Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
No lançamento da candidatura de Tarcísio de Freitas em São Paulo, presidente diz que atos do Dia da Independência irão garantir mais ‘200 anos de liberdade’
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou neste sábado, 30, a convocar os seus apoiadores para irem às ruas no feriado de7 de Setembro, quando será comemorado o bicentenário da Independência, disse que os atos servirão para garantir mais “200 anos de liberdade” e anunciou que, pela primeira vez, haverá uma parada militar, com a sua presença, na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
“Nos aproximamos de 7 de Setembro. Não vamos só comemorar 200 anos de Independência. Vamos comemorar também como um marco para mais 200 anos de liberdade”, disse a apoiadores durante a convenção estadual do Republicanos, no Expo Center Norte, em São Paulo, que confirmou as candidaturas dos ex-ministrosTarcísio de Freitasao governo do estado e deMarcos Pontesao Senado.
Bolsonaro, que esteve em São Paulo, na Avenida Paulista, no 7 de Setembro do ano passado, onde desferiu ataques contra o Supremo Tribunal Federal, pediu desculpas aos paulistas e disse que dessa vez irá ao Rio de Janeiro, para onde anunciou que haverá um inédito desfile das Forças Armadas e de outras forças de segurança na Praia de Copacabana. “Pela primeira vez, as Forças Armadas e as nossas irmãs forças auxiliares (policiais militares) [e bombeiros militares] estarão desfilando na Praia de Copacabana ao lado do nosso povo. Vamos mostrar que o nosso povo, mais do que querer, tem direito e exige paz, democracia, transparência e liberdade”, afirmou. O evento no Rio está previsto para as 16h.
Bolsonaro também confirmou que, de manhã, participará dos desfiles militares em Brasília, como fez no ano passado. “Estarei em Brasília, com o povo nas ruas, com as tropas desfilando”, disse.
Reportagem de VEJApublicada na edição desta semana mostra que o presidente tem, desde o lançamento da sua candidatura, no domingo, 24, convocado os seus apoiadores a irem às ruas no 7 de Setembro e a preocupação e a reação que isso tem provocado nas autoridades e na sociedade civil, em razão do caráter de afronta às instituições e à democracia que as convocações vêm ganhando.
Ataques à esquerda
Durante o seu discurso, o presidente fez um discurso bastante ideológico contra a candidatura do ex-presidenteLuiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele voltou a repetir que a eleição deste ano será “uma luta do bem contra o mal” e disparou conhecidas acusações contra o “outro lado”. Disse que a oposição quer “destruir a família”, “liberar as drogas”, “legalizar o aborto”, desarmar a população brasileira”, “relativizar a propriedade privada” e serem “aliados de ditaduras”. “Não nos aproximaremos da Venezuela, não nos aproximaremos de Cuba. Quero distância dessas ditaduras’, afirmou.
Elogios à economia O presidente também elogiou o ministro da Economia, Paulo Guedes, segundo ele sempre muito criticado e incompreendido, e disse que a situação econômica do país está melhorando. “Os números da economia estão aí, no tocante ao desemprego, PIB, inflação, entre outros. Está aí à vista de todos”, disse.
O presidente também voltou a citar a primeira-dama Michelle Bolsonaro em uma tentativa, que tem se tornado cada vez mais frequente, de se aproximar do eleitorado feminino, onde a desvantagem para Lula ainda é grande. “Esposas são âncoras, são aquelas pessoas que nos dão força em momentos difíceis”, afirmou.
Expoentes do bolsonarismo também participaram do evento, entre
eles o ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni
(crédito: Victor Correia/CB/D.A Press)
A Marcha para Jesus, realizada ontem, em Brasília,
tornou-se um evento de apoio a Jair Bolsonaro (PL) — que, na mesma hora,
faziam uma motociata em Salvador.O presidente não compareceu nem
mandou um vídeo aos presentes, mas foi representado pela primeira-dama
Michelle Bolsonaro, que manteve o tom antipetista.
“Nenhuma
armadilha prosperará contra a nossa nação. Amém?”, indagou a
primeira-dama. E prosseguiu: “Nós declaramos que esta nação é santa,
edificada, liberta, curada pelo sangue precioso de Jesus. E as portas do
inferno não prevalecerão contra a nossa família. Que o reino do Senhor
se estabeleça sobre o Executivo, o Judiciário e o Legislativo”, exortou.
No
discurso para os participantes da marcha, Michelle disse que estava ali
em nome do marido. “Hoje, o nosso presidente não pôde estar presente,
está com agenda. Mas nós estamos aqui para representá-lo. Vocês estão
aqui para representá-lo. E esse é um dia profético para nossa nação”,
disse.
Outros expoentes do bolsonarismo também participaram do
evento, que percorreu o Eixo Monumental. Entre eles estavam o
ex-ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni, pré-candidato do PL ao governo
do Rio Grande do Sul; a ex-ministra da Mulher e dos Direitos Humanos
Damares Alves (Republicanos), que pleiteia uma das vagas do Distrito
Federal no Senado; e os deputados federais Júlio César Ribeiro
(Republicanos-DF), João Campos (Republicanos-GO) e Celina Leão (PP-DF).
50 mil A Marcha para Jesus em Brasília foi realizada pelo Conselho de Pastores Evangélicos do Distrito Federal (Copev). A organização esperava, inicialmente, um público de 50 mil pessoas e garantiu que desde o início do evento, às 9h, passaram pelo evento aproximadamente 25 mil pessoas. Procurada, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) afirmou que não fez a contagem de pessoas.
O trajeto
original da marcha era da Praça do Buriti até a Praça dos Três Poderes.
Mas a concentração final foi realizada na Esplanada dos Ministérios,
pouco antes do Congresso. Por volta das 13h30, os participantes do
evento tinham se dispersado. Discursando nos trios elétricos,
pastores que organizaram a Marcha defenderam que “daqui para outubro é o
vale da decisão” e que “estão em guerra”. Grande parte do público usava
camisetas com o rosto de Bolsonaro, além de roupas verdes e amarelas, e
carregavam bandeiras do Brasil.
Não adianta tentar reescrever, os modernos tiraram sarro da primeira-dama falando em línguas e irritaram o mundo evangélico.
A primeira-dama Michelle Bolsonaro comemora a aprovação de André Mendonça para o STF - Foto: Reprodução - Instagram
A
internet veio abaixo com a divulgação do vídeo em que a primeira-dama,
Michelle Bolsonaro, comemora a aprovação do novo ministro do STF falando
em línguas. Ou melhor, não foi bem a internet, foi o parquinho de areia
antialérgica da internet. A reação da imprensa à cena mostra uma
distância calamitosa entre o mundo real, onde vivem os brasileiros, e a
Nárnia onde se enfiou o jornalismo brasileiro. Não é possível uma pessoa
que se dedica a noticiar e analisar a realidade brasileira ficar
surpresa com a cena.
Michelle Bolsonaro chora, pula e ora em vídeo após aprovação de Mendonça
A primeira-dama Michelle Bolsonaro comemorou nesta quinta-feira (2) a aprovação de André Mendonça para a vaga em aberto no STF (Supremo Tribunal Federal). O ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União, que passou por uma sabatina de mais de oito horas, será o segundo ministro da Corte indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).
Antes de mergulhar no tema, faço
questão de deixar um aviso aos machos-palestrinha. Sei que não há
machos-palestrinha entre os assinantes da Gazeta do Povo, mas vai que
algum de vocês compartilha. Mulher prevenida vale por duas. Não estou
discutindo a forma como esta nomeação ou as demais para o STF são feitas
nem se a primeira-dama deve ou não comemorar. "Nunca vi isso antes",
disseram alguns espertalhões que jamais trabalharam lá ou estiveram nos
bastidores. Já vi isso e pior, crianças, sou velha e não me surpreendo
mais com quase nada.
"Ah, mas as críticas não foram à manifestação religiosa em si, foram à promiscuidade entre Executivo e Judiciário",
ouvi. Sério, Brasil? Então chamar de ragatanga, Bebê de Rosemary e
dizer que usa a Bíblia para enxugar o sovaco são formas novas de
questionar promiscuidade entre Poderes da República. Coloco abaixo, sem
identificar os autores, algumas das "críticas"feitas à manifestação
religiosa em si. [o Blog Prontidão Total exercendo o do compromisso que mantém com seus dois leitores - de poupá-los do contato, ainda que limitado ao visual, com lixo, material pornográfico, imundo - não publica as imagens, ou "críticas" citadas pelo ilustre articulista.]
Evangélicos
pentecostais acreditam no dom de falar em línguas. Eu, pessoalmente,
não creio e respeito. A questão não é crer na manifestação religiosa em
si, mas saber que existe e ter noção do quanto é importante para uma
parcela significativa da população brasileira. Enquanto a patrulha
religiosa tirava sarro da manifestação da primeira-dama, muita gente via
ali deboche com a mulher cristã. [e Mendonça será empossado com as Bênçãos de DEUS e outros ministros serão nomeados e empossados nos cinco anos de mandato que ainda restam ao capitão = ainda é cedo para falar em RE-reeleição. A propósito: Nada contra os evangélicos, mas na maioria, somos católicos.]
Você pode até não
concordar com essa visão, mas as pessoas para quema glossolalia é
sagrada, manifestação pura do Espírito Santo,sentem-se atingidas pelo
deboche. O mais curioso é que a tiração de sarro veio principalmente de
quem não tinha a menor noção do que ocorria ali. Num ambiente onde
ateísmo é sinônimo de inteligência e status, desconhecer as práticas de
um povo religioso é algo tido como normal. A grande questão é como
analisar o que é importante para esse povo sem conhecer o que realmente
importa para ele.
Tenho
uma tese de que a oficialização da lacração na política brasileira
começa pelo PSOLdo Rio de Janeiro e as pautas identitárias
instrumentalizadas a partir do Leblon. Fonte: vozes na minha cabeça.
Posso estar completamente errada, são só impressões. Jair Bolsonaro
começa a ganhar projeção nacional a partir do momento que entra em
colisão com Jean Wyllys.
Vai
ser difícil enfiar o gênio da lacração de volta na garrafa depois que a
campanha de Fernando Haddad deu corda a esse tipo de militância. Com as
redes sociais, patrulhar e atacar significa ganhar poder no mundo real.
Muitos acham que o PT [perda total] nem partido é, resume-se à figura mítica de Lula e
aceitar tudo o que ele manda. Pelo jeito, a lacração venceu até isso.
Ele está há duas semanas pedindo para não bater em evangélico, mas o
pessoal não obedece.
Os
pastores Ariovaldo Ramos e Henrique Vieira têm feito um esforço
monumental para explicar à lacração que evangélico também é gente. Vai
ser meio difícil. Para lacrador, a dignidade humana depende de concordar
100% com a pauta proposta, qualquer que seja ela. Questionou? Será
cancelado, precisa ser enxovalhado, ridicularizado, perder emprego, vida
acadêmica, amigos e vida pessoal. Muita gente teme perseguição. Sabe
quem está acostumado? Evangélico.
Argumentaram
comigo que o Senado não é lugar para manifestação religiosa. Tem muita
gente que pensa assim e é livre para pensar dessa forma, mas não é o que
diz a lei. Vemos na imprensa o Estado Laico ser tratado muitas vezes
como um "Estado Ateu", como se fosse a laicitéfrancesa que
proíbe manifestação religiosa no ambiente público. Ocorre que é o exato
oposto. Permite todas as manifestações religiosas individuais, inclusive
proselitismo e negação da religião.(Mais esclarecimentos abaixo com
Thiago Vieira e Jean Regina, do Instituto Brasileiro de Direito
Religioso, autores da coluna Crônicas de um Estado Laico).
Também
ouvi argumentos de que os evangélicos fariam um escândalo se os
espíritas ou praticantes de religiões afro-brasileiras fizessem suas
manifestações no espaço do Congresso Nacional. Trata-se de fantasia e
projeção de caráter. Eu já presenciei uma manifestação dessas, no ano de
2001. O deputado Luiz Bassuma (PT-BA) presidiu a sessão de comemoração
de 200 anos de Alan Kardec incorporado de um espírito. Muito
provavelmente você nem tenha ficado sabendo. Caso houvesse um levante
evangélico na ocasião, você com certeza saberia.
Michelle
Bolsonaro chegou a dizer que foi alvo de preconceito religioso.
Tentaram fazer o famoso "gaslighting", como é feito em todo ataque de
turba. Não foi o ato de fé em si o atacado, foi o sistema de indicação
de ministros e a promiscuidade. Print é vida, né? O que as pessoas
realmente disseram é bem diferente da versão que tentam contar agora.
Quem partilha a fé da primeira-dama sabe agora como é visto por essas
pessoas.
A patrulha já chegou num nível
que nem são mais os evangélicos que protestam contra os ataques. O
prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, que derrotou Marcelo Crivella
nas urnas, fez questão de tornar pública sua solidariedade à
primeira-dama. Para algumas elites urbanas a religião é um detalhe, para
a maioria do povo é o centro da vida.
O presidente afirma que não vai 'melar' as eleições de 2022, garante respeito do governo ao teto de gastos e explica sua opinião sobre vacinas
Aos olhos de muita gente, Jair Bolsonaro deveria estar preocupado — aliás, muito preocupado. As pesquisas mais recentes mostram que o presidente atingiu um incômodo patamar de impopularidade. Cinquenta e três por cento dos brasileiros acham que o governo é ruim, 39% não enxergam qualquer perspectiva positiva no horizonte e apenas 28% creem que a situação pode melhorar. [pessoal, pesquisa que 'escuta' pouco mais de 3.500 brasileiros - somos quase 150.000.000 de eleitores - em 190 municípios b- o Brasil possui mais de 5.000 - faltando mais de ano para as eleições, tem VALOR ZERO.
Quanto aos problemas econômicos são consequência da pandemia, que com as Bênçãos de DEUS, está indo embora em definitivo. Até junho próximo o quadro econômico estará bem melhor, o que vai tornar impossível que pesquisas sejam manipuladas.] Muito desse pessimismo certamente é derivado dos problemas econômicos.
A inflação e os juros estão em alta,o emprego e o crescimento se recuperam lentamente e a prometida agenda de reformas estruturais emperrou. No terreno político, a CPI da Pandemia finaliza um relatório que vai acusar o presidente pela morte de quase 600 000 pessoas, a tensão com o Supremo Tribunal Federal diminuiu, mas não acabou, e a palavra impeachment voltou a ser citada em influentes rodas de conversa. [o lixo que a CPI Covidão pretende denominar relatório será apenas narrativas e com credibilidade ZERO. Impeachment os competentes editores de VEJA sabem que não decola - faltam os crimes de responsabilidade e aqueles 342 votos !!!] Nada disso, porém, parece atormentar o presidente.
(...)
Jair Bolsonaro: "Vai ter eleição, não vou melar" — Entrevista exclusiva
A equipe de VEJA tomou todos os cuidados necessários para realizar a entrevista — uso de máscara, álcool em gel e distanciamento. Sobre a política de combate à pandemia, aliás, o presidente reafirmou que faria tudo de novo. Ele continua cético em relação às vacinas, embora seus assessores ainda tentem convencê-lo a mudar de ideia. Em Nova York, em tom de brincadeira, o presidente chegou a propor uma aposta ao primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, para saber quem tinha o IgG maior. Tomar ou não o imunizante, segundo ele, deve ser uma opção, não uma obrigação — e cita como exemplo a primeira-dama Michelle Bolsonaro, que foi vacinada. “Não consigo influir nem na minha própria casa”, disse. A seguir, os principais trechos da entrevista, na qual o presidente também fala de eleições, Lula, voto impresso, CPI, crises políticas, economia e revela qual foi o pior e mais tenso momento de seu governo nesses quase três anos.
Existe uma leitura bastante difundida de que várias de suas ações e falas são preparação para um golpe de Estado.
Daqui pra lá, a chance de um golpe é zero. De lá pra cá, a gente vê que sempre existe essa possibilidade.
O que seria exatamente esse “de lá pra cá”?
De lá pra cá é a oposição, pô. Existem 100 pedidos de impeachment dentro do Congresso. Não tem golpe sem vice e sem povo. O vice é que renegocia a divisão dos ministérios.E o povo que dá a tranquilidade para o político voltar. Agora, eu te pergunto:qual é a acusação contra mim? O que eu deixei, em que eu me omiti? O que eu deixei de fazer? Então, não tem cabimento uma questão dessas.
O senhor está dizendo que existe uma conspirata contra o governo? Quando você passa a ter o povo do teu lado, como eu tenho, bota por terra essa possibilidade. A não ser que tenha algo de concreto, pegou uma conta minha na Suíça, aí é diferente. Não tenho nada. Desligo o aquecimento da piscina, não uso cartão corporativo, não pedi aposentadoria na Câmara, não dou motivo. Estamos há dois anos e meio sem um caso de corrupção.
A CPI da Pandemia diz que houve corrupção no Ministério da Saúde. Tem gente que não pensa no seu país, ao invés de mostrar seu valor, ele quer caluniar o próximo. Vejo na CPI os senadores Omar Aziz e Renan Calheiros falando: “O governo Bolsonaro é corrupto”. Pois aponte quem por ventura pegou dinheiro. Com todo o respeito à PM de MG, um cabo da PM negociando 400 milhões de doses a 1 dólar, se encontrando fortuitamente num restaurante? É coisa de maluco. [presidente! para a maior parte dos senadores daquela CPI, mostrar valor é algo impossível - o que não se tem não pode ser mostrado.]
“Não errei em nada. Fui muito criticado quando falei que ficar trancado em casa não era solução. Eu falava que haveria desemprego — e foi o que aconteceu. Outra consequência disso é a inflação”
(.....)
Mas teve a sugestão de tratamento precoce, a hidroxicloroquina. Continuo defendendo a cloroquina. Eu mesmo tomei quando fui infectado e fiquei bom. A hidroxicloroquina nunca matou ninguém. O militar na Amazônia usa sem recomendação médica. Ele vai para qualquer missão e coloca a caixinha no bolso. O civil também. Você nunca ouviu falar que na região Amazônica morre gente combatendo a malária por causa da hidroxicloroquina. Criou-se um tabu em cima disso.
Mas o senhor está sendo responsabilizado pelas quase 600 000 mortes durante a pandemia.
Responsabilizado por quem? Pela CPI?Essa CPI não tem credibilidade nenhuma. No auge da pandemia, esses caras ficaram em casa, de férias, em home office, cuidando da vida deles. E agora vêm acusar? Não engulo isso aí. A história vai mostrar que as medidas que tomamos, concretas, econômicas, ajudando estados e municípios com recursos, salvaram as pessoas.
(.....)
Qual foi o momento mais tenso nesses 1 000 dias de governo?
Foi quando avolumou a pressão a apoios mediante concessões. Eu não podia ceder. Depois de 28 anos de Parlamento, eu conheço como essas coisas funcionam. Era muito comum acabar uma votação importante e chegar uma lista da fidelidade. Estava ali no fedor, na muvuca: “Olha nosso partido deu mais voto que o outro, que tem um ministério a mais que nós”. Era comum você ver nas manchetes de jornais: PSDB, PFL… era comum você ver acerto. Isso não tem mais. A gente precisa aprovar as coisas e alguns do Parlamento vão com tudo para cima de você. Foram quinze dias de tensão, mas foi tudo contornado. Considero que estou bem com o Parlamento hoje em dia. Não vou entrar em detalhes nem de quando e nem quem foi, mas pretendo destravar a pauta nesta semana.
O preço da gasolina, do gás de cozinha e dos alimentos pressiona o bolso do brasileiro.
Eu não vou tabelar ou segurar preços. Não posso tabelar o preço da gasolina, por exemplo, mas quero que o consumidor fique sabendo o preço do combustível da refinaria, o imposto federal, o transporte, a margem de lucro e o imposto estadual. Hoje toda crítica cai no meu colo. O dólar está alto, mas o que eu posso falar para o Roberto Campos (presidente do BC)? Quem decide é ele, que tem independência e um mandato. Reconheço que o custo de vida cresceu bastante aqui, além do razoável, mas vejo perspectivas de melhora para o futuro.
O ministro Paulo Guedes continua indemissível?
Não existe nenhuma vontade minha de demiti-lo. Vamos supor que eu mande embora o Paulo Guedes hoje. Vou colocar quem lá? Teria de colocar alguém da linha contrária à dele, porque senão seria trocar seis por meia dúzia. Ele iria começar a gastar, e a inflação já está na casa dos 9%, o dólar em 5,30 reais. Na economia você tem que ter responsabilidade, o que se pode gastar, respeitando o teto de gastos. Se não fosse a pandemia, estaríamos voando na economia. A inflação atingiu todo mundo, mas a melhor maneira de buscarmos a normalidade e baixar a inflação é o livre mercado.
Mas o senhor vê perspectiva de melhora, presidente?
Sim, sim. Como temos ainda um ano para a eleição, as decisões que devem ser tomadas ainda não estão contaminadas por interesses eleitorais. O Paulo Guedes tem dito que a eleição estimula você a gastar para buscar a reeleição. Estimula você a fazer certas coisas que você não quer, para buscar a reeleição, isso aí é natural do ser humano. E nós não furamos teto, não fizemos nada de errado no tocante a isso aí.
Presidente, é 100% de certeza que o senhor vai disputar a reeleição, instrumento que foi contra no passado?
Se não for crime eleitoral, eu respondo: pretendo disputar.[presidente! o Brasil, o povo brasileiro, precisam do senhor por mais quatro anos - além dos 15 meses que restam do seu primeiro mandato. Esses quinze meses serão necessários para o senhor consolidar o seu governo e dispor de mais quatro anos para governar para o BEM do BRASIL e de TODOS os BRASILEIROS.]
(........)
Presidente, o senhor foi eleito deputado federal cinco vezes com a urna eletrônica e foi eleito presidente do Brasil com a urna eletrônica. O que faz o senhor não acreditar nesse sistema?
Por que os bancos investem dezenas de milhões para cada vez mais evitar que hackers entrem e façam um estrago em seu banco?
A tecnologia muda. O que estou pedindo? Transparência. Muita gente diz: “Eu não vou votar porque o meu voto não vai ser contado para quem eu votei”. Uma vez conversei com o ministro Luiz Fux, presidente do STF, sobre esse assunto. Ele ia implementar 5% do voto impresso no Brasil. 5% do voto impresso, ao lado da urna eletrônica. E depois o Supremo pulou para trás e disse que é inconstitucional, não sei por quê. Se o Lula está tão bem, como diz o Datafolha, por que não garantir a eleição dele com o voto impresso?
O senhor apresentou MP para restrição de combate a fake news e depois um outro projeto. Qual a urgência desse assunto?
A urgência é dado o que está acontecendo no Brasil, os inquéritos de fake news, por exemplo. Onde está a linha sobre o que se pode ou não publicar. O que está ali são dispositivos da Constituição.
Você só pode ter a página da internet retirada depois do contraditório e de uma ação judicial. Não se pode monocraticamente excluir ninguém com uma canetada…
Estão nos acusando de fake news. O que a esquerda faz? O pessoal faz jogo de futebol com minha cabeça de borracha. Por que não tomar providência contra essas pessoas também? Só para cima da gente? O objetivo das mídias sociais é liberdade. Você vai deixar de frequentar minha página no Facebook se eu escrever besteira, vai descurtir e tem que ser assim.
A crise com o Judiciário está superada?
Não sou o Jairzinho paz e amor, mas a idade dá certa maturidade. Depois das manifestações de 7 de setembro, houve a reação do STF. Teve o telefonema do Temer, ele falou para mim:“O que a gente pode fazer para dar uma acalmada?”. Respondi que o que eu mais queria era acalmar tudo. Acabou o 7 de Setembro, é um movimento, talvez um dos maiores do Brasil, o povo está demonstrando espontaneamente o que quer, como liberdade. Então ele (Temer) falou que tinha umas ideias. “Você pode falar para mim?” “Eu prefiro conversar pessoalmente.” “É um prazer.” Mandei um avião da Força Aérea trazer ele para cá, ele trouxe uns dez itens, mexemos em uma besteirinha ou outra, duas ou três com um pouquinho mais de profundidade, estava bem-feito, casou com o meu pronunciamento e divulguei.
No Palácio do Planalto hoje, Bolsonaro se definiu como“o mito do leite condensado”
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma piada com a primeira-dama Michelle Bolsonaro durante a cerimônia de lançamento dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBS) 2021, nesta sexta-feira (29/1).
“Deu barriga o leite condensado?”, perguntou o presidente.
Bolsonaro para Michelle: 'Deu barriga o leite condensado?'
Durante discurso, um apoiador chama Bolsonaro de “mito”, e o presidente responde:“O mito do leite condensado?”
O evento aconteceu no Palácio do Planalto e reuniu atletas e convidados. Entre eles, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e a ministra da Mulher e Direitos Humanos, Damares Alves.
A
brincadeira do presidente faz referência à informação de que o governo
gastou R$ 1,8 bilhão em compras de alimentos no ano passado. Anteriormente, ao falar do assunto, Bolsonaro mandou a
O
áudio original do vídeo foi editado. Por isso, para a divulgação das
imagens, o jornalista Samuel Pancher sincronizou o vídeo com o som de
uma live feita durante a cerimônia.
Ampla e cuidadosa reportagem de O Globo, publicada ontem, deu uma
geral em todos os Estados para saber como estão se preparando para o
programa de vacinação. O resultado é desalentador. Exceto o governo
paulista, nenhum outro tem plano pronto, muito menos vacinas. (*) [*considerando que não se vacina sem a VACINA(FÍSICA, não valendo virtual, a decorrente de desejo ou ilusão ) e que plano não vale por vacina (exigir {e aceitar a exigência} de plano, antes da vacina usada ser definida, é apenas uma forma encontrada pelos inimigos do Brasil de aporrinhar o governo Bolsonaro= plano sem saber qual vacina será usada, vale apenas para estimar o quantitativo do imunizante = Doria também não tem plano nenhum. Com a agravante que qualquer imunizante APROVADO será repassado ao governo federal - o adido comercial chinês, Doria, continua esperando (outro gerúndio) ficar com um palito.]
Estão todos no gerúndio: preparando, estudando, negociando. Alguns
informam que já compraram insumos, como seringas e agulhas, outros dizem
que já encomendaram freezers, todos prometem alguma coisa para as
próximas semanas. Em resumo: excetuando o governador João Dória,[*] nenhum outro depositou
esforços e colocou dinheiro e organização para alcançar uma vacina. Os
demais ficaram na dependência do governo federal, por motivos diversos,
mas basicamente dois: estados mais pobres que não têm recursos e/ou
administradores incompetentes.
Todo mundo sabia que a saída da crise estava na vacina, de modo que a
política de saúde aplicada neste ano (distanciamento social, máscaras,
quando aplicadas) e internações, tinha o objetivo de ganhar tempo até a
chegada da vacina. Esta, portanto, deveria ser o alvo principal. Na prática, para os governadores, tratava-se de preparar os programas
de imunização – coisa que não é difícil, já que estados e municípios
fazem isso todo ano –[o que é o principal motivo de quando houver vacina, sua aplicação ficar com o GOVERNO FEDERAL - governadores e prefeitos serão meros coadjuvantes.] e agir na política e na diplomacia para ter acesso
a todas as vacinas que estavam sendo pesquisadas.
Mas ficaram à espera das providências do governo federal, que passou
meses negando a importância da pandemia. Até que o governador João Dória
apareceu com a vacina e um plano de imunização. E ainda, num gesto
obviamente político, oferecendo doses para outros estados. Foi uma revolução. O ministro da Saúde, o general Pazuello, que
colocava suas fichas só numa vacina – a da Oxford/Astrazeneca – disse
que estava negociando com a Pfizer, cujo medicamento havia rejeitado
pouco antes dizendo que sua aplicação exigia uma logística quase
impossível de obter por aqui.
Mas como, se outros países da América Latina já tinham comprado a vacina da Pfizer? Estariam tão mais adiantados que o Brasil? Agora o ministro está negociando com a farmacêutica – de novo, no
gerúndio. A vacinação, que começaria lá por março, abril (os testes da
Astrazeneca, por azar, atrasaram) agora pode – notaram? – “pode” começar
talvez em dezembro. [os testes da genérica chinesa, continuam encalhados - tanto que o bolsodoria promete agora para o fim de janeiro.]
Dezembro? É, isso se o contrato for fechado com a Pfizer, se a Anvisa
der autorização de emergência e se a farmacêutica conseguir adiantar
algumas doses, para pequena quantidade de pessoas. Se … algumas …
pequena…Ou seja, não tem nada. Alguns governadores e prefeitos aceitaram a oferta de negociar com o Instituto Butantan, que tem [TEM MESMO???] CoronaVac aqui no Brasil.
Outros, como Ronaldo Caiado, de Goiás, simplesmente disseram que nenhum estado pode começar a vacinação antes dos outros. Então vamos imaginar o seguinte: o Butantan, como prometido, entrega
os estudos finais à Anvisa até 15 de dezembro; obtém a liberação da
“Anvisa” chinesa, o que lhe dá o direito de solicitar autorização de
emergência para a nossa Anvisa, que tem 72 horas para responder. Se não
disser nada, a vacina está liberada. Pode negar, mas vai ser uma crise
danada se a vacina tiver sido aprovada por outros institutos.
E o governador Doria ficará na seguinte situação: tem a vacina, tem
as doses necessárias para começar a imunização conforme plano já
divulgado e faz o que? [como estamos na etapa de imaginação, o governador continua esperando, mais um gerúndio, a chegada real, física, do imunizante chinês.] Deixa tudo estocado esperando que o governo
federal compre as vacinas para todos os estados e organize os planos?
Claro que não pode fazer isso. Poderia até ser um crime de
responsabilidade contra os moradores de São Paulo, onde a pandemia está
em expansão. Tentar impedir o governo paulista de aplicar a vacina leva o caso
para o STF – para onde aliás, o governador do Maranhão, Flavio Dino, já
levou, mas no sentido contrário, de garantir autonomia aos Estados. Enquanto isso, o presidente Bolsonaro faz um tipo de museu com os
trajes que ele e a primeira-dama usaram na posse e elimina impostos na
importação de armas. Só se ele acha que vai matar o coronavirus a bala.
Transcrito em 17 dezembro 2020, do site do jornalista Carlos Alberto Sardenberg- (*)Reportagem deJohanns Eller, Raphaela Ramos e Rodrigo de Souza
Michelle Bolsonaro quer censurar música "Micheque" do detonautas
Canção faz sátira com depósitos de cheques no valor de R$ 89
mil que teriam sido feitos por Fabrício Queiroz para a primeira-dama,
descobertos em investigação de suposto esquema de "rachadinha",
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro quer a música “Micheque”, de autoria
da banda de rock Detonautas, fora do ar. A canção faz alusão satírica
aos depósitos de cheques no valor de R$ 89 mil que teriam sido feitos
por Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ),
investigado por um esquema de "rachadinha” e sua mulher.
Na última quinta-feira (24/9), Michelle prestou queixa na Delegacia de
Crimes Eletrônicos do Departamento Estadual de Investigações Criminais
(DEIC) em São Paulo alegando ser vítima de ofensa, injúria, calúnia e
difamação. O requerimento é para que a obra seja retirada das
plataformas digitais e seja proibida de ser executada em lugares
públicos ou privados.
[à primeira-dama do Brasil:
Senhora Michelle Bolsonaro, não aceite provocação dessa banda e dos autores da música 'micheque'.
A senhora tem ciência que no Brasil o conceito de 'liberdade de expressão' inscrito na Constituição Federal, portanto, um direito constitucional de qualquer cidadão, tem duas interpretações:
a)se exercido por um inimigo do Brasil = inimigos do presidente Bolsonaro, inimigos da democracia e liberdade, turma do mecanismo e outros = é pleno e regular exercício do direito constitucional de liberdade de expressão e merece encômios;
b) se exercido pelo presidente da República, por seus familiares e apoiadores, se torna um CRIME HEDIONDO - agora estão tentando processar o ministro da Educação, pastor evangélico, por expressar sua opinião em uma entrevista.
O pedido da senhora será negado e a tal música ficará em evidência, a banda idem.
Ignore o assunto.
NADA FOI PROVADO até o presente momento sobre o tal esquema de rachadinha - existem ilações maximizadas, baseadas nas letras 'a' e 'b' expostas.
Sugerimos pelo total desprezo à matéria, aguardar o pronunciamento da Justiça e após comprovada a inocência dos envolvidos, especialmente a da Senhora - ofendida e que tem um CPF único - vá para cima deles, buscando a mais severa punição.]
Anúncio feito por rede social:"agradeço as orações"
A primeira-dama Michelle Bolsonaro Isac Nóbrega/PR
Michelle Bolsonaro anunciou na manhã deste sábado, 11, que ela e suas duas filhas testaram negativo para a Covid-19. Assim como todos que estiveram ao lado de Jair Bolsonaro, a primeira-dama se submeteu ao teste para saber seu status. “Minhas filhas e eu testamos negativo para Covid-19. Agradeço as orações”, escreveu no Instagram. Após indisposição e febre, o presidente realizou o teste que confirmou ter contaminado o vírus. Segundo a secretaria de comunicação, o quadro de Bolsonaro “evolui bem, sem intercorrências”.
+ A história de superação de Agustin Fernandez, o confidente e melhor amigo de Michelle Bolsonaro
O presidente tem despachado do Palácio da Alvorada, de onde faz reuniões por videoconferências com ministros.
Não faltam teorias circulando nos corredores do Planalto sobre o que teria blindado o presidente Jair Bolsonaro da contaminação pelo novo coronavírus. Ontem subiu para 18 o número de infectados que estiveram com o presidente nos Estados Unidos. Hoje esse número chegou a 23 pessoas.
A hipótese que tem se espalhado entre integrantes da comitiva é que Bolsonaro teria sido poupado porque se deslocou, na maior parte da viagem, em um carro, acompanhado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Já os demais circulavam em vans que seguiam o presidente em suas agendas. Bolsonaro já fez dois testes e a informação oficial é que ambos deram negativo. Independentemente do transporte terrestre, é fato que o presidente voltou ao Brasil no mesmo avião de pessoas contaminadas, como o chefe da Secom, Fabio Wajngarten. Bela Megale, jornalista - O Globo
O presidente
Jair Bolsonaro foi avaliado pela equipe médica na manhã desta
terça-feira (24/12) e teve alta sob orientação de repouso
O presidente Jair Bolsonarorecebeu alta doHospital das Forças Armadas de
Brasília (HFAB) na manhã desta terça-feira (24/12) após ter sofrido uma
queda no banheiro do Palácio da Alvorada. De acordo com nota da
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República,
Bolsonaro passou a noite em observação e sem intercorrências.
Ele foi avaliado pela equipe médica e teve alta sob orientação de
repouso. O comboio presidencial deixou a unidade de saúde, que fica no
Sudoeste, por volta das 7h da manhã. O
presidente levou um tombo na noite de segunda-feira (23/12), na
residência oficial da Presidência da República. A primeira-dama,
Michelle Bolsonaro, foi às redes sociais tranquilizar os seguidores
sobre o estado de saúde do presidente. “Estamos no hospital, Jair está
em observação devido à queda que ele sofreu. Nada grave graças a Deus”,
escreveu em seu perfil no Instagram.
Histórico de saúde
No último dia 11, Bolsonaro esteve no Hospital da Força Aérea de
Brasília (HFAB), para retirar lesões no rosto e na orelha. Ele também
fez uma cauterização de sinais no tórax e no antebraço. Na ocasião, o
presidente chegou a dizer que estava investigando a possibilidade de um
câncer de pele. No último sábado, ao receber repórteres no Palácio do
Alvorada, ele afirmou que os exames não confirmaram a doença.
Indícios para uma investigação levada até o final são numerosas
Se as investigações irão até o fim, é a expectativa de sempre, mas com a
curiosidade diminuída no caso do Bolsa Família particular criado pelos
Bolsonaro. O endereço do fim não é obscuro, mais do que sugerido por
indícios acumulados desde os primeiros sinais do caso. Quase se diria
que as revelações começaram pelo que seria o seu final.
[uma sugestão de um simples escriba aos próceres da imprensa:
- antes de tudo, tenham em conta que a legislação penal brasileira - começando pelo artigo 5º da Lei Maior - estabelece o caráter individual da pena.
Assim, esqueçam a tentação de - resultante do desejo de se livrar do presidente Bolsonaro - envolver o presidente Bolsonaro em crimes 'cometidos' pelo senador Flávio Bolsonaro.
O passo inicial concreto é a polícia e o MP investigarem os indicios - que muitos querem tratar, desde sempre, como provas;
Se os mesmos se consolidarem, justificando uma denúncia, denunciem o senador, sendo aceita a denúncia que ele seja julgado, se condenado (uma condenação implica na existência de provas) que ele cumpra a pena.
MAS, NADA DE ENVOLVER, o pai do então condenado, o processo.
A PENA É INDIVIDUAL, o presidente tem um CPF e cada um dos seus parentes um outro.
Encerro lembrando aspectos dos indicios:
- movimentações atípicas não são necessariamente ilegais e caso provem que as do Queiroz são ilegais é necessário provas que o senador Flávio Bolsonaro teve participação nas ilegalidades;
- um cheque, a título de pagamento de um empréstimo, entre amigos ou parentes, nada prova - quem já não pediu e/ou emprestou dinheiro a parente, amigo ou conhecido?;
- as nomeações, se havidas, precisam ser investigadas e eventuais indícios de ilegalidade investigados, tudo na forma da lei.
- cada INDICIO pode ser refutado, não resistindo ao menor exame imparcial.
E caso algum passe a ser prova, alcança apenas o senador. Estender ao presidente não depende apenas da vontade dos contrários ao presidente - que são também contra o Brasil.]
Logo de saída, um cheque de R$ 24 mil, como restituição parcial de um
empréstimo a quem recebeu R$ 2 milhões na conta, não é explicação
convincente. Tanto mais se o cheque é de um sargento da Polícia Militar
para a mulher de um então deputado, estes já como presidente eleito e
futura primeira-dama. A própria origem do cheque pôs em dúvida a sua
lisura, dada a ligação do emitente com chefes milicianos.
Ao menos nove parentes da segunda mulher de Jair Bolsonaro, Ana Cristina
Siqueira Valle, foram funcionários nominais de Flávio Bolsonaro quando
deputado. Todos deixando parte do ganho com o sargento-coletor Fabrício
Queiroz. Alguns, nem moradores do Rio. O interessado nas nomeações desses “laranjas” nunca seria qualquer dos
filhos Bolsonaro, que não conviveram bem com a nova mulher do pai. Com
motivo para as nomeações era o Bolsonaro ligado a Ana Cristina Valle e
sua família. Usou o gabinete do filho. Integrante do esquema de desvios,
portanto, e com autoridade de chefe.
No estágio atual do caso, o escândalo só tem olhos para Flávio e suas
(ir)responsabilidades. A propósito: até agora, bom trabalho do
Ministério Público do Rio e do Judiciário estadual. Seu relatório é
minucioso, rico em fatos apurados, extenso a ponto de cansar. Por ora,
no entanto, contribui para o fabricado esquecimento de feitos alheios. É
o que se passa, por exemplo, com uma contratada do gabinete de Jair
Bolsonaro na Câmara, a senhora que não passou de vendedora de suco de
açaí, vizinha em Angra dos Reis do pescador, deputado e depois
presidente antiambientalista. Sem envolvimento dos filhos, era o chefe
operando em pessoa com recursos desviados, no mesmo esquema que
beneficiou seu velho amigo
Os indícios para uma investigação levada até o fim, no Bolsa Família
ativado pelos Bolsonaros, são numerosas. Mas nem assim levam a
esclarecimentos que não deveriam ser difíceis, mas parecem sê-lo. Ou,
pior, por serem dados como aceitáveis os fatos que fazem o escândalo. Sabe-se que o bolsonarismo militar, com predomínio do Exército, aprova a
exploração econômica da Amazônia, a reconsideração das reservas
indígenas — duas teses que integram as diretrizes do Exército há quase 50
anos—, apoiam a militarização das escolas, a mudança dos financiamentos
culturais, e por aí. [cada item aprovado pelo Exército é amplamente justificado; ficando apenas em um:
qual a razão, a motivação, para a imensidão das reservas concedidas aos indígenas ?
como 12 índios podem explorar 50.000 hectares?
A demarcação de imensas áreas como reservas indígenas tem um único objetivo: dificultar ao máximo que áreas cuja exploração é viável - tanto no aspecto ambiental quanto no econômico - sejam liberadas para exploração.
Devemos ser ambientalistas, mas, sem exageros, sem prejudicar o atendimento às necessidades economicas do Brasil e do povo brasileiro.] Além disso, a presença de duas centenas de
militares em cargos governamentais associa o governo e o Exército. A
associação não se dá com a ciência, a cultura, a redução da desigualdade
em que o Brasil foi declarado “caso mundial mais grave”, o
desenvolvimento industrial, alguma coisa grandiosa como país.
Reformados ou da ativa, os militares que integram esse governo fazem
parte de um esquema de poder. Não participam, aí, dos ramais acusados ou
suspeitos de ações, passadas ou não, como desvio de verbas públicas,
nomeação e exploração de funcionários fantasmas, conexão com segmentos
do crime, e outras.
Mas são parte do conjunto. Ainda que à margem dos fatos escandalosos,
integram sem ressalvas, e até com elogios, o mesmo esquema de poder sob
denúncias e suspeitas. O que lembra parte das palavras com que o general
Eduardo Villas Bôas, quando comandante do Exército, pressionou o
Supremo para bloquear a candidatura de Lula: “(...) resta perguntar às
instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do país e das
gerações futuras (...)”.
O governador sofreu uma queda no banheiro de casa no fim da tarde desta sexta-feira (11/10) e bateu a cabeça
Depois de passar a noite noHospital Brasília, no Lago Sul, em decorrência de uma queda no banheiro de casa, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), recebeu alta neste sábado (12/10). O chefe do Executivo local caiu no fim da tarde de sexta-feira e bateu a cabeça. A primeira-dama Mayara Noronha
encontrou o marido desorientado e chamou o socorro. Um brigadista que
trabalha para a família prestou os primeiros atendimentos.
[comentário que não quer calar: o governador Ibaneis gasta milhões do dinheiro público com publicidade veiculada inclusive na TV, sobre a excelente qualidade do atendimento da Saúde Pública no DF - com depoimentos de 'pacientes' feelizes por teres adoecido e tido a honra de desfrutas do excelente atendimento.
As UPAs- Unidades de Pronto Atendimento -segundo a publicidade são melhores do que o Sírio Libanês para o presidente da República.
Estranhamente, ele não quis testar o resultado da sua competência administrativa e do atendimento maravilhoso da Saúde Pública - foi para um hospitalar particular, comum atendimento de primeiro mundo.
As vésperas de tomar posse resolveu fazer um 'check-up' e foi para São Paulo.
Talvez ele tenha evitado a rede pública, ao que sabemos, pela segunda vez, devido o risco de demora na tomografia - o paciente fica dias e dias esperando.]
Segundo
assessores do governador, ele já está em casa. Ibaneis sofreu um
pequeno corte na altura da nuca e precisou levar pontos. Durante a noite
de sexta, passou por exames mais detalhados, contudo não houve
recomendação médica especial, apenas aguardar o período de
cicatrização. Em nota, a assessoria de Ibaneis
informou ainda que, nas primeiras horas da manhã deste sábado, ele fez
uma tomografia, que não apresentou comprometimento. "O governador tomou
café no hospital e deixou a unidade por volta das 9h, acompanhado do
filho, Caio Rocha, da mulher, Mayara Noronha, e da médica cardiologista
dra. Núbia Welerson Vieira", informa o texto.
De acordo com o secretário de Comunicação, Wellington Moraes,
o governador chegou a perder um pouco de sangue. ''Como foi uma pancada
na cabeça, tem que ter uma atenção redobrada'', afirma. Internado na
unidade de saúde para observação, Ibaneis passou a noite de sexta-feira
bem, se alimentou e chegou a cantar um trecho da música Mulher rendeira,
do grupo Trio Nordestino. A esposa deixou o local por volta das 23h, e o
governador passou a madrugada acompanhado por Caio, seu filho mais
velho.
Quem também esteve no hospital durante a noite para visitar Ibaneis foi o vice-governador do DF, Paco Britto (Avante).
De acordo com Britto, o governador está bem e descansa com a presença
do filho: "Ele está bem, cheguei agora e ele estava indo dormir. Tá
tranquilo. O Caio, o filho dele, vai dormir com ele. Ele escorregou,
bateu a cabeça", disse, ainda na noite de sexta.
Para além da grosseria, o comentário do ministro da Economia Paulo Guedes sobre a primeira-dama francesa Brigite Macron
revela um dos lados mais perversos do governo, a necessidade de prestar
vassalagem a Bolsonaro. Demonstrações de lealdade, no entendimento do
presidente e sua
família, requerem ações públicas de concordância. Auxiliares que tentam
contemporizar são considerados desleais, marginalizados ou demitidos.
As Forças Armadas, principalmente o Exército, de onde é oriundo,
viram na ascensão política de Bolsonaro a chance de retornar ao poder
num governo democrático. A nomeação de cerca de 130 militares, sendo
sete ministros de Estado, deu a impressão de que tutelariam Bolsonaro.
[Bolsonaro somou ao gol de placa que efetuou nos vetos ao projeto de lei de abuso de autoridade, o sucesso no desfile em comemoração à Independência do Brasil, mostram que Bolsonaro está no caminho certo.
Quanto ao respeito dos militares ao princípio constitucional da HIERARQUIA e DISCIPLINA ao qual as FF estão sujeitas, não é nenhuma novidade.
Enquanto o presidente da República agir em conformidade com as leis e os interesses maior do Brasil será obedecido, no momento em que não agir da forma devida, outras providências poderão ser tomadas, mas, sempre o presidente da República será respeitado e obedecido pelos militares.]
Aconteceu o contrário, Bolsonaro os enquadrou. A obediência à
hierarquia e a suposta habilidade política de Bolsonaro, numa carreira
de 28 anos no Congresso que o levou à Presidência da República, fizeram
dele um parâmetro de comportamento. As decisões políticas não são divididas com assessores, mesmo os
fardados mais próximos, como o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete
de Segurança Institucional (GSI), que parecia credenciado a ser uma
espécie de conselheiro: “Quem entende de política aqui sou eu”. O general Santos Cruz, amigo de Bolsonaro há 40 anos, foi demitido quando
se revelava um importante interlocutor de políticos e empresários na
Secretaria de Governo. Caiu na desgraça com Carlos Bolsonaro, o
internauta da família, e do ideólogo Olavo de Carvalho, que xingou o
general pelo twitter.
Era o mais ponderado dos assessores. Foi substituído pelo general
Luiz Eduardo Ramos, comandante do Sudeste, outro amigo de Bolsonaro.
Homem do diálogo, tinha boa relação com o PT e o PSOL em São Paulo. No
governo, já sentiu o peso do veto presidencial. O
jornalista Paulo Fona, convidado para secretário de imprensa por Fábio
Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação, e pelo próprio general
Ramos, foi vetado por Bolsonaro. Não gostou de ter no Palácio do Planalto um profissional que já trabalhara para PSDB, PSB, PMDB e DEM. A demissão de outro ministro da Secretaria de Governo, Gustavo Bebianno,
deveu-se a intrigas familiares sobre uma audiência que daria ao
vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo em Brasília.
Tanto Bebianno quanto Santos Cruz envolveram-se em uma disputa de
WhattsApp com Carlos Bolsonaro, com direito, no caso de Santos Cruz, a
uma mensagem forjada em que o então ministro falaria mal de Bolsonaro. O ministro-chefe do GSI, general Heleno, aderiu à diplomacia bolsonariana e resolveu apoiar o ataque ao presidente francês Emmanuel Macron: "Ele é um moleque”. Anteriormente, havia tido um assomo público ao criticar Lula para
defender Bolsonaro. Pediu a prisão perpétua para um presidente ladrão. Com direito a soco na mesa do café da manhã na frente de diversos jornalistas. Ao rejeitar a discussão sobre as queimadas na Amazônia nos termos em
que Macron colocou, dando mais peso à bravata sobre a
internacionalização da região, Bolsonaro apertou o botão do
nacionalismo, muito caro aos militares.
O general Villas Boas, talvez a maior liderança militar hoje,
usualmente ponderado, fez um pronunciamento exaltado, repelindo o que
chamou de “ataques diretos à soberania brasileira, que inclui,
objetivamente, ameaças de emprego do poder militar”.O ministro da Educação, Abraham Weintraub, deu sua demonstração de lealdade chamando Macron de “um calhorda oportunista”. Outra vítima dessa necessidade de acatar ordens foi o secretário de Cultura, Henrique Medeiros Pires,
que pediu demissão por não concordar com a decisão de Bolsonaro,
acatada pelo ministro Osmar Terra, de filtrar politicamente os
financiamentos de projetos culturais.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, já havia dado demonstração de lealdade cabal ao demitir o presidente do BNDES, o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy,
que se recusara a tirar o diretor de Mercado de Capitais do BNDES,
Marcos Barbosa Pinto. Os dois trabalharam nos governos Lula e Dilma, o
que é inaceitável para os Bolsonaro. Para o BNDES, Guedes nomeou um amigo de infância de Flavio e Eduardo
Bolsonaro, o economista Gustavo Montezano, que já deu demonstração de
lealdade cometendo uma ilegalidade, tornando públicos contratos de
empréstimos para compras de jatos particulares, como se fosse um crime.
O presidente Macron, ao responder ao presidente brasileiro, criou um problema geopolítico de dimensão inusitada
Muitas impropriedades foram cometidas a propósito dos debates sobre a
questão da Floresta Amazônica, uma celeuma que se tornou um problema
geopolítico, diplomático, comercial e militar. Uma questão de
comunicação, de pouca eficácia do lado brasileiro ganhou dimensão
propriamente amazônica. Note-se que o mundo da política, e também o do
comércio exterior e da diplomacia, é o das percepções, muitas vezes os
fatos e a verdade ficam a reboque. Tanto uma percepção falsa quanto uma verdadeira orientam a ação, que
se fará numa ou noutra direção. Eis por que o trabalho de comunicação e
esclarecimento dos fatos é da máxima importância, pois de sua falta
seguirá um tipo ou outro de ação. Ou seja, a comunicação social, tanto a
tradicional quanto a digital, faz parte da ação humana e, portanto, dos
governos, empresas e entidades de classe. Dela dependerá a orientação
do comportamento e da ação humana. Nesse jogo de percepções e de apostas arriscadas, no que tange às
impropriedades o presidente francês ganhou o campeonato, embora o
brasileiro se tenha referido à primeira-dama da França de forma
inadequada e desrespeitosa. Isto é, o presidente Macron, ao responder ao
presidente brasileiro,criou um problema geopolítico de dimensão
inusitada.
Picado pela boutade imprópria de Bolsonaro, declarou que a
Amazônia teria status internacional, não devendo, portanto, estar
submetida à soberania brasileira. O caminho é deveras longo da primeira-dama à ameaça de velada
intervenção externa,certamente “comandada” e “inspirada” pela França. É
bem verdade que o presidente Macron procura agradar aos agricultores
franceses, refratários à competição internacional, vivendo de subsídios e
temendo fortemente a concorrência da agropecuária brasileira. Sua
intenção é evidente: torpedear o recém-assinado acordo Mercosul-União
Europeia. Está à procura de votos e tenta para isso criar uma crise
internacional.
Seus colegas europeus não caíram na armadilha, ressaltando,
corretamente, que o próprio acordo contém salvaguardas ambientais e a
negociação é o melhor caminho. Mas o dano ao Brasil já foi causado e o
objetivo, alcançado: queimar a imagem do País e do agronegócio. Mais de 80% do bioma amazônico é preservado pelas terras indígenas,
áreas de preservação ambiental, áreas militares e 80% das propriedades
privadas. Ou seja, o coeficiente de preservação ambiental é altíssimo.
Não haveria motivo para nenhuma espetacularização, porém, considerando a
inação da comunicação governamental, dados desse tipo nem alcançam os
meios de comunicação mundiais, em particular na Europa. Paradoxo: um dos
países mais conservacionistas é tido como responsável pela poluição
planetária!
Veja-se o despropósito. A Amazônia não seria mais exclusivamente
brasileira. Amanhã ou depois poderiam alguns governantes lunáticos
propor uma intervenção militar em nosso território. Por que não propõem
algo semelhante nos cinco países mais poluidores do planeta:Estados
Unidos, China, Índia, Rússia e Japão?Ou entre os dez, incluindoAlemanha, Canadá e o Reino Unido?
Estão preocupados com o planeta ou com
os seus interesses?
Ademais, o presidente francês, ao afirmar que a França tem extensa
fronteira com o Brasil, “esqueceu”um pequeno dado histórico. A Guiana
Francesa é, na verdade, uma colônia, resquício do passado colonial
francês. Ser hoje denominada “departamento francês ultramarino”não muda
a História. A Holanda e o Reino Unido também tiveram suas“Guianas” e
levaram a término um trabalho de descolonização. O Brasil não tem
“fronteiras” com esses países europeus. Não seria o momento de a França
fazer seu dever de casa?
Dito isto, o Brasil deve enfrentar seus próprios problemas. Um dos
principais consiste na regularização fundiária, bem assinalada pelo
ministro Ricardo Salles. Há uma questão envolvendo terras que não são de
ninguém, para utilizar uma expressão corrente, numa confusão entre a
titularidade da União e a posse dos que lá vivem e trabalham. Ou seja,
não há responsabilidade nenhuma, de tal maneira que, no caso de uma
queimada, o crime não tem titular. Se houvesse uma regularização, a lei
deveria ser seguida por aquele que detém a propriedade da terra. Assim
como está, ninguém é responsável por nada. Os criminosos desaparecem.
Em torno de 74% da área da Amazônia é constituída por terras
públicas, cabem apenas 26% à iniciativa privada. E esta deve obedecer ao
limite legal de exploração em somente 20% da área. Leve-se também em
consideração que, anteriormente à lei em vigor, 50% podiam ser
desmatados. Logo, quando se fala em “queimadas”, dever-se-ia determinar
se ela ocorreu em área pública ou privada, responsabilizando-se lá quem
de direito. A exploração da agricultura e da pecuária no Brasil,
atualmente, não utiliza a queimada como instrumento de preparação de
cultivo da terra, salvo em casos marginais e sem expressão. Em
consequência, não há como responsabilizar a agricultura e a pecuária
brasileiras pelo desmatamento, como está sendo feito internacionalmente.
Há uma distinção capital a ser feita entre desmatamento legal e
ilegal. O legal corresponde ao direito de cultivo e produção de
alimentos relativo aos 20% que podem ser desmatados. Tudo conforme a
lei. Outra coisa totalmente diferente é o desmatamento ilegal, que não
segue nenhuma regra e nem limites. E é esse que se utiliza de queimadas!
Na verdade, trata-se de grilagem de terras, garimpos, exploradores de
madeira, que deixam as terras devastadas. Esses casos deveriam ser
tratados com todo o rigor da lei, com uso de policiais e, se for o caso,
de militares. Ações de repressão aí são fundamentais, pois se não forem
realizadas passarão a mensagem de que tudo é permitido e a impunidade
faz o crime valer a pena. Denis Lerrer Rosenfield - Professor de filosofia na UFRGS - O Estado de S. Paulo