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segunda-feira, 4 de maio de 2015

Certamente é melhor que a famigerada lista fechada, que consolida o reinado dos 'caciques' partidários



Mudança benéfica
O sistema eleitoral do ‘distritão’
A reforma política é uma necessidade do país. A população pede essa mudança, nas ruas e nas redes, porque quer se sentir mais representada e ouvida. É um debate que não pode ser adiado. Porque a política é o único caminho para melhorar a vida das pessoas, que precisam ter confiança nas instituições. Por isso a reforma deve ter como objetivo principal reaproximar política e cidadãos. E neste debate de muitas propostas, talvez a que tenha uma relação mais direta com esse objetivo seja a mudança na forma como são eleitos deputados e vereadores.

O sistema proporcional, que determina quantas vagas cada partido terá no parlamento, é pouco compreendido pela população, e muitas vezes resulta em injustiças. O eleitor comum não entende como um deputado é eleito. Ele vota imaginando um sistema majoritário, mas o que vale é o proporcional. É difícil entender como um candidato consegue a vaga com menos votos que outro. Além de ter se tornado comum os puxadores de votos levarem consigo candidatos com pouca expressão eleitoral. Isso faz com que as pessoas sintam que sua escolha não foi respeitada.

Por isso a proposta do chamado distritão, defendida pela bancada do PMDB na Câmara e pelo vice-presidente Michel Temer, é importante. Com ela seriam eleitos os mais votados de forma simples, num sistema majoritário. Os deputados federais do Rio seriam os 46 mais votados em todo o estado. Simples assim. Esse sistema vai acabar com a eleição de parlamentares sem voto. [os Jean Wyllys e coisas similares serão excluído da vida pública antes de mesmo de ingressarem.]  Se alguém tem uma votação muito expressiva, será eleito, mas não leva ninguém junto. É o cumprimento do que diz a Constituição; afinal, todo poder emana do povo, e deve prevalecer a escolha da maioria.

Com o distritão os partidos só lançarão candidatos com chances reais, porque a soma das votações de todos vai deixar de ter importância. Uma mudança que vai melhorar o debate, facilitar a vida dos eleitores e até baratear as campanhas, já que os partidos vão direcionar os recursos para menos candidatos. Isso também vai fazer com que a cobrança sobre os eleitos seja mais efetiva e direta. Os partidos lançam muitos candidatos para engordar o quociente partidário, mesmo sabendo que poucos têm chances. O resultado é que o eleitor vota num candidato com poucos votos, e ajuda a eleger outro dentro do partido. Isso distancia as pessoas da política e reduz o controle da atividade parlamentar.

Além destas razões, é importante destacar que a nossa proposta é uma das poucas que pode se tornar consenso no Congresso. A falta de acordo em outros pontos da reforma acaba levando à manutenção do quadro atual, o que ninguém quer. O distritão é uma proposta factível, que cumpre o objetivo de reaproximar o eleitor da política. É uma mudança que será benéfica para a política e vai ajudar a resgatar a confiança dos eleitores. [o único aspecto, que merece reparos, é a necessidade de pequenos ajustes que inviabilizem que puxadores de votos  e sem ideias úteis – caso do palhaço Tiririca outros -  se tornem deputados.


Apesar de perderem a capacidade de eleger nulidades – caso do Chico Alencer - PSOL, que elegeu Jean Wyllys - mas, continuam deputado, sem que nada produzam de útil à Nação – repetimos, caso do Tiririca.]

Por: Leonardo Picciani é líder do PMDB na Câmara dos Deputados


domingo, 3 de maio de 2015

Lula anda para trás

Não há espaço para dúvidas. Para Lula o Estado é um instrumento para que o chefe possa distribuir favores. E, pelo que diz, ele teria sido recordista nessa prática

Pose de galo de briga, tom de desafio e farta distribuição de impropérios aos seus críticos. Nada de novo. No palanque montado pela CUT no 1º de Maio, o que se viu foi mais do mesmo. Lula sendo o Lula que ele crê insuperável. Lula que, diante da elevadíssima conta que tem de si, não percebe - ou faz de conta que não vê - a mudança dos humores em relação a ele e ao PT.

Candidatíssimo, mas incapaz de vender ilusões depois de mais de uma década de sucessivos escândalos de corrupção, incompetência gerencial e desgoverno, Lula não tem saída a não ser repetir a mesma cantilena. Faz-se de vítima, se diz durão, garante que não vai abaixar a “crista”, nem o “rabo”, seja lá o que isso quer dizer. [ele diz que não vai baixar a 'crista' nem o 'rabo' mas já está de 'quatro' a muito tempo.
Naquela posição que torna humilhante certas práticas = pronto para tomar de quatro.]
 
Defende a sua pupila Dilma Rousseff por conveniênciaa derrocada dela coloca em risco suas chances de sucesso em 2018. Mas fala como opositor ao governo, como se nada tivesse a ver com a ocupação do Estado pelo seu partido ou com a roubalheira deslavada. Como não fossem companheiros os condenados no mensalão e os agora envolvidos nos R$ 6 bilhões surrupiados da Petrobras. Fala como se o desacerto na economia fosse obra do acaso.

Os inimigos que Lula elege continuam os mesmos. Ao ódio à revista Veja, Lula acrescentou a semanal Época, que na última edição revela que o ex é alvo de investigação por tráfico de influência por ter beneficiado a Odebrecht em contratos  externos financiados pelo BNDES, mantidos em sigilo pelo banco estatal.  Mas, diferentemente do que costumava fazer ao demonizar a mídia, desta vez Lula agrediu diretamente os jornalistas: “Peguem todos os jornalistas da Veja e da Época e enfiem um dentro do outro que não dá 10% da minha honestidade”.  E insinuou que as empresas lhe devem favores - “Conheci muitos meios de comunicação falidos e ajudei porque acho que tem de ajudar”.

O tom da fala beira a chantagem, como se agora quisesse cobrar a conta. E estendeu isso ao que chama de elite brasileira, toda ela devedora de suas benesses. “Eles deveriam agradecer a Deus, todo dia acender uma vela, pela minha passagem e da Dilma pelo governo, mas são masoquistas, gostam de sofrer”, disse, depois de revelar seu espanto de essa mesma elite temer que ele volte à Presidência.

Não há espaço para dúvidas. Para Lula o Estado é um instrumento para que o chefe possa distribuir favores. E, pelo que diz, ele teria sido recordista nessa prática.  Como candidato, Lula precisará mais do que discursos requentados na jornada que se estende até 2018. Seu partido e sua afilhada estão acuados. Outros aliados – especialmente o fiel PMDB – cultivam terrenos e asas para voos mais ousados. Economia estagnada combinada com inflação alta e empregabilidade instável pode ser fatal às suas pretensões. E ele próprio já não consegue atrair multidões, muito menos elã inebriá-las.

Ao contrário do que disse - “Sei de onde vim, sei onde estou e sei para onde eu vou” –, Lula exibe certezas incertas. Sabe de onde veio. Mas, sem compreender as demandas do país que dispensa a sua liderança até para ir às ruas, tem no máximo uma vaga noção de onde está. Muito menos sabe para onde ir. Anda para trás.


Fonte:  Mary Zaidan,  jornalista. E-mail: zaidanmary@gmail.com Twitter: @maryzaidan

Mesmo com laços próximos a um dos empreiteiros líderes do Petrolão - PT, o ex-advogado do PT e ministro do STF, Dias Toffoli, insiste em julgar o amigo

PF descobre laços impróprios entre Toffoli e empreiteiro do petrolão

Investigação mostra que o ministro do STF e Léo Pinheiro, envolvido no petrolão e recém-libertado da cadeia, têm preocupante proximidade. 

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ, também está no rol de amigões do ex-presidente da OAS

 O ministro Toffoli e o empreiteiro Léo Pinheiro: festas de aniversário, presentes e visitas para tratar de assuntos de interesse da OAS, uma das principais construtoras envolvidas no escândalo da Petrobras(Beto Barata / Folhapress/Estadão Conteúdo)

No dia 13 de novembro do ano passado, o engenheiro Léo Pinheiro, sócio e presidente da empreiteira OAS, não imaginava que sua rotina estaria prestes a sofrer uma reviravolta em algumas horas. Era noite de quinta-feira. Trocando mensagens com um amigo, ele parecia tranquilo e informava: "Estou indo para a África na segunda". Depois, perguntou: "Você vai ao aniversário do ministro Toffoli no domingo?". O amigo respondeu que ainda não sabia se compareceria à festa. Marcaram um encontro para o sábado no Rio de Janeiro e outro para segunda-fei­ra, 17, em São Paulo. Léo Pinheiro acabou não indo à África, ao Rio, a São Paulo nem ao aniversário do ministro. A Polícia Federal prendeu o engenheiro horas depois da troca de mensagens. 

Seis meses se passaram e esse diálogo, aparentemente sem relevância, ganhou outra dimensão. Léo Pinheiro foi solto na última semana no fim de um julgamento dividido, em que o voto do ministro Toffoli foi decisivo para sua libertação. Toffoli votou com o relator, ministro Teori Zavascki, para conceder habeas corpus ao empreiteiro Ricardo Pessoa, da OAS - decisão logo estendida aos demais presos da Lava-Jato. Se Toffoli tivesse votado contra a concessão do habeas corpus, Pessoa e Léo Pinheiro teriam sido mantidos atrás das grades.

O ministro Benedito Gonçalves, do STJ: processo decidido em favor da empreiteira do amigo, lobby para chegar ao Supremo e favores, muitos favores(Lula Marques/Folhapress)

Léo Pinheiro, ponta de lança do esquema de corrupção da Petrobras, acusado de desviar bilhões de reais e de subornar algumas dezenas de políticos, deve sua soltura à inadequada e estranha proximidade com o ministro Toffoli? É tão difícil afirmar que sim quanto que não. Para que os empreiteiros con­ti­nuas­sem presos bastaria que um dos outros ministros que votaram a favor do habeas corpus, Gilmar Mendes e Teori Zavascki, tivesse discordado do relator. A questão é que, até onde se sabe, nem Gilmar Mendes nem Teori Zavascki têm relações com empreiteiros. Como mostra o relatório da Polícia Federal, Toffoli é próximo de Léo Pinheiro, da OAS. Ambos são amigos diletos do ex-presidente Lula, em cujo governo Toffoli, ex-advogado do PT, foi nomeado para o STF.

VEJA teve acesso a um relatório produzido pelos investigadores da Operação Lava-Jato a partir das mensagens encontradas nos telefones apreen­di­dos com Léo Pinheiro. O documento mostra que o empreiteiro frequentava as altas esferas de poder da capital. O interlocutor que aparece marcando encontros com ele no Rio e em São Paulo e a ida à festa de aniversário de Toffoli é o ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Vale lembrar que Benedito chegou a ser o nome preferido do governo para assumir uma vaga no STF. "As mensagens demonstram uma proximidade entre Léo Pinheiro e Benedito Gonçalves, bem como a proximidade destes com o ministro Toffoli", conclui o relatório da Polícia Federal.

 

 

Sarney, mesmo fora do Senado, quer prorrogar o mandato da Dilma


Com Sarney já fora do Senado, proposta sua de mudança na Constituição termina com a absurda data de 1º de janeiro para a posse de presidentes. O problema é que, na prática, se aprovada, a emenda daria 15 dias mais de mandato para Dilma

O propósito do ainda senador José Sarney (PMDB-AP) em 2011 era ambicioso: queria, com a proposta de emenda constitucional 38, de 2011 (PEC 38/2011), mexer no grande vespeiro que é a questão do tamanho dos mandatos de presidentes da República, de governadores de Estado e de prefeitos, que desejava fixar em cinco anos.

Depois de longa tramitação por comissões do Senado, relatores e revisores, a proposta foi podada da questão dos cinco anos, se tornou mais modesta e, como já está pronta para ser votada, poderá acabar com um dos muitos pontos ridículos da Constituição de 1988: aquele que, por alguma razão ignorada, e que passou despercebida pelos principais cabeças da Constituinte, fixa em 1º de janeiro a data da posse do presidente da República e dos governadores de Estado.

Ora, escolher o primeiro dia do ano, feriado em quase todo o planeta, e dia seguinte aos festejos do réveillon, revelou-se uma péssima opção. Para os presidentes eleitos, tornou praticamente inviável conferir à cerimônia mais majestade, com a presença de chefe de Estado ou governo de grandes países. Para os governadores eleitos, virou um pesadelo: como todos pretendem comparecer à posse do novo presidente, à tarde, em Brasília, a maioria é empossada às pressas, na correria, para poder chegar a tempo em Brasília. Governadores de Estados mais distantes geograficamente, como os do Acre e do Amazonas, chegam a tomar posse de madrugada.

É uma mancada e, ao mesmo tempo, um vexame.

A PEC proposta por Sarney, e depois assinada por outros 33 senadores, estabelece posse do presidente da República em 15 de janeiro; de governador e prefeito em 10 de janeiro; e de deputados estaduais e distritais em 1º de fevereiro, mesma data já atualmente prevista para a dos deputados federais e senadores. Como já passou por cinco sessões de discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado, a matéria aguarda apenas a inclusão na ordem do dia para ser votada pelo conjunto de senadores. A coisa pode enroscar, porém, em um ponto: para acertar os relógios das posses, a PEC previa em 2011 — e assim continua — que a presidente Dilma deixará o poder a 15 de janeiro de 2019, ganhando 15 dias de mandato de graça. Os governadores e prefeitos ganham dez dias.

Tudo seria mais simples se o projeto fosse alterado para valer para o presidente seguinte a Dilma, e aos governadores e prefeitos eleitos em 2018. Não haveria, assim, prorrogação de mandatos, por poucos dias que seja, mas o estabelecimento, em caráter excepcional, de 4 anos e 15 dias como o mandato de um futuro presidente, em uma única vez. Não haveria mudança das regras durante o jogo.

Fonte: Blog do Ricardo Setti

 

O CERCO GOLPISTA DO PT A UM GOVERNO - Gleisi Hoffmann, a petista do PETROLÃO - PT, incita professores contra governo

O QUE BOA PARTE DA IMPRENSA DO PARANÁ E DO BRASIL ESCONDE DE PARANAENSES E BRASILEIROS

A greve de professores do Paraná é política. Está sendo insuflada pelo PT, e não é preciso fazer um grande esforço para chegar a essa conclusão. A senadora e ex-ministra Gleisi Hoffmann, aquela que está enrolada com o petrolão, subiu num caminhão para discursar em favor do movimento. É espantoso que isso aconteça e que, na imprensa, seja o governador Beto Richa (PSDB) a levar bordoadas.
 A senadora e ex-ministra petista Gleisi Hoffmann discursa em favor da greve e…Sobre o petrolão, ela não falou nada!

“Ah, mas e a violência policial?” Olhem aqui: há vídeos em penca demonstrando as práticas a que recorreram alguns manifestantes. Eu os publiquei em outros posts. A Polícia Militar foi posta diante de duas alternativas: ou deixava a Assembleia Legislativa ser invadida e depredada, contrariando determinação judicial, ou reprimia os baderneiros. A verdade é que os petistas estão querendo usar o caso do Paraná para se reerguer. Não por acaso, a presidente Dilma Rousseff fez uma alusão às cenas de violência. Censurou, de maneira velada, a polícia e afagou os trogloditas. A causa que mobiliza os professores, para começo de conversa, é falsa. Até porque o salário que o Paraná paga aos docentes está entre os mais altos do país. Já chego lá.

Gleisi é só o nome mais graúdo do PT que está diretamente envolvida com a causa. Não é a única. Uma das líderes da manifestação violenta de quarta-feira é a ex-presidente do Sindicato dos Professores do Paraná (APP Sindicato) Marlei Fernandes de Carvalho. No ano passado, ela disputou uma vaga de deputada federal pelo partido. Obteve 29.855 votos. Não se elegeu. O outro que liderava a corrente da insensatez é Hermes Silva Leão, também petista, atual presidente da entidade. Ele tenta forçar até a semelhança física com Lula e, bem…, carrega na língua presa para tentar ficar ainda mais parecido. Um fenômeno!

Tem mais. Marlei e Hermes atuam em  estreita colaboração com o deputado estadual, também do PT, Professor Lemos, que tem origem no… sindicato! É conhecido nos círculos políticos do Paraná como “Professor Aloprado” em razão do seu, digamos assim, “estilo”…  Colaborou ativamente na invasão da Assembleia em fevereiro e na frustrada tentativa da última quarta, dia 29.
Lemos, o “Professor Aloprado”, colaborando com a ilegalidade escancarada

Irresponsabilidade Notas taquigráficas dão conta da irresponsabilidade deste senhor e de outro companheiro de partido, chamado Tadeu Veneri. Ambos tentam impedir o andamento da sessão que acabou aprovando mudanças na Previdência dos servidores acusando a suposta morte de dois professores durante a baderna. Bem, as mortes simplesmente não tinham acontecido. Leiam a transcrição:

TADEU VENERI: Pela ordem, deputado. Desculpe. senhor presidente! Só para comunicar a essa Casa, nós vamos confirmar, além das pessoas que foram detidas aqui, professora ligou acabando de informar que tem dois professores que faleceram.

PROFESSOR LEMOS: Então, eu disse que iam matar professores, mataram. Isso é lamentável.

Continuar lendo...... Reinaldo Azevedo, Blog

 

O sigilo dos petrocomissários

Para a Petrobras, não poderia haver notícia pior que a destruição dos vídeos do Conselho de Administração

O repórter Fábio Fabrini revelou que a Petrobras destruiu os vídeos onde estavam gravadas as discussões de seu Conselho de Administração. Para uma empresa que está coberta por uma névoa de suspeitas, não poderia haver notícia pior. O comissariado informa que essas gravações servem como subsídio para a redação das atas e, feito esse serviço, são apagadas. Contudo, não mostra a norma que determina esse procedimento. Pelo que lá aconteceu, a Petrobras ficou numa situação em que lá tudo pode ter acontecido. Se ela andar sobre as águas dirão que não sabe nadar.

Quem grava e apaga os debates de uma reunião só age dessa forma porque está interessado em suprimir alguma coisa do conhecimento dos outros. Todas os áudios das reuniões do conselho da Petrobras poderiam ser armazenados num pen drive do tamanho de um isqueiro. O mesmo acontece com as reuniões do Copom do Banco Central, que jamais deu uma explicação convincente para sua conduta. (O seu similar americano divulga as transcrições dos áudios a cada cinco anos. Se o BC quiser, pode criar um embargo de vinte anos. O que não pode é apagar o que se diz nas suas reuniões.)  O apagão da Petrobras só servirá para ampliar o grau de suspeita que hoje envolve suas práticas, sobretudo porque lá estavam as intervenções da doutora Dilma, que presidiu o conselho da empresa. Não há lei que mande preservá-los, mas destruí-los ofende o senso comum. 

Fica feio para a jovem democracia brasileira que funcionários do Planalto tenham registrado súmulas da audiências de Lula em seus laptops particulares ou que tratem de assuntos de Estado em endereços eletrônicos privados. O que ficou nos laptops sumiu. Sumiram também os registros de algumas reuniões gravadas. Fica feio, porque durante a ditadura o marechal Costa e Silva gravou a reunião em que se discutiu a promulgação do Ato Institucional nº 5 e preservou-se a fita. Graças a isso, pode-se provar que a ata de 1968 foi editada. O famoso “às favas todos os escrúpulos” do ministro Jarbas Passarinho na ata virou “ignoro todos os escrúpulos”. Durante a experiência parlamentarista de 1961 a 1963, preservaram-se as notas taquigráficas das reuniões do Conselho de Ministros.  Muitos companheiros reclamam que documentos da ditadura desapareceram. É verdade, mas não deveriam apagar a memória da democracia.

Carlos Lacerda vive
Um obsessivo conhecedor da vida política brasileira bateu num tesouro. Encontrou dois vídeos da passagem de Carlos Lacerda por Portugal, no segundo semestre de 1964. Num registrou-se uma entrevista coletiva de meia hora. Noutro, uma palestra e de quase uma hora, exibida pela televisão portuguesa, com direito a quadro negro.

Existem poucos vídeos tão extensos mostrando o desempenho do brilhante orador que foi Lacerda. Foi o primeiro a tirar proveito da televisão e, salvo Lula com outro estilo, ninguém se igualou a ele. A História é trapaceira. Na palestra, ele defende o projeto colonial de Portugal em Angola e Moçambique, sustentando que a ideia da autodeterminação dos povos africanos era uma forma de racismo. Sua defesa do colonialismo português é um exemplo de como um administrador moderno e capaz pode conviver com um político retrógrado e oportunista. 

A forma como o “Corvo” cavalgava o tema da corrupção e do combate ao esquerdismo do regime deposto em 1964 poderia levá-lo a qualquer carro de som das manifestações de hoje na Avenida Paulista. Seria um prazer ouvi-lo. Quatro anos depois, ele estava preso num quartel da PM. 

Por: Elio Gaspari - Continuar lendo

sábado, 2 de maio de 2015

É lamentável que a polícia do Paraná tenha se excedido no uso da força - mas, mais ainda é que professores, formadores de jovens, tenham provocado e atentado contra a ORDEM PÚBLICA

O que ensina a pancadaria promovida pela polícia de Beto Richa 

Os policiais militares destacados, ontem, para garantir o funcionamento da Assembleia Legislativa do Paraná agiram em legítima defesa de suas vidas, disse o governador Beto Richa (PSDB).  E quem agiu em defesa da vida de quase 20 mil manifestantes, a maioria deles professores, que protestavam contra um projeto do governo que mudou as regras da previdência social dos servidores públicos?


É tarefa ou não da polícia garantir a liberdade de expressão dos cidadãos e reagir com moderação quando provocada por uma minoria? Sim, porque a se acreditar no próprio Richa, foi uma minoria que provocou a polícia. [a liberdade de expressão que a polícia tem obrigação de garantir, não pode ser usada para depredar o patrimônio público; infelizmente, a PM usou de energia excessiva, mas, os professores também esqueceram a  responsabilidade que tem como educadores e formadores dos homens de amanhã.]
 
Richa falou da ação de black blocs. Culpou-os pela violência que atingiu, pelo menos, 213 pessoas, segundo a prefeitura de Curitiba. Mas na hora do vamos ver, comentou que a polícia prendeu sete black blocs. Não se referiu a mais do que sete. Se havia mais por que a polícia só prendeu sete? Ela foi capaz de ferir 213 pessoas, oito delas gravemente, mas só prendeu sete vândalos. Ora, que polícia é essa?

Usou cachorros para que mordessem manifestantes; balas de borracha, já descartadas por outros governos estaduais; e bombas de gás lacrimogêneo atiradas, inclusive, de helicóptero. Por que repressão tão descabida? Tão desproporcional? Para conter a sanha de sete black blocs? De jovens desarmados e de gente idosa? De pessoas que até se locomoviam em cadeiras de roda? [convenhamos; qual o interesse de um cadeirante participar de uma manifestação que mesmo não sendo violenta oferece sérios riscos a pessoas com dificuldade de locomoção.
Até mesmo uma procissão - evento rigorosamente pacífico - oferece riscos a um cadeirante: um descuido, a cadeira pode tombar e o PME sofrer lesões.]

Ao manifestar sua solidariedade aos policiais autores de violência tão estúpida, Richa se revelou um líder político, no mínimo, estúpido. Durante entrevista de 14 minutos, tentou justificar o injustificável. Só conseguiu ser repetitivo. Confuso. Contraditório. Muito aquém das exigências do cargo que ocupa. Admitiu, por exemplo, que a violência produziu “cenas chocantes, indefensáveis”. Para encaixar de imediato:  - A PM reagiu para preservar sua integridade.

Claramente na defensiva, afirmou tolamente que pôs em risco sua popularidade para defender a ordem pública, “obrigação de qualquer governante”. E daí?  A essa altura, quem, além dele, está interessado no risco que sua popularidade correu? Ou ainda corre?
O que houve em Curitiba reforça a suspeita de que governadores do PSDB parecem ter uma especial dificuldade para lidar com manifestações de rua. Foi assim também em São Paulo quando da inauguração da jornada de junho de 2013.

 Fonte: O Globo - Blog do Noblat
 

 

Dilma venceu! é verdade, foi a grande vencedora. Mas, o grande vencedor foi o POVO BRASILEIRO que não precisou tolerar seus vòmitos

Dilma alcançou seu objetivo no 1º de Maio – falou para não ser ouvida 

Se, de fato, o objetivo de Dilma foi não chamar atenção no 1º de Maio, ela conseguiu 

Para o bem ou para o mal, a estrela política do 1º de Maio sempre foi o presidente da República. Certamente devido ao privilégio de falar aos brasileiros por meio de uma cadeia nacional de rádio e de televisão. Com medo de ser recepcionada por um panelaço, Dilma preferiu falar por meio de três vídeos postados nas redes sociais. Saiu-se mal, como era mais do que previsível. No Youtube, até às 20h de ontem, segundo o UOL, os vídeos haviam sido acessados 364 mil vezes. No horário nobre, e apenas na Grande São Paulo, a Globo costuma atingir quase dois milhões de residências.

A “Pesquisa Brasileira de Mídia 2015”, encomendada ao Ibope pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, revelou que a televisão segue como meio de comunicação predominante.  O Ibope entrevistou 18 mil pessoas em todo o país. 95% deles afirmaram ver TV, sendo que 73% diariamente. Pouco menos de 50% usam internet.

Se, de fato, o objetivo de Dilma foi não chamar atenção no 1º de Maio, ela conseguiu. Cedeu a vez a políticos como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Cunha (PMDB), seus desafetos.

Fonte: Blog do Noblat - Ricardo Noblat 

 

Dissintonia perigosa

 A diferença de ritmo entre os processos que estão correndo em Curitiba, sob a batuta do Juiz Sérgio Moro, e os que subiram para o Supremo Tribunal Federal por terem os envolvidos foro privilegiado por serem políticos chama a atenção desde o início do processo.  A estratégia de Moro e dos promotores do Ministério Público que trabalham na investigação foi desde o primeiro momento o de colocar em destaque a atuação dos empreiteiros, considerando o financiamento a partidos políticos como uma consequência da cartelização das licitações na Petrobras.

No organograma divulgado no site oficial do Ministério Público sobre o processo do petrolão não há lugar de destaque para os políticos, por que se fosse orientar as investigações a partir deles, os resultados teriam que ser enviados para o STF.  Desde as primeiras delações premiadas, o Ministério Público em Curitiba tinha a preocupação de proibir a denúncia de políticos por parte de empreiteiros, limitando-se a investigar a atuação do cartel.


Esse procedimento impediu até agora que o presidente licenciado da UTC, Ricardo Pessoa, considerado como o chefe do "clube das empreiteiras", fechasse acordo de delação premiada, por que ele tem interesse em especificar o papel dos políticos e até mesmo do Palácio do Planalto no esquema, e os procuradores querem detalhes novos sobre a ação do cartel, se possível em outras áreas da economia como, o setor elétrico.


Os empreiteiros têm interesse, ao contrário, de definir que eles foram achacados pelos políticos, e refutam a tese da cartelização. Esse impasse já transparece nas ações desencontradas das investigações, que estão andando muito mais depressa na parte de Curitiba do que em Brasília. Agora mesmo o relator do processo no Supremo, ministro Teori Zavascki, concedeu mais prazo para as investigações dos envolvidos que serão julgados pelo Supremo, os detentores de mandato parlamentar pela 2 Turma do STF, e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, pelo plenário do Supremo, por serem presidentes de Casas Legislativas.


Na disputa entre a Polícia Federal e o Ministério Público para ver quem controlaria as investigações, houve até mesmo tentativas de acordos com os políticos por parte de membros da PF, que ao mesmo tempo em que acenavam com facilidades para o interrogatório dos políticos, faziam lobby para aprovar um Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que dá autonomia à Polícia Federal. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, está se sentindo com tanta força que já anunciou que não dará novos depoimentos sobre seu caso, pois já foi à CPI da Petrobras e deu sua versão para o caso.


Com a aparição de novos documentos que confirmam que foi ele mesmo a origem das pressões contra uma empresa envolvida no Lava Jato, sua situação ficou fragilizada.
Só se entenderá a atuação do senador Renan Calheiros, de repente transformado em grande defensor da moralidade administrativa e investindo sem medo contra a presidente Dilma, se verificarmos que ele está em situação delicada na investigação do Lava-Jato, e procura fortalecer-se institucionalmente para adiar possíveis sanções criminais.  Como seus interesses atuais combinam com os do ex-presidente Lula, que procura se diferenciar do governo de Dilma para poder surgir como uma alternativa do PT para 2018, os ataques ao governo fazem parte da estratégia dos dois, momentaneamente unidos, por objetivos distintos.


O perigo do viés que o Ministério Público está tomando na investigação dos fatos que envolvem o petrolão é levar a uma impunidade dos políticos, fazendo com que os empreiteiros paguem a maior parte da culpa, como aconteceu no mensalão, que condenou empresários a penas muito mais duras que as dos políticos.O governo está satisfeito, por seu lado,com essa tendência, pois considera que enquanto os empreiteiros forem os alvos preferenciais, as ramificações políticas, que são da maior gravidade, ficam em segundo plano. E eles terão interesse em fazer acordos de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU), livrando de culpa o governo.

 
O importante no petrolão não é apenas desmanchar o cartel das empreiteiras, nem mesmo definir se o que houve foi achaque político ou combinação entre as partes, que tinham interesses convergentes: os empreiteiros queriam ganhar mais e os políticos queriam dinheiro para si e para as campanhas eleitorais.  O grave é que foi montado um esquema político dentro da Petrobras para financiar o PT e seus aliados com dinheiro desviado pela corrupção.  


E as investigações podem chegar mesmo ao financiamento da campanha presidencial de 2014.

 Fonte: O Globo - Merval Pereira

João Santana, marqueteiro do PT, é novo alvo da PF - menino prodíbio andou fazendo malfeitos

Mais uma investigação atinge o Partido dos Trabalhadores e, agora, seu principal marqueteiro: o jornalista João Santana; a Polícia Federal abriu uma investigação contra ele para apurar a origem de US$ 16 milhões pagos em 2012; os recursos vieram de Angola e, segundo suspeitas da PF, teriam sido pagos por empreiteiras que atuam no país africano; "Trata-se de uma operação legal e totalmente transparente", diz Santana, que também atuou em campanhas políticas em Angola, como a do próprio presidente do país, José Eduardo dos Santos, mas passou a ser investigado por lavagem de dinheiro


O cerco ao Partido dos Trabalhadores agora atinge seu principal marqueteiro: o jornalista João Santana. Segundo reportagem de Mario Cesar Carvalho, que será publicada na edição deste domingo da Folha de S. Paulo, mas que já circula, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar a origem de US$ 16 milhões trazidos de Angola por ele, em 2012.
 
Os policiais federais suspeitam que os recursos foram pagos por empreiteiras que atuam no país africano, como a Odebrecht. De acordo com a taxa de câmbio da época, seriam cerca de R$ 33 milhões, pagos ao jornalista que fez as últimas campanhas presidenciais do PT e também atuou em disputas municipais vitoriosas, como a do prefeito Fernando Haddad, em 2012.

Em depoimento ao jornalista Mario Cesar Carvalho, João Santana defende a licitude das operações, uma vez que também atuou em campanhas políticas em Angola, como a do próprio presidente do país, José Eduardo dos Santos. "Trata-se de uma operação legal e totalmente transparente", afirmou.

Os policiais federais apuram se os recursos transferidos a ele seriam repasses indiretos ao PT, num momento em que vêm sendo questionados financiamentos do BNDES a obras no exterior. Na semana passada, a oposição conseguiu derrubar o sigilo sobre essas operações.

OPERAÇÃO ATÍPICA
O inquérito sobre a Pólis, empresa de Santana, foi aberto este ano pela PF após um órgão do governo que combate a lavagem de dinheiro, o Coaf ( Conselho de Controle de Atividades Financeiras), ter considerado "atípica" a operação que trouxe os US$ 16 milhões. Procurada, a PF não respondeu até o fechamento desta edição.

Três especialistas em finanças ouvidos pela reportagem, sob a condição de anonimato, dizem que não é comum o "internamento" (remessa de dinheiro do exterior para o Brasil), mesmo sendo legal, por causa da elevada carga tributária e da burocracia brasileira para alguém que tem negócios no exterior. A operação foi intermediada pelo Bradesco e declarada ao Banco Central.   Na operação de Angola, Santana teve de pagar R$ 6,29 milhões de impostos, segundo ele, o equivalente a 20% do valor que entrou no país.

Uma das empresas do marqueteiro que fez as remessas, a Pólis Caribe, fica na República Dominicana, que, apesar de não ser classificada oficialmente como um paraíso fiscal, permite o ingresso de valores sem cobrar impostos ou com taxas muito baixas, em torno de 5%.  A outra empresa usada para fazer parte da remessa de Angola para o Brasil foi a Pólis Propaganda & Marketing.

Já depuseram no inquérito o prefeito Fernando Haddad e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que foi ouvido antes de sua prisão, no último dia 15, por suspeita de ter recebido propina de empreiteiras contratadas pela Petrobras no governo Lula. Haddad foi depor na última quarta-feira (29) à noite, depois do expediente, na condição de testemunha. A Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros da Polícia Federal cuida das investigações.

Santana é o marqueteiro político brasileiro com maior projeção internacional e atua no mercado desde 1999. Já realizou campanhas na Argentina, na República Dominicana, na Venezuela, no Panamá e em El Salvador, além de Angola. Apesar do currículo globalizado, a operação para trazer os US$ 16 milhões, que recebeu do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), foi a primeira do gênero que realizou.  Segundo Santana, o custo total da campanha angolana em 2012 alcançou US$ 20 milhões, dos quais cerca de US$ 4 milhões foram gastos para cobrir despesas operacionais e tributos em Angola.

Colaborou RANIER BRAGON, de Brasília 


Fonte: UOL/Folha de São Paulo

Forças Armadas aceitammais uma desmoralização = Justiça passa a interferir nos critérios de seleção dos futuros militares

Justiça proíbe Exército de barrar candidatos com HIV e de exigir altura mínima e dentes naturais

[A Justiça precisa entender e aceitar que a tropa tem que ser saudável - além do treinamento constante, boas armas as Forças Armadas precisam de pessoas saudáveis, com vigor físico, muita saúde física, mental, ou não será um Exército.

Essas necessidades se aplicam tanto as Forças Armadas quanto às Forças Auxiliares.]

Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região pode mudar uma tradição discriminatória para ingresso no Exército brasileiro. A 5ª turma da Corte decidiu que a União não pode mais fazer certas exigências, como:
- altura mínima de 1,60m para homens e 1,55m para mulheres;
- 20 dentes naturais na boca;
- impedir o acesso de pessoas com doenças autoimunes, imunodepressoras ou sexualmente transmissíveis, como síflis e HIV. 


A União, entretanto, ainda pode recorrer.
A norma foi questionada pelo Ministério Público Federal, que ajuizou uma ação contra as exigências da Portaria n. 41-DEP, de 2005, da União por considerar que elas “violam o mandamento constitucional da legalidade, assim como da isonomia, da proporcionalidade e da dignidade da pessoa humana”. [caso essa sentença desmoralizante e absurda não seja reformada nas instâncias superiores, quando surgir a necessidade de uma tropa adestrada, saudável, apta as duras condições de combate, vamos ter que dispensar a tropa e enviar a 'isonomia', a 'dignidade' e a 'proporcionalidade'.]

A União já recorreu uma vez, na primeira instância, com o argumento de que há uma resolução do Supremo Tribunal Federal que respalda o limite de altura, "em virtude do exercício de funções inerentes à carreira militar”.
O desembargador federal Souza Prudente, relator da ação no TRF, considerou a exigência da União “irrazoável”.
“A exclusão sumária de candidatos em processos seletivos para os quadros do Exército Brasileiro, em razão de limite de altura, higidez de saúde bucal e de serem portadores de doença autoimune, imunodepressora ou sexualmente transmissível, constitui conduta discriminatória e irrazoável, incompatível com o ordenamento jurídico vigente, visto que tais enfermidades não conduzem a uma automática incapacidade para o trabalho.”
O TRF, porém, considerou razoável a exigência de testes para detecção de sífilis e HIV em candidatos e militares na ativa. Para o desembargador, “não representa qualquer violação ao direito à intimidade destas pessoas”.
"Nesse particular, tal regra se volta, prioritariamente, à proteção da integração física do indivíduo, servindo sobreditos exames como instrumentos de preservação da vida, na medida em que se revelam indispensáveis à precaução e à prevenção, tratamento e controle de tais doenças”.

Fonte: Brasil Post

Lula está sendo investigado pelo MP por tráfico de influência - grana do BNDES = BANDESÃO-PT - se desespera e se supera na capacidade de falar bobagens

Lula volta a desafiar "elite", se lança candidato à presidência e ataca quem faz fogo amigo contra Dilma

Em tom irônico e debochado, sua especialidade como eterno sindicalista de resultados, Luiz Inácio Lula da Silva sugeriu ontem que se ofereça dinheiro para empresários que citarem o seu nome em denúncias de corrupção: "Todo dia eu vejo insinuações. Lá na Operação Lava-Jato tão esperando que alguém cite o nome do Lula. Ah, porque o objetivo é pegar LulaCada um que olhe para o seu rabo. Se alguém acha que cheguei até onde cheguei, que fez o que eu fiz neste país, que vou baixar o rabo e minha crista por conta de insinuação. Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame para briga porque eu sou bom de briga". 

A nova declaração de guerra de Lula foi a previsível reação emocional à investigação contra ele que foi aberta pelo Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria da República no Distrito Federal. A procuradora federal Mirela Aguiar abriu um "procedimento preliminar" para constatar se houve ou não tráfico de influência em financiamentos do BNDES para obras do grupo Odebrecht em países estrangeiros - informações que o desgoverno brasileiro insiste, criminosamente, em classificar como "secretas".

Lula também partiu da defesa ao ataque, outra especialidade dele, antecipando a sucessão presidencial de 2018, com uma mentirinha dissimulatória (para variar) sobre seus reais objetivos políticos: "Não tenho intenção de ser candidato a nada, mas eu tenho vontade de brigar. Está aceita a provocação. Aos meu detratores, vou começar a percorrer o país outra vez. Vou conversar com o povo brasileiro. Vou desafiar aqueles que não se conformam com o resultado da democracia. Aqueles que desde a vitória da Dilma estão pregando a queda dela".

Em sua ofensiva, Lula detonou algumas verdades que devem ter doído na consciência de alguns adversários oportunistas, sobretudo na mídia amestrada, que fazem com o PT um jogo de morde e assopra. Lula praguejou: “Não tem um representante da elite brasileira que não tenha recebido favor do Estado. Conheci muitos meios de comunicação falidos e ajudei porque acho que tem que ajudar. Aí vem essas revistas brasileiras que são um lixo. Não valem nada. Peguem todos os jornalistas da Veja e da Época e enfiem um dentro do outro que não dá 10% da minha honestidade". 

Tirando a base nada científica deste polêmico cálculo de honestidade, que só a cara de pau do chefão $talinácio consegue produzir, Lula repetiu o mesmo discurso nazicomunopetralha de "ataque à elite" (todos que Lula considera inimigos são classificados nesta categoria). Lula insistiu no falso e cínico discurso de luta de classes, pobre (ele) x ricos (os outros que o atacam): "Sou um homem que eu sei de onde vim, sei onde estou e sei para onde eu vou. O que me assusta profundamente é o medo que a elite brasileira tem que eu volte à Presidência da República. É um medo inexplicável porque nunca eles ganharam tanto dinheiro na vida como no meu governo, nem empresários, nem banqueiros e os trabalhadores tambémEles deveriam agradecer a Deus, todo dia acender uma vela, pela a minha passagem e da Dilma pelo governo, mas não eles são masoquistas. Gostam de sofrer". [Lula também sabemos para onde você vai - não nos referimos ao cemitério destino natural de todo ser humano -: VOCÊ VAI PARA A CADEIA. Entenda seu tempo já passou. Agora começaram a investigar e uma hora acham um dos teus podres e vais ser preso e devidamente humilhado.
Entenda: o cara pode até roubar muito  e depois cessar a conduta criminosa e até conseguir gastar o produto do roubo, sempre em liberdade.
Mas, quando ele rouba muito e quer continuar roubando, pode ter certeza que o cara vai em cana. É uma lei natural, daquelas que não mudam e sempre se cumprem.]

O grande líder $talinácio, um mito em evidente decadência, mas ainda com inúmeros seguidores fanáticos, ainda aproveitou o 1o de Maio da CUT (central sindical aparelhada pelo PT) para dar uma enquadrada nos companheiros que fazem "fogo amigo" contra a Presidenta Dilma Rousseff. Lula puxou a orelha deles: "Queria pedir a vocês que muitas vezes ficam nervosos com a Dilma, que ficam irritados, que a gente tem que ter paciência como a mãe da gente. Porque ela foi eleita para governar quatro anos. Temos que ver o resultado final. Na hora que ela está com dificuldade, em vez de só criticar, é melhor a gente dar mão e dizer: companheira, você é nossa. Vamos fazer a crítica que tiver que fazer, mas o povo tem que saber, sobretudo os adversários, que mexeu com a Dilma, mexeu com muita gente neste país e mexeu com a classe trabalhadora".


[CONCLUSÃO:  o Lula é um idiota, um estúpido, um estrupício a serviço do satanás e  cuja sorte está acabando e só lhe resta um caminha: CADEIA.]


Pontos fortes do discurso
Lula também surfou em outro tema polêmico, a redução da maioridade penal para 16 anos, para angariar votos e prestígio entre a massa de jovens marginalizados: "Eu sei que esse é um tema muito grave. Sobretudo, na periferia brasileira, ele é muito caro pelos conservadores. O problema não é ser de esquerda ou de direita, porque os militares nunca ousaram defender (a redução) da maioridade penal. Agora, uma parte da elite conservadora brasileira acha que vai resolver o problema do país mandando para a cadeia moleque de 15, 16, 17 anos. É bom possível que muitos jovens cometam crimes. Agora, é importante que a gente diga qual é o crime que o Estado brasileiro cometeu ao longo de 500 anos não dando a esses jovens a oportunidade de não estar no crime? Há quantos anos esse Estado não deu direito a esses jovens estudarem". [Lula você já é nojento, repugnante, mas se torna pior ainda quando finge esquecer que foi o 'poste', a 'criatura' que você conseguiu eleger e reeleger presidente da República, que decretou o Brasil = Pátria Educadora e cortou verbas da educação.]

Nessa mesma linha de raciocínio manjada, Lula retomou o tosco e simplificador raciocínio da luta de classes, xingando o alvo de sempre, a tal elite: "Vou dar um dado para vocês que é uma vergonha para a elite brasileira, para aqueles que se acham mais inteligentes que nós. A República Dominicana foi descoberta em 1492, Colombo chegou em Santo Domingo. Quinze anos depois, Santo Domingo já tinha universidade. O Peru teve a primeira universidade em 1554. A Bolívia teve a primeira universidade em 1640. A universidade brasileira, só foi feita a primeira em 1920, 400 anos depois da descoberta. Como a gente quer punir a juventude que não teve a oportunidade de estudar, de fazer uma escola técnica? Antes da gente saber porque um jovem cometeu um crime, vamos saber o que aconteceu com a família dele, com o pai e com a mãe, com o avô e a avó, com o bisavô e a bisavó, o que aconteceu com este país".

Conclusões concretas que se pode tirar do discurso virulento de $talinácio. 1) Lula é candidatíssimo à sucessão de Dilma (perigosamente antecipada por ele, diante do desgaste da Presidenta que terceirizou sua missão política e que não tem condições morais de continuar no cargo, por incompetência e corrupção descontrolada). 2) O desgoverno federal vai usar sua máquina "gestapiana" para moer os tais inimigos da elite, principalmente no campo das empresas de comunicação, muito endividadas e extremamente dependentes de verbas oficiais. 3) O irresponsável discurso petista de "partir para a briga" vai investir na perigosa radicalização que pode trazer consequências imprevisíveis no cenário de impasse institucional, com alto risco de ruptura.

Por tudo isso, o Alerta Total insiste em questionar, com uma pergunta fatal: Será que o MPF terá poderes de fato para mexer com Lula? E se for denunciado formalmente, como o geralmente lerdo e covarde judiciário vai se posicionar diante de um poderoso ex-Presidente da República, candidato à sucessão de Dilma? O que garante uma tão poderosa blindagem a Lula - que nem tem mais direito a foro privilegiado? Será que tem tanta gente poderosa, nos três poderes, de rabo preso com ele, o que assegura sua impunidade?

Não há respostas para tanta dúvida. O fato concreto, até agora, é que Lula está "malhando" e se preparando para surgir das cinzas do PT em 2018... O resto é pura torcida e especulação. E o Brasil segue no caminho do subdesenvolvimento, pela via do rentismo improdutivo, da corrupção institucionalizada e da politicagem que continua se servindo do Estado e dando nenhuma bola para os interesses do cidadão e da sociedade.
 
Transcrito do Blog Alerta Total - http://www.alertatotal.net/  - Jorge Serrão -
 serrao@alertatotal.net
 
 

Terra, terra

Um dos aspectos mais terríveis dessas migrações clandestinas para a Europa é a mais absoluta falta de opção das vítimas

De repente, a terra se faz lembrar. Acentua que não é necessariamente terra firme. E treme. Aterroriza, destrói, mata, mostra que o bicho-homem não manda nela. O terremoto no Nepal dói no mundo inteiro, em todos os habitantes do planeta Terra, por cima das distâncias e diferenças, solidários com as vítimas indefesas e impotentes. Vem somar uma catástrofe natural à catástrofe humana e histórica, perfeitamente evitável, dos imigrantes clandestinos, também impotentes e indefesos, que fogem de suas casas, deixam suas terras e morrem maciçamente no Mediterrâneo, milenar berço de civilizações transformado em túmulo de famílias desesperadas. São dias de chorar. Pelas vítimas do terremoto no Nepal. Pelos migrantes que se afogam no Mediterrâneo. E de tentar ajudar.

Outras línguas distinguem a terra que se move (como earth), da terra que se deixa (land), escorraçado pela guerra e pela miséria. Ou da terra (ground) que guarda o petróleo que tanto enriquece alguns e de onde pode brotar a água que nos faz viver mas ameaça sumir. Em português, juntamos tudo, entendendo que é uma coisa só. Mesmo distantes, errantes navegantes do planeta, jamais deveríamos esquecer — como na canção de Caetano.

Todo mundo tem o direito de poder ficar em sua própria terra natal, se quiser. É o que pede o coração. Um dos aspectos mais terríveis dessas migrações clandestinas africanas ou do Oriente Médio, incentivadas pelo tráfico ilegal para a Europa, é a mais absoluta falta de opção das vítimas. É revoltante saber que milhares de pessoas estão morrendo afogadas todo dia, por terem pago por essa viagem as economias de uma vida, depois de perderem casa, bens, terras, animais, plantações, para se apinhar com a família numas sucatas flutuantes, muitas vezes trancados num porão. Como num funil, chegam à Líbia vindo de uns 20 países da região e tentam fugir da guerra, da fome, da violência, da miséria, do abandono, da falta de oportunidades, de perseguições religiosas ou étnicas. Pagam aos traficantes de gente e depois são abandonados no meio do mar ou se transformam em vítimas de naufrágios, propositais ou não.

É claro que precisam ser resgatados — e a atribuição não pode cair apenas nas costas da Itália, mais perto por sua geografia. Mas é necessário um esforço conjunto internacional que vá além do mero acolhimento dos refugiados e sua internação em campos cercados por alambrados, aumentando a cada dia sua tragédia. O mundo precisa atacar as causas que fazem essa gente toda preferir enfrentar os piores perigos a ficar em sua própria terra. 

No fim da Segunda Guerra, iniciativas como o Plano Marshall permitiram que a Alemanha se reconstruisse, o Japão e a Itália pudessem reviver suas economias. Num mundo cheio de paraísos fiscais onde os riquíssimos podem guardar seu dinheiro (venha ele do petróleo, de armas, de drogas, da corrupção) e driblar os impostos que todos nós temos de pagar, deveria ser possível canalizar recursos para melhorar a vida de quem se vê forçado a não poder mais ficar em sua terra.

Há outros problemas com a terra, além dos que são objeto do MST, entre reivindicações de reforma agrária e destruição de pesquisas agrícolas de empresas e laboratórios de universidades. [a matéria é excelente, sua autora sabe escrever e bem; pena que estrague tudo ao colocar vermos como os facínoras do MST no artigo. Aqueles bandidos merecem apenas o tratamento que a PM do Pará dispensou aos que bloquearam uma rodovia.
A PM abateu alguns facínoras do 'movimento social terrorista' e desde então não ocorreu mais nenhum bloqueio de rodovias naquele Estado.]
 
Que tal deixar o petróleo lá no fundo da terra e se dedicar a fontes alternativas de energia? O influente jornal britânico “The Guardian” vem liderando uma campanha para que grandes fundos filantrópicos, como a Fundação Bill Gates e o Wellcome Trust, deixem de investir em combustíveis fósseis e só apoiem pesquisas científicas em outras áreas. O objetivo é diminuir com urgência a ameaça da mudança climática causada pelo petróleo, gás e carvão. A meta é que, em cinco anos, se deixe de financiar as companhias que trabalham com eles. Apela-se, de imediato, para que cessem novos aportes em dinheiro para essas companhias, ou incentivos ao setor. Os argumentos são morais, ambientais e econômicos. 

A campanha, “Keep it in the ground”, pressiona para que 80% das reservas conhecidas de carvão continuem inexploradas, bem como metade das de gás e um terço das de petróleo. Já recebeu a adesão de vários fundos importantes e o apoio de centenas de milhares de pessoas, incluindo celebridades e ganhadores do Prêmio Nobel. Por outro lado, a terra precisa também de proteção para continuar guardando e fornecendo água, o bem mais precioso para a vida no planeta. Recente reportagem de Míriam Leitão neste jornal revelou como o Instituto Terra , de Lélia e Sebastião Salgado, vem desenvolvendo um projeto modelar de proteção a nascentes e olhos d’água no Vale do Rio Doce, tendo como meta refazer todas as fontes dessa bacia. É uma iniciativa admirável sob todos os aspectos, que começa a dar frutos, a lembrar que muitas vezes podemos fazer algo pela terra e por nós. Não nos conformemos em ser apenas vítimas impotentes um do outro.

Por: Ana Maria Machado é escritora - O Globo