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quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Como funciona a máquina de WhatsApp que pode eleger Bolsonaro

Informantes relatam recebimento secreto de listas de números de telefone, uso de chips do exterior e estúdio de produção maciça de memes

[Nota do Blog Prontidão Total: cumprindo o dever de informar nossos leitores, publicamos alguns excertos de matéria informativa veiculada na revista Época;

Deixamos bem claro que não existe nenhuma prova da ocorrência dos fatos narrados, sequer da existência das redes, sendo a matéria  meramente informativa, sem apresentar provas ou algo que possibilite comprovação.]

Listas telefônicas em papel, chips importados, grupos segmentados e hibridismo entre militantes e disparadores pagos. Essas foram algumas das estratégias utilizadas pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para criar sua extensa rede de comunicação paralela via WhatsApp. Na reta final da eleição, ÉPOCA conversou com pessoas que mergulharam ou participaram ativamente da construção do sistema, marcado pela circulação de notícias falsas e financiamento duvidoso. Um dos ouvidos pediu anonimato por temer retaliações.  

André ( nome fictício ) trabalhou para a família Bolsonaro durante quase dois anos. No início, o serviço se restringia à geração de peças virtuais. Em seguida, ampliou-se à criação maciça de grupos no aplicativo de mensagens. No primeiro semestre deste ano, a colaboração foi encerrada – entre outros motivos, pelo desconforto crescente da agência em que André trabalhava com o uso de notícias falsas desde o ano passado. “Saímos da campanha quando percebemos que as chances de ele ganhar eram reais”, contou. 

Para multiplicar as células no aplicativo, eram utilizadas listas com números de celular fornecidas diretamente por funcionários do clã Bolsonaro. Diversas listas com números telefônicos foram retiradas pessoalmente de escritórios no Rio de Janeiro e em São Paulo — prática comum em campanhas para driblar a legislação eleitoral, que só permite o uso de base de dados dos próprios candidatos. Em seguida, por telefone, cada uma das listas era associada ao perfil de um grupo específico: jovens, mulheres, pobres, evangélicos, entre outros. Os grupos eram criados e alimentados manualmente. Um a um, centenas de contatos migravam do papel para a rede, sem a autorização prévia dos usuários. 

(...) 

O professor Viktor Chagas, que monitora cerca de 150 grupos de cunho conservador e bolsonarista para o CoLAB, grupo de pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), constatou a presença decisiva de números estrangeiros nesses espaços. Chamam atenção telefones com códigos de Índia, Paquistão e Arábia Saudita. “Esses números são minoria, mas se caracterizam por uma atividade intensa”, explicou Chagas. O informante que esteve dentro da campanha de Bolsonaro contou que a maioria dos chips usados vinha dos Estados Unidos, mas também havia alguns com origem em Portugal e na Argentina. As agências que atendiam o clã do presidenciável recebiam os chips estrangeiros em procedimento idêntico ao das listas — pessoalmente, em encontros cercados de sigilo. A ideia era dificultar o rastreamento e bloqueio dessas linhas. 

MATÉRIA COMPLETA em Época

 

terça-feira, 22 de maio de 2018

Caiu a ficha: o real não tá com nada

A queda do real se equipara à das moedas do Afeganistão e do Paquistão. E só é menos ruim do que a da Indonésia. 

Nessa história do frenesi cambial, o que chama mesmo a atenção nem é a alta planetária do dólar. É a queda do real, de longe a maior entre quase todos os países geralmente comparados ao Brasil.
Pesos (Argentina, México), rúpias (Índia, Sri Lanka), lira (Turquia), rublo (Rússia): todos perdem, mas muito menos. Aqui, a moeda americana sobe 1,2% neste momento (US$ 1 = R$ 3,741). É preciso procurar com lupa para encontrar perdas semelhantes. Além do rand (África do Sul) e do peso colombiano, só se encontra variação semelhante no afghani (Afeganistão) e numa outra rúpia (a do Paquistão).
 
Mais grave ainda é buscar alguma moeda mais desprestigiada que a brasileira. Não é possível, certo? Tem que haver alguma. Para minha surpresa, só encontrei uma: a (também rúpia) da Indonésia, onde o dólar subiu 2% no pregão de hoje. Ok, também temos a China, onde o dólar subiu 1,3%. Mas só porque o governo local deixou. Diante da guerra comercial declarada pelos Estados Unidos, tudo o que os exportadores querem, neste momento, é um yuan fraco.
 
Portanto, voltando ao real: se está tão mal na foto, com inflação abaixo da meta e reservas externas recordes, imagine o que nos espera quando nos aproximarmos dos momentos mais nervosos que costumam preceder uma eleição presidencial. É fato que alguma fuga de divisas era esperada, e faz tempo. Mais recentemente, acentuou-se o efeito Trump: protecionismo e rompimento do acordo nuclear com o Irã. Mas são fatores que se espalham globalmente.
 
Por que, então, o real cai tanto e tanto mais que as outras moedas? Temo que tenha caído a ficha dos “agentes” do mercado – que, por definição, procuram antecipar fatos e tendências e vivem de ganhar dinheiro com isso. É que vem aí a hora da verdade.
Em primeiro de janeiro de 2019, um novo governo vai enfrentar o colapso do saldo primário, como bem definiu dia destes o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. Colapso iniciado por Dilma Rousseff e afundado por Michel Temer.

Nesse contexto, importante ressaltar que o Banco Central agiu certo esta semana ao interromper a queda da Selic, a taxa básica de juros, e mantê-la em 6,5%. Diante do ataque que sofre o real, só faltava cortar o juro nominal. Aí é que os dólares bateriam em retirada mesmo. Põe colapso nisso.
 

 

 

 

 

 

sábado, 21 de abril de 2018

Ïndia aprova pena de morte para estupradores de crianças e Paquistanesa é morta por querer se casar com italiano

O governo indiano aprovou neste sábado a pena de morte para estupradores de crianças depois da recente violação coletiva e assassinato de uma menina de 8 anos, um caso que abalou o país. O primeiro-ministro indiano Narendra Modin, tão logo voltou de uma reunião da Comunidade Britânica, se reuniu neste sábado com seu gabinete e aprovou uma emenda à lei sobre violências sexuais que permite condenar à pena capital estupradores de crianças menores de 12 anos.  Da mesma foram, as penas mínimas por estupro foram aumentadas.

Milhares de indianos se mobilizaram nos últimos dias em todo o país depois que uma menina de uma tribo muçulmana nômade foi sequestrada por cinco dias, estuprada e assassinada por oito homens no estado de Jammu e Caxemira (norte).  Segundo a polícia, o crime procurava aterrorizar a comunidade de pastores muçulmanos dos bakarwals para forçá-los a deixar a área, de maioria hindu. Atualmente, a lei indiana prevê a pena de morte para os assassinatos mais atrozes e para atos terroristas, embora as execuções sejam raras.

Cerca de 40.000 casos de estupro são denunciados por ano na Índia, segundo as estatísticas oficiais. Os observadores consideram que isso só representa a ponta do iceberg devido à intensa cultura do silêncio que prevalece sobre este tema na sociedade indiana

AFP 

Paquistanesa é morta por querer se casar com italiano

Uma paquistanesa de 25 anos residente em Brescia, no norte da Itália, foi assassinada em seu país, supostamente pelo pai e pelo irmão, porque queria se casar com um rapaz italiano.  Segundo o diário “Giornale di Brescia”, Sana Cheema teria sido degolada pela própria família durante uma viagem para sua cidade de origem, Gujrat, no Paquistão setentrional. Ela vivia em Brescia desde criança e tinha cidadania italiana.   
Ainda de acordo com o jornal, os dois supostos autores do homicídio foram presos pela polícia paquistanesa.   


“Pobre garota, degolada pelo padre e pelo irmão porque queria simplesmente ser livre. Quanta tristeza, quanta raiva. A Itália não pode dar nenhum espaço para quem traz essa ‘cultura'”, afirmou o líder ultranacionalista Matteo Salvini, possível futuro primeiro-ministro do país.

 (ANSA)




domingo, 18 de março de 2018

O Brasil líder em mortes de ativistas de direitos humanos é “fake news”; Marielle era psolista. E não tinha de morrer por isso

Leio na Folha o seguinte:
“Relatórios de 2017 da Anistia Internacional, da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e da ONG Front Line, que monitoram direitos humanos no planeta, colocaram o Brasil entre os quatro líderes globais em homicídios de ativistas, ao lado de Colômbia, Filipinas e México.”

Sempre que o Brasil aparece acima do Sudão, do Norte e ou do Sul, nesses rankings que dizem respeito à agressão aos direitos humanos, fico um tanto espantado. Não se veem entre os quatro o Irã ou os países árabes. Nada de China, Rússia, Coréia do Norte, Venezuela ou Cuba. A lista seria gigantesca.
Pra começo de conversa, seria preciso definir exatamente o que é um “ativista” dos direitos humanos. O texto fornece algumas pistas. Transcrevo:
  “Segundo a Comissão Interamericana, ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), três a cada quatro assassinatos de defensores de direitos humanos no mundo aconteceram na América Latina em 2016, concentrados no Brasil e na Colômbia.
Naquele ano, 66 defensores foram assassinados por aqui –um a cada cinco dias, em média–, segundo o Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos. Em 2015, foram 56.
‘Há um aumento evidente da violência contra quem luta por direitos no país, apesar da subnotificação desses casos’, avalia a advogada Layza Queiróz Santos, que integra o comitê
.”

Como se nota, ou os países em guerra civil da África são, não obstante, respeitadores de direitos humanos, ou a turma é meio fraca por lá nesse quesito. Poderíamos lembrar ainda as, como direi?,  notáveis democracias árabes ou, mais amplamente, muçulmanas, para incluir paraísos como o Paquistão e o Afeganistão… Mais uma vez, a militância política vem a serviço da distorção, e a “fake news” com pedigree se espalha.

No Brasil, os “atividades de direitos humanos” que são mortos costumam estar ligados, por exemplo, a conflitos agrários. Deveriam morrer por isso? Não! Nem matar! Mas luta por terra e o MST é o dono dessa agenda — não é luta “por direitos humanos”. Até porque o movimento tem uma agenda política. O mesmo se diga sobre lideranças indígenas. Não se trata de condescender com a morte dessas pessoas ou de afirmar: “Ah, quem está na chuva é mesmo pra se molhar”. Nada disso. É que aquele que luta por “direitos humanos” não pode estar atrelado a projetos de poder, inclusive partidários. Não por acaso, a Colômbia, que ainda sob a égide da luta contra a narcoguerrilha, aparece no topo da lista, junto com o Brasil. Militantes das Farc ou que serviam de porta-vozes informais da guerrilha eram e são tidos como “ativistas dos direitos humanos”.

Não! Não é para matar ninguém! Eu sou contra a pena de morte, ainda que aplicada por sistemas judiciais de países democráticos. Logo, não poderia condescender com justiçamentos e afins.  Ocorre que é preciso chamar as coisas pelo nome que elas têm.
Marielle Franco, por exemplo, era uma vereadora do PSOL. Pertencia a uma organização que tem um projeto de poder e que atua não segundo a ótica dos “direitos humanos”, como se esse fosse um conceito que habita no empíreo, de que ela, Marcelo Freixo, Chico Alencar e Jean Wyllys fossem a perfeita expressão terrena. Era uma política.
“Então ela merecia morrer?”
Reitero: ninguém merece morrer.
Ocorre que quem a matou estava pouco se lixando para a sua “militância em favor dos direitos humanos”. Ela só foi morta porque se tornou uma voz estridente contra a intervenção e porque seus assassinos, também contrários à dita-cuja, contavam que isso levaria as esquerdas para a “luta”, com a adesão, sem filtro, da esmagadora maioria da imprensa.
[Ser do PSOL, descontando raras exceções, não é boa recomendação nem torna o psolista 'defensor dos direitos humanos'.
Só um exemplo: tem um terrorista italiano, Achiles Lolo - em ações terroristas na Itália tinha como 'hobby' incendiar seres humanos quando estavam dormindo;  
Lollo foi condenado, fugiu e veio para o Brasil - que nos governos Lula e Dilma se tornou valhacouto de diversos tipos de marginais, com destaque para terroristas - e foi ser assessor do PT - foi dispensado, nem o partido dos traidores teve estômago para suportar Lollo.
O PSOL de imediato o contratou para prestar serviços de assessoria - não sabemos se o demitiram, até recentemente estava prestando assessoria.
Por aí se ver que o PSOL tem um conceito de direitos humanos que torna válido empregar  terroristas incendiários (de seres humanos, não de coisas).
De qualquer forma, Marielle ou qualquer outro que seja psolista não merece morrer.]

Blog do Reinaldo Azevedo 

SABER MAIS:  Militância de minorias obscurece o fato de que país é dos mais violentos também para as maiorias. E cria obstáculos à ação oficial

[aproveitando o gancho para mostrar, MAIS UMA VEZ, que o 'estatuto do desarmamento' tem que ser revogado e todo brasileiro tem o direito inalienável de possuir/portar armas de fogo;
quanto mais os bandidos terem a certeza que em suas ações criminosas encontrarão cidadãos aptos a enfrentá-los, mais desestimulados ficaram para cometer crimes - e os que tentarem nunca terão a certeza que sairão ilesos.
...
O Brasil e a Síria
Costuma-se dizer por aí que se mata no Brasil praticamente o mesmo do que se mata na Síria, um país em guerra. Essa conta está errada, como já http://www3.redetv.uol.com.br/blog/reinaldo/guerra-nao-declarada-no-brasil-mata-quase-o-quadruplo-do-que-mata-a-guerra-civil-na-siria/
demonstrei neste blog no dia 30 de outubro do ano passado. Explico por quê.

Do início da guerra civil na Síria até março de 2017, ao longo de seis anos, morreram 321.358 pessoas. Uma barbaridade? Sim! Uma barbaridade! Ocorre que esse número reúne todas as vítimas, incluindo soldados do Exército oficial e insurgentes, que estão em guerra. O dado que interessa na comparação com o Brasil é outro. São civis nesse grupo 91 mil indivíduos. No mesmo período, em nosso país, foram assassinadas 320 mil pessoas. Entenderam? Mata-se em Banânia não “o mesmo de uma Síria em guerra”, mas quase o quádruplo. A taxa de homicídios em 2016 chegou a 29,9 por 100 mil habitantes, uma das mais altas do mundo. 
... 
Os Estados Unidos, país em que o direito do cidadão portar armas atinge o status de sagrado, a taxa de homicídios é  pouco superior a 4 por 100.000 habitantes.
Sete vezes inferior à taxa do Brasil e aqui só os bandidos e policiais podem possuir/portar armas.]


domingo, 6 de agosto de 2017

Paquistão ordena estupro de uma adolescente como castigo por outro abuso

O outro abuso foi cometido pelo irmão da adolescente, ele estuprou uma menina de 12 anos 

Uma adolescente foi estuprada no leste do Paquistão, mas, em sua aldeia, isso não configurou um delito. Na verdade, foi o conselho local que ordenou o estupro, como punição por um crime semelhante cometido por seu irmão. O conselho de "sábios", também conhecido como "panchayat" ou "jirga", pediu, em meados de julho, para um homem estuprar essa menina de 16 anos, como reparação pelo insulto que tinha sido infligido em sua irmã, de 12.

"Que Deus tenha piedade de nós, que dia estranho e que a injustiça", lamenta Amina Bibi, moradora de Raja Jam, lembrando do abuso duplicado na pequena vila, com 3 mil habitantes, situada na província de Punyab. "Na nossa região, não temos nem escola nem hospital, imperam a pobreza e a ignorância. Esse incidente é um reflexo da ignorância", afirma Imtiaz Matia, vizinho de 46 anos.

Depois do ocorrido, as duas jovens foram acolhidas em um refúgio para mulheres aberto neste ano, graças a uma legislação adotada em 2016 pela província, que garante novos direitos e proteção maior. O refúgio fica em Multán, a poucos quilômetros de Raja Ram, mas a distância entre o povoado e a cidade parece gigante. 


'Honra da família'
Em lugares como Raja Ram, os "panchayat" ainda são considerados o autêntico sistema de justiça, e os tribunais paquistaneses, baseados no sistema britânico, são vistos como um fenômeno externo. "Nos tempos dos nossos antepassados, já havia conselhos locais", lembra-se Manzoor Husain.

Os tribunais podem levar anos para julgar um caso, enquanto os conselhos rapidamente dão sua sentença. Essas assembleias de "sábios" suscitam, contudo, cada vez mais críticas, devido a decisões controversas, sobretudo quando se trata de mulheres. "Tudo neste sistema é baseado na honra, e não tem nada mais desonroso para uma família que o estupro de uma filha", explica a militante feminista Aisha Sarwari. "Os homens da família do agressor devem, portanto, sofrer a mesma desonra que os familiares da vítima", aponta.

Um "panchayat" ficou muito conhecido em 2002, por condenar ao estupro coletivo uma mulher chamada Mujtar Mai, cujo irmão tinha sido acusado erroneamente de estupro. Mai, que morava na província de Punyab, a algumas horas ao norte de Multán, tomou então uma decisão pouco usual no Paquistão: denunciou os agressores na Justiça. Eles foram, contudo, perdoados, os conselhos locais continuaram na região, e Mai virou defensora dos direitos das mulheres.

O Supremo Tribunal tentou dar fim a essas assembleias tradicionais e tornou-as ilegais em 2006. Contudo, para tentar acelerar a Justiça, o governo voltou a autorizá-las para resolver conflitos locais.  A "lei das jirga", como chamam as feministas, preocupa muita gente, ainda que, desta vez, a decisão do conselho de Raja Ram convenceu a Justiça a abrir uma investigação sobre o caso.  

 

Fonte: Correio Braziliense

 

 

terça-feira, 6 de junho de 2017

Se escapar...

Vi um quadro de alerta na porta dos elevadores de um prédio público que, além de enumerar procedimentos de segurança em caso de incêndio, arrematava com a frase: Se escapar, chame os bombeiros.  A indicação puxada pro terror é perfeita para o agora.

Se escapar...
Anda muito difícil escapar.
Oceanos longe de nós, correm soltas guerras declaradas, nada santas, com todas as tragédias e dores que provocam – terra arrasada, mortos, feridos, mutilados, refugiados errantes, expatriados para além de suas fronteiras, rejeitados em fronteiras mais seguras.
Seguras?

Pelo mundo, o terrorismo é ameaça real, constante.  Os alvos são cidadãos comuns, gente como a gene. Explosivos são a modalidade mais comum dos ataques que vêm do nada, em qualquer lugar. Nos últimos dois anos, atropelamentos, tiros, esfaqueamento acrescentam corpo a corpo ao terror.

São ataques sem coordenação central, mas iniciativa de um ou alguns que odeiam – a própria vida inclusive. Por causas difusas, saem para matar quantos conseguirem até que sejam mortos.  O ódio é a pilha de todas as violências, toda a barbárie. Aqui e lá.
Vítimas do terrorismo pelo mundo somam mais de 16 milhões, mais de 43 mil mortos. Iraque, Paquistão e Índia registram o maior número de ataques e de vítimas.

Mas, quando tudo – carros, facas, aviões, bombas – vira arma, ninguém, nenhum lugar é suficientemente protegido.  Nos cinco primeiros meses de 2017, no planeta Terra, 3.349 pessoas morreram em atentados terroristas. Notícia de ontem: em três semanas, o Brasil alcança esse número de mortos, seja nos assassinatos coletivosas já vulgarizadas chacinas – ou no um a um de cada dia. Jovens de 15 a 29 são os mais atingidos - a maioria é negra, pobre e das desprotegidas periferias brasileiras.

No Brasil de hoje a violência é intensa e cada vez mais espalhada.  Aqui a guerra é real , mas não declarada.  Em 20 anos, entre 1955 e 1975, morreram 1,1 milhão de pessoas nas guerras do Vietnã.  No Brasil, também em 20 anos, entre 1995 e 2015, outros 1,3 milhão foram assassinados.  Em 2015, foram 59.080 as vítimas de homicídio - 161 mortos por dia. A maioria classificada como MVCI – morte violenta com causa indeterminada.

“Temos uma crise civilizatória”, concluiu um técnico do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).  Não disse quanto custa ao país, nem ao mundo, a crise civilizatória.
Uma “googada” e sabemos que, no mundo de 840 milhões de famintos, as despesas militares de três anos superam 1,7 trilhões. Tipo, 260 dólares por pessoa.  O comércio internacional de armas convencionais movimenta US$ 80 bilhões por ano. Mas o número real deve ser bemmm maior. Os principais exportadores, China e o Reino Unido, por exemplo, não dão informação precisa sobre essas suas exportações.

Questão de segurança, entende?  Ou seja, o dinheiro rolado nesse “business” é estimado. Nunca estão incluídas vendas para o mercado doméstico ou as embaixo do pano –contrabando e a tal da caixa 2, com a qual estamos muito familiarizados.  A crise civilizatória é também cínica.Combatemos guerras vendendo armas. Combatemos assassinatos comprando armas, aparelhando melhor a polícia para alcançar o mesmo nível de armamentos dos bandidos, que compram dos produtores, que são absolutamente democráticos nas vendas. Vendem para quem paga –  bandido ou mocinho, no oficial ou no não contabilizado.

A crise civilizatória não tem fronteiras.  Aqui, no nosso penar sem fim de perplexidades, chegamos até um Ministro da Fazenda [óbvio que o tal ministro amantegado é petista desde sempre - o PT sempre inaugura novos tipos de crimes ou novas formas de praticar os antigos.] que sonegou impostos durante todo o tempo que cuidava da economia.  

Temos um presidente investigado. Temos pencas de indignados indignos.

Temos um humorista-apresentador de TV que recebe uma notificação extrajudicial, rasga, derrama nas partes intimas, recolhe e envelopa, para devolver ao remetente. Antes, destaca por escrito que a encomenda segue com “cheirinho especial”. Para não deixar dúvidas sobre o grau da grosseria e do deboche, toda a ação é gravada e postada nas redes sociais. [considerando a mulher que provocou o envio da notificação e que foi a destinatária da 'cheirosa' devolução, está tudo normal.] 

Recente, ali na Paraíba e em Pernambuco, tivemos rebeliões em centros socioeducativos – desses que guardam menores apreendidos”. Num e noutro, morreu gente.  Sete daqueles mortos socioeducados foram queimados vivos por outros dos socioeducados. Nas rebeliões de presos maiores de 18 anos, degolar é costumeiro. Notícias que, de tão corriqueiras, passam batido. 

O menu da “crise civilizatória” é amplo. Não há spy que dê conta. E eles são muitos.
Assim, se escapar do terrorismo, da guerra, da bala perdida, do assalto, da degola, da fogueira, de corruptores e corrompidos, das escutas, reze.
Agradeça ao divino, porque seguro mesmo só o céu, esse que existe como abstração, como sinônimo de paraíso, que é a esperança de coisa melhor a ser alcançada, um dia, talvez, quem sabe, para os merecedores.  E para merecer é preciso andar santo e muito protegido por outros santos, vida afora. Coisa muito difícil nas crises civilizatórias.

PS: Se escapou hoje, agradeça. E reze também pelo TSE.

Por: Tânia Fusco - Blog do Noblat - O Globo

sábado, 15 de abril de 2017

‘Mãe de todas as bombas’ matou ao menos 90 membros do EI, segundo novo balanço

Contagem anterior era de 36 mortos; Ataque foi capitaneado pelos EUA em redutos afegãos

Conhecida como a 'mãe de todas as bombas, a Massive Ordnance Air Blast (MOAB) foi lançada contra o Afeganistão - STRINGER / REUTERS

Pelo menos 90 combatentes do Estado Islâmico (EI) morreram na última quinta-feira, dia 13, na explosão da mais poderosa bomba não-nuclear do mundo, de acordo com um novo balanço comunicado neste sábado. O saldo anterior da bomba, lançada pelos Estados Unidos no Afeganistão, era de 36 mortos entre os combatentes do EI. O ataque dos EUA tinha o objetivo de destruir uma rede de cavernas e túneis do grupo extremista na província de Nangarhar.


Esmail Shinwar, governador do distrito de Achin, reduto do EI em Nangarhar, assegurou que “pelo menos 92 combatentes do Daesh (sigla em árabe do EI) morreram" no bombardeio. — Três túneis onde os combatentes estavam no momento do ataque foram destruídos — afirmou ele, segundo a agência de notícias France Presse.

A explosão não causou vítimas entre os civis e militares, disse Shinwar. — Os civis na região tinham sido informados com antecedência e conseguiram fugir da área. Neste momento, os comandos afegãos e tropas estrangeiras realizam uma operação de limpeza na zona. — contou ele.

O porta-voz do governo provincial, Attaulah Khogyani, informou, por sua vez, "90 combatentes do Daesh mortos" e confirmou à AFP uma "operação de limpeza concluída com êxito".  Um dia antes, o EI negou ter sofrido baixas no ataque por meio do seu órgão de propaganda, Amaq.

Na sexta-feira, o ministério da Defesa afegão declarou, em um comunicado, que “o bombardeio destruiu redutos estratégicos do Daesh (sigla em árabe do EI) e um complexo de túneis e matou 36 combatentes" no distrito de Achin. A explosão de quinta-feira atingiu um raio de vários quilômetros e envolveu em chamas a zona do impacto, uma região montanhosa e remota, na fronteira com o Paquistão.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Terror islâmico, 15 anos após o 11 de Setembro

Ao se completar 15 anos dos audaciosos ataques terroristas perpetrados pela rede Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001, nas cidades de Washington e New York, há elementos de juízo suficiente para avaliar a dinâmica do terrorismo islâmico contra os “infiéis” ocidentais e os “apóstatas” muçulmanos.

Durante este agitado lapso, não só a rede Al-Qaeda se fortaleceu, senão que surgiu de seu seio o auto-denominado Estado Islâmico (ISIS), muito mais radical e violento do que seu gestor. Hoje, este novo grupo constitui uma séria ameaça contra a liberdade humana, e por suas conotações geopolíticas e estratégicas poderia ser a chispa que inicie uma conflagração maior no sempre convulsionado Oriente Médio.

Desde o ângulo geopolítico internacional, o recrudescimento do terrorismo islâmico coincidiu com o re-assentamento político internacional da Rússia depois da desintegração da antiga União Soviética, o desdobramento econômico e militar da China, a imersão de vários países latino-americanos no socialismo pró-castrista pela mão do venezuelano Hugo Chávez, a Primavera Árabe que estremeceu a estrutura montada com governos inclinados ao ocidente, o desenvolvimento da capacidade nuclear na Coréia do Norte, 16 anos contínuos de desacertados governos nos Estados Unidos, altos e baixos da União Européia, mais atraso no continente africano e extensão das ramificações do jihadismo na Nigéria, Somália, Iêmen, Tanzânia, Quênia, Afeganistão, Paquistão e outros lugares.

As guerras no Iraque e Afeganistão encabeçadas pelos Estados Unidos para derrotar o terrorismo islâmico e a suposta existência de armas de destruição massiva no Iraque, se empantanaram em um empate estratégico de soma zero, no qual os terroristas saíram folgadamente favorecidos, que com armas de infantaria ligeira e os letais homens-bomba, ou o estalido de trampas explosivas se multiplicaram em células jihadistas e multiplicaram o recrutamento de adeptos nos cinco continentes.

No âmbito militar ficou para decantar em doutrina de guerra contra-terrorista a execução de exitosas operações aero-terrestres como a que conduziu Osama Bin Laden à morte, ou a impactante eficiência dos drones guiados por experts em inteligência eletrônica e equipes de especialistas em inteligência tática. É uma guerra de nova geração que pelas condições do problema se estenderá por várias décadas nos quatro pontos cardeais do globo terrestre.

A derrota da riqueza financeira e econômica deixada por Reagan, que começou a ser mal-gasta por Bill Clinton, encontrou em George Bush e Barack Obama dois mandatários inferiores ao desafio de manter os Estados Unidos no topo de seu outrora vertiginoso crescimento econômico.   Por razões politiqueiras, democratas e republicanos se trasladam as culpas dessa debacle sem ir ao fundo do assunto. Por isso, com um discurso agressivo Donald Trump capta adeptos frente a uma candidata que o questiona pelas saídas em falso do magnata, porém, para desgraça dos Estados Unidos e de tantos países interdependentes da grande potência, tampouco é a pessoa adequada para chegar à Casa Branca. A crise de liderança mundial também é evidente nos Estados Unidos.

De quebra, o crescimento geométrico e matemático do terrorismo internacional distribuído pelo mundo mas com epicentro no Oriente Médio, exacerbou a guerra fria entre Arábia Saudita (sunita) e Irã (shiita), a qual se materializou no envio de tropas e recursos de toda ordem para oxigenar as guerras civis na Síria e no Iêmen, o duvidoso acordo de suspensão do projeto nuclear iraniano, o incremento das relações clandestinas da Arábia Saudita com o Paquistão para islamizar a Ásia Meridional e parte da Ásia Central, com o gravíssimo risco da possessão de armas nucleares no Paquistão e Índia, cujos governantes promovem um ódio irreconciliável mútuo.

Por sua parte a Rússia, com óbvios interesses geopolíticos não só nessa região senão no mundo, aproveitou a circunstancial guerra contra a ditadura de Bashar Al Assad na Síria, para entrar no conflito e com o ímã de seu poderio militar atraiu a Turquia que pretende matar dois coelhos com uma cajadada só, tirar vantagens da guerra síria, consolidar-se como o líder muçulmano do Oriente Médio, ser potência e catalizador frente ao Ocidente e eliminar a sangue e fogo os independentistas curdos. 

O problema se agrava para a Turquia e para o resto do mundo, devido à mentalidade ditatorial de seu presidente Erdogan, o descontentamento de um amplo setor militar turco com seu governo, a presença do ISIS em seu território, a pressão dos Estados Unidos e Europa para que combata com maior eficiência toda a infra-estrutura terrorista, e a necessidade de manter boas relações com Israel.

Em síntese, à previsível e marejada dinâmica de mudanças geopolíticas deduzíveis e esperadas depois da queda do muro de Berlim, se acrescentou com força irresistível o incremento do terrorismo islâmico no mundo que, como já se disse, poderia ser a chispa que desate uma conflagração maior em um mundo no qual não há líderes com estatura similar à de Churchill, Roosevelt ou De Gaulle, porém há sim condições muito mais tensas que as que originaram a Segunda Guerra Mundial.

Essa é a mais clara herança que os ataques terroristas do 11 de setembro de 2001 deixaram nos Estados Unidos, ao coincidir com as mudanças permanentes da ordem mundial.


TraduçãoGraça Salgueiro
 

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Perseguição islâmica: cristãos "inúteis" tratados como animais



Ataques de Muçulmanos contra Igrejas Cristãs




Sua Santidade Mor Ignatius Aphrem II, Patriarca Sírio-ortodoxo de Antioquia e de Todo o Oriente (esquerda) solicitou ao governo da Suécia que garanta a segurança dos refugiados cristãos na Suécia, encaminhando-os para outros alojamentos longe dos abrigos onde são perseguidos pelos muçulmanos. Anders Danielsson (direita), diretor geral do Conselho Sueco de Migração, ressaltou que habitações separadas para cristãos e demais grupos vulneráveis "irão contra os princípios e valores centrais da sociedade sueca e da nossa democracia."

Estados Unidos: um grupo pró-ISIS chamado Califado Cibernético Unido "hackeou" o website da Igreja Reformista Cristã em Lamont, Michigan. Uma menina de 15 anos descobriu o vandalismo que consistia na inclusão de um vídeo de propaganda do ISIS e um texto em árabe. O recrutador apresentado no vídeo diz: "nós iremos conquistar a sua Roma, quebrar suas cruzes e escravizar suas mulheres, com a permissão de Alá, o Louvado. Esta é a Sua promessa, Ele é glorificado e não deixará de cumprir a Sua promessa."

Etiópia: muçulmanos deste país de maioria cristã se envolveram em tumultos na zona leste de Shewa com o objetivo de atacar cristãos acusados de converterem muçulmanos ao cristianismo. Eles incendiaram, reduzindo a cinzas, 14 igrejas de diferentes denominações deixando mais de 2.000 cristãos sem terem onde rezar. O cemitério de uma igreja também foi vandalizado. O líder da igreja assinalou: "estamos rezando do lado de fora da igreja, sentados no chão, suportando o sol escaldante. Apelamos aos nossos irmãos, onde quer que estejam, que venham em nosso auxílio. Os agressores derramaram gasolina cantando 'Allahu Akbar' (Deus é Grande) antes de incendiarem a igreja."

Uganda: em 12 de abril, por volta da meia-noite, vândalos muçulmanos demoliram uma igreja cristã. Era possível ouvi-los cantarolando: "não dá para convivermos com vizinhos infiéis. Temos que lutar pela causa de Alá." Foram destruídos instrumentos musicais, mais de 500 cadeiras de plástico e outros bens. Dois dias antes um grupo de muçulmanos gritava: "somente Alá deve ser adorado e Maomé é o seu profeta", eles abateram os porcos de um líder da igreja, uma de suas mais importantes fontes de renda. Ele já havia recebido uma mensagem de texto dizendo: "que os membros da sua igreja saibam que porcos são extremamente profanos e abomináveis perante Alá, extremamente afrontoso e vergonhoso. Eles são haram (proibidos) e ilegais conforme proibição do nosso sagrado Alcorão." Um membro da igreja também recebeu uma mensagem que dizia: "em breve caçaremos as cabeças dos seus porcos." Ele logo descobriu que oito dos seus porcos tinham sido mortos.


Iraque: o Estado Islâmico explodiu a icônica igreja católica da Santa Maria em Mossul, conhecida como a "Igreja do Relógio". De acordo com a Agência Internacional de Notícias Assíria, "militantes isolaram as áreas ao redor da igreja e saquearam o prédio a procura de objetos de valor e antiguidades antes de destruí-la com explosivos... A Igreja do Relógio... já foi alvo de ataques do ISIS no ano passado, quando a sua cruz foi retirada." Houve uma época em que Mossul contava com cerca de 45 igrejas, a maioria delas foi destruída ou convertida em tribunais ou prisões, isso desde a conquista de Mossul pelo Estado Islâmico em junho de 2014.

Indonésia: um grupo islamista vandalizou uma igreja recém-inaugurada em Bekasi e exigiu que o prefeito local cancelasse o alvará de funcionamento. A Igreja Santa Clara obteve o alvará de funcionamento em julho de 2015 sendo inaugurada em 7 de março do ano corrente. O Foro da Comunidade Islâmica e outros líderes muçulmanos acusaram os líderes da igreja de adquirirem o alvará de funcionamento por meio de fraudes. O prefeito de Bekasi negou a acusação e se recusou a anular o alvará da igreja. Ele realçou que a igreja tinha cumprido todos os requisitos legais necessários para a construção. "Mesmo assim", explicou a Comissão Asiática de Direitos Humanos, "as agências encarregadas de assegurar o cumprimento da lei não conseguiram proteger os fiéis da Igreja Santa Clara; na realidade, ao que tudo indica, as agências não têm disposição ou vontade política para fazer valer a lei contra os justiceiros. Como resultado, a congregação da igreja vive pressionada e intimidada". O grupo de direitos humanos pediu mais uma vez à polícia local que "se posicione firmemente" contra o Foro da Comunidade Islâmica e "se certifique de que o governo garanta a proteção à Congregação Santa Clara para que ela possa praticar sua religião."

Argélia: "as igrejas na Argélia estão enfrentando intimidação e assédio, apesar das disposições constitucionais que garantem a liberdade religiosa no país," assinalou o World Watch Monitor em 29 de abril. Naquela mesma semana, as autoridades alegaram que uma igreja na região da Kabylie foi intimada a cessar todas as atividades religiosas, com base na alegação de que estava infringindo uma lei de 2006 que regulava o culto não muçulmano. As autoridades ameaçaram instaurar ações judiciais contra a igreja se o culto cristão continuasse. No último mês de fevereiro as autoridades também notificaram a igreja na cidade de Aït Djima, também em Kabylie, com base na mesma lei. Os críticos dizem que a lei de 2006, que visa regulamentar todos os cultos religiosos exceto o culto islâmico, é usada como instrumento de perseguição pelas autoridades. De acordo com o Reverendo Haddad, pastor de uma igreja protestante na cidade de Argel: "trata-se de uma lei injusta contra os cristãos, a quem foi negado o direito ao culto e a oportunidade de compartilhar o Evangelho livremente... a situação dos cristãos na Argélia não vai melhorar até que a lei totalitária, que já não se justifica mais, seja revogada."

Turquia: Seis igrejas foram confiscadas pelo governo no mês de abril em curso. Após dez meses de conflito na região sudeste da nação o governo desapropriou áreas enormes em Diyarbakir, a maior região da cidade. "Mas para o desespero das poucas congregações cristãs da cidade," observa o World Watch Monitor: "a medida inclui todas as igrejas ortodoxas, católicas e protestantes. Diferentemente das mesquitas financiadas pelo estado, as milenares igrejas da Turquia – algumas das quais pré-datam o Islã – foram geridas, historicamente, pelas fundações da igreja. A nova deliberação efetivamente torna as igrejas de Diyarbakir – uma delas com 1.700 anos, outra construída em 2003 – propriedade do estado da Turquia, um país islâmico com 75 milhões de habitantes." Poucas casas de culto cristãs permanecem de pé na região sudeste da Turquia. Embora seja a terra natal ancestral dos sírios e armênios, mais de 1 milhão destes cristãos étnicos foram massacrados e enviados às marchas da morte durante os últimos anos do Império Otomano no início do século XX.

Territórios Palestinos: na Cidade de Gaza, autoridades demoliram uma igreja cristã de 1.800 anos, recentemente descoberta, juntamente com seus valiosos objetos, apesar das tentativas de cristãos palestinos de salvá-los. Protestos não chamaram a atenção da comunidade internacional, nem das agências das Nações Unidas como a UNESCO, cuja missão é proteger o patrimônio cultural e natural da humanidade. A milenar igreja foi encontrada em uma área onde o Hamas planeja construir um shopping center. Segundo o relatório:
"A extraordinária descoberta das antiguidades parece não ter impressionado os trabalhadores da construção que removeram os artefatos e continuaram normalmente com o seu trabalho. Escavadeiras foram usadas para destruir alguns dos artefatos da igreja -- a devastação provocou duras críticas dos cristãos palestinos, alguns dos quais se apressaram em acusar tanto o Hamas quanto a Autoridade Palestina (AP) de fazerem uso das mesmas táticas do ISIS ao demolirem os patrimônios históricos. Visto pela ótica dos cristãos palestinos, a destruição das ruínas da igreja é mais uma tentativa dos líderes muçulmanos palestinos de eliminar tanto a história cristã quanto qualquer vestígio da sua presença nos territórios palestinos."

Massacres Muçulmanos de Cristãos
Nigéria: pastores muçulmanos Fulani massacraram cerca de 40 pessoas em uma aldeia de maioria cristã e incendiaram a Sagrada Igreja Internacional de Cristo reduzindo-a a cinzas. Dez casas foram arrasadas por incêndios criminosos, carros e motos foram destruídos e animais foram mortos a esmo. Do leito do hospital um sobrevivente ressaltou: "eu estava saindo de casa quando ouvi o sino da comunidade badalar. Eu estava indo com um amigo para ver porque o sino estava badalando, quando vi 40 pastores Fulani armados com facões e armas sofisticadas. Eles foram atrás de nós, mataram meu amigo e atiraram em mim várias vezes mas não conseguiram me atingir. Eles me atacaram com facões até eu desmaiar."



sábado, 30 de julho de 2016

Sexo e a Casa Branca

Com Hillary Clinton na Casa Branca - algo que esperamos não ocorra - a luta em prol da liberação mundial do aborto será fortalecida. Matar ser humanos inocentes e indefesos será a regra, algo a ser apoiado e incentivado.

Hillary Clinton tem um longo currículo, mas continua à sombra de Bill - e se orgulha de ter sido sua alcoviteira no caso Mônica Lewinsky.

Enfim, a democrata Hillary Clinton entrou para a História dos EUA como a primeira mulher a vencer as primárias de um partido relevante com chances reais de chegar à Casa Branca — em 1872, Victoria Woodhull foi candidata por um partido nanico. Isso ocorre 228 anos depois de aprovada a Constituição americana, e quase um século após o sufrágio, que permitiu às americanas votar.  O caminho percorrido foi longo, no entanto, na última semana, um dos temas mais debatidos sobre sua candidatura era como Hillary deveria responder aos eleitores se o escândalo político sexual envolvendo o então presidente Bill Clinton e a estagiária Monica Lewinsky voltasse à tona. Donald Trump, o candidato do Partido Republicano, acusou-a de estar playing the gender card (algo como jogando a “cartada do gênero”), ou seja, usar o fato de ser mulher para se beneficiar na corrida presidencial.

Não sei se Trump sabe, mas 51% da população americana são mulheres, não era sem tempo que uma delas chegasse à corrida presidencial. Se um candidato pode tirar vantagem do próprio gênero é Trump. Ser homem tem sido até agora um pré-requisito para a Casa Branca e outros cargos no governo dos EUA. [nada contra as mulheres mas vejamos o exemplo do Brasil - foi só dar chance a uma mulher e ela ferrou com tudo, f ... tudo.]
 
Elas ocupam 19,4% dos assentos no Congresso americano — menos que a média mundial de 21,9%, o que põe os EUA em 75ª posição num ranking global de representatividade feminina nos governos nacionais, entre 189 países onde estes cargos foram eleitos diretamente, atrás de África do Sul, Cuba, Ruanda. O ranking é feito pela União Interparlamentar, que acompanha as atividades de Parlamentos em todo o mundo. Apenas 10% dos cargos de governador, 12% das prefeituras das cem maiores cidades americanas e 24% dos assentos nos Legislativos estaduais são ocupados por mulheres nos EUA. Elas são também minoria nos postos públicos.

É precisamente por isso que democratas e republicanos nunca tiveram uma candidata à Casa Branca até a última quarta-feira. Porque barreiras ainda impedem a maioria das mulheres com ambições políticas de trilhar uma carreira relevante que lhes permita exercer sua competência e demonstrá-la aos eleitores. Na taxa atual, levará 500 anos para que as mulheres sejam igualmente representadas no Congresso, calcula o site GovFem, que defende maior representatividade feminina na política.

Hillary é uma exceção à regra. Formada em Direito pela Universidade de Yale, onde conheceu Bill Clinton, seu colega de classe, ela trabalhou com uma série de políticos, integrou a equipe que investigou o escândalo de Watergate como consultora jurídica do comitê que analisava o impeachment do presidente Nixon, trabalhou na campanha de Jimmy Carter, e foi consultora legal de seu gabinete, até se tornar primeira-dama quando Bill Clinton foi eleito governador do Arkansas e, em seguida, presidente dos EUA. Depois disso, foi eleita senadora, cargo que ocupou entre 2001 e 2009, e secretária de Estado até 2013, mas continua sendo vista à sombra do marido.

As mulheres nos EUA ainda são retratadas como as quatro personagens do seriado “Sex and the City”: independentes e bem-sucedidas profissionalmente que, ainda assim, só sabem falar em homens e sapatos. Em “Breaking Bad”, mais recente, a personagem feminina é uma dona de casa ingênua, neurótica sobre a possibilidade de traição do marido, que acaba virando mulher de bandido por amor. A personagem, é claro, é mais complexa do que eu teria espaço para descrever aqui, e evolui ao longo da série, mas nunca chega a ser protagonista. 

Em “House of Cards”, Claire Underwood, a personagem forte de Robin Wright, expõe barreiras e preconceitos que a mulher enfrenta na política, relegada a viver à sombra do marido. Ao mesmo tempo, Claire é retratada como uma mulher sem escrúpulos, que mantém o casamento por interesse, e é capaz de fazer qualquer coisa para satisfazer sua ambição, como puxar o tapete da secretária de Estado. O clássico estereótipo da mulher moderna.

Hillary atravessou vários escândalos políticos. Foi investigada sobre o ataque ao posto diplomático americano em Benghazi, Líbia, que resultou na morte do embaixador Christopher Stevens e outras três pessoas. As investigações apontaram “falhas sistemáticas de liderança e deficiências de gerenciamento” no Departamento de Estado. Em maio, foi acusada de usar um servidor privado para trocar e-mails, incluindo informações confidenciais que diziam respeito ao Departamento de Estado.

Ser mulher não garante uma boa administração, nem mesmo em termos de igualdade. Paquistão, Índia, Bangladesh tiveram mulheres como líderes antes dos EUA. Mas não ter mulheres em um governo significa que metade da população não está representada. [só que se tratando de representação da população, deve ser considerado prioridade eleger congressistas, Poder Legislativo.]

Fonte: O Globo - Adriana Carranca 


terça-feira, 26 de julho de 2016

A boca, Bush e Trump

É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta

Vivemos um suspense histórico, uma situação de trágicos conflitos descentralizados no mundo todo, principalmente no Oriente Médio. Como isso começou? Alguma coisa ou alguém deflagrou este tempo. Na minha opinião, foi o George W. Bush, nossa besta do apocalipse.  Ele é culpado por tudo que acontece no mundo atual e ninguém fala nele. Bush está pintando quadros em sua fazenda do Texas, enquanto o mundo que ele armou se destroça.

Finalmente, depois de 13 anos dessa vergonha, a Comissão de Crimes de Guerra de Kuala Lumpur, na Malásia, julgou e condenou Bush e Cheney por crimes de guerra. Isso. Claro que não há quem prenda o nefasto elemento. Mas, já é um consolo.  Tudo começou com a absurda invasão do Iraque em 2003.  A invasão do Iraque foi um erro tão grave quanto, digamos, atacar o México por causa do bombardeio a Pearl Harbor em 1941. Aconselhado por seu vice-papai Dick Cheney — um dos piores ratos da América —, Bush mentiu que o Iraque tinha “armas de destruição em massa”.

A partir daí, Bush continuou a construir nosso futuro apavorante. Ele não era um Hitler nem um Mussolini, com seus dogmas psicóticos. Ele era a estupidez destrutiva, com trapalhadas trágicas que não tinham a obstinação sangrenta de loucos, mas a desorientação porra-louca de um bêbado boçal. A partir daí o mundo entrou numa ciranda de horrores. Eu estava lá nos Estados Unidos e vi. Parece loucura, mas tudo começou quando Bill Clinton teve um caso com Monica Lewinsky, aquela estagiária gorda de Washington. Monica fez-lhe um boquete na cozinha da Casa Branca, entre pizzas, enquanto a Hillary dormia. Ela denunciou-o e Clinton, encurralado, mentiu na TV, declarando que nunca tivera relações sexuais com Monica. Mas ela guardara um vestido marcado por esperma do presidente, cujo DNA provava sua atuação. Vexame total para Clinton e quase um impeachment.

Aí, o Al Gore, candidato democrata contra o Bush, ficou com medo de defender o Clinton na campanha, para não ser considerado cúmplice de adultério até por sua esposa. Gore medrou. E Bush foi eleito. Foi nessa época que a direita republicana mais degenerada começou a se articular. Bush foi o pior presidente americano de todos os tempos, uma espécie de Forrest Gump no poder, ignorante e alcoólatra.

Até que um dia, para seu azar e sorte, o Osama Bin Laden derrubou as torres gêmeas no evento mais espantoso do século 21 (até agora...) e deflorou os Estados Unidos, nunca atacados dentro de casa. Não me esqueço da cara do Bush quando lhe contaram no ouvido a tragédia, enquanto ele dava uma palestra para meninos de um colégio. A cara do Bush foi de gesso, paralisada, sem uma rala emoção, sob o olhar das criancinhas em volta. A partir daí, a América quis vingança. Bush virou o “presidente de guerra” comandando a paranoia americana. Bush veio para acabar com todas as conquistas liberais dos anos 60. Só faltava um pretexto; Osama deu-o.

Aí, Bush e Dick Cheney, seu vice, derrubaram o Saddam Hussein, um ditador sunita escroto, mas que servia ao menos para segurar o Oriente Médio com sua intrincada geopolítica fanática e religiosa. [aqui o Jabor acerta; e os que quiserem ler, uma obra escrita com vários anos de antecipação, nos tempos do Bush pai, terão oportunidade de entender as razões que tornavam conveniente a permanência de Saddam Hussein comandando o Iraque, o que levou a 'coalizão' a não invadir o Iraque, depondo Saddam durante a Guerra do Golfo.
A obra magistral, de Frederic Forsyth, O PUNHO DE DEUS, antecipa e explica tudo.

No Oriente, o ódio ancestral contra os USA cresceu como nunca. Isso fortaleceu não só a Al Qaeda como seus filhotes e os homens-bomba floresceram como papoulas, iniciando a série de atentados em Espanha, Inglaterra, Índia, Bali, Boston, Paris e outros que vieram e virão. Errando sempre, Bush cumpriu todos os desejos de Osama, como um lugar-tenente burro. Essa invasão absurda estimulou o terrorismo. Osama morreu, mas sua obra foi bem-sucedida. Bush legitimou-o para sempre. Amigos, esta é a verdade brutal: a gênese do Estado Islâmico está na invasão do Iraque pelos Estados Unidos.

A América jogou dois trilhões de dólares no Iraque para uma guerra sem vitórias, porque os inimigos eram e são invisíveis. Mataram milhares de americanos jovens e arrasaram um país que hoje já é dominado pelo Estado Islâmico, perto do qual a Al Qaeda é uma ONG beneficente. Somou-se a essa (perdão...) cagada a crise econômica de 2008, provocada pela desregulação total das finanças de Wall Street por Bush, precedido erradamente por Clinton.

E por essas linhas tortas, surgiu o Trump, essa ameaça à humanidade. Como? Eu chego lá...
A globalização da economia e da políticainevitável com a mutação do capitalismo — trouxe uma obrigatória convivência com o “incontrolável”, trouxe o fim de certezas, trouxe uma relativização de valores morais, sexuais, políticos, insuportáveis para a grande massa da estupidez americana endêmica. A paranoia da América não podia suportar tanta democracia. O fim das certezas enlouqueceu o absolutismo fundamentalista cristão. 

Depois começou a era que chamávamos de Primavera Árabe — ridícula ilusão do Ocidente de que os árabes estavam obcecados pela democracia dos Estados Unidos... Rs rs rs...
Obama conseguiu então matar o Osama e foi reeleito. [o que possibilitou mais quatro anos de destruição dos valores morais, sexuais e que agora, com as bênçãos de DEUS, Trump corrigirá.] 
 
Mas, a morte de Osama no Paquistão indispôs mais ainda o Oriente Médio contra nós e fragilizou a liderança dos Estados Unidos como potência. Daí, tudo andou para trás: Irã, Egito, Líbia, guerra da Síria contra seu povo, apoiada claro, pela China e, oba!, pela Rússia da KGB. E hoje estamos nessa briga de foice em quarto escuro, estamos na véspera de novos horrores que não param de acontecer, agora com a terceirização do terror, com o EI oferecendo franquias para os lobos solitários do Ocidente.

Se não tivessem invadido o Iraque, o mundo seria outro. Mas o “se” não existe na História. Foi o que foi. A história é intempestiva e ilógica e as tentativas de dominá-la em geral dão em totalitarismo e ditaduras. A pior estrada foi tomada, como um fim de porre do texano fraco e incompetente. É espantoso o mal que a estupidez de um só homem pode provocar no planeta. Mas, afinal, pergunta o leitor, que que o Trump tem a ver com isso?
É simples; ele nasceu da boca de Monica Lewinsky, em 1997, durante aquele devastador “boquete” que mudou o mundo. E que pode destruí-lo, um dia. [não devemos olvidar que a senhora Hillary foi responsável quando aceitou ser alcoviteira do próprio marido.]

Fonte: Arnaldo Jabor - O Globo