Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Ignacio Ybáñez postou artigo de colunista em que aponta a falta de crítica do presidente a presidentes de esquerda [já começaram? no governo Bolsonaro tentaram emplacar narrativas que o Brasil era um pária mundial - não colou. Agora, já temos fatos em que o Brasil já dá os primeiros passos para a condição de pária - tanto no campo econômico, quanto no político.]
Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no BrasilCristiano Mariz/Agência O Globo
O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, criticou,
indiretamente, neste domingo, a postura do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva em relação aos regimes autoritários de esquerda em suas últimas
viagens internacionais, em janeiro deste ano.
No artigo deste domingo, publicado na “Folha”,Demétrio aponta a falta
de crítica por parte de Lula aos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua.
O colunista afirma que o presidente desperdiçou a “oportunidade de
levantar a voz por eleições livres na Venezuela, uma abertura política
em Cuba e o fim da selvagem repressão do regime de Ortega na Nicarágua”.
Ybáñez postou o artigo nas redes sociais e destacou o verso “O tempo
passou na janela e só Carolina não viu”, de Chico Buarque, citado no
artigo de Demétrio Magnolli.
Lula começou o seu governo tentando retomar a presença do Brasil nas
agendas e negociações internacionais. Para isso, realizou logo em
janeiro as suas primeiras viagens internacionais para a Argentina e
Uruguai. Lá, Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz,
anunciaram que estão empenhados em avançar nas "discussões sobre uma
moeda comum sul-americana".
Índios yanomami em Roraima: alto índice de desnutrição foi bastante criticado em governos anteriores.| Foto: Condisi-YY/Divulgação
Quantas ONGs tem na Amazônia? Eu fiz essa pergunta, fui pesquisar e há mais ou menos umas 16 mil.
Suponhamos que só 10% estão no território Yanomami, que é do tamanho de Pernambuco. Vai dar uma ONG para cada 12 índios.
Qual é o interesse dessas ONGs? Dizem que são muitas ONGs religiosas, mas obviamente, na região tem cura para picada de cobra, pra tudo.
Depois acaba em pesquisa dos laboratórios que nos vendem os remédios. Mas também tem ouro, tem pedras preciosas, tem diamante saindo do Brasil lá pelo lado dos Andes, e tem droga agora.
Drogas ao mar
A polícia espanhola acaba de aprender um navio com quatro toneladas e meia de cocaína e o navio saiu do Brasil.
O narco está tomando conta. Vocês viram que foi o "Colômbia" que matou o Dan Phillips e o brasileiro, e queriam jogar a culpa no governo. A gente tem que ficar de olho nisso também.
No governo Collor, ele tirou 40 mil intrusos do território Yanomami. Agora tem outras coisas complicadas. R$ 33 milhões que foram para uma ONG de Roraima e desse dinheiro todo R$ 13 milhões não foram comprovados, e nem conseguem achar o endereço da ONG.
Isso tem que ser considerado também. Mas, o fato corriqueiro, que solta os olhos, é o tamanho dessa área,com tão pouca gente lá dentro, e essa pouca gente passando fome de modo inexplicável.
Impeachment de Lula
Já tem o primeiro pedido de impeachment do presidente Lula porque na Argentina e no Uruguai ele acusouo Congresso brasileiro de praticar golpe.
Lá na Argentina, no palácio do governo, ao lado do presidente da Argentina, ele disse que houve um golpe de Estado, que derrubou “a companheira” Dilma Rousseff com um impeachment. [o individuo que atualmente preside o Brasil, esqueceu que quem presidiu todo o processo de 'escarramento' da petista,no Senado, foi o ministro Lewandowski,que se tornou ministro do STF por pedido da falecida esposa de Lula.]
E depois, no Uruguai, ao lado do presidente do Uruguai, ele chamou um ex-presidente da República de golpista, o Michel Temer.
Parece que Lula esqueceu que Michel Temer é o presidente de honra do partido de uma ministra do governo dele, Simone Tebet.
Está esquecendo também que foi Michel Temer quem nomeou Alexandre de Moraes, que o partido de Michel Temer tem 42 deputados e 10 senadores na próxima legislatura.
E aí o deputado Sanderson, do Rio Grande do Sul, entrou com o pedido de impeachment. Já o deputado Kim Kataguiri entrou numa comissão especial para apurar o caso. "Comissão da Verdade" é como estão chamando.
Fazer isso no exterior ainda é uma agravante. Esse é um assunto interno do país, está lá fazendo propaganda negativa pro Brasil, falando mal da casa do povo, do Congresso dos representantes do povo.
Marcola em Brasília Eu falei do narco, da cocaína, e o chefão do PCC, o Marcola, que a pedido do governador de Brasília, pra aliviar um pouco as tensões de segurança havia sido transferido para um presídio de segurança máxima em Rondônia, voltou.Já está de volta ao Presídio da Papuda em Brasília. Ele está condenado a 300 anos de prisão e tem muita gente criticando essa volta do Marcola para o centro do poder. Ele, um centro de poder ilegal dos fora da lei. Além dessas novidades, está decidido:o PT vai reassumir a presidência da Petrobras, de Itaipu Binacional e vai também para presidência do BNDES.[além de um novo petrolão,mais aperfeiçoado, temos os ingredientes para um Bandesão, Itaipuzão e outros.]
CALÚNIA O CRIME DE CALÚNIA, para quem não sabe, consiste em imputar um fato sobre uma ou mais pessoas. Como tal, como diz o Artº 138 do Código Penal - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime, é passível de PENA de detenção, de seis meses a dois anos, e multa. Mais: dos 3 CRIMES contra a HONRA (calúnia, injúria e difamação), a CALÚNIA é o mais grave, uma vez que imputa falsamente a uma ou mais pessoas um crime que não foi cometido. CALUNIADOR CONTUMAZ Ora, partindo do fato de que o Artº 138 do Código Penal existe e, para infelicidade geral dos brasileiros dotados de um mínimo sentimento de justiça, o presidente Lula não apenas existe como é tido, havido e reconhecido mundo afora como CALUNIADOR CONTUMAZ, o que deveria restar, para o bem da JUSTIÇA, é reconduzir o CONTUMAZ MENTIROSO à PRISÃO, lugar de onde nunca deveria ter saído.
LULA FOI MENTIR NO URUGUAI Pois, levando em conta o que aconteceu ontem, em Montevidéu, durante encontro que teve com o presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, quando Lula acusou Michel Temer de GOLPISTA, por tudo que é mais do que sabido, julgado e sacramentado, o petista cometeu, numa só tacada, inúmeros CRIMES DE CALÚNIA,que por sua vez deveriam ser considerados para ampliar significativamente o tempo do seu encarceramento.
SÓ ONTEM FORAM DUAS GRANDES CALÚNIAS
Vamos por partes:uma CALÚNIA que Lula cometeu ontem, 25, está no fato de ter afirmado que o legado social deixado pelo seu governo foi destruído em sete anos, por Michel Temer e Jair Bolsonaro. Ora, o mundo todo sabe que o único LEGADO deixado foi, além de MUITA CORRUPÇÃO E ROUBOS ENORMES, a total DESTRUIÇÃO ECONÔMICA, confirmada pela exuberante queda de mais de 7% do PIB. Outra grande CALÚNIA foi quando Lula disse que o impeachment de Dilma Rousseff foi um GOLPE DE ESTADO.
Ora, se isso fosse uma verdade, quem deveria ser chamado de GOLPISTA é o seu fraternal e fiel amigo, Ricardo Lewandowski, que à época, como presidente do STF, assumiu a presidência do PROCESSO DE IMPEACHMENT logo após o Plenário do Senado ter decidido pela admissibilidade do pedido. Mais: Lewandowski foi o primeiro a assinar o mandato de citação para depor a presidente Dilma Rousseff.
NOTA DE TEMER O ex-presidente Michel Temer, ao tomar conhecimento da CALÚNIA que envolveu o seu nome, reagiu com a seguinte nota, de forma pra lá de educada, dizendo que Lula se mantém no palanque, que o “país não foi vítima de golpe algum” e negou ter destruído as iniciativas petistas.
Íntegra da Nota de Michel Temer
-Mesmo tendo vencido as eleições para cuidar do futuro do Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva parece insistir em manter os pés no palanque e os olhos no retrovisor, agora tentando reescrever a história por meio de narrativas ideológicas.
Ao contrário do que ele disse hoje em evento internacional, o país não foi vítima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constituição.
E sobre ele ter dito que destruí as iniciativas petistas em apenas dois anos e meio de governo, é verdade: destruí um PIB negativo de 5% para positivo de 1,8%;
-inflação de dois dígitos para 2,75%;
- juros de 14,25 para 6,5%;
- queda do desemprego ao longo do tempo de 13% para 8% graças a reforma trabalhista;
- recuperação da Petrobras e demais estatais graças a Lei das Estatais; - destruí a Bolsa de Valores que cresceu de 45 mil pontos para 85 mil pontos.
- Cometi a destruição de elevar o recorde na produção de grãos, nas exportações e na balança comercial.
Como se vê, com a nossa chegada ao governo o Brasil não sofreu um golpe institucional,foi sim “vítima” de um Golpe de Sorte.
Recomendo ao presidente Lula que governe olhando para a frente, defendendo a verdade [o atual presidente odeia a VERDADE e faz e continuará fazendo tudo que lhe for possível para implantar a MENTIRA.] , praticando a harmonia e pregando a paz-. Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires
Nos Estados Unidos a exploração do primeiro poço de
petróleo “viável” deu-se na Pensilvânia,em 1859,em terras do Coronel Edwin
Drake.
Nessa mesma época, no Brasil, durante o regime do
“Império”,já se sabia da existência de petróleo no subsolo pátrio. Porém a
exploração propriamente ditadeu-se
somente na década de 1930, coordenada pelo Engº Agrônomo Manoel Inácio Bastos. Portanto o
petróleo brasileiro “atrasou” cerca de 70 anos,relacionado ao dos Estados
Unidos.
Ildefonso Simões Lopes, gaúcho de tradicional família de
Pelotas, ao lado do ex--Presidente Getúlio Vargas, Monteiro Lobato e outros
personagens não menos importantes,teve toda a sua história intimamente ligada
ao petróleo brasileiro. Foi deputado estadual pelo Partido Republicano
Rio-Grandense (1897 a 1904),deputado federal (entre 1906 e 1930),Ministro da
Agricultura,Indústria e Comércio do Presidente Epitácio Pessoa,de 1919 a
1922,Presidente da Sociedade Brasileira de Agricultura,de 1926 a 1943,fundador
da Confederação Rural Brasileira,em 1928, Membro do Estado-Maior Civil Revolucionário (da revolução de Getúlo
Vargas,de 1930),e Diretordo Banco do
Brasil,de 1930 a 1943. Escreveu diversos livros,entre os quais o título “O
Petróleo no Brasil”.
Mas a prospecção do petróleoe gás natural no subsolo do Brasil tem
“detalhes” muito difíceis decompreender. Desde o primeiro momento em que começaram as
prospecçõese a exploração do
petróleoe gás natural brasileiros ,na
década de 30 do século passado,sabia-se perfeitamente da chamada BACIA DE
PELOTAS.a 200 quilômetro da costa gaúcha,com a área superficial marítima de 210
mil Km/2.maior que o território do Estado RS,localizada desde o sul de Santa
Catarina até o limite do Rio Grande com o Uruguai.
Sabe-se que a “Bacia de Pelotas” é tão promissora para essa
exploração quanto o é a “Bacia do Uruguai”,cujo paísrecentemente promoveu uma rodada de leilões
com grande sucessoem área contígua à “Bacia de Pelotas”,com participação de
grandes operadores internacionais,como as britânicas BG e BT,e a francesa
“Total”,que já assinaram os contratos.
Ildefonso Simões Lopes, profundoconhecedor da questão do petróleo, já sabia, no
início da década de 1930, quando começou a exploração do petróleo no recôncavo
baiano,da existência da “Bacia de Pelotas”. Tanto sabia que escreveu em 1936 um
livro com o título O PETRÓLEO EM
PELOTAS,que misteriosamente “sumiu” de todas as prateleiras e bibliotecas,inclusive
a da própria Petrobrás,não deixando “rastro” de um só exemplar. Tive a cautela
de tentar descobrir alguma coisa na internet. O que teria havido?Em um dos trabalhos a que tive acesso,também
“misteriosamente”, foi riscado do “mapa”a parte que se referia à “Bacia de
Pelotas’ relacionada à obra de Ildefonso Simões Lopes”. Lá “pelas
tantas”,percebendo-se claramente que houve algum “corte”,aparece “solto” o nome
“Ildefonso” (que só poderia ser ele mesmo).
Que tem “boi nessa linha”,tem. Que tem alguma
“conspiração”,também tem.
Desde a época de criação do CONSELHO NACIONAL DE PETRÓLEO,em
1938,no Governo Getúlio Vargas,posteriormentesubstituído pela “Agência Nacional de Petróleo,Gás Natural e Biocombustíveis”, em
1999,a opção preferencial pela exploração do petróleo e gás natural tem recaído
exclusivamente sobre áreas terrestres a marítimas não compreendias pelo
território do Rio Grande do Sul,mais especificamente da “Bacia de Pelotas”. Por
que essa exclusão pela ANP? Por que assa exclusãodo SUL ,se a exploração dessas riquezasminerais custariam menos que a do pré-sal,por
serem em águas menos profundas?
Por que esse “lero-lero” das autoridades federais sobre os
leilões na “Bacia de Pelotas”,que nunca se efetivam? Seria alguma “lembrança”
nada animadora em relação à “Revolução Farroupilha”, de 1835? Medo em dar
“combustível” para os gaúchos reativarem a sua revolução interrompida, inexplicavelmente,
pelo “Pacto de Ponche Verde”,de 1845?
Teria algum sentido “esconder” e petróleo gaúcho da “Bacia
de Pelotas” nessa época em que o petróleo e seus derivadosse tornam cada vez mais raros e caros?
Teria algum sentido o fato de Brasil ter “atrasado” a
exploração do seu petróleo em 70 anos,comparado com os Estados Unidos? E o da
“Bacia de Pelotas”já estar há mais de 90
anos atrasado em relação às outras regiões do Brasil? Qual o critério para
essasopções? Econômico? Político? De
“compadrio”? Discriminações regionais?
Sérgio Alves de Oliveira
Presidente do Partido da República Farroupilha-PRF
(proscrito)
Enquanto escrevo estas linhas,
representantes ucranianos e russos estão reunidos em Belarus para um
papo entre lobo e cordeiro. Nas últimas 48 horas, cerca de 350 mil civis
cruzaram a fronteira com a Polônia, abandonando o país. Desde os tempos
de Lênin,a Ucrânia tem sido o cordeiro da fábula em suas relações com a
Rússia.A história é sempre a mesma, a Ucrânia tem razão e perde; a
Rússia está errada e ganha.
Não surpreende, então, que os ucranianos
queiram ficar no agasalho do artigo 5º do Tratado do Atlântico Norte,
espécie de todos por um e um por todos em caso de agressão externa.
Putin considera isso inaceitável em suas fronteiras. Aliás,o tirano
russo considera inaceitável tudo que o desagrada.Convenhamos, a
propósito: aqui no Brasil tem gente exatamente assim, sentada em cadeira
de espaldar alto e caneta de ouro na mão.
Assisti, há bem poucos dias, uma
entrevista em que Putin se conduz como o lobo da fábula. Na perspectiva
dele, a Ucrânia está servindo às estratégias da OTAN. Esta, através da
Ucrânia, está sujando a água do lobo. A Rússia, no caso ele, seu tirano
há duas décadas, não pode permitir armamento da OTAN em suas fronteiras.
Essa eu acho que posso ensinar para o
Putin. Quem é natural de uma fronteira, como eu sou, tendo nascido em
Santana do Livramento(fronteira com o Uruguai),entende de fronteira.
Fronteira tem dois lados, Putin. Não existe zona neutra, terra de
ninguém, numa fronteira. Ao invadir a Ucrânia, Putin empurra a própria
fronteira e instalará nela bases militares. Com esse avanço, a Rússia
passará a fazer fronteira com Polônia, Romênia, Hungria Eslováquia e
Moldávia.
Ademais, Belarus, ou Bielorrússia, é
nação amiga da Rússia. Em plebiscito encomendado, aprovou a presença de
armas nucleares em seu território. Pouco se fala nisso, mas com tais
relações e a Rússia estende suas fronteiras militares até a Polônia e a
Lituânia, avançando ainda mais na direção do leste europeu. E da OTAN,
obviamente. [um comentário, talvez uma pergunta, defina melhor: a Otan a pretexto de evitar um hipotético avanço da Rússia rumo as suas fronteiras, impõe à Ucrânia uma associação à NATO, levando sua influência/presença militar até as fronteira da Rússia?]
O fato de o presidente da Ucrânia ser um
Danilo Gentili globalista, com cabecinha de Felipe Neto, apoiado pela
esquerda do Ocidente, não altera a natureza do perigo que está se
formando na Ásia com a tirania de Putin e o totalitarismo do Partido
Comunista Chinês.
Percival Puggina (77), membro da
Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e
titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites
no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da
utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo
Pensar+.
Este novembro deve ser interessante na corrida presidencial. Saberemos
enfim se Sergio Moro se apresentará candidato a presidente da República,
se o contendor do PSDB será João Doria ou Eduardo Leite, quanto o
relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado da
Covid-19 impactará a musculatura política de Jair Bolsonaro e, talvez,
se André Mendonça será mesmo ministro do Supremo Tribunal Federal.[o senador que preside a CCJ tem plena convicção que expirando seu mandato, não será eleito para mais nada. Tenta, desesperadamente, retardar o ostracismo que o aguarda (aliás, que com uma única exceção, sempre foi seu companheiro). Vai fracassar mais uma vez.] Sem
contar os imprevistos.
Notícias não devem faltar.
Novembro será também o mês em que saberemos melhor se continuará
sustentável a até agora surpreendente resistência dos brasileiros à
variante Delta do novo coronavírus. Por alguma razão ainda não
completamente esclarecida, estamos melhor no confronto contra a variante
de origem aparentemente indiana, na comparação com países adiante de
nós na vacinação. [No campo da opinião, acreditamos que graças a DEUS alcançamos paralelamente outras medidas a 'imunização de rebanho'.] Os exemplos mais evidentes são os Estados Unidos e
Israel.
Talvez demore, mas, como se diz, o tempo vai ser o senhor da razão, e,
um dia, quando a poeira baixar, saberemos o que aconteceu. Até lá,
infelizmente, enquanto os exércitos se engalfinham de olho nas urnas
eletrônicas, medidas deixam de ser tomadas pela insuficiência de
racionalidade.
Haveria algumas hipóteses principais para o Brasil estar indo melhor que
a concorrência contra a Delta. Talvez o surto da Gama (“de Manaus”),
com seu trágico saldo de infecções e mortes, especialmente em
março/abril, tenha ajudado a produzir em larga escala imunidade capaz de
proteger contra a Delta. Talvez a CoronaVac, aplicada aqui, no Uruguai e
no Chile, e não aplicada nos EUA, no Reino Unido ou em Israel, seja
mais efetiva que as competidoras nesse particular (anti-Delta).
A terceira possibilidade é uma combinação das várias.
São ou deveriam ser achados instigantes, que se olhados e estudados com
honestidade intelectual e acadêmica poderiam ensejar políticas públicas
mais eficazes para adiante. Ainda mais contra um vírus que parece ser
uma fonte de surpresas.
Será útil quando os estudos poderem concluir definitivamente quanto
mesmo de população vacinada é requerido para atingir a imunidade
coletiva capaz de proteger da Covid-19 o conjunto de uma comunidade. E
seria interessante também saber esse número para cada vacina. A hipótese
preliminar amplamente divulgada era que giraria em torno de 60%. Mas
fatos recentes trazem algumas dúvidas.
Em Israel, por exemplo, 64%
dos vacináveis tomaram uma dose das duas requeridas e 59% estão
plenamente vacinados. A vacina ali é praticamente toda da Pfizer. E o
país, que lá atrás foi apontado como exemplo de vacinação, assiste a um
aparente início de escalada de contágios e casos graves. Hospitais estão
reabrindo alas para tratar pacientes de Covid-19 (leia).
Nos
Estados Unidos, que só aplicam vacinas produzidas ali mesmo, 57%
tomaram uma dose das duas requeridas e 49% estão plenamente vacinados. E
a curva de casos também retomou a alta. Junto, vem o debate sobre
medidas restritivas (leia) e obrigatoriedade de se vacinar (leia).
Pelo
visto, os governos terão de combater mais resolutamente o antivacinismo
para proteger suas populações. Aqui pela vizinhança, Uruguai e Chile,
com mais de 70% de vacinados com uma das duas doses requeridas e mais de
60%plenamente vacinados são, por enquanto, um sucesso na contenção dos
casos (leia).
Em todos os países nós quais a vacinação ultrapassou certa taxa
crítica, em torno de 60% com as duas doses (no caso das vacinas que
pedem duas) ou com a dose definitiva (quando pedem apenas uma)a
mortalidade por Covid-19 mergulhou, ou ao menos iniciou o mergulho. Aqui
na América do Sul o melhor exemplo é o Uruguai.
Mas mesmo onde se
chegou a esses índices de vacinação e as mortes apenas começaram a
declinar fortemente, os casos apresentam queda. É a situação do Chile. E
nos lugares da Europa que vivem um aumento de casos, por novas
variantes ou pela contágio na população não vacinada, ou pelas duas
coisas, o aumento dos infectados não tem sido acompanhado da elevação no
mesmo grau, nem próximo, dos óbitos.
A conclusão? Divergências
pode haver sobre vários aspectos do combate à doença causada pelo novo
coronavírus, mas uma coisa já se sabe com certeza. A prova da vida real,
a partir da vacinação em massa pelo planeta, mostra que as vacinas
funcionam. Todas elas. Inclusive as que são alvo de preconceitos
político-ideológicos.
Por isso, vacinar em massa e o mais rápido
possível,com a vacina que estiver disponível, é a única atitude
aceitável quando se avaliam as ações de qualquer governo.
A vacina recebida pela maioria dos brasileiros enfrenta um surto de perguntas sem resposta
O que esperar de uma cidade que já vacinou mais de 95% da população contra a covid-19? Comércio
e escolas abertos, bares e restaurantes funcionando normalmente, gente
praticando esportes e andando nas ruas sem máscara. Aquela vida normal
que tínhamos até sermos atingidos pela maior e mais devastadora pandemia
do século. Em boa parte dos Estados Unidos, Israel e nações do
continente europeu, esse é o cenário real desde que o ritmo da vacinação
acelerou-se. Mas a pacata Serrana, no interior paulista, mesmo depois de imunizar quase toda a população, continua na mesma. O município segue estritamente as regras do Plano São Paulo estabelecidas pelo governador João Doria (PSDB) e seu conselho de “especialistas em ciência” que formam o Centro de Contingência. Por lá, a vida permanece no “modo pandêmico”: comércio,
bares e restaurantes com horários restritos, controle de ocupação, uso
de máscara obrigatório até mesmo ao ar livre, nada de eventos, festas,
comemorações. A ordem é manter as orientações de quem ainda não recebeu nenhuma dose de vacina.
O estudo clínico, batizado de Projeto S pelo Instituto Butantan,
foi estruturado de maneira sigilosa ainda no ano passado e implementado
entre fevereiro e abril de 2021. Ao longo de oito semanas, pouco mais
de 27 mil moradores foram imunizados com a CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan —
o equivalente a 95% da população-alvo da pesquisa e aproximadamente 60%
da população total de Serrana, de quase 46 mil habitantes. Os
resultados do experimento foram divulgados numa coletiva de imprensa
mais de um mês depois do término da vacinação:as mortes por covid-19 caíram 95%, as internações recuaram 86% e os casos sintomáticos foram reduzidos em 80%.
Até agora, no entanto, o Butantan não apresentou os dados brutos da
pesquisa nem informações sobre faixa etária. A justificativa é que eles
serão publicados num artigo científico — futuramente. Segundo
especialistas, a prática de não divulgar os detalhes de um estudo científico numa coletiva de imprensa é comum, mas ajuda a engrossar o caldo de desconfiança que ronda a CoronaVac desde a sua origem.
Um festival de erros Primeiro,o relacionamento do governo paulista com o gigante farmacêutico chinês Sinovac continua um mistério. O contrato firmado envolve cláusulas sigilosas que não podem ser compartilhadas com a comunidade médica. Pela parceria, o governo do Estado diz que pagou R$ 85 milhões em junho do ano passado. Em setembro, foram US$ 90 milhões —
o governador João Doria não esclareceu se esse valor se soma ao que foi
pago anteriormente. No último dia 23, a presidente do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo solicitou os termos da negociação entre o
Butantan e o fabricante. Em relatório elaborado pelo órgão de controle, o
instituto é criticado pela falta de transparência no fornecimento de
informações ao tribunal.
Depois, a divulgação de dados sobre a vacina foi um show de tropeços. Após três adiamentos, coletivas que forneciam números incompletos e cálculos questionáveis, a população brasileira ficou sabendo que a CoronaVac atingiu 50,38% de eficácia global,
no limite exigido para aprovação pela Organização Mundial da Saúde e
pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A demora em divulgar o
estudo completo e a frustrante repercussão dos resultados deram a
impressão de que o governo do Estado já sabia da baixa eficácia da
vacina e represava informações, ou, pior, tentava omitir dados.
Para além de uma vacina que bateu na trave nos critérios da Anvisa,são poucos os países que fazem companhia ao Brasil na escolha da CoronaVac: além da China, Turquia, Indonésia, Chile e Uruguai apostaram no laboratório Sinovac. No mês passado, a
Costa Rica recusou a compra do imunizante chinês sob alegação de que o
produto não atingiu os 60% de eficácia mínima exigida pelo Ministério da
Saúde local. Por fim, ainda não há notícia de que alguma autoridade
científica da comunidade internacional tenha respaldado os estudos do
fabricante chinês.
Largada da vacinação no Brasil Com a autorização do uso emergencial de duas vacinas — a CoronaVac e o imunizante do laboratório anglo-sueco AstraZeneca,
em 17 de janeiro, foi dada a largada para a vacinação no país. Pouco
mais de cinco meses depois, já foram aplicados mais de 100 milhões de
doses de vacinas contra a covid-19. Dos 100 milhões de CoronaVac adquiridos pelo Ministério da Saúde (MS) ao custo unitário de R$ 58,20, 43 milhões já foram aplicados. Valor total da negociação: R$ 5,8 bilhões.
Por algumas semanas, a vacina chinesa foi a única opção dos
brasileiros, e boa parte dos grupos prioritários recebeu as duas doses
do imunizante. Agora, resta saber se quem já gastou sua vez na fila com o produto chinês está realmente imunizado. Como escreveu o jornalista Augusto Nunes, colunista de Oeste, num artigo recente,
“ninguém torce tanto pelo sucesso da CoronaVac quanto os que receberam
duas doses do maior trunfo eleitoral do governador João Doria.” Só que torcida, em ciência, não funciona. Os fatos são teimosos.
O estudo final sobre a CoronaVac, divulgado em abril deste ano, mostrou que a eficácia da vacina para casos sintomáticos de covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% divulgados anteriormente. Os resultados foram enviados à revista científica Lancet para
revisão por pares, mas ainda não foram publicados. Entretanto, outra
pesquisa realizada pela Vebra Covid-19 (sigla para Vaccine Effectiveness
in Brazil against covid-19), grupo que reúne pesquisadores brasileiros e
estrangeiros, avaliou o desempenho da vacina em pessoas de 70 anos ou
mais vacinadas no Estado de São Paulo. A média de efetividade foi de 42%
na totalidade do grupo e de apenas 28% nos idosos acima dos 80 anos. O
trabalho envolveu 15,9 mil voluntários e foi o maior já feito nessa
faixa etária. Questionado sobre a diferença nos resultados, o Instituto
Butantan respondeu a Oeste: “O estudo em questão não
fala em eficácia. Com dados secundários, ele mediu a positividade de
casos nessa população, sem, no entanto, esclarecer quantos dos
infectados evoluem para quadros graves ou óbitos, que é justamente o que
a vacina visa a prevenir.”
Independentemente de paixões
políticas, o resultado do estudo da Vebra contestado pelo Butantan
indica uma realidade que precisa ser encarada pelas autoridades de saúde
no país: a CoronaVac tem baixa eficácia e, ao que parece, não tem se mostrado capaz de frear a transmissão da doença.
A realidade em outros países O dilema de quem confiou em imunizantes chineses não é exclusividade do Brasil. Uma reportagem recente publicada pelo jornal The New York Times mostra que outros países que também compraram vacinas produzidas na China enfrentam novos surtos de contaminação. Na Mongólia, Bahrein, Chile e nas pequenas Ilhas Seychelles,entre 50% e cerca de 70% da população foi totalmente vacinada, ultrapassando inclusive os Estados Unidos, segundo o site Our World in Data. Entretanto, todos eles foram parar na lista dos dez países com os piores surtos de covid-19 registrados na terceira semana de junho, de acordo com levantamento de dados feito pelo jornal norte-americano. Mongólia, Bahrein e Seychelles escolheram majoritariamente a fabricante Sinopharm. Já o Chile aderiu à vacina do laboratório Sinovac Biotech, o mesmo que produz a CoronaVac envasada pelo Butantan.
O caso do país sul-americano é emblemático. Com 54% da população totalmente imunizada e 65% vacinada com a primeira dose (dados do Our World in Data), o Chile segue com medidas rígidas de isolamento. No mês passado, a capital Santiago e outros municípios entraram novamente em lockdown para conter o avanço da contaminação.
O confinamento restrito se estendeu até ontem, quinta-feira 1º de
julho, quando se iniciou um programa gradual de flexibilização. No Chile, a CoronaVac corresponde a 77% do total das doses aplicadas até agora. Em
fevereiro, quando o programa de vacinação começou, foram registrados
515 novos casos por 100 mil habitantes. Em junho, a taxa de novas
contaminações atingiu a marca de 922 por 100 mil. A ocupação de leitos
de UTI segue acima de 90% no país.
Pessoas ligavam para amigos e parentes para avisar: “É Pfizer, pode vir”
Em nota publicada no site da instituição em 18 de junho, o Butantan nega que o aumento de casos de covid-19 no Chile esteja relacionado à vacinação com a CoronaVac.
Segundo Dimas Covas, presidente do instituto, dois relatórios
divulgados pelo Ministério da Saúde chileno sobre o desempenho da vacina
mostraram alta eficiência. Covas também ressaltou que “os novos
casos que têm aparecido no Chile afetam majoritariamente as populações
que não receberam a vacina, principalmente os mais jovens”. A nota informa ainda que, apesar do alcance da cobertura vacinal com as duas doses de 50%, “é necessário ter ao menos uma parcela de 70% das pessoas imunizadas para que se tenha um efeito indireto da vacinação”.
No
começo, atribuiu-se a culpa ao relaxamento das medidas de proteção, à
chegada de novas variantes e ao início do outono. Mas o conjunto de
evidências só reforça o fato de que as vacinas chinesas, embora
apresentem eficácia na redução de internações e de mortes, não
conseguiram reduzir a transmissão do vírus.
A CoronaVac no Brasil Se
os gestores públicos não querem enfrentar o assunto, muitos brasileiros
já estão tomando providências por conta própria. Em visita a um posto
de saúde na Bela Vista, bairro no centro de São Paulo, no último dia 21
de junho, a reportagem de Oesteconversou com mais de 15 pessoas que aguardavam sua vez na fila para se vacinar com a Pfizer,
marca do imunizante oferecido naquele dia. Roberto Andrade,
administrador, 56 anos, disse ter ido a três postos de saúde perguntar
qual era a vacina disponível. Ao saber tratar-se da AstraZeneca, virou as costas e foi embora.“A CoronaVac também não quero tomar. A taxa de eficácia ficou abaixo das outras duas [Pfizer e AstraZeneca]”, afirmou. “Resolvi esperar para tomar a Pfizer, tenho mais confiança no laboratório.”
No fim da fila, por volta das 10h30, Cristian Vieira da Silva, 38,
desempregado, disse não se importar de esperar, já que a vacina era a da
Pfizer. “Já fui a cinco postos. Não tomo AstraZeneca. Tenho medo porque sou portador de comorbidade. E a CoronaVac é fraca.” Enfileiradas à espera de uma picada, pessoas ligavam para amigos e parentes para avisar: “É Pfizer, pode vir”.
Seis idosos vacinados com duas doses da CoronaVac morreram de covid-19 num asilo em Arapongas
Segundo
especialistas, as taxas de eficácia divulgadas pelas desenvolvedoras
das vacinas não podem ser comparadas diretamente porque cada estudo tem
sua metodologia própria e, principalmente, um período de desenvolvimento
do ensaio clínico distinto. Mesmo assim, quem manifesta preferência por
determinado imunizante já ganhou o apelido de “sommelier de vacinas” e, embora a prática seja criticada por atrasar o avanço da vacinação, é bastante comum em vários postos de saúde.
Outra
situação frequente nesta fase da pandemia é recorrer a exames
sorológicos para saber se o organismo desenvolveu anticorpos contra a
covid-19 após duas doses de vacina. “Não existe até agora uma validação de exame contra o Sars-Cov-2 sorológico que possa confirmar que uma pessoa está imunizada”, explica a médica infectologista Patrícia Rady Muller. Entretanto, seja por curiosidade ou recomendação médica, um dos testes mais recorrentes é o de anticorpos neutralizantes,
que avalia se houve produção de anticorpos contra a covid-19 no
organismo e mostra o porcentual deles com capacidade de neutralizar o
vírus. Oeste teve acesso ao exame de anticorpos
neutralizantes do oftalmologista Luiz Roberto Colombo Barboza, vacinado
com duas doses da CoronaVac. O resultado: reagente 21%. Entre várias observações constantes no laudo laboratorial, uma delas chama atenção: “resultados entre 20% e 30% de inibição são considerados reagentes fracos e devem ser interpretados com cautela”.
“Desde o início, era sabido que a CoronaVac era uma vacina que não tinha grande eficácia, principalmente em idosos”, diz o médico-cirurgião oncológico com pós-doutorado em epidemiologia estatística, Luiz Bevilacqua. “Só que era o que tinha no momento, a gente não pode se arrepender.”
Diante da realidade que se impõe, ele defende uma reavaliação no plano
de imunização para priorizar a proteção da população de risco com
vacinas mais eficazes. Outro fator importante, apontado pela médica
infectologista Patrícia Rady Muller, é que a taxa de eficácia de uma
vacina interfere em políticas públicas para definir a extensão da
cobertura vacinal. “Quanto menor a eficácia, mais pessoas precisamos vacinar para evitar transmissão de uma pessoa a outra.”
Em junho, seis idosos vacinados com duas doses da CoronaVac morreram de covid-19 num asilo em Arapongas, no Paraná, em meio a um surto que atingiu 32 dos 43 residentes do Lar São Vicente de Paulo. Além disso, oito
dos 16 funcionários que trabalham na instituição, todos com imunização
completa com a vacina chinesa, foram diagnosticados com a covid-19 no
mês passado — até o momento, nenhum deles desenvolveu quadro grave da doença. A Revista Oeste questionou o Instituto Butantan a respeito do caso, e obteve, por e-mail, a seguinte resposta: “É
prematura e temerária qualquer afirmação sobre hospitalizações ou óbito
pela covid-19 de pessoas vacinadas contra a doença, uma vez que cada
caso, individualmente, deve passar obrigatoriamente pelo processo de
investigação, que não considera apenas a imunização de forma isolada, e
sim o conjunto de aspectos clínicos, como comorbidades e outros fatores
não relacionados à vacinação”.
De volta ao caso de Serrana, a cidade paulista com 95% dos moradores vacinados com a CoronaVac, os números indicam que o vírus continua se espalhando. “Quem eu conheço, mesmo vacinado, ainda tem medo do vírus”, disse a comerciante Eliana Maria Máximo, dona de uma lanchonete no centro da cidade. A vacinação em massa terminou em 11 de abril.Em maio, registraram-se 333 casos, um aumento de cerca de 42% em relação ao mês anterior (235).Em junho foram 299 casos. O pico de mortes relacionadas à covid-19 ocorreu em março deste ano, quando se verificaram 18 óbitos. Em abril foram oito; em maio, sete; e em junho, seis.
Oeste também solicitou ao Ministério da Saúde
informações sobre o número de mortos em razão da covid-19 por faixa
etária para cruzar com os dados de pessoas imunizadas com duas doses de
vacinas. Em resposta, por e-mail, o MS informou “que ainda é precoce fazer esse tipo de análise e cruzamentos de dados". O pedido foi feito em 19 de abril.
Ao cenário de incertezas, soma-se o fato de que os imunizados com a CoronaVac continuam proibidos de entrar nos Estados Unidos ou cruzar as fronteiras dos principais países da Europa. Isso
porque algumas autoridades sanitárias ainda não chancelaram a
fabricante Sinovac. A situação não mudou com a inclusão do imunizante
chinês na lista dos liberados pela OMS para uso emergencial. Enquanto as principais agências regulatórias do mundo não aprovam o uso da CoronaVac, a vacina segue em aplicação no Brasil com autorização de uso emergencial pela Anvisa. Os imunizantes da AstraZeneca/Oxford e Pfizer já possuem o registro definitivo. O Butantan informou que “está encaminhando as informações ao órgão, dentro do processo de submissão contínua”, mas, segundo a Anvisa, o instituto ainda não fez o requerimento para registro do produto.
Outra questão que intriga é entender por que o Butantan resolveu apostar em outra vacina, a ButanVac, quando já envasa quase 1 milhão de doses da CoronaVac por dia e investiu em nova fábrica para produzir o IFA (insumo farmacêutico ativo) nacional. Por certo, a iniciativa de ter uma vacina desenvolvida no Brasil (sem depender de insumos importados) para
ampliar o cardápio vacinal aumenta a segurança. Mas é possível que a
pressa em produzir um imunizante em três meses, como prometido pelo
Butantan, seja justificada pela preocupação em ter na manga uma
alternativa caso a CoronaVac se mostre ineficaz.
A polêmica da terceira dose e a combinação de vacinas Há meses discute-se a necessidade de uma dose extra da CoronaVac para quem já tomou duas injeções. Alguns fabricantes, como a Pfizer, anunciaram a possibilidade de uma dose anual de reforço. Afinal, é bem provável que a imunização contra a covid-19 repita o esquema vacinal contra a gripe. O que incomoda é a falta de clareza e transparência no caso da CoronaVac. Ainda
em abril, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan,
Ricardo Palacios, confirmou que havia estudos sobre uma eventual
terceira dose. “Existem grandes preocupações sobre como melhorar a
duração da resposta imune, e uma das alternativas que têm sido
consideradas é uma dose de reforço, seja com a própria CoronaVac, seja
com outros imunizantes." No mês passado, Dimas Covas disse, primeiro, que não havia motivo para preocupação.
“A vacina é eficiente e, neste momento, não existe necessidade de se
preocupar com uma terceira dose, como foi propalado recentemente.”No dia seguinte,
voltou atrás e admitiu que a entidade trabalha com a possibilidade de
um reforço vacinal para ser aplicado anualmente em todas as faixas
populacionais.
Em entrevista a Oeste no ano passado, quando as vacinas ainda eram uma promessa no meio científico, o médico pediatra e toxicologista Anthony Wong, falecido em janeiro de 2021,
explicou que a tecnologia do vírus inativo utilizada na produção da
vacina chinesa requer três ou até mesmo quatro doses para produzir
efeito. Segundo Wong, a oferta de apenas duas injeções teria relação
com o encurtamento das etapas de estudo da CoronaVac. “Eles não completaram a fase 2”, disse. “Então,
não sabem se será necessária ou não uma terceira dose. E garanto que
precisa. Não existe uma única vacina de vírus inativo que não exija três
doses. A única explicação para oferecer apenas duas doses é a pressa.” O diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Gao Fu, chegou
a admitir que as vacinas chinesas contra a covid-19 têm baixa eficácia e
que o governo chinês estuda misturar diferentes vacinas de modo a
aumentar a proteção. Já o diretor do laboratório Sinovac, Ying Weidong, afirmou
que uma terceira dose da vacina depois de três ou seis meses poderia
multiplicar por dez a resposta de anticorpos em uma semana e por vinte
em 15 dias, mas os resultados ainda precisam de mais estudos.
Outros países estão alerta. O governo do Chile avalia a aplicação de uma terceira dose da CoronaVac. Bahrein e os Emirados Árabes Unidos já anunciaram que vão oferecer uma dose de reforço. Na Turquia,
a revacinação da população inicia-se em julho. No Brasil, o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal ainda analisa a
necessidade de nova vacinação contra a covid-19 no ano que vem — ou se
bastará apenas uma dose de reforço para a população brasileira.
Mais uma possibilidade na mesa é a mistura de imunizantes. Nesta
semana, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a
oficialmente autorizar a combinação de vacinas para grávidas. Segundo a
prefeitura, gestantes e mulheres que acabaram de ter filhos e tomaram a
primeira dose da AstraZeneca estão autorizadas a receber a segunda
aplicação da Pfizer. Na Coreia do Sul, a decisão de adotar o “mix”
de vacinas deu-se em razão dos atrasos no envio das doses pelo
consórcio global Covax Facility. Medidas semelhantes já foram adotadas
por países como Dinamarca, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Noruega,
Espanha e Suécia.
A vacinação em massa tem se mostrado a melhor saída para emergir da pandemia.
Mas, se no início da campanha de imunização a melhor vacina era aquela
que chegava logo ao braço, agora os números mostram que a disparidade de
resultados em razão do uso de diferentes fórmulas no mundo tem
consequências. Enquanto alguns países já deram adeus às máscaras e estão livres de restrições, outras nações, com os mesmos índices de vacinação, amargam medidas de isolamento e enfrentam novos surtos de contaminação. O Brasil dispõe hoje de quatro vacinas em aplicação: AstraZeneca/Oxford, CoronaVac, Pfizer e Janssen — o que minimiza os riscos de depender de um único produto. Mesmo assim, cerca de 34% da população já vacinada recebeu a CoronaVac e quer respostas. Detalhe: esse
porcentual é formado em sua maioria por idosos, que têm mais risco de
desenvolver formas graves da doença, e por profissionais da saúde,
altamente expostos à carga viral.
Essa é mais uma discussão para a ciência.
“Na medicina, somos treinados. Se o tratamento B é melhor que o A,
tenho que oferecer o B, porque senão corro o risco de fazer um
tratamento inadequado”, afirma o médico Luiz Bevilacqua. “Antes não tinha vacina, agora tem. Por que insistir em algo menos eficaz?” Empurrar
o problema para a frente só vai arrastar ainda mais os efeitos da
pandemia, que já ceifou tantas vidas, sobrecarregou o sistema de saúde e
devastou a economia. Se perdermos a capacidade de questionar fatos sob
risco de ser tachados de partidários, negacionistas e antivacina, então
estaremos todos correndo risco. Não há vacina para a dúvida. Por isso, precisamos falar sobre a CoronaVac.
Os resultados da aplicação em massa da vacina Oxford/AstraZeneca em
Botucatu (SP) foram um sucesso, como já tinha acontecido com a CoronaVac
em Serrana (SP) (leia).
Pouco a pouco, a vacinação em grande escala vai comprovando também aqui
no Brasil, a exemplo do que vem acontecendo em outros países, a sua
essencialidade no combate à pandemia da Covid-19.
Os dados
colhidos das duas vacinas em ambas as cidades paulistas deveriam ser um
estímulo ao protagonismo da racionalidade sobre as pendengas políticas.
Mas esperar isso no Brasil de 2021 é ingenuidade, esse defeito que é um
dos únicos imperdoáveis na política.
Quem paga a conta da guerra
eterna?A população. Verdade que a média móvel de óbitos entre nós
parece estar contida, graças também à vacina. Mas há poucas dúvidas de
que a situação poderia estar bem melhor caso tivéssemos seguido o
princípio simples e objetivo de que quanto mais vacina, e mais rápido,
melhor.
Há dúvidas sobre as vacinas? Claro, afinal estamos
consertando o avião (a pandemia) em pleno voo. Mas mesmo em lugares onde
se instalaram polêmicas sobre a eficácia delas, como no Uruguai, pouco a
pouco os dados vão comprovando que vacinar é bem melhor que não vacinar
(leia).
Essa “babaquice” do inquérito instaurado no Supremo
Tribunal Federal-STF, com o objetivo de prender e condenar, sumariamente, sem antes
haver qualquer acusação
legal, processo, ou julgamento, determinadapessoa, supostamente autorade
“Fake News”,ou de “atos
antidemocráticos”, cuja relatoria, melhor, “ditadoria”, foi “sorteada” (???) ao Excelentíssimo Senhor Ministro Alexandre de Moraes, sem dúvida deve passar para os anais da história da humanidade
como o clímax da perversão dos valores
jurídicos, políticos e morais, envergonhando o povo brasileiro frente à comunidade
internacional por ter cruzado os braços ante essesataques acintosos aos direitos mais
elementares de um povo.
“Atos antidemocráticos”, Senhor
Ministro ?Será que Vossa Excelência
teria a mínima ideia do que seja uma autêntica democracia, sem confundí-la
comessa “cópia barata” impropriamente
chamadademocracia, praticada no
Brasil,da qual Vossa Excelência,e seus “Supremos” pares ,se consideram “guardiões”? Saberíeis, porventura, que no
Brasil jamais houve democracia, e sim a sua “antítese”, aOCLOCRACIA, que se trata da democracia
degenerada, corrompida,” às avessas”, praticada pelos políticos representativos da
pior escória da sociedade brasileira, sempre em benefício próprio, e não do
povo?
Mas mesmo que essa democracia deturpada defendida com
“fúria” por Vossas Excelênciasfosse um
modelo autêntico, com virtudes democráticas nos seus dois polos, candidatos a
cargos eletivose eleitores, o que não
acontece, ninguém estaria obrigado a se
ajoelhar ante esse modelo em detrimento
de outras formas e regimes de governos sadios, como a monarquia, a
aristocracia, ou outra qualquer. Penso como Aristóteles,em “Política”, para o
qual todas as formas puras de governo são válidas, desde que exercida com
virtude.
Ademais, todos devem saber que foino período da Monarquia, que funcionou desde
a Independência do Brasil, em
7.09.1822,até 10.11.1889, derrubada por um golpe militar, que instalou a “famigerada”
república, com a sua “cria” degenerada, chamada “democracia”, onde,
paradoxalmente, mais se praticou verdadeira democracia no Brasil. A história da “Colônia Cecília”, por exemplo, fundada em
1890,no então município de Palmeira, no Paraná, como uma experiência pioneira socialista-anarquista
no Brasil, pode ser apontada como o grande exemplo da incrível democracia
praticada no Brasil durante a monarquia.
O compositor brasileiro Carlos Gomes (O Guarani) era
amigodo anarquista italiano Giovanni
Rossi, escritor e agrônomo,que havia aderido à Internacional Socialista em
1873, aos 18 anos de idade,a partir de quandopassoua tratar deum projeto de “vida comunitária’. Rossi
pretendia fazer essa experiência comunitária anarquista primeiramente no Uruguai,mas seu pleito foi
rechaçado pela eterna guerra política local entre “Blancos e Colorados”.
Foi a partir daí que Carlos Gomes interferiu. Valeu-se do seu bom
relacionamento com o Imperador Dom Pedro II e o convenceu a ajudar Giovanni
Rossi e seus anarquistas a fundarem um “Novo
Tempo”, uma utopiabaseada no
trabalho, na vida, e no “amor livre”. O Imperador escreveu a Rossi
oferecendo-lhe condições de instalar a sua experiência anarquista no Brasil, doando
as terras necessárias,consistentes em 300 alqueires da Região Meridional do
Brasil.
Rossi embarcou no navio “Cittá di Roma”,a partir de
Gênova,com alguns camaradas,em 20.02.1990,chegando ao Rio de Janeiro em
18.03.1890.Em seguida fundou a Colônia
Cecília, em abril de 1890, no Paraná, nas terras prometidas em doação por Dom
Pedro II, em cujo auge chegou a ter 250 anarquistas. A Colônia durou de 1890 a
1894. Foi extinta por razões até hoje não bem explicadas. Uma foi pela não
consumação da doação das terras, já que a recém instalada “”República” (1889), que
“golpeou” a monarquia e Dom Pedro II,não
reconheceu a doação do Imperador deposto. Mas Rossi não desistiu e se propôs a
compraras terras. Mas tinha um
tesoureiro “ladrãozinho” quedeu “sumiço” norespectivo dinheiro. Outra situação que
frustrou os objetivos da Colônia Cecília foi a falta de tradição dos “colonos”
ali assentadoscom as lidas campeiras, [mais uma denominação para os preguiçosos, os que tem aversão ao trabalho = 'falta de tradição'.] o
que passou a gerar fome na comunidade anarquista. Essa população de anarquistas
era composta por gente não muito “chegada” ao trabalho pesado do campo.
Finalizo com uma pergunta: qual o governo republicano e
democratainstalado no Brasil a partir
de 1889 teve uma atitude tão democrática quanto o Imperador Dom Pedro II que, [um pequeno registro: democracia demais, costuma fazer mais mal do que bem; quando a democracia é muito citada como frágil,surge a tentação de defendê-la através da interpretação antidemocrática dos princípios democráticos do sistema a ser defendido.] em
pleno regime da monarquia, deuapoio e abrigo agruposque pelasimplescondição de “anarquistas” jamais se submeteriam à sua “soberania” imperial?