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segunda-feira, 18 de abril de 2022

A lavagem cerebral nas salas de aula - Revista Oeste

Ilustração: Shutterstock
Ilustração: Shutterstock

Durante a transmissão, Hallal chamou Bolsonaro de “defensor de torturador” e o “único chefe de Estado do mundo que não defende a vacinação contra a covid-19”. Não ficou por aí. O pró-reitor Eraldo Pinheiro tomou a palavra e qualificou o presidente de “sujeito machista, homofóbico e genocida, que exalta torturadores”.

14 de dezembro de 2020. Escola Municipal Guerino Zugno, em Caxias do Sul (RS). A professora Monique Emer se lamentava em sala de aula porque Pepe Vargas, candidato do PT, perdera a disputa pela prefeitura do município. Vargas foi ministro do Desenvolvimento Agrário da ex-presidente Dilma Rousseff.

Em um áudio vazado, Monique declara aos alunos: “Da direita, quanto mais morrerem de covid-19, aids, câncer fulminante, melhor. Já que a gente não pode fuzilar, então que vão à praça fazer bandeiraço e, se Deus quiser, morram tudo de covid. Adultos, mulheres, idosos e crianças. Não vale um, não se salva um”. 

Em seguida, a educadora fez uma publicação em sua conta no Facebook defendendo a necessidade de “canalizar a revolta incendiária de estudantes” em prol de pautas de esquerda. “Onde está a resistência?”, perguntou a professora. “Barricadas? Incêndios? Mobilização popular?” Dias depois, Monique foi afastada do cargo pela Justiça.

“Esse imbecil ganhou porque a maioria votou”
Professores deveriam ensinar suas matérias e não usar a influência que têm sobre os alunos para fazer doutrinação político-partidária. Mas isso não impede que eles ajam para influenciar diretamente os estudantes, inclusive nas escolas particulares.

Abril de 2019. Um professor de geografia ataca o presidente Jair Bolsonaro e seus eleitores. “Já pararam para pensar que esse imbecil ganhou porque foi a maioria que votou?”, pergunta o docente à classe, que se manteve em silêncio. “Mas sabe o que é pior? É quando a maioria que ganha quer que a outra parte se foda. Se a maioria ganha e quer ajudar o resto, é uma coisa, mas quando a maioria ganha e quer que o preto se ferre, o pobre se ferre, o gay se ferre e a mulher se ferre, aí é pior que uma ditadura.” Ele foi demitido depois de o vídeo ser publicado nas redes.

Na semana passada, outro caso chocou o país. A indígena Sônia Guajajara, ex-PT e atual Psol, ex-candidata a vice-presidente na chapa de Guilherme Boulos, dava uma palestra na Escola Avenues, em São Paulo, que cobra mais de R$ 12 mil de mensalidade de seus alunos.

Previsivelmente, a política psolista atacava o agronegócio brasileiro e o governo federal. Um estudante pediu a palavra e expôs seu ponto de vista, o que não agradou ao professor Messias Basques.

A arrogância do fake Harvard
O professor constrangeu o aluno diante de uma plateia de 300 estudantes. “A minha recomendação é a seguinte: respeite-me, porque sou doutor em Antropologia”, disse. “Não tenho opinião, sou especialista em Harvard. Isso é ciência. No dia em que você quiser discutir conosco, traga seu diploma e sua opinião, fundamentada em ciência. Aí sim poderá discutir com um especialista em Harvard.”

A plateia, formada por adolescentes, aplaudiu a arrogância do educador. Basques, na verdade, não tem diploma na universidade norte-americana de Harvard, mas apenas o certificado de um curso on-line que custou US$ 250. 

Uma das vítimas preferidas dos redatores dos livros didáticos é o agronegócio

Na sequência, Guajajara retomou sua apresentação e criticou “fazendeiros”, que, segundo ela, ocupam terras que deveriam ser redistribuídas para a população: “É preciso democratizar o acesso às terras”. Em carta, o aluno manifestou seu descontentamento. “Falar do agronegócio de maneira tão pejorativa, para uma audiência de 300 pessoas, deixou-me extremamente ofendido”, ressaltou. “Os pais dos meus amigos trabalham no agronegócio, minha família vem da agropecuária.” [a índia Guajajara deveria começar a democratização distribuindo para os brasileiros a imensidão de 'terras indígenas' que eles possuem e não trabalham nelas - dividindo a área total de terras indígenas no Brasil pelo número de índios, resulta mais de 4.000 hectares/índio. Um hectare equivale a um campo de futebol.]

Até o momento, o professor Messias Basques continua integrando o corpo docente da escola, apesar de manifestações de repúdio de diversos pais. A instituição emitiu uma nota minimizando o ocorrido.

100% de doutrinação
A doutrinação em sala de aula começa nas páginas dos livros didáticos, cujo conteúdo é elaborado por professores universitários — a maioria com viés de esquerda. O cientista político Fernando Schüler, professor do Insper, conta o que descobriu, em 2016, ao se debruçar sobre os principais livros didáticos do Brasil, com o objetivo de responder à pergunta: há ou não doutrinação ideológica nesse material?

“Dos dez livros que analisei, 100% tinham um claro viés ideológico”, disse Schüler, numa entrevista a Oeste. “Não encontrei, infelizmente, nenhum livro ‘pluralista’ ou particularmente cuidadoso ao tratar de temas de natureza política ou econômica. São todos livros mancos. E sempre para o mesmo lado.”

Além do capitalismo e do conservadorismo, uma das vítimas preferidas dos redatores desses livros é o agronegócio, retratado como um vilão da natureza. Essa visão distorcida da realidade origina-se do estrabismo marxista sobre vários aspectos da sociedade, constatou o professor Mauro Aguiar, diretor do Colégio Bandeirantes, um dos mais tradicionais de São Paulo. “Existe um predomínio do pensamento de esquerda nas Ciências Humanas no Brasil e no mundo ocidental”, afirmou Aguiar. Para ele, a esquerda conseguiu vencer no campo ideológico-cultural, apesar da queda do Muro de Berlim, muito em razão da propaganda bem-sucedida. “Isso atinge as escolas, porque os professores são educados com base nessa formação.”

Essa deformação do ensino do agronegócio foi o estopim para a criação do De Olho no Material Escolar. O movimento começou quando a produtora rural Letícia Zamperlini presenciou as aulas on-line da filha de 10 anos durante a pandemia. Entre outras coisas, o setor era apresentado às crianças como responsável pela miséria de povos indígenas. “São inúmeros os exemplos”, contou Letícia, numa reportagem de Oeste. “Todo mundo que nos procura tem uma história para contar. Se você está perto e olha o material escolar, mesmo não sendo do agro, percebe o tom negativo e uma ausência de referências científicas. Não vemos citações da Embrapa, do Ibama ou de órgãos confiáveis.”

Hoje, são mais de 4 mil simpatizantes e centenas de associados espalhados por dez Estados brasileiros. O grupo já se encontrou com representantes dos ministérios da Educação e da Agricultura, além de ter conseguido das editoras a promessa de revisar os livros didáticos. Há duas semanas, um evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) reuniu produtores rurais, diretores de escolas e representantes das principais editoras do país.

A tirania da minoria
Para Ilona Becskeházy, ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, as universidades são dominadas pela esquerda em virtude de um processo complexo e demorado de ocupação de espaços. Como a classe intelectual é a responsável por formar diversos ramos da sociedade, a exemplo da classe política, a visão de mundo da esquerda acaba sendo hegemônica. “São esses acadêmicos que escrevem e controlam a qualidade dos livros didáticos, por exemplo”, explica. “Não tem como dar certo.”

Resolver um problema dessa magnitude leva tempo. A presidente do Instituto Livre pra Escolher, Anamaria Camargo, apoia a criação de instituições de ensino com diferentes vieses filosóficos, religiosos e outros focos pedagógicos, como o sistema STEM (Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática, em português). “Devemos garantir a liberdade das famílias para que possam escolher aquela que está de acordo com seus valores”, disse. [a praga do maldito esquerdismo progressista encontra campo fértil mais na área de Humanas.]

Nesse modelo, Anamaria defende a criação de um sistema de vouchers, em que cada família possa usar o valor do recurso estatal que cabe à educação do seu filho no colégio de sua escolha, como na Holanda. “Enquanto couber ao Estado e àqueles que dele vivem, como sindicatos, escolher as ‘vozes’ que devem ser elevadas e as que devem ser caladas em todas as escolas, jamais teremos uma real pluralidade de ideias.”

Os “líderes geniais das massas”
Cláudia Costin, especialista em educação e ministra da Administração do governo FHC, critica a formação de professores e defende a ideia de que o primeiro passo para alcançar uma escola plural é ensinar os educadores a praticarem, em sala de aula, o debate livre de ideias. “Na escola, sempre houve a tentação de doutrinar”, afirma Cláudia.

A especialista advertiu que esse cenário acaba empobrecendo a produção intelectual dos educadores, a exemplo dos livros didáticos, que oferecem uma visão muito limitada da realidade. “Sobretudo os de geografia”, observou, ao mencionar o agronegócio sendo retratado como inimigo. “Não se deve demonizar um setor da economia que gera renda e emprego.” 

Ela defende ainda a ideia de que haja uma abordagem mais ampla dos assuntos, que possa oferecer os dois lados da moeda para o aluno, sem ocultar fatos ou tentar prejudicar determinada pauta. “Precisamos fugir da ‘verdade única’. Educação é formar pensadores autônomos e não pessoas que vão seguir ‘líderes geniais das massas’.”

Leia também “A esquerda sempre foi adepta do regime ditatorial”

Cristyan Costa, colunista - Revista Oeste


terça-feira, 12 de abril de 2022

AVULSAS

 

DERROTA DA TURMA DE RANDOLFE E RENAN

 

CPI do MEC perde assinaturas e fica inviável, mas Randolfe seguirá buscando palanque

A GRANDE DUPLA: TOLÔTE E PINICO

A cúpula do PT ainda não perdoou o senador Randolfe Rodrigues, que em fevereiro passou a integrar  a coordenação de campanha do ex-presidente Lula nas eleições de 2022. 

Motivo: o parlamentar já disse duas vezes que Lula pode perder a eleição para Jair Bolsonaro.

Neste momento em que a campanha de Bolsonaro ganha um viés de alta nas pesquisas e Lula aparece estabilizado, está sendo interpretada como um reconhecimento de que as coisas não vão tão bem como alguns  petistas propagam.

Na semana passada, Randolfe admitiu duas vezes a possibilidade de derrota de Lula nas eleições.

Primeiro, foi  em uma entrevista para o Metrópoles, e depois para o UOL.

Os chefões do bando já sabem que Lula vai levar uma pajaraca de grosso calibre na próxima eleição.

Até o integrante da coordenação de campanha, o baitola da fala fina, já sabe disso.

Isto se Lapa de Ladrão não tirar o furico da reta antes de chegar o mês de outubro, como todas as evidências mostram que ele vai fazer. Ele é safado mas não é besta.

O fato é que Lula e Gazela Saltitante formam uma parelha perfeita.

Uma dupla bostífera tipicamente banânica.

Lapa de Ladrão não poderia ter arranjado um coordenador melhor que este pra sua fracassada campanha.

Fracassado assessorando fracassado é fracasso em dobro!

“Como é lindo este meu ídolo Lulinha! Se ele me apertar, eu começo a saltitar aqui mesmo ao lado dele”

LULA É RACISTA E HOMOFÓBICO?

Lula esquece de pagar o pedágio ideológico e é criticado por foto com homens brancos

Jornal da Besta Fubana   -  Transcrito por Blog Prontidão Total


sexta-feira, 25 de março de 2022

O que Aristóteles diria sobre as atletas trans ameaçando o esporte feminino? - Gazeta do Povo

Atletas trans no esporte feminino é mais um caso de suposta "inclusão" que afronta a lógica, já que para incluir uns poucos, exclui todos os demais (no caso, todas, já que são as mulheres as prejudicadas).

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Em tempos de patrulhamento do pensamento alheio, de perseguição a quem pensa diferente, de campanhas de cancelamento, de intolerância extrema justamente por parte de quem se diz empático e altruísta, o assunto sequer pode ser mencionado publicamente.

Quem ousa discutir a injustiça que é permitir que homens biológicos disputem competições com as mulheres atletas é logo taxado de homofóbico. E assim o tema "atletas trans" vai sendo censurado e o esporte feminino, cada vez mais ameaçado.

Curioso é que a mesma turma que defende a igualdade entre homens e mulheres, finge não enxergar a extrema desigualdade que existe tanto em força, quanto em capacidade pulmonar, impulsão e resistência, entre as mulheres e as atletas trans. E finge tamanhas vantagens não são decisivas em competições esportivas.

Mulheres que dedicaram a infância, a adolescência e a juventude a treinos pesados, abriram mão de lazer, festas, convivência com amigos estão desistindo de competir, simplesmente porque não há mais estímulo. Quem tem vontade, afinal, de entrar em uma disputa sabendo que vai perder?

Corpos biologicamente masculinos, muito maiores e mais fortes, ainda que transformados na aparência por terapias hormonais ou até por cirurgias de mudança de sexo, invadiram os vestiários e todos os demais ambientes esportivos femininos.

As atletas trans estão em piscinas, quadras, campos, pistas de atletismo, ringues de boxe e, quase sempre, levam todos os títulos, medalhas, troféus, recordes, prêmios e até bolsas de estudo. Por que as feministas se calam diante de tamanha injustiça com as mulheres? O que a biologia e até a filosofia têm a dizer sobre isso?

