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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Assassinar a justiça em nome do poder - Ana Paula Henkel

Revista Oeste 
 
Mais de 250 anos depois do Massacre de Boston, o caso Kyle Rittenhouse mostra que a imprensa, muitas vezes propositalmente, vilipendia e agride a verdade 
 

O Massacre de Boston, o conflito histórico na América Colonial, que energizou o sentimento antibritânico e abriu caminho para a Revolução Americana, começou como uma briga de rua entre colonos americanos e um soldado britânico solitário, mas rapidamente se transformou num massacre caótico e sangrento.

Após os acontecimentos do evento que se tornou um dos mais importantes da história norte-americana, a indignação dos colonos obrigou o governo a prender Preston e seus homens sob a acusação de assassinato e de “serem movidos e seduzidos pela instigação do diabo e de seus próprios corações perversos”.

Nos meses que antecederam o julgamento dos soldados da Coroa britânica, uma batalha na mídia foi travada entre legalistas e patriotas sobre quem era o culpado pelo incidente. Um lado, sem se atentar aos importantes detalhes do evento mortal, tentava incansavelmente incendiar a opinião pública e o júri contra os soldados em manchetes sensacionalistas, caracterizando-os como “bárbaros ferozes sorrindo para suas presas”.

Quase um século mais tarde, no fim dos anos 1800 nos Estados Unidos, o chamado “jornalismo amarelo” (Yellow Journalism) se tornou um estilo de reportagem que enfatizava o sensacionalismo sobre os fatos. Durante seu apogeu, no fim do século 19, o estilo foi um dos muitos fatores que ajudaram a empurrar os Estados Unidos e a Espanha para a guerra em Cuba e nas Filipinas (Spanish-American War). William Randolph Hearst, editor do New York Journal, e seu arquirrival Joseph Pulitzer, editor do New York World, são considerados responsáveis pela criação de um jornalismo marcado por histórias sensacionalistas, o uso de títulos e imagens exageradas e a divulgação de casos que mais tarde poderiam requerer retratações e correções. Pouca checagem. Poucos fatos verificados. Sim, parece 2021.

Duzentos e cinquenta anos depois do Massacre de Boston e mais de um século depois do jornalismo amarelo, ainda é possível ver os frutos obscuros dessa imprensa que, sem se aprofundar nas investigações dos fatos, muitas vezes propositalmente, vilipendia e agride não apenas a verdade, mas a inteligência de cada um de nós. Divisões ideológicas fazem parte do mundo há séculos, mas talvez estejamos testemunhando um dos períodos de maior animosidade no campo político e que anda empurrando o antigo jornalismo investigativo e factual para a rasa militância do proselitismo barato.

Depois de testemunharmos a grande imprensa espancar a verdade durante os quatro anos de Donald Trump na Casa Branca, veio a pandemia e assistimos a veículos de comunicação aplaudirem a censura de jornalistas e a derrubada de canais e mídias de médicos, fazendo-nos entender do que são capazes para manter narrativas.

O caso
Nessa semana, o que já foi considerado parte relevante na sociedade desceu mais um degrau na cobertura do já histórico julgamento de Kyle Rittenhouse, um jovem norte-americano que atirou em três pessoas durante as violentas manifestações do Black Lives Matter que aconteceram em agosto do ano passado. Duas morreram. O caso é emblemático porque demonstra o rápido avanço da deterioração da imprensa, promovida pela nefasta agenda da esquerda radical nos Estados Unidos e no mundo. Aqui em Oeste, seguiremos o papel digno do bom jornalismo totalmente descartado pela mídia atual e mostraremos o que de fato aconteceu. Avaliações posteriores ficam a cargo dos leitores.

Na agenda da vil esquerda radical norte-americana, hoje com braços importantes na grande imprensa — ou departamento de marketing do Partido Democrata, como queiram —, havia apenas uma única pauta para 2020: derrubar o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com as eleições presidenciais em novembro do ano passado, nada mais importava, uma vez que falharam todas as tentativas desde a sua posse, em janeiro de 2017. A morte de George Floyd, em junho de 2020, foi o estímulo perfeito para que grupos terroristas como Antifa e Black Lives Matter inflamassem a opinião pública com manifestações violentas.

A cidade de Kenosha, no Estado de Wisconsin, também foi alvo das ações desses grupos depois que Jacob Blake, um procurado pela Justiça americana, entrou em luta corporal com policiais após ser perseguido e ter resistido à prisão. Na perseguição, os policiais usaram tasers (arma de choque) e, sem sucesso, houve confronto com a polícia — e ele foi alvejado com sete tiros, sobrevivendo aos ferimentos. A violenta militância das ruas dos guetos digitais usou o evento para que a narrativa de “racismo estrutural por parte da polícia” fosse empurrada mais uma vez. Kenosha ardeu em chamas. Literalmente. Seguindo o roteiro de outras manifestações violentas, em meio a uma campanha presidencial que tinha um único objetivo, vândalos tomaram as ruas da cidade e tocaram o terror, destruindo propriedades, atacando a polícia e agredindo pessoas. Bairros inteiros foram queimados enquanto a imprensa noticiava que “manifestações pacíficas” pediam justiça contra um “sistema opressor”.

O governador democrata de Wisconsin se negou a enviar maiores reforços policiais à cidade, mesmo após Donald Trump oferecer ajuda federal na tarde que precedeu o confronto entre Kyle Rittenhouse e os manifestantes violentos. A falta de policiamento fez a comunidade buscar a autodefesa. Temendo mais vandalismo depois de quase uma centena de estabelecimentos terem sido destruídos na noite anterior, donos de lojas começaram a chamar amigos e conhecidos para proteger suas propriedades. Kyle Rittenhouse, que trabalhava como salva-vidas numa cidade vizinha, estava entre os que se voluntariaram para ajudar. Poucas horas antes do confronto que colocaria Kyle em um tribunal, o rapaz de 17 anos havia sido fotografado limpando paredes pichadas pelos manifestantes. Ele tinha familiaridade com armas e treinamento de primeiros socorros, levando consigo um kit médico para eventualmente prestar socorro aos feridos.

Enquanto andava pela cidade, Kyle se perdeu de seu grupo e começou a ser ameaçado e perseguido por Joseph Rosenbaum, que, vendo que o garoto queria impedir o vandalismo, gritava aos companheiros: “Batam nele!”. Rosenbaum foi alvejado quando tentava tirar a arma de Kyle e morreu no hospital. Durante o julgamento de Kyle, que durou duas semanas, os americanos souberam que Rosenbaum era condenado por estuprar crianças de 9 a 11 anos, além de estar sendo investigado por agressão doméstica e conduta desordeira. Nada disso foi reportado pela imprensa.

Logo após atirar em Rosenbaum em legítima defesa, Kyle foi perseguido por uma turba de vândalos e foi atacado por um homem que tentou acertar sua cabeça com um skate. Outro manifestante apontou uma pistola Glock para o rosto de Kyle. Depois de ser caçado e ter atirado em três homens para sobreviver, ele correu para o final da rua onde havia vários carros de polícia e relatou o que havia acontecido. O policial disse para o rapaz ir para casa, mas Kyle foi até uma delegacia de polícia e se entregou, reportando em detalhes todo o episódio.

O julgamento
Nenhum dos envolvidos no terrível evento era negro. Mesmo assim, ativistas de esquerda, incluindo os milhares de militantes de redação e redes sociais, passaram a tratar Kyle Rittenhouse como racista, mesmo sem uma única evidência sobre isso. A esquerda americana e seu gabinete midiático agiram com indignação, sugerindo que o resultado do julgamento que inocentou o rapaz apenas prova que o sistema criminal é racista. Mesmo depois do veredicto que o inocentou, a imprensa continuou a apontar Kyle como um “supremacista branco com licença para matar”. Os principais veículos de imprensa no Brasil vergonhosamente seguiram a linha e, em completa desconexão com a realidade, espalharam dezenas de manchetes sensacionalistas e muitas fake news.

Se a reação da esquerda a esse caso não te assusta, receio que você não entenda o que ela prega e representa

Para quem acompanhou o julgamento e assistiu a uma dezena de vídeos daquela trágica noite, a legítima defesa e a inocência de Kyle ficaram evidentes. Já quem acompanhou pela extrema imprensa desenvolveu uma perspectiva oposta. Pelos militantes de redação, Kyle já estava condenado desde o primeiro dia. Mas havia muito mais diante do tribunal em que Kyle estava sendo julgado. 
Com a pressão violenta da extrema esquerda digital, havia o ataque ao devido processo legal, à Segunda Emenda Americana e ao direito de legítima defesa. 
Na mente dos furiosos radicais, esses chamados direitos — presunção de inocência, julgamento por júri, prova de culpa além de qualquer dúvida razoável, etc., — não são as proteções legais fundamentais contra a autoridade arrogante que a jurisprudência anglo-saxônica considerou que fossem. Na mente da esquerda reinante, quando consideram o réu antipático e objeto de suas pautas de poder, subvertem o objetivo maior e mais importante da justiça social.

É assim que se parecem na prática as doutrinas perniciosas da identidade progressista moderna. A “teoria crítica” que subscrevem diz que a verdadeira justiça não pode ser proferida por um tribunal presidido por um juiz cujo resultado é determinado por um júri imparcial. Toda essa estrutura seria um produto próprio do racismo, da opressão e da discriminação. O que eles querem é justiça revolucionária. O veredicto do sistema legal será suplantado pelo “julgamento do povo” para que alguém como Rittenhouse pague pelo crime de defender a si mesmo e a propriedade de outros contra os “terroristas do bem”.

Júris às vezes chegam a veredictos errados. Mas ninguém que assistiu às fases críticas do julgamento de Kenosha pode afirmar que as evidências provaram a culpa do réu além de qualquer dúvida razoável. Longe de representar alguma falha maligna no processo legal, ele mostrou que o sistema americano (ainda) funciona da melhor forma. Se a reação da esquerda a esse caso não te assusta, receio que você não entenda o que ela prega e representa. Nem até que ponto o veneno desse dogma subversivo é nocivo e já se espalhou através de um movimento político-ideológico que vai contra tudo o que ainda protege nossas liberdade e direitos constitucionais.

Leia também “O preço do radicalismo”  e O caso Kyle Rittenhouse e a histeria das elites

 

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Uma frente difícil - Alon Feuerwerker

Análise política

Por que os opositores não se reúnem numa frente ampla contra Jair Bolsonaro? A explicação está ao alcance
Qual dos candidatos a participar da frente vê no capitão uma ameaça significativamente maior que a representada pelos possíveis aliados táticos contra o presidente da República?

Pois seria simples de resolver. Bastaria todos firmarem o compromisso de apoiar quem for ao segundo turno contra Bolsonaro. Se o presidente estiver no segundo turno. Poupariam tempo e energia. E cada um faria seus próprios comícios, passeatas e que tais. Sem o risco de ser apupado pelos amigos de hoje, que amanhã voltarão a ser os inimigos de ontem.

Qual é o obstáculo? Em largas parcelas do espectro político-social-empresarial apoiar Bolsonaro ou manter certa neutralidade, no primeiro ou no segundo turnos, continua sendo uma opção à mesa. E alianças políticas só se consolidam quando se cristaliza a consciência, ou a circunstância, de uma ameaça externa qualitativamente maior.

Um exemplo aliancista sempre lembrado é a Frente Ampla costurada por Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek, que tentaram atrair João Goulart. No fim, o regime militar implodiu a articulação e ela acabou sendo o canto de cisne político dos três. Eram inimigos e só começaram a conversar sobre juntar-se quando a ameaça existencial política já tinha desabado ou estava apontada para todos eles. Lacerda fora um líder de 1964. E JK votara no marechal Castelo Branco na eleição indireta para substituir o deposto Jango.

Outro episódio de referência é a Segunda Guerra Mundial. 
União Soviética, Estados Unidos e Reino Unido uniram-se para derrotar a Alemanha. 
O incauto pode ser induzido a acreditar na fábula das três potências que certa hora decidiram salvar a humanidade, deixaram para depois as diferenças e deram-se as mãos na urgente tarefa comum.

O Reino Unido e a França declararam guerra à Alemanha quando esta invadiu a Polônia, mas britânicos e franceses esconderam-se numa guerra de mentirinha ("phoney war"), ou pelo menos de baixa intensidade, até os alemães atacarem a França. A União Soviética só passou a combater a Alemanha quando foi invadida por ela, em junho de 1941. Antes, firmara em 1939 um pacto de não-agressão com Berlim, para neutralizar a pressão que britânicos e franceses faziam sobre os alemães para estes atacarem os soviéticos. E os Estados Unidos só entraram na guerra quando atacados pelos japoneses em Pearl Harbor, em dezembro de 1941.

Súditos da rainha, liderados de Stalin e comandados por Roosevelt só se deixaram arrastar para a guerra quando se viram diante de uma ameaça existencial direta. A eles mesmos (URSS), a seu império (Reino Unido) ou à sua área de influência no Pacífico (EUA). Que futuro o PT oferece ao “centro” para este fechar as portas definitivamente a Bolsonaro? 
E que garantias a esquerda raiz tem de vida mais fácil num governo da “terceira via”?

Dizer "vamos tirar o Bolsonaro e só depois eu corto teu pescoço" não chega a ser uma sedução irresistível.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

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Publicado na revista Veja de 29 de setembro de 2021, edição nº 2.757


terça-feira, 14 de setembro de 2021

O general Heleno e a carta-recuo de Bolsonaro - Lauro Jardim

O general Augusto Heleno era inicialmente um dos mais inconformados contra a carta-recuo assinada por Jair Bolsonaro e articulada por Michel Temer.

Assim que soube, inflamou-se, não admitia o movimento de retirada.

Depois, o general aceitou, como sempre faz, a decisão do capitão.

[mero comentário, para que a cizânia não prospere. HIERARQUIA e DISCIPLINA, pilares das FORÇAS ARMADAS, e que alcançam os militares na ativa ou  na reserva.
Não fosse Bolsonaro presidente e o general Heleno seu ministro, apesar de ambos estarem na reserva, Bolsonaro seria subordinado do general - estar na reserva não isenta os militares dos DIREITOS, DEVERES e PRERROGATIVAS.
Sendo Bolsonaro presidente da República e o general Heleno ministro do seu governo,  o general passa a ter uma dupla subordinação ao capitão = Presidente da República. Sendo o comandante supremo das Forças Armadas Bolsonaro tem prevalência sob o general Heleno - também por ser o general Heleno ministro do governo Bolsonaro, fica subordinado ao Chefe de Estado e de Governo = JAIR MESSIAS BOLSONARO.]

Lauro Jardim, colunista - O Globo


sábado, 11 de setembro de 2021

Falsa impressão - Carlos Alberto Sardenberg

À primeira vista, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, matou a charada. Conforme registramos aqui na semana passada, Paes acreditava que não ia acontecer nada no 7 de setembro. Muito barulho de um bando de irresponsáveis e ignorantes, e só. É verdade que não foi propriamente só barulho. Os caminhoneiros bolsonaristas interromperam estradas, provocaram algum desabastecimento, acharam que o golpe estava em curso, mas recuaram, entre perplexos e atônitos, depois da carta à nação escrita por Temer e assinada por Bolsonaro.

De todo modo, voltaram para casa. E os bolsonaristas se dividiram entre os que dizem “confiem no capitão” e os que se decepcionaram. [a maior parte destes já 'acordaram' e concluíram que a mídia militante não tendo condições de brigar com as imagens - que mostram a força do BOLSONARISMO no 7 de setembro  = tenta transformar uma jogada estratégica = recuo estratégico = em arrego. Ocorre que os bolsonaristas vacilantes descobriram, muitos ainda estão descobrindo,  que o capitão é quem dita o rumo da dança e voltarão a se alinhar, mais confiantes e seguros,  - alguns babacas que pensam estar mandando, logo perceberão que estão sendo manobrados como idiotas inúteis que são.] Afinal, na quinta-feira, o chefe deles arregou duas vezes. Primeiro, na reunião dos Brics, elogiou a China por seus esforços na confecção da vacina. Depois, divulgou a carta em que pede desculpas ao STF e, em particular, ao ministro Alexandre de Moraes – chamado de canalha apenas 48 horas antes.

O primeiro grupo acredita que Bolsonaro está fazendo uma grande jogada estratégica. O segundo ameaça desistir do bolsonarismo. Mas o fato é que nenhum deles tem capacidade de ação sem o comando de Bolsonaro e sem o uso da máquina governamental, travada por decisões do próprio Alexandre de Moraes. Acrescente-se ao quadro a manifestação de apoio à tolerância e harmonia entre poderes, feita por diversas lideranças políticas, econômicas e sociais – e pode parecer que tudo se acalmou. Bolsonaro amansado e as pautas políticas e econômicas retomadas.

Falsa impressão.

Na quinta-feira mesmo, na live, o presidente Bolsonaro já começou a voltar a ele mesmo. Atacou de novo as urnas eletrônicas e atacou o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Roberto Barroso, como um cafajeste da mais baixa espécie. “As urnas são penetráveis, viu Barroso”, repetiu Bolsonaro, com uma expressão nervosa. [o presidente Bolsonaro abriu espaço para uma trégua que será excelente para o Brasil; não abriu mão do direito de criticar o que está errado. 
Afinal, Bolsonaro não tem pauta a cumprir. 
Tem PROGRAMA DE GOVERNO que devido a pandemia, as sabotagens e a própria estiagem, não teve condições de ser executado.
Só que os sabotadores do governo Bolsonaro se ferraram, terão que aguentar o capitão por mais quatro anos, a contar de 1º janeiro 2023.
A trégua foi firmada por cavalheiros e vai ser respeitada e expandida. As palavras e frases usadas serão críticas e, quando cabível,  elogiosas, mas de qualquer forma serão respeitosas.]

Falta pouco, muito pouco, para ele tentar de novo as manobras golpistas. Nesse ponto, pode-se dizer que o prefeito Eduardo Paes não está tão certo assim. Sim, não aconteceu nada, mas Bolsonaro tentou o golpe – e isso é a única coisa que ele tem para fazer. Sem governar, sem ter a menor noção das dificuldades econômicas que se agravam a cada dia, ele não tem outra pauta senão atacar o STF e o TSE.

É de uma estupidez monumental. Então fechar as cortes superiores vai derrubar o preço da gasolina ou fazer chover sobre os reservatórios das hidrelétricas? Na verdade, não existe um Bolsonaro não golpista. Não dando certo o golpe, tudo que lhe resta é tentar emparedar as instituições, atrasar o andamento dos inquéritos contra ele, seus filhos e aliados e adiar o impeachment.

Assim, ele cai num impasse. Se radicalizar de novo, se voltar ao golpismo, acelera o impeachment e as ações que correm contra ele e sua turma. Se assumir o figurino Bolsonaro/Temer, perde sua base de raiz e se torna um marionete nas mãos do Centrão. Isso até abril do ano que vem, quando o Centrão, vendo o desgaste de Bolsonaro, desembarcará do governo para se acomodar com as forças dominantes para as eleições de outubro, Lula incluído.

Na política, portanto, ficamos assim: Bolsonaro se enfraquecendo, voltando para o grupinho radical e medíocre de onde nunca deveria ter saído; a terceira via a cada dia se torna a segunda via, sendo Lula a primeira.[INCRÍVEL: uma rápida consulta aos arquivos mostrará que o ladrão petista que hoje está na primeira via, chegou a ser colocado no esgoto - agora que o Supremo anulou as condenações, por detalhes técnico (o petista não foi inocentado) tentam elegê-lo. Nem candidato ele será - logo algum petista em um segundo de discernimento perceberá, e dará o alarme que a coisa, lula da Silva, atrapalha mais que ajuda.]

O movimento nos próximos meses será nessa direção: Lula tentando se consolidar na esquerda e tomar uns nacos do Centrão, enquanto o grupo que reúne conservadores e liberais busca um nome viável para enfrentar o petista. Na conta, o entendimento de que Bolsonaro derrete e se chegar às eleições, chega nanico.  Enquanto isso, a economia afunda: inflação muito elevada, derrubando a renda real das famílias; juros em alta, encarecendo crédito para consumo e investimento; desemprego persistentemente elevado; dólar caro; grupos políticos avançando no orçamento.

Deu ruim. Vai ter que consertar tudo de novo.[exatamente: para consertar o que recebeu com defeito e que se somou aos danos decorrentes da peste, é que o POVO BRASILEIRO, com as BÊNÇÃOS de DEUS, outorgará mais quatro anos ao 'capitão'. RELAXE, ACEITEI que vai doer bem menos.]

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

Coluna publicada em O Globo - Economia 11 de setembro de 2021
 

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Depois do 7 de Setembro, Pacheco cancela sessões no Senado

Revista Oeste

Parlamentar disse 'não haver clima' para votações [Não surpreende a ninguém - afinal o conforto do muro é sempre uma boa escolha para os ...; não será surpresa, se um desses partidecos sem noção, sem votos, sem representatividade apresentar um pedido de impeachment contra o presidente Bolsonaro, alegando que sua capacidade de reunir milhões de pessoas está impedindo o funcionamento do Senado Federal = afinal, o que mais os políticos temem é o povo, que foi às ruas e a favor do 'capitão'.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cancelou as sessões deliberativas e reuniões de comissões da Casa previstas para hoje e amanhã. A decisão foi tomada na noite da terça-feira 7, depois da manifestação do Dia da Independência. Considerado pré-candidato ao Planalto, Pacheco avaliou “não haver clima” para votações e não ser possível “garantir a segurança” de congressistas e servidores da Casa.

Após os atos de 7 de Setembro, a esquerda pressionou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a se pronunciar sobre as declarações de Bolsonaro. [a esquerda está histérica, não se conforma com as multidões na rua a favor do presidente, não aceitam que o impeachment não passe; também permanece aquele problema que aflige os ratos, quando pensam que ganharam: "quem vai colocar o guizo no pescoço do gato".]  O chefe do Executivo defendeu a liberdade e afirmou que não vai se curvar às decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Partidos de oposição estudam criar uma “frente antigoverno”, com a finalidade de passar um dos processos de impeachment na mesa de Lira.

Leia também: “Vídeos e fotos mostram as manifestações de 7 de Setembro pelo país”

Cristyan Costa - Revista Oeste

 

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Um 7 de Setembro para chamar de seu - Revista Oeste

Silvio Navarro

Disposto a viabilizar sua candidatura à Presidência, João Doria tenta emparedar até a polícia contra as manifestações do dia 7 [esse cara tem problema e é coisa séria. No mínimo, ele é descoordenado. Ele tem obsessão em ser presidente da República ... é um sem noção e se descuidarem ele vai fazer m ...]

 João Doria e Aleksander Lacerda
João Doria e Aleksander Lacerda | Foto: Montagem com foto Shutterstock e Divulgação 
 
A exatas duas semanas daquela que se anuncia como a maior manifestação popular desde que a pandemia trancou os brasileiros em casa — o “7 de Setembro em defesa da liberdade” —, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), decidiu atear mais fogo no já inflamado cenário político do país. Numa canetada, afastou o coronel da Polícia Militar Aleksander Lacerda do Comando de Policiamento do Interior (CPI-7), em Sorocaba, que engloba cerca de 78 municípios da região. E conclamou outros governadores a defenderem o Supremo Tribunal Federal (STF) contra “bolsonaristas” de farda e “psicopatas” que participarem dos protestos. [no seu raciocínio tortuoso ele imagina que se o Supremo conseguisse tirar Bolsonaro da presidência da República, o indicaria para um mandato tampão.]

Na cabeça de Doria, que parece mais obcecado que nunca em seu devaneio de que chegará à Presidência no ano que vem, “estamos diante de um momento gravíssimo da vida nacional”. Segundo ele, temos um golpe militar em curso para restaurar a ditadura e fechar o Supremo e o Congresso Nacional. E o gatilho será justamente a aglomeração dos brasileiros sem máscaras na Avenida Paulista no feriado cívico. “Há sinais de que, pela proximidade do 7 de Setembro, movimentos sejam promovidos por bolsonaristas, “bolsominions” e psicopatas que seguem o presidente Bolsonaro, para defender a ditadura e um regime autoritário no Brasil. Nós resistiremos”, disse, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo.

A ofensiva contra a Polícia Militar foi um passo desnecessário e arriscado.

É legítimo o fato de Doria se opor politicamente a uma manifestação no coração do seu Estado. Manifestação que tem potencial para fortalecer seu principal rival no tabuleiro eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro. O tucano já deixou claro que tentará até o limite se viabilizar como uma via alternativa ao choque entre o atual presidente e Lula. Mesmo porque, como bom enxadrista, Doria sabe que as chances de se reeleger ao governo paulista seriam remotas, e a corrida ao Palácio do Planalto é o que lhe deve restar — será menos vergonhoso para o político ser derrotado numa disputa federal do que perder a reeleição. A ofensiva contra a Polícia Militar, contudo, foi um passo desnecessário e arriscado, segundo analistas ouvidos pela reportagem de Oeste durante a semana.

Doria irritou a PM ao declarar que está usando a Inteligência da Polícia Civil para rastrear a atuação dos militares inclusive perfis particulares em redes sociais. Ao afirmar abertamente que monitora cada passo dos oficiais, a temperatura esquentou. “O policial, antes de ser militar, é brasileiro e tem direito de se manifestar em suas redes privadas”, diz o coronel e piloto de helicóptero da PM Marcio Tadeu Anhaia de Lemos, eleito deputado federal pelo PSL. “O afastamento do coronel Aleksander Lacerda foi uma situação chata, embora lícita”, afirmou o deputado Coronel Tadeu. “É importante lembrar que se trata de uma relação desgastada: em 2018, o governador prometeu em campanha a recomposição salarial dos policiais e não aconteceu; então ele quebrou o compromisso. Em junho de 2019, num ato grosseiro, deu um ‘pito’ num coronel antigo porque ele estava usando o celular para fazer a ata da reunião. E, em outubro de 2019, na cidade de Taubaté, chamou um grupo de veteranos de ‘vagabundos’”.

Em post no Twitter, o capitão da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar) e deputado Guilherme Derrite (PP-SP) afirmou que a polícia é tratada como uma força “de governo e não de Estado”:

Afinal, o policial militar pode ou não se pronunciar como cidadão? O regulamento da PM diz: “Aos militares do Estado da ativa, são proibidas manifestações coletivas sobre atos de superiores, de caráter reivindicatório e de cunho político-partidário”. É aí que mora a confusão.

Para milhares de brasileiros que estarão nas ruas, os atos serão em defesa das liberdades individuais.  
Que foram tolhidas por arbitrariedades do monstrengo jurídico criado pelo Supremo, que enveredou em prisões, censura e quebras de sigilos. 
Ou até pela CPI da Pandemia — que a cada dia desperta metamorfoseada sabe-se lá em quê.  
Leia-se: essas manifestações dos policiais militares não são atos em defesa do governo Bolsonaro, o que justificaria postagens como a do coronel e de qualquer um em suas redes privadas. 
Por outro lado, é evidente que os militares apoiam o presidente e não se intimidam com a pressão de Doria
É o caso, por exemplo, do coronel Homero Cerqueira, da Polícia Militar, que fez nova convocação aos veteranos em vídeo: para o governador paulista, o 7 de Setembro está tomado pela agenda bolsonarista, o que justificaria sua decisão como chefe da tropa militar. Resolvido o impasse se foi ou não um ato administrativo legítimo — e está claro que foi legítimo —, fica a pergunta no ar: por que Doria tem pavor do povo nas ruas, chancelado pela PM, no momento em que seu gabinete da covid já não para mais em pé para as coletivas diárias?
 
Dois assessores do Palácio dos Bandeirantes ouvidos por Oeste afirmaram que Doria subiu um degrau na escala de tensão nas últimas semanas. Pediu para ser entrevistado amistosamente pela TV Cultura no programa Roda Viva, na última segunda-feira, 23. E reagiu com palavrões ao aperto de mão entre Lula e o senador Tasso Jereissati (CE), que desistiu do rótulo de “Joe Biden dos trópicos” conferido pelo Estadão para disputar a Presidência. 
Também xingou entre quatro paredes o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pela declaração na reunião virtual desta semana: “Ficam mandando pedra e mais uma vez vamos cair na vala da polarização, de caminhos opostos”, disse o mineiro. “Se o presidente tem defeitos, deveríamos apontar também o Supremo, que libertou bandido de altíssima periculosidade. O fórum de governadores se manifestou a respeito?”

Em seguida, o tucano encomendou aos marqueteiros um vídeo para circular nas redes sociais em setembro. 
Nele, se apresentará como “o responsável por vacinar o Brasil na guerra contra a covid” — um compilado de postagens de anônimos emocionados diante da seringa, celebridades de quinta, youtubers agradecidos e famosos que morreram. [o 'joãozinho' só está governador devido ao apoio que o presidente Bolsonaro lhe concedeu; caso contrário, estaria na 'rua da amargura', derrotado - onde está após as eleições de 2022.]
Ficará o alerta de que o mal seguirá à espreita. Nessa “acelerada da vacina”, terá como principal cabo-eleitoral o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.
Tudo isso vai durar até março, leitor. Depois, o governador deixará a cadeira, como fez no passado, para sair em busca de um projeto pessoal que nasceu errado e só tem um lado — o dele. 
Ou alguém duvida que o que João Doria queria mesmo era um 7 de Setembro para chamar de seu?

Leia também “Manual prático do golpe”, texto de J. R. Guzzo

Silvio Navarro - Revista Oeste


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Vai ter eleição; mas e depois? [se deixar, ela sugere o impeachment preventivo do presidente.]

Jair Bolsonaro não tem meios para promover um golpe à 1964. Essa avaliação é unânime entre ministros do Supremo Tribunal Federal, generais comprometidos com a democracia, parlamentares, pré-candidatos a presidente, historiadores, cientistas políticos e empresários.[Já temos o flagrante perenemente possível, declarações de generais comprometidos com a democracia, candidatos a presidente, empresários, ministros e outros especialistas que com um simples olhar para as nuvens prevêem golpe ou não golpe = óbvio que todos essas previsões "vai haver golpe"  ou "não vai haver golpe" criarão o "golpe com dia e hora marcados", divulgado de forma ampla e antecipada. 
Logo a jornalista vai propor o impeachment antecipado do presidente = com possibilidades de um partideco sem noção, sem programa, sem voto, aceitar a sugestão e solicitar ao STF  a decretação da medida = Bolsonaro eleito em 2022 não será empossado. MOTIVO:  uma decisão monocrática de um ministro da Suprema Corte ter decretou o seu impedimento. IMPOSSÍVEL? Claro que não. A maior parte dos pedidos absurdos feitos pelos partidecos é atendida pelo Supremo - quase sempre em decisão monocrática - além do mais, já tem  jornalista militante se regozijando que "Lira não aceita os pedidos de impeachment do presidente, mas o Poder Judiciário decidiu aceitar". Sabe-se que entre o STF abrir um inquérito e o presidente Bolsonaro ser impedido, existe uma distância temporal medida em anos-luz e a necessidade de 342 deputados concordarem com a abertura do processo de impeachment.]  
Diferentemente da época em que os generais puseram os tanques na rua e instauraram uma longa e nefasta ditadura de 21 anos, o mundo não vive mais uma Guerra Fria. Não haverá, portanto, apoio, explícito ou velado, de qualquer potência mundial a uma quartelada vinda de um capitão reformado do Exército e de uma parcela das Forças Armadas, com acréscimo, vá lá, de setores sublevados das polícias militares. Outra importante [?] demonstração de que não há na sociedade caldo de cultura para fermentar o golpismo consentido de outrora foi o manifesto em defesa da realização das eleições divulgado nesta semana, com apoio de pesos pesados do empresariado, do sistema financeiro, das artes e da academia. [até antes de ler o brilhante comentário-matéria-previsão-proposta-prognóstico da colunista, entendíamos que um golpe de estado depende do apoio militar, do poder armado. Empresários e banqueiros não costumam declarar se são contra ou a favor de golpes e os artistas e acadêmicos nada somam à pesquisa.
Também dificil de entender é a relação Guerra Fria com os tempos atuais? a única explicação é que usam  qualquer coisa para enrolar e confundir.] Não haverá, portanto, o braço empresarial do golpe, como houve em 64 e ao longo dos Anos de Chumbo.
Ainda assim, a situação que o Brasil vive é de múltiplas fraturas no estado democrático de direito, [nos parece que não é o Poder Executivo que tem produzido as fraturas no decantado EDD. 
Aliás, quando a medida é contra Bolsonaro ou seus eleitores,  invocam o pretexto da necessidade de preservar a Constituição Federal, a Democracia e sua consequência: o 'estado democrático de direito'
Ninguém questiona se a medida aplicada não viola os principios constitucionais e democráticos. O que importa é que seja contra o presidente - ainda que a medida punitiva seja mais danosa ao que alegam ser necessário preservar  que a medida que pretendem punir.] e elas levarão muito tempo para cicatrizar. Isso se não deixarem sequelas permanentes, com graves consequências sociais, econômicas, políticas e civilizacionais.

Que Bolsonaro continuará agindo diariamente, até outubro de 2022, para ameaçar as eleições e provocar balbúrdia entre os Poderes, está dado. [aceitem, que dói menos = Bolsonaro começará a governar de verdade, de fato e de direito a partir de janeiro próximo e com as bênçãos de DEUS irá, no mínimo até 1º janeiro 202.] O Judiciário já caiu em si e dá benfazeja demonstração de compromisso constitucional com sua reação coesa e com a dureza necessária.

Luiz Fux fez o necessário ao desmarcar mais uma reunião de cúpula dos Poderes, expediente a que Bolsonaro sempre recorre de forma cínica para validar seus arreganhos golpistas, tendo os presidentes do Judiciário e do Legislativo como coadjuvantes de fotos, para no dia seguinte voltar a barbarizar sem ser contido. Não mais, disse Fux. Antes tarde do que nunca.

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Mas qual o horizonte para o cabo de guerra entre esses dois Poderes? Dificilmente o inquérito das fake news, em que Bolsonaro foi incluído, levará a que o presidente de fato vire réu. Porque à frente do Ministério Público Federal está alguém conivente com os arroubos golpistas do presidente, chamado Augusto Aras. E porque a Câmara, sob Arthur Lira, é uma Casa disposta a patrocinar as obsessões do presidente, desde que mediante pagamento adiantado na forma de emendas, fundão eleitoral e outras benesses.Então, a não ser que a coisa escale muito, Bolsonaro será candidato em 22. E tem chance de ser competitivo, caso consiga arrombar os cofres públicos com uma mãozinha de Paulo Guedes e pagar um Bolsa Família de R$ 400 que não cabe no Orçamento, a menos que se mandem às favas os escrúpulos fiscais. [Desperdiçar R$ DEZ BILHÕES do dinheiro do contribuinte = dinheiro público,  para propaganda de candidatos inúteis é mais aceitável que tornar menos miserável o valor do Bolsa Família = gasto sem retorno, mas enquanto não se consegue recursos para "ensinar a pescar",  vale dar o peixe.]

Bolsonaro já nem finge que trabalha

Ganhe ou perca, Bolsonaro terá de tal forma incitado o caos e a desconfiança de largos setores da sociedade nas instituições, a radicalização do discurso e das relações, que poderá desencadear um “efeito 2013” bastante amplificado. Desordem social pré e pós-eleitoral. Isso num país atingido em cheio pelas mortes da pandemia e pelo desmantelamento da economia.

O projeto bolsonarista de destruição avançou até aqui, um ponto que ninguém poderia vislumbrar antes de sua eleição. O ponto positivo, que faz com que 1964 seja um tento difícil de o presidente golpista lograr, é que cada vez mais setores que estavam em inexplicável letargia estão acordando e reagindo. Vai ter eleição, sim. O que temos de fazer agora é começar a cuidar da cura pós-Bolsonaro. [cura? cura do que? cura de um Governo que deixa o legado de uma economia em crescimento, desemprego em queda, dólar em valor compatível, bolsa em alta?]

Vera Magalhães, jornalista - O Globo

 

sexta-feira, 16 de julho de 2021

Escalada de ataques de Bolsonaro ao STF provoca reação inédita na Corte

A relação beligerante gera uma perigosa insegurança institucional ao país

A relação de desconfiança entre Jair Bolsonaro e o STF é pródiga em exemplos de tensão. Ainda na campanha, ele falava em aumentar o número de integrantes da Corte para que pudesse indicar nomes comprometidos com o seu projeto político. O seu filho Zero Três, Eduardo Bolsonaro (PSL-­SP), disse à época que bastariam “um soldado e um cabo” para fechar a principal instância judiciária do país. Já no cargo, o capitão publicou um vídeo em que se comparava a um leão acossado por hienas — uma delas, o STF. A relação beligerante atingiu um patamar sem precedentes no sábado 10, quando os magistrados iniciaram um levante para que o presidente do tribunal, Luiz Fux, tomasse providências acerca do comportamento  do chefe do Executivo, que acabara de associar o ministro Luís Roberto Barroso à defesa da pedofilia. [a insistência, o empenho, do ministro Barroso na defesa de evitar que sistema eleitoral brasileiro seja privado das urnas eletrônicas é extremamente irritante e mesmo inadequado, por partir de uma autoridade que tem o DEVER da neutralidade.
É pacífico, e o ministro Barroso sabe perfeitamente, que não há o menor interesse do presidente Bolsonaro e dos seus milhões  de apoiadores em acabar com as urnas eletrônicas.  
O que existe é o empenho do presidente em dotar o sistema eletrônico utilizado no Brasil de meios que impeçam que votos sejam desviados do candidato ao qual eram destinados e não seja possível detectar tais desvios = o sistema impresso garantirá que o voto confirmado pelo eleitor na urna eletrônica para o candidato A, irá realmente para o candidato A. 
Só o voto impresso permitirá a detecção de eventual desvio de votos destinados a um candidato, no exemplo o  A, para um outro candidato, digamos o B, desvio este que poderá ocorrer  no trajeto teclado da urna para sistema de armazenamento digital. Desvio este que o voto impresso permitirá que seja detectado = a soma dos votos de um determinado candidato apresentada pelo sistema digital - BU - tem que bater exatamente com a soma obtida com a contagem dos votos impressos na urna eletrônica auditada. A diferença de um voto, ou dez, 100 votos, indicará que naquela urna ocorreu fraude. 
Sem o voto impresso não será possível confirmar. Não havendo fraude, ótimo - afinal de contas milhões são gastos com segurança para evitar furtos e todos ficam felizes quando os furtos não ocorrem e  caso ocorram sejam percebidos a tempo de serem frustrados.
Óbvio que o presidente Bolsonaro se excedeu quando tentou combater a posição do ministro com ataques pessoais, cabendo  ao ministro Barroso o direito, praticamente o dever, de buscar junto ao Poder Judiciário as medidas adequadas.] Devido ao grau repugnante do ataque, pela primeira vez, a indignação mobilizou até magistrados que sempre tiveram comportamento discreto. Como já aconteceu em outras ocasiões, houve posteriormente um ensaio de recuo no embate, mas ficou a sensação de que um novo capítulo na escalada de provocações é questão de tempo.

Pior crise entre Executivo e Judiciário no período pós-redemocratização, o conflito mais recente começou com o ataque a Barroso, em meio a mais uma pregação do presidente em defesa do voto impresso, [direito que assiste ao presidente] medida que o ministro, que é também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, rejeita com razão. Na quarta 7, Bolsonaro disse a uma rádio gaúcha que as eleições de 2014 foram fraudadas e fez críticas pessoais a Barroso. Ficou acertado entre os membros do STF que a resposta viria por meio de uma nota do presidente da Corte. “O Supremo Tribunal Federal ressalta que a liberdade de expressão, assegurada pela Constituição a qualquer brasileiro, deve conviver com o respeito às instituições e à honra de seus integrantes”, escreveu Luiz Fux.

O recado, genérico, não foi suficiente para conter os arroubos presidenciais. No dia seguinte, Bolsonaro esticou um pouco mais a corda. “Ou fazemos eleições limpas no Brasil (em 2022) ou não temos eleições”, disse a apoiadores. Não satisfeito em pregar abertamente um golpe, na sexta 9, o capitão voltou ao tema, elevando ainda mais os decibéis. Depois de chamar Barroso de “imbecil” e “idiota”, declarou: “A fraude está no TSE, para não ter dúvida. Isso foi feito em 2014”, afirmou, repetindo a tese infundada de que Aécio Neves (PSDB) vencera Dilma Rousseff (PT). O novo ataque deu início a uma movimentação intensa entre os integrantes do STF. Após uma rodada de conversas entre Fux, Barroso, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, entre outros, houve consenso de que era hora de dar a Bolsonaro uma resposta dura por meio de uma nota da presidência do TSE.

No dia seguinte, no entanto, Bolsonaro voltou à carga ao acusar Barroso de defender a redução da maioridade para estupro de vulnerável“Beira a pedofilia o que ele defende”, disse a apoiadores durante uma motociata em Porto Alegre. Foi a gota de água para que os ministros cobrassem de Fux uma atitude mais radical. Mesmo magistrados que não costumam se envolver nessas costuras se manifestaram, como Rosa Weber, que comandou o TSE em 2018, quando Bolsonaro foi eleito. Após o ataque a Barroso, pela primeira vez o STF publicou em sua página destinada a esclarecer fake news uma matéria desmentindo uma fala do presidente.

Mas a reação não ficou só nisso. Ainda no sábado, perto da meia-noite, Fux tentou telefonar para Bolsonaro, mas só conseguiram conversar no domingo. Bolsonaro aceitou um convite para encontrar o ministro no STF, ainda mais após ter constatado que suas declarações haviam desagradado até aos aliados. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou que quem pretende gerar retrocessos na democracia é inimigo da nação. Na tarde de segunda 12, o mandatário chegou ao Supremo pela garagem, sem passar pelos jornalistas. Na conversa, Fux lembrou a ele que o tribunal não atua somente para contrariar o governo, mas também para avalizar medidas de seu interesse, principalmente na área econômica. Em seguida, advertiu Bolsonaro de que, se continuasse a exceder os limites, a relação com os membros da Corte iria se deteriorar de vez e que ele, Fux, não teria mais como apaziguar um novo conflito. Ao final, a pedido do ministro, Bolsonaro concordou em falar com os jornalistas. “Reconhecemos que nós dois temos limites, e esses limites são definidos pelas quatro linhas da Constituição”, declarou o presidente, para em seguida voltar a dizer que tem problemas com Barroso. A “operação panos quentes” deveria continuar na quarta 14, em uma reunião dos presidentes dos três poderes. Mas veio o inesperado: Bolsonaro adiou o encontro para fazer exames. Foi diagnosticada uma obstrução intestinal e ele acabou sendo levado a um hospital em São Paulo. Até a tarde da última quinta, 15, a necessidade de uma cirurgia estava descartada.

A raiz do permanente cabo de guerra entre Bolsonaro e o STF encontra-se na crença por parte do presidente, compartilhada entre os seus seguidores mais radicais, de que a Corte usurpa os seus poderes e dificulta que ele leve a cabo a sua agenda, seja em questões práticas, como o combate à pandemia, ou ideológicas, como a imposição da agenda conservadora de costumes (até hoje Bolsonaro não entendeu que foi eleito presidente, não imperador do Brasil). Uma decisão que ele não digeriu, por exemplo, foi quando o tribunal, em março de 2020, decidiu que prefeitos e governadores tinham autonomia para adotar medidas de exceção para conter o coronavírus. Em uma imagem que se tornou exemplar da queda de braço, Bolsonaro liderou em maio daquele ano uma marcha de empresários do Palácio do Planalto ao Supremo, onde forçou um encontro com o então presidente, Dias Toffoli, para reclamar das restrições impostas ao setor produtivo.  [Marcha oportuna e necessária, serviu para documentar naquela ocasião que o STF havia decidido que o Poder Executivo da União poderia coordenar medidas de combate à pandemia, desde que não contrariasse as decisões dos prefeitos e governadores. No popular:  o presidente poderia decidir sobre como combater a pandemia, desde que não contrariasse o que os governadores e prefeitos haviam decidido. A 'passeata' mostrou, documentou, algo que a depender da vontade atual dos prefeitos e governadores e de alguns ministros do STF seria esquecido.]

Outro ponto que incomoda o capitão é o cerco que o tribunal impõe aos seguidores radicais, inclusive seus filhos, com investigações sobre fake news e atos antidemocráticos. Também está na conta do Supremo a decisão de mandar o Senado abrir a CPI da Pandemia, que virou a maior dor de cabeça para o governo.

(..................)

A própria saída de cena do decano abre um novo foco de turbulência. Além da preocupação com uma possível relação de subserviência ao presidente por parte de André Mendonça, indicado por Bolsonaro para a vaga que Marco Aurélio quer colocar uma trava inédita a um sucessor na história do STF: pediu a Fux que seus votos em dezesseis ações em tramitação não sejam alterados, como um em que decidiu contra a proibição da discussão de questões de gênero em escolas — tema com potencial de ser revisto por um ministro “terrivelmente evangélico” como Mendonça. A manobra tem potencial de causar mais polêmicas — e todo cuidado é pouco neste momento.[do alto de nossa notável ignorância jurídica, ousamos sugerir que seja seguido o modelo atual = ministros podem mudar os votos proferidos - essa faculdade é que permitiu que a cada semestre o STF adotasse uma posição diferente sobre prisão antes ou após manifestação da segunda instância. 
A regra tem que valer para todos os processos, incluindo as dezesseis ações que o ex-ministro Marco Aurélio     quer transformar em propriedade sua.] A  Embora a temperatura da crise mais recente tenha baixado nos últimos dias, até pela internação do presidente, um novo conflito pode trazer desdobramentos imprevisíveis a partir do atual grau de tensão estabelecido entre os poderes da República. É fundamental que os envolvidos, em especial o Executivo, deem um passo atrás e a normalidade institucional prevaleça. O país, afinal, tem outras crises para administrar.
 
Em VEJA, leia MATÉRIA COMPLETA

Publicado em VEJA, edição nº 2747, de 21 de julho de 2021


terça-feira, 13 de julho de 2021

Fux e Bolsonaro: Presidente do STF não pode ser conciliador-geral da República - O Globo

Jair Bolsonaro ofendeu o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, espalhou mentiras sobre o voto eletrônico e ameaçou impedir a eleição de 2022.  Como prêmio pelo mau comportamento, foi convidado para um cafezinho com o presidente do Supremo Tribunal Federal. [dois aspectos: fake news estão sendo divulgadas sobre o 'voto impresso' - não por Bolsonaro e sim pelos inimigos do Brasil = inimigos dos brasileiros e do presidente = quanto tentam passar a ideia, mentirosa, que o voto impresso busca acabar com as urnas eletrônicas. Ao contrário, as URNAS ELETRÔNICAS PERMANECERÃO, apenas será adaptado às urnas uma impressora que garantirá que o  voto do eleitor será fielmente armazenado no meio digital (o voto lá armazenado é o que fornece informações para o boletim de urna - BU) e fielmente apresentado no voto impresso.
o final do primeiro parágrafo da matéria, adiante transcrito em itálico vermelho, procura desmerecer o presidente Bolsonaro - que, para desgosto de muitos, é a maior autoridade da Nação brasileira - por deixar a impressão de que Bolsonaro  foi repreendido pelo ministro Fux, por 'mau comportamento'. VEJAMOS: "como prêmio pelo mau comportamento, foi convidado para um cafezinho com o presidente do Supremo Tribunal Federal".]

Bernardo Mello Franco

No encontro a portas fechadas, o ministro Luiz Fux pediu a Bolsonaro que respeite a Constituição e pare de pregar o golpe dia sim, outro também.  A iniciativa lembrou o ministro Dias Toffoli, que também costumava responder a ataques ao Supremo com conversas particulares e pizzas dominicais.  É improvável que o pedido de Fux produza algum efeito prático. Na saída da reunião, o capitão amansou o tom, mas insistiu na pregação autoritária.

Repetiu um palavrão contra a CPI da Covid, acusou o ministro Luís Roberto Barroso de fazer "ativismo" e disse que a população "não acredita nesse voto eletrônico que está aí". Ao ouvir uma pergunta incômoda, voltou a se destemperar e ameaçou encerrar a entrevista. Em seguida, puxou um Pai-Nosso entre os repórteres. Bolsonaro é investigado por suspeita de prevaricação em inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal. [alguns ministros do STF não se abstém de votar em processo no qual podem se tornar investigados - no caso voto a favor do próprio votante.]

Como podem vir a julgá-lo, os ministros da corte deveriam manter distância regulamentar do capitão. Entre as atribuições do presidente do Supremo, não está a de agir como conciliador-geral da República.

[aliás, a tentativa de passar a ideia de um conflito entre o  Poder Executivo e Judiciário não é só do signatário deste Post - o ilustre Bernardo Mello Franco deixa no ar a impressão que o ministro Fux enquadrou o presidente Bolsonaro = ao que se sabe o mais recente enquadrado da República é o senador que ainda preside a CPI Covidão
A jornalista Míriam Leitão, no post Resposta para ameaças antidemocráticas de Bolsonaro não é com conversa particular mostra que torce para que uma guerra  se estabeleça entre o presidente Bolsonaro e o presidente do STF.  
Deixa a nítida impressão que torce para que as duas autoridades levem o confronto para o lado pessoal, com o ministro Fux se valendo de ser um praticante do judô e o presidente Bolsonaro usando táticas que como  ex-paraquedista do Exército brasileiro, conhece e algumas ainda domina.
Felizmente, os dois são sensatos e sabem que o respeito entre os poderes da República é tão importante quando a harmonia e a independência.
Alguns trechos do post, citações da jornalista, e que deixam claro seu desejo de  mais rigor na admoestação do presidente Bolsonaro: "Não são conversas particulares que resolvem a crise constitucional criada pelas declarações antidemocráticas do presidente da República."
"Quando o presidente é tratado como se ele não tivesse que ser responsável pelas suas palavras, e se dá a ele o direito de responder em particular algo que ele falou publicamente, está contribuindo para que ele continue repetindo o mesmo comportamento."
"Fux acertou quando fez as notas de repúdios, mas o acerto em privado na crise institucional não resolve. Claro que tem que haver diálogo, só que não quando o presidente faz uma infração tão grave."
 
Tem mais uma: "E, para crime de responsabilidade, a resposta é o impeachment."
 
Encerramos, lembrando à ilustre jornalista que o impeachment se tornará possível, se ela e os inimigos do Brasil e do presidente conseguirem  que  342 deputados que votem favoravelmente à aceitação do pedido de abertura do processo de impeachment. Conseguindo, estará dado o primeiro passo. 
Sem os 342 votos favoráveis o assunto continuará no nicho dos devaneios.]

Bernardo Mello Franco, colunista - O Globo

sexta-feira, 14 de maio de 2021

Bolsonaro chama Renan de 'vagabundo' e diz que CPI da Covid comete 'crime' - O Globo

Presidente participou de evento em Alagoas, estado natal do senador, ao lado de adversários locais dele, como Lira e Collor; Renan rebate apontando o número de mortos por Covid: 428.256 

O presidente Jair Bolsonaro participa de evento em Maceió, ao lado de Fernando Collor e Arthur Lira Foto: Alan Santos/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro participa de evento em Maceió, ao lado de Fernando Collor e Arthur Lira Foto: Alan Santos/Presidência
O presidente Jair Bolsonaro chamou o relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), de "vagabundo" — termo que já havia sido utilizado na véspera pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) — e disse que a comissão comete um "crime", sem dizer qual.

A declaração ocorreu durante evento na manhã desta quinta-feira em Maceió (AL), estado natal de Renan. Bolsonaro estava acompanhado de dois adversários locais do senador: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Fernando Collor (PROS-AL). — Não vai ser fácil. Sempre tem alguém picareta, vagabundo, querendo atrapalhar o trabalho daqueles que produzem. Se Jesus teve um traidor, temos um vagabundo inquirindo pessoas de bem em nosso país. É um crime o que vem acontecendo nessa CPI — discursou Bolsonaro. 

Apesar de não ter citado o nome de Renan, o presidente repetiu o mesmo termo que seu filho Flávio usou contra o relator na quarta-feira, após Renan pedir a prisão do ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten durante seu depoimento à CPI.  O governador de Alagoas, Renan Filho, é filho de Renan Calheiros. Ao GLOBO, ele disse que não foi convidado para as agendas de Bolsonaro desta quinta o presidente tem três compromissos no estado.

No primeira agenda, uma entrega de casas, a plateia gritou diversas vezes "Renan Vagabundo" e "Fora Renan". Bolsonaro fez gestos de incentivo aos gritos. O presidente também disse que Renan faz um "show" na CPI quando a intenção é de lhe "derrubar", mas disse que a tentativa não terá efeito: — O recado que eu tenho para esse indivíduo: se quer fazer um show para me derrubar, não fará. Somente Deus me tira daquela cadeira.

Antes do discurso de Bolsonaro, Renan já havia dito, na sessão desta quinta da CPI, que o presidente fez uma "provocação" ao viajar para Alagoas:Hoje mesmo o presidente da República foi a Alagoas inaugurar obras estaduais, numa evidente provocação a esta Comissão Parlamentar de Inquérito. A resposta a essas ofensas é aprofundar a investigação.[os ocupantes de cargos públicos estivessem sujeitos a um RECALL, o senhor Calheiros, relator da CPI  COVID-19  já teria sido substituído por, no mínimo, incompetência e perda de objeto.
O senador conseguiu que seu nome fosse imposto como relator com um único objetivo: derrubar o presidente Bolsonaro.

Só que lhe faltou noção de realidade o que impediu perceber que  Bolsonaro NÃO COMETEU NENHUM CRIME que justifique seu afastamento, a qualquer título ou pretexto.

O presidente pode,  até por sua condição de politico, de apreciar falar em excesso,  ter efetuado comentários, expressado opiniões, contra ou a favor de determinados procedimentos, medicamentos, só que tal conduta não constitui crime.

Alegam alguns inimigos do presidente que houve atrasos na compra das vacinas, só que ciscam, ciscam, caluniam, e nada provam.  

Até  o mais principiante dos advogados tem consciência que é SIMPLES DE PROVAR se houve algum ato do presidente da República que tenha de alguma forma retardado a compra/disponibilidade das vacinas. 

Basta que o senhor Calheiros, e outros adversários do capitão, incluindo  aquele senador do Acre, comprovem - não com interpretação da mídia militante e sim com documentos:

prova da data em que ocorreu a primeira oferta da(s) farmacêutica(s) - lógico que VACINA EXISTENTE, devidamente TESTADA, APROVADA pela Anvisa, pela FDA, ou órgão com credibilidade equivalente;

- comprovação de que o documento foi recebido por autoridades brasileiras;

- comprovação, claro que com data, da resposta apresentada pelo Brasil, com seu inteiro teor.

SIMPLES.

O que atrapalha os inimigos do Brasil = inimigos do presidente Bolsonaro + arautos do pessimismo + adeptos do 'quanto pior, melhor' + os traidores da Pátria - é QUE NÃO APARECEM TAIS DOCUMENTOS.

A primeira versão de um imunizante contra a Covid-19 foi apresentado em meados de 2020, versão experimental, que não foi submetida a nenhum tipo de teste.

Qual a autoridade de qualquer  país que iria comprar um produto ainda 'sendo inventado, descoberto'? NENHUMA. 

O exemplo da Rússia, com a Sputinik V,  é de uma clareza que inocenta Bolsonaro e qualquer outro governante que venha a ser acusado de retardar a compra de vacinas contra a covid-19.(até o presente momento, maio 2021,  a Sputinik não conseguiu ser aprovada no Brasil, pela Anvisa, ou por instituição equivalente de credibilidade - POR SORTE, o presidente Bolsonaro, que não cede a pressões, não tem medo de cara feia, NÃO ACEITOU comprar a vacina russa nas condições ofertadas naquela época.

Apesar do anúncio do Putin  em agosto 2020 da descoberta por seu país da primeira vacina e a China apresentou o seu imunizante na mesma época. O Reino Unido aprovou meses depois e iniciou a vacinação em  DEZEMBRO 2020 - o Brasil iniciou a vacinação em 17 de janeiro.

A Pfizer,  laboratório que goza de grande conceito, até hoje anda na marcha lenta em termos de vacinação. Sem esquecer que a produção, por qualquer farmacêutica,  ainda não alcançou um ritmo que garante continuidade.

Senhores membros da CPI, por favor PROVEM que o presidente Bolsonaro recusou oferta de imunizante devidamente aprovado - vale já em meados de 2020 - e então tentem processá-lo.

Não sendo possível provar, sugerimos:
- comecem a investigar a roubalheira dos recursos públicos destinados ao combate da Covid-19 - investigar se ocorreu  roubalheira, desvio de recursos públicos razão principal da criação da CPI; comecem pelas 'autoridades locais' e quando a coisa apertar elas vão começar a 'cantar' e outras 'autoridades maiores' surgirão.
- se fracassarem nas investigações, ou a queda de cabeças coroadas desaconselharem a continuidade do processo investigatório, pedimos permissão para apresentar aos senhores, diante do fracasso em ferrar Bolsonaro,  a sugestão, minorada, que conhecido jornalista apresentou ao presidente da República Federativa do Brasil, JAIR MESSIAS BOLSONARO. O jornalista sugeriu o SUICÍDIO, nós sugerimos aos senhores a RENÚNCIA e que fechem  a CPI do Covidão = o órgão que não cumpre a função para a qual foi criado deve ser EXTINTO.
 
Paramos por aqui. Já estamos de 'saco cheio' desse chove não molha, de perguntas e exigências absurdas.
 
O pior para os membros da CPI é que o POVO BRASILEIRO vai lembrar de tudo,   quando durante a campanha para a reeleição do 'capitão' todas as mancadas do relator, do presidente da CPI  e outros membros da Covidão vierem à tona, forem devidamente lembradas com destaque.
Boa sorte ao Mandetta nos seus estudos sobre o 'jogo de sinuca'.]
 

G 1