Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador cadáver. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cadáver. Mostrar todas as postagens

sábado, 11 de setembro de 2021

A democracia contra a democracia - Revista Oeste

O problema que está causando toda essa desordem é o fato de que Bolsonaro foi eleito em eleições limpas, tem chances objetivas de se reeleger e não é aceito pelo Brasil que manda na máquina do Estado

 
Bolsonaro participou de ato no dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
Bolsonaro participou de ato no dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil 
 
Veio, enfim, o maior teste de força popular que o presidente Jair Bolsonaro já teve desde que assumiu o governo, dois anos e meio atrás — e o presidente, à vista de todos, saiu ganhando. 
O povo foi em massa para a rua em seu apoio e contra os seus inimigos, apesar do imenso esforço feito pelas autoridades locais, pela mídia e pelas “instituições” para que não fosse. (Chegaram a dizer que “grupos armados” de bolsonaristas iriam atirar na multidão, e que haveria um “cadáver”; não se esclareceu por que diabo fariam uma coisa dessas, mas a ameaça foi feita e levada a sério pelos grandes meios de comunicação.) Não adiantou nada. A Avenida Paulista, símbolo da praça pública no Brasil de hoje, lotou como lotaram a Esplanada dos Ministérios, a Praia de Copacabana e centenas de outros lugares pelo Brasil afora. Foram as maiores manifestações de rua que o país já teve desde o “Fora Dilma” de 2016.

Isto dito, a questão que fica é: “E daí?” Bolsonaro está em guerra com o Supremo Tribunal Federal, e usou as manifestações do 7 de Setembro para dobrar a aposta. Disse, entre outras coisas, que o ministro Alexandre de Moraes deveria deixar de ser “canalha”; também disse que o ministro deveria “se enquadrar” ou, então, “pedir para sair”. Moraes e o STF, do seu lado, continuam numa atividade frenética e diária contra Bolsonaro — prendendo gente, bloqueando contas, mandando depor na polícia, e por aí afora. O que muda nessa guerra, então, depois que a multidão foi para a rua? Para Bolsonaro, muda uma coisa fundamental: o impeachment, única forma indiscutivelmente legal de tirá-lo da Presidência, ficou muito mais difícil do que já era. É a velha história: rua cheia, impeachment vazio. Já era muito difícil, antes do 7 de Setembro, reunir no Congresso os votos necessários para aprovar o impeachment; agora, com centenas de milhares de pessoas manifestando seu apoio a Bolsonaro em praça pública, ficou mais difícil ainda. Para o STF, vai ser preciso concentrar a energia numa estratégia de jogar todas as suas fichas no tapetão dos tribunais superiores; ou se derruba o homem ali, e todo mundo aceita quieto, ou ele continua no governo.

O povo esteve na rua, sem dúvida — e a queda de popularidade de Bolsonaro, que vem sendo anunciada com tanta esperança pelos institutos de pesquisa, foi desmentida em seu primeiro teste diante da realidade. É certo, igualmente, que as tentativas da esquerda de concorrer no dia 7 com Bolsonaro foram um fracasso miserável de público. Também fica com uma fratura exposta o imenso esforço da mídia para dizer que as manifestações foram antidemocráticas. 
Como assim “antidemocráticas”, se a população exerceu o seu direito de se expressar em público — por sua livre e espontânea vontade, com bandeiras do Brasil e com crianças, sem ônibus das prefeituras, sem lanche, sem nenhuma violência, sem uma única vidraça quebrada? 
 
Tudo bem, mas o povo na rua não vai fazer que o ministro Moraes se “enquadre”, e muito menos que peça para sair; 
não vai fazer o STF menos hostil a Bolsonaro em suas decisões, nem levar ao arquivamento do inquérito (este sim, ilegal e antidemocrático) conduzido pelo ministro Moraes. O STF, com a massa na Paulista e tudo, sente que tem a força da inércia a seu favor; parece determinado a levar adiante a guerra.
 
Continua exatamente do mesmo tamanho, assim, o único problema de verdade que existe hoje na política brasileira. Esqueça a discurseira neurastênica que aparece dia e noite, em tempo real, em todo o noticiárioanunciando calamidades imaginárias, golpes de Estado que ninguém vai dar e “ameaças à democracia” descobertas debaixo de cada cama pelo ministro Alexandre de Moraes e por seus colegas do STF, que funciona cada vez mais, nestes dias, como uma delegacia de polícia
O problema que está realmente causando toda essa desordem é, muito simplesmente, o presidente Jair Bolsonaro — ou, numa tradução mais direta, o fato de que o atual presidente da República foi eleito em eleições limpas com quase 58 milhões de votos, tem chances objetivas de se reeleger para mais quatro anos e não é aceito, de jeito nenhum, pelo Brasil que manda na política nacional, nas decisões públicas e na máquina do Estado.
 
Bolsonaro, para esse Brasil, nunca poderia ter sido candidato à Presidência em 2018. 
Tendo sido candidato, não poderia nunca ter ganhado a eleição — mesmo porque não tinha partido, dispunha de tempo zero na televisão e foi excomungado desde o primeiro minuto pela mídia, pelas elites e pelas classes intelectuais, do Brasil e do mundo. 
Tendo ganhado, não poderia nunca ter tomado posse. 
Tendo tomado posse, não poderia nunca governar. 
O diabo é que foi acontecendo tudo isso, já se passaram dois anos e meio e ele continua presidente.  
Pior que tudo, para quem não admite a sua existência na vida política brasileira: pelo que se sabe, Bolsonaro quer continuar sendo presidente do Brasil e conta, para isso, com a reeleição, através das próximas eleições diretas, livres e constitucionais, com voto eletrônico e tudo. Fazer o quê?
É uma sinuca de bico. Esse Brasil que quer Bolsonaro fora do Palácio do Planalto, com ou sem a Paulista lotada, não admite um dos mandamentos mais elementares da democracia: para tirar o presidente que você condena, é preciso derrotar sua candidatura na primeira eleição disponível, caso ele seja candidato, e esperar até o último dia do seu mandato para colocar um outro no lugar. Se ele não for candidato, vai ser indispensável, da mesma forma, aguardar o dia 1º de janeiro de 2023 — antes disso, e fora um dificílimo processo de impeachment, não há o que se possa fazer, a não ser virando a mesa. Eis aí a questão real: virar ou não virar a mesa. O clima entre os exércitos anti-Bolsonaro, no momento, é cada vez mais agressivo. A frase mais repetida, ali, é a seguinte: “Não dá para esperar a eleição”. É muito usada, também, a sua irmã gêmea: “O país não aguenta até lá”. 
Se não querem que o homem fique até o fim do seu mandato legal, imagine-se, então, o pesadelo que estão tendo com a possibilidade de um segundo mandato de quatro anos; [SEM PANDEMIA, CRESCIMENTO DA ECONOMIA, SEM DESEMPREGO = o presidente Bolsonaro realmente governando e cumprindo suas promessas de campanha.] seria, na sua maneira de ver o Brasil, pura e simplesmente intolerável. Sendo assim, “não pode” acontecer.

Nunca ocorre a nenhum deles que “a coisa” a fazer é seguir a Constituição

Conclusão, entre as lideranças do Brasil que manda e os seus fiéis: não é possível correr o risco de que Bolsonaro ganhe as eleições de 2022. Como se resolve um embrulho desses? A maneira mais direta, eficiente e garantida é dar um jeito, qualquer jeito, de não deixar que o presidente seja candidato. É esse o começo, o meio e o fim do problema que existe na base de toda a agitação política de hoje. A eleição presidencial não pode ser suspensa por uma liminar do STF, nem por um embargo-de-qualquer-coisa apresentado pelo PT-Psol-etc. — ou, pelo menos, ninguém está propondo algo assim até agora. Nesse caso, é simples: se tem eleição, não pode ter Bolsonaro. [teve colunista da mídia militante que expressou o desejo que o presidente morra e um outro que se suicide.]  
 
É o que se diz todos os dias, hoje, na confederação nacional antibolsonarista
Não com essas palavras, é claro — afinal, o catecismo mais repetido ali dentro, e dali para fora, é que a democracia está acima de tudo. 
Mas para haver democracia no Brasil é indispensável eliminar o presidente que foi eleito, dizem eles. 
A democracia tem de estar acima da democracia, entende? 
Se não entendeu, tente o seguinte: a democracia é tão importante, mas tão importante, que em certas horas é preciso ignorar as regras democráticas para garantir a sua sobrevivência. 
Afinal, não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos, não é mesmo? 
Não se pode levar tudo a ferro e fogo, na letra exata da lei, não é mesmo? Etc. etc. etc. O pensamento é esse, e nenhum outro.
As forças que não reconhecem o direito constitucional de Bolsonaro à Presidência da República, nem hoje e nem nunca, são a essência do que se chama de elites — os grupos, tribos e seitas que sempre controlaram, de um jeito ou de outro, o poder público no Brasil, através da privatização do seu aparelho, da sua autoridade e dos seus recursos. 
 
O Estado brasileiro não é público; é privado, e os seus proprietários são a minoria de magnatas que realmente toma as decisões do dia a dia, sempre, seja lá quem estiver no governo. Sabe-se perfeitamente quem são. É o Brasil das castas do alto funcionalismo, das empreiteiras de obras públicas e da turma que tem férias de dois meses por ano, estabilidade no emprego e aposentadoria com salário integral.  
É o mundo de quem controla as corporações, as federações e as confederações.  
São os empresários que tinham “acesso” ao governo — hoje estressados por não estarem mais no centro das decisões, deslocados pelo comércio eletrônico, as empresas de tecnologia de ponta e o agronegócio conectado aos sistemas mundiais de produção. 
São os banqueiros — alguns deles, imaginem só, já se dizem de “esquerda”. É a mídia. São os donos das universidades públicas, que ficam com a maior das verbas da educação. 
São os que influem no Orçamento. São os intelectuais, os artistas e a alta classe média que se sente culpada por ser branca, pagar escola particular e andar de SUV. 
É o mundo do privilégio. É o oposto do mundo do trabalho. Não há um único pobre aí dentro, nem um. Nunca houve, nem vai haver.
É essa a gente que acha que “o Brasil não aguenta” — a turma do “é preciso achar uma solução”, do “alguém tem de fazer alguma coisa” e por aí afora. Nunca ocorre a nenhum deles que “a coisa” a fazer — a única coisa a fazer — é seguir a Constituição, e não anular com truques legais os votos de 58 milhões de brasileiros. 
Não lhes ocorre, também, que a maneira correta de substituir presidentes é a eleição livre, e não o impeachment — a solução de que mais gostam, tanto que, dos cinco presidentes eleitos neste país por eleições diretas nos últimos 30 anos, dois foram depostos, Collor e Dilma, e um terceiro, Bolsonaro, está sendo bombardeado por pedidos de impeachment desde o dia em que entrou no Palácio do Planalto. Pode ser normal um negócio desses?

O STF parece ter decidido que respeitar a lei terá as piores consequências

O bonito dessa história toda é que os inimigos objetivos da democracia e da obediência às suas regras para resolver conflitos são, justamente, os que estão em estado de excitação extrema em “defesa da democracia” e contra os “atos antidemocráticos” a começar pelo STF, que deveria ser o defensor número 1 da Constituição e hoje se transformou num comitê de salvação pública, com poderes que nenhum órgão do governo brasileiro teve desde o Ato Institucional Número 5. Como pensavam os governos militares, a democracia, na visão dos 11 ministros que estão hoje no Supremo, é “relativa”. Ou, mais precisamente, a obrigação do STF não é interpretar as leis, tentando fazê-las fiéis ao que o legislador aprovou e sim aplicar a lei segundo as “consequências” que ela pode causar. A lei, pelo ponto de vista predominante no STF atual, não é mais o que está escrito — é a consequência, boa ou má, melhor ou pior, que a sua aplicação vai trazer. A consequência é ruim? Então não se aplica a lei — ou, em português claro, os fins justificam os meios. Como os ministros deram a si próprios o direito de decidir quais são as consequências desejáveis e quais as que não são, e ninguém fala nada, a lei passou a ser o que eles querem. 
No caso de Bolsonaro, o STF parece ter decidido que respeitar a lei terá as piores consequências possíveis; dane-se a lei, portanto.
Não é isso o que se entende por Estado de direito, e nem por equilíbrio na vida política. Em ambas as situações, a solução para remover um governo ruim é fazer eleição e colocar outro no seu lugar. Ou não é? Talvez não seja. Eleições, argumenta-se há muito tempo, não são um sistema eficaz para escolher presidentes. É claro: na eleição ganha quem teve mais voto, e não quem é o melhor. Ou, de outra forma: é a população que decide quem é o melhor, e a população pode errar; talvez erre na maioria das vezes. No Brasil, por exemplo, o eleitorado é notoriamente ruim para escolher presidente. Nas seis eleições realizadas nos últimos 60 anos, foi capaz de eleger Jânio Quadros, Fernando Collor, Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro — para não falar em Lula. Alguém acha que um sistema que produz esses resultados está funcionando direito? 
Alguém acha que um eleitorado em que dois terços dos eleitores não têm capacidade para entender direito um texto em português ou executar as quatro operações matemáticas elementares está qualificado para eleger o presidente da República?

Tudo bem, mas eleições em que todos votam, inclusive os analfabetos e menores de idade, são o que a Constituição manda fazer. Não há outro jeito. Bolsonaro é ruim, segundo o Brasil da elite, da esquerda e dos jornalistas? Então é preciso arrumar um candidato capaz de ter mais votos que ele nas eleições do ano que vem. Ou, então, reunir dois terços dos votos dos deputados federais (342 em 513) e dos senadores (54 em 81) para aprovar o impeachment. Não há outra saída, dentro da democracianão importa a quantidade de gente que foi para a rua no 7 de Setembro e que pode voltar nas próximas manifestações, e nem o governo paralelo do ministro Moraes e seus companheiros.

Leia também “Manual prático do golpe”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste

 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Em 2021, celebramos o início do ano do Bicentenário da Independência

Data é exaltada pela defesa da Honra, Liberdade e Soberania, por meio dos heróis da história brasileira

No dia 7 de setembro de 1822, às margens do Rio Ipiranga, Dom Pedro proclamou a Independência do Brasil. Em 2022, celebramos o ano do Bicentenário da Independência.  Para comemorar a data, o Governo Federal, por meio da Secretaria Especial de Comunicação Social, homenageia homens e mulheres de coragem, de valor e patriotas da nossa história.

A Semana da Pátria é a oportunidade para celebrarmos os heróis que defenderam nossa Honra, nossa Liberdade e nossa Soberania ao longo de toda a História. Parafraseando Ruy Barbosa: “A liberdade não é um luxo dos tempos de bonança, é o maior elemento da estabilidade." Afinal, a Independência é um processo que nunca termina.

Conheça mais sobre os personagens históricos na série de homenagens no perfil da SecomVc nas redes sociais Instagram, Facebook e Twitter

Dom Pedro I


Declarou a Independência do Brasil em 7 de setembro de 1822. O Grito do Ipiranga está presente nos primeiros versos do Hino do Brasil.

Desde a chegada da família real portuguesa em 1808, o Brasil possuía grande autonomia política, mas esta se viu ameaçada por parte da classe política portuguesa na ocasião do retorno da família a Portugal em 1821.

Dom Pedro I assumiu a regência do Brasil em 1821, quando promulgou decretos que garantiam os direitos pessoais e de propriedade e reduziam impostos e gastos governamentais.

Após a Independência, foi aclamado Imperador no dia 12 de outubro e coroado em 1 de dezembro.

Sofrendo resistência das forças leais a Portugal, derrotou a todas até março de 1824.

Justino Alfredo

Justino Alfredo

Falecido em 12 de abril de 2021, na sua figura, homenageamos toda a Força Expedicionária Brasileira (FEB), que lutou na 2ª Guerra Mundial com os Aliados contra os regimes nazi-fascistas.

A FEB foi responsável pela tomada de Monte Castelo no dia 21 de fevereiro de 1945.

Na Itália, há sete monumentos que homenageiam as nossas tropas que lutaram pela liberdade do mundo ocidental.

Em abril daquele ano, a 148ª Divisão de Infantaria alemã rendeu-se incondicionalmente às tropas brasileiras.

Foi a única unidade alemã que se rendeu integralmente antes do armistício de 2 de maio, no palco de operações italiano.

 Joana Angélica

Joana Angélica

Primeira heroína da Independência, morreu ao ser atingida por um golpe de baioneta enquanto resistia à invasão pelas tropas portuguesas ao Convento da Lapa.

Ficou conhecida pela frase: “Para trás, bandidos! Respeitai a casa de Deus! Só entrarão passando por cima do meu cadáver!”

Reconhecida pelo ato de bravura ao final da vida, hoje sua imagem é reconstruída por historiadores que a pontuam também como mártir da fé.

 

 Maria Quitéria

Maria Quitéria


Condecorada pelo Imperador Dom Pedro I com a Imperial Ordem do Cruzeiro, no grau de Cavaleiro, Maria Quitéria foi a primeira mulher combatente do Brasil.

Desde 1996, é a patrona do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro e, desde 2018, integra o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.

Tendo se alistado no Batalhão de Voluntários do Príncipe, é reconhecida pelos serviços prestados à Causa da Independência.


Almirante Tamandaré

Almirante Tamandaré


Combateu nas lutas do Império, como as Guerras de Independência, a Confederação do Equador, a Guerra contra Oribe e Rosas e a Guerra do Paraguai.

Durante a Guerra da Cisplatina, destacou-se de tal maneira que, com apenas 19 anos, foi nomeado comandante de um navio.

Foi comandante das forças navais brasileiras na intervenção no Uruguai, onde serviu também como diplomata.

O Almirante Tamandaré foi nomeado Patrono da Marinha do Brasil e em diversos locais foram erguidos monumentos em sua honra, como o da Praia de Botafogo e o do Parque Ibirapuera.

No dia do seu nascimento, 13 de dezembro, comemora-se o Dia do Marinheiro.

 Duque de Caxias

Duque de Caxias


Serviu a Dom Pedro I e Dom Pedro II — a este último como mestre de armas, ensinando-lhe esgrima e hipismo, e tornando-se seu amigo.

Foi a única pessoa a receber um título de Duque durante o reinado de Dom Pedro II.

Foi designado como o patrono do Exército Brasileiro por incorporar o ideal de soldado, sendo a figura mais importante de sua tradição.

Duque de Caxias lutou contra Portugal na Independência do Brasil e em diversos outros conflitos.

É considerado o maior oficial militar da história do Brasil.

 Brigadeiro Eduardo Gomes

Brigadeiro Eduardo Gomes

Começou sua carreira militar servindo ao exército, ingressando na Força Aérea Brasileira logo que a mesma foi criada, em 1941.

Trabalhou na criação do Correio Aéreo Militar, que se tornaria o Correio Aéreo Nacional.

Também atuou na organização e construção das Bases Aéreas que desempenharam importante papel na defesa da soberania nacional durante a 2ª Guerra Mundial.

Durante as eleições presidenciais de 1945, eram vendidos doces para angariar fundos para apoiar sua campanha. Os mesmos que ficaram conhecidos pela sua patente: brigadeiros.

Patrono da aeronáutica, recebeu diversas homenagens nacionais e internacionais.

ÍNTEGRA DA MATÉRIA: Governo do Brasil

Nota do Blog Prontidão Total
 
Por se tratar de uma transcrição, não acrescentamos fotos  ao trabalho. 
Buscando não ferir suscetibilidades, não citamos nenhum ex-presidente  vivo. 
Fazemos questão de registrar o nome de estadistas brasileiros que exerceram a Presidência da República e que em muito contribuíram para inimigos do Brasil não alcançassem o que pretendiam e com isso podemos comemorar na data de hoje, apesar dos percalços, e nas futuras a INDEPENDÊNCIA DO BRASIL.
 
Com orgulho citamos:
Marechal HUMBERTO DE ALENCAR CASTELLO BRANCO, presidiu o Brasil de 15 de abril de 1964 a 15 de março de 1967;
Marechal ARTUR DA COSTA E SILVA, presidiu o Brasil de 15 de março de 1967 a 31 de agosto de 1969; 
General-de-Exército   EMILIO GARRASTAZU MÉDICI - 30 de outubro de 1969 a 15 de março de 1974; 
General-de-Exército Ernesto Geisel  - 15 de março de 1974 a 15 de março de 1979;
General-de-Exército João Baptista de Oliveira Figueiredo, presidiu o Brasil de 15 de março de 1979 a 15 de março de 1985.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Roberto Jefferson faz ameaças e chama embaixador chinês de 'macaco'

Vídeo do ex-deputado federal e presidente do PTB circula em em grupos de WhatsApp 

O presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, aparece, nesta quinta-feira (22/7), em vídeo postado em grupos de WhatsApp com dois revólveres em punho, se colocando como "parte da resistência e da última trincheira da liberdade".

 Com um discurso cheio de clichês e desconexo com a realidade atual do país, Jefferson – pivô do escândalo do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010) –, aproveitou para enfatizar o discurso bolsonarista, que vê na China o seu alvo preferencial para críticas e ataques.

Jefferson parece estar em um clube de tiro, onde critica o comunismo, chama o embaixador chinês de “chinês malandro” e “macaco” e diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “tem que mandá-lo embora”. Só por cima do nosso cadáver é que vão implantar aqui um regime ateu-marxista-comunista, onde um palhaço, macaco dá ordens às pessoas”, diz o político, fazendo olhar de ensandecido e em tom de ameaça. [Nosso comentário: - será que foi um vírus que atacou o ex-deputado? ou foi o que atacou a deputada Joice Hasselmann? não entendemos a inclusão do macaco no 'desabafo'.

Política - Correio Braziliense


sexta-feira, 19 de março de 2021

Negacionistas são eles - Revista Oeste

Quem se nega a enxergar as bandalheiras de Lula tem sérias avarias na cabeça

Não existe a verdade de cada um. Há uma só: a verdade factual, que é o contrário da mentira. Não tenho compromisso com o erro: constatado o equívoco, trato de reconhecê-lo, peço desculpas ao leitor e sigo em frente, amparado na certeza de que nunca errei por má-fé. Depois de tantos anos lidando com notícias, aprendi a ver as coisas como as coisas são e a contar o caso como o caso foi. É falso que a história seja escrita pelos vencedores. A versão que difundem tem a duração da sua permanência no poder, porque os fatos não morrem. Frequentemente desmaiam. Às vezes, depois de submetidos a selvagens sessões de tortura, passam longos períodos em estado de coma. Mas acabam recuperando a saúde e acabam triunfando sobre falsidades inevitavelmente frágeis. Brigar com fatos é perda de tempo. É coisa para estrábicos por opção.

Suspendi o período de folga, fui para o hotel e, uma hora depois, enviei o comentário para a Jovem Pan. Num texto curto, incluí-me entre os brasileiros que votaram no risonho Dr. Jekill sem imaginar que havia o sombrio Mr. Hyde que acabara de aparecer. Surpreso com o linguajar de pátio de cadeia, afirmei que a forma era mais detestável que o conteúdo, embora o que Aécio e Joesley disseram recomendasse a retirada das crianças da sala. Encerrei o comentário com um lembrete sempre oportuno: para casos de polícia, o remédio é cadeia. Voltei às férias, comprei uma garrafa de vinho e, em silêncio, ergui um brinde aos seres humanos honestos. Parece mentira, mas são muitos.

Pouquíssimos — se é que existem — são os esquerdistas nativos dispostos a enxergar (e confessar que enxergaram) o que até um cadáver exumado pode ver nitidamente, e sem se dar ao trabalho de abrir os olhos. Como decifrar essa cegueira voluntária e irredutível? 
O que leva alguém a venerar um corrupto duas vezes condenado em duas instâncias? 
Como explicar o sumiço da autonomia intelectual em cérebros onde já houve vida inteligente? 
O fato é que os devotos da seita veem as coisas pelo avesso. Os reais negacionistas são os que negam que o chefão tenha cometido um único e escasso pecado venial. 
Negaram a existência do Mensalão, negam o Petrolão e negarão os escândalos ainda por devassar. 
Negam as bandalheiras do PT. 
Negam-se a contemplar o Himalaia de provas e evidências que instalou na cadeia o alto comando da quadrilha. 
Negam-se a reconhecer que, se Getúlio Vargas saiu da vida para entrar na História, Lula perdeu o rumo da História e caiu na vida. Numa vida bandida.

Eles qualificam de fascistas todos os que discordam do Evangelho segundo Lula

A cabeça avariada dos negacionistas produz imbecilidades que deixariam constrangido o cretino fundamental de Nelson Rodrigues. A tribo jura que há uma democracia em Cuba, recita que Nicolás Maduro transformaria a Venezuela numa potência mundial se os norte-americanos deixassem e ouve em silêncio de catedral Lula avisando que Napoleão invadiu a China. Os discípulos do mestre que não lê nem sabe escrever acreditam que Sergio Moro descobriu em 2015 que Jair Bolsonaro se elegeria presidente em 2018 e, para impedir que o maior presidente da História voltasse ao poder, juntou numa aliança de proporções siderais delegados da Polícia Federal, procuradores federais, desembargadores do Tribunal Regional Federal, ministros do Supremo, diretores da Petrobras nomeados por Lula e envenenados pela ingratidão, empreiteiros beneficiados por Lula também envenenados pela ingratidão, uma frente multipartidária de políticos dispostos a delatar inverdades, espiões treinados pela CIA e agentes do FBI fluentes em português, fora o resto.

Os pajés ensinam que Lula acabou com a pobreza em 2010 e Dilma erradicou a miséria em 2014, e que a multidão de andrajosos que seguem acampados nas ruas, praças e avenidas do país são brasileiros que subiram para a classe média durante os governos do PT e foram devolvidos às divisões inferiores por Michel Temer e Jair Bolsonaro. A esquerda negacionista também nega que seja orientada por uma cabeça baldia. Aprenderam com a filósofa Marilena Chauí que, “quando Lula fala, o mundo se ilumina”. E descobriram, graças ao professor Antonio Candido, que a fobia por bancos escolares não impediu que o gênio da raça aperfeiçoasse uma intuição mais aguda que a de Pelé invadindo a grande área inimiga. Está garantida a vaga na sala principal de um Museu dos Estadistas ainda à espera da fundação.

Eles acordam declarando amor à democracia e dormem declamando poemas que exaltam a liberdade. 
Mas negam o convívio dos contrários, não admitem opiniões divergentes e qualificam de fascistas todos os que discordam do Evangelho segundo Lula. 
Acham que o país é presidido por um genocida decidido a exterminar todos os brasileiros, inclusive os que o elegeram. 
Estão convencidos de que Bolsonaro não acredita na existência de pandemias.
 E que é por culpa dele que sobram mortos e faltam vacinas, que há mais doentes do que leitos de UTI, que o vírus chinês resolveu acampar no Brasil até morrer de velhice. Quem discorda dessas certezas é fascista, sonha com a ditadura e é negacionista.

Negacionista é marmanjo que se nega a pensar com independência, é ovelha que acompanha o sinuelo na trilha que conduz ao despenhadeiro. Para uma figura assim, aliás, negacionista talvez seja pouco. Eis aí uma perfeita besta quadrada.

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste

 

domingo, 15 de novembro de 2020

Réquiem para Hong Kong – O Estado de S. Paulo

Opinião

Não há mais uma única voz pró-democracia no Parlamento de Hong Kong atualmente.

[cabe perguntar aos honcongueses,  se querem ir para a República Popular Democrática da Coreia (Coreia do Norte)?  lá terão democracia até no nome oficial do país.]

A democracia de Hong Kong foi executada em junho deste ano quando o Partido Comunista Chinês, aproveitando-se da distração mundial causada pela pandemia, aprovou uma lei de segurança nacional draconiana que eliminou o sistema “um país, dois sistemas”. Agora, Pequim trabalha para sepultar o cadáver e apagar a sua memória. O estrangulamento foi rápido, mesmo para os padrões chineses. Há muito tempo a possibilidade de uma maioria democrática no Conselho Legislativo, o Parlamento de Hong Kong, já fora eliminada pelo Partido Comunista: das suas 70 cadeiras, só metade é eleita diretamente e as restantes são distribuídas a representantes corporativos pelos próceres de Pequim no governo local.

Em julho, logo após a lei de segurança entrar em vigor, o governo pró-Pequim cassou o direito de 12 políticos, incluindo 4 parlamentares, de se elegerem. Em seguida, a pretexto da pandemia, as eleições que deveriam ocorrer em setembro foram adiadas para o ano que vem. Neste mês, oito líderes da oposição, incluindo cinco parlamentares, foram presos. Alguns dias depois, o Congresso comunista em Pequim autorizou as autoridades locais a depor quaisquer parlamentares “não patriotas”. Ato contínuo, os mandatos de quatro legisladores foram cassados sem maiores justificativas. Os últimos 15 parlamentares da oposição – 2 já haviam renunciado quando do adiamento das eleições – abdicaram em protesto. Hoje, não há mais uma única voz pró-democracia no Parlamento de Hong Kong.

Poder-se-ia esperar que as forças de oposição fossem às ruas, como no ano passado. Mas as restrições relacionadas ao coronavírus e, mais ainda, o aparato de repressão chinês devem mantê-las confinadas. Desde a nova lei, vozes dissidentes na academia foram forçadas a se demitir, jornalistas foram detidos e a imprensa local pró-Pequim está acossando os juízes considerados lenientes com manifestantes democratas, enquanto o Partido Comunista manipula as engrenagens para gradualmente, mas inexoravelmente, pulverizar a divisão de poderes em Hong Kong. A autonomia da cidade, que fora pactuada com o Reino Unido em 1997 para durar até 2047, na prática acabou em 2020.

O governo britânico abriu um caminho para conferir a cidadania a 3 milhões de honcongueses. Os Estados Unidos aprovaram em 2017 um decreto que permite sanções a funcionários chineses envolvidos em abusos em Hong Kong e em outros locais – como a província de Xinjiang, onde milhões de muçulmanos chineses são brutalmente perseguidos – e deve aplicá-las agora. Um outro decreto legislativo norte-americano permite revogar o status comercial especial concedido a Hong Kong caso a China elimine a sua autonomia. Há indícios de que Joe Biden pretende endurecer essas sanções, embora, em atenção ao povo de Hong Kong, isso deva ser feito gradualmente. [se o esquerdista, rejeitado até por sua vice,  se tornar presidente dos EUA logo irá perceber que suas sanções só prejudicam o marisco.] 

Tudo isso servirá de munição para a guerra comercial dos EUA contra a China, que traz em seu seio o embrião de uma guerra fria. Nesse mesmo momento a China endurece domesticamente a sua autocracia; intensifica as hostilidades militares contra Taiwan ou em territórios sob disputa no Mar do Sul e nas fronteiras com países como a Índia; boicota países críticos ao regime, como a Austrália; e se movimenta para reorganizar a ordem multilateral global. É importante, portanto, que as democracias liberais se mobilizem para responsabilizá-la moralmente pela quebra de seus compromissos. Mas essa mobilização, por mais importante que seja em vista de futuros abusos, não será capaz de reverter a morte da democracia em Hong Kong.

Há apenas um ano o cenário parecia bem diferente. As ruas foram tomadas por manifestantes e a oposição conseguira ganhos sem precedentes no Parlamento. As expectativas para as eleições de 2020 eram ainda maiores. Mas, emblematicamente, elas não ocorreram. As eleições que ocorrerão em 2021 serão inúteis. Hoje, está claro que o que prometia ser a primavera da democracia em Hong Kong era antes o estertor de um outono – apenas véspera de um inverno que não terá mais fim.

Opinião - O Estado de S. Paulo


 

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Homem é detido por retirar corpo da avó de túmulo e dançar com cadáver - Correio Braziliense

Correio Braziliense 

Segundo a polícia, o caso aconteceu em Manaus e o homem planejava desenterrar também corpos de outros familiares. Ele foi encaminhado ao hospital e será ouvido após alta 

Um homem de 35 anos foi detido em Manaus na madrugada desta quinta-feira (2/7) após desenterrar o corpo da avó do cemitério São Francisco, na Zona Sul da capital amazonense. Segundo a polícia informou ao Correio, ele foi encontrado a cerca de 1km do cemitério, no Beco Greco, localizado na rua Jacira Goes, dançando abraçado ao cadáver.
Corpo foi retirado de dentro do cemitério Morro da Liberdade, na Zona Sul de Manaus — Foto: Rebeca Beatriz/G1 AM 

A família informou à polícia que ele possui problemas psiquiátricos. O homem foi encaminhado para a delegacia e depois para o pronto-socorro. Depois que receber alta, ele deverá prestar depoimento sobre o caso. 

De acordo com a polícia, o homem saiu do cemitério com o cadáver nos ombros, caminhando pela rua. Após ser acionada, a polícia encontrou o homem amarrado a um poste, devido à ação de populares que presenciaram a cena. O cadáver encontrava-se no chão, ao lado dele.


Saudades da avó
"Ele estava completamente transtornado e dizia o tempo todo que queria fazer na avó um transplante para trazê-la de volta à vida porque sentia muita saudade. Ele disse que ia doar todos os seus órgãos a ela”, afirmou o tenente Paulo Araújo, da 2ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), ao G 1.

À polícia, testemunhas informaram que ele já teria tentado roubar o corpo do cemitério outras vezes. Ainda segundo o tenente, além da avó, que morreu em 2018, o homem tinha interesse em desenterrar outros familiares. Segundo a polícia, ele não possui passagem ou antecedentes criminais. Se comprovado o transtorno psiquiátrico, o homem não será responsabilizado. A polícia informou que o corpo da idosa foi devolvido ao túmulo.

Correio entrou em contato com a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que administra o cemitério, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. O caso foi encaminhado ao 2°  Distrito Integrado de Polícia (DIP).

Correio Braziliense - Notícias/Brasil


domingo, 7 de junho de 2020

Manifestação contra Bolsonaro termina em confronto em São Paulo - VEJA - Brasil

Manifestantes tentaram seguir rumo à Avenida Paulista, mas foram impedidos pela polícia 

[ELES QUEREM UM CADÁVER!
os facínoras que organizam a baderna contra o presidente da República querem um cadáver. A exemplo de 68, quando a esquerda daquela época tanto precisava de um cadáver, que forçou a morte do estudante Edson Luís, estudante simples e que foi empurrado para a bagunça. Frequentava o restaurante Calabouço apenas para alimentação.
Os de agora estavam obrigados por decisão judicial a se manifestarem no Largo da Batata, só que suas 'lideranças' os incitaram a tentar ir para o confronto com os pró-Bolsonaro e ainda no caminho, foram insuflados por covardes batedores de panelas - que na segurança e conforto dos seus apartamentos incitam os inocentes úteis a buscarem o confronto.
Felizmente, com a eficiência que lhe é habitual, a PM paulista evitou o confronto.
A esquerda não tem nenhum sentimento, tanto que usa uma morte ocorrida nos Estados Unidos e os mortos do coronavírus para alcançar seus objetivos escusos.] 
Terminou em confronto o ato contra o presidente Jair Bolsonaro que aconteceu ao longo do dia no bairro de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. O confronto aconteceu na Rua dos Pinheiros, após PMs impedirem a passagem de manifestantes que seguiam rumo à Avenida Paulista. Moradores de prédios do entorno iniciaram um forte panelaço, além de atirar objetos nos PMs.

O ato antirracista e contra Bolsonaro aconteceu de maneira pacífica durante a tarde no Largo da Batata, conhecido ponto de protestos da capital paulista. E reuniu representantes do movimento negro, membros de torcidas organizadas do Palmeiras, do Corinthians e do São Paulo, assim como pessoas contrárias ao governo de Jair Bolsonaro. Esse protesto terminou por volta das 16 horas. Em seguida, uma parcela dos protestantes decidiu caminhar pela Rua dos Pinheiros para chegar à região da Avenida Paulista. Após percorrerem 1 quilômetro, os manifestantes encontraram uma barreira formada por PMs do Grupo Tático e do Batalhão de Choque, que impediram o percurso. A PM afirmou que o bloqueio foi necessário para evitar confrontos na Avenida Paulista, já que lá se reuniam manifestantes pró-Bolsonaro.

VEJA - Brasil


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

O enigma de Adriano - Demétrio Magnoli

 O Globo  


A estratégia de Bolsonaro, cínica e inteligente, persegue o objetivo de lavar sua própria reputação

Por que Jair Bolsonaro acusou a PM da Bahia de assassinar deliberadamente o miliciano Adriano da Nóbrega? 
Por que 20 governadores assinaram o manifesto em defesa das PMse da PM da Bahia? 
Por que, afinal, a polícia baiana eliminou o foragido cercado? 
A análise política oferece respostas às duas primeiras perguntas. 
A terceira, porém, forma um enigma de elevado interesse público que exige investigação judicial.

A estratégia de Bolsonaro, cínica e inteligente, persegue o objetivo de lavar sua própria reputação. Os laços entre o clã presidencial e o miliciano conduzem à conclusão lógica de que o evento policial em Esplanada (BA) deve ser classificado como uma queima de arquivo cujos beneficiários são os Bolsonaro. A acusação à PM da Bahia, “do PT”, turva as águas, desviando a agulha magnética para um ator inesperado. 

Na nota do Planalto, incluiu-se o registro de que a culpa de Adriano não transitou em julgado. Assim, em flagrante contradição com seu supremo desprezo pela presunção de inocência, o presidente sugere que Adriano foi um herói da lei e da ordem perseguido pelo “Estado profundo”. Nesse passo, aproveitando-se da conhecida circunstância de que mortos nunca mais falam, o presidente desenha uma auréola de santidade em torno da condecoração ofertada por seu filho 01 ao policial-miliciano.

O manifesto dos governadores é menos um ato de solidariedade com o governador da Bahia, Rui Costa, e mais um gesto preventivo de proteção de suas próprias PMs. O bloco carnavalesco da União dos Governadores invoca o princípio federativo para bloquear o funcionamento do sistema de justiça. A meta é converter suas polícias em batalhões de intocáveis.

Wilson “mira na cabecinha” Witzel, o inspirador do manifesto, enxerga a PM fluminense como esquadrão da morte. João “Paraisópolis” Doria celebra um inquérito policial que, num exercício fanático de corporativismo, isenta a PM paulista de responsabilidade pelo massacre de nove adolescentes num baile funk. Se não se puder mais exterminar um miliciano procurado, e armado, como matar impunemente os suspeitos de sempre, pretos e pobres, nas favelas ou periferias? [exageraram na proporcionalidade das forças = um único homem, cercado, sem reféns, em área descampada contra 75 policiais,bem armados.
Um cerco seria possível e em questão de horas Adriano seria preso,  vivo.]

Resta o fato incontornável que deflagrou a controvérsia. Como explicar que, numa operação planejada, 40 [sic] agentes policiais da Bahia não prenderam, mas eliminaram a tiros, um foragido solitário? Há, no caso, duas hipótese excludentes. A mais benevolente pode ser sintetizada na palavra incompetência — grifada e grafada em maiúsculas. A outra mora na boca do povo: queima de arquivo. Diante das alternativas inconvenientes, Rui Costa cobre-se no manto providencial do manifesto da União dos Governadores, vestindo a fantasia desbotada da normalidade.

Bolsonaro triunfou. A esquerda, sempre loquaz, recolhe-se ao silêncio, como se dissesse que a indignação deve tirar férias quando se trata do cadáver de um miliciano. De fato, diante da hipótese mais provável que “faz corar, me salta aos olhos, me aperta o peito a me atraiçoara esquerda prefere subscrever a carta da impunidade ditada por Witzel. Afinal, qual é a ligação da polícia baiana, “do PT”, com a queima de arquivo?

A sugestão de que a PM da Bahia é comandada pelo PT só faz sentido para militantes bolsonaristas incuráveis. [FATO: A PM baiana, é comandada pelo governador do Estado, que é do PT e já demonstrou seu empenho no uso político da morte do ex-capitão do Bope.] Ninguém, exceto os que acreditam em bruxas, compartilha a narrativa delirante de uma ordem de Rui Costa para o cancelamento do miliciano cercado. A pergunta legítima é mais grave: será que a polícia do B da Bahia executou, às costas de seus superiores, o serviço sujo encomendado pela polícia do B do Rio? E, por implicação, duas outras: já existiria uma clandestina polícia do B interestadual, talvez nacional? Qual é a extensão da influência das milícias sobre as polícias?

A Colômbia é aqui? A indagação, que emana diretamente da acusação presidencial contra a PM da Bahia, deveria ser dirigida ao ministro da Justiça, o santo guerreiro do combate ao crime organizado. O problema é que Sergio “Excludente de Ilicitude” Moro nunca se interessou por Adriano da Nóbrega, seu Escritório do Crime e suas condecorações parlamentares. [qual a razão de tantas críticas ao 'excludente de ilicitude'? recurso válido para evitar que policiais que abatem bandidos no estrito cumprimento do DEVER LEGAL - incluindo também integrantes de tropas federais que, vez ou outra são empregadas para combater bandidos -  tenham que responder processos por sendo forçado a optar entre morrer ou matar o bandido, escolheu matar o bandido e teve êxito.]

Demétrio Magnoli, jornalista - O Globo




terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Arábia Saudita: balada forte num dia, decapitações no outro - VEJA - Mundialista


Condenação à morte dos peixes pequenos pelo assassinato de Jamal Khashoggi culmina um ano delirante que só comprovou: o dinheiro compra tudo

Por Vilma Gryzinski
Por trás da máscara: jovens curtem festival eletrônico, adaptando exigência religiosa, e príncipe acha que resolveu questão de assassinato de opositor Fayez Nureldine/AFP

Dar a vida pelo chefe é uma força de expressão que ganhou uma interpretação sinistra na Arábia Saudita.  Cinco dos operadores que receberam a missão de matar Jamal Khashoggi, desafeto do príncipe herdeiro, e a cumpriram de forma excepcionalmente estúpida, foram condenados à morte.  Na Arábia Saudita, a sentença máxima é executada como prega a tradição islâmica, por decapitação.
Não é impossível que a pena seja eventualmente comutada, tendo cumprido a encenação de castigo exemplar.

Os cinco condenados à morte, mais onze a penas de prisão, são os paus mandados da equipe de assassinos enviada ao consulado saudita em Istambul, em 2 de outubro do ano passado. Inclui-se entre eles o médico legista que aparece numa gravação dizendo: “Agora, vamos separar as juntas”. Ao som de uma serra elétrica. Sim, o consulado era todo, obviamente, grampeado. A Turquia é um dos maiores rivais da Arábia Saudita – mesmo que não fosse, todo mundo grampeia todo mundo, uma regra amplamente conhecida.

O desembarque, os deslocamentos e a viagem de volta dos assassinos trapalhões, incluindo um trajeto de despiste feito por um dos agentes com as roupas tiradas do corpo provavelmente ainda quente do morto, foram todos registrados em câmeras de segurança. A única coisa que fizeram direito, por assim dizer, foi encarregar um colaborador local de sumir com o corpo desmembrado. O cadáver não foi encontrado até hoje – e não por falta de buscas.

Autoridades turcas, uma investigadora especial da ONU e até a CIA, todos chegaram à mesma conclusão: a ordem de matar Khashoggi, mesmo desproporcional ao dano que podia causar à imagem construída a peso de petrodólares pelo príncipe Mohammed bin Salman, partiu do mais alto nível.  Justamente o eximido no julgamento de resultado encomendado. Por “falta de provas”, livraram-se Saud al-Qathani, íntimo assessor de imagem do príncipe, e Ahmed al-Assiri, o vice-diretor do serviço de inteligência. Para não mencionar o próprio príncipe.

Ah, sim, a operação toda era apenas para “conduzir” Khashoggi de volta à Arábia Saudita, para ouvir uns bons conselhos e mudar de vida. Escapou ao controle porque ele começou a gritar, recebeu uma injeção tipo mata-leão, a coisa deu errado etc etc. Mais um pouco, seria condenado pelo próprio assassinato.
Confiante no seu taco, na relevância do petróleo saudita para manter a economia mundial andando e na importância geoestratégica do país como contrapeso ao Irã, Mohammed bin Salman manteve o sangue frio, a cara de pau e os cofres abertos. Vários de seus projetos ambiciosos foram prorrogados, diante do repúdio a um ato de barbárie tão escandaloso.

Mas menos de um ano depois do assassinato a Aramco, a estatal do petróleo, fez um IPO – não tão bem sucedido como o planejado. Mesmo assim, saiu dele como a empresa mais valiosa do mundo, coisa de 1,7 trilhão de dólares.  A abertura de capital da Aramco faz parte de um grande plano do príncipe para reestruturar a economia saudita, contando inclusive com uma futura era pós-petróleo. Há coisas que fazem sentido no ambicioso plano, há coisas puramente malucas. Exemplo: transformar um país onde reina a corrente mais fundamentalista da religião muçulmana num polo turístico e cultural.

Se um vizinho menor como o Dubai consegue manter exigências como o véu completo, com o rosto coberto, para as mulheres locais, conciliando-as com grandes hotéis e atrações turísticas para estrangeiros, onde biquínis e bebidas são aceitos, por que não a Arábia Saudita, muito mais rica? Há uma longa lista de respostas negativas, inclusive a influência dos religiosos e de setores da própria população mais extremamente conservadores.

Sempre é bom lembrar que Osama Bin Laden foi gerado no coração do sistema saudita. O próprio Jamal Khashoggi teve simpatias pela Al Qaeda, em sua versão original, antes de se transformar em defensor de uma versão islâmica da democracia.
Em compensação, a população mais jovem apoia em massa a política de abertura do príncipe e releva deslizes eventuais como matar e esquartejar um opositor.  Abrir o país a eventos esportivos e shows de música é uma novidade quase inimaginável.

(...)
Ah, sim, nesse ano alucinante, o Irã, acuado pelas sanções americanas, aumentou a pressão e atacou instalações petrolíferas na Arábia Saudita com drones.  Como sempre, os sauditas pediram guerra, desde que travada pelos Estados Unidos com o sacrifício de vidas americanas, claro. Donald Trump achou melhor não. No momento, a situação está temporariamente amornada. Mas todas as condições de alta tensão continuam valendo e 2020 vai ser um ano de arrepiar.

O Irã avança aceleradamente para um portal bem mais próximo da bomba atômica, esperando assim forçar os Estados Unidos a retomar o acordo nuclear renegado.  A resposta da Arábia Saudita sempre foi fazer sua própria bomba caso o Irã não seja contido. Dinheiro para isso, tem.

MATÉRIA COMPLETA em  Blog Mundialista, Vilma Gryzinski, jornalista  - VEJA  


quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Reforma dos militares é um grande aumento de salários - Míriam Leitão

O Globo

A reforma da previdência dos militares pode ser tratada como uma contrarreforma. O Senado aprovou na quarta-feira o texto que já havia passado pela Câmara, com a garantia de remuneração integral e aposentadoria sem idade mínima. Nesse momento de crise fiscal, o projeto eleva salários, mantém alguns benefícios existentes e aumenta outros. Na prática, houve um grande reajuste de salários e de reestruturação da carreira dos militares.[os militares estão com os vencimentos defasados de há muito.
Os senhores deputados e senadores, aprovaram um 'aumentozinho' para o Fundo Eleitoral - aumentando também as situações em que recursos daquele fundo podem ser usados -  para 'apenas' R$ 3.800.000.000 - praticamente 50% do total de 2018, ano em que as eleições foram gerais, 2020 só para prefeitos e vereadores.
ISSO PODE.]

Desfile militar

Os especialistas ainda contestam a transparência do projeto. O governo não abriu todos os dados como fez na reforma dos civis. O texto foi produzido nas próprias Forças Armadas, e não no Ministério da Economia. A informação é que,  já em 2020, as mudanças custarão R$ 4,7 bilhões. Em dois anos, o custo dobra para R$ 9,3 bi. A equipe econômica explica que está previsto um aumento na alíquota de contribuição previdenciária, o que vai elevar também a arrecadação do sistema. A taxa recolhida subirá de 7,5% para 10,5% até 2021. Os pensionistas passarão a contribuir também.


O tempo de serviço ainda subiu de 30 anos para 35. Mas os benefícios também cresceram. Com a reestruturação da carreira, haverá adicional para cada curso concluído pelo militar. O aumento na remuneração pode chegar a 73%. Haverá também o adicional de disponibilidade para quem entrar para a reserva. Nas patentes mais altas, o reformado vai se retirar com o último salário e com um adicional de até 32%. Ao se aposentar, o militar receberá também um abono de oito salários, o dobro dos quatro previstos na regra atual.  
      
A categoria fez poucas concessões. Deixará de existir a figura da pessoa designada, que recebia a pensão do morto que não tem um familiar para receber o benefício. Daqui para frente não se pode mais fazer isso. Mas ainda assim as vantagens da reforma são muito maiores. A equipe econômica não conseguiu acabar, por exemplo, com a morte ficta. [no caso de um servidor civil, provar a morte é bem mais fácil, haja vista as poucas chances de desintegração total do cadáver.
Já um militar, pelas características da atividade, é bem mais fácil que a morte implique no desaparecimento total do cadáver, tornando a morte presumida um fato.]  A esposa de um militar expulso continuará recebendo uma pensão das Forças Armadas.  A diferença é que agora o benefício será proporcional ao tempo trabalhado. No caso de um servidor civil desligado por improbidade, não há qualquer pensão.   

Blog da Míriam Leitão, jornalista  - O Globo


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

Polícia não é Milícia - Blog Faces da Violência, do UOL

Por Raul Jungmann  - Blog do Noblat - Veja

Aqueles que aplaudem hoje, amanhã não perguntem por quem os sinos dobram… 

Semana passada o Capitão Assunção, dublê de PM e deputado estadual pelo Espirito Santo, foi à tribuna fazer uma oferta espantosa. Dez mil reais para quem lhe trouxesse o cadáver do assassino de uma jovem capixaba. Fardado, o capitão PM rompeu, de uma só vez, todos os laços com a condição de policial e de parlamentar, ao tornar-se um possível cúmplice e mandante  de um homicídio doloso e, de homem da lei candidatou-se a ser um homem do crime. [o capitão Assunção jogou para as arquibancadas, tanto que não apareceu nenhum candidato para se habilitar à recompensa, não houve crime. Apenas uma incontinência verbal.] Os que têm memória curta o aplaudiram.

Porém, em 2017 estávamos em campos opostos. Ele, foi o principal líder de um motim policial que levou parte da tropa da PM a se aquartelar armada, negando segurança e levando o terror ao indefeso povo capixaba, alvo de  arrastões, incontáveis mortes e saques. Nós, coordenando uma operação de GLO – Garantia da Lei e da Ordem, a pedido do Governador Paulo Hartung e mando do Presidente Temer, com 3.500 homens das Forças Armadas, para dar a população a segurança negada pelo Capitão e seus liderados. De todas as 11 GLOs  que coordenei, essa foi a mais crítica.

 



No pico do stress chegamos a trabalhar com a hipótese de empregar tanques e lançar tropas especiais de paraquedas para libertar os que se opunham à greve e eram impedidos de sair dos quarteis.  Recentemente, no Fórum Exame 2019, afirmamos que uma polícia com licença para matar concedida pelas autoridades, torna-se moralmente corrupta. Cabendo a ela decidir quem irá morrer ou não, é evidente que os poderosos e ricos comprarão suas vidas, os fracos e pobres, não.

Chegando nesse estágio de degradação, uma polícia já não se distingue de uma milícia, autênticos justiceiros de aluguel. Disciplina, hierarquia e respeito à lei, bases constitutivas de toda força policial armada, deixam de existir. Clãs e grupos se formam sob a liderança de chefes paralelos aos comandos formais, sem nenhum controle. A opinião pública que chancela e aplaude a licença para matar, não faz ideia do monstro que ajuda a criar e que inexoravelmente se associará ao crime organizado.

Pois esse, ao contrário dos pés de chinelo, tem recursos para comprar sua intocabilidade. Tenho especial apreço pelos homens e mulheres policiais que nos fazem a segurança. São exigidos, mais das vezes ganham mal e vivem sob constante stress e riscos. Em respeito a eles, bons policiais, não podemos jamais ordenar-lhes algo que seja ilegal ou criminoso.

Combater o crime e reduzir a violência de modo sustentável exige respeito à lei, valores corporativos, boa formação de recursos humanos, inteligência policial, tecnologia, disciplina e hierarquia. Na licença para matar, as primeiras vítimas são os de sempre, em seguida a boa polícia e a nossa segurança. Aqueles que a aplaudem hoje, amanhã não perguntem por quem os sinos dobram…

Raul Jungmann, ex-Ministro da Reforma Agrária, Defesa e Segurança Pública.

 
(Transcrito do blog Faces da Violência, do UOL)