Atletas trans e a filosofia
Convidei a Bruna Torlay, professora de Filosofia, para uma conversa sobre o tema em função do caso recente do ex-nadador americano William Thomas, que figurava na posição 462 do ranking masculino dos EUA, hoje Lia Thomas, após breve período de transição hormonal durante a pandemia.

A atleta trans, competindo com mulheres, levou o título numa das provas mais difíceis da principal liga universitária dos Estados Unidos. A injustiça com as demais nadadoras foi tamanha que, desta vez, gerou mais discussão na internet, ainda que o tema siga sendo um tabu.

Em publicação no Twitter o economista e influenciador digital Leandro Ruschel, comentarista do programa Hora do Strike, introduziu um debate filosófico, que aprofundei na entrevista com Bruna Torlay.

"Há milhares de anos, Aristóteles inventou o conceito de categoria para organizar o conhecimento. Através dele, surgiu a ciência propriamente dita... Uma pessoa com cromossomos XX tem órgãos sexuais e reprodutivos femininos e, portanto, é designada como do sexo feminino. Uma pessoa com cromossomos XY tem órgãos sexuais e reprodutivos masculinos e, portanto, é designada como do sexo masculino."

Leandro Ruschel, no Twitter

Ruschel discorre sobre o assunto numa longa sequência de comentários, dizendo que "o que a esquerda está fazendo é negar a realidade biológica e o próprio conceito aristotélico de categoria. Logo, um ser humano XY, que tem aparelho sexual masculino não pode mais ser chamado de homem, e nem mesmo de mulher transexual. Precisa ser tratado como mulher."

"Oecim objetivo disse tudo não é "proteger" as pessoas trans, mas sim destruir a própria ideia de conhento objetivo. Se até a natureza biológica do ser humano é negada, TUDO pode ser negado, o que representa o alvo maior do movimento revolucionário. e o silêncio das feministas."

Aproveitei os dois assuntos (a publicação de Ruschel e o caso recente da nadadora Lia Thomas) na conversa com Bruna Torlay. Bruna é professora de filosofia, dá aulas presenciais, tem cursos online, além de ser diretora de conteúdo da revista Esmeril, que trata de cultura.

Aposto que você vai gostar de ouvir tanto conhecimento categorizado no debate não só sobre atletas trans e ameaças de extinção do esporte feminino, mas também sobre o estranho silêncio das feministas. E sobre filosofia, claro! Clique no play da imagem no topo da página e assista.


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Manual do Linchador Moderno - Guilherme Fiuza

Ilustração: Montagem/Shutterstock
Ilustração: Montagem/Shutterstock

Acusar alguém de homofóbico é pouco. Você precisa ir além. Pode continuar catando pretextos para afetar preocupações raciais, sexuais, ambientais, etc, mas cuidado para não terminar o serviço antes da hora. Hoje em dia, frases lindas contra o preconceito e a favor das minorias podem até soar como gafe — se você não conseguir prejudicar alguém com isso.

Para facilitar a atualização da sua conduta inclusiva (que inclui você nas panelas certas), segue aqui uma lista de cinco princípios éticos fundamentais ao alpinista moderno: 

Vigie seus vizinhos obsessivamente. Assim você aumentará suas chances de flagrá-lo indo do carro até o elevador sem máscara, ou jogando um papel fora da cesta de lixo, ou comendo carne vermelha na segunda-feira. Colha sua munição para denunciá-lo. Se você conseguir expulsá-lo do condomínio por motivos idiotas pode até virar herói do bairro; 


Fique atento ao que dizem os seus colegas de trabalho nos momentos de descontração. Você pode dar a sorte de flagrar um deles contando como foi sua dieta de emagrecimento e denunciá-lo por gordofobia. Não se esqueça de gravar a conversa. Aí você expõe na sua rede social e diz que a empresa não pode manter no quadro de funcionários uma pessoa horrível como aquela. Uma horda de linchadores educadíssimos com certeza vai aderir ao seu chamado e com certeza algum diretor covarde da empresa demitirá o seu colega, te transformando no herói do mês;

Vasculhe o passado dos seus amigos. Você haverá de encontrar algum registro — nem que seja um bilhete — com algum tipo de manifestação gravíssima para os dias de hoje, tipo “virei a noite e fui para o trabalho que nem um zumbi” (você pode transformar isso em declaração racista) ou então “cheguei em casa bêbado que nem um gambá” (você pode denunciar seu amigo por preconceito contra os gambás, desafiando-o a provar que esse animal gracioso e inofensivo para as mudanças climáticas tenha hábitos alcoólicos). Só descanse quando tiver espalhado geral que esse amigo querido por tanta gente era na verdade um ser abjeto, ou seja, só considere a sua missão cumprida quando ele não tiver mais ninguém na vida. Yes!

 Reserve pelo menos meia hora diária antes de dormir para bisbilhotar pessoas públicas e o que elas andaram dizendo (bisbilhotar relaxa). Nesse território está a sua Mega-Sena. E lembre-se: quem procura acha. Você pode alegar que há uma multidão nesse garimpo e não é muito provável que você, logo você, vá encontrar a pepita de ouro. Engano seu. Hoje em dia tem ouro pra todo mundo. Basta ter paciência — e não desanimar na primeira esquina do Facebook. “Fulana está linda.” Pronto! 
Se essa frase tiver sido postada, por exemplo, por um companheiro de time do Maurício Souza, você já sabe o caminho: avisa correndo à Fiat e à Gerdau que o meliante misógino foi pego em flagrante de assédio sexual e moral, portanto não merece mais viver em sociedade. 
Se for da seleção, conta logo ao Renan também, que ele desconvoca na hora. 
Fim de papo. Mais um CPF cancelado. Ai, que delícia de linchamento!

Por questão de ética, não vamos te esconder a verdade: um dia o linchado pode ser você. Quando isso acontecer, não hesite: bata o pé, esperneie e chore bem alto. Com um pouco de sorte, mamãe te escuta e te salva desse mundo mau.

Leia também “A repressão identitária”
 
Guilherme Fiuza,  colunista - Revista Oeste

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

O caso Maurício Souza e a banalização do crime de homofobia - Gazeta do Povo

Thaméa Danelon

Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a homofobia, ou seja, este delito não foi criado pelo Poder Legislativo — deputados federais e senadores — sendo esta a instância competente para definir novos ilícitos penais.  De acordo com o artigo 1º do Código Penal, “não há crime sem lei anterior que o defina; não há pena sem prévia cominação legal”; o que significa que só existirá crime quando houver uma lei que estabeleça esse delito, e, do mesmo modo, que fixe a respectiva pena; e somente o Poder Legislativo é o órgão competente para emitir uma lei.

