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quarta-feira, 2 de novembro de 2016

A guerra do tráfico que matou dentista em floresta do Rio

O carro de Priscila Nicolau foi atingido por 17 tiros de fuzil e pistola no Itanhangá, bairro da Zona Oeste. A polícia suspeita de traficantes em fuga 

Na manhã de 4 de março de 2015 o adolescente GV, de 15 anos, foi capturado pela Polícia Militar na mata que cerca o bairro Itanhangá, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Soldado do tráfico, GV e outros cinco traficantes encapuzados se embrenharam na floresta para invadir de surpresa a favela Vila da Paz. Surpreendidos pela PM, eles começaram um tiroteio. GV negou ter atirado, mas confessou à Justiça que escondera a pistola em algum lugar da mata antes de ser pego. Ele disse que parou de estudar no 6º ano do ensino fundamental. Morava no Vidigal, favela da Zona Sul, de onde fugiu após desavenças com bandidos locais. Já fora pego em 2014 por tráfico de drogas e admitiu usar maconha.





A equipe da PM encontrou mochilas deixadas em meio às árvores pelos traficantes em fuga. Além de capuz e gorro, apreenderam nove balas de pistola, meio quilo de cocaína (que vale mais de R$ 7 mil) e 78 gramas de maconha. Além de GV, os policiais pegaram o traficante Jhony Augusto, de 19 anos, enquanto quatro comparsas conseguiram fugir. A intenção do grupo era ocupar a Vila da Paz para avançar sobre o Morro do Banco, área vizinha em poder da PM. Jhony e seus cúmplices vieram com a missão do Morro do Borel, localizado na Zona Norte. A prisão não encerrou a história, pois as facções criminosas continuaram a ofensiva.


Nesta segunda-feira (dia 31), a ação de guerrilha na mata resultou em uma tragédia que comoveu até mesmo experientes delegados de polícia. Também repercutiu fortemente nas redes sociais. A dentista Priscila Nicolau, de 37 anos, teve o carro atingido por 17 tiros de fuzil e pistolas quando passava pelo bairro Itanhangá. Um disparo acertou o rosto e outro o seu braço. Ela morreu na hora.


O delegado da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, à frente da investigação, disse que um grupo de bandidos tentou tomar o Morro do Banco. Assim como o episódio de 2015, agiram à luz do dia encapuzados e vinham do Borel. A PM reagiu à incursão. Os traficantes correram e se esconderam na mata. Barbosa disse que horas depois, quando deixaram a floresta, o bando se deparou com a dentista. A polícia acredita que o grupo tentou roubar o carro.



Na manhã desta terça-feira (1º), a PM fez operações na região e dentro da floresta. Os policiais conseguiram prender dois suspeitos, tanto da tentativa de invasão à favela como do assassinato de Priscila. A dupla foi pega quando saia de uma trilha na mata.


Após a pacificação das favelas da Rocinha e dos complexos do Alemão e de Lins, traficantes buscaram um novo refúgio para compensar o espaço perdido. Em 2013, de um dia para o outro, moradores do Morro do Banco se depararam com criminosos na entrada do morro. Sentados em um sofá, no meio da rua, armados com fuzis e pistolas, vendiam drogas à vista de todos. A PM rechaçou os bandidos, mas eles continuam embrenhados na mata, onde escondem carregamentos de cocaína, maconha e armas em barracas de camping.

Fonte: Revista Época 

 

Planalto atua em favor de Renan no STF

O Palácio do Planalto atuou nos bastidores, nos últimos dias, para o Supremo Tribunal Federal (STF) adiar o julgamento que pode complicar a vida do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A sessão do Supremo que vai examinar a ação pedindo que réus sejam impedidos de ocupar cargos na linha sucessória da Presidência da República está marcada para amanhã, mas o governo avalia que este cronograma é inconveniente do ponto de vista político. 

O Estado apurou que pelo menos dois auxiliares do presidente Michel Temer procuraram informalmente ministros da Corte para falar do momento inoportuno de se julgar a ação apresentada pelo partido Rede Sustentabilidade. Na prática, o Planalto tem feito de tudo para não contrariar o senador peemedebista, às vésperas da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241 no Senado, que na Casa segue como PEC 55. 

Considerada a âncora do ajuste fiscal, a medida limita o aumento dos gastos públicos por 20 anos e já foi aprovada na Câmara, mas, para entrar em vigor, ainda tem um calendário de tramitação no Senado. A votação no plenário, em primeiro turno, está prevista para o próximo dia 29 e, na segunda etapa, em 13 e 14 de dezembro. A Rede quer que o Supremo estabeleça que pessoas com denúncias admitidas pela Corte não possam substituir o presidente da República, nem mesmo em caso de viagens. Alvo de 11 inquéritos, Renan é o segundo na linha sucessória de Temer, após o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

O ministro do STF Edson Fachin já liberou para julgamento uma denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Renan. Caso o plenário do Supremo aceite a denúncia, ele se tornará réu e responderá a uma ação penal por peculato, falsidade ideológica e uso de documento falso. A data desse julgamento, no entanto, ainda não foi definida.  O cenário ideal para o Planalto é que a decisão sobre a linha sucessória seja postergada, mesmo porque Renan deixa a cadeira de presidente do Senado em fevereiro de 2017, quando haverá eleição para renovar o comando do Congresso. 

Ausências
O feriado de hoje ainda pode ajudar o governo. Com um plenário esvaziado, o STF pode acabar mesmo adiando o julgamento da ação movida pela Rede. Para que haja quórum e a matéria seja apreciada é necessária a presença de oito dos 11 ministros. O ministro Gilmar Mendes não participará do julgamento por ter tirado dias de folga no exterior. Ricardo Lewandowski, por sua vez, é aguardado amanhã em Porto Seguro, na Bahia, onde fará a palestra de abertura do 6.º Encontro Nacional de Juízes Estaduais (Enaje). Os organizadores do evento confirmaram que ele estará na cidade já no horário do almoço. 

Existe ainda a possibilidade de que um dos ministros presentes à sessão se declare suspeito para analisar o caso. Para o relator do processo, ministro Marco Aurélio Mello, um eventual adiamento seria negativo.  “Precisamos definir essa matéria porque a época é propícia, já que não temos ninguém na linha de substituição do presidente da República na condição de réu no Supremo. Então, estaremos decidindo mesmo em tese. A matéria não tem complexidade maior”, disse Marco Aurélio ao Estado. “Estarei presente à sessão, pronto a fazer o relato, a votar e a ouvir. A sociedade precisa ouvir, até mesmo porque não podemos colocar em segundo plano o valor ético e moral. Todo adiamento é negativo e trunca a apreciação da matéria”, afirmou o ministro. 

Caráter
O julgamento foi marcado pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, antes do desentendimento com Renan em virtude da deflagração de uma operação que resultou na prisão de quatro policiais legislativos suspeitos de obstruir as investigações da Lava Jato. 

Na semana passada, o peemedebista ligou para Cármen Lúcia, pediu desculpas por ter chamado de “juizeco” o juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, que autorizou as prisões, e afirmou que a presidente do Supremo é “um exemplo de caráter”. 

Na denúncia oferecida ao Supremo, a Procuradoria-Geral da República considerou que Renan recebeu propina da construtora Mendes Júnior para apresentar emendas que beneficiariam a empreiteira. Em troca, o senador peemedebista teria pagas pela empresa as despesas pessoais da jornalista Monica Veloso, com quem o parlamentar mantinha relacionamento extraconjugal. A investigação tramita na Corte desde 2007 e a acusação foi formalizada em 2013. 

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.


Onda furada

Fala-se de 'virada' à direita como se algum dia o Brasil tivesse sido de esquerda

Concluídas as eleições, inicia-se a fase das conclusões. No geral, apressadas quando se trata de fazer projeções. A mais difundida no momento é a que põe nas mãos do governador Geraldo Alckmin a legenda do PSDB para concorrer à Presidência da República em 2018, como consequência da vitória em primeiro turno de João Doria para a Prefeitura de São Paulo, da conquista de importantes cidades no Estado e da derrota do candidato do senador Aécio Neves à prefeitura de Belo Horizonte.

Nesses casos de A + B=C, somam-se bananas com laranjas e trata-se a política como se fosse ciência exata ou como algo que funcione no piloto automático. No meio, entre um acontecimento e outros há os fatos, há as circunstâncias e há gente, espécie humana, categoria instável, sujeita aos efeitos da chuva e das trovoadas.  Experiente no tema, Alckmin tratou anteontem de declarar algo que certamente não pensa: que, no momento, a disputa de 2018 não está na agenda dele nem do PSDB. É claro que está, mas é daquelas coisas que o político precavido não assume. Entre outros motivos para não se queimar e ver se consegue atravessar a distância entre uma eleição e outra com chance de sucesso na tarefa de ultrapassar obstáculos.

São inúmeros. Na seara tucana há dois com nomes e sobrenomes: José Serra e Aécio Neves. Sem contar os respectivos aliados internos e externos. O primeiro é chanceler e um interlocutor privilegiado no PMDB. Importantíssimo para a eventualidade da conquista desse apoio caso o partido de Michel Temer não concorra ou não chegue ao segundo turno em 2018. O segundo é senador e presidente do PSDB; tem a máquina, portanto. Ambos contam com visibilidade garantida, além de não terem seus destinos ligados ao êxito ou fracasso de alguém, como Alckmin precisa de que João Doria corresponda às expectativas do maior eleitorado do País.

Além disso, a própria história de eleições fornece milhões de exemplos de desconexão entre resultados bons e maus. Dois deles: em 2008, Geraldo Alckmin não chegou ao segundo turno na eleição municipal em São Paulo, disputada entre Marta Suplicy e Gilberto Kassab, o vitorioso; em 2014, Aécio Neves teve menos votos que Dilma Rousseff em Minas Gerais, seu reduto principal, mas por pouco não ganhou dela na final pela Presidência.

Vamos a outro caso de conclusão apressada que, aliás, dá título a este texto: a tal da onda conservadora que supostamente varre o País. Por causa da derrota ampla, geral e irrestrita do PT? Pela eleição de Marcelo Crivella no Rio de Janeiro? Pela vitória de Doria?
Ora, o fiasco do PT não tem nada a ver com ideologia. Tem a ver com corrupção e desatino na administração da economia. Ademais, quem disse que os petistas detém o monopólio do pensamento de esquerda? Governou com e para a direita atrasada, tratou os mais pobres como consumidores – algo típico do coronelato arcaico dos grotões. Além disso, seu líder máximo quando sindicalista declarava não ser de esquerda. Lula vestiu essa roupagem quando precisou dela para construir um partido.

Doria venceu em São Paulo por ter sabido encarnar com eficiência o antipetismo. Crivella ganhou no Rio em boa medida pela autossuficiência do prefeito Eduardo Paes que insistiu em apoiar um candidato eleitoralmente inviável. De onde o segundo turno entre o bispo aposentado e um candidato visto como representante de uma esquerda amalucada. Marcelo Freixo, convenhamos, não chega perto de ser um Fernando Gabeira, que, aliás, perdeu de pouco para Paes em 2008 quando, pela régua dos arautos da onda conservadora, o Brasil era de esquerda.
Em momento algum o País teve a prevalência da corrente de esquerda. Não nos esqueçamos: Lula só ganhou a eleição quando adaptou seu discurso ao centro e fez uma Carta aos Brasileiros jurando fidelidade à política econômica qualificada pejorativa e equivocadamente como neoliberal.


Fonte: Dora Kramer - O Estado de S. Paulo

Mais uma paralisação da Polícia Civil - por sorte, a população já se acostumou às constantes paralisações e, infelizmente, os bandidos também

Policiais civis anunciam nova paralisação de 48 horas a partir de quinta

A categoria decidiu paralisar as atividades a partir da próxima quinta-feira (3/11)

Policiais civis decidiram em uma assembleia extraordinária na tarde desta terça-feira (1/11), por paralisarem novamente as atividades nas delegacias do Distrito Federal pelo prazo de 48 horas. A categoria irá cruzar os braços às 8h desta quinta-feira (3/11) e só serão registrados os casos de flagrantes de crimes violentos, como homícidios. Essa é mais uma das ações da classe que reivindica a isonomia salarial com a Polícia Federal, que teve aumento de 37% em três parcelas proposto pelo Executivo federal. [aumento que ainda não foi aprovado no Senado Federal, portanto, mesmo que com aprovação praticamente certa, ainda não está garantido e só começa a valer a partir de 2017.]

Além da paralisação que se encerra às 8h do próximo sábado (5/11), os policiais também decidiram na assembleia convocada pelo sindicato dos Policiais Civis (Sinpol-DF) por manter a operação PCDF Legal, assim também como reiterar os pedido de exonerações dos cargos entregues pelos policiais civis há pelo menos três meses, quando se iniciou o movimento da categoria. A classe também pretende fazer ações junto aos deputados distritais, para que haja alteração na Lei Orçamentária local para inserir a previsão para a recomposição salarial dos policiais civis.

A situação se estende desde os jogos Olímpicos, quando os policiais manifestaram na frente do Estádio Nacional. A partir daí, o Governo do Distrito Federal entregou aos representantes dos sindicatos da categoria quatro propostas. Porém, em razão da divergência com a exigência da PCDF, todas foram negadas em assembleias. Desde então, paralisações vêm sendo realizadas pela classe. [o inconveniente das paralisações sucessivas sem algo sólido a apoiar as reivindicações - as da PCDF buscam uma isonomia com a Polícia Federal, com base em um reajuste ainda não concedido a PF; tudo indica será concedido, mas,  a partir de 2017  -  é que além de esvaziar as paralisações, possibilita que as autoridades e a própria população encontrem alternativas que compensam o serviço que não é prestado pela categoria.
As sucessivas paralisações começam a mostrar que aquela categoria não faz falta.]
Fonte: Correio Braziliense 

INsegurança Pública no DF: por fim uma decisão acertada - bandidos presos não receberão visitas

Por risco de rebelião, Secretaria de Segurança cancela visitas na Papuda

A Secretaria havia dito que mobilizaria servidores do Detran, bombeiros, policiais militares e civis para garantir as visitas, mas recuou

[visita para bandido  preso tem que acabar - só traz prejuízos à Sociedade e facilita o tráfico de drogas, celulares e armas.
Além do mais hoje é DIA DE FINADOS, se algum bandido deve receber visita nesta data, são os que já foram abatidos e devidamente enterrados. E essa visita ocorre nos cemitérios e não traz problemas para a segurança pública, já que todo bandido bom é bandido morto.] 

A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que as visitas previstas para hoje foram suspensas por razões de segurança. De acordo com a pasta, os relatórios de inteligência da Subsecretaria do Sistema Penitenciário apontaram o risco de confusão e de o uso dos visitantes como reféns pelos presos. Em nota divulgada pela Secretaria, o governo explica que a medida "visa garantir a incolumidade das presas e dos presos, bem como de seus familiares e visitantes".


O posicionamento da pasta foi divulgado após confusão na manhã desta quarta-feira (2/11) no Complexo Penitenciário da Papuda. Na terça (1/11), a Secretaria havia dito que mobilizaria agentes do Departamento de Trânsito do DF (Detran), policiais civis, militares e bombeiros para ajudar no trabalho dos agentes que não aderiram à greve - iniciada em 10 de outubro -, e que isso garantiria as visitas e a revista, no entanto, recuou.

Familiares chegaram com antecedência ao presídio, mas foram impedidos de entrar. A previsão era de que os presidiários recebessem apenas duas visitas por mês das mães ou companheiras, sendo elas maiores de idade. Em dias normais, os presos chegam a receber quatro visitas.

Em nota, divulgada às 10h desta quarta-feira, a Secretaria Segurança Pública informa que a situação está sob controle nas unidades prisionais do sistema penitenciário do Distrito Federal, sendo que a segurança na área interna está sob responsabilidade dos agentes de atividades penitenciárias que se mantiveram em seus postos de trabalho.   

Na área externa das unidades prisionais, o Patrulhamento Tático Móvel (PATAMO), o Batalhão de Choque e o 29º Batalhão de Polícia Militar intensificaram o policiamento e contiveram a reação das visitantes com a suspensão das visitas nesta quarta-feira (2) por razões de segurança. No lado externo, no perímetro das unidades prisionais, situação também controlada. O esquema de reforço da segurança será mantido até a situação estar completamente estabilizada.

Fonte: Correio Braziliense

As ilusões das eleições


Na era cibernética, até o castigo ‘avoa’ nos ares para o PT de Lula e o chefão tucano Aécio


O principal derrotado nas eleições municipais de outubro de 2016 foi o Partido dos Trabalhadores (PT). E com ele afundaram nas urnas seus sucedâneos e tradicionais aliados de esquerda: de Rede, PSOL e PCdoB a nanicos revolucionários – os de centro-esquerda e os mais extremados.

Isso quer dizer que a centro-direita venceu a disputa, levando em conta estatísticas avassaladoras do gênero: 80% das prefeituras do País foram conquistadas por legendas, das gigantes às mínimas, todas componentes da base de apoio do governo-tampão de Michel Temer? Ou, ainda, o maior partido da oposição nos desgovernos petistas de Lula e Dilma, o PSDB, ganhou 863, ou seja, 25% dos pleitos, um recorde histórico? Nada disso!  Acreditar em tal lorota – ou na análise oportunista e apressada do advogado, empresário e político Eliseu Padilha, ministro-chefe da Casa Civil do governo federal, de que os eleitores derrotaram nas urnas a hipótese estapafúrdia do “impeachment sem crime é golpe” é dar alguma razão a quem ainda insiste nessa total tolice.

Quem rotula PSDB e PMDB de centro-direita acredita em contos de fadas e bruxas nos quais Lula, insubstituível líder do PT, é esquerdista. Os tucanos, atarantados sócios da maior legenda que se opôs aos 13 anos, 4 meses e 12 dias sob o ex-sindicalista e a ex-guerrilheira, são farinha do mesmo saco de que se nutriu o partido que foi comandado por Ulysses Guimarães. Foram produzidos na luta gloriosa contra a ditadura militar e civil, esta, sim, de direita, que promoveu o milagre econômico e a repressão brutal dos anos 60 a 80. Mas foram separados na feira em que se puseram à venda nas vicissitudes da democracia que sucedeu ao arbítrio.

Ao contrário do que reza a doutrina esquizofrênica da esquerda, dominante nas escolas e nos palanques, o autoritarismo não ruiu aos pés dos “heróis” da guerra suja, mas da prática democrática da sociedade e dos parlamentos liderados pela oposição civil, mesmo sob dura ameaça permanente.  O longo processo que depôs a quarta gestão federal petista nunca foi contaminado em um segundo que fosse pelo vício da ilegitimidade. A teoria do “gópi” – apud senadora Fátima Bezerra (PT-RN) – nunca sequer foi levada em conta pelo cidadão comum na hora de votar em seu prefeito. O engano de Padilha nem precisa ser negado por pesquisas de opinião que constatam índices massacrantes de impopularidade de seu chefe no Palácio de Planalto. Pois esta é percebida, por qualquer brasileiro de posse das faculdades mentais, em casa, no trabalho e nas ruas. Mas, como ficou rouca de insistir Dilma, impopularidade não tira legitimidade de presidente nenhum. E a maioria que a sufragou nele votou, ora bolas!

Das profundezas de sua tumba o Conselheiro Acácio, criado por Eça de Queiroz, mandou avisar que os vencedores das eleições municipais, a salvo de todas as ilusões, foram os candidatos que tiveram mais votos. Em São Paulo, João Doria precisou muito de Geraldo Alckmin para afastar Andrea Matarazzo da legenda tucana, exilando com ele os figurões Fernando Henrique, José Serra e Alberto Goldman. Mas o governador paulista não contribuiu com os votos necessários para a vitória nas urnas.

A eleição folgada em segundo turno do ex-bispo (isso existe?) da Igreja Universal Marcelo Crivella, no Rio, não representa uma adesão em massa da maioria católica dos cariocas às barbas do pretenso profeta Edir Macedo. Os mapas eleitorais da cidade que já foi maravilhosa desvendam um triunfo obtido na periferia miserável sobre os bairros dos abonados que, isolados, elegeriam Marcelo Freixo. Na verdade, este foi derrotado porque sua tolerância com traficantes e vândalos mascarados fere mais a suscetibilidade do pobre, que não pode sair da favela onde nasceu, do que a segurança do rico, apto a comprar a própria paz com uma parte ínfima da mais-valia a que tem acesso.

Segurança é uma senha evidente para definir o voto majoritário de outubro, mas não é a única. Nem a principal. O sinal disso foi dado pela transformação do agressivo cinturão vermelho que cingia a Grande São Paulo por um diáfano diadema azul. Nunca antes na História deste país, no ABC, berço do sindicalismo autêntico, do PT e do carisma de Lula, bandeiras rubras foram enroladas nas festas de vitórias municipais. A região teve a terrível oportunidade de testemunhar que o poder nas mãos dos sindicalistas e os cofres públicos escancarados pela renúncia fiscal às montadoras não poderiam resultar em nada diferente do desemprego em massa, que esvaziou as despensas dos lares operários. A fuga das estrelas encarnadas das ruas do ABC paulista é o melhor símbolo da consciência do eleitorado de ter sido vitimado pela corrupção, pela inépcia e pelo aparelhamento petista da máquina pública, que resultaram na crise econômica, na quebradeira das empresas e na tragédia do desemprego galopante.

Foi necessário o holerite desaparecer em todos os municípios para os brasileiros notarem quanto os empobrece o enriquecimento dos políticos, cujo furto fica mais cruel quando se acompanha do desencanto com o lorotário ideológico.  Por incrível que pareça, a pré-racionalidade do eleitorado (apud Mauro Guimarães) também cobrou duramente do maior adversário de Lula e principalmente Dilma, o tucano mineiro Aécio Neves, que perdeu a eleição em Belo Horizonte para um cartola de futebol que disse que “roba” (sic), mas não pega propina. Neto de Tancredo Neves, que avisava sabiamente que ninguém se elege presidente se não for capaz de unir o próprio berço, Aécio trouxe agora à tona a mentira de que em 2014 teria sido derrotado no Nordeste, mas foi vencido mesmo em Minas Gerais.

Agora disputará a indicação do partido com Geraldo Alckmin, que elegeu um prefeito em cada quatro cidades paulistas, sendo uma delas a maior de todas. Nesta era cibernética até o castigo “avoa” nos ares.


Fonte:  José Nêumanne - Jornalista, Poeta e Escritor - O Estado de S. Paulo


Protecionismo cresce e ameaça recuperação global

Políticas de fechamento de fronteiras aos fluxos de pessoas, capital e comércio crescem em todo o mundo, alimentadas por um irracionalismo preocupante

[protecionismo = um mal necessário; imigrantes = prejuízos e problemas para o país que os recebe.]

A atual onda política marcada por nacionalismos populistas e xenófobos tem sua expressão econômica no crescente protecionismo e resistência à celebração de acordos comerciais multilaterais, como a Parceria Transpacífica. Além de travar o comércio internacional, esse processo vem retardando de forma perigosa a recuperação da economia da crise global de 2008. 

Relatório de Monitoramento do Comércio da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado em julho, na reunião de cúpula da entidade, revelou que, entre meados de outubro de 2015 e meados de maio deste ano, foram apresentadas em média 22 medidas restritivas por mês pelos países-membros, a mais elevada desde 2011. É um aumento significativo, considerando-se o período anterior, quando a média, já alta, foi de 15 medidas por mês. O relatório conclui afirmando, com acerto, que a “melhor garantia contra o protecionismo é um robusto sistema multilateral de comércio”.

No mesmo período, os países-membros da OMC aprovaram 19 medidas por mês para facilitar o comércio, um pequeno aumento em relação ao período anterior. O número de ações protecionistas avançou 11% no período avaliado. O diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, disse que “o relatório mostra um preocupante crescimento de medidas restritivas ao comércio postas em vigor mensalmente”. Ele lembrou que, das 2.800 medidas protecionistas adotadas desde outubro de 2008, apenas 25% foram removidas, acrescentando que “na atual conjuntura, um aumento das restrições ao comércio é a última coisa de que a economia global precisa. Esse aumento poderia ter um efeito nocivo adicional de esfriamento dos fluxos comerciais, com impacto desastroso para o crescimento econômico e a geração de empregos”. 

Neste ano, o volume global de comércio não cresceu no primeiro trimestre e caiu 0,8%, no segundo, segundo analistas ouvidos pelo “New York Times”. Os EUA não foram exceção: o volume total de importações e exportações caiu mais de US$ 200 bilhões no ano passado. E nos primeiros nove meses de 2016 recuou outros US$ 470 bilhões. Foi a primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial que o intercâmbio comercial entre os países caiu num período de expansão econômica. 

As políticas contrárias aos fluxos globais de pessoas, capital e mercadorias são um retrocesso óbvio. E, no entanto, tem defensores. O Brexit — a saída do Reino Unido da UE — é talvez o exemplo mais dramático dessa mentalidade retrógrada. Seu impacto no país, no bloco europeu e na economia mundial ainda não foi totalmente quantificado. Nos EUA, por outro lado, o protecionismo comercial é, estranhamente, um ponto comum entre Donald Trump e Hillary Clinton, com o argumento falacioso da defesa do mercado de trabalho local. Trata-se, em resumo, de um irracionalismo que se alimenta da desconfiança generalizada no sistema político e oferece como resposta o risco de um obscurantismo perigoso.

Fonte: O Globo - Editorial


terça-feira, 1 de novembro de 2016

PT saudações

Derrota do partido é tão avassaladora que não permite nenhuma leitura atenuante

Se alguém ainda acreditava na possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato novamente à Presidência da República em 2018, mesmo depois da Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff, o eleitor brasileiro tratou de dizer de forma clara e cristalina: não vai acontecer. A derrota do PT é tão avassaladora que não permite nenhuma leitura atenuante. Não se salvou nada nem ninguém no partido. Mesmo o rosário da renovação da sigla, que começou a ser desfiado por Tarso Genro e outros, não sobrevive a uma constatação dura: não há candidatos aptos à tarefa.

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, citado como opção na terra de cegos que virou o partido, não quer assumir a missão nem seria um nome com trânsito suficiente para desbancar os caciques de sempre e enterrar de vez o lulismo – do qual, diga-se, foi um dos últimos produtos exitosos. Sim, porque a única remota chance de o PT se reerguer seria enterrar o lulismo, mas o partido há muito tempo fez a opção oposta, a de se enterrar se for preciso para defender Lula, em uma simbiose que as urnas acabam de rechaçar de maneira fragorosa.

Tanto que o partido não consegue pensar em uma alternativa para 2018 que não seja seu “comandante máximo”, para usar a designação que a Lava Jato deu ao ex-presidente.  A insistência na tese de que Lula é vítima de perseguição com lances patéticos como queixa à ONU e manifestações internacionais bancadas por “sindicatos” que nada mais são que versões da CUT para gringo ver mostra que o PT decidiu atrelar seu destino ao do ex-presidente.

Dilma já parece ter sido esquecida pelos petistas na mesma velocidade com que o foi pelos brasileiros. Tanto que, com exceção de Jandira Feghali, ninguém se lembrou dela nas eleições municipais. A presidente cassada tem sido vista fazendo compras tranquilamente no Rio, em um sinal inequívoco de que o discurso de que houve um golpe era uma fantasia, a única saída para um partido que perdeu o poder porque já não tinha condições de governar nem apoio popular, como o resultado das eleições tratou de deixar evidente.

É essa reflexão que o PT terá de fazer se quiser se refundar. Isso pressupõe admitir que patrocinou um esquema de corrupção cuja dimensão ainda está por ser inteiramente conhecida. Admitir que levou a economia do País à maior recessão da história. Que perdeu a governabilidade antes de Dilma perder a cadeira. E que Lula não é uma vítima de uma perseguição implacável que envolve Judiciário, imprensa, Ministério Público e sabe-se lá mais quem.

Quais as chances de o partido fazer isso seriamente? Remotas, para não dizer inexistentes.

Do outro lado do pêndulo político, o PSDB sai do pleito municipal como o grande vencedor mais por memória do eleitorado de décadas de polarização com o PT do que por força própria. Mas o fim dessa alternância, pelo simples fato de que um dos polos se esfacelou, também obrigará os tucanos a reverem sua estratégia para voltar a ter chance de governar o País.

Isso significa trocar as disputas de bastidores entre caciques para ver quem será o candidato da vez, uma constante desde a sucessão de Fernando Henrique Cardoso, por alguma nitidez programática capaz de mostrar ao eleitorado que o partido tem um projeto para tirar o País do buraco.  A pulverização de votos por uma miríade de siglas mostra que o eleitor, embora ainda enxergue no PSDB e PMDB as alternativas mais seguras à ruína petista, começa a procurar opções.

A negação da política é uma das marcas indeléveis de 2016. O único político de expressão nacional que saiu vitorioso, Geraldo Alckmin, acertou ao perceber o Zeitgeist e apostar em um candidato em São Paulo com o discurso da não política. Em escala nacional, no entanto, o País já viu o estrago que a eleição de um outsider pode provocar. Com Fernando Collor, antes. E com Dilma depois.


Fonte:   - Vera Magalhães - O Estado de São Paulo

Dez provas de que o PT ficou nanico

Confira as evidências de que o partido de Lula foi abandonado por milhões de eleitores inconformados com a corrupção institucionalizada e com a crise econômica

1. Em 2012, o PT foi vitorioso em 638 municípios, cujas populações somavam 38 milhões de pessoas. Neste ano, venceu em apenas 254, habitadas por 5,9 milhões de brasileiros.
2. Nove partidos elegeram mais prefeitos que o PT.
3. Rio Branco, no Acre, será a única capital governada por um petista nos próximos quatro anos.
4. Com exceção de Rio Branco, o PT perdeu a eleição em todas as cidades brasileiras com mais de 200 mil eleitores.
5. Os sete candidatos do PT que chegaram ao segundo turno foram derrotados.
6. No ABC paulista, berço do PT, nenhum candidato do partido foi vitorioso.
7. Por falta de convite, Lula não participou de um único comício durante o segundo turno.
8. A pedido do candidato João Paulo, Lula ficou fora da campanha no Recife, única capital em que o PT disputou o segundo turno.
9. Eleitora em Porto Alegre, Dilma Rousseff desistiu de votar neste domingo por falta de candidato.
10. Eleitor em São Bernardo, Lula desistiu de votar neste domingo por falta de candidato.

Fonte: Blog do Augusto Nunes

 

 

Literatura em perigo: Dilma ameaça escrever um livro

A romancista policial deveria fazer de conta que é ficção o que de fato aconteceu 

Dilma Rousseff contou à jornalista Natuza Nery que não sabe quando publicará um livro de memórias, mas gostaria muito de escrever um romance policial. Que tal juntar as duas coisas numa obra só, fazendo de conta que é ficção o que efetivamente aconteceu?

A discurseira populista do herói, por exemplo, camufla o chefão de uma organização criminosa disfarçada de partido político. Enquanto jura que só pensa em transferir os pobres e miseráveis para a classe média, ele enriquece com donativos de empreiteiros amigos.

Cercada de bandidos por todos os lados, a heroína repete de meia em meia hora que é mulher honrada. Ele acaba na cadeia. Ela perde o emprego e, embora não consiga dizer uma única frase com começo, meio e fim, resolve virar escritora. O desfecho da saga fica para o próximo livro, a ser publicado depois da eleição de 2018.

Fonte: Blog do Augusto Nunes

 

 

 

Polícia corta água e luz de invasores no Paraná

Polícia corta água e luz de invasores no Paraná! Faz bem! Um jornal puxa o saco dos truculentos

“Gazeta do Povo” perde os parâmetros do Estado de Direito na sua luta cega contra o governo do Estado

Quando acuso a imprensa de, na prática, promover a invasão de escolas, não cometo nenhum exagero. As esquerdas xexelentas só reclamam do jornalismo porque já aprenderam que, quanto mais atacam a chamada “mídia”, mais subserviente aos “movimentos” esta se mostra. Ou por outra: os comandos das redações tentam provar a sua isenção mandando bater nos adversários dos brucutus, e os brucutus viram filósofos em textos da militância vermelha infiltrada nas redações. Vejam o caso da Musa de Los Hermanos, a tal Ana Júlia. É a moça que acha que “já que a escola é nossa, a gente ocupa; e quem quer estudar que se submeta ao coletivo”.

Por que digo isso?
Leio, com estupefação, o seguinte título no jornal a “Gazeta do Povo”, do Paraná, cuja militância anti-Beto Richa vai além de uma questão editorial para virar uma cegueira moral e legal: “Sem mandado, governo fecha entrada e corta energia e água do Núcleo de Educação”.
Como? Mandado?

Quer dizer, então, que os invasores já viraram agentes de direito? Se um grupo de descontentes com a linha editorial do jornal decidir invadir a redação, em vez de a direção do jornal chamar a polícia, vai fazer o quê? Apelar a um juiz? Se o doutor disser “não”, acontece o quê?

Ah, mas antevejo qual seria a reação, não? “A liberdade de imprensa foi agredida!” Ou ainda: “Só existe democracia com imprensa livre”. E olhem que concordo com as duas frases. Por isso mesmo, convido o jornal não a assumir um lado nessa questão, mas a assumir a lei, o mesmo Estado de Direito que garante a liberdade de informar.  Invasores não são agentes de direito. O Núcleo de Educação não é uma área que esteja sendo disputada por posseiros. Trata-se de um bem público que foi tomado por meia dúzia de autoritários. Se a Polícia Militar lá entrar e arrancar todo mundo na unha, não estará cometendo ilegalidade nenhuma — usando a força que for necessária.

Imaginar, agora, que toda invasão precisará da intermediação do Judiciário para ser resolvida corresponde a legitimar a força bruta e a jogar na lata de lixo as leis. Atenção! Abolir a propriedade pública não é diferente de abolir a propriedade privada. Insisto: se a sede da Gazeta for invadida, seus chefes chamarão ou não a polícia? Faz muito bem o governo. Recomendei aqui ontem que assim se procedesse. E assim tem de ser em todos os prédios invadidos: que se cortem água, luz, telefone, tudo. Quem está fora não entra. Nem pra levar água e comida. Aliás, consta que a Polícia Militar está procedendo assim. É o correto. Que os invasores vivam lá de suas fantasias autoritárias. Essa é a alternativa à pancadaria e bomba.

A própria reportagem informa que a OAB e o Conselho Tutelar estão à porta. Adivinhem se é para garantir o direito de milhares à educação. Que nada! São todos babás de invasores. Estão preocupados com a segurança dos fascistoides de esquerda que impõem a sua vontade na base do berro. As invasões estão esmorecendo. A despeito do apoio da imprensa, que, reitero, até inventou uma musa das invasões, a supostamente apartidária Ana Júlia, filha de um militante petista, que esteve ontem no Congresso e posou ao lado de Gleisi Hoffmann, a enrolada senadora do PT do… Paraná.

Ah, sim: leio este outro mimo na Gazeta: “O movimento Ocupa Paraná, também conhecido como Primavera Estudantil, ocupou o prédio do NRE, que fica na rua Inácio Lustosa, horas após o início do cumprimento das ordens de reintegração de posse de 25 escolas de Curitiba”. Como? Quem chama esse espetáculo de truculência de “Primavera Estudantil”? A primavera dá flores à luz. O movimento no Estado, até agora, só rendeu truculência e um cadáver.

A imprensa inventou a “Primavera Estudantil”. No mundo, os tontos inventaram a “Primavera Árabe”.  A gente viu o inverno que se abateu sobre o Oriente Médio, né? A “primavera” como metáfora sempre deu em merda. Até quando a associação fazia sentido. Ou se tratava de uma usurpação picareta da palavra (no caso do Oriente Médio) ou de uma inocência cretina, como a Primavera de Praga.

No fim das contas, essa gente toda, imprensa inclusive, precisa é estudar. A escola, submetida às regras da democracia e do Estado de Direito, pode ser uma boa ideia.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo - VEJA

 

Justiça decide enquadrar estudantes baderneiros e Juiz autoriza corte de água, luz e gás em escola ocupada no DF

Juiz Alex Oliveira, da Vara da Infância e da Juventude, tomou a decisão no domingo, mas medidas não foram cumpridas e escola foi desocupada nesta terça-feira

[não foi necessária a adoção de nenhuma medida, bastou os baderneiros serem notificados que se acovardaram e desocuparam a escola; vale lembrar que a Justiça pode e deve responsabilizar os pais dos estudantes menores de idade e que são maioria entre os ocupantes.]
O juiz Alex Costa de Oliveira, da Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal, autorizou expressamente durante o plantão judicial no último domingo que a Polícia Militar utilizasse “meios de restrição à habitabilidade” da escola Centro de Ensino Asa Branca (Cemab) de Taguatinga, cidade-satélite de Brasília – ocupada até a manhã desta terça por grupos contrários à PEC 241, que prevê corte de gastos nos próximos 20 anos.

Em sua decisão, o juiz autorizou corte de água, energia e gás dos imóveis da escola, além da proibição da entrada de terceiros na escola, inclusive parentes dos estudantes. Alex Oliveira também proibiu a entrada de alimentos e autorizou o uso de “instrumento sonoro contínuo direcionado ao local da ocupação para impedir o período de sono”.  Segundo a assessoria da Polícia Militar do DF, contudo, nenhuma destas medidas foi adotada e o imóvel da CEMAB foi desocupado nesta terça, pela manhã, “de forma pacífica pelos próprios estudantes ao serem informados pelo oficial de Justiça”.

Já foram expedidos pela Justiça do DF outros sete mandados de desocupação de escolas que ainda devem ser cumpridos nesta semana. A decisão do juiz Alex Oliveira prevendo as medidas para pressionar os manifestantes foi tomada dois dias depois de outro juiz da Vara da Infância, Newton Mendes de Aragão Filho determinar, na noite do dia 28, a desocupação do imóvel.

Em sua decisão, porém, Newton Aragão Filho havia concedido 60 minutos para a “desocupação voluntária” e, depois disso, autorizado o “uso moderado e progressivo da força” e até a prisão em flagrante daqueles que desobedecessem a decisão judicial. Até o domingo, porém, a ordem não havia sido cumprida pois, segundo informou o oficial de Justiça, a PM, ao ser contatada, teria informado que não estava com efetivo suficiente e necessitava elaborar um plano de ação com antecedência para desocupar o local.

Com isso, ao ser informado pelo oficial de Justiça, o novo juiz reiterou o mandado de desocupação e intimou o Comando-Geral da PM do Distrito Federal para cumprir a ordem “sob pena de crime de responsabilidade”.
As informações são do jornal  O Estado de São Paulo
 

"bonde" não pode entrar no presídio da Papuda - agentes grevistas impedem entrada de presos na Papuda, e Bope é acionado

Agentes se recusam receber presos na Papuda e divisão especial é acionada

Os servidores fizeram um bloqueio em frente ao acesso principal do presídio e proibiram a passagem do "bonde" - como é conhecido o comboio de transferência de detentos. Eles afirmaram que a entrada só será permitida com ordem judicial

[agentes nesta estão errados; presídio deve manter sempre as portas abertas para receber bandidos - superlotação, com jeitinho onde cabe dez, cabe 20;
que impeça, ou dificultem ao máximo, as visitas,  tudo bem - bandido não deve receber visitas, deve viver segregado de qualquer contato social, mas qualquer cadeia tem a obrigação de caber sempre mais um bandido.] 

Mais um episódio escancara a grave crise institucional na [in]segurança pública do Distrito Federal. Um grupo de agentes de atividades penitenciárias grevistas impediu, na manhã desta terça-feira (1/11), que 96 presos transferidos da carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE), no Complexo da Polícia Civil, fossem recebidos no Complexo Penitenciário da Papuda. Os servidores fizeram um bloqueio em frente ao acesso principal do presídio e proibiram a passagem do "bonde" como é conhecido o comboio de transferência de detentos. Eles afirmaram que a entrada só será permitida com ordem judicial.

Por causa da recusa dos servidores, policiais civis que encaminhavam os detentos à Papuda recuaram. Neste momento, estão afastados do acesso principal, mas permanecem na área de segurança do presídio. Policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE) ficaram de prontidão, mas não precisaram agir para fazer a entrega dos presos. O complexo da Papuda abriga, além de criminosos comuns, políticos condenados em operações famosas, como a Lava-Jato.

O bonde acontece toda terça e sexta-feira. Nesta manhã (1/11) a confusão começou por volta das 11h. Ao todo, 50 agentes de atividades penitenciárias participam do bloqueio em frente à Papuda. Na semana passada eles decidiram pela continuidade da greve que começou em 10 de outubro. A categoria reivindica o pagamento da última parcela do reajuste salarial.
 
O Correio procurou a Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social do DF e a Divisão de Comunicação da Polícia Civil (Divicom) e aguarda resposta. 
 
 

Apesar do DETRAN, especialmente o do DF, o aumento de algumas multas é necessário

Atenção motoristas: multas estão mais salgadas a partir de hoje

Novos valores variam de 52,8% a 66,1%. Reajuste divide opinião de condutores. Apesar de concordar com a medida, especialistas acreditam que ela precisa vir ao lado de mais campanhas educativas. [muito provavelmente os tais especialistas querem mais campanhas educativas como uma forma de faturar - o usual é que os chamados especialistas sejam contratados para participem de tais campanhas, faturando o deles e as campanhas não levam a nada.

 

Com sinceridade: o imbecil que dirige falando ao celular vai deixar de atentar contra a sua vida e a de terceiros em função de uma campanha educativa?

o idiota que coloca o som em volume máximo, realçando os graves e com isso fazendo até outros carros tremerem, vai deixar de ter essa conduta nociva devido a uma campanha educativa?

o bandido que bebe e dirige, comete este crime por falta de campanha educativa?

Os exemplos acima, pinçados ao acaso,  mostram que a única solução é aumentar sem pena o valor das multas, cassar a carteira, prender o motorista - pelo menos enquanto estiver em cana não vai cometer infração.]

As multas de trânsito estão mais caras a partir de hoje. Todas as categorias de transgressão — leve, média, grave e gravíssima sofreram reajustes, que variam de 52,8% a 66,1%. Além do aumento, algumas condutas corriqueiras dos motoristas foram agravadas. Falar ao celular, por exemplo, deixou de ser uma infração média e agora é considerada gravíssima. Com isso, o preço pelo desrespeito pula de R$ 85,13 para R$ 293,47. A mudança divide opiniões de motoristas, mas é aprovada com ressalvas por especialistas de trânsito ouvidos pelo Correio.

O aposentado Edivaldo Tinoco, 54 anos, acha o aumento dos valores abusivo. Para ele, a falta de estrutura, como escassez de estacionamento, impede que as pessoas respeitem fielmente as normas. “Pagamos IPVA para ter acesso às vias públicas. O governo não oferece ao cidadão, por exemplo, estacionamentos que comportem o tanto de carro. Além disso, sou contra o aumento, pois, acredito que não é isso que impedirá a pessoa de descumprir a lei”, diz Edivaldo. 

Apesar do protesto do aposentado, quem insistir em ignorar as normas de trânsito terá que reservar uma parcela maior do orçamento para pagar a conta. Quem dirigir alcoolizado, em vez de R$ 1,9 mil, desembolsará R$ 2,9 mil. O valor é aplicado em dobro nos casos de reincidência no período de 12 meses, ou seja, R$ 5,8 mil. Somente este ano, a fiscalização aplicou 11.916 multas de Lei Seca. E não adianta se recusar a fazer o teste do bafômetro acreditando que será mais fácil se safar da punição. Agora há um artigo específico para esses casos. E o valor é o mesmo: R$ 2,9 mil. 

Para Silvain Fonseca, diretor de Policiamento e Fiscalização de Trânsito do Detran, as alterações farão com que uma parcela de condutores evite levar multas. Ele ressalta a mudança em relação ao uso do telefone. “O rigor maior para uso de celular era esperado e necessário. Pesquisas revelam que dirigir e digitar mensagem equivale a conduzir o veículo alcoolizado. O risco de acidentes é altíssimo”, alerta. 

Os condutores que por descuido, pressa ou gosto pela velocidade ultrapassarem os  limites permitidos devem redobrar os cuidados. Como a fiscalização é eletrônica feita por radares, pardais ou barreiras eletrônicas —, a punição é certa. Mesmo com todos os endereços dos equipamentos divulgados nos sites do governo, os apressados foram multados 1.626.602 vezes este ano. Alguns mais de uma vez. O empresário José Antônio, 61, morador do Lago Sul, compara o carro a uma arma. “Quem usa o carro precisa ter consciência de como usá-lo (com segurança)”, disse ao defender o reajuste da punição.

Fonte: Correio Braziliense

 
 

Tem que acabar com visita de presos. Só serve para entrar drogas, armas e celulares

Visita de presos sofre alteração com greve dos agentes penitenciários

Será autorizada apenas a entrada de duas visitantes por detento. A prioridade será para mãe, mulher ou companheira que já estejam cadastradas. Não está autorizada a entrada de homens e menores de 18 anos no Complexo Penitenciário

A greve dos agentes de atividades penitenciárias do Distrito Federal fez com que a Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe) alterasse o procedimento de visita aos presos do sistema penitenciário. Nesta quarta (2/11) e quinta-feira (3/11) será autorizada apenas a entrada de duas visitantes por detento. A prioridade será para mãe, mulher ou companheira que já estejam cadastradas. Não está autorizada a entrada de homens e menores de 18 anos no Complexo Penitenciário da Papuda. Já na Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, os dois visitantes poderão ser de qualquer sexo.

Policiais militares e civis farão a segurança e o horário permanece das 9h às 15h. Em razão do procedimento, a Sesipe também não vai permitir pessoas entrarem com sacola e as senhas para a visita podem ser retiradas apenas no sistema on-line. Por essa razão, o órgão garantiu que não será necessário dormir na fila, porque está sendo providenciado a atualização e liberação do link na internet.

Além disso, não será recebido nem analisado documentos de cadastro de visitantes, roupas e outros objetos. De acordo com a Sesipe, essas adaptações “são necessárias para garantir o acesso dos visitantes com segurança até que a greve seja finalizada.”
 

Fonte: Correio Braziliense

 

 

A disputa pela Vale

Reforçado nas urnas, o PMDB manobra para lotear o comando da empresa, e entra em rota de colisão com o principal aliado de Temer, o PSDB

Michel Temer teria motivos para comemorar: numa etapa de atomização partidária (são 35 partidos), seu PMDB predominou, elegendo 1.038 prefeitos e 7.570 vereadores. 

