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domingo, 1 de maio de 2022

O TSE, as Forças Armadas e a apuração de votos nas eleições

Alexandre Garcia - Gazeta do Povo   

Eu gostei muito da sugestão que o presidente Jair Bolsonaro fez para o grupo de deputados e senadores que foram ao Palácio do Planalto saudar a liberdade do indulto ao deputado Daniel Silveira. Falando de eleições, Bolsonaro disse que já não é mais essencial o comprovante em papel do voto digital. Não há mais tempo para isso. 

Bolsonaro

Bolsonaro e os comandantes das três Forças Armadas: presidente quer militares monitorando a contagem de votos - Foto: Isac Nobrega/PR

Ele então sugeriu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que convidou as Forças Armadas para integrar a Comissão de Transparência lá dentro, de uma maneira simples, que aquele cabo que vai para a sala secreta, onde tem técnicos do TSE que apertam o botão e sai o resultado da eleição, que esse cabo tenha um ramo que vá para um computador das Forças Armadas para que os militares possam acompanhar a apuração.

Até porque o artigo 37 da Constituição exige publicidade no serviço público, e contagem de votos é um serviço público. Não no sentido de propaganda, mas de tornar público o que está sendo feito. E nas Forças Armadas está cheio de especialistas em guerra cibernética. Entender de guerra cibernética hoje é essencial, todo mundo sabe disso. E não é só entre nações, é também entre empresas, organizações, etc.

Mas eu achei ótima a ideia do presidente porque aquilo que o TSE desejou, de ter as Forças Armadas avalizando o processo eleitoral, torna-se realidade, pois estarão ali acompanhando, e serão a garantia de que ninguém vai apertar o botão errado para desviar voto.

Como eu acho que está acontecendo agora no Twitter e ninguém entende. Eu já ganhei mais de 70 mil inscritos desde que o Elon Musk anunciou que comprou o Twitter. Ele deu uma explicação lá. Disse que o pessoal está aderindo de novo ao Twitter porque terá garantia de liberdade, de isenção e será um lugar para todo mundo. Mas eu não creio muito nessa explicação.

Marco Aurélio sabe o que fala
A propósito do perdão concedido pelo presidente a Daniel Silveira, o ministro Marco Aurélio Mello recém-aposentado do Supremo Tribunal Federal e que agora está livre dos compromissos com a Corte – deu uma entrevista para o Correio Braziliense. E quando perguntaram sobre o indulto, ele disse: "Olha, se o Supremo negar o indulto, o presidente Bolsonaro não vai obedecer. E o Supremo tem que pensar nisso".

Aí o repórter perguntou sobre Alexandre de Moraes ter dito que tudo bem passar o indulto, mas que Silveira vai ficar inelegível. Marco Aurélio, então, fez uma ironia, dizendo: "Eu fui bom aluno na Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro e aprendi um princípio: o acessório segue o principal e no processo crime o principal é a pena, a liberdade de ir e vir. A graça foi linear, apanhou o processo todo, não vejo como sustentar que caiu a pena, mas não caiu a suspensão dos direitos políticos. Para mim, ele (Daniel Silveira) continua elegível e deve ter muitos eleitores". Pois é.

Bolsonaro no Pará
O presidente Bolsonaro esteve em Paragominas, no Pará, para entregar títulos de propriedade para mais de 30 mil famílias. Agora elas têm escrituras, podendo ter sucessão, deixar para os filhos, dar garantia de empréstimo bancário, toda essa liberdade.

Mas tinha tanta gente naquele parque de exposições e na motociata que, de novo, a gente fica olhando para os resultados das pesquisas eleitorais e vê que os donos das pesquisas estão num aperto. Não sei como conseguiram toda aquela diferença, mas enfim. O problema é deles.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 26 de abril de 2022

Quem está tentando interferir no processo eleitoral é o STF - VOZES

J. R. Guzzo

Os ministros têm contra si as Forças Armadas — as únicas garantias reais para a manutenção da democracia no Brasil

O ministro Luís Roberto Barroso nomeou a si próprio como autor de um desastre. Não faz isso sozinho, é claro: seus colegas Alexandre de Moraes e Edson Fachin, especialmente, disputam com ele de perto, seguidos como uma manada pelo resto do STF, o papel de calamidade pública número 1 do Brasil.

Mas Barroso, pelo furor extremo com que se lança na guerra declarada pelo tribunal contra os dois outros poderes, e sobretudo contra o presidente da República, transformou-se neste momento no pior inimigo das instituições democráticas do país. Ele e maioria dos demais lideram uma das maiores contrafações já montadas na moderna história política do Brasil.

Vendem, com o apoio da esquerda, das elites e de quase toda a mídia
, a ficção de que são heróis na luta pela salvação da democracia. Entregam, na vida real, um trabalho de destruição sistemática do Estado de Direito – em favor dos grupos políticos que querem ver no governo.

Barroso, ainda há pouco, chamou o presidente da República, com todas as letras, de “inimigo”; contra ele estariam os que, como o STF, ajudam a “empurrar a história na direção certa”. Nenhum dos seus colegas fez a menor objeção. Pouco antes, havia sido uma das estrelas de um seminário cujo tema era: “Como derrubar um presidente”.

O que declarações extremistas como essas têm a ver com a sua função de juiz, que exige uma neutralidade política absoluta? Mas o ministro acaba de radicalizar ainda mais. Afirmou que as Forças Armadas estão recebendo instruções para “desacreditar o processo eleitoral” – sem citar um único fato que permita sustentar uma acusação deste tamanho, e muito menos alguma prova, por mínima que seja, do que falou.

Que instruções são essas, exatamente? 
Quem está instruindo os militares a desacreditarem as próximas eleições? O que existe de concreto a respeito dessa interferência? 
Três vezes zero – um espanto, para quem passou meses dizendo, irado, que não havia provas em qualquer das suspeitas levantadas em relação à vulnerabilidade do voto nas próximas eleições.

O que está acontecendo, na frente de todo o mundo, é exatamente o contrário do que diz Barroso – uma interferência cada vez mais escandalosa dos ministros no processo eleitoral, via TSE. Fizeram acordos com as empresas estrangeiras que controlam as redes sociais para censurar o que consideram mensagens de “direita” durante a campanha.

Estão diretamente envolvidos num esforço policial para reprimir “notícias falsas”
– uma intromissão grosseira na liberdade de expressão, com o objetivo claro de favorecer um dos lados contra o outro. Ameaçam de prisão os adversários; juram que 2018 “não vai se repetir”. Conduzem há três anos um inquérito absolutamente ilegal para perseguir inimigos políticos. Como podem dizer, agora, que “os militares” estão sendo orientados a tumultuar as eleições?

Barroso foi chamado de “irresponsável” pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, em resposta imediata à sua acusação. E agora? Vai ouvir calado ou vai mandar prender o general Nogueira, por “ofensa” ou “ameaça” a ministro do Supremo?

O tribunal inteiro acaba de levar um humilhante “cala a boca” do presidente da República, com seu indulto em favor do deputado Daniel Silveira – condenado com uma pena absurda de oito anos e nove meses de prisão fechada por Alexandre de Moraes, e dez dos onze ministros, num processo ilegal do começo ao fim. A decisão do STF foi simplesmente anulada – e, pior que tudo, foi anulada com integral apoio na Constituição que é rasgada todos os dias pelo tribunal.

Nossa “corte suprema” acaba de ser informada, após três anos meio de provocação permanente ao Executivo, que chegou ao limite
O perdão a Silveira, e a resposta do ministro da Defesa à última agressão de Barroso, mostram que o STF não está mais jogando sozinho no seu esforço permanente para destruir as instituições. Tem a seu favor a cumplicidade e a covardia da direção do Senado e da Câmara. Mas tem contra si as Forças Armadas – as únicas garantias reais, hoje, para a manutenção da democracia no Brasil. É o ponto ao qual chegamos.
 
J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

 


quarta-feira, 20 de abril de 2022

Qual é a via para as eleições?

Alexandre Garcia

A única presidenciável, senadora Simone Tebet, vinha aparecendo no autodenominado centro democrático como cabeça de chapa, a ser anunciada dia 18 de maio pelos presidentes do MDB, PSDB e União Brasil. O vice seriae não vamos fingir ingenuidade Eduardo Leite, indicado pela direção tucana, deixando Doria de lado. 
Agora a senadora diz que não aceitaria ser vice, pois seria uma desconsideração às mulheres, que são mais da metade do eleitorado. [Nada contra as mulheres, muitas são inteligentes, sensatas, intuitivas, o mundo seria péssimo sem elas; mas não é inteligente que alguém, mulher ou não, queira usar a quantidade de possíveis eleitoras como requisito para impor uma mulher como cabeça de chapa. Imagine se por as mulheres serem mais numerosas se colocasse  encabeçando a chapa uma 'dilma rousseff' - já fizeram isso e todos sentimos o desastre.
Eu mesmo, escolhi para senadora do DF a "Leila Barros", esqueci que não estava escolhendo uma jogadora de vôlei - ela foi a melhor de uma geração em que as melhores eram muitas - e sim uma senadora = ela foi eleita, mas considero que perdi meu voto.] Sua luz amarela já piscava, quando soube do jantar em Brasília entre Lula e senadores do MDB. Agora ela acende a luz vermelha, sentindo o rumor da troca: Leite presidente e Tebet vice. Ou será que Leite deixou o governo do Rio Grande apenas para ser vice?  [o que convenhamos, ainda que não assuma a presidência nem uma vez, será ruim para o Brasil.]  Semana passada o presidente do PSDB falava em Leite como vice, mas deveria ser apenas um movimento de descarte de Doria, para depois avançar mais um degrau. Atento, ao ver Paulinho da Força recuar seu Solidariedade após receber vaias de sindicalistas sem que Lula o defendesse, Eduardo Leite tentou atrair Paulinho, que havia recusado convite de Ciro Nogueira para apoiar Bolsonaro. Tudo que conseguiu foi mostrar um Aécio irreconhecível na foto. E Paulinho, valorizado, horas depois apareceu abraçado com Lula e Gleisi.

Até as convenções, no final de julho e início de agosto, essas emoções que rimam com traições serão como sismos subterrâneos na busca de ajuste na superfície, em que traídos e traidores se misturam. Moro, que começou como o ícone de terceira via, para se sobrepor a Lula e Bolsonaro, já está descartado. Saiu do Podemos, foi para o União Brasil, onde foi trocado por Luciano Bivar, que parece estar guardando a cadeira para Leite sentar. Do alto de sua autoavaliação, Moro não aceita a humilhação de ser candidato a deputado federal. Mas, quem diria, ontem acabou anunciado como apresentador de um curso anticorrupção chamado de O Sistema.

O PT, o PV e o PC do B recém registraram o estatuto comum para uma federação que deveria ter também o PSB de Alckmim, o neo-companheiro e vice de Lula. Ocorre que o PSB tem Marcio França, concorrente de Fernando Haddad, do PT, ao governo de São Paulo. Aí, estranhamente, não fecha federação com o partido do vice de Lula. Aliás, como Lula vai resolver São Paulo, o maior colégio eleitoral do país? O ex-presidente tem feito declarações que parecem ter a intenção de inviabilizar sua candidatura. Se indispõe com  religiões, militares, deputados federais, os CACs, a classe média, os proprietários. Nem tudo está unânime no partido, onde rumores circulam sobre uma desistência dele em favor de Haddad, para aliviar o PSB de França em São Paulo e poder casar tranquilo no mês das noivas, como ele anunciou.

São tempos que devem preocupar as pesquisas, que agora mostram o eleitor como um pusilânime, que ora está com Lula e depois vai para Bolsonaro. O presidente Bolsonaro, com experiência de 30 anos de legislativo, não mexeu no governo agora que ministros saíram para ser candidatos. Vão ficando os substitutos técnicos, para não criar problemas. Ele deixou Luciano Bivar com o PSL para ocupar ACM Neto. Foi para o PL, que virou a maior bancada na Câmara; não formou federação para não engessar seus apoiadores nos estados, escolheu Tarcísio para São Paulo e está entre os poucos que neste turbilhão eleitoral sabem qual é a via.

Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense


segunda-feira, 18 de abril de 2022

AVULSAS

E SE FOSSE COM UM URUBU TOGADO?

 

DÚVIDA

JUSTIÇARIA ELEITOREIRA BANÂNICA

 

 

A DAMA FICOU REVOLTADA

MILITANTES OPOSICIONISTAS

Sob o patrocínio do bilionário Jorge Paulo Lemann, o evento Brazil Conference, organizado nos Estados Unidos pela “comunidade de estudantes” brasileiros das universidades de Harvard e MIT, das mais caras do mundo, conseguiu feito quase inédito no Brasil: reuniu todos os pré-candidatos a presidente do PSDB, União, MDB e PDT.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi o único não convidado.

Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia também participaram.

O valor médio da mensalidade paga por alunos brasileiros de Harvard e MIT é de R$ 20 mil por mês, cerca de US$ 54 mil (R$ 260 mil) por ano.

Como já tem na plateia de riquinhos os votos de que precisa, Lula mandou Jaques Wagner.

* * *

A nota aí de cima fala na reunião de alguns pré-candidatos à presidência do Brasil lá nos Zisteites.

É importante ressaltar que, além dos tais pré-candidatos, teve também a participação de militantes partidários da oposição, todos contrários à reeleição de Bolsonaro que, como já se esperava, foi o único não convidado.

Alguns dos militantes oposicionistas não foram vestidos com a tradicional toga com que trabalham, mas estavam muito elegantes em suas vistosas roupas.

CHUTAM O BALDE E O PINICO

 Jornal da Besta Fubana


sexta-feira, 15 de abril de 2022

TSE busca observadores internacionais para aplacar ataques às eleições

A estratégia ocorre em meio a discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionam o resultado das urnas

Sob pressão política no país, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu recorrer a observadores internacionais para aplacar ataques à lisura das eleições deste ano. A Corte disparou ofícios com convites para autoridades e organizações do exterior acompanharem a disputa pelo Planalto. [seria mais transparente se o TSE solicitasse aos partidos políticos, incluídos e especialmente os que apoiam Bolsonaro e ao próprio presidente, a indicação de nomes de ONGs e pessoas físicas, e convidasse os indicados.
Se os convites não forem enviados a organizações  idôneas, isentas, há  o risco de parte dos convidados serem do tipo dos integrantes daquele comitê da ONU que pretendia soltar Lula.
Sorteio entre pessoas e organizações escolhidas aleatoriamente  é uma forma de garantir  isenção.
Em nossa opinião convidar União Europeia, Carter Center além de ser uma péssima escolha no tocante à isenção, é um indicativo que pretendem convidar organizações tipo 'anistia internacional',  'human rights watch', cuja posição contra o governo Bolsonaro é conhecida - apesar de não fundamentada em fatos e sim em interpretações.
Com o devido respeito aos que pensam diferentes, ainda estamos entre os que consideram o registro impresso do voto = voto auditável = a forma mais eficiente de transparência.]  
 
A estratégia ocorre em meio a discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) que questionam, de forma antecipada, o resultado das urnas. As respostas aos chamamentos da Justiça Eleitoral devem começar a chegar no fim deste mês.

Entre os convidados notórios estão a União Europeia, a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Carter Center, organização fundada pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter na área dos direitos humanos.

A reação foi imediata. Em nota, o Ministério das Relações Exteriores disse, na quarta-feira, que o eventual convite à comunidade europeia destoa do modo de funcionamento convencional das missões de observação.

No comunicado, o Itamaraty disse “não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte”. Ainda cita, por exemplo, o fato de que a União Europeia “não envia missões eleitorais a seus próprios estados membros”. No TSE, porém, prevalece o interesse de poder contar com grandes organizações internacionais.

Diferentemente dos observadores comuns, as Missões de Observação Eleitoral (MOE) têm como objetivo “contribuir para o aperfeiçoamento do processo eleitoral, ampliar a transparência e a integridade, bem como fortalecer a confiança pública nas eleições”. Esses grupos também celebram acordos com o compromisso de produzir relatórios, em até um ano, com as conclusões e eventuais recomendações à Justiça Eleitoral brasileira.

A OEA atuou como missão observadora nas eleições presidenciais de 2018 no Brasil. Na ocasião, parabenizou os esforços do tribunal contra as fake news. Foi um gesto de cortesia. Naquele ano, a Justiça Eleitoral brasileira foi criticada por não tomar iniciativas concretas contra a proliferação de notícias falsas. O Conselho Consultivo sobre Internet e Eleições, instalado pelo TSE naquela ocasião, sequer se reuniu presencialmente durante a disputa.[lembrando que naquela ocasião não havia pandemia.]

Outros convidados de destaque foram o Parlamento do Mercosul (Parlasul), a União Interamericana de Organismo Eleitorais (Uniore), a Fundação Internacional para Sistemas Eleitorais (IFES) e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) — este último confirmou em reunião com o presidente do TSE, Edson Fachin, que enviará uma missão de observação ao Brasil.

O TSE também tem se colocado à disposição de outros países para reforçar o intercâmbio observador, como já fez em anos anteriores. A Corte deve ter um de seus ministros efetivos escalado para acompanhar as eleições presidenciais da França, cujo segundo turno será disputado em 24 de abril.

Coordenadora-geral da Transparência Eleitoral Brasil, Ana Cláudia Santano ponderou que não é função dos observadores eleitorais “validar resultados”. “Caso aconteça a contestação do resultado das eleições, existe um universo de medidas, mas quem tem que validar o placar é a autoridade eleitoral”, afirmou ela, que tem experiência como observadora no exterior. “Não cabe aos convidados internacionais fiscalizar e defender resultados. Os observadores não emitem opinião. Cabe a eles reunir elementos sobre o processo.”

Queda gradativa 
Com o passar dos anos, o número de observadores internacionais nas eleições brasileiras caiu. Levantamento feito pelo TSE mostra que, nos pleitos municipais de 2020, apenas seis convidados estrangeiros, de quatro países da América Latina, estiveram no Brasil para acompanhar a qualidade do processo eleitoral. Na eleição de 2018, vieram para cá 36 convidados e quatro organizações de 14 países diferentes — a maioria africanos e latino-americanos em situação democrática menos consolidada do que a do Brasil; as exceções foram Portugal e Coreia do Sul. Os números, porém, nem se comparam com as votações de 2014 e 2010, quando mais de 50 autoridades de 20 nacionalidades diferentes fiscalizaram o sistema eleitoral brasileiro. 

Política - Correio Braziliense
 
 

sábado, 26 de março de 2022

Derrotada no Congresso, Bolsonaro volta a ladainha do voto impresso

Bolsonaro volta a defender o retorno das cédulas de votação, proposta derrotada no Congresso, e ironiza ministros do TSE: "Queridos"

Em aceno à base ideológica, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a defender o voto impresso projeto derrotado no Congresso — e ironizou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao chamá-los de "queridos". Ele voltou a colocar em dúvida a lisura das urnas eletrônicas.
 "O voto tem de ser contado. Não podemos disputar uma eleição com a mínima suspeição de que algo esteja errado. E podem ter certeza: eu acredito que as eleições sejam limpas no corrente ano, porque só podemos concorrer às eleições dessa maneira. Muitos me acusaram de ser ditador, de querer dar golpe. A gente está fazendo justamente o contrário do que nos acusaram", alegou, durante a cerimônia de lançamento de novas medidas do Programa Renda e Oportunidade, no Palácio do Planalto.[nos parece que o presidente não quer a volta das cédulas e sim o registro impresso do voto.
Só o cotejo entre o número de votos para um determinado candidato  registrado no  sistema digital com o número de votos para o mesmo candidato obtido com a contagem do registro de votos provará a existência, ou não, de fraudes. 
Se uma das contagens diverge da outra, indiscutivelmente, ocorreu desvio de votos = fraude no sistema de votação. Batendo os dois totais, não ocorreu desvio de votos = não houve fraude. SIMPLES, FÁCIL, PRÁTICO.]

Bolsonaro enfatizou que "vai perder ou ganhar dentro das quatro linhas (da Constituição)''. "Nós queremos eleições limpas, e tenho certeza de que temos como colaborar com nosso prezado TSE, com nosso querido Alexandre de Moraes, com nossos queridos (Luís Roberto) Barroso e (Edson) Fachin, para que isso aconteça. Eu tenho certeza de que, do fundo do coração deles, eles querem isso", ironizou. "Isso é o que quer, no meu entender, grande parte da população brasileira. Aqui, não é uma disputa de campeonato de futebol, em que já vimos uma grande torcida falar: 'Olha, foi gol de mão, mas gol de mão é mais gostoso'. Para eleições, não vale isso, não. Vale é seriedade, transparência. Vamos perder ou ganhar dentro das quatro linhas", acrescentou. Fachin e Moraes são presidente e vice, respectivamente, da Corte eleitoral. Barroso comandou o tribunal até 22 de fevereiro último.

O chefe do Executivo também sustentou que, caso o PT retorne ao poder, "vai ser f*" recuperar a liberdade. "Só se dá valor à liberdade depois que se perde. Mas para recuperá-la, pessoal, desculpa o palavrão, vai ser f*. Vão passar 50, 60, 70 anos para recuperá-la. Não percam a oportunidade de garantir a sua liberdade agora", afirmou. "Se você não quer lutar pela sua liberdade, tudo bem. Lute pela do seu filho, do seu neto. Não esmoreça. A responsabilidade é de todos nós.", concluiu.

O presidente também reclamou do que chamou de ditadura nas redes sociais, numa crítica velada ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tem combatido, assim como o TSE, a disseminação de notícias falsas. "Quem são os censores? Escolhidos por qual critério? Estão a serviço de quem? Querem prejudicar quem? Imagine se tivesse o cara do PT no meu lugar. Vocês não estariam aqui. E ainda tem gente que acha que esse tipo de governo pode voltar para cá", protestou. [saiba mais]

[quer saber mais, aqui.]

Política - Correio Braziliense
 

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Isso aqui é a casa da sogra - Revista Oeste

Vai se tornando cada vez mais inevitável, pela militância agressiva do ministro Luís Roberto Barroso e do seu Tribunal Superior Eleitoral uma aberração de república bananeira que só existe em lugares como o Brasil —, um clima de fraude, desconfiança e malícia nas eleições presidenciais de outubro próximo. Pode haver roubo nas apurações. Pode não haver. Mas o TSE e o seu comando estão fazendo tudo o que é possível para dar a impressão que estão querendo, sim, roubar essa eleição — e, sobretudo, tornar a campanha eleitoral fundamentalmente desonesta, com o maciço favorecimento de um lado contra o outro. 

O último espasmo, nesse esforço cada vez mais evidente para influenciar o resultado da eleição, é o “acordo” entre o TSE, um órgão do Estado brasileiro, e um aglomerado de empresas estrangeiras para censurar a circulação do que eles chamam de “notícias falsas” ao longo da campanha. Até uma criança de 10 anos de idade sabe o que é uma “notícia falsa” para essa gente tudo o que os seus proprietários, que estão basicamente nos Estados Unidos, não querem ver publicado.       É inédito. É ilegal, pois não foi aprovado pelo Congresso Nacional. É um termo de cumplicidade com empresas privadas que têm sede em outros países, as chamadas big tech, com o objetivo declarado de interferir na principal eleição do Brasil. É esquisito
Barroso, justamente, tinha acabado de dizer que “o Brasil não é a casa da sogra”, quando pediu a colaboração de uma plataforma não americana, ausente do núcleo predominante, e foi ignorado
Agora, ele mesmo assina um documento dizendo: “O Brasil é a casa da sogra” — sim, quando se trata das big techs, é a própria casa da sogra.

Vão vetar tudo o que, também no seu entendimento, possa favorecer a candidatura do presidente Jair Bolsonaro

Resumo dessa ópera ruim: prepare-se para uma campanha eleitoral em que você só vai ver nas redes sociais o que o Facebook, Instagram, WhatsApp, YouTube, Google e etc. deixarem que seja visto — ou, mais precisamente, o que quiserem que você veja. 
E o que as big techs querem? Basta chamar de novo a mesma criança de 10 anos. Elas não vão permitir, para encurtar a conversa, que saia publicado nada do que, no seu entendimento, venha a prejudicar o “campo progressista” de Lula e similares. 
 
Automaticamente, ao mesmo tempo, vão vetar tudo o que, também no seu entendimento, possa favorecer a candidatura do presidente Jair Bolsonaro. Vão conseguir? Não vão conseguir tudo, é claro; ninguém consegue “tudo”. Mas é algo tão parecido com um controle externo sobre o noticiário que, na prática, acaba dando mais ou menos na mesma. É o que comprova a experiência recente.  
O presidente já foi chamado de “genocida”. Já disseram que milícias criminosas do Rio de Janeiro comandam o seu governo. Já foi acusado de “conduzir experiências abomináveis” com seres humanos. Já mostraram seu rosto com a cara de Hitler, a suástica e a saudação nazista. Já foi denunciado pelo crime de “cloroquina”. Em nenhum desses momentos, nem uma única vez, as operadoras das redes sociais disseram uma sílaba sobre fake news tudo vale, se é para atirar em Bolsonaro. De maneira absolutamente simétrica, nada vale, quando o tiroteio vai para o lado de Lula. Aí é tudo “notícia falsa”, e as big techs aplicam censura contra quem abriu a boca.

Se uma pessoa vota em Bolsonaro, essa pessoa é obrigatoriamente um “nazista”

Os controladores dessas empresas formam uma nova raça no panorama político mundial — a dos milionários de esquerda. É gente que, depois de se chapar de dinheiro, descobriu que é muito mais negócio aparecer em público como “progressista”: a mídia, os artistas e as classes intelectuais ficam encantados, o sujeito ganha outros milhões e ninguém corre o menor risco de nada. 
O que poderia ser mais fácil neste mundo do que viver como um paxá, com salário de US$ 5 milhões ao ano (isso para os apenas remediados), casas na Califórnia e comidas orgânicas, fora o jatinho e o resto? É o que fazem os donos das redes. 
Sua cabeça é uma espécie de Diário Oficial do que passa, hoje, por “pensamento” da esquerdagem gratuita: são, 24 horas por dia, contra o “racismo”, a “homofobia”, a “masculinidade tóxica”, a “desigualdade”, os “ricos em excesso” e os caminhoneiros canadenses; são a favor da vacina obrigatória e de tudo o mais que você já está cansado de saber. Nesse mundo considera-se que os eleitores de Bolsonaro, no fundo, não têm o direito de votar nele.  
Se uma pessoa vota em Bolsonaro, essa pessoa não pode, no entender das mentes iluminadas deste país, ser um democrata; é obrigatoriamente um “nazista”, e o bom, mesmo, seria que o TSE inventasse um sistema pelo qual a cada vez que o eleitor apertasse a tecla “Jair Bolsonaro” na urna o sistema registrasse automaticamente “voto nulo”.[com a adoção do voto impresso, caso a manobra tenha sido inventada, não poderá ser implantada.]

Se essas empresas são a favor de Lula e contra Bolsonaro, consideram o ministro Alexandre de Moraes o salvador da democracia brasileira com o seu “inquérito” para descobrir “atos antidemocráticos”, e outras bobagens desse tipo, tudo bem — é problema delas. Mas submeter um “tribunal” brasileiro aos seus interesses, com a desculpa de que estão ajudando na limpeza das eleições, é um disparate. Ao mesmo tempo, é o curso natural das coisas, quando se toma o rumo que o ministro Barroso e o TSE tomaram: o que se pode esperar de um órgão público que faz uma campanha publicitária, paga integralmente com o seu dinheiro, querendo provar que o “voto eletrônico” é muito bom porque o Brasil tem “8,5 milhões de quilômetros quadrados de superfície” e apenas “1,5 milhão de quilômetros” de estradas? Hein? Como é que é mesmo?  

E que raio uma coisa tem a ver com a outra? Quer dizer que se o Brasil tivesse mais estradas o voto eletrônico seria menos necessário? 
Ou será que 1,5 milhão de quilômetros de estradas não são suficientes para as pessoas votarem? 
 Alguém sabe de algum brasileiro que não esteja conseguindo ir de um lugar para outro, nas áreas que concentram 95% da população brasileira, por falta de estrada? 
O voto eletrônico pode ser a coisa mais necessária dessa vida, mas nunca porque o Brasil é grande; precisa porque é assim que se faz hoje no mundo inteiro. 
Essa campanha não é apenas o triunfo conjunto da cretinice e da recusa em pensar mais do que 30 segundos sobre alguma coisa. É também uma trapaça, ao dar a entender que “o governo” defende a volta do “bico de pena” quando ninguém, em nenhum momento, está sugerindo nada parecido com isso.

Eis aí o grau de honestidade que se pode esperar dos encarregados de garantir eleições limpas neste país.

Leia também “Os jornalistas foram os palhaços da CPI”

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Fundo Eleitoral, o caminho para roubar como nunca e com total impunidade - O Estado de S. Paulo

J .R. Guzzo

Poucas vezes se roubou com tanta desfaçatez dinheiro dos impostos como no caso do 'fundo eleitoral'

Dá para entender perfeitamente porque o Brasil tem mais de 30 partidos e tanto candidato sem a menor chance de ganhar nada

O Brasil democrático, do estado de direito e das “instituições” criadas pela “Constituição Cidadã”, comete sistematicamente crimes à luz do dia para salvar a democracia – ou, pelo menos, é o que dizem os políticos que tiram proveito deles. Para não irem parar na cadeia, aprovam leis tornando legal, muito simplesmente, o crime que praticaram – e pronto, a situação está resolvida. Acontece o tempo inteiro, mas às vezes acontece mais. Está acontecendo agora.

Poucas vezes se roubou com tanta desfaçatez dinheiro dos impostos como no episódio desse “fundo eleitoral” uma transferência direta de recursos do público para o bolso dos políticos e das suas gangues partidárias, com a desculpa grosseira de que precisam de dinheiro para concorrer às eleições que são a alma da democracia, etc. etc. etc. É uma história de horror. O Congresso aprovou, como se sabe, a doação de quase R$ 6 bilhões para a politicalha gastar na “campanha eleitoral”, ou onde bem entender; o presidente da República vetou a lei, mas o veto foi rejeitado e os bilhões serão mesmo extorquidos da população. 

Agora tentam acertar as contas para construir a mentira de que estão gastando menos do que o previsto. A conversa começou na casa dos R$ 5 bi e tanto; daí fingiram cortar R$ 400 milhões e diminuíram para R$ 4,7 bi. Uma hora depois mudaram de novo – não, eles precisam daqueles 400 milhões todinhos, não podem dispensar nem um real - e voltaram, enfim, para perto dos R$ 5 bi do começo. É o triplo – o triplo - do que pegaram em 2018 e 2020.  
Dá para entender perfeitamente, nessas horas, porque o Brasil tem mais de 30 partidos e tanto candidato sem a menor chance de ganhar nada - mas com a certeza de encher o bucho com dinheiro roubado, por força de lei, ao Tesouro Nacional.[A Rede tem um deputado federal (o partido para aquela ex-senadora - Marina Silva a sempre candidata a ser derrotada nas eleições para presidente da República chamar de seu; o PSC e a Rede tem um senador, cada um - sendo que o da Rede é o sempre estridente senador Rodrigues, conhecido por ser o portador de notícia crime acusando alguém e que nunca dá em nada.]

O “fundo eleitoral” é 100% de bandidagem, salvo por parte da minoria de parlamentares que votou contra a sua aprovação. Os outros são todos eles réus, por igual, do delito que foi cometido. Uma parte não está minimamente interessada em disfarçar o que fez; querem o dinheiro, e dane-se o resto. Outros são piores. Vão meter a mão nas verbas, igualzinho, e fazer de conta que não têm nada a ver com isso.

A culpa, segundo o PT e as suas piores vizinhanças, seria do Centrão, da “direita”, do “baixo clero”, das bancadas disso e daquilo, do “sistema” e por aí afora. Conversa. A esquerda é cúmplice integral dessa ladroagemé por ser cúmplice, justamente, que votou a favor do fundo. 
Se acha que a coisa é um escândalo, por que não votou contra? Porque quer o dinheiro com tanta indecência quanto todos os demais. Não vão abrir mão de 1 centavo para os jatinhos de Lula – e para todo o maravilhoso mundo de oportunidades que essa montanha de dinheiro abre para políticos empenhados em morrer por “eleições democráticas”.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo
 
 

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Após derrota na Câmara, Bolsonaro diz que resultado das eleições não será confiável - O Estado de S. Paulo

Presidente afirma ter ficado 'feliz' com placar 'dividido' que rejeitou voto impresso 

Um dia após ser derrotado em votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso no plenário da Câmara dos Deputados, o presidente Jair Bolsonaro voltou a colocar em xeque a segurança das eleições de 2022, sob o argumento de que o resultado da votação de ontem indicaria desconfiança de parte do parlamento sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas. “Hoje em dia sinalizamos para uma eleição, não que está dividida, mas que não vai se confiar nos resultados da apuração'', disse o presidente a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira, 11. [o VOTO AUDITÁVEL foi rejeitado - ainda que tivesse sido aprovado, o senador Pacheco sentaria em cima, cuidando para não atender ao principio da anterioridade eleitoral.  A 'derrota' sepulta de vez qualquer ideia de impeachment - provou e comprovou que os  inimigos do presidente = inimigos do Brasil não possuem os 342 votos necessários para que o pedido comece a ser apreciado.]
A PEC do voto impresso foi derrubada pelo plenário da Câmara na noite de terça-feira, 10. Foram 229 favoráveis à proposta e 218 votos contrários, além de uma abstenção e dezenas de ausências. Para que o texto fosse aprovado, seria necessário o apoio de, no mínimo, 308 deputados. A Casa tem 513 deputados, mas o quórum efetivo de ontem, contando com o presidente Arthur Lira (Progressistas-AL), foi de 449 deputados. [o VOTO AUDITÁVEL pode voltar ao debate - afinal acoplar uma impressora à urna eletrônica é um procedimento que não altera o processo eleitoral = pode ser decidido mediante legislação infraconstitucional - sem PEC - lei ordinário mesmo ou talvez Resolução. 
Agora é essencial que o presidente Bolsonaro e seus apoiadores sepultem a denominação VOTO IMPRESSO. 
Todos sabem que tal denominação nada tem a ver com as antigas e  mal faladas CÉDULAS DE PAPEL, só que é fácil que pessoas de má fé associem o VOTO IMPRESSO àquelas cédulas. VOTO AUDITÁVEL, VOTO VERIFICÁVEL ou REGISTRO DO VOTO impedem qualquer associação.]

Bolsonaro, contudo, se disse “feliz” com o parlamento brasileiro, pois entende que foi uma votação “dividida” e que muitos deputados não puderam expressar, de fato, seus posicionamentos e dúvidas sobre o sistema eleitoral, porque "foram chantageados". Segundo o presidente, entre os votos que foram contra o voto impresso, “muita gente votou preocupada”, descontados os votos do “PT, PCdoB e PSOL, que para eles é melhor o voto eletrônico”. Na análise do chefe do Executivo, ainda, as abstenções, numa votação virtual, expressam o medo de retaliação por parte das legendas.

“Metade do parlamento que votou sim ontem quer eleições limpas; outra metade, não é que não queira, ficou preocupada em ser retaliada”, pontuou. Bolsonaro afirmou que o resultado teria mostrado que “a maioria da população está conosco, está com a verdade”.

O presidente agradeceu ao parlamento, que, segundo ele, “deu um grande recado ao Brasil”, e projetou maior apoio à implementação do voto impresso no futuro. Para o chefe do Executivo, o resultado indica que metade do Legislativo, “não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE”. Após a votação, o presidente da Câmara fez um apelo para que os envolvidos no debate sobre o sistema eleitoral adotem tom moderado. Bolsonaro havia se comprometido a aceitar a decisão dos parlamentares, mas na segunda-feira (9) afirmou que “há outros mecanismos para a gente colaborar para que não haja suspeitas”, em conversa com apoiadores em seu retorno ao Palácio da Alvorada.

Mesmo com a derrota, o chefe do Executivo voltou a apresentar a tese de que um grupo de hackers, ou um hacker, teve acesso às chaves criptografadas das urnas eletrônicas e acusou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de acobertar a invasão. “Se nós vivemos numa democracia e é difícil lutar enquanto tem liberdade, quando vocês [população] perderem a liberdade, vai ser difícil lutar”.

O TSE já comprovou que não houve nenhum tipo de invasão aos dados das urnas ou manipulação de resultados. A respeito de suposto ataque hacker, o tribunal também esclareceu que o acesso ao código-fonte do sistema é disponibilizado a qualquer pessoa que solicitar. Bolsonaro ainda disse aos apoiadores: “Eu perguntaria, agora aqueles que estão trabalhando por interesses pessoais, não são interesses do Brasil, se eles querem enfrentar uma eleição do ano que vem com a mácula da desconfiança, que não é de agora. E eu tenho a certeza que esse pessoal que votou ontem, cada vez mais, teremos mais gente a nosso favor.”

Política - O Estado de S. Paulo 


sexta-feira, 23 de julho de 2021

Negativa de Braga Netto sobre ameaça a eleições não convence parlamentares

[Cada um acredita no que quiser, no que for mais conveniente. Afinal, o pessoal da CPI Covidão, estão tentando criar a prevaricação e a corrupção por compra que não ocorreu = mercadoria não comprada e não entregue = nada foi pago.]

Pelas redes sociais, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), refutou a possibilidade de não haver eleição

A negativa do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, não foi suficiente para convencer parlamentares de que o militar não ameaçou as eleições de 2022. Ninguém acreditou no “desmentido”. Até porque a nota do general não é enfática em relação aos fatos relatados na reportagem do Estadão, que apontou que em julho deste ano um interlocutor político mandou um “recado” de Braga Netto ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL): que se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que institui o voto impresso auditável não for aprovada no Congresso, não haverá eleição em 2022, fazendo coro ao que vem sendo dito pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na nota, Braga Netto apenas disse que não conversa por meio de interlocutores, e voltou a defender, nas entrelinhas, o voto impresso. Integrantes do governo e do Congresso afirmam que o referido interlocutor citado, que mandou o recado de Braga Netto, seria o senador Ciro Nogueira (PP-PI), futuro ministro da Casa Civil. Parlamentares de partidos de centro, incluindo do Centrão, disseram ao Correio que acreditam na ameaça relatada pelo jornal. [o suposto autor do recado declarou que não conversa por meio de interlocutores, o interlocutor no caso não foi identificado, o destinatário do 'recado' não confirmou o recebimento. 
Quanto a defesa do voto impresso não é crime = os crimes são tipificados por leis, que são editadas pelo Poder Legislativo e não existe tal lei. Exceto se o mesmo ministro do STF que criou a figura do 'flagrante perenemente possível', decidir com uma canetada proibir qualquer apoio ao voto impresso = a propósito, não existe nenhum projeto para criar o voto impresso, o voto no Brasil continua sendo eletrônico = via urna eletrônica. O que está sendo discutido e deverá ser aprovado pelo Congresso, antes de outubro vindouro, é o registro em papel do voto registrado na urna eletrônica - sem que haja a menor possibilidade de identificação de quem votou em quem.] 

O próprio Lira não negou publicamente. Até disse a alguns jornalistas que o diálogo relatado com detalhes não aconteceu, mas pelo seu Twitter disse apenas que “a despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano”. “As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar”, pontuou. 

Vice-líderes de legendas do Centrão na Câmara consultados pelo Correio demonstraram, de forma geral, que essa ala que hoje dá sustentação ao governo não está disposta a embarcar em aventuras golpistas por parte do governo. Um deputado de grande articulação de uma legenda de centro disse que não acredita que as siglas do chamado Centrão de fato apoiariam alguma atitude antidemocrática, como a não realização de eleições em 2022.

Um dos vice-líderes do PL, Vicentinho Júnior (TO) disse que quer crer que a situação não passou de um mal entendido, com uma interpretação errônea da fala de Braga Netto. O parlamentar afirmou que conversou com alguns colegas de bancada, e que a informação é que o suposto interlocutor citado pelo Estadão, que teria levado o recado de Braga Netto a Lira, entendeu uma fala do general de forma equivocada e a repassou ao presidente da Câmara.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Bolsonaro critica ministros do STF e diz que três são contra voto impresso

"Tem uma articulação de três ministros do Supremo para não ter o voto auditável. Se não tiver, eles vão ter que apresentar uma maneira de termos eleições limpas. Se não tiver, vamos ter problemas no ano que vem. Eu estou me antecipando a problemas no ano que vem", alegou o mandatário

O presidente Jair Bolsonaro criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (1º/7) e afirmou que três dos magistrados articulam contra o voto impresso. Declaração foi dada a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo ainda repetiu que se a medida não for implementada no próximo ano, "vamos ter problemas".

"Tem uma articulação de três ministros do Supremo para não ter o voto auditável. Se não tiver, eles vão ter que apresentar uma maneira de termos eleições limpas. Se não tiver, vamos ter problemas no ano que vem. Eu estou me antecipando a problemas no ano que vem", alegou.

Sem provas, o mandatário voltou a acusar fraude nas urnas de 2018. "(Com) O voto auditável vai ter a certeza em quem o povo votar vai ser eleito. Como está aí, a fraude está escancarada e não vai ser só para presidente, não, vai ser para governador, senador, fraude. Então, tem três do Supremo articulando para não ter o voto impresso, porque eles estão preocupados com a judicialização. Eu já falei, se promulgar, vai ter voto impresso", acrescentou.

Bolsonaro disse ainda que caso a articulação contra o voto auditável prospere, os ministros da Corte deverão 'inventar' outro meio de contagem de votos. "Agora, se essa articulação prosperar, esses três vão ter que inventar uma outra maneira de termos eleições confiáveis, com contagem pública de votos. Caso contrário, vamos ter problemas ano que vem no Brasil. Estou antecipando porque a minha, que estou falando aqui, é a expressão da democracia, a transparência".

[presidente, inexistem motivos para esquentar a cabeça; o VOTO IMPRESSO vai passar; 
imprimir o voto, preservando o sigilo - como está na proposta - não é cláusula pétrea. O sigilo do voto é que está assegurado em cláusula pétrea. Assim, uma PEC basta para estabelecer o voto impresso.E o Supremo Tribunal Federal não tem condições,nem argumentação, para  revogar uma Emenda Constitucional aprovada em PEC - se uma decisão dessa fosse efetuada e prosperasse seria o fim do 'estado democrático de direito', e sem ele. ...]

Por fim, ele justificou que argumentos de que a implementação da medida custaria bilhões aos cofres públicos não é válida, e voltou a citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possível concorrente à Presidência no próximo ano. "Não adianta vir com argumentozinho que é muito caro. Dinheiro tem. Já está arranjado o dinheiro para comprar as impressoras. Então, nós queremos eleições limpas no ano que vem, porque tiraram o Lula da cadeia, tornaram ele elegível para ser presidente na fraude. Isso não vai acontecer", concluiu.

No último dia 28, o relator da Proposta de Emenda à Constituição PEC 135/19, do voto impresso na Câmara dos Deputados, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), apresentou relatório favorável à proposta à comissão especial. A sessão foi suspensa após a leitura do voto por pedido de vista conjunta e deverá ser retomada nesta quinta-feira (1º). O documento, caso aprovado, prevê a instalação de impressoras nas urnas eletrônicas. 

Política - Correio Braziliense
 

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Câmara faz enquete sobre voto impresso; 91% são favoráveis - Revista Oeste

Expectativa é que a proposta seja votada no plenário da Casa antes do recesso parlamentar, marcado para 18 de julho 

Até a manhã desta segunda-feira, 28, em uma enquete aberta no site da Câmara dos Deputados, 91% dos votantes se colocaram a favor do texto que prevê voto impresso auditável. A consulta está sendo realizada desde 2019, quando a Proposta de Emenda à Constituição foi apresentada pela deputada Bia Kicis (PSL-DF).

Hoje, o relatório do deputado Filipe Barros (PSL-PR) deve ser lido e analisado na comissão especial que discute o tema. A expectativa é que a proposta seja votada no plenário da Casa antes do recesso parlamentar, marcado para 18 de julho.

A PEC 135/19 exige a impressão de cédulas em papel na votação e na apuração de eleições, plebiscitos e referendos no Brasil. Pelo texto, essas cédulas poderão ser conferidas pelo eleitor e deverão ser depositadas em urnas indevassáveis de forma automática e sem contato manual, para fins de auditoria.


 

Afonso Marangoni, jornalista - Revista Oeste

 

sexta-feira, 25 de junho de 2021

A roubalheira nas urnas eletrônicas do TSE nas eleições de 2010 - Sérgio Alves de Oliveira

É muito provável que se porventura o  Congresso Nacional aprovar a PEC em andamento do voto impresso, conjugado  com a  votação eletrônica tradicional, qualquer “merda” que tiver legitimidade postulatória ativa poderá ingressar  no Supremo Tribunal Federal reivindicando  a anulação dessa medida do Poder Constituinte Derivado, mediante a competente ação direta de inconstitucionalidade.

E nesse “monstrengo” chamado Constituição Federal, que permite qualquer interpretação, sem dúvida não haveria nenhuma dificuldade dos “Supremos Ministros” em encontrar uma “brecha” para que se declarasse a dita proposta  de emenda à constituição (in)constitucional, invalidando-a, portanto.

Ruy Barbosa não deixou por menos:”A pior ditadura é a do Poder Judiciário.Contra ela não há a quem recorrer”.

“Matando a cobra e mostrando o pau”: somente um idiota poderia não ter percebido  na época a escancarada fraude protagonizada pelos “computadores” do Tribunal Superior Eleitoral nas eleições presidenciais de 2010, que “brindaram” a candidata Dilma Rousseff com a vitória numa eleição flagrantemente viciada, apesar do seu oponente, no 2ª Turno das eleições, Aécio Neves, não ser detentor dos  mínimos requisitos  políticos e  morais  para reivindicar o mais ato cargo político do país. Mas nem por isso essa fraude eleitoral pode ser tolerada. Mas infelizmente esse é o retrato dominante da (pseudo)democracia brasileira.

Qualquer dúvida sobre a lisura, ou desilisura, da eleição presidencial de 2º Turno em 2010, pode facilmente ser dissipada pelo simples fato da observação que Aécio Neves  estava vencendo com larga margem  de votos sobre Dilma Rousseff, quando bem no finalzinho da apuração e  divulgação dos resultados, pelo comunicador Willian Bonner, da TV Globo, que mantinha o direito exclusivo da divulgação dos resultados em primeira mão, teria dado uma “pane” no “sistema” e os resultados deixaram de ser divulgados por bom tempo.

Pois bem,bastou que os computadores do TSE retornassem à normalidade, bem como retomada  a divulgação dos resultados pela Globo, qual não foi a surpresa de todos quando  a diferença de votos entre os dois candidatos  começou a diminuir rapidamente, até Aécio ser ultrapassado por Dilma, vencendo a eleição, numa “virada” surpreendente que não conseguiu convencer. E não houve nenhuma maneira de “conferir” esse resultado.  Talvez aí esteja o principal motivo da justificável  queixa” do Presidente Bolsonaro de que ele teria vencido a eleição de outubro de 2018 já no primeiro turno.

A essa altura dos acontecimentos, por conseguinte, não há nenhuma dúvida que a fraude eleitoral irá se repetir em outubro de 2022, novamente “roubada” a eleição para favorecer a esquerda - ou seja,o ex-presidiário Lula da Silva - que “aparelhou” não só o Estado, as leis e as instituições públicas federais, durante o tempo em que mandou, como também as altas esferas da Justiça, inclusive a Eleitoral,caso se mantiver a apuração “secreta” das urnas eletrônicas pelos “manipulados” computadores do TSE.

Portanto  a “salvação” e a lisura eleitoral dependerão não só da aprovação da PEC do voto impresso, pelo Congresso Nacional, como também da “boa vontade” do STF em não “fulminar” a tentativa de moralização das eleições.

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo