemão se tornaram metas a seguir.  E mesmo maneira de ”ser”.

É claro que como nova classe dominante do Brasil, como ensinou  Marx, os chineses passarão a “governar”,mesmo que indiretamente. E como “governo”, provavelmente  já no primeiro ano de mando determinariam implantação em toda e rede escolar do estudo da sua língua ,o “mandarim”, que passados alguns anos, através da norma jurídica adequada,se tornaria a língua oficial dos brasileiros. E o Brasil,uma extensão territorial da China, com uma soberania “faz-de-conta”.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo