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domingo, 29 de agosto de 2021

Pato manco: governo Biden acabou antes de começar - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

As cenas são chocantes desde que o Talibã tomou o controle do Afeganistão novamente, por conta de uma tremenda lambança do governo Biden na execução da retirada das tropas americanas. Os ataques terroristas desta quinta mataram 12 militares americanos, e outros 15 ficaram feridos. O clima é de enterro, e as críticas ao presidente só aumentam, enquanto sua popularidade despenca em queda livre.Pato manco: governo Biden acabou antes de começar
                                                         Foto:

Biden foge das entrevistas, tenta transmitir mensagem de confiança sem qualquer sucesso, e muitos já começam a enxerga-lo como um pato manco. Não completou sequer um ano de governo, mas sua imagem é péssima inclusive entre democratas, e até a imprensa tradicional esquerdista subiu bastante o tom das críticas. Não é para menos: trata-se da maior trapalhada em política externa desde a revolução iraniana na gestão de Jimmy Carter.

E Biden não tem nada para tentar "compensar". O novo surto de Covid atinge o país em cheio, com escalada no número de casos, sua hiperatividade em decretos presidenciais serviu apenas para enfraquecer os pilares republicanos da nação, e seu pacote econômico desenvolvimentista não funcionará. Trump ofendia as sensibilidades da elite cosmopolita "liberal", mas Biden ofende a segurança dos empregos e dos próprios americanos.

E pior para Biden: não dá mais para responsabilizar o seu antecessor pelos fracassos. É o que argumenta Phillip Klein na National Review: "Biden deve seu sucesso político inteiramente ao fato de ter Trump como contraponto. É por esse motivo que os democratas estavam dispostos a nomear um candidato presidencial idoso, instável e duas vezes derrotado. Essa é a razão pela qual ele foi eleito. E o contraste com Trump foi o motivo pelo qual ele obteve índices de aprovação geralmente positivos durante seus primeiros seis meses no cargo. Mas agora, Biden está por sua própria conta. Porque ele não pode mais usar Trump como desculpa para seus próprios fracassos.".

E eis o ponto aqui: para derrotar Trump, o conluio midiático resolveu "passar pano" para alguém como Biden. 
A mídia protegeu o então candidato, não fez as perguntas duras, não questionou sua aparente senilidade, vendeu o senador apagado de meio século na política como um grande gestor, tudo para se livrar de Trump.  [é exatamente o que os inimigos do Brasil tentarão fazer para se livrarem de Bolsonaro; percebam que até já estão tentando reencarnar o criminoso petista = quem o criminoso petista lembra?]
Biden foi "eleito" como o presidente mais popular da história, a julgar pela quantidade de votos (muitos por correio). Está aí o resultado. A imprensa tem culpa no cartório.
[o mais trágico, mais sinistro, é se Biden renunciar e Kamala Harris assumir = ela é pior que Biden e vai conseguir PIORAR O IMPIORÁVEL. Confira aqui ou aqui.] 

Leandro Ruschel comentou: "Enquanto soldados americanos no Afeganistão eram destroçados por um ataque terrorista, fruto do desgoverno Biden, a democrata Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados, convidava seus seguidores nas redes para comemorar o 'Dia da Igualdade Feminina'". Qual o nível de alienação dessa esquerda, cujas prioridades parecem tão distantes daquelas do povo?

Se Biden e Kamala tivessem um pingo de dignidade, renunciariam e chamariam Trump de volta, confessando que levaram a eleição na malandragem, sob o silêncio cúmplice da mídia e das redes sociais, que chegaram a interditar o debate sobre fraudes. 
Mas se eles tivessem essa dignidade, não teriam levado na malandragem para começo de conversa, não é mesmo? 
Não teriam usado o advogado democrata Marc Elias para usar a pandemia como pretexto para autorizar votos maciços por correios, entre outras coisas.

E vale lembrar o que nossos correspondentes internacionais diziam de Biden no começo. O caso de Guga Chacra ilustra bem, pois o jornalista da Globo se considera um liberal, mas movido por puro ódio a Trump, acabou encarando Biden como um enorme alívio para a nação e o mundo. Hoje tem criticado as trapalhadas do presidente, justiça seja feita, mas quem adota uma visão mais estética de mundo nunca parece aprender a lição, confundindo discursos bonitos com resultados entregues.

Essa última mensagem envelheceu muito mal em apenas sete meses. O mundo ficará mais suave sem Trump? Pergunte aos israelenses que receberam milhares de foguetes dos terroristas do Hamas na cabeça, depois que Biden mandou recursos para a Faixa de Gaza. Pergunte a todos os mortos no Afeganistão. O mundo vivia um pesadelo mesmo na era Trump, ou era a imprensa em sua bolha que não suportavam o homem laranja? Trump era "mau", e Biden é uma "pessoa normal", segundo Guga Chacra. E olha só o preço da "normalidade"...

Que isso sirva de lição aos brasileiros. Em nosso país, a imprensa também quer se livrar a todo custo de Bolsonaro.  
Ele ofende a sensibilidade dos jornalistas, além de não soltar a verba gorda para os veículos de comunicação decadentes. 
Tem militante disfarçado de jornalista que trabalha até para normalizar Lula! Vale tudo, qualquer um, menos Bolsonaro. Essa patota só não liga para uma coisa: o resultado concreto de suas escolhas para o povo.

Rodrigo Constantino, jornalista - Gazeta do Povo - VOZES


Felizes para sempre - Revista Oeste

Foto: Montagem com Imagem Shutterstock
Foto: Montagem com Imagem Shutterstock 
 
— Você é feliz?

— Ainda não.

— Mas não perdeu a esperança, pelo visto.

— De jeito nenhum. Eu chego lá.

— Lá, aonde?

— Na felicidade.

— É isso aí. Tem que manter o pensamento positivo.

— Não é pensamento positivo. É estratégia.

— Ah, é? Qual?

— Agenda 2030.

— Como assim?

— É um projeto muito bacana. Estou nele.

— Mas 2030 não tá um pouco longe?

— Tá, mas vale a pena.

— E como é esse projeto?

— Não sei direito. Só sei que é muito bom.

— Sei… E o que ele tem de bom?

— Bom, não. Muito bom.

— Certo. O que ele tem de muito bom?

A ideia geral. Me identifiquei totalmente.

— Qual seria essa ideia?

— É uma ideia muito simples e muito inteligente.

— Juntar simplicidade com inteligência costuma dar boa coisa mesmo.

— Muito boa. Estou animado.

— E qual seria esse plano 2030?

— Seria, não. Será.

— Vejo que você está confiante.

— Totalmente.

— Estou precisando confiar em alguma coisa também.

— Então vem comigo.

— Pra onde?

— Pra agenda 2030.

— O que eu tenho que fazer pra embarcar nessa?

— Nada. Só embarcar. Eles cuidam do resto.

— Legal. Parece prático.

Vou repetir: em 2030 vamos ser felizes.

— Muito prático. Simplicidade e inteligência, como te falei.

— Bem lembrado. E qual seria a ideia geral mesmo?

— Seria, não. É.

— Opa, desculpe. Ainda me falta confiança.

— Normal. Você chega lá.

— Tomara. Então qual é mesmo a ideia geral?

— Sinto que você está um pouco ansioso.

— Talvez.

— Também fiquei assim no começo. É a vontade que 2030 chegue logo.

— Deve ser. E por que mesmo a gente quer que 2030 chegue logo?

— A sua memória não tá legal mesmo, hein? Não retém nada do que eu falo.

— Desculpe.

— Tudo bem. Vou repetir: em 2030 vamos ser felizes.

— Ah, é! Poxa, como pude me esquecer de uma coisa tão boa?

— Acontece. Pode ser medo de ser feliz.

— Já ouvi falar.

— Muito comum. Mas você vai superar.

— Obrigado.

— De nada. No que você embarcar na agenda 2030 já vai se sentir outra pessoa.

— Será?

— Experimenta.

— Tá bom. Embarquei.

— Parabéns! E aí, já tá sentindo a mudança?

— Não sei, acho que sim…

— Não se reprime. Deixa a felicidade começar a se espalhar pelas suas células. Sem medo.

— Ok. Estou tentando.

— Ótimo.

— Estranho é que mesmo aqui dentro da agenda 2030 ainda não estou conseguindo ver a ideia geral do projeto.

— Não se preocupa. Você ainda está com seu olhar para o mundo defasado. Daqui a pouco sua visão se abre.

— É bom sentir a sua confiança.

— Aprendi com a agenda 2030.

— Incrível. Será que enquanto a minha visão não se abre você pode me dar uma ideia sobre a ideia da coisa.

— A ideia da ideia… Viu como você já tá pensando com mais clareza?

— Você acha?

— Acho, não. Tá na cara!

— Que bom. Então, a ideia da ideia seria…

— Seria, não. É! Repete comigo: a ideia É!

— A ideia é.

— Perfeito. Sua confiança já está visivelmente maior.

— Opa, legal. Então vou aproveitar que estou confiante e perguntar sem meias palavras, ok?

— Pode perguntar o que quiser. Não existe segredo na agenda 2030.

Obrigado. Lá vai: qual é a ideia geral do projeto?

— Percebo que a sua confiança aumentou, mas a sua ansiedade ainda não diminuiu.

— Isso é normal?

— Absolutamente normal. Afinal, todos queremos que 2030 chegue logo.

— Fico mais tranquilo. E enquanto ele não chega você poderia me dar uma ideia da ideia geral da coisa?

— Claro. Não vou te torturar com isso.

— Te agradeço. Então, qual é?

— É uma ideia muito inteligente e muito simples.

— Essa parte já entendi.

— Ótimo. Você está pegando rápido.

— Obrigado. E qual é mesmo a ideia?

— A ideia é a seguinte: “Em 2030 você não vai ter nada e vai ser feliz”.

— …

— Ficou até sem fala, né? Também fiquei no começo. É porque parece bom demais pra ser verdade.

— Quem criou esse plano?

Uns bilionários reunidos na Suíça.

Eles também não vão ter nada em 2030?

— Essa parte não foi detalhada no plano.

— E por que você confia tanto nesse plano?

— Porque já vi que ele funciona.

Como?

— Com os trancamentos do lockdown — outra ideia simples e genial da mesma turma que fez a agenda 2030 — eu fui à falência.

— Você acha isso bom?

— Claro! O plano é “você não vai ter nada e vai ser feliz”. A primeira metade dele já se concretizou pra mim.

— Isso é verdade. Só falta a felicidade, né?

— Calma. Uma coisa de cada vez.

Leia também “Democracia na marca do pênalti”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste 

 

Bolsonaro desafia ministros do STF a participarem de manifestações no dia 7

Presidente diz que República tem só dois Poderes e desafia ministros do STF a participarem dos atos do Sete de Setembro
 
Em mais um ataque ao Supremo Tribunal Federal e ao Tribunal Superior Eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, ontem, em Goiânia, que, na Praça dos Três Poderes, “não somos três, somos dois. Executivo e Legislativo trabalham em harmonia”. Em nova demonstração de que não digeriu o arquivamento do pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse que “ninguém está acima da Constituição” e quem não se enquadrar nela “deve sofrer processo mais complexo”.
 
 Mas os ataques ao Judiciário não ficaram só nisso. Ele desafiou os ministros do Supremo a, no Sete de Setembro, comparecerem às manifestações e subirem ao carro de som para discursarem com ele. “Convido qualquer um dos 11 ministros do STF a ocupar o carro de som e falar com o povo brasileiro”, provocou, apesar de, atualmente, o Supremo ter apenas 10 ministros, pois a cadeira deixada por Marco Aurélio Mello não foi preenchida.
 
Em mais um gesto contra o STF, Bolsonaro voltou a dizer que, caso haja mudança no marco temporal de demarcação de terras indígenas — que deve ir a julgamento na Corte na próxima quarta-feira —, a agricultura pode sair prejudicada. E ameaçou não reconhecer a decisão do Supremo. “Tenho duas opções. Não vou dizer agora, mas já está decidido qual é essa opção. É a que interessa ao povo e está do lado da nossa Constituição”, disse.

Ele foi presenteado pelo deputado federal Glaustin da Fokus (PSC-GO) com um violão autografado por cantores sertanejos. Ao receber o instrumento, o presidente fez sinal de arma. “Homem armado jamais será escravizado”, disse, um dia depois de ser duramente criticado nas redes sociais por sugerir que as pessoas queiram fuzis e não feijão.

Bolsonaro participou, também, do 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos da Convenção Estadual das Assembleias de Deus Madureira (Conemad) e apontou que existem três alternativas para seu futuro: ser preso, ser morto ou obter a vitória, mas afirmou que não existe a chance de ser preso.

Zé Trovão e empresários entram com pedido no STF para participar de manifestações

Eles são investigados em uma operação da Polícia Federal que apura incitações à violência e atos antidemocráticos no feriado

O caminhoneiro Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, e os empresários Turíbio Torres e Juliano Martins apresentaram um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) para conseguir participar das manifestações do 7 de Setembro. Eles são investigados em uma operação da Polícia Federal que apura incitações à violência e atos antidemocráticos no feriado.

Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu os investigados de se aproximarem da Praça dos Três Poderes, dos ministros do Supremo e de senadores. Eles deverão manter, pelo menos, a 1km de distância do local. De acordo com o magistrado, a decisão tem como intuito evitar a prática de infrações penais e a preservação da integridade física e psicológica dos ministros, senadores, servidores, bem como do público em geral.

No pedido de habeas corpus, a defesa diz que as medidas cautelares ferem os direitos de locomoção e expressão dos investigados. Os advogados afirmam ainda que as manifestações do Dia da Independência não têm “qualquer intuito político”.  A defesa também alegou que nada foi provado contra os investigados. “Não são suspeitos da prática de nenhum crime, sendo certo que, sem a existência de crime e indícios de autoria, não pode haver qualquer decreto prisional que possua algum traço de legalidade sequer”, afirmou.

Política - Correio Braziliense


'Não admitiremos qualquer retrocesso' no estado democrático, diz Rodrigo Pacheco em entrevista ao GLOBO

Chefe do Congresso defende respeito às manifestações, mas diz que anseio por ruptura há de ser coibido, e revela contato com Forças Armadas 

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), cancelou a participação em um evento em Viena, na Áustria, para monitorar em Brasília as manifestações de 7 de setembro, insufladas pelo presidente Jair Bolsonaro. Caso seja necessário, ele vai se pronunciar em defesa das instituições, em uma prática que já virou rotina. Pacheco, que na semana passada arquivou um pedido de impeachment apresentado pelo chefe do Executivo contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também virou alvo de críticas, mas prefere não apresentar resposta.
Em entrevista ao GLOBO, ele afirma que não admitirá qualquer retrocesso no sistema democrático e acrescenta que esse também será o papel das Forças Armadas, com as quais tem mantido contato. [o que nos causa espanto é a convicção com que o ilustre presidente do Senado diz que não admitirá qualquer retrocesso no sistema democrático; 
esquece o senador de lembrar a história recente do Brasil e de outros países nos quais ocorreram eventos que denominaram  golpe ou revolução e que nos mesmos o que menos contou é a Constituição vigente e o 'estado democrático de direito'.
Um golpe vitorioso ou uma revolução vitoriosa impõe suas próprias regras e as instituições, começando pelo Congresso Nacional, é que devem se adaptar as novas regras.
A matéria do J R. Guzzo, Revista Oeste, cuja leitura recomendamos,  deixa bem claro a,  o que confere a todos nós a certeza de que não existe nenhum golpe em curso.]

O senhor disse que a rejeição do pedido de impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes seria um “marco do restabelecimento da relação entre os Poderes”. No dia seguinte, Bolsonaro criticou a sua decisão e atacou Moraes. Como será possível retomar a harmonia?
São duas situações. Primeiro, a crítica do presidente da República à decisão de arquivamento do processo de impeachment é natural. Ele teve uma pretensão resistida e indeferida. A segunda parte, que é a manutenção de críticas muito ostensivas à Suprema Corte e aos seus integrantes, realmente não contribuem. Isso dificulta o processo de pacificação institucional que buscamos.
 
Acha que está isolado ao insistir em uma nova reunião entre os Poderes?
Não. Tenho absoluta certeza de que o pensamento do deputado Arthur Lira (presidente da Câmara) é o mesmo, de apaziguar. Sei também da disposição do ministro Luiz Fux (presidente do STF) de fazer o mesmo. Há uma comunhão de vontades nesse sentido. [pedimos vênia pela nossa ignorância jurídica, pública e notória, mas uma reunião entre os chefes dos 3 Poderes não comporta a presença, participação, do presidente da Câmara dos Deputados.
VEJAMOS: O Presidente da República, JAIR MESSIAS BOLSONARO,  é a autoridade máxima do Poder Executivo; 
o Presidente do Supremo, ministro  LUIZ FUX, é a autoridade máxima do Poder Judiciário; 
o Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, formado pela Câmara dos Deputados e Senado Federal, sendo que nas sessões conjuntas a presidência é exercida pelo Presidente do Senado Federal. Assim, em nosso modesto entendimento, a representação do Congresso Nacional é da competência do Presidente do Senado Federal, o que lhe confere a legítima representatividade do Poder Legislativo, em uma reunião com a participação do Presidente da República e do Presidente do Supremo Tribunal Federal.
 
Por que não citou o presidente Bolsonaro entre as autoridades dispostas ao diálogo?
O presidente Bolsonaro tem falado e agido no sentido de afirmar suas próprias convicções. Espero que ele possa contribuir para esse processo de pacificação, porque há inimigos batendo à nossa porta, que não somos nós mesmos, mas a inflação, o aumento do dólar, o desemprego, o aumento da taxa de juros e a crise hídrica e energética, que pode ser avassaladora. É importante que tenhamos um freio naquilo que não interessa para cuidar do que importa ao Brasil.
 
Quando falou com o presidente pela última vez?
Estive com ele (Bolsonaro) muito rapidamente no Dia do Soldado, em um evento no Exército. Falei com ele na véspera do dia do desfile das viaturas e dos tanques. Pessoalmente, foi um pouco antes disso. Então, já há algum tempo que não sentamos à mesa para tratar dos problemas do país. Acho até que isso precisa acontecer mais rapidamente.

O senhor teme que as manifestações de 7 de setembro saiam do controle?
Manifestações são próprias da democracia. Temos que respeitá-las, mas manifestações que tenham como objetivo retroceder a democracia, pretender intervenção militar ou a ruptura institucional ferindo a Constituição devem ser repelidas no campo das ideias. 

Continuar lendo a  entrevista, clique aqui - O Globo



Alcolumbre recebe críticas após adiar sabatina de André Mendonça para o STF

[Alcolumbre caiu no esquecimento, no ostracismo,  e busca alguns minutos de fama e usa o meio infalível = atrapalhar o presidente Bolsonaro. 
Só que o senador esquece que está prevaricando ao retardar um encargo constitucional, buscando satisfazer desejo pessoal =  atrair holofotes.]

Ao protelar sabatina de André Mendonça para o STF em retaliação a Bolsonaro, Davi Alcolumbre é criticado até por pares no colegiado

A escalada de ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) por Jair Bolsonaro respingou na indicação de André Mendonça para ocupar a 11ª cadeira da Corte. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu protelar a sabatina do jurista após o presidente ter entrado com um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, num gesto de enfrentamento ao Palácio do Planalto, mas isso não arrefeceu a pressão para que decida a data do comparecimento do ex-ministro da Justiça à CCJ. Pares de Alcolumbre no colegiado discordam da condução que faz do episódio e consideram sua postura autoritária. [desconhecemos a formação do senador paraense, nos parece ser bacharel em direito;  
ainda que  leigo, deve saber, ou deveria, que o presidente Bolsonaro ao apresentar um pedido de impeachment contra um ministro do STF exerceu apenas um direito de um cidadão e não pode ser punido por tal ato.  
Mais grave é que o senador está punindo o Brasil, ao protelar providência essencial para que o STF volte a funcionar com a formação completa do seu plenário.]
 
Um é o senador Telmário Mota (Pros-RR). Integrante da CCJ, para ele, a atitude de Alcolumbre, ao não pautar a sabatina de Mendonça, arranha a imagem da Comissão e do Senado. “A Casa é plural, a comissão é plural, é colegiada. Ele está cometendo um erro, precisa tratar isso com a seriedade que o caso exige”, cobra. A perspectiva é de que Mendonça seja sabatinado depois de 7 de setembro e aprovado pelo plenário até o dia 15.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), que também integra a CCJ, não aceita a postura do presidente da Comissão ao demorar para decidir a marcação da sabatina. “O presidente da CCJ não é o dono dela, não pode dispor do cargo a seu bel prazer. Ele (Mendonça) pode até ser reprovado, mas o que não pode é esse absurdo. O Davi está errado”, critica.

Política - Correio Braziliense
 

Equilíbrio instável - Alon Feuerwerker

Análise Política

Um exercício preliminar na análise deste momento é procurar quando e por que aconteceu o ponto de inflexão que transformou o equilíbrio estável em instável. Um objeto está em equilíbrio estável quando qualquer pequena perturbação nele tende a fazê-lo retornar para a situação de equilíbrio. E o instável é quando mesmo uma pequena perturbação tem o poder de desorganizar a situação.

Um exemplo clássico é o da bolinha numa bacia. Se a bacia está de boca para cima e a bolinha sofre um pequeno deslocamento, ela tende a retornar para o centro. Mas se a bacia está de boca para baixo e a bolinha é deslocada, ela tende a rolar e ir embora. O governo Jair Bolsonaro atravessou seu primeiro período em equilíbrio estável por duas razões principais: maioria parlamentar sólida para o essencial de seu programa econômico - e para evitar um impeachment - e manutenção da expectativa de poder, da capacidade de reeleger-se. Quando, devido principalmente à condução na pandemia, em particular na vacinação, o segundo pilar entrou em corrosão, o primeiro também passou a sofrer.

Todos os sinais são de termos ingressado num período de equilíbrio instável. No qual aumenta a possibilidade de os desejos dos personagens serem tragados pelas circunstâncias. Um erro habitual na política é fazer os cálculos baseando-se só nos fatores da racionalidade. Quando a situação passa a ser de equilíbrio instável, aumenta bem o poder das circunstâncias. Em vez de os personagens conduzirem, tendem a ser conduzidos. Na linguagem militar, a situação passa a ser de perda da capacidade de iniciativa.

E são conduzidos, no mais das vezes, pelas personas que criaram para si mesmos. Como é que o presidente da República vai poder, a certa hora, dizer que aceita qualquer resultado na eleição do ano que vem, com a urna eletrônica? Pois é disso que se trata. A única saída pacífica possível para o atual impasse é todos estarem de acordo em que todos disputem a eleição e quem ganhar, pelo atual sistema de coleta de votos, toma posse e governa.

O problema é que quase ninguém está confortável com assumir esse tipo de compromisso. Daí o superaquecimento conjuntural. Para baixar a temperatura, seria necessário um freio de arrumação. Faltam duas coisas para isso. Como dito acima, falta que todos aceitem não apenas o sistema de regras eleitorais, mas também os prováveis desfechos. E talvez falte alguém com liderança para fiar o acordo coletivo.

Entrementes, vamos de soluço em soluço, subindo um degrau de cada vez. 7 de setembro será um dia importante, em que Bolsonaro imagina reunir gente suficiente para dar uma demonstração de força. 
Mas, mesmo supondo que tudo corra pacificamente no feriado, e isso não é tão provável assim, e depois? 
Qual é a estratégia de saída de cada ator? Um dado decisivo ainda não suficientemente claro. [em 2022 também tem 7 de setembro; a importância política da data será maior, estaremos com as bênçãos de DEUS com a pandemia controlada - contágio e mortalidade ZERO - economia crescendo, desemprego em queda e outras benesses, entre elas a  =  faltará espaço para os arautos do pessimismo (entre eles a Covidão sepultada, desmoralizada) um dos grupos que formam os inimigos do Brasil,  expelirem seus maus agouros. CONTRA FATOS, NÃO HÁ ARGUMENTOS.]

Pois nem a oposição tem força para fazer o impeachment, ou mesmo para a Câmara afastar o presidente em caso de denúncia por crime comum, nem Bolsonaro tem força, mantido íntegro o ordenamento jurídico, para impor os desejos dele sobre como vai acontecer a eleição. Um nó górdio à espera de que alguém o corte.

Alon Feuerwerker, jornalista e analista jurídico


Bolsonaro diz que há três alternativas para seu futuro: "ser preso, morto ou ter a vitória"

O [primeiro] mandatário disse ainda que "não deseja nem provoca ruptura", mas que "tudo tem um limite". 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou neste sábado (28/08) que existem três alternativas para seu futuro: ser preso, morto ou ter a vitória. Em seguida, emendou que "não existe" a chance de ser preso. A declaração ocorreu no 1° Encontro Fraternal de Líderes Evangélicos da Convenção Estadual das Assembleias de Deus Madureira (Conemad), em Goiânia.

- Eu tenho três alternativas para o meu futuro. Estar preso, ser morto ou a vitória. Podem ter certeza, a primeira alternativa, preso, não existe. Nenhum homem aqui na Terra vai me amedrontar. Tenho a consciência de que estou fazendo a coisa certa. Não devo nada a ninguém", bradou. Bolsonaro emendou ainda que "não deseja e nem provoca ruptura", mas que "tudo tem um limite". 

O chefe do Executivo reclamou de decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em indireta, citou o corregedor-geral do Tribunal, Luis Felipe Salomão que suspendeu o repasse da monetização de canais que propagam desinformação sobre o sistema eleitoral.  "Uma pessoa ou duas tentam perverter a ordem pública com medidas arbitrárias, medidas revanchistas extrapolando aquilo que seria seu direito, passando por cima até mesmo do seu compromisso de zelar pela Constituição brasileira. Nós não podemos admitir isso. Quando um presidente de um TSE desmonetiza páginas de apoiadores do governo ele abre brecha para que presidente de TRES façam a mesma coisa para defender seu respectivo governador. Isso não é democracia. A liberdade de expressão tem que valer para todos", acrescentou. "Temos um presidente que não deseja e nem provoca rupturas, mas tudo tem um limite em nossa vida. Não podemos continuar convivendo com isso", apontou.

O chefe do Executivo falou também sobre o 7 de setembro. "Sei que a grande maioria de líderes evangélicos vão participar desse movimento de 7 de setembro e assim tem que fazê-lo. Está garantido em nossa Constituição. Espero que não queiram tomar medidas para conter esse movimento. A liberdade de se manifestar vedado o anonimato está garantido em nossa Constituição. Não depende de regulamentação. O Brasil precisa de tranquilidade, paz para poder prosseguir. É impressionante como alguns querem evitar esse movimento espontâneo do povo", disse.

Ontem, Bolsonaro afirmou que o "câncer" chegou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que é preciso colocar um "ponto final""Não sou machão, não sou o único certo. Agora, do outro lado não pode um ou dois caras estragarem a democracia do Brasil. Começar a prender na base do canetaço, bloquear redes sociais. E agora o câncer já foi lá para TSE, lá tem um cara também que manda desmonetizar as coisas.Tem que botar um ponto final nisso. E isso é dentro das quatro linhas", alegou na data.

"Só Deus"
Ainda durante o evento, ele repetiu que só Deus o tira da presidência. "Não pensem os senhores que muitos querem me tirar daqui em nome da normalidade e da democracia. Querem me tirar daqui pelo poder. A abstinência do dinheiro fácil os torna belicosos, os fazem reunir, os fazem conspirar. Digo uma coisa a eles: Deus me colocou aqui e somente Deus me tira daqui. Ameaças não me atingem".

O presidente voltou a defender o inexistente tratamento precoce e, por fim, disse que a cadeira presidencial tem kriptonita. "Aquela cadeira que eu sento é verde, eu digo que nela tem kriptonita, mas o antídoto eu consigo quando estou no meio de vocês". "Preso jamais, vivo dependo de Deus. Com a vitória, ao lado de vocês", concluiu.

Aglomeração
Na chegada ao local, o mandatário não usou máscara e cumprimentou apoiadores com apertos de mãos, abraços e tirou selfies em meio à aglomeração. Ele também parou para tomar caldo de cana em uma barraca.

Política - Correio Braziliense

 

As garantias “pétreas” do artigo 5º da Constituição que levam ao atraso - Sérgio Alves de Oliveira

Sem dúvida o maior obstáculo que existe para o desenvolvimento e prosperidade do Brasil está no “endeusamento" que a esquerda faz do artigo 5ª da Constituição Federal de 1988, que ela inspirou e  escreveu, após o término do Regime Militar, cujos infindáveis dispositivos,com incisos,letras e parágrafos, superam em “tamanho” toda a constituição dos Estados Unidos, escrita em 1789, composta por 7 (sete) artigos,acrescidos de 27 emendas.
 
São raros os temas de alta relevância previstos tanto na constituição, quanto na legislação infraconstitucional, que precisariam ser mudados para que o país desse um salto  do estado de atraso em que está rumo à prosperidade, mas  que acabam “esbarrando”,de uma ou outra forma,no que chamam de “cláusulas pétreas”,ou seja,em dispositivos constitucionais proibidos de alteração pela própria constituição.
 
Mas na verdade não existe em toda Constituição a expressão “cláusula pétrea”, relativa a nenhum dos seus dispositivos. O que são, ou não, ”cláusulas pétreas”, constituem meramente “temas” elencados no parágrafo 4º do artigo 60 da Constituição, ou seja, 
(I) “a forma federativa de Estado”;
II) “o voto direto,secreto,universal,e periódico”;
(III) “a separação dos Poderes”;e, 
(IV) “os direitos e garantias individuais”, os  quais, portanto, não podem ser objeto de  emenda, e também outras cláusulas pétreas  pétreas, eventualmente “inventadas” pelo tribunal “intérprete” da constituição,na medida dos seus interesses em jogo.
 
Portanto em matéria de cláusulas pétreas o que temos é uma constituição “escorregadia”, à mercê dos “Supremos Ministros”. Mas o “constituinte” de 1988 tem muita culpa por essa verdadeira “confusão” que provocou,e que em última análise forneceu  as “armas” para o Supremo “intérprete” da Constituição (STF) fazer dela o que bem entendesse, ”roubando”  os poderes naturais do Legislativo, e mesmo do poder constituinte derivado, sob o pretexto do poder exclusivo de “interpretá-la”.
A verdadeira “confusão” que fez o constituinte de 88 sobre essa matéria começa pela impropriedade da terminologia que escolheu. 
O inciso 4 do parágrafo 4ª do artigo 60 da Constituição, que preceitua que não podem ser objeto de emenda constitucional os “direitos e garantias individuais”,  não “fecha” com o Capítulo I, do Título II da CF, que se refere extensivamente  “aos direitos e deveres individuais e coletivos”. Não há como “separar”,  nas disposições do artigo 5º, o que são “direitos individuais”   do que são   “direitos e deveres coletivos”, não protegidos pela proibição de emenda. 
Portanto impõe-se a indagação: deveres individuais são cláusulas pétreas? E “direitos coletivos”? Seriam menos que os “direitos individuais”?
 
Mas além dessa “confusão” constitucional, volta e meia o Supremo “inventa” outras “cláusulas pétreas”, não protegidas pelo inciso IV do parágrafo 4º do artigo 60 da CF, sob a alegação de serem cláusulas pétreas “implícitas”. A confusão reinante em matéria constitucional é tão grande que não é nada raro o Supremo não gostar de uma lei qualquer e por esse motivo julgá-la ”inconstitucional”, sempre dependendo da “autoria” da provocação judicial, se parte  de um “aliado, ou não. Os partidos de esquerda “deitam e rolam” com essas medidas.
 
Quanto aos três primeiros incisos (I a III) do parágrafo 4ª do artigo 60 da CF, os mesmos não merecerão abordagem nesse texto porque são temas alheios à discussão em curso. Portanto absolutamente nada do que desejarem mudar relativamente  ao  artigo 5ª da CF será possível fazer sem ferir alguma “cláusula pétrea”. E sem que se mexa radicalmente nesse conteúdo constitucional, que só garante “direitos”, e não cobra nenhum “dever”, ou “obrigação”, numa legítima disposição  constitucional tradicionalmente de esquerda, do ~atraso~, jamais o país sairá do atoleiro político, moral, social e econômico em que se encontra. Por isso o “balanço” constitucional será sempre deficitário  em relação à prosperidade social e econômica, e concomitantemente “superavitário” em matéria de “assistencialismo”.  
 
Esse aspecto  deveria ser do maior interesse no projeto de nova constituição que está em andamento por iniciativa Deputado Federal  (SP) Luiz Philippe de Orleans e Bragança, descendente dos Imperadores Dom Pedro I e II, que por suas vezes devem estar dando cambalhotas nos seus túmulos em face do que os políticos “republicanos” que os sucederam fizeram do Brasil.
 
Mas tem uma saída para que se supere constitucionalmente essas “travas” sobre as cláusulas pétreas do artigo 5ª da CF. 
Bastaria a iniciativa  e a coragem de “riscar” da Constituição, mesmo que por meio de “emenda constitucional”, o inciso IV, do parágrafo 4ª,do artigo 60, da CF.     
Não se mexeria na “pedra” propriamente dita, no dispositivo constitucional “petrificado”, porém  no fundamento da “petrificação”, no agente “petrificador”. E não me venham, tanto a esquerda, quanto os “seus” Supremos Ministros, com o argumento “besta” de que essa mudança  estaria ferindo uma cláusula pétrea “implícita”. 
Valesse esse argumento, não haveria uma só “vírgula” na constituição capaz de fugir do risco de ser declarada “inconstitucional”,por estar protegida por cláusula pétrea.
 
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo
 

sábado, 28 de agosto de 2021

Manual prático do golpe - da tropa na rua à decisão sobre o que fazer com o STF

Revista Oeste - J. R. Guzzo

Dar um golpe de Estado, ao contrário do que acham os editoriais, os cientistas políticos de esquerda e o governador João Doria, não é um negócio assim tão simplesinho

O presidente Jair Bolsonaro recebeu no dia 10 de agosto veículos militares, como tanques e armas de guerra, na Esplanada dos Ministérios | Foto: Antonio Molina/Fotoarena//Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro recebeu no dia 10 de agosto veículos militares, como tanques e armas de guerra, na Esplanada dos Ministérios | Foto: Antonio Molina/Fotoarena//Estadão Conteúdo
Há algum tempo, não se sabe bem quanto, a mídia, a classe política, a nebulosa chamada “elites brasileiras” e o universo intelectual-liberal-radical que toma vinho, lê jornal e se atormenta com a “variante Delta” praticamente não falam de outra coisa: o golpe que será dado em algum momento por Bolsonaro ou, então, pelo seu primo-irmão, o conjunto de “atos antidemocráticos” que estão em tudo, em todas as pessoas e em todos os lugares ao mesmo tempo. 
Os editoriais vão assumindo um tom cada vez mais desesperado. 
Os jornalistas de televisão, entre um e outro momento de indignação com a ausência de máscaras nos estádios de futebol, veem um golpista atrás de cada poste de luz. 
Os políticos de “esquerda” vivem em histeria plena e permanente. E por aí vamos.

Quem estaria disposto a tirar do bolso uma nota de R$ 2 para defender o STF?

Não é só conversa. O ministro Alexandre de Moraes, chefe de polícia do STF para a vigilância da boa ordem constitucional, despacha furiosamente num inquérito (100% ilegal) para descobrir atos “antidemocráticos”, reprimir a circulação de fake news e tornar as redes sociais seguras para a democracia.  
O corregedor de uma das dependências do Supremo, o “TSE”, proibiu as plataformas digitais de pagarem as somas em dinheiro devidas para canais de comunicação de direita. O STF prende gente como se fosse uma delegacia de polícia — pouco ligando para o que o Ministério Público, o único órgão oficial autorizado por lei a pedir a prisão de alguém no Brasil, acha ou não acha disso. Um deputado federal em pleno exercício do seu mandato está preso — continua sendo deputado, mas tem de ficar em casa com tornozeleira eletrônica. O cantor caipira Sérgio Reis é chamado a depor na Polícia Federal
A CPI da Covid tem acessos repetidos de neurastenia.
 
Só mesmo uma ditadura de verdade, tipo essa com a qual nos ameaçam para qualquer momento, seria capaz de fazer tudo isso ao mesmo tempomas estamos no Brasil, e no Brasil de hoje é assim que funcionam as coisas
para manter intacto o Estado de direito, o STF tem o direito e o dever de mandar a Constituição Federal para o diabo que a carregue. 
Nada disso, é claro, está tirando o sono do brasileiro que chacoalha todo dia no trem da Central, acorda às 4 da manhã para pegar no serviço e carrega no braço saco de cimento para a obra. 
O golpe “do Bolsonaro”, aí, não assusta ninguém — a maioria, por sinal, ficaria a favor se fosse consultada. O povo acha que golpe só faz mal para “político” — e político, na sua opinião, é “tudo ladrão safado”. 
Fica chato dizer isso? Fica. Mas é assim. Não esperem, portanto, o povão nas ruas, indignado com a “ruptura da ordem democrática”. Quem estaria disposto a tirar do bolso uma nota de R$ 2 para defender o STF? 
E o Senado Federal? Esquece.
 
É possível que as “instituições” percebam perfeitamente isso, até por seus instintos básicos — embora seja mais fácil o camelo da Bíblia passar pelo buraco de uma agulha do que um político, jornalista ou artista de novela admitir que a imensa maioria da população brasileira está pouco se importando com as angústias de Brasília. O problema, de qualquer forma, não é discutir as diferenças relativas de opinião que existem entre povo e elite nessa questão de golpe militar. 
A única questão que realmente interessa é, até o momento, a menos discutida de todas: o governo, que é acusado três vezes por dia de preparar o golpe, tem algum meio real para dar o golpe? 
Ou seja: pode mesmo virar a mesa se decidir que vai fazer isso? 
Tem um plano detalhado para a operação? Ou tem ou não tem; ou tem, ou então é tudo conversa.
 
 
Dar um golpe de Estado, ao contrário do que acham os editoriais, os cientistas políticos de esquerda e o governador João Doria, não é um negócio assim tão simplesinho; não basta fazer umas lives, meia dúzia de passeatas de motocicleta e uma bateria de “disparos” no Twitter. 
Não adianta desfile com trator em Brasília, dizer “pátria amada, Brasil” e chamar o general Braga. 
Ninguém muda regime político nenhum por não usar máscara, chamar o ministro Barroso de idiota ou defender “posturas antidemocráticas”. O que define se vai “ter golpe” ou não vai “ter golpe” é uma porção de coisas concretas que ficam mais embaixo — muitíssimo mais embaixo. 
A primeira delas é planejar muito direitinho o que vai ser feito, na prática, no primeiro minuto após o golpe — o que vai ser feito, quem vai fazer o quê, e com quais recursos objetivos vão fazer o que tem de ser feito.
 
Não ajuda em absolutamente nada ficar dizendo todo o dia no horário nobre que a situação está mais tensa do que “nunca”, nem ficar assustando a população com gritaria que não tem nenhuma informação importante. (Daqui a pouco vão estar pedindo para as pessoas esvaziarem os supermercados.) 
Não adianta o governador de São Paulo punir um oficial da PM por apoiar as manifestações de 7 de Setembro, ou insistir numa briga com a polícia para parecer valente, e nem chamar admiradores do presidente de psicopatas.  
Não adianta fazer reunião de governador, nem torcer contra a reunião. O que interessa é dizer para os brasileiros se há ou não um plano concreto e detalhado do golpe, e quais são os pontos, um por um, do tal plano.

Há, naturalmente, a questão de colocar a tropa na rua — onde, exatamente, e para fazer o quê, exatamente.

Então: “Bolsonaro” e os “setores antidemocráticos” dão o golpe — aí o que acontece, na prática? 
Vão fechar o Supremo e, caso sim, vão fazer o que com os 11 ministros? Prende? Deixa solto? Põe o que no lugar do STF? A máquina da Justiça precisa continuar funcionando; não vão parar as ações de despejo ou de cobrança. 
Outro problemão é o Congresso. Fecha? Cassa mandato? Joga fora a papelada da “CPI”? O que vão fazer com a reforma tributária? Fica tudo igual? Estão marcadas para 2022, com voto eletrônico tal como quer o ministro Barroso, eleições para presidente, governadores de Estado, Congresso e assembleias legislativas.  
 
É preciso definir se elas vão ser mantidas ou suspensas, e, caso sejam suspensas, quando vai haver eleição de novo. Quem pode ser candidato? Lula, por exemplo: pode ou não pode? Com certeza não pode, mas — vai saber. Outra coisa: o que o golpe vai fazer com os atuais governadores? E se os 27 aderirem, numa decisão corajosa em favor da estabilidade e da pátria —– não se cassa ninguém? 
São Paulo vira um Estado independente, em caso de rebelião contra o novo governo federal? Vai ter uma Marinha, ou uma Força Aérea?
 
Há, naturalmente, a questão de colocar a tropa na rua — onde, exatamente, e para fazer o quê, exatamente. É indispensável decidir, antes, qual o serviço a ser feito aí pelo general “A” e pelo coronel “B”. Vai ter tanque? O tanque pode atirar? A tropa, aliás, estará autorizada a dar tiro — ou dá para resolver tudo com bala de borracha? (Em geral, dá e sobra.)  
 
[Atualizando: certamente o senador Pacheco, presidente do Senado, não teve a oportunidade excelente de ler mais uma obra prima do Guzzo;
tivesse o senador lido, até mesmo estudado, não diria a pérola que consta de sua entrevista de hoje em O Globo. Eis a pérola que se tornou manchete:'Não admitiremos qualquer retrocesso' na democracia, diz Pacheco
Na matéria Guzzo mostra de forma cristalina a inutilidade de arroubos, frases de efeito, como a da manchete, do matutino carioca.] 
 
No dia do golpe vai ter de estar resolvido, também, quem assume o comando das polícias militares dos Estados. 
É gente armada; não dá para decidir na hora. O novo regime também precisa resolver o que será feito com a imprensa. Censura? Pré ou pós? Tira a Globo do ar? Sabe-se como se entra nessas coisas; raramente se sabe como sair. Outra questão é como comunicar o golpe aos países estrangeiros — e, muito mais que isso, como reagir, na vida real, à enorme barulheira que um negócio desses vai provocar lá fora, durante anos a fio.
A lista das tarefas a fazer vai por aí afora; é certo que ela precisa estar pronta antes de mexer no primeiro blindado. É nisso que está tudo o que realmente interessa, mais do que em qualquer ponto dessa conversa fiada sem limites que mídia e classe política despejam o dia inteiro em cima do público.  
Talvez o presidente da República e o seu núcleo decisor já tenham um plano desses há muito tempo, trancado num computador secreto e pronto para ser colocado em execução. Talvez não tenham. Se não têm, então não têm nada.

Leia também “Supremo Talibã Federal”  

J. R. Guzzo, colunista - Revista Oeste


O pior momento da OAB - Entidade que representa advogados [...] age como um partido político de esquerda

O Estado de S. Paulo
 
Entidade que representa advogados se transformou num grupo que age como um partido político de esquerda

Caminha para o seu lamentável final, ao se aproximar a conclusão do mandato de três anos da atual diretoria, o que foi possivelmente o pior momento da Ordem dos Advogados do Brasil em toda a era regida pela Constituição de 1988. AOrdem”, que já vinha se degenerando há muito tempo, foi definitivamente a pique, nestes últimos três anos, como a real representante profissional e legal de mais de 1 milhão de advogados brasileiros; transformou-se num grupo que age aberta e sistematicamente como um partido político de esquerda e ignora por completo, em tudo o que faz, que há no Brasil advogados de convicções políticas diferentes das que são praticadas pela sua direção.

A diretoria de hoje vai embora em 2022, mas isso não quer dizer que os advogados brasileiros terão uma OAB diferente da que vai ser deixada pela calamitosa gestão atual. O que se espera, pelo menos até o momento, é uma maciça dose de mais do mesmo – a máquina que controla a entidade está a caminho de eleger uma diretoria tão militante quanto a de hoje, em mais uma vitória da “situação”. Troca-se o Zé Mané pelo Zé Prequeté, e a OAB vai continuar igual: engajando o seu nome, as suas funções legais e os seus recursos financeiros, superiores a R$ 1 bilhão por ano, na defesa de projeto políticos totalitários. Vale tudo: a pauta de ação da OAB vai do apoio apaixonado à Cuba, à Venezuela e à “Palestina”, até o capricho mais extravagante de qualquer partideco contra o governo que há por aí. 

A OAB não respeita o princípio da alternância de poder, que exige furiosamente na vida política nacional quando o governo não é do seu agrado, por uma razão muito simples: está organizada de forma a tornar impossível a vitória de qualquer grupo de oposição, ou que pense de maneira diferente.  
O fato é que a OAB, por imposição da corrente que controla o seu comando, faz as eleições mais viciadas do Brasil; é como nesses clubes de futebol em que a situação ganha sempre. 
Não há nada mais “biônico” – como nas farsas eleitorais do regime militar, com os seus candidatos e as suas chapas que não precisavam de votos para ganhar. O advogado brasileiro que pensa de maneira oposta à atual diretoria é seu direito constitucional fazer isso tem chance zero de mudar alguma coisa; podem ser centenas de milhares, mas não influem em absolutamente nada no resultado das eleições.

A ideia de eleger a diretoria da OAB pelo voto direto e universal de 1 milhão de advogados brasileiros, que seria a única forma democrática de se escolher a sua direção a cada três anos, é a pior blasfêmia que alguém pode fazer perante a aglomeração que há anos controla a entidade. Voto direto, ali, é coisa de “extrema-direita”, “fascista”, “totalitária”, “antidemocrática” e até bolsonarista. Aceita-se tudo, na OAB – menos que os advogados brasileiros votem em quem quiserem para escolher o presidente e os demais diretores, ou que exerçam a sua liberdade de pensamento.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

 

Buscas por farda disparam na web e acendem alerta sobre uso de uniforme militar por civis em 7 de setembro

Johanns Eller

Crise institucional

A procura por uniformes militares em serviços de busca dispararam mais de 1.000% nos útimos 28 dias, em relação ao mesmo período do ano passado, indicam dados do Google. As buscas preferenciais mostram que os interesses pela compra de "farda", "farda militar" e "loja militar" foram os que mais cresceram no mes de agosto, em comparação com agosto de 2020.

Bolsonaristas protestam por intervenção militar diante do quartel do Comando Sudeste do Exercito no Ibirapuera, em São Paulo, no mês de abril
[comportamento típico da covarde esquerda; intensificam as buscas no Google e outros buscadores, compram muitos uniformes, tudo é divulgado pela midia militante como se fosse práticas do governo Bolsonaro e apoiadores;
Em 7 de setembro, alguns serão atacados por indivíduos fardados (na realidade esquerdistas) e acusarão apoiadores de Bolsonaro = a fake news de que estão comprando uniformes está sendo divulgado.
Mais uma vez os esquerdistas, comunistas, terroristas e coisas do tipo serão derrotados
.
O exército particular que existia no Brasil, e só no pensamento do criminoso Lula era o do general da banda Stédile = os facínoras dos sem-terra) que agora, com a posse do capitão,  estão debaixo das saias das esposas e/ou companheiras  na covardia.]

As métricas são da ferramenta conhecida como Think with Google, feita para medir o comportamento do consumidor no varejo. A ferramenta não traz números absolutos sobre a quantidade de buscas, apenas a tendência geral, mas destaca as categorias de produtos em ascensão e é atualizada diariamente, segundo a Google. Os dados mostram, porém, que os uniformes militares registraram o quarto maior aumento de interesse nessa comparação por períodos. Perdem só para caixas de itens de padaria, produtos químicos e barco a motor.

 Mas a alta coincide com o fortalecimento da mobilização bolsonarista para os atos do 7 de setembro. Coincidem, também, com exortações nas redes bolsonaristas e grupos de WhatsApp para que os seguidores usem fardas nas manifestações para representar o "Exército" do presidente. 

Não é à toa que Bolsonaro tem dito que os protestos do feriado da independência servirão como uma "foto do Brasil para o mundo". Para o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio Lima, os dados do Google indicam que a estratégia para os atos é simular uma falsa adesão massiva de militares e policiais. O movimento visaria co-optar os setores ainda resistentes para o projeto de ruptura propalado pelo presidente. 

"É a construção da ruptura com a tentativa de angariar simpatia dos militares de verdade para apoiá-la, mostrar que há unidade. Isso mostra que entramos em um novo patamar da fake news, eu chamaria de deep fake news, para potencializar a manifestação", diz Lima. "As Forças Armadas não podem deixar serem instrumentalizadas dessa forma. É um sequestro dos símbolos nacionais para o projeto de poder do Bolsonaro. É muito preocupante e exige manifestação dessas instituições". 

O uso indevido de uniformes, distintivos ou insígnias é tipificado como crime no Código Penal Militar. Os infratores militares estão sujeitos a uma pena de detenção de seis meses a um ano. Civis, por sua vez, podem ficar detidos por até seis meses.

Em uma rápida pesquisa na internet é possível encontrar réplicas de fardas do exército por preços que variam entre R$ 200 e R$ 800. Aos olhos leigos, facilmente poderiam ser confundidas com as de um soldado. "Fantasias" de fardas de polícias militares de diferentes estados são encontradas por menos de R$ 200. Há também sites especializados na venda de artigos militares, o que inclui vestimentas. 

O estado de São Paulo é o que registrou o maior interesse em uniformes militares, segundo a ferramenta do Google. A manifestação na capital, prevista para ocorrer na Avenida Paulista, é vista como ponto central dos protestos contra o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e a favor do voto impresso, derrotado na Câmara. É lá que Bolsonaro deve fazer o discurso em que ele diz que vai mostrar seu apoio ao mundo.

Pouco atrás, nas buscas por uniformes verdes, está o Rio de Janeiro, de onde devem partir caravanas para São Paulo. Na sequência aparecem Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. 

A alta na procura por roupas militares coincidem com a radicalização do discurso bolsonarista em algumas PMs. O exemplo maior foi afastamento, no início da semana, de um comandante da PM de São Paulo, Aleksander Lacerda, pelo governador João Doria (PSDB).

O coronel da ativa, que tinha sob seu comando uma tropa de 5 mil homens em sete batalhões, publicou nas redes sociais convocações para os atos e criticou o STF, o Congresso e o próprio governador, o chefe das PMs.

Para o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a estratégia dos fardados, se replicada às centenas ou milhares, pode prejudicar inclusive a punição dos agentes da ativa que comparecerem aos atos antidemocráticos.  "Quando verem a massa de fardados, será muito mais difícil punir policiais que irão, de fato, armados. Como definir quem é policial e quem não é? Isso irá provocar uma grande impunidade e é uma estratégia para gerar comoção", alerta Renato Sérgio de Lima. 

Lima teme, ainda, que uma multidão de fardados nas ruas possa provocar desdobramentos imprevisíveis. "As fardas militares da PM também serão usadas para confundir a população. Policiais podem ser induzidos a determinados comportamentos a partir das ações daqueles (falsos) fardados", diz.

Malu Gaspar, jornalista - Blog em O Globo