 Consolidou importante rede de cabos eleitorais locais para a disputa presidencial de 2018 — ao contrário do que ocorreu com o ex-sócio no poder, o PT de Lula e Dilma, que se restringiu a um par de prefeituras em cidades com mais de 100 mil eleitores.  No entanto, Temer manteve-se discreto, equidistante da campanha. Tornou-se o primeiro presidente a optar por ficar à margem de uma eleição, na qual os aliados do governo ganharam em 85% dos municípios.  Entre as razões está a dependência de uma base parlamentar ampla, instável e vulnerável, como mostram os inquéritos sobre corrupção. Um retrato da instabilidade está na disputa permanente por espaços de poder — físico, inclusive — entre o secretário Moreira Franco e os ministros Geddel Lima e Eliseu Padilha, vizinhos do presidente no Palácio do Planalto. 

Amostra da vulnerabilidade do PMDB está no clima de apreensão com a contagem regressiva para divulgação das delações de acionistas e executivos das empreiteiras Odebrecht e OAS sobre estranhas transações — uma delas proporcionou R$ 75 milhões aos bolsos de três caciques peemedebistas. Parte dos negócios já foi mapeada pelo Ministério Público Federal a partir de contas de meia centena de bancos de Suíça, Holanda, Mônaco, Panamá e Liechtenstein. 

A preocupação estende-se à eventual “colaboração” do ex-deputado Eduardo Cunha, operador de um dos principais canais de irrigação das finanças peemedebistas.  Há múltiplas formas de se medir o aumento de temperatura no governo e no PMDB. Ontem, por exemplo, jogou-se luz sobre uma manobra destinada a lotear o comando da Vale. Até maio de 2017, o mandato de presidente da companhia é de Murilo Ferreira, cuja gestão acabou soterrada sob a lama tóxica despejada na bacia do Rio Doce pela Samarco, sociedade da Vale com a australiana BHP Billiton.

Um grupo de parlamentares, com destaque para os deputados Newton Cardoso Jr. e Leonardo Quintão (Minas Gerais), apoiados pelo senador Romero Jucá (Roraima), resolveu agir para indicar o futuro presidente da Vale. O voto do governo é decisivo, porque controla 52% da empresa, via BNDESpar e fundos da Petrobras, Caixa e Banco do Brasil. Os principais sócios privados, Bradesco e Mitsui (Japão), já haviam informado a Temer sobre a pressão peemedebista. 

Ela se tornou perceptível e ontem virou tema de protesto do PSDB no plenário do Senado, pela voz do senador Ricardo Ferraço (Espírito Santo): “Se o mandato do presidente da Vale será renovado ou não, é uma decisão que cabe aos acionistas dessa empresa”, ele disse, acrescentando: “Qualquer tipo de intervenção, de intromissão ou de pressão política será absolutamente indevida e, evidentemente, vai ser denunciada”.  Temer completou 60 dias na Presidência da República. Governa sobre uma base composta por placas tectônicas que se movimentam, em rota de colisão.

Fonte: José Casado - O Globo

Desconto da Previdência em salário de servidores pode chegar a 23%

Desconto em salário de servidores pode chegar a 23%

Pacote do estado prevê alíquota suplementar de 9% para a Previdência

No pacote de projetos e decretos para enfrentar a crise que o Estado do Rio pretende divulgar até sexta-feira, deverá estar a criação de uma contribuição previdenciária suplementar de 9%, segundo fonte ligada ao Executivo. Se o governador Luiz Fernando Pezão — que reassume nesta terça o cargo após seis ciclos de quimioterapia — levar adiante a proposta, os servidores poderão ter que descontar 23% de seus vencimentos para cobrir o rombo do Rio Previdência. Isso porque existe a intenção de aumentar a alíquota regular de 11% para 14%. Ainda assim, se for levada adiante, a medida significará um recuo, pois o governo chegou a pensar um desconto de até 30% nos vencimentos de seu pessoal. 
 
Antes de editar decretos e encaminhar novas mensagens ao Legislativo elevando o ICMS, reduzindo secretarias, extinguindo fundações e cortando 30% dos cargos em comissão e 20% das despesas com comissionados — Pezão quer aprovar na Assembleia Legislativa (Alerj), ainda nesta terça, projeto de lei que reconhece o estado de calamidade pública no âmbito da administração financeira. Às 13h, uma tropa de choque do primeiro escalão do governo deve participar de uma reunião do Colégio de Líderes da Casa.

Estarão hoje na Alerj os secretários da Casa Civil, Leonardo Espínola; de Fazenda, Gustavo Barbosa; e de Planejamento, Francisco Antônio de Andrade Pinto. Há uma semana, deputados apresentaram 57 emendas ao projeto, sendo que 13 tratam de pessoal: proíbem dispensas (até a exoneração de comissionados) ou a redução de jornada e vencimentos de funcionários. Outras sete fixam prazo máximo para a vigência da excepcionalidade. 

Uma audiência sobre o orçamento do estado, marcada para hoje, foi suspensa para que as atenções ficassem voltadas para o projeto referente à calamidade. Com a sua aprovação, o Executivo não sofrerá punições se exceder os tetos de gastos com pessoal e de endividamento, estipulados pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Ou seja, poderá fazer operações de crédito e receber transferências extraordinárias da União. Também poderá contratar sem licitação.

Diferentemente da redução de salários, suspensa por liminar do Supremo Tribunal Federal, a criação de alíquota extra está prevista na Lei Complementar 109, como forma de cobrir déficits previdenciários. Fundos de pensão da Caixa, do Banco do Brasil e dos Correios já implantaram essa alíquota. Como na contribuição previdenciária regular, o poder público também terá de recolher como empregador, se for criada a alíquota suplementar. 

Contudo, o percentual a ser fixado por lei não precisará ser o dobro do estabelecido para funcionários, como acontece com a contribuição regular.  Ao reassumir o governo, Pezão estará à frente da reforma desenhada pelo estado. No entanto, será ao lado de seu vice, Francisco Dornelles, que anunciará o pacote. Ele permanecerá por perto, em seu gabinete no 5º andar do prédio anexo do Palácio Guanabara. 


PEZÃO: CARGA DE TRABALHO REDUZIDA
Nesta terça, Pezão passará a manhã reunido com Dornelles. Por orientação médica, a sua carga de trabalho será reduzida e terá cerca de quatro horas por dia, pois ainda está em tratamento contra os efeitos colaterais da quimioterapia. Por nota, Pezão afirmou que está bem. “Os efeitos da quimioterapia são muito violentos e demoram a sair do organismo. Tenho que continuar o tratamento, fazer fisioterapia, recuperar minha forma física. Tenho que me cuidar muito ainda, até porque, se eu não cuidar de mim, não consigo cuidar do estado. Tenho certeza de que vou ter forças” disse.

Em março, Pezão foi diagnosticado com um linfoma não-Hodgkin anaplásico de células T-Alk positivo. Em julho, exames de imagem mostraram resolução completa do quadro do linfoma. Segundo médicos que acompanham o governador, Pezão se encontra em fase de remissão da doença, não tem sintomas e evidência do câncer. Porém, permanece em tratamento visando à recuperação clínica total.

Fonte: O Globo