Contudo, o Supremo inovou e criou o delito de homofobia, e justificou essa decisão ao afirmar que o Brasil é signatário de tratados internacionais de combate à homofobia, onde se obrigou a criminalizar essa conduta. Contudo, como o Poder Legislativo não criou esse crime, o Congresso estaria em mora, ou seja, estaria atrasado, e, por conta disso, a nossa Suprema Corte criou o ilícito penal de homofobia, e inseriu essa conduta na Lei 7.716/89, que define os crimes de preconceito. Assim, o crime de homofobia estaria equiparado, após a decisão do STF, aos crimes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Na minha opinião as condutas homofóbicas, ou seja, as que discriminam homossexuais deveriam sim ser criminalizadas, contudo, a forma correta de isso ocorrer seria através da edição de uma lei elaborada pelo Congresso Nacional, e não por meio de decisão do STF, pois além de violar o artigo 1º do Código Penal, o Supremo interferiu indevidamente, a meu ver, em outro poder.

- Jornalista sofre censura no YouTube e juiz define quem ele pode entrevistar    Entrevista em vídeo com o jornalista Fernando Beteti, especializado em saúde, que tem canal no YouTube com mais de 300 entrevistas com médicos, mas que vem sofrendo censura, tendo vídeos apagados pelo YouTube e não conseguiu garantir sua liberdade de expressão nem na Justiça. Um juiz de São Paulo deu sentença favorável ao YouTube, impedindo de entrevistar determinados médicos e de abordar certos assuntos que, eventualmente, a OMS não tenha como diretriz.         - O que faz e para que serve o Ministério Público

Pois bem, sobre a conduta do jogador de vôlei Maurício Souza, ela se insere no crime de homofobia? No meu entendimento não. O aludido jogador postou em sua rede social Instagram uma foto de um personagem em quadrinhos — o novo superman — beijando um outro homem, onde haveria sinalização, por parte da imagem, que este personagem seria bi ou homossexual.

Ao postar a referida foto, Maurício Souza escreveu a seguinte frase em sua rede social: “Ah, é só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”. Logo após esse post, o jogador foi taxado como homofóbico, e vítima de um cancelamento nas redes sociais, o que culminou em sua demissão do Minas Tênis Clube.

Contudo, na minha avaliação técnica e jurídica a “fala” do jogador não se caracteriza como crime de homofobia, pois ele não induziu ou incitou a discriminação ou preconceito aos homossexuais; 
- bem como não incentivou qualquer tipo de violência contra eles e nem praticou nenhuma das outras condutas previstas na lei de racismo, quais sejam: impedir acesso a qualquer cargo na administração direta ou indireta; em estabelecimento comercial; em escola; restaurante ou hotel; obstar promoção funcional; negar ou obstar emprego em empresa privada, dentre outras.

Assim, a fala do jogador se enquadra plenamente na liberdade de opinião, e na liberdade de expressão, que são direitos constitucionais assegurados a qualquer pessoa. [ops..... conforme decisões públicas e notórias tais direitos constitucionais, quando exercidos por apoiadores do presidente Bolsonaro, estão sujeitos a interpretações supressivas e Mauricio Souza é apoiador do capitão... desculpem a ressalva.] Na opinião de Maurício, pode-se extrair que não seria adequado divulgar referidas imagens em quadrinhos infantis, e muitos pais pensam da mesma forma, não se caracterizando, em hipótese alguma, o abominável crime de homofobia.

Este delito, como os de racismo e nazismo, deve ser fortemente combatido, mas jamais banalizado, pois se tudo é homofobia, nada é homofobia. Se tudo é racismo, nada é racismo
Condutas preconceituosas e discriminatórias devem ser severamente punidas, mas antes da realização desta punição, e de tentativa de cancelamentos, deve-se analisar de forma fria e técnica se de fato aquela fala, ou aquela frase se insere na lei dos crimes de preconceito, para que não hajam perseguições indevidas e injustificáveis contra pessoas que apenas estão dando sua opinião, sem discriminar ou ofender ninguém.

Thaméa Danelon, procuradora da República (MPF), colunista Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 3 de outubro de 2021

O novo totalitarismo da imprensa - Revista Oeste

Cristyan Costa  e Paula Leal
 

Censura a opiniões e flerte com o autoritarismo se tornaram praxe na mídia tradicional 

A cultura do cancelamento é a principal arma dos intolerantes. É mais cômodo deletar o cidadão de uma vez do que promover o debate e o intercâmbio de ideias. No entanto, um país precisa de pessoas que desafiem a lógica do senso comum. Na edição da última semana, a Revista Oeste mostrou como esse método de banimento se espraiou pelas universidades e pelas artes, criando um ambiente em que é perigoso discordar de ideias. Mas a imprensa também faz suas vítimas. 

Jornalista Alexandre Garcia | Foto: Reprodução Youtube

 Jornalista Alexandre Garcia -  Foto: Reprodução Youtube

Na semana passada, a emissora CNN Brasil demitiu o jornalista Alexandre Garcia, comentarista do quadro Liberdade de Opinião, do programa Novo Dia
O motivo: Garcia opinou sobre um dos assuntos eleitos pela grande imprensa como “proibidos” — o uso precoce de medicamentos no tratamento da covid-19. [percebam: 'Garcia opinou' em um quadro denominado LIBERDADE DE OPINIÃO.] Ao final de seu comentário, a apresentadora do telejornal emendou: “A CNN ressalta que não existe um tratamento precoce comprovado cientificamente contra a covid-19″. Poucas horas depois, o jornalista foi desligado da emissora. 

Esta não foi a primeira vez que Garcia desagradou a colegas no ar, ao contrariar o pensamento dominante de boa parte da imprensa. Em maio, o jornalista ameaçou deixar a emissora depois de ser questionado ao vivo pelo colega Rafael Colombo a respeito das medidas de restrição impostas por governadores e prefeitos no combate à pandemia. Depois de um longo silêncio e uma arfada profunda, Garcia respondeu: “Eu não estou sendo entrevistado”. Colombo disse que os dois voltariam amanhã e o jornalista rebateu: “Não sei se a gente volta”. Em agosto, o tema “proibido” foi a vacinação de jovens. Garcia questionou a necessidade de imunizar contra a covid-19 a faixa etária abaixo de 18 anos. Na sequência, a CNN Brasil fez a jornalista da bancada do programa ler uma nota contra a fala de Garcia.

Tratamento precoce virou tabu
Desde o início da pandemia, a politização de certos medicamentos afastou a ciência do centro da discussão. Parte da comunidade científica que defendeu tratamentos para a covid-19 baseados em estudos e na experiência de quem está na linha de frente da pandemia foi hostilizada pela velha imprensa. 
Alexandre Garcia foi um dos poucos jornalistas de uma grande emissora que encamparam o tema, promovendo lives com médicos e cientistas e dando voz a quem simplesmente foi escanteado e tachado de charlatão.  
Durante a fala que causou sua demissão, ele disse que “os tais remédios sem eficácia comprovada salvaram milhares de vidas sendo aplicados imediatamente, mesmo antes do resultado do teste. É na fase 1, na fase 2, às vezes evitam hospitalizações. Na fase 1 sempre evitam hospitalizações, sempre evitam sofrimento”. A fala pode ser considerada uma falta de precisão e, sim, afirmar que um remédio é 100% eficaz não tem lastro na medicina nem na ciência. Mas o jornalista estava, como o nome do quadro diz, exercendo sua “liberdade de opinião. No jornalismo, é fundamental a distinção entre informação e opinião. O quadro do qual Garcia fazia parte finaliza sempre com o alerta do apresentador de que “as opiniões emitidas pelos comentaristas não refletem, necessariamente, a posição da CNN”. 

Mais adiante, Garcia afirmou que “essa questão de eficácia comprovada a gente só vai saber daqui uns três anos, agora tudo é experimental. E, enquanto tudo é experimental, só o tempo dirá”. Não se pode esquecer que nesse Fla-Flu medicinal-ideológico, o Conselho Federal de Medicina (CFM) defendeu a autonomia médica e se posicionou sobre o tema: “Não apoiamos nem condenamos o tratamento precoce ou qualquer outro cuidado farmacológico”. O presidente do CFM, o médico Mauro Ribeiro, em entrevista à rádio Jovem Pan em março deste ano, observou que a ciência ainda não bateu o martelo sobre a questão. “Infelizmente, certos assuntos foram proibidos. Essa história de que está estabelecido na literatura que o tratamento precoce não tem efeito na fase inicial é mentira.” Além de ser demitido pela emissora, Garcia foi acusado de divulgar informação falsa por alguns veículos de comunicação e pela militância digital interessada em assassinar reputações. Como classificar, então, a posição do órgão máximo da medicina sobre o assunto?

Outros “cancelados” pela CNN Brasil
Alexandre Garcia não foi o primeiro. Quem puxou a fila de demissões na emissora do empresário mineiro Rubens Menin foi o jornalista Leandro Narloch, dispensado da CNN Brasil no ano passado por não obedecer ao manual do politicamente correto. Em pauta, o tema era a permissão para homens gays doarem sangue. Narloch se manifestou a favor da medida, mas a comunidade LGBT+ e representantes das minorias reprovaram a maneira como o jornalista emitiu sua opinião sobre o caso. Ao usar o termo “opção sexual”, expressão considerada preconceituosa pela militância, e tentar explicar com base em pesquisas porque havia restrição, até então, para doação de sangue por homens gays, foi rotulado de homofóbico. Narloch disse que foi vítima da cultura do cancelamento. “É uma intolerância, um linchamento virtual, a ideia de linchar qualquer pessoa que discorda de termos, e acho que, sim, fui um pouco vítima disso na semana passada”, afirmou, pouco depois da demissão, em entrevista à rádio Jovem Pan. Narloch contou ainda que a emissora não deu a ele a chance de se posicionar acerca dos comentários. “A CNN é um bom projeto. Acho que eles poderiam ter dado a oportunidade para eu me explicar, para eu sair disso”, afirmou em outra entrevista ao programa Pânico, também da Pan, ao mencionar a pressão de jornalistas e de movimentos LGBT.

Para completar o trio, Caio Coppola é outra ausência sentida por parte da audiência que acompanha a CNN Brasil. O sumiço repentino do comentarista não foi explicado até agora. Curiosamente, Coppola defende ideias sobre o conservadorismo, o liberalismo econômico e o livre mercado. Durante a pandemia, aventurou-se a questionar as teses de lockdown e as medidas de restrição impostas pelas autoridades públicas. Desde então, está no “freezer” da CNN, de onde só deve sair no fim de outubro deste ano, quando se encerra o contrato de exclusividade. A Oeste, Coppolla confirmou que continua a fazer parte do quadro de colaboradores da emissora, mas, “por questões éticas e, principalmente, jurídicas”, preferiu não comentar os acontecimentos.

Vítimas da nova censura
Em junho de 2020, um ano depois de estrear o programa Aqui na Band, o jornalista Luís Ernesto Lacombe sofreu intervenções da direção da emissora por supostas pautas bolsonaristas. As mudanças levaram o jornalista a ser afastado e, na sequência, a pedir demissão. A gota d’água foi uma entrevista sobre conservadorismo com o jornalista Allan dos Santos, tachado pela grande mídia como “blogueiro bolsonarista”. “Fiquei um pouco perdido de imediato, até um pouco traumatizado com tudo”, desabafou Lacombe, em entrevista ao canal do YouTube 1 Bilhão Educação Financeira. “Demorei um tempo para digerir o que estava acontecendo. Foi uma espécie de censura que a gente sofreu.” 

Cinco meses depois, a bola da vez foi Rodrigo Constantino, colunista da Revista Oeste, demitido da rádio Jovem Pan por suposta apologia do estupro e comentários considerados machistas sobre o caso Mariana Ferrer [O caso do  estupro culposo] quando um juiz do Tribunal de Santa Catarina absolveu o homem acusado de tê-la violentado. Na época, Constantino disse que dava “boa educação para que isso não aconteça” com sua filha. “Mas, se ela chegar em casa e disser ‘Fui estuprada’, vou pedir para ela me dar as circunstâncias”, afirmou, em alusão à festa da qual Mariana participara. Ao ser demitido, escreveu nas redes sociais: “Vocês venceram uma batalha, parabéns! A pressão foi tão grande sobre a Jovem Pan, distorcendo claramente a minha fala, que não resistiram. Não os culpo. É do jogo”, afirmou. “Quem me conhece e quem viu de fato sabe que eu jamais faria apologia do estupro.” 

O empresário Paulo Figueiredo também vivenciou um drama pessoal quando trabalhou na Jovem Pan. Segundo ele, o conflito que teve foi exclusivamente com o atual diretor de redação da empresa, Humberto Candil. “Desde que ele entrou, o viés do jornalismo da rádio começou a ficar antibolsonarista e pró-Doria”, afirmou. “Entramos em um embate, não aceitei e optei por sair. Minha crítica é especificamente à área de jornalismo. A rádio em si é espetacular.” Figueiredo criticou a falta de personalidade da mídia brasileira, que, para ele, é uma cópia da dos EUA. “A imprensa brasileira passou a ser pautada por apenas um assunto: Bolsonaro, como a dos EUA era com o Trump.” Para ele, os veículos tradicionais abandonaram a descrição dos fatos, caíram na militância e flertaram com a censura. 

Jornalistas a favor da censura estão se sentindo cada vez mais à vontade no Brasil da intolerância

Por falar na imprensa americana, no ano passado, a ex-editora do The New York Times (NYT) Bari Weiss não aguentou a pressão e pediu as contas do jornal. “O NYT parece cada dia mais cobrir uma galáxia distante, cujas preocupações são profundamente removidas da vida da maioria das pessoas”, escreveu Weiss em sua carta de demissão. Ela criticou as reportagens enviesadas do jornal. E que objetivam atender a apenas uma parte da sociedade: a das causas ditas “progressistas”. “Minhas incursões no mundo real fora da narrativa predominante me tornaram objeto de constante bullying.”

Outro caso envolvendo o NYT foi o do repórter Donald McNeil Jr., demitido do jornal por falas consideradas racistas. O jornalista chegou a se desculpar, mas não bastou — 150 funcionários do jornal pediram sua cabeça e ele foi demitido, depois de 45 anos de serviços prestados ao Times. No Brasil, a coisa não é diferente. O comediante Gregório Duvivier, por exemplo passou os quase 30 minutos do programa Greg News, da HBO, fazendo acusações infundadas e levantando suposições sobre uma possível ligação entre o governo Bolsonaro e a rádio Jovem Pan para sugerir que a emissora seja investigada. “Tentar descobrir se existem mutretas nesse veículo pode ser no fundo uma forma de proteger o jornalismo brasileiro e restaurar a saúde mental deste país”, delirou. É a invenção da censura do bem.

Ou, como diria Lula, um dos ídolos de Duvivier, da “regulação dos meios de comunicação”. “Ainda não decidi se sou candidato. Estou conversando com muita gente, ouvindo muito desaforo, leio muito a imprensa e há setores da imprensa que não querem que eu volte a ser candidato, porque, se eu voltar, eu vou regular os meios de comunicação neste país”, afirmou o ex-presidente em entrevista à Rádio Metrópole no fim de agosto. “A gente não pode ficar com a regulamentação de 1962, não é possível. Eu penso que a gente vai fazer uma coisa muito nova.”

Revista Oeste, MATÉRIA COMPLETA

domingo, 12 de setembro de 2021

A NUDEZ DAS CORTES - Percival Puggina

Expostos a sucessivos choques de realidade, os opositores mais ferrenhos do presidente da República estão atarantados.  
Projetaram sobre ele seus fantasmas pessoais. Para todos os efeitos, o futuro do país resultaria das ações desse terrível personagem no ambiente a ser criado pelo projeto político oposicionista. Ora, quem conta estórias sobre o que vai acontecer na vida real acaba trombando contra o concreto duro dos fatos. É um processo autodestrutivo, que muitos estão descobrindo tarde demais. Os fatos são teimosos.

Mesmo antes da campanha eleitoral de 2018, a mídia militante brasileira cuidou de moldar em seu imaginário criativo um Bolsonaro homofóbico, xenófobo, racista, machista, misantropo.  Essas acusações, não encontrando fundamento em ações do presidente, ou em medidas do governo, foram deixadas de lado para que ele, no imaginário dos romancistas da mídia militante, virasse miliciano e genocida.

Como tampouco por aí os fatos corresponderam à conduta do personagem inventado, a criatividade dos novos autores da história passou a acusar o presidente de ser um rematado e histórico golpista. Veio o 7 de setembro. Milhões de brasileiros saíram às ruas em todo o país. Não houve um carro arranhado, um vidro quebrado. A ninguém antes, os cidadãos brasileiros concederam tão explícito e pacífico apoio. Que uso fez dele o presidente? O teimoso, turrão, brutamontes inventado pela mídia mostrou sua musculatura política e, no passo seguinte, desmascarando os verdadeiros golpistas, derrubou os historiadores do futuro. 

O descontentamento com que receberam a Carta à Nação mostrou o real interesse de seus adversários. É inevitável, agora, a exposição dos verdadeiros golpistas e a identificação dos construtores do conflito entre os poderes.

Está doendo e visível como fratura exposta a crise da democracia representativa no Brasil. Ela é permanentemente desacreditada pelas tramas, insensibilidade, incompetência e pelo desprezo da cúpula do Congresso Nacional à “incômoda” voz das ruas.  
Logo após as manifestações do dia 7 de setembro, o presidente do Senado suspendeu as sessões dos dias subsequentes e fechou as portas!

Quem é golpista? Quem estica a corda? Quem desarmoniza os poderes? Qual a instituição de Estado que não cumpre seu papel? Qual a que ultrapassa os limites impostos pela Constituição? Quem quer o insucesso do governo?

Não é o rei que está nu. São as inteiras cortes de Brasília, na hora da verdade.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 26 de julho de 2021

Por trás do Terrorismo Pacífico da esquerda - Alerta Total

A esquerda revolucionária sempre foi muito previsível em suas estratégias. Via Comunicação Social, usando a imprensa militante ou comprada por algum “mensalão”, vende a imagem de que defende a tomada pacífica do poder, através da disputa eleitoral, promovendo manifestações “pacíficas”. Via tática de guerrilha, mobiliza grupos radicais bem organizados para promover ações terroristas pontais, veiculadas midiaticamente como “atitudes isoladas de vândalos”. O objetivo é demonstrar poder de mobilização, ao mesmo tempo em que incita medo e terror, para provocar uma reação, também violenta, do grupo adversário (ou inimigo) que ocupa o poder. Na radicalização, quaisquer atitudes da esquerda extremista acabam “se justificando” ou “se legitimando”. Quando a situação sai de controle, instaura-se o clima revolucionário (ideal para a tomada do poder pela canhota).

 

Essa tendência tem se repetido em todas as manifestações contra Jair Messias Bolsonaro - acusado pela esquerda, repetida e internacionalmente, de ser “autoritário”, “fascista”, “genocida”, “homofóbico” e “palhaço” (o “Bozo”). Até agora, só não colou o xingamento de “corrupto”. O de "corno", também tentaram, mas não pegou. Os atos esquerdistas juntam muito menos gente que as manifestações a favor de Bolsonaro ou das bandeiras defendidas pelo Presidente. No entanto, pela simpática cobertura midiática, sempre conseguem ampla divulgação. Em São Paulo, uma rotina já se estabeleceu. O evento começa pacífico, porém termina em exibições de intolerância, violência e depredação do patrimônio público e privado.

 

Desta vez, teve até uma “novidade”: a truculenta patrulha ideológica. Em plena luz do dia, por volta das 16h, um grupo de BlackBlocks que chegou em uma van fretada incendiou pneus e botou fogo em um símbolo dos paulistas: a gigantesca estátua do bandeirante Borba Gato, na avenida Santo Amaro, na Zona Sul. Interessante é que tudo foi providencialmente filmado pelos terroristas. A jogada assimétrica foi presenciada pela Guarda Municipal, que nada fez. A Polícia Militar só tomou conhecimento depois. A extrema mídia minimizou ao máximo o episódio. A Rede Globo omitiu a notícia no Jornal Nacional.

 

Vandalismo se combate com polícia e condenação pela justiça. O imobilismo e a permissividade exacerbada, que vemos nos dias atuais, leva a situação na qual criminosos não temem nem respeitam as regras de convívio social civilizado. Deploráveis foram duas “justificativas” públicas para o ato isolado de terror. O deputado Ivan Valente, do PSOL, cometeu uma clara quebra de decoro parlamentar ao defender, em post no Twitter, que foi uma "Ação simbólica importante" a queima da Estátua do Borba Gato. Outra manifestação insana, na mesma rede social, foi do popstar da juventude, Felipe Neto, justificando a barbárie. O garotão postou: “FOGO NOS GENOCIDAS!!!” (em CAIXA ALTA). No mínimo, o famoso influenciador digital cometeu uma incitação ao crime (punível pelo Código Penal em vigor).   

 

Vale lembrar que as ações terroristas contra Bolsonaro acontecem desde a campanha presidencial passada. No dia 6 de setembro de 2018, o militante do PSOL Adélio Bispo de Oliveira esfaqueou Bolsonaro, durante uma manifestação de rua, em Juiz de Fora (MG). A investigação do caso foi providencialmente abafada e sabotada. A Polícia (Civil e Federal), o Ministério Público e o Judiciário falharam de modo imperdoável. Não se explicou, até hoje, quanto faturaram e quem financiou os advogados que surgiram, de forma relâmpago, para defender o agressor. Os celulares do Adélio foram “blindados”. Depois, também velozmente, o fracassado algoz de Bolsonaro foi diagnosticado como portador de “transtorno mental delirante persistente”. Inimputável (e impune) segue “hospedado” na Penitenciária Federal, em Campo Grande (MS). Bolsonaro, que sobreviveu por milagre, tem insônia e sofre todas as sequelas de várias cirurgias pós-facada. Certamente, ele sente a dor maior da impunidade. Nem seu suposto poder de Presidente da República fez o caso ser apurado corretamente.

 

Voltando aos atos isolados de terror ao final das manifestações contra Bolsonaro - ou a atentados terroristas “simbólicos” como o incêndio da estátua do Borba Gato -, tudo obedece a uma tática manjada da esquerda revolucionária. O objetivo é provocar uma reação violenta, em intensidade igual ou maior, do Presidente Jair Bolsonaro. A clara intenção canhota é radicalizar o processo político, para justificar novas atitudes extremistas, que facilitem a tomada do poder, também, pelo processo revolucionário. A esquerda tem parcerias com facções criminosas para prática de ações de terror e para financiamento de compras de votos nas eleições. O dinheiro sujo circula bem longe dos olhos de qualquer fiscalização da Justiça Eleitoral. Eis a explicação para a eleição de tantos candidatos que têm ligação direta com esquemas criminosos (mafiosos).

 

O terror é a tática para intimidar e forçar Bolsonaro a também “partir para a ignorância e para a porrada”. O Presidente não pode cair nessa armadilha. Mas, também, não deve deixar a situação desandar. A tendência é que a situação se radicalize com a proximidade da eleição. O atual “vandalismo terrorista” é apenas um ensaio para algo muito mais grave. Por isso, é fundamental que a inteligência da Polícia Federal, das Forças Armadas e das Polícias Militares entrem em ação o mais depressa possível para desmontar as células de terror. O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, sob responsabilidade do General Augusto Heleno, tem a complexa responsabilidade de enfrentar o problema, antes que tudo saia do controle. “Terrorismo, Nunca Mais” precisa ser um lema levado a sério pelas autoridades brasileiras. 

 

Ah, vamos aguardar para ver as manifestações de repúdio dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal sobre os atos antidemocráticos de terrorismo da estrema esquerda… Ou eles vão preferir o silêncio conivente com os atos dignos do mais puro nazicomunofascismo?


De todo modo, vale a recomendação. Não dá para fazer Política na base do ódio. O sábio conselho vale para todos os extremos. O problema é que, em meio a guerra de narrativas, o bom senso e o equilíbrio passam longe... Pobre-Rica Bruzundanga...      

 

Alerta Total - Jorge Serrão

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Bolsonaro: "Cuidado que ivermectina mata bichas, hein? Cuidado"

Comentário homofóbico foi feito em entrevista à rádio Joven Pan. O mandatário defendeu uso do medicamento, que não possui comprovação científica contra a covid-19, disse que tomou o remédio e que integrantes do Palácio do Planalto também fizeram uso da medicação. "Eu tomei a cloroquina, mais de 200 tomaram, aqui na Presidência, e ninguém foi a óbito", alegou

 O presidente Jair Bolsonaro teceu um comentário homofóbico nesta quarta-feira (21/7) durante entrevista à Rádio Jovem Pan de Itapetininga. O mandatário defendeu o uso do medicamento ivermectina, que não possui comprovação científica contra a covid-19, disse que tomou o remédio e que integrantes do Palácio do Planalto também fizeram uso da medicação. O presidente mencionou ainda cloroquina, que tampouco tem eficácia comprovada contra a doença. "Eu tomei a cloroquina, mais de 200 tomaram, aqui na Presidência e ninguém foi a óbito", alegou.

Em seguida, o apresentador Milton Júnior relatou ter usado ivermectina ao ser diagnosticado com o vírus. "Se serve de demonstração, aqui na rádio, todos nós tomamos a ivermectina e ninguém pegou covid-19". O mandatário rebateu: "Cuidado, que ivermectina mata bichas hein? Cuidado", riu.

Política - Correio Braziliense


quinta-feira, 10 de junho de 2021

Bolsonaro chama senador Randolfe Rodrigues, da CPI, de "pessoa alegre do Amapá"

Chefe do Executivo atacou integrantes da CPI durante um culto realizado em Anápolis. E, mais uma vez, insistiu em informações desmentidas pelo Tribunal de Contas da União sobre mortes por covid

O presidente Jair Bolsonaro usou o termo "pessoa alegre do Amapá" para se referir ao vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid, Randolfe Rodrigues. O [primeiro] mandatário deu um "testemunho" durante um culto realizado em Anápolis e em certo ponto, comentou brevemente sobre a comissão, ironizando o grupo que preside a sessão. Ele caracterizou indiretamente o parlamentar com um comentário de cunho homofóbico.

"Que CPI é essa? De Renan Calheiros? De Omar Aziz? Daquela pessoa alegre do Amapá? Nós temos a obrigação de decidir e nós sabemos que pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Eu tenho que decidir quantas vezes? Não é fácil. Eu estou tentando", apontou. [presidente, o senhor já pode identificar o Circo Parlamentar de Inquérito, oficialmente chamado de Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI, de CPI que reelegeu o presidente Bolsonaro. Tal CPI caminha a passos largos e sem retorno, ladeira abaixo, para a desmoralização total e ao seu término o POVO BRASILEIRO vai considerar uma CERTIDÃO DE DEDICAÇÃO AO BRASIL, HONESTIDADE E MORALIDADE, do cidadão e patriota do Brasil = JAIR MESSIAS BOLSONARO.]

O mandatário ainda voltou a citar o Tribunal de Contas da União (TCU) e repetiu defesa ao tratamento precoce. "Não veio da minha cabeça o que falo sobre essa doença. Veio de pessoas que se preocupam e pesquisam sobre o assunto também. Acredito que este fato, levando-se em conta os acórdãos do TCU, levando-se em conta o número de mortes, números oficiais, nós podemos sim buscar um ponto de inflexão e buscar uma maneira de diminuir drasticamente o número de mortos no país pelo tratamento precoce", concluiu.

O Correio entrou em contato com a assessoria de Randolfe, que respondeu que, com tais falas, Bolsonaro pretende mudar o foco que é a CPI e fugir de responsabilidades. "Bolsonaro quer tergiversar e mudar o foco. O senador está preocupado com outras coisas, como a comissão, em entender o por que de não ter vacinas. Estamos chegando a 500 mil mortos. A declaração sinaliza ainda que o trabalho realizado está incomodando".[incomoda a qualquer cidadão brasileiro ver PESSOAS DE BEM sofrendo agressões de indivíduos que se escondem atrás de mandato parlamentar, quando deveriam estar depondo na condição de réus, em uma delegacia de polícia.

Sabemos que três ou quatro dos senadores que estão naquela comissão, deveriam estar presos. Tem senadores honestos, que honram o mandato que receberam, na CPI Covidão, mas uns 3 ou 4 merecem estar presos,  ou servindo no Comando Vermelho ou no PCC.]

Política -  Correio Braziliense


quarta-feira, 10 de março de 2021

O novo Estado onipotente e o reino transgênero - Revista Oeste

Ana Paula Henkel

Ao redefinir 'sexo', projeto de Biden expõe flagrante desprezo pelo pluralismo religioso e pela biologia humana 

Desde que Joe Biden assumiu a Casa Branca como presidente da nação mais poderosa do planeta, os Estados Unidos e o resto do mundo pararam para observar qual caminho o democrata seguiria. Muitos apostaram que Biden, há mais de quarenta anos no Partido Democrata, observaria a agenda social-democrata do antigo partido de Bill Clinton. Outros afirmavam que a atual ala radical da extrema esquerda de Kamala Harris comandaria o Salão Oval — uma vez que, durante a campanha presidencial, Biden fez promessas de tocar rapidamente a agenda progressista radical da turma de sua vice. Depois de apenas quarenta dias da Resolute Desk, tudo está tão claro como a luz do dia.

Como todas as medidas politicamente corretas, o Equality Act esconde-se atrás de um nome fofo. Na prática, se aprovado, afetará vários aspectos da vida de maneira inimaginável, desde o uso de talentos e habilidades — incluem-se as atléticas — até a fala obrigatória com “linguagem neutra”. A rotina em locais públicos, na escola, no emprego, em creches, hospitais e lares de idosos, em todos os meios de comunicação, de instituições religiosas a organizações de caridade, tudo será afetado porque os sentimentos de poucos precisam ser considerados antes da realidade, da ciência e da biologia. Nenhuma área de existência estará livre do alcance de seus tentáculos e do poder do Estado.

O ponto-chave a reconhecer sobre o projeto é que ele vai codificar em lei que você é um fanático, reacionário, racista, homofóbico e transfóbico, e que deve ser excluído da sociedade e, sempre que possível, assediado e perseguido por suas crenças obscuras se não aceitar as imposições ali descritas. Aqui estão apenas alguns exemplos dos resultados draconianos caso a Lei de (Des)Igualdade se torne realidade:

  • Proibição de que o indivíduo alegue exercício de liberdade religiosa — direito protegido pela Primeira Emenda da Constituição Norte-Americana — para não seguir a agenda LGBTQ na escola, no trabalho ou em qualquer outra “acomodação pública”;
  • Proibição da discriminação com base em sexo, orientação sexual e identidade de gênero em áreas como acomodações e instalações públicas, escolas, empresas e mais uma série de lugares públicos. Basicamente, acrescenta as expressões “orientação sexual” e “identidade de gênero” à Lei dos Direitos Civis de 1964;
  • Autorização para que homens que alegarem “identidade de gênero” feminina — mesmo os que não passaram por “cirurgia de redesignação de sexo” — possam utilizar “todos os banheiros e vestiários no país” destinados a mulheres (as aspas destacam a linguagem real do projeto de lei). Também estão explicitamente incluídos no projeto os abrigos para mulheres, prisões femininas e, como mencionei anteriormente, esportes femininos;
  • Inclusão no programa escolar de toda a rede pública e de estabelecimentos privados não religiosos de toda a agenda LGBTQ, a partir da pré-escola. Nenhum professor ou administrador poderá impedir um menino de entrar no banheiro feminino. Na prática, trata-se de pura e simples doutrinação;
  • Punição com multas pesadas a empresas que se recusem, mesmo por motivos religiosos, a prestar seus serviços a eventos LGBTQ, como casamentos entre homossexuais;
  • Cancelamento de financiamento federal — bolsas de pesquisa, empréstimos estudantis etc. — e até mesmo, em última instância, descredenciamento de todas as escolas e faculdades religiosas que não promovam a diversidade de “orientação sexual” e “identidade de gênero”;
  • Obrigatoriedade de que médicos e enfermeiras, mesmo em hospitais cristãos, realizem “cirurgia de redesignação de sexo” até mesmo para menores. Todos os funcionários serão obrigados a se referir a pacientes transgênero por seus pronomes preferidos. Profissionais de saúde que tentarem alertar jovens e adultos sobre os efeitos prejudiciais de bloqueadores de hormônios na puberdade, da cirurgia de redesignação de sexo e de práticas comuns ao comportamento homossexual masculino (como sexo anal) serão demitidos e perderão a licença profissional;
  • Perda da isenção de impostos, em certos casos, para igrejas que não promovam a agenda LGBTQ, incluindo a realização de casamentos entre homossexuais.

Se você ainda não está sentado, por favor, sente-se para ler o próximo item:

  • Autorização para que o Estado assuma a tutela de crianças “transgênero” cujos pais se recusem a chamá-las pelo nome e pronome que escolheram em desacordo com o sexo “atribuído” no nascimento. Os pais também não poderão recusar a aplicação em seus filhos de bloqueadores de hormônios na puberdade e de realização de cirurgia de “redesignação de sexo, mesmo em menores de idade.

Bem, há vários outros pontos assustadores no documento de mais de cem páginas, mas creio que já dá para vermos qual agenda seguirá Joe Biden, “o moderado” para muitos analistas brasileiros. Todo esse movimento legislativo ecoa de forma impressionante a estratégia para erradicar a religião na União Soviética e na China, entre outras nações, como observa o historiador Dimitry V. Pospielovsky, em Uma História do Ateísmo Marxista-Leninista e das Políticas Antirreligiosas Soviéticas: “A coexistência entre o materialismo ateísta e a interpretação religiosa da realidade é teórica e praticamente impossível. A hostilidade contra a religião não é uma questão de contingência, mas um compromisso profundo e fundamental de visão de mundo da ideologia oficial do comunismo.”

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Leia também “A epidemia global da confusão sobre gênero”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste