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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

A tempestade passa - Fernando Gabeira

In Blog

Coragem, o fim da tempestade está próximo. Tenho vontade de escrever isso, sem hesitações. Mas temo parecer muito otimista. No passado, velhos como eu muito otimistas me davam uma ligeira aflição. Mas vamos aos fatos. Historicamente, costuma haver uma espécie de renascimento depois das grandes epidemias. A vacina está no horizonte. Podemos esperar alguma euforia e otimismo, caso seja eficaz e distribuída adequadamente.

O principal obstáculo é o governo negacionista, que minimiza a Covid-19 e duvida de vacinas. Tradicionalmente, o Brasil tem capacidade de produzir vacinas e realizar grandes campanhas de imunização. [ao que nos parece, o ilustre articulista desconsidera um FATO: 
o chamado negacionismo do nosso presidente e do Trump e de qualquer outro estadista com os pés firmes no chão em NADA, ABSOLUTAMENTE NADA, representa,  ou representou, empecilho para que as pesquisas sobre uma vacina que propicie a imunidade contra a covid-19 sejam exitosas. 

O que existe é um açodamento, normal, na busca por uma vacina e que resulta na apresentação por grande parte da mídia de possibilidades em quase fatos.

Tão logo surja uma vacina que atenda a todos os requisitos exigidos pela ciência e, consequentemente, seja aprovada, será aceita com alegria por TODOS.

Negar o que não existe não é negacionismo e sim bom senso.]

O governo federal falhou nos testes, deixando 6,8 milhões deles esquecidos num galpão em São Paulo. O general Pazuello é considerado um especialista em logística. Fez um bom trabalho em Roraima, na Operação Acolhida, que recebeu os venezuelanos. Ele vem sofrendo alguns desgastes. Contraiu Covid-19 e foi obrigado a se curvar diante de Bolsonaro. Não sei se o corpo mole é resultado da influência do próprio Bolsonaro, que, aliás, duvida de vacinas e acha melhor encontrar um remédio para o coronavírus.

Se conseguirmos ultrapassar a barreira mental de Bolsonaro e de seus subordinados, a vacina pode, sim, representar o fim da pandemia. [não resistimos à recorrência: a vacina precisa existir para ser utilizada.] Com ela, é possível também pensar numa recuperação econômica, numa retomada das relações presenciais. Sem desprezar os ganhos da imersão no virtual, novas energias vão aflorar.

A política ambiental do Brasil é absurda; a política externa, um disparate inédito em nossa história. Num dia, Bolsonaro ameaça usar pólvora contra Biden; no outro, o filho Eduardo acusa os chineses de potencial espionagem na tecnologia.[é doloroso ter que constatar que o pupilo presidencial esqueceu de considerar que em termos de tecnologia o Brasil é quem precisa espionar, e muito, a China. 
Reiteramos nossa sugestão ao presidente Bolsonaro: boa parte dos aborrecimentos de Vossa Excelência cessarão se lembrar aos seus filhos que o Brasil não é uma monarquia =  não há príncipes herdeiros = filhos do presidente NÃO PODEM e NEM DEVEM interferir na política de governo - exceto se forem nomeados para cargo oficial e  que permita tal ingerência.]

Além das duas potências mundiais, restaram poucos alvos para o insulto bolsonarista. O próprio Bolsonaro fez referências criticas à Alemanha e à Noruega, comentários machistas sobre a primeira-dama francesa e previsões catastróficas sobre o governo argentino. [criticar não é crime e a postura da Alemanha,  reconhecida por permitir que empresas sediadas em seu território adquiram madeiras ilegais oriundas do Brasil = não havendo compradores para produtos de crime, os crimes perderão a razão de ser. Isto vale para drogas e também para madeira.

Vale o mesmo para empresas da Noruega, com a agravante de que  critica o Brasil mas suas empresas fazem  'sujeiras', desrespeitando o meio ambiente, em solo brasileiro. - comprove. ] Os ultrarrealistas dirão: nada disso importa, se houver um pequeno crescimento econômico. A verdade é que o Brasil precisa de um crescimento econômico sustentado, e essa tarefa é mais complexa do que um simples voo de galinha.  Quando passar a tempestade sanitária, as pessoas que compreendem este governo como a grande pedra no caminho terão mais mobilidade. Talvez possam ir para as ruas, sem a preocupação de atrair grandes massas no princípio.[com ou sem pandemia, perturbar a ordem pública continua sendo crime, justificando intervenção policial, com o uso da força necessária. Aliás, a democrática Alemanha e França também pensam, e agem, com o  entendimento da necessidade de reprimir atos criminosos.]  

A imprensa brasileira acostumou-se a julgar manifestações de forma apenas quantitativa. É um equívoco. Dentro dessa lógica, se recebesse a notícia de que houve algo com os 18 do Forte, não mandaria ninguém a Copacabana. Ou mesmo com o grupo de intelectuais que protestou contra a ditadura diante do Hotel Glória: eram só oito resistentes diante de um poderoso governo militar. A multiplicidade de protestos, a fermentação, tudo isso acaba conduzindo a movimentos mais amplos, desses que encantam os contadores de gente na rua e impressionam os políticos míopes.

Num texto anterior, afirmei que Bolsonaro estava derretendo. Baseava-me numa análise que está se confirmando nas pesquisas. Não sou otimista o bastante para supor que Bolsonaro vá se derrotar sozinho. Não basta se sentar na poltrona e acompanhar seus movimentos autodestrutivos. Será preciso muito movimento, troca de ideias e, em caso de avanço, sensatez política para evitar que, no desespero, ele envolva as Forças Armadas numa trágica aventura. [com todas as vênias ao ilustre articulista este parágrafo não combina bem com o 'estado democrático de direito' - especialmente quando aquele 'estado' é invocado para tolher a expressão de opiniões dos favoráveis do presidente Bolsonaro.]

Essa ideia não se relaciona diretamente com eleições. É possível votar em candidatos diferentes mas, simultaneamente, compreender o conceito de adversário principal. A esta altura do processo, é possível afirmar que qualquer um representa um perigo menor para o Brasil. Os ultrarrealistas que me perdoem: Bolsonaro nunca mais. Nunca houve na história recente do Brasil uma sucessão de erros tão graves, embora o processo de [o próprio processo de redemocratização foi um gigantesco equívoco = o pai de todos os erros. Foi com tão grave erro que foi possível surgir a 'coisa' chamada a Nova República.] redemocratização tenha sido marcado por alguns equívocos e escândalos de dimensão continental.

Uma das características de um governo voltado para a destruição ambiental é que pode levar alguns biomas a um ponto de não retorno.  Embora iniba política vitais, a roubalheira desvia o trabalho morto, simbolizado no dinheiro público desviado.

Blog do Gabeira - Fernando Gabeira, jornalista

Artigo publicado no jornal O Globo em 30/11/2020

 

 

 

domingo, 25 de outubro de 2020

Vacina x cloroquina - Estadão

J.R. Guzzo

Os dois lados dizem que não existe nada de 'político' em suas posições. Mas é mentira.

A pergunta que mais interessa ao público pagante neste debate sobre a vacina contra a covid-19, ou talvez a única pergunta que realmente interessa, é a que menos está sendo feita: a vacina chinesa que o governo do Estado de São Paulo quer aplicar na população e que o governo federal não quer, é ou não é eficaz contra a infecção? A troca de desaforos, de um lado e do outro, está carregada de som, fúria e cólera – mas de ciência médica, que é bom, tem aparecido muito pouco. É um desastre que as coisas tenham chegado aí, mas é perfeitamente natural. Desde o começo da epidemia a discussão vem sendo assim: política em primeiro lugar, ciência depois. Não é agora que iria mudar. 

Como em tantas outras questões que a covid-19 trouxe durante os últimos oito meses, o ponto essencial da discórdia em torno da vacina chinesa, essa Coronavac” que veio parar na boca de cena do debate, é o seguinte: de que lado está o presidente Jair Bolsonaro? Não é um jeito sério de se chegar à conclusão nenhuma sobre a natureza de qualquer remédio da farmacologia universal, mas aí é que está: na vida real é disso, e apenas disso, que se trata. Funciona na mão e na contramão. Bolsonaro é a favor da cloroquina; então, para todos os que não gostam dele, a cloroquina não serve para nada – os mais radicais, inclusive, acham melhor tomar uma dose dupla de formicida. Bolsonaro é contra a “Coronavac”; então a vacina chinesa não apenas é ótima, mas deveria ser obrigatória. 

Os dois lados, naturalmente, dizem que não existe nada de “político” em suas posições sobre uma e outra coisa – e também sobre o “distanciamento social”, o uso de máscara na praia ou o horário de funcionamento das revendas de colchões. Mas é mentira; disso, pelo menos, o cidadão pode ter certeza. Também não adianta muita coisa perguntar para os médicos. A verdade, tristemente, é que eles não sabem sobre a covid-19, hoje, muito mais do que sabiam no dia 1.º de janeiro e a sua reação natural é repetir o que recomenda a média dos “protocolos” em vigência no momento. Confiar no que diz o médico, em suma, tornou-se problemático – mesmo porque muitos deles esqueceram a ciência e se transformaram em torcida política. 

A questão-chave sobre a “Coronavac” envolve uma das palavras de melhor reputação no dicionário social em uso no momento – “transparência”, virtude exigida com o máximo rigor dos homens públicos, dos departamentos de marketing das empresas e do VAR nos jogos de futebol. Então: qual é a verdadeira transparência da vacina chinesa que está dividindo Bolsonaro e o governador João Doria? É isso o que a população precisa saber. 
O desenvolvimento da vacina nos laboratórios da China foi monitorado, pela observação livre das pesquisas, por cientistas internacionais independentes? 
Quantos países de primeiro mundo, com um histórico consistente de sucesso na pesquisa médica, já adotaram a Coronavac? 
Há cerca de uma dezena de vacinas sendo trabalhadas hoje por universidades e por laboratórios farmacêuticos que estão aí há mais de 100 anos, nos Estados Unidos e na Europa. Como elas se comparam, do ponto de vista puramente científico, com a vacina chinesa? 
Em vez disso, discute-se com paixão se está certo adotar uma vacina que vem, selada e lacrada, de uma ditadura – ou, ao contrário, se a adoção vai ajudar as exportações para a China
A vacina dá voto ou tira voto? 
Que tal mais um impeachment? 
O que querem as “redes sociais”? 
O que informa o Ibope? 
Bolsonaro e Doria não saberiam dizer o que é um Melhoral – mas estão no comando de um debate vital para a saúde pública do Brasil. Está na cara que não pode dar certo.

J.R. Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 21 de maio de 2020

Quem é o dono da vacina? - Carlos Alberto Sardenberg

No início deste ano, a companhia farmacêutica Moderna, com sede em Cambridge, nos EUA, tinha um valor de mercado em torno de US$ 7 bilhões. No início desta semana, bateu US$ 30 bilhões depois de ter informado que obtivera resultados positivos em testes com humanos para a vacina contra o novo coronavírus. Dois dias depois, esse valor caiu uns US$ 2 bilhões, quando cientistas e autoridades sanitárias levantaram algumas questões.

A principal: o teste havia sido limitado a poucas pessoas e ainda na fase 1. Mas a companhia já tinha autorização do governo americano para iniciar a fase 2, com milhares de testes. Estará pronta, se tudo der certo, depois de uma fase 3, lá pelo final deste ano ou início de 2021. Esperanças. Mas, de todo modo, a companhia já adiantou planos de levantar no mercado um aporte de US$ 1,2 bilhão. A empresa recebeu ajuda do governo americano – algo como 500 milhões de dólares – mas é privada, com ações diluídas em bolsa.

Diversas outras companhias privadas estão trabalhando na vacina anti-Covid19. Há também laboratórios ligados a governos ou a universidades, mas é grande a possibilidade de que empresas privadas cheguem antes aos melhores resultados. E diferentes: as empresas estão desenvolvendo tecnologias diversas – por exemplo, ou enfraquecendo o vírus ou usando partes dele. Na verdade, a melhor expectativa entre cientistas e autoridades sanitárias é a seguinte: que várias farmacêuticas, cada uma no seu caminho, cheguem a, digamos, quatro ou cinco tipos de vacinas.

Uma primeira razão é econômica. Encontrada a fórmula, será preciso produzir algo como 5 bilhões de doses ou o dobro disso, se forem  necessárias duas doses para a imunização completa. Já há empresas reservando instalações para isso, mas o esforço será monumental. E mais: as companhias privadas terão a patente – o segredo da fórmula – e obviamente terão que ser remuneradas por isso. Dirão: mas isso é uma insensibilidade, uma crueldade; com centenas de milhares de pessoas morrendo, vai-se proteger o lucro dos acionistas? Imaginemos que não. As patentes são tornadas públicas e as vacinas já produzidas, confiscadas.

Daqui a alguns anos, aparece outra mutação desse coronavírus – qual companhia vai torrar dinheiro na busca de uma vacina ou de um remédio? Por outro lado, deixada a coisa por conta do mercado, sem nenhuma intervenção, sabemos o que vai acontecer: os mais ricos serão os primeiros a ter acesso às primeiras vacinas, a preços de rico. Depois, o conhecimento vai se espalhando, surgem outras fórmulas, depois de algum tempo, os genéricos e o medicamento vai alcançando as classes médias. Quanto tempo levaria até alcançar os pobres?

Por isso, cientistas, autoridades sanitárias, empresários, governos e instituições internacionais estão procurando soluções intermediárias. Na OMS, surgiram propostas para que as patentes descobertas sejam de propriedade social, mundialÉ generoso, mas não resolve o problema de remunerar as pesquisas – as atuais e as que serão necessárias no futuro. Bill Gates falou em montar um consórcio de bilionários e grandes empresas que comprariam as vacinas e as distribuiriam nas regiões mais pobres.

Por outro lado, governos também precisarão comprar, mas com preços relativos, como já se faz com medicamentos de controle do HIV. Países mais ricos pagam mais, outros pagam menos. E os ricos, as pessoas ricas, onde quer que se encontrem, vão pagar do seu bolso ou de seus caros planos de saúde. Aliás, vai ser outra briga: entre os planos e as seguradoras versus os fabricantes – também como já ocorre hoje.

O importante é ter regras e negociações razoáveis, de tal modo a combinar os interesses – melhor, as necessidades das pessoas – e os estímulos para que as empresas formem e contratem os quadros capazes de descobrir essas maravilhas da tecnologia. Será preciso um amplo esforço global, num ambiente de colaboração entre empresas, governos e instituições internacionais. Acho que, por necessidade, voltaremos a prezar a globalização e a eficiência dos mercados.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 


terça-feira, 19 de maio de 2020

Já virou rotina Bolsonaro no Planalto aos domingos de manhã. Dessa vez, ele estava com 11 ministros - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo

Rotina de Brasília

Virou rotina manifestação espontânea de domingo pela manhã na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e diante do Palácio do Planalto, com a presença do Presidente da República. Ontem, teve uma adesão barulhenta, forte, enérgica dos caminhoneiros que apareceram lá. Eu não sei quantos caminhões, mas foi muito, e parece que tinha mais gente que no domingo anterior. E dessa vez o presidente não estava lá só com seus amigos tradicionais: estava lá com 11 ministros, no topo da rampa.

Havia faixas contra o Congresso, contra o Supremo, pedindo intervenção militar, havia faixas lá dizendo isso e o presidente pediu que não fizessem manifestações contra a Constituição, ou seja, condenando e pedindo que recolhessem essas faixas. É uma volta atrás do que ele fez outro dia, inclusive indo até na frente do QG do exército, algo que eu mencionei na minha entrevista neste fim de semana para CNN, que ele não deveria ter feito.

Veja Também: Roubalheira anda solta também na área da saúde 

Fez essa manifestação e recebeu o apoio de muita gente. Esse é o grande apoio da democracia. É o povo que elegeu o seu presidente mostrando que apoia o seu presidente. E não há outra outra razão, não há outro tipo de manifestação, qualquer outro tipo seria ir além do que a democracia permite, que é a reunião sem armas, que é a livre manifestação do pensamento, que às vezes é tomada como algo relativo.

Por exemplo, tem duas pessoas presas porque fizeram uma manifestação diante da casa do ministro Alexandre de Moraes, no apartamento dele em São Paulo. Foram enquadrados em perturbação do sossego. Isso é contravenção penal, está lá na lei das contravenções penais decreto lei da ditadura de 1941 dizendo que pega 15 dias de prisão quem perturbar o sossego público. Bom, mas por outro lado é onde é que tá a livre manifestação de opinião, a livre manifestação política? [a liberdade para tais manifestações só existe quando se destina a proteger atos contra o presidente Bolsonaro, contra o Brasil.

O mais irônico é que qualquer bandido safado, comete crime - não falamos de contravenção e sim de crimes - é levado para uma audiência de custódia e sai solto.
Aqui mesmo no DF, um individuo furtou um fuzil do interior de uma viatura da PMDF,  e no dia seguinte a arma foi localizada na casa do individuo, foi preso em flagrante - furto de arma de uso restrito - e saiu solto horas depois.
Quanto à guarnição da viatura, óbvio que seus componentes foram vacilões, e merecem punição. 
Também estão sendo investigados pela Corregedoria da PM por supostos abusos que cometeram nas diligência para recuperar a arma.]

A conta vai para Witzel
Uma nota que serve de aviso para muitos: a rede de churrascarias “Fogo de Chão” fechou no Rio de Janeiro. Teve que demitir 690 funcionários e já movimentou seu serviço jurídico para mandar a conta para o governador Wilson Witzel. 

Essa conta é das indenizações que terão que ser pagas tal como determina o artigo 486 da CLT, que diz que a empresa que for fechada por ordem de governo as indenizações terão que ser pagas pelo governo que ordenou o fechamento, é isso.

Quem precisa de lockdown?
Agora queria falar também sobre 20 estados que estão em situação de abertura, inclusive alguns estados em que só capital está com problema. Rio de Janeiro é o maior problema que temos e deveria ter um lockdown mesmo. Há problemas em Belém, em Manaus, em São Luís, em Recife e Salvador. Ceará e São Paulo já estão começando a aliviar. Agora os três estados do Sul, por exemplo, tem 30 milhões de habitantes, tem números parecidos com da Coreia. Florianópolis então, nem se fala, estão extremamente seguros abrir.

Um consultor me chamou a atenção de que 20 estados brasileiros estão nessa situação.O Pará tem problema em Belém, lá no interiorzão do Pará, no interiorzão do Amazonas, embora tenha problema em Manaus, não precisa fechar. Tocantins e Amapá nunca precisaram fazer fechamento. Então, é possível sim contornar a seríssima crise econômica que vem por aí fazendo uma abertura de acordo com a situação estado. Rio de Janeiro não pode, São Paulo ainda não pode, Fortaleza idem. Mas em outros em outras situações é tranquilo.

A discussão besta da cloroquina
Enquanto isso a gente está com essa discussão besta que é sobre a cloroquina, que está salvando vidas. Eu acho que se Bolsonaro tivesse mostrado a cloroquina lá atrás e dito “olha, não usem esse remédio” aí a grande mídia toda ia mandar usar o remédio. Aí estava resolvido.

Como ele pediu para usar politizaram a situação, tá cheio de gente que foi salva pela cloroquina, tá cheio de médico que usa cloroquina, e inclusive médicos célebres que foram afetados, o doutor Roberto Kalil Filho e o doutor David Uip são exemplos de que funciona.

Enquanto isso, a gente tem aí troca de ministério, não teve liga de tais com o presidente. Eu continuo achando que tem dois principais candidatos aí, que é a doutora Nise Yamaguchi, imunologista, e o doutor e deputado Osmar Terra, que já enfrentou uma epidemia de gripe como secretário do Rio Grande do Sul, e são duas pessoas que têm ideias muito próximas ao presidente, ou vice-versa. Provavelmente o presidente aprendeu com eles.

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo





segunda-feira, 11 de maio de 2020

Governo vai começar a testar droga contra a Covid e Até na pandemia deputados fraudam 19 em 500 pacientes e -VEJA - Radar

Por Evandro Éboli

Medicamento, que não teve o nome divulgado, apresentou eficácia de 94% contra o vírus em laboratório

Governo vai começar a testar droga misteriosa em 500 pacientes de Covid


Circular enviada aos postos do Itamaraty no exterior é para ser usada como resposta a questionamentos

O governo brasileiro enviou hoje um comunicado a todas as suas representações diplomáticas e postos no exterior com informações sobre os avanços das pesquisas para produção uso de uma droga eficaz contra o coronavírus.

Na circular enviada aos postos diplomáticos, o Ministério da Ciência e Tecnologia informa que seu Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais concluiu um teste realizado com cerca de 2.000 medicamentos existentes contra a Covid-19. A data desse fato não é informada. Esses testes utilizaram ferramentas como biologia computacional para avaliar a eficácia do remédio, diz o documento. Um deles foi selecionado. Os testes in vitro, em laboratório, segundo o governo, revelaram eficácia de 94%.

A próxima fase será testá-lo em 500 pacientes, sem data anunciada. E o nome do medicamento não foi divulgado. Esse comunicado é útil para diplomatas responderem a questionamentos no exterior sobre o que o Brasil está fazendo para combater o avanço do vírus no país. Há um mês, o ministro Marcos Pontes anunciou que um remédio estava sendo testado com sucesso para ser empregado no Brasil contra o coronavírus. O segredo, no entanto, permanece.

O Brasil chegou neste domingo a 11.123 mortes na pandemia. Foram 496 óbitos registrados nas últimas 24 horas, contra os 730 contabilizados entre a sexta-feira e o último sábado. O número de pessoas diagnosticadas com Covid-19 , por sua vez, subiu para 162.699.

Presença virtual na Câmara é fake até em tempos de pandemia

Quórum das sessões virtuais da Câmara tem batido nos 510 deputados, só que participando mesmo no vídeo são perto de 50

As sessões de votação remota na Câmara tem sido um sucesso de quórum, com registro da presença de 510 deputados em várias delas.
Marcar presença de celular em qualquer ponto que esteja também, fica fácil. Assim, ninguém tem desconto em salário.
Agora, participar mesmo – sentado na frente de um computador e aguardar ser chamado para discursar ou orientar algo – são poucos: entre 40 a 50.

Radar - Blog em VEJA


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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Tratamento com plasma de pessoas curadas da Covid é tentativa válida – Editorial - O Globo

Terapia, que começou a ser testada esta semana no Brasil, já foi usada em epidemias como a da Sars

Tem sido recorrente a imagem de uma guerra para descrever a luta de governos, sociedades e comunidade científica de todo o planeta contra o novo coronavírus, surgido na China no fim do ano passado e rapidamente transformado em agente de uma pandemia que pôs o mundo em quarentena e não para de produzir números superlativos. De fato, vive-se uma guerra, contra um inimigo extremamente letalmesmo considerando todo o avanço da Ciência —, e que leva a grande vantagem do desconhecimento que a humanidade ainda tem sobre ele.

Embora o Sars-CoV-2 seja neste momento objeto de estudo de cientistas do mundo inteiro, que correm contra o tempo para descobrir uma forma de interromper a sua trajetória, ao mesmo tempo em que profissionais de saúde se desdobram em hospitais superlotados na heroica missão de salvar o maior número de vidas, a verdade é que ainda se sabe pouco sobre o novo coronavírus e a Covid-19. Natural, se levarmos em conta que não faz seis meses que pessoas começaram a morrer na China de uma pneumonia misteriosa, que se espalhava de forma brutal e evoluía rapidamente, levando os pacientes à morte. O médico Li Wenliang, que alertou as autoridades chinesas sobre o surto — e acabou censurado pelo governo — morreu vítima da doença.

Combate-se um vírus para o qual ainda não há remédio ou vacina. Apesar de existirem muitas pesquisas em andamento, estima-se que uma vacina contra a Covid-19 não estará disponível antes de um ano e meio ou dois anos. Tempo demais, não só pelo grande número de mortes, mas também pelos estragos exponenciais na economia mundial. Desenvolver um medicamento específico para a Covid-19 também levaria tempo. Um grupo de instituições científicas, do qual faz parte a brasileira Fiocruz, desenvolve estudos para testar medicamentos já existentes, como a cloroquina, no tratamento da doença. Mas ainda não há qualquer comprovação científica sobre eficácia.

Nesse sentido, é positiva a estratégia que começou a ser testada esta semana, numa parceria entre o Hospital Albert Einstein, o Sírio-Libanês e a Universidade de São Paulo, de usar o plasma de pessoas curadas da Covid-19 no tratamento de pacientes em estado grave, experiência que vem sendo feita em outros países. A aposta é que esses anticorpos possam ajudar a combater o invasor, aumentando as chances de sobrevivência. A terapia já foi usada em outras epidemias, como a da Sars, em 2003, e da influenza H1N1, em 2009. Numa batalha em que a humanidade duela com o inimigo às cegas, toda tentativa de salvar vidas é válida, desde que balizada pela Ciência, obviamente. Como diz o médico Paulo Niemeyer, “o risco maior é não fazer nada”.

 Editorial  -  O Globo


Mandetta fraqueja e o inimigo avança - Blog do Noblat

Cuide-se Luiz Henrique Mandetta para que ao deixar o Ministério da Saúde possa, de fato, levar intacta a reputação do bom administrador que resistiu a todas as pressões e preferiu salvar vidas a satisfazer as vontades do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, interessado em salvar a Economia.

Amigos de Mandetta estão preocupados com dois passos em falso que ele deu nas últimas 48 horas quando escapou por pouco da degola. O primeiro: 
- abrandou sua posição quanto às medidas restritivas impostas pelos governadores de Estados e, de resto, adotadas em quase todos os países do mundo.

O segundo passo: se antes condenava com veemência a prescrição da droga Cloroquina para casos de coronavírus, Mandetta passou a admitir o seu uso a critério de cada médico. Não há fundamentos científicos que sustentem os efeitos reparadores do remédio para infectados pelo vírus. Mas Bolsonaro quer a sua liberação. Tem a ver com Donald Trump. Um dos donos do laboratório que fabrica a Cloroquina foi um dos maiores doadores de dinheiro para sua campanha. O Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos removeu de seu website orientações altamente incomuns que sugeriam o uso da droga contra o vírus.

Bolsonaro caiu na lábia do representante do laboratório no Brasil e, para agradar Trump, virou um lobista do remédio. Tentou obter o consentimento de Mandetta para o uso em massa da Cloroquina. O ministro negou. Mas em troca, para não parecer tão intransigente, Mandetta baixou o tom do que vinha dizendo. Baixou também o tom a respeito do confinamento social. Disse que técnicos do Ministério da Saúde estudam a “transição para o distanciamento social seletivo”. Logo agora que o distanciamento social obrigatório vai sendo relaxado em várias partes do país à revelia ou não de governadores e de prefeitos.

E pensar que o pior ainda nem passou. Que o pior ainda nem chegou. O pico da pandemia deverá acontecer na última semana deste mês e na primeira de maio. E só depois de um período cuja extensão ninguém se arrisca a calcular, o número de casos de mortes por coronavírus começará a diminuir lentamente. O Amazonas é o primeiro Estado onde o sistema médico entrou em colapso. Ali, onde já morreram 23 pessoas, o número de infectados subiu em um dia de 532 para 636. Já passa de 95% a taxa de ocupação dos leitos disponíveis nos 4 principais hospitais públicos de Manaus. O Secretário de Saúde deverá pedir demissão hoje.

No Rio, é de 25% o índice dos profissionais de saúde da rede pública infectados pelo vírussuperior ao da Espanha e de Portugal (20%) e maior que o da Itália (15%). Em São Paulo, 3.346 profissionais da rede pública e privada de saúde foram afastados por doenças diversas – 737 deles vítimas do Covid-19. Se respeitadas as restrições baixadas pelo governo de São Paulo, estima-se que o número de mortos pelo vírus ao cabo dos próximos 180 dias ultrapasse a casa dos 110 mil. Foram 371 até ontem. Na guerra contra o Paraguai, que se estendeu de dezembro de 1864 a março de 1870, o Brasil perdeu cerca de 50 mil homens.
O inimigo desta vez é muito mais poderoso, além de invisível, além de rápido no gatilho. E ainda não foi descoberta uma arma capaz de matá-lo. Ou de mantê-lo à distância.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


quinta-feira, 26 de março de 2020

Errado está o presidente - Carlos Alberto Sardenberg

Coluna publicada em O Globo - Economia 26 de março de 2020

O pacote norte-americano de apoio à economia chega a cerca de 10% do PIB. 

Se o governo brasileiro aplicasse um programa proporcional, teria de gastar R$ 730 bilhões. Não vai dar. Mas muito pode ser feito.

A crise apanhou o Brasil em pleno processo de recuperação do equilíbrio das contas públicas – o ajuste fiscal. O objetivo, desde a queda de Dilma, tem sido o de reduzir a despesa com a sequência de reformas iniciada com a lei do teto de gastos e depois com a reforma da previdência. Mas ninguém lida com uma calamidade – uma pandemia, uma guerra – fazendo corte de gastos. É justamente o contrário. Trata-se de aumentar a despesa pública duas vezes, uma para cuidar da calamidade, outra para amenizar os efeitos econômicos da crise e das providências para contê-la.

A rigor, nunca houve dúvidas entre economistas e políticos sérios a respeito disso. Os Estados Unidos gastaram uma fortuna para derrotar a Alemanha e o Japão e, depois, outra fortuna para levantar a Europa devastada. [ Plano Marshall, aqui.] Ninguém pensou em poupar dinheiroA pandemia do coronavírus é uma calamidade jamais vista. Logo, todos os governos sérios estão gastando dinheiro com dois objetivos: primeiro, conter a doença, com o isolamento social, e tratar dos doentes e, segundo, apoiar pessoas e empresas afetadas pela parada na economia. A diferença está na rapidez e na eficiência com que os diversos governos estão fazendo isso.

Nos Estados Unidos, por exemplo, o Congresso aprovou o pacote de US$ 2 trilhões quase por unanimidade e com rapidez, apesar dos vacilos de Trump no início da epidemia. No Brasil, o governo federal está atrasado. Governos estaduais estão tomando medidas fortes e positivas, mas enfrentam uma limitação irremovível. Não têm como imprimir dinheiro, nem fazer mais dívida.  Só o governo federal pode fazer isso. Não dá para gastar 10% do PIB. Se o país (governo e sociedade) prezassem a disciplina fiscal, talvez tivéssemos o espaço fiscal para uma tamanha expansão de gastos. Mas cálculos sugerem que se poderia chegar a uma despesa adicional de 3% do PIB, algo como R$ 220 bilhões.

E o ajuste fiscal? Paciência, fica para depois. Aliás, será até mais difícil. O economista Alexandre Schwartsman, por exemplo, calcula que um bom programa de apoio a pessoas e empresas pode elevar a dívida pública de R$ 5,5 trilhões (75,8% do PIB) para R$ 6,3 trilhões (86,7% do PIB). Complica, mas simplesmente não há escolha no momento.
Tudo isso para dizer que o presidente Bolsonaro está completamente equivocado. Para ele, não se trata de uma calamidade, mas de uma gripezinha, perigosa apenas para pequena parte da população. Logo, concluiu, não são necessárias medidas radicais, como o isolamento social e a parada do comércio. Para ele, essas medidas, apresentadas como o remédio, na verdade formam o veneno que vai matar a economia, provocando uma forte recessão. Está errado porque, sem as medidas de contenção (isolamento social e fechamento do comércio e escolas), o vírus vai contaminar muito mais gente; logo, haverá muito mais doentes graves, que necessitarão de mais leitos hospitalares, e mais mortes, muito mais.

No lado econômico, o gasto público vai aumentar e a recessão virá de qualquer modo. Ou seja, relaxar a contenção nem reduz gasto público, nem evita a recessão. E mata mais brasileiros. A outra solução – a da contenção ou das “medidas radicais” – tem esta virtude especial: salva vidas, ao reduzir o número de infectadosTudo considerado, temos um enorme problema no Brasil: o governo federal, que pode arranjar o dinheiro, é comandado por um presidente completamente equivocado. Por isso ainda não saíram as medidas de apoio a pessoas e empresas. Além disso, numa emergência dessas, o setor público tem que agir e gastar de maneira coordenada, para evitar desperdícios. [dificil agir e gastar de maneira coordenada, se o outro lado só aceita a coordenação quando pode ferrar o presidente - grande parte dos governadores, ainda espera um terceiro turno. Quase todos são inimigos do Presidente da República.] Em vez disso, o presidente prefere brigar com governadores. Se ninguém conseguir mudar o curso de ação do presidente, a crise vai aumentar e muito. E o presidente vai tentar colocar a culpa nos outros, qualquer outro, como sempre faz. Um desastre para o Brasil.




segunda-feira, 16 de março de 2020

Tempestade perfeita - O Estado de S.Paulo

Denis Lerrer Rosenfield 

Bolsonaro  planta ventos e fogueiras. [sic] Poderá levar o País a um beco sem saída.

Ambiente deveria ser de apaziguamento, não de enfrentamento, para ela não se consumar

O Brasil está entrando em estado de tempestade perfeita, numa confluência de fatores que tende a agravar uma situação que já se apresentava ruim. A economia não está decolando, o Banco Central e grandes bancos refazem suas previsões para este ano abaixo do que estava sendo estimado - isso antes da pandemia do coronavírus. O bolsonarismo continua impregnando as redes sociais com ataques aos adversários e, mais concretamente, às instituições, como a Câmara dos Deputados, o Senado e o Supremo Tribunal Federal, tidos por inimigos.

A pandemia do coronavírus expõe uma desorientação do governo, com presidente e ministros se contradizendo entre si, cada um procurando sinalizar para uma orientação específica. No início foi a minimização do episódio, como se fosse uma mera “marolinha”. Todos se tornaram discípulos do ex-presidente Lula, com as consequências desastrosas já conhecidas desde aquele então. Depois o ministro da Saúde apontando para direções sensatas e preventivas sem que fique, porém, claro como o governo pretende enfrentar uma situação de crise, por falta de orçamento e outras medidas emergenciais. A imagem transmitida é de improvisação. Só palavras de apaziguamento não bastam. Não é um problema de psicologia pública, mas de saúde física da população, sobretudo doentes crônicos e idosos.

Capítulo à parte é o problema das reformas, que ressurge agora como um “remédio” para o coronavírus, sem que se saiba ao certo a relação direta entre eles, salvo no fator fiscal. A questão central é que o governo ou não sabe ou não quer negociar as reformas com o Legislativo, contentando-se em enviar projetos, sem diálogo, ou em falar deles sem os enviar, caso das reformas tributária e administrativa. O governo está transferindo sua responsabilidade, procurando suscitar a adesão da opinião pública, numa espécie de criminalização da classe política, como se todos fossem corruptos. [a classe política, especificamente senadores e deputados, está tão preocupada com as reformas que estão cogitando  recesso devido o coronavírus = isso mesmo trabalhando, quando o fazem, 3 dias por semana.]


Não adianta apresentar um conjunto de reformas já enviado e não apreciado sem a negociação correspondente. Executivo e Legislativo são ambos expressões da soberania popular, eleitos, e devem dialogar entre si sobre o que é melhor para o Brasil, goste-se ou não dessas articulações. Sem elas estaremos fora da democracia. Ninguém detém o monopólio do bem e da verdade. Não é porque um projeto foi enviado que ele deve ser aprovado. O Legislativo não é um carimbador do Executivo.

Tampouco é de valia não estabelecer nenhuma prioridade entre os projetos enviados. [quem envia o projeto tem a faculdade de escolher se decide sobre a prioridade ou deixa com o Legislativo - especialmente no caso do Presidente Bolsonaro, que se considerar determinado projeto urgente, estará condenando a ir para o final da fila. A regra do Legislativo com o presidente Bolsonaro é: se ele faz apanha, se não faz, apanha também.] Não são a mesma coisa um projeto que trate da carteirinha digital de estudantes ou que diminua os pontos da carteira de motorista e uma PEC, a dita Emergencial, que versa sobre o controle dos gastos públicos, com gatilhos que garantam, pela redução de salários e jornadas de trabalho, o teto dos gastos. Como muito bem assinalou o ex-ministro Delfim Netto, a aprovação desta última deveria ser a prioridade maior do governo, sendo um complemento da Lei do Teto, assegurando-a. Revogar essa lei seria a volta ao populismo de curto prazo e o estouro das finanças públicas. [Delfim Netto, apesar de nonagenário, não conseguiu aceitar que salário de servidor público não gera crise.
Ele quando ministro adotou medidas buscando tal redução e não obteve resultados.]

Quanto às reformas tributária e administrativa, estamos num mero jogo de palavras. Nem uma nem outra foi sequer enviada à Câmara dos Deputados ou ao Senado. Discute-se, do ponto de vista do governo, o inexistente. A dita reforma administrativa é uma ilustre desconhecida. Do que se está falando precisamente? A reforma tributária, para além da tentativa fracassada de reintrodução da CPMF, tampouco foi apresentada pelo governo. O Senado e a Câmara, individualmente, têm projetos próprios, diferentes um do outro, e agora se tenta harmonizá-los, sem que o governo, por sua vez, tenha feito proposta alguma.

A política presidencial do confronto tem tido o governo como sua própria vítima, prejudicando o Brasil. O caso do Benefício de Prestação Continuada, ao aumentar os benefícios dos idosos e deficientes, produzindo um rombo de R$ 20 bilhões, mostra o ponto a que chegamos. Primeiro, não deixa de ser risível que os velhinhos e deficientes sejam os responsáveis pelo mais novo rombo fiscal! Poderiam ter escolhido melhor outro responsável. Segundo, o Congresso procurou revidar os ataques que tem sofrido dos grupos bolsonaristas aprovando uma lei sem previsão orçamentária. Valeu o confronto entre os dois Poderes, tendo como pano de fundo uma questão de justiça social. Se o governo não confrontasse tanto o ambiente político, seria mais fácil equacionar os problemas graves do presente.

Por último, foi uma mostra de sensatez do presidente Bolsonaro ter desestimulado, na verdade, cancelado, as manifestações do dia 15. O motivo apresentando foi de saúde pública, relativo ao perigo de contaminação pelo coronavírus, embora a razão possa também ter sido outra, a do fracasso provável dessas manifestações, que atingiria o próprio prestígio dos bolsonaristas. Em todo caso, o ambiente deveria ser de apaziguamento, e não de enfrentamento, para que esta tempestade perfeita não se consume.

Denis Lerrer Rosenfield, filósofo - O  Estado de S. Paulo 



terça-feira, 30 de maio de 2017

Rir é o melhor remédio!!!

NÃO TEM COMO NÃO POSTAR *G E N I A L ! ! !

Professora pergunta; - Na frase: *Eu sou Petista*, qual o tipo de sujeito?
 
Joãozinho respondeu: - Depende professora. Se for *sujeito simples*, é *LADRÃO*. 
Se for *composto*, é *QUADRILHA*. 
Se for *OCULTO*, é *LARANJA*. 
Mas se for *INDETERMINADO*, é *ONG* beneficiada. 

- E se for *INEXISTENTE* Joãozinho?
- Aí é o *Patrimônio do Lula*.

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