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sábado, 30 de outubro de 2021

Doutrina de esquina - Guilherme Fiuza


— Tá indo aonde?

— Levar meu cachorro pra passear.

— Qual é a raça dele?

— Por quê?

— Por que o quê?

— Por que você perguntou a raça dele?

— Ué, porque não conheço essa raça. Pelo menos não estou identificando.

— Outras raças você identifica mais facilmente?

— É, algumas eu conheço mais…

— Então você privilegia algumas raças em detrimento de outras?

— Não… Não é isso. Por acaso conheço melhor…

— Conheço bem.

— O quê?

— Conheço bem esse texto: “Por acaso”, “nem notei”, etc. A discriminação é sempre uma coisa sutil.

Cícera Alves, vacinada e amputada


— Que discriminação?! Não tava nem pensando nisso.

— Eu acredito em você.

— Que bom.

— E tenho que te alertar: o preconceito inconsciente é o pior de todos.

— Como assim?

— Você está discriminando sem saber. Já introjetou o preconceito. Fica mais difícil um choque de consciência.

— Você enlouqueceu.

— Não adianta me atacar.

— Não é um ataque. É uma constatação.

— É sempre assim. O propagador do ódio se protege sob um tom suave e um semblante sereno.

— Não estou com ódio. Estou só arrependido.

— Imagino seu arrependimento. Mas ainda está em tempo de mudar.

— Mudar o quê?

— A sua visão de mundo.

— Pode ser que eu mude. Por enquanto estou só arrependido de ter te perguntado a raça do seu cão.

— A tomada de consciência começa assim mesmo. Com questões que parecem sem importância.

Agentes americanos buscam pessoas suspeitas de atravessar o Rio Grande para entrar ilegalmente nos EUA, em McAllen, Texas, 11 de setembro de 2019

— Tudo bem. Bom passeio. Não precisa me dizer a raça do seu cachorro.

— Por que você não quer saber a raça do meu cachorro? Ela é irrelevante pra você? Não vê que isso é uma forma de racismo? Por quais raças você se interessa, então? Só aquelas que você respeita? Não acha que todas as raças deveriam ser igualmente respeitadas? Esse seu julgamento seletivo pode ser a base de uma sociedade intolerante e sectária, você não percebe? Hein? Percebe ou não percebe? Agora vai ficar calado, né? Pois é, meu amigo. A verdade dói. Mas eu escolhi a coragem. A coragem de denunciar. A coragem de jogar o preconceito na cara dos preconceituosos, a coragem de…

— Poodle.

— Hein?! Que Poodle? Meu cachorro não é Poodle!

— Não. Você é um Poodle. Nascido por engano no corpo de um chato.

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Alcolumbre detonado

Dora Kramer

“Bomba” estourada no colo do senador favorece André Mendonça 

Demolidora, não há outro termo, a reportagem de Hugo Marques, capa da edição de VEJA desta semana.

A revelação de que o ex-presidente do Senado, atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante da Casa, incorreu no crime de peculato - de forma amena chamado de “rachadinha - ao contratar seis funcionárias fantasmas para desviar salários para o gabinete é uma “bomba” que, no mínimo inviabiliza a permanência dele à frente da CCJ.

O Senado não tem como fazer vista grossa ao caso. Terá necessariamente de dar uma resposta que, no mínimo, requer abertura de investigação no Conselho de Ética. Como visto pela nota de defesa divulgada pelo senador, ele tentará atribuir o caso a perseguições do governo devido à resistência dele de marcar a sabatina de André Mendonça, [Mancada do Alcolumbre: escapa-lhe a compreensão de que se assim fosse, os presidentes da CCJ teriam a prerrogativa de, ao longo dos anos, esvaziar por completo o plenário do STF.] indicado para o Supremo Tribunal Federal.

O problema é que os fatos, incontestáveis, acabarão por afastá-lo comando da CCJ, abrindo caminho para a sessão e questionamento a Mendonça. O atual advogado-geral da União pode até não ser aprovado, mas o infortúnio de Alcolumbre deu a ele uma esperança de “fortuna”.

Dora Kramer -  Blog em VEJA


Renan, antes e depois da CPI - Revista Oeste

Renan Calheiros | Foto: Pedro França/Senado Federal do Brasil
Renan Calheiros -  Foto: Pedro França/Senado Federal do Brasil 

Político profissional, Renan foi deputado federal. Está no Senado desde 1995, Casa que presidiu três vezes. Nesse período, serviu a todos os governos, de José Sarney ao PSDB de Fernando Henrique Cardoso, passando pelos 13 anos dos petistas Lula e Dilma Rousseff, até esbarrar em Jair Bolsonaro.

A resiliência no alto escalão de Brasília permitiu que ele montasse uma verdadeira oligarquia em seu Estado. Dois de seus irmãos se elegeram deputados (Renildo e Olavo). Renan manteve o controle da máquina municipal de várias cidades e fez do filho, que leva o seu nome, duas vezes governador de Alagoas. A linha sucessória é impressionante: por exemplo, Renan Filho foi eleito prefeito de Murici aos 25 anos, renovou o mandato e foi sucedido pelo tio, Remi.

No tapete azul do Senado, Renan é conhecido há décadas por duas características marcantes: os métodos de chantagem colocados sempre à mesa (os relatos seguem abaixo) e a velocidade com a qual faz acordos pela sobrevivência política. Em 2015, quando o Congresso o reelegeu para chefiar o Senado e o deputado Eduardo Cunha (RJ) para controlar a Câmara, uma frase dita durante reunião do MDB sobre as desavenças com o PT de Dilma Rousseff ficou famosa nos bastidores: “A diferença entre Cunha e Renan é que o primeiro reage com o fígado. O segundo não tem fígado”. Deu no que deu: a então presidente caiu, Cunha foi preso. E Renan continua aí.

No establishment de Brasília, Renan sempre teve dois esteios: o ex-presidente José Sarney (de quem herdou o espólio das gavetas secretas do Senado) e Romero Jucá (RR), que liderou quatro governos (FHC, Lula, Dilma e Temer) até perder a reeleição por 400 votos. Na época, Jucá culpou Temer por se recusar a fechar a fronteira com a Venezuela diante da onda de imigrantes que provocou o caos nas ruas de Boa Vista. Pagou o preço nas urnas.

Inferno pessoal
Sem os aliados por perto e diante de um PT enfraquecido nas eleições de 2018, Renan tentou retornar à cadeira da presidência do Senado para se opor a Bolsonaro. A estratégia era a mesma de governos anteriores. Como presidente do Congresso e com a permanência de Rodrigo Maia (DEM-RJ) no comando da Câmara, travaria a agenda do Palácio do Planalto no Legislativo em troca de dois trunfos: um naco ministerial com volume de verbas no Nordeste e uma campanha aberta pelo fim das investigações da Polícia Federal na Lava Jato.

A oportunidade de dar o troco no presidente Bolsonaro ocorreu no auge da pandemia

Àquela altura, Renan respondia a 26 investigações e já era réu da Lava Jato. Até hoje está às voltas com sete processos sobre lavagem de dinheiro, recebimento de propina desviada do caixa da Transpetro (subsidiária da Petrobras), do Postalis (fundo de pensão dos Correios) e na construção de estaleiros.

Jair Bolsonaro não se mostrou disposto a ceder. Queria manter o compromisso de não lotear a Esplanada dos Ministérios para os inquilinos de sempre. Além disso, havia dado autonomia para Sergio Moro conduzir a área da Justiça e Segurança Pública. O presidente apoiou David Alcolumbre (DEM-AP), que venceu a disputa no Senado. Renan Calheiros não engoliu.

A oportunidade de dar o troco no presidente Bolsonaro ocorreu no auge da pandemia, quando alguns parlamentares decidiram investigar desvios de recursos da União para a compra de respiradores, o que o presidente do PTB, Roberto Jefferson (agora licenciado por estar preso), apelidou de “covidão”. 
Renan conseguiu reunir um grupo de mais seis interessados em desgastar o governo e montou a CPI. 
Passados 180 dias, o relatório capenga não deve ter outro destino senão o arquivo da Procuradoria-Geral da República
Do ponto de vista penal, é uma nulidade jurídica. 
Mas Renan conseguiu o que queria: uma caneta que lhe desse algum poder, ainda que provisório, para voltar a frequentar manchetes que não se referissem a casos de polícia.

Como ele mesmo já admitiu, Renan viveu seu inferno pessoal em 2007. Em maio daquele ano, a revista Veja publicou uma reportagem de capa na qual a jornalista Mônica Veloso afirmava que quem pagava a pensão de R$ 12 mil mensais da filha que teve com o senador era a empreiteira Mendes Júnior — às vezes, em dinheiro vivo.

Na época, Renan era presidente da Casa. A imprensa decidiu virar sua vida financeira do avesso e descobriu pelo menos mais quatro denúncias que lhe renderam cinco processos de cassação de mandato no Conselho de Ética. 
Ele mesmo afirmou que o maior erro de cálculo foi abrir seu Imposto de Renda. 

“Não arredarei o pé”
Colocado contra as cordas num terreno em que mandava e desmandava, Renan resolveu usar a tática peculiar da intimidação. Produziu dossiês contra os adversários. Um grupo foi escolhido como alvo preferencial para tentar atingir diferentes bancadas e grupos na Casa: Jefferson Péres, Pedro Simon, Jarbas Vasconcellos, Arthur Virgílio, Tasso Jereissati, Demóstenes Torres e Marconi Perillo. No caso dos então colegas de MDB, Simon e Jarbas, conseguiu derrubá-los da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Para tentar silenciar a dupla goiana Perillo e Demóstenes, Renan incumbiu o assessor Francisco Escórcio para instalar câmeras secretas num hangar de Brasília. Chiquinho, como era chamado, trabalhava como uma espécie de araponga desde os tempos que Sarney presidiu o Senado. Outro trunfo pouco republicano utilizado contra os opositores foi encomendar ao ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia um catatau com todas as despesas dos 80 senadores com verbas de gabinete: gasolina, restaurantes, aluguel de escritório, passagens aéreas, etc. Desse levantamento, surgiu uma briga histórica com Tasso Jereissati sobre o reembolso de combustível do seu jato particular.

Em sua mais recente aparição, escolheu nesta semana o presidente da Câmara, seu conterrâneo Arthur Lira (PP), como o desafeto da vez — o deputado havia criticado o relator por incluir parlamentares na lista de possíveis indiciados. “Acho que o presidente da Câmara tem muita preocupação com o que pode vir de investigação, sobretudo em relação ao RP9, que são emendas secretas que ele coordena e isso vai causar, talvez, o maior escândalo do Brasil”, ameaçou.

Renan está no quarto mandato no Senado. Num ranking com os mais longevos da história, só é superado por Rui Barbosa e José Sarney (cinco mandatos cada um). Como ele mesmo profetizou em julho de 2007, quando estava no auge do furacão: “Não arredarei o pé”. Lá se vão 14 anos.

Leia também “Show de infâmias”

Silvio Navarro, colunista - Revista Oeste


Maurício Souza ganha 1,5 milhão de seguidores

Maurício Souza ganha 1,5 milhão de seguidores = o jogador Maurício Souza parece estar investindo em uma nova profissão: a de influencer. As publicações de teor homofóbico feitas pelo jogador o fizeram saltar de 200 mil seguidores no Instagram para 1,7 milhões em menos de uma semana.
 
Na noite da última quinta-feira (28/10), quando atingiu 700 mil seguidores, Maurício publicou um vídeo agradecendo o apoio e jogando uma indireta. “Eu tinha 200 mil seguidores e agora tenho 700 mil. E, graças a Deus, eu não precisei ficar sambando em cima de cama, nem ficar desfilando na quadra para ganhar respeito e admiração de vocês".
 
As  publicações de teor homofóbico de Maurício causaram um atrito com Douglas, que criticou o ex-companheiro de seleção. "Engraçado que eu não virei heterossexual vendo os super-heróis homens beijando mulheres. Se uma imagem como essa te preocupa, sinto muito, mas eu tenho uma novidade pra sua heterossexualidade frágil. Vai ter beijo sim. Obrigado DC por pensar em representar todos nós e não só uma parte", publicou Douglas nas redes sociais.

Entenda o caso
A polêmica começou quando Maurício fez uma publicação no Instagram criticando o anúncio da DC Comics de que o novo Superman, filho de Clark Kent e Lois Lane, é bissexual. "A é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar...", comentou Maurício Souza, ao republicar a imagem de divulgação dos quadrinhos.

Após pressão dos patrocinadores, o Minas decidiu demitir Maurício. “Não aceitamos manifestações homofóbicas, racistas ou qualquer manifestação que fira a lei. A agremiação salienta que as opiniões do jogador não representam as crenças da instituição sócio desportiva”, escreveu o time em nota.

Apoio da família Bolsonaro
Se por um lado Maurício foi condenado pelas publicações, por outro, recebeu bastante apoio, inclusive do presidente Jair Bolsonaro e dos filhos. "Impressionante, né? Tudo é homofobia, tudo é feminismo", comentou o presidente em uma entrevista. Maurício Souza é um apoiador declarado de Bolsonaro e já foi recebido por ele no Palácio do Planalto.

Flávio Bolsonaro também defendeu Maurício. O senador afirmou que o jogador teria sido afastado "apenas por exercer o direito à liberdade de expressão", e pediu que os seguidores boicotassem a Fiat e Gerdau, que ele classificou como os responsáveis pela perseguição” ao atleta.

Mas o jogador não se intimidou. Maurício fez nesta semana uma nova publicação com o Super Homem, mas dessa vez em uma imagem onde o herói aparece beijando a Mulher Maravilha.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA


Alcolumbre é denunciado ao STF, em notícia-crime, devido prática de 'rachadinha'

Alcolumbre refuta acusação de esquema de rachadinha

Presidente da CCJ do Senado nega suposto esquema de rachadinha no seu gabinete e diz ser vítima de "campanha difamatória sem precedentes"

Senador apresenta notícia-crime ao STF sobre "rachadinha" de Alcolumbre

Alessandro Vieira é o autor do documento na Suprema Corte que pede investigação do gabinete do presidente da CCJ do Senado

No papel, as servidoras recebiam entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas ficavam com pouco mais de R$ 1.300. O restante era repassado ao parlamentar, conforme a reportagem.

O modus operandi, segundo a revista, consistia em contratar mulheres desempregadas. Admitidas, as funcionárias fantasmas criavam conta em um banco e entregavam o cartão com a senha para uma pessoa da confiança de Alcolumbre. Em troca, elas recebiam uma quantia em dinheiro muito menor do que o assinalado em seus contratos. O esquema teria começado em 2016, um ano após Alcolumbre assumir a cadeira de senador, e teria continuado até o início deste ano.

De acordo com a apuração, uma das contratadas no esquema foi a diarista Marina Ramos Brito dos Santos, de 33 anos. Ela afirma que a única contrapartida pedida pelo senador é de que ela não poderia contar a ninguém que trabalhava no Senado. “O senador me disse assim: ‘Eu te ajudo, e você me ajuda’. Estava desempregada. Meu salário era mais de R$ 14 mil, mas topei receber apenas R$ 1.350”, informou à reportagem da revista.

Outra mulher que teria participado da fraude foi Erica Castro. Ela revelou que na época em que integrou a rachadinha precisava de dinheiro. “Meu salário era acima dos R$ 14 mil, mas eu só recebia R$ 900. Eles ficavam até com a gratificação natalina. Na época, eu precisava muito desse dinheiro. Hoje, tenho vergonha disso”, contou. Todas as mulheres afirmaram à revista que nunca precisaram ir ao Senado ou trabalhar de fato para Alcolumbre.

Em nota, o senador disse ser alvo de “uma campanha difamatória sem precedentes” e que a denúncia de suposta irregularidade é uma “orquestração política” por causa do seu trabalho na CCJ.  [senador, a frase correta é: por causa do seu não trabalho - o senhor não trabalha nem deixa a CCJ trabalhar. 
Quanto ao senhor dizer 'Continuarei exercendo meu mandato' é uma afirmação que contraria a verdade.Sugestão: renuncie  à  presidência da CCJ e se recolha ao seu gabinete = assim o senhor deixa de atrapalhar.] “Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem”, enfatizou, em nota. “Tenho recebido todo tipo de ‘aviso’, enviado por pessoas desconhecidas, que dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas contra mim.”

 Alcolumbre disse que tomará “as providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos”. “Continuarei exercendo meu mandato sem temor e sem me curvar a ameaças, intimidações, chantagens ou tentativas espúrias de associar meu nome a qualquer irregularidade”, frisou. “É nítido e evidente que se trata de uma orquestração por uma questão política e institucional da CCJ e do Senado.”

Política - Correio Braziliense


Reportagem de VEJA mostra como seis funcionárias do gabinete do senador Alcolumbre foram usadas num esquema de rachadinha

Blog Matheus Leitão 

O destino de Alcolumbre após denúncia assombrosa

Poucos vezes nos últimos tempos se viu uma apuração tão redonda como a capa de VEJA desta semana sobre o senador Davi Alcolumbre, presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 

 Senador Davi Alcolumbre: rachadinha - Leopoldo Silva/Agência Senado

[senador, a coisa está feia para o senhor e vai piorar... aguarde o desenrolar das investigações.]

A reportagem de Hugo Marques mostra como seis funcionárias do gabinete do senador foram usadas num esquema de rachadinha, tão conhecido pelo filho Zero Um do presidente, Flávio Bolsonaro.[atualizando: até o presente momento NADA FOI PROVADO contra o senador Flavio Bolsonaro - imprensa e órgãos de investigação ciscam, ciscam, mas nada encontram.]

A revelação é escandalosa, especialmente porque as mulheres estão declarando publicamente a fraude que pode chegar a R$2 milhões em desvios dos cofres públicos. Por anos, diz a reportagem, o senador ficou com salários de seis assessoras do gabinete. Elas abriam conta no banco, entregavam o cartão e recebiam apenas parte do dinheiro.

A  Procuradoria-Geral da República vai analisar as suspeitas de rachadinha, assim como o Tribunal de Contas da União (TCU). Mas como fica a situação política de Alcolumbre.  Se a Casa punir Alcolumbre, a situação de outros adeptos da prática de roubo de salário dos funcionários terá de ficar mais grave, tanto no Senado, quanto na Câmara.

O fato é que, com um pouco de seriedade na política, ainda mais pelo fato de a rachadinha ter ocorrido no atual mandato, a cassação era certa. Mas, pelo histórico corporativista, e por haver uma bancada da rachadinha já no parlamento, a história pode acabar engavetada.

O Senado da República tem um histórico de corporativismo absurdo. Os conselhos de ética do parlamento são, como se sabe em Brasília, uma vergonha. Nem parlamentar com dinheiro na cueca perde o mandato. O do Senado, então, consegue ser o pior, e raramente serve para alguma coisa.

É o Brasil e os muitos caminhos da impunidade.

Blog Matheus Leitão - Revista VEJA


sexta-feira, 29 de outubro de 2021

PIOR DO QUE A CENSURA É A AUTOCENSURA- Gilberto Simões Pires

CRIME HEDIONDO
Está mais que escancarado e provado que muitos daqueles que ousam MANIFESTAR OPINIÃO contrária a qualquer decisão e/ou postura assumida por integrantes do STF estão sendo perseguidos, censurados e até presos. Isto significa que no nosso empobrecido Brasil o DIREITO - FUNDAMENTAL- DE PODER MANIFESTAR OPINIÃO simplesmente foi cassado e/ou transformado em CRIME HEDIONDO do tipo SUMÁRIO- INAFIANÇÁVEL.

TEMEROSOS

Como o SENADO, a única - autoridade- que a nossa Constituição considera como capaz e efetiva para dar um basta nesta absurda aberração dá demonstrações de que está plenamente satisfeita com este incrível - estado de coisas-, aqueles que manifestam qualquer descontentamento quanto às decisões nada democráticas tomadas pelo STF, notadamente pelo superministro Alexandre de Moraes, estão se mostrando cada dia mais preocupados e/ou temerosos com a nítida perda da LIBERDADE PARA OPINAR.

AUTOCENSURA

Ora, quanto mais a CENSURA vai se tornando corriqueira, e suas consequências vão se mostrando cada vez mais complicadas para quem emite OPINIÃO que desagrade os - deuses do Olimpo-, aí acontece algo ainda pior: a - AUTOCENSURA-, ou o ato de CENSURAR o próprio discurso. Isto significa que o crítico, quanto mais temeroso, passa a questionar e controlar aquilo que gostaria de manifestar.

FREQUÊNCIA
Este receio de que pode ser CENSURADO faz com que muitos críticos passem a praticar da AUTOCENSURA. Este tipo de atitude, aliás, é visto com boa frequência em várias atividades praticadas por produtores de filmes, cineastas, editores, âncoras, jornalistas, músicos e outros tipos de autores, incluindo indivíduos que usam as redes sociais.

GUSTAVO GAYER RESOLVEU SE CALAR
A propósito, o youtuber goiano, Gustavo Gayer, para não ser vítima da AUTOCENSURA divulgou um vídeo nesta semana dando conta de que preferiu DESISTIR. Na sua exposição, Gayer diz que - "Depois de ver jornalistas sendo presos, deputado sendo preso, pessoas inocentes sendo presas pelo crime de opinião eu tomei uma decisão: - VOU ME CALAR! - Não vou mais opinar ou criticar os donos da verdade". Eis aí o vídeo, na integra:  
STF faz mais um PATRIOTA desistir! Gustavo Gayer
 
Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires
 

Braga Netto dá resposta à altura a deputado psolista Glauber Braga

O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, rebateu um deputado psolista e declarou que não existe insubordinação nas Forças Armadas. Em audiência na Câmara, o general subiu o tom, ao responder a uma pergunta de Glauber Braga. O programa #OsPingosNosIs comentou.

Liberdade de opinião não pode ser confundida com homofobia - Gazeta do Povo

Vozes - J.R. Guzzo

O caso Maurício Souza

A perseguição desencadeada contra o atleta Maurício Luiz de Souza, jogador da seleção brasileira de vôlei, é um escândalo destes tempos em que o totalitarismo, a intolerância e o rancor são impostos à sociedade com violência cada vez maior pelos movimentos “politicamente corretos”. Foi um linchamento, puro e simples, da reputação e da carreira esportiva de um cidadão brasileiro que não fez absolutamente nada de errado, e nem outra coisa além de exercer o direito constitucional à expressão do seu próprio pensamento.

Maurício entrou, apenas pelo fato de manifestar uma opinião, na zona de tiro do “movimento gay” — foi executado, sem apelação ou direito de defesa, com o seu desligamento do Minas Tênis Clube por pressão dos patrocinadores Fiat e Gerdau. Ou seja: atleta desse clube não tem o direito de pensar como um cidadão livre — ou, então, tem de esconder aquilo que pensa.

O jogador não cometeu, nem em atos e nem em intenção, nenhum delito de “homofobia”, a acusação genérica que lhe foi feita e apresentada como motivo para a sua punição. O que ele fez? Apenas comentou, em suas redes sociais, que desaprova a entrada de um homem de 50 anos, pai de filhas e com o dobro do tamanho das outras jogadoras, numa equipe universitária de basquete nos Estados Unidos. Em sua opinião, não está certo admitir, em times femininos, homens que se descrevem como “transgêneros” após passarem por cirurgias — só isso.

Qual a lei, ou o mero código de conduta social, que Maurício poderia ter desrespeitado com as suas palavras? 
Ele não insultou ninguém. Não cometeu nenhum ato de discriminação. Não agrediu. Não agiu com desrespeito. 
Não violou o direito à orientação sexual de qualquer praticante de esportes — apenas disse que é contra a participação de homens biológicos em equipes de mulheres. É um ponto de vista, unicamente isso. Há gente a favor, há gente contra. Onde pode estar o crime?

O jogador da seleção brasileira também disse que não gostou do novo Superman gay — nem da “linguagem neutra” que a Rede Globo quer adotar numa de suas próximas novelas. Mas e daí? Por acaso alguém é obrigado a aprovar a última versão do super-herói, ou uma novela de televisão onde os personagens vão falar “ile”, “aquile” e “novéle”?

Estão construindo no Brasil, com o apoio de empresas como Fiat e Gerdau, e de clubes esportivos como o Minas, uma máquina de repressão à liberdade. Ser ”homofóbico”, segundo essa maneira de ver o mundo, não é mais praticar atos de violência, de discriminação ou de desrespeito aos homossexuais, conforme estabelecem as leis — é, simplesmente, desagradar a quem controla alguma das facções do “movimento gay”. Onde está o ódio, aí nas palavras de Maurício ou na sua punição?

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Pequenos ditadores - Revista Oeste

Por qual motivo a mídia chamaria de negacionistas homens que se dedicaram a vida toda à ciência?
 
Completando quase dois anos desse inferno pandêmico, podemos analisar certos aspectos das atuações políticas, científicas e sociais dos governantes e demais líderes. No entanto, neste ensaio, vou me atentar ceticamente à atuação da ciência ou daquele espírito político que se apossou dela. Já vou prepará-los: sou um cético por natureza, e tal inflexão da minha alma e mente costuma me causar inúmeros problemas sociais. O principal deles é a tendência a não acreditar previamente em anedotas midiáticas, imposições científicas e estatais. De antemão, já quero informar que tomei a vacina contra o coronavírus, pois ser cético não é o mesmo que ser “antivacina” — pasme, Folha de S. Paulo.

Nos dias de hoje, sempre que falamos em “ciência” se subentende que o passo seguinte a essa conclamação é dizer um “amém silencioso”. Questionar a ciência, diriam os doutos defensores do cientificismo engajado, é papo de negacionista. No entanto, o que farei hoje não é exatamente questionar a ciência em si, pois sou daquela turba marginalizada que gosta dela sem adorá-la. Vou discutir, no entanto, o ente espiritual que possuiu o discurso científico na era covid e fez com que a ciência se tornasse a palavra mais distorcida dos últimos tempos.

Em maio deste ano, vários cientistas renomados daquela leva raiz de cientistas quebraram o silêncio e pressionaram publicamente a OMS acerca de uma real investigação na China sobre a origem da covid-19. Estamos falando de uma doença que supostamente surgiu num mercado de frutos do mar, numa cidade chinesa — Wuhan — que também ostenta um centro de manipulação biológica de vírus Instituto de Virologia de Wuhan. Nesse centro, por uma estrondosa aleatoriedade do universo, muito possivelmente também se manipulava o coronavírus. Mas, o que se jurava, sob o silêncio gutural dos jornalistas, é que o vírus tinha provavelmente advindo de morcegos.

No século em que começamos a manipular o genoma humano, e que a manipulação químico-biológica está de vento em popa, nenhum laboratório do planeta conseguiu dar sequer uma dica da origem real do vírus que matou quase 5 milhões de pessoas ao redor do mundo. A mídia mostra aqui e acolá uma teoria e outra; mas, de forma oficial, o que se escuta mesmo é esse eterno silêncio complacente. Por que a China quis silenciar acadêmicos que estudavam a origem do vírus, como noticiou a CNN americana? Por que ninguém se levantou aos berros contra esse ataque à ciência?

Recentemente, uma médica chinesa corajosamente foi a público no programa britânico Loose Woman e disse que a origem do vírus é, sim, laboratorial, que o governo chinês encobriu isso e que estudos que comprovavam esse fato também foram abafados. OK. Isso é ela quem diz, e pode ser que ela seja apenas mais uma “ativista ingrata” fugida do “Éden vermelho”. Mas a pergunta, nesse caso, não é exatamente se ela está certa ou errada, mas por que o tema se tornou um tabu para o mainstream autodenominado progressista? Por que a China não permitiu que especialistas da OMS investigassem a origem do vírus?

Fica claro que o poder se sobrepôs à ciência, e nenhum “progressista” defensor aguerrido dela apareceu para escudá-la. Parece haver uma força, um éter de emudecimento e complacência que habita simultaneamente todas as redações e escritórios políticos mundiais. A ciência, aqui, foi calada e jogada no canto, mas ninguém protestou. Aqueles que gritavam por um respeito à ciência, e se afogavam em virtudes científicas, sorrateiramente passaram a se esconder quando o papo era a possível origem laboratorial do vírus. Por quê?

A resposta não é lá muito difícil de conceber. Por qual motivo a mídia chamaria de negacionistas homens que se dedicaram a vida toda à ciência e, por posições científicas divergentes, não concordavam com as diretrizes gerais? Não são um ou dois médicos, é um batalhão deles que, por exemplo, acredita que um tratamento precoce é eficaz contra a infecção. Médicos que trataram diretamente milhares de infectados durante toda a pandemia não devem ser previamente calados por uma decisão unilateral de burocratas, ou tachados como negacionistas por jornalistas engajados. A liberdade médica foi revogada.

A possibilidade de escolha de alguém em querer ou não deixar que injetem uma substância em seu organismo também se tornou uma espécie de heresia grotesca, passível de punições sociais que beiram o apartheid. O caboclo que ergue a mão e diz que, por ora, não irá se vacinar se torna, no mesmo instante, uma espécie de adorador do satã anticientífico.

É preciso entender o cerne dessa mentalidade para melhor criticá-la. O iluminismo moderno, que abriu as portas para a ciência experimental se desenvolver e construir os benefícios dos quais hoje gozamos, é o mesmo que cravou na alma ocidental a consciência inalienável da liberdade individual, de crença e de ação. 
Sem tais liberdades asseguradas, a própria ciência objetiva fica manca e passa a ser mais uma religião política na mão dos que governam com o poder. Como diz o escritor britânico John Gray em seu livro A Busca pela Imortalidade: “A ciência foi lançada contra a ciência e tornou-se um canal para a magia”.

Pobreza, desalento, infelicidade, deficiências, tudo isso estava com os dias contados

Tais impressões são completamente previsíveis a partir de um olhar mais atento e criterioso. A ciência veio para ser, em muitas mentes, a substituta da religião. Como dizia o filósofo francês Raymond Aron em O Ópio dos Intelectuais: “Toda libertação, entretanto, traz em si o perigo de uma nova forma de sujeição”. Quando a religião começa a cair em descrédito no pós-renascentismo, uma certeza com igual tamanho deve tomar o seu trono vazio.

Foi assim que, aos poucos, muitos começaram a acreditar piamente que a ciência era a resposta para as mazelas humanas, que a injustiça social, os grandes pandemônios humanos — e por que não a morte — seriam problemas que logo mais seriam resolvidos pelos homens da ciência. Assim como Thomas Edison descobriu a liga metálica que poderia fazer surgir a luz em cada lar, da mesma forma era questão de tempo para acharmos a ideologia que consertaria nossas desgraças humanas. Pobreza, desalento, infelicidade, deficiências, tudo isso estava com os dias contados; o homem moderno era aquele que tinha dominado a natureza falha, que havia domado as pragas e voava no lombo dos demônios. A razão venceu a limitação, a finitude se tornou possibilidade. Antes era Deus quem escutava as nossas dúvidas, agora é o cientista quem tem a missão de perscrutá-las. E tal como antes a Igreja era inquestionável nas questões de fé e moral, a ciência agora se coloca como incontestável nas questões de saúde. Quem questionava a religião oficial se tornava herege, quem questiona a religião científica se torna negacionista. Diz o historiador francês Paul Hazard, em A Crise da Consciência Europeia: 1680-1715:“Agora a ciência se torna um ídolo, um mito. Já se confunde ciência com felicidade, progresso material com progresso moral. Crê-se que a ciência substituirá a filosofia, a religião e atenderá a todas as exigências do espírito humano”.

Mas há nessa equação uma verdade dura de ser aceita, seja pelos fiéis, seja pelos sacerdotes: tudo que a mente humana toca é suscetível de engano, suas verdades podem estar — e quase sempre estão — contaminadas com seus preconceitos e tendências. E por mais que métodos existam nos laboratórios e nos livros, o último crivo da verdade ainda vai esbarrar na mente de quem irá enunciá-la. Não creio que todas as resoluções científicas sejam tendenciosas e suas conclusões previamente contaminadas. O fato é fato. O sequestro ideológico pela política é algo repetitivo na história humana. Desde quando o burocrata ou o revolucionário descobriu que ele poderia justificar as suas intenções políticas atrás de um outdoor científico, suas ideias sempre foram apresentadas como sendo uma receita laboratorial. O comunismo, jurava Karl Marx, era científico, era apenas uma questão de ajustes e sacrifícios para que a humanidade igualitária surgisse do tubo de ensaio da sociedade; o nazismo, obviamente, diria Hitler, era científico. É científico acreditar na eugenia, afinal, a eugenia nada mais era do que a aceleração estatal da seleção das espécies. Quer algo mais científico — teoricamente — que as verdades de Darwin?

No entanto — vêm aí spoilers da realidade —, o homem continua sendo falho, a ciência, por mais que tenha avançado e seja sensacional quando bem utilizada, não conseguiu encontrar nem desenvolver uma humanidade sem problemas ou erros. Durante a pandemia, assistimos a um passeio de arrogância e prepotência, seja daqueles que queriam desferir estudos inconclusivos como sendo verdades últimas, seja por jornalistas que, imbuídos de uma sacra missão científica, vomitavam rótulos naqueles que escolhiam simplesmente se manter céticos a algumas diretrizes. Aqueles que simplesmente optavam por um tratamento recomendado por uma junta médica que o mainstream já havia colocado em seu Index Librorum Prohibitorum eram relegados aos cantões dos conspiracionistas, bolsonaristas.

Essa tal pretensão de um conhecimento universal, perfeito, uma verdade suprema, indiscutível, foi o que pediu Átila Iamarino na Folha de S. Paulo. É o que a mídia tentou emplacar no debate social; e conseguiu, diga-se de passagem. Hoje, aqueles que escolheram não se vacinar são literalmente excluídos de várias atividades sociais; são repelidos como se fossem infecciosos ou tangivelmente grotescos. Disso para a estrela amarela no peito, será que estamos tão longe assim? O “autoritarismo necessário” se baseia justamente nessa crença catequética na ciência dos perfeitos. A lógica é relativamente simples, “se é científico, é verdadeiro; se é verdadeiro, por que não impor”? Era nisso que acreditavam Stalin e Hitler. Joseph Mengele, um dos insanos médicos nazistas, ao assassinar mais de 400 mil prisioneiros nazistas — entre eles, padres poloneses e judeus de toda a Europa — dizia fazê-lo em nome da “ciência”.

Chovem estudos, dados e estatísticas, rebanhos de jornalistas, entusiastas e opinadores para dizer o que o outro deve fazer. Os pequenos tiranos já estão sob a bênção dessa pseudociência, e, em nome dela, podemos dizer o que cada um deve ou não fazer. Como um cético conservador, tenho temor daqueles que ganham o poder de ditar regras sociais inerrantes a um povo escravo de uma mentalidade autoritária. Como cidadão do pós-século 20, tenho pavor daqueles que empunham a ciência para fazer políticas tirânicas.

Leia também “A Pfolia da Pfizer”

 Pedro Henrique Alves, colunista - Revista Oeste


UM “LIBERALOPATA” - Alex Pipkin, PhD

Essa semana fui chamado de “liberalopata”. Sinto-me muito honrado.

Sim, claro, eu acredito no livre mercado, na concorrência e na capacidade dos indivíduos e das empresas de produzirem e de inovarem. São os indivíduos e as empresas os verdadeiros heróis, criadores de riqueza.

Distintamente do que pensa esse amigo que me “elogiou”, os empresários, na sua grande maioria, não são os capitalistas malvados, sem coração, “comedores de criancinhas”. Não são os vilões das desigualdades sociais…

Quem pensa desta maneira, desconhece que são nos mercados que se estabelecem relacionamentos associativos e colaborativos, e mais importante, de forma voluntária, ou seja, livre associação sem coerção.  O Estado tem a função de garantir nossas liberdades, de definir os direitos de propriedade, e de administrar a gestão da saúde, da educação e da segurança, porém, não acredito que a operação seja exclusividade estatal.

Verdadeiramente, o grande problema quase sempre está no intervencionismo - e no grau - do pai, mãe, avó, governo. “Boas intenções” não bastam, os resultados são comprovadamente piores quando o Estado intervém na tentativa de corrigir àquilo que supostamente era um problema.

Ludwig von Mises dizia que quem pede maior intervenção estatal está, em última análise, pedindo mais compulsão e menos liberdade.  Certo que os burocratas estatais encherão a boca para dizer que o governo deve intervir em razão das externalidades (Perdoa, Deus, a grande maioria deles não sabe o que diz - o que significa).

Por que eu deveria acreditar na inteligência e na capacidade superior do Estado? Pelo contrário, as tentativas estatais de impedir o funcionamento do livre mercado, por meio da coerção estatal, produzem compadrio, criam distorções e reduzem a riqueza de todos. Ou tu achas que os homens da máquina sabem gerenciar e alocar melhor os recursos do que as pessoas e os empresários? Eu não.

Um “liberalopata”, evidentemente, é contrário à ótica de que o Estado tenha que intervir para promover à ordem e fornecer a caridade para as pessoas, partindo-se da lógica que as pessoas sempre necessitam de uma “babá”, e proteção contra os gananciosos homens - ah, e mulheres - do mercado.

É tão singelo, mas tão difícil de compreender: todo o recurso do Estado sai do bolso dos contribuintes; e quando o Estado dá 1 com uma mão, pode ter certeza que já retirou 3 com a outra mão.

Um “liberalopata”, enfim, é cético, já que não acredita no nobre bom-mocismo, que na vida real não serve e não funciona para resolver os reais problemas.

Transcrito do Blog Percival Puggina -   Alex Pipkin, PhD


E ELES “AMARELARAM” FRENTE AO 142 ? - Sérgio Alves de Oliveira

A rejeição das duas ações de investigação judicial  eleitoral no TSE que objetivavam   a cassação dos mandatos da chapa Jair  Bolsonaro-Hamilton Mourão, Presidente e “Vice” da República, promovidas pela coligação “Brasil Feliz de Novo”,derrotada nas eleições de outubro de 2018, por eventual abuso de poder econômico e disparos em massa de mensagens nas redes sociais, na campanha eleitoral, teve um desfecho  absolutamente “lógico”, dentro  das previsões,ou seja, de absolvição da “chapa”.

Certamente não foi por  falta de “vontade política” em acolher os pedidos de cassação  e assim oportunizar a posse do substituto do Presidente, eleito pelo Congresso Nacional em 30 dias, nos termos do artigo 81, parágrafo primeiro, da Constituição. O motivo com certeza  foi “outro”. E não pode ter sido a alegação “esfarrapada”do Ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor-geral  do TSE, e Relator da ação, de que não haveria provas de que essas irregularidades eleitorais tenham sido “decisivas” na eleição. Como “penetrar” na cabeça do eleitor para saber se foi ou não “decisivo”?

Não fosse o  eventual risco  dessa decisão  jurisdicional “esbarrar” nos quartéis, apesar da satisfação de  “gregos e troianos” da política e da alta cúpula judiciária,com suas inúmeras sabotagens e boicotes ao Governo,estabelecer-se-ia,se fosse o caso, imediatamente  a “paz celestial”,mesmo que “deturpada”, no comando do país,que certamente retornaria às mãos predadoras do passado. Não seria nada difícil achar um nome de “consenso” da oposição para substituir Bolsonaro, ”adubando”assim  a eleição presidencial de outubro de 2022.

E essa atitude do TSE  não seria por causa exclusivamente do “capitão” Bolsonaro, mas talvez, principalmente, em vista do General Mourão, com enorme prestígio dentro das Forças Armadas, não tolerados e jamais  respeitados como deveriam, em nenhum momento, pelos políticos progressistas e seus “comparsas” de ocasião,dos Poderes Legislativo e Judiciário.

Creio que a “racional” decisão tomada pelo TSE, de rejeição às duas ações na aludida sessão  de julgamento, poderia ser melhor  explicada  através da psicologia comportamental ,na forma de  “análise transacional”, como uma atitude  preventiva do referido Tribunal  a uma possível “legítima defesa”,“retaliação”,”revide”, da “força” (legítima) contra uma política prejudicial  aos legítimos interesses do povo brasileiro,o que tem causado grandes embaraços à sadia  governabilidade do país. Nesse possível episódio estariam agindo forças do “estímulo negativo condicionado”, ou seja,a plena consciência do risco que os juízes  correriam com essa atitude  absurda, que poderia fazer rolar as próprias cabeças,com fundamento na própria Constituição.

E gize-se, por oportuno, que não haveria limites jurídicos na aplicação do citado dispositivo constitucional (art.142),porquanto poderia estabelecer-se desse logo o “poder instituinte” capaz de montar um novo e legítimo estado de direito democrático,corrompido  pelos políticos e seus “asseclas”,de 1985 a 2018. “Poder Instituinte” não está amarrado ao ordenamento jurídico que busca moralizar.

Exemplo clássico de uma situação dessas,de estímulo negativo condicionado em psicologia comportamental,seria a pessoa sair para um dia ensolarado de praia e “entupir-se” de protetor solar(comportamento) para  evitar queimaduras (remoção do estímulo negativo).  Essa “intervenção” das Forças Armadas,com base na clara permissão contida no artigo 142 da Constituição,evidentemente não seria simplesmente  para manter a “ordem” e a “lei”,situações  de certo modo  corriqueiras,porém,de forma inédita,para “defesa da pátria” e de um dos “Poderes Constitucionais”,o Poder Executivo.

O que não pode passar despercebido é a simultaneidade entre o julgamento dessas duas ações no TSE e o “fechamento” das conclusões da CPI da Covid no Senado,com indiciamento dos seus “responsáveis”, ambas envolvendo  o Presidente Bolsonaro como réu. Sem dúvida nessas  operações simultâneas os Poderes Legislativo e Judiciário agem em escancarado conluio,”combinados”.

[o Blog Prontidão Total destaca seu entendimento, expresso em comentários apresentado em várias postagens, algumas em data anterior a da decisão do TSE, ou aqui, de que  as ações movidas pela tal frente seriam arquivadas pelo mais elementar motivo: FALTA DE PROVAS.
Aliás, o mesmo motivo que contamina o relatório final da CPI barraqueira.
Sem esquecer que um relatório firmado pelos senadores Aziz, Calheiros, Rodrigues  e outros do tipo, com pretensões de libelo, para os nele acusados  vale mais como ATESTADO DE IDONEIDADE]

E nisso tudo é preciso dar logo um “basta” !!!

 Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo