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quarta-feira, 8 de abril de 2020

Coronavírus adia reunião no STF sobre tabela do frete - VEJA - Blog Radar

Decisão de suspender audiência de conciliação entre caminhoneiros e setor produtivo é do ministro Luiz Fux

Por causa das medidas de enfrentamento ao coronavirus, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a realização da nova audiência de conciliação sobre a tabela do frete – marcada para acontecer no próximo dia 27.  Segundo o ministro, uma nova data para a reunião será definida depois. As audiências buscam chegar a um acordo entre caminhoneiros, que reclamam do descumprimento do piso mínimo, e o setor produtivo, os embarcadores, que dizem que a tabela encarece o frete.
“Tendo em vista o cenário de pandemia da Covid-19 e as limitações decorrentes das sucessivas Resoluções administrativas editadas por este Supremo Tribunal Federal, suspenda-se a audiência de conciliação designada, no âmbito das ações diretas de inconstitucionalidade 5.956, 5.959 e 5.964, para o dia 27 de abril de 2020. Nova data será designada oportunamente, mediante nova intimação às partes”, diz o despacho dado pelo ministro nesta terça-feira.A tabela do frete foi criada em 2018 pelo governo de Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros, que bloqueou estradas e gerou uma crise de abastecimento no Brasil por mais de uma semana. A criação era uma das principais reivindicações da categoria.
[sábia decisão do ministro Fux;
uma audiência dessa natureza poderia complicar o que já está complicado.
Enfrentar greve de caminhoneiros e isolamento total devido à Covid - 19 é pesado até para o presidente Bolsonaro.]

Blog Radar - Revista VEJA


terça-feira, 31 de março de 2020

Custo do Bolsa Família vai dobrar e o auxílio aos informais vai a R$ 60 bilhões - Míriam Leitão

O Globo



O pensamento na equipe econômica é que o governo tem que apoiar os mais frágeis. Esse é a prioridade. A preocupação por lá é evitar qualquer oportunismo que apareça neste momento. As sugestões de aumentos de gastos surgem a todo o momento. Na realidade, o foco é elevar as despesas com os mais pobres. É o melhor sob qualquer ponto de vista, seja social, moral ou econômico. Isso é o que vai resolver o dilema. Na economia paralisada, o apoio a quem perdeu sua capacidade de geração de renda tem que ser forte.

Surgiu a ideia, por exemplo, de que o Rio não seja obrigado a vender a Cedae, a companhia de água e esgoto do estado, quando tudo isso passar. Era algo já acertado no plano de recuperação do Rio. É preciso cuidado com os oportunismos.  O problema maior agora é a burocracia atrasar o envio do dinheiro aos mais fragilizados. O governo já deveria ter estruturado a forma para distribuir os recursos, sem esperar pela aprovação no Senado. Na segunda-feira, o ministro Onyx Lorenzoni, da Cidadania, falou em acionar os Centros de Referência de Assistência Social, presentes em todos os municípios. O economista Paes de Barros já havia me falado isso em entrevista. Mas isso exige articulação com os municípios, e não briga, como tem feito o governo federal em algumas áreas.

A equipe econômica não tem especialista em combate à pobreza. É um tema muito específico, complexo. Mas há no governo quem entenda do tema. O Ipea, por exemplo, está estudando como ampliar o Cadastro Único. Neste momento, a primeira coisa a fazer é pagar imediatamente para as 70 milhões de pessoas já registradas.

Senado prepara 'pacotão social' para amanhã; governo pede tempo para avaliar

Ideia é estender o número de categorias atendidas pelo auxílio do governo e criar Renda Básica de Cidadania Emergencial

O autor original é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e tem Esperidião Amin (PP-SC) como relator. O Senado aprovou ontem auxílio de R$ 600 mensais para trabalhadores informais e temporários. O texto seguiu para a sanção do presidente Jair Bolsonaro, que prometeu assiná-lo ainda hoje.


Ainda em elaboração, a proposta central é atender a todas as pessoas inscritas no Cadastro Único (CadÚnico), do Ministério da Cidadania, principal fonte de informações sociais do país, que tenham renda inferior a três salários mínimos.  Antes da ideia de aumentar esse pacote, incorporando categorias a serem atendidas, Randolfe diz que a projeção era atender 40 milhões de pessoas, com custo de R$ 28 bilhões para o governo. Segundo o senador, esses números devem crescer.

Bezerra pediu que os senadores apresentassem o relatório - em elaboração por Amin - para que o governo possa avaliá-lo antes da votação. Por isso, a análise do projeto foi adiada para amanhã. O fato de Bolsonaro ainda não ter sancionado o projeto aprovado ontem também contribuiu para o cancelamento da votação hoje. A estimativa de líderes do Congresso é que o projeto aprovado ontem atenda 25 milhões de pessoas.

O Globo


quinta-feira, 24 de outubro de 2019

SUPREMA PRESSÃO - O Globo

O Supremo na mira das milícias virtuais 

Bernardo Mello Franco

O ministro Marco Aurélio Mello tocou no assunto ao seu estilo: com ironia. Ao iniciar o voto de ontem, ele mencionou os vídeos em que caminhoneiros bolsonaristas ameaçam invadir o STF. “Recebi no WhatsApp que se estaria reforçando a rampa aqui do Supremo, porque teríamos caminhão subindo...”, disse, com um sorriso no rosto.
 
Em tom mais grave, outros ministros também reclamaram do bombardeio virtual dos últimos dias. É uma campanha orquestrada, com métodos testados na disputa eleitoral de 2018.  O decano Celso de Mello identificou, nas novas ameaças à Corte, a “atuação sinistra de delinquentes que vivem da atmosfera sombria e covarde do submundo digital”. Acrescentou que esses grupos perseguem “um estranho e perigoso projeto de poder”, incompatível com o regime democrático.

Há três décadas no Supremo, o ministro disse que o Brasil passa por um momento “extremamente delicado”, em que é assombrado por “espectros ameaçadores, surtos autoritários e manifestações de grave intolerância que dividem a sociedade civil”. Não foi a primeira vez que ele alertou para tentativas de intimidação do Judiciário na “nova era”. [irônico é a diferença de classificação do que diz o presidente da República - JAIR BOLSONARO - e o decano do STF - ministro Celso de Mello.
Quando o presidente comenta sobre ameaças dizem ser paranóia,já o decano seus comentários praticamente transformam ameaças virtuais em materiais.]
A nova onda de pressões tenta emparedar os ministros contrários à prisão de réus condenados em segunda instância. Isso não impediu que os favoráveis à regra atual também protestassem contra a agressividade dos ataques.

Para Alexandre de Moraes, o STF tem sido alvo de um bombardeio que mistura ameaças, discursos de ódio e fake news. Ele reclamou de uma “pregação fundamentalista” que prevê o apocalipse antes de julgamentos importantes. “De cada decisão judicial, dependeria o sucesso ou a ruína da nação”, disse. A ofensiva dos caminhoneiros contra o Supremo é liderada por Ramiro Cruz Júnior, que acusa o tribunal de tentar “soltar bandidos no atacado”. Ele ostenta proximidade com a família Bolsonaro e tentou se eleger deputado pelo PSL. Foi recebido pelo presidente em 17 de abril, segundo registros oficiais do Planalto.

Bernardo Mello Franco,  colunista de  política do Globo


sábado, 20 de julho de 2019

Sob ameaça de greve, ministro encontrará caminhoneiros para discutir frete - Veja - Economia

Com críticas da categorias, novas regras de preço entram em vigor neste sábado; encontro com Tarcísio de Freitas (Infraestrutura) será nesta semana

[ou o governo joga duro, pesado, com os caminhoneiros ou maio 2018 se repetirá;

os caminhoneiros parecem fortes, mas, não são. Se o governo punir pesado as transportadoras - que ou aderem à greve  de forma clara ou faz corpo mole na punição aos seus motoristas -, que cometem 'lock-out', que é crime e assim forçar a que elas não interfiram, os caminhoneiros não aguentam um mês.

A maior parte deles além das despesas normais de qualquer trabalhadores tem dívidas pesadas com o pagamento de prestações de caminhões e outras despesas.

Um mês sem entrar grana e eles entregam os pontos. E, para punir os que estão obstruindo estradas, basta o Código Nacional de Trânsito - desde que as punições aplicadas sejam realmente aplicadas, sem nada de anistia. Os caminhoneiros precisam ser convencidos que os interesses da sociedade prevalecem sobre os de qualquer categoria.

E a médio/longo prazo a solução está em privilegiar o transporte ferroviário, transforma no principal, junto com o rodoviário. O rodoviário  deve ser mais para distribuir no porta a porta.]

 


A nova tabela do frete publicada nesta semana pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e que entra em vigor neste sábado, 20, é criticada por caminhoneiros parte deles discute, inclusive, uma possível paralisação. Do outro lado, o governo afirma que as regras foram amplamente discutidas com a categoria. Segundo o Ministério da Infraestrutura, uma reunião do ministro Tarcísio de Freitas com a classe ocorrerá na semana que vem para solucionar a questão.

A tabela de preço de frete mínimo foi reivindicada durante a greve dos caminhoneiros do ano passado. Até este sábado, o método utilizado levava em conta apenas a quilometragem percorrida. Agora, fatores como o tempo de carga e descarga, custo com depreciação do caminhão, entre outros, também entrarão no cálculo. Os caminhoneiros, porém, afirmam que os novos valores não são adequados e cobrem apenas os custos e não geram receita.

Segundo lei publicada ainda no governo Temer, as regras de cálculo deveriam ser anunciadas todo semestre (até os dias 20 de janeiro ou de julho). Caso não ocorresse modificação, os valores da tabela deveriam ser reajustados pelo IPCA – como ocorreu em janeiro. Essa é, portanto, a primeira mudança nas regras de cálculo desde que a tabela foi surgiu. Além disso, caminhoneiros afirmam que os valores não eram fiscalizados e havia descumprimento das regras.

Parte dos caminhoneiros aguardava até esta sexta-feira que a resolução fosse revogada ou substituída, após muitas críticas da categoria ao novo modelo. No entanto, a ANTT confirmou a VEJA que a medida está mantida para entrar em vigor neste sábado. Além disso, segundo o Ministério da Infraestrutura, haverá uma reunião do ministro com a categoria na semana que vem, ainda sem data definida.
Caminhoneiros confirmaram o encontro. Uma possível ameaça de greve ainda existe, mas a situação tende a se acalmar até a reunião com Tarcísio, segundo a categoria. Questionado na sexta-feira sobre o assunto, o presidente Jair Bolsonaro disse não acreditar em uma paralisação.”Acredito que caminhoneiros não façam paralisação porque isso atrapalha muito a economia.”

Um dos líderes da paralisação de maio de 2018, Wanderlei Alves, conhecido como Dedéco, afirmou nesta sexta-feira a VEJA que os novos valores são mais baixos e só “envolvem o custo, o que se gasta efetivamente em uma viagem” e não o “lucro”. Com isso, afirma ele, “é como se recebêssemos apenas o vale refeição e o vale transporte e não o salário”, comparou. Ainda segundo ele, “tem muito caminhoneiro querendo parar”, por causa da resolução.

Outro líder da paralisação do ano passado, Wallace Costa Landim, conhecido como Chorão, publicou em seu Facebook um vídeo, em que também critica as novas regras, elaboradas pela Esalq-Log, grupo de pesquisa ligado à faculdade da USP.  Além disso, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) informou que está avaliando tecnicamente a nova resolução. Segundo a instituição, “o Piso Mínimo de Fretes tem que dar a adequada retribuição ao caminhoneiro pelo serviço prestado”, informou, em nota. Outra representante da categoria, a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) preferiu não comentar o caso.

Do outro lado, a ANTT informou que a nova resolução da tabela do frete foi elaborada “após audiência públicas, com a presença de sociedade, transportadores autônomos, empresas e cooperativas de transporte, contratantes de frete, embarcadores e diversos outros agentes da sociedade”.  Ainda de acordo com a instituição, “foram recebidas aproximadamente 500 contribuições específicas” e “parte significativa dessas contribuições foram acatadas e serviram de subsídio para aprimoramento da proposta submetida”, comunicou, em nota.

Economia - Veja

 

sábado, 8 de junho de 2019

Farra no Itamaraty

ISTOÉ teve acesso com exclusividade a um documento do Ministério das Relações Exteriores contendo informações sobre a farra na liberação de passaportes diplomáticos concedidos na gestão do ministro Ernesto Araújo. Somente nos quatro primeiros meses deste ano, o Itamaraty concedeu 986 passaportes (com esses passaportes especiais, o cidadão pode entrar em qualquer país, sem visto, e ter regalias no embarque e desembarque). Esse total dá uma média de quase 250 passaportes diplomáticos ao mês. O número surpreende, pois, em 2018, foram concedidos 1.200 mil documentos especiais durante o ano inteiro. Ou seja, uma média mensal de 100 passaportes. Isso significa que a média mensal aumentou em 150% durante o governo Bolsonaro.

Privilégios
O mais grave é que pelo menos 500 desses passaportes foram concedidos para ministros, deputados e senadores. Na lista de beneficiários, estão nomes que já nem mais fazem parte do governo, como o ex-ministro Ricardo Vélez Rodrigues. Também conseguiram o documento personalidades políticas como o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL).

Parentes
Além dos políticos, os passaportes foram dados para seus parentes, como esposas e filhos. Estão na lista ainda o governador do DF, Ibaneis Rocha. Até mesmo integrantes do PSL que lutam contra os privilégios, em teoria, solicitaram o documento. A senadora Soraya Thronicke conseguiu o documento para ela e para a filha, Isabela Thronicke.

Doenças raras
A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) acaba de ser eleita presidente da Comissão de Doenças Raras do Senado. O vice será o senador Romário (Podemos-RJ). Tetraplégica, Mara vive numa cadeira de rodas e Romário tem uma filha com Síndrome de Down. Os dois lutam em defesa das pessoas com deficiência. Ao tomar posse, Mara disse: “Os casos são raros, mas são muitos”. (sic)

Rápidas
* Desmancha prazeres, Bolsonaro determinou o fechamento do escritório da Itaipu em Curitiba, onde trabalha Rosângela da Silva, namorada de Lula. Os 150 funcionários serão transferidos para Foz do Iguaçu. A filial gastava R$ 7 milhões por ano.

* A Câmara vai gastar R$ 5,2 milhões com a compra de 20 elevadores para instalar em apartamentos funcionais dos deputados. O pregão para solicitação deveria ter saído em maio, mas foi suspenso por questões administrativas. Deve sair este mês.

* A esquerda quer continuar bagunçando o coreto. O PSOL, PT e a CUT marcaram greve geral para o próximo dia 14 de junho, contra a Reforma da Previdência. Todo mundo sabe que a reforma é a única coisa que pode tirar o país do caos em que está.

* Para impedir uma greve de caminhoneiros, Bolsonaro comemora a queda no preço dos combustíveis: 6% no Diesel e 7,2% na gasolina. Colocou ainda seus ministros para negociar com os motoristas.

IstoÉ






quarta-feira, 5 de junho de 2019

Projeto de Bolsonaro acaba com exame toxicológico para caminhoneiros

A proposta não foi colocada de maneira explícita no projeto


O projeto de lei que Jair Bolsonaro entregou na manhã desta terça, 4, à Câmara dos Deputados revoga a exigência de exames toxicológicos regulares para motoristas de caminhões, ônibus e vans. Incluído em 2015 no Código de Trânsito Brasileiro, o artigo determina a obrigatoriedade dos exames para habilitação e renovação de carteiras de habilitação das categorias C, D e E.  A proposta não foi colocada de maneira explícita no projeto que Bolsonaro fez questão de entregar pessoalmente a Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados


[presidente Bolsonaro, por favor, informe aos seus eleitores qual a razão de tanta proteção aos caminhoneiros? pertencem a uma categoria importante para o progresso do Brasil, quando trabalham, mas, quando  paralisam suas atividades e apelam para a extorsão, chantagem -são altamente nocivos ao Brasil - até hoje a economia ainda sofre os efeitos da greve (lockout) de 2018.


- recentemente o senhor mexeu no preço do diesel cedendo a pressões deles; 

- agora está facilitando que os caminhoneiros possam renovar a habilitação sem se submeter a exames toxicológicos e com isso aumentar o risco em nossas rodovias com veículos pesados, dirigidos por motoristas drogados - sabemos que não são todos, mas, grande parte dos caminhoneiros dirigem sob o efeito de drogas (o arrebite é apenas uma das várias que são consumidas). 


Senhor presidente, precisamos combater o tráfico de drogas - todas elas - e uma das formas é combatendo o  consumo, aumento as penas para traficantes e usuários - não havendo usuário, não existe demanda, situação que desestimula o traficante.

Se cada vez que um motorista 'tossir', fazer chantagem ameaçando com greve, o governo conceder um beneficio a elas, vão querer mais e mais, chegará um momento em que sem os anéis o governo terá que começar a entregar os dedos.


A melhor forma de combater um chantagista é não ceder a chantagem, partir para o confronto.

Somos totalmente favoráveis ao livre porte e posse de armas - que cada cidadão possa comprar as armas que desejar e tiver condições financeiras para tanto;
agora convenhamos permitir que caminhoneiros drogados circulem nas estradas dirigindo veículos pesados e ainda mais armados, não está certo.
Sem esquecer que na primeira vez que o senhor não ceder as pressões da categoria por benesses - em outras palavras, não ceder a chantagem - as armas serão usadas pelos caminhoneiros contra a polícia.

- outra dificil de entender é que beneficio traz para o Brasil NÃO MULTAR irresponsáveis que conduzem crianças em um veículo automotor sem o uso da cadeirinhas.


Senhor presidente o senhor foi eleito para fazer o melhor para o Brasil - o que inclui, sem limitar, combater a criminalidade sobre todas as suas formas e tornar realidade o lema ORDEM E PROGRESSO.]




O texto apenas declara revogados pontos do Código de Trânsito, entre eles, o “art. 148-A”. A lei atual prevê que os exames sejam feitos em intervalos de até dois anos e seis meses.  Presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz classificou a proposta de “vergonhosa” e de “demagogia”. “Isto é um acinte. Ele (Bolsonaro) perdeu completamente o norte”, afirmou ao Radar. Para Santa Cruz, a revogação da exigência atende uma reivindicação de caminhoneiros e, se aprovada, vai aumentar os acidentes de trânsito.

De acordo com o presidente da OAB, a exigência dos exames teve impacto imediato entre motoristas profissionais. Dos 12 milhões de integrantes da categoria, 2,2 milhões deixaram de renovar suas carteiras desde que o artigo entrou em vigor. Afirmou que caminhões representam 4% da frota nacional de veículos, mas estão envolvidos em 55% dos acidentes com mortes.

(por Fernando Molica)
 

sábado, 1 de junho de 2019

Bolsonaro defende agenda conservadora e critica o STF

Em Goiás, presidente sugere que pode indicar magistrado evangélico ao Supremo e almoça com caminhoneiros

Em discurso na Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, em Goiânia, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticou a atuação do STF ao enquadrar a homofobia como racismo, sem aguardar decisão do Congresso sobre o tema. O presidente sinalizou que pode indicar para a Corte um magistrado evangélico. “Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, perguntou, sob aplausos da plateia. 

A crítica à atuação do STF ocorreu três dias depois de articular um “pacto pelo Brasil” com o Judiciário e o Legislativo. Ainda em Goiás, e em mais um encontro com sua base eleitoral, Bolsonaro desceu de helicóptero em posto de gasolina de beira de estrada em Anápolis e almoçou com cerca de 30 caminhoneiros. Ele disse que seu governo não vai lotear cargos e só mudará sua postura “se alguém cassar” o seu mandato.

Três dias depois de articular um “pacto pelo Brasil” em parceria com o Judiciário, [o pacto foi sugerido pelo presidente do STF, ministro Dias Toffoli.]  o presidente Jair Bolsonaro criticou ontem a atuação legislativa do Supremo Tribunal Federal (STF) por enquadrar a homofobia como racismo, antes mesmo de o Congresso decidir sobre o tema. O presidente indicou que pretende escolher para o tribunal um magistrado evangélico, alinhado com sua ideologia e parte expressiva de sua base eleitoral. “Não me venha a imprensa dizer que eu quero misturar a Justiça com a religião. Todos nós temos uma religião ou não temos. Respeitamos e tem que respeitar. Será que não está na hora de termos um ministro do Supremo Tribunal Federal evangélico?”, perguntou o presidente, aplaudido de pé por fiéis que participaram da Convenção Nacional das Assembleias de Deus, em Goiânia.

A sinalização de Bolsonaro de que pode indicar um ministro de perfil conservador para o Supremo ocorre em um momento em que a Corte é cobrada para decidir sobre a chamada “pauta de costumes”, que contraria o seu “eleitorado raiz”. Além do julgamento da homofobia, que deve ser concluído em 13 de junho, tramitam no Supremo processos sobre a descriminalização da maconha e do aborto, o uso de banheiro [o tal banheiro público unissex.] por transexuais e as restrições para a doação de sangue por homens homossexuais. Todos esses assuntos são tema de projetos emperrados no Congresso. [se liberar todos esses absurdos realmente a FAMÍLIA, a MORAL e os BONS COSTUMES estão sendo sepultados; 
será que só os integrantes das minorias possuem direitos no Brasil?]

Relator de uma das ações sobre homofobia, o decano do STF, ministro Celso de Mello, rebateu o presidente ao afirmar que é “absolutamente irrelevante a fé religiosa que um juiz da Suprema Corte possa ter”. “Nesse domínio, há de prevalecer, sempre, um comportamento de absoluta neutralidade dos magistrados em assuntos de ordem confessional”, disse. Um outro ministro, no entanto, afirmou em caráter reservado que a escolha de um evangélico para a Corte pode ser uma boa opção. O magistrado disse, ainda, que muita gente concorda com o pensamento de Bolsonaro sobre a criminalização da homofobia.

Na prática, o comentário do presidente reanimou a bolsa de apostas sobre as indicações que ele fará ao STF. O juiz federal Marcelo Bretas, que atua no braço da Operação Lava Jato no Rio, por exemplo, é evangélico. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, é católico. Na semana passada, o Supremo formou maioria para que a discriminação contra homossexuais e transexuais seja enquadrada como crime de racismo até o Congresso aprovar uma lei sobre o tema. [é sempre bom lembrar que os ministros do STF podem mudar o voto até o momento da proclamação da decisão - o que ainda não ocorreu.]

Em sua tese de mestrado da USP, a professora de Direito Constitucional Luciana Ramos argumentou que o Supremo já entendeu ter havido omissão legislativa em 122 casos julgados pelo tribunal, de 1988 até 2009. Levantamento do Estado mostra que o tribunal tem aumentado o rigor ao apontar a inércia do Parlamento em temas sensíveis, como greve de trabalhadores e discriminação contra a população LGBT.Em vez de apenas notificar o Congresso para a “adoção das providências necessárias”, o tribunal tem buscado saídas jurídicas para resolver o que os ministros entendem como questões “negligenciadas” pelos parlamentares. “Muitas vezes, o legislador não agia diante de uma ação e o Supremo começou a entender que simplesmente notificar o Legislativo não era suficiente”, disse Thiago Amparo, especialista em Direitos Humanos da FGV-SP. [o STF abusa ao persistir no julgamento da ação em comento; a Suprema Corte foi tempestivamente notificada pelo Senado de que dois projetos tramitam naquela Casa sobre o assunto;
além do que, salvo melhor juízo, o Supremo costuma ser lento no julgamento de determinados assuntos.
Exemplo, um pedido de vista do ministro Fux segurou por três anos uma ação contra o auxílio-moradia.
Ao segurar o andamento de um processo por período tão longo o ministro Fux foi omisso? o STF aceitaria uma ação contra o ministro por aquela 'omissão'?]

Até 2006, o STF se limitava a declarar a omissão legislativa e comunicar o órgão responsável. De lá para cá, no entanto, passou não apenas a notificar, mas também a decidir sobre o tema em questão. Foi o que ocorreu em 2007, quando determinou a aplicação da lei de greve de trabalhadores privados para os servidores públicos. Em 2016, a Corte deu prazo de 12 meses para que os parlamentares editassem normas sobre compensações para Estados, em decorrência da redução de impostos para exportações, a chamada Lei Kandir; e, agora, com a homofobia.

Fé. 
Bolsonaro é católico,[???] mas não costuma ir à missa e frequenta igrejas evangélicas há vários anos. A primeira-dama Michelle e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, são da Igreja Batista. “O presidente tem imagem de militar durão, mas nos cultos é chorão”, disse o deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), integrante da bancada evangélica.  Em maio de 2016, Bolsonaro foi batizado no Rio Jordão, em Israel, pelo Pastor Everaldo, presidente do PSC. Ao menos quatro dos 22 ministros da equipe de Bolsonaro são evangélicos: Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), André Mendonça (Advocacia-Geral da União) e Marcelo Álvaro Antônio (Turismo).

Em maio, o Estado revelou estudo mostrando que, de cada cem tuítes com a palavra Bolsonaro, quatro traziam citações a Deus, Jesus e Satanás. Para os evangélicos, Bolsonaro é o presidente que vai derrotar o diabo na luta do bem contra o mal.

sábado, 11 de maio de 2019

Na bala, no tiro, na marra - armas acima de tudo

Os reflexos do "libera-geral" do porte de armas para as mais diversas categorias profissionais

Governo Bolsonaro promove mais um retrocesso com a assinatura de um decreto que facilita a posse e o porte de armas no País. O que vale agora é a lei do mais forte

[para 'calar a boca' dos defensores do desarmamento ressaltamos que nos EUA - pais referência  na liberalidade na posse e porte de armas de fogo - morrem mais pessoas vítimas de arma de fogo do que no Brasil.

Se o número de mortos por armas de fogo, fosse proporcional ao número de armas em circulação, em poder do cidadão, tal número nos Estados Unidos seria várias vezes superior aos do Brasil.

Preferimos não citar estatísticas e deixar por conta do próprio leitor que em rápida pesquisa no Google constatará que morrem no Brasil, vitimas de armas de fogo,  mais pessoas do que nos Estados Unidos. PESQUISEM, COMPROVEM O QUE AFIRMAMOS. 

Houve algumas 'caneladas' no decreto, que tornam alguns pontos do decreto passíveis de inconstitucionalidade,  mas, tudo de fácil correção.  Nada que impeça que as pessoas de BEM possam se defender.]

Um país armado onde tudo se resolve na bala. Parece ser esse o projeto de sociedade do presidente Jair Bolsonaro. Seu pleno alinhamento com a chamada bancada da bala no Congresso Nacional e a clara postura pessoal belicista, estão visíveis no ato de assinatura do decreto que flexibiliza a posse e o porte de arma de fogo e o acesso a munições no Brasil, assinado na última terça-feira 7. O decreto, uma promessa de campanha, permite, por exemplo, a aquisição de 1000 balas por ano — anteriormente esse limite era de 50. Também muda o conceito para o uso em residência e amplia o rol de artefatos comercializados. Agora a posse vai abranger todo entorno do imóvel, seja no meio rural ou urbano, e os cidadãos vão poder comprar armas de uso restrito das Forças Armadas. O texto permite que as pessoas carreguem nas ruas seus revólveres e pistolas prontas para utilização. Portanto, o ato do disparo passa a ser permitido em qualquer ocasião, só depende de violenta emoção, surpresa e do acaso.


A trágica norma é abrangente e permite que várias categorias profissionais possam ter o porte. Moradores de áreas rurais, políticos, jornalistas que fazem cobertura policial, advogados, caminhoneiros, colecionadores de arma, caçadores e os agentes de trânsito agora podem se defender da ação de um “cidadão do mal”. Na afirmação do presidente da República, “não é um projeto de segurança pública. É, no nosso entendimento, algo mais importante: um direito individual, daquele que, por ventura, queira ter uma arma”. Segundo estimativa do Instituto Sou da Paz, as novas regras permitirão que cerca de 19 milhões de brasileiros tenham porte ou posse de armas. A decisão de Bolsonaro joga no lixo o Estatuto do Desarmamento. [o tal 'estatuto' deveria ter sido jogado não só no lixo, quanto no esgoto e mesmo no cesto de papel higiênico usado - tanto o próprio instrumento quanto os que o aprovaram.
A grande verdade é que o mentor original do famigerado estatuto foi, e continua sendo, o Foro de São Paulo e seu objetivo era o de desarmar os cidadãos de BEM, deixando com armas a polícia - que pretendia cooptar,  com o seu projeto de poder, felizmente fracassado, derrotado por Jair Bolsonaro (sem  necessidade da intervenção do aiatolá de Virginia) - 
 a bandidagem não institucionalizada e as quadrilhas, gangs ou milícias no estilo MST, MTST, Via Campesina e outros do mesmo naipe, para garantir que o Brasil seria em breve uma Venezuela.] Como é de se esperar, instituições como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública se manifestaram contrariamente ao decreto. “Vemos com bastante preocupação a possibilidade de facilitar o acesso a armas de fogo. O governo federal não deveria apostar em receitas comprovadamente equivocadas”, diz em nota. Existe outro aspecto deletério no decreto. 

Crianças e adolescentes com uma simples autorização assinada por apenas um dos responsáveis legais vão poder portar e praticar o chamado tiro esportivo, em escolas ou clubes. “As mudanças nos critérios, como a falta de autorização judicial e de atestado psicológico para adolescentes, vão ocasionar tragédias do tipo que aconteceu na escola de Suzano”, prevê o advogado Ariel de Castro Alves, especialista em Direitos Humanos e Segurança Pública. Bolsonaro, ao assinar o decreto, também se posiciona contra a opinião pública. Pesquisa realizada pelo Datafolha, em abril, mostrou que 64% dos entrevistados afirmaram que possuir uma arma de fogo não deve ser um direito. 



Para Felipe Angeli, do Instituto Sou da Paz, o presidente teve uma atitude não democrática. “Bolsonaro atropelou o Congresso Nacional. Não é competência do executivo fazer essa discussão. No Estado Democrático de Direito isso é incompatível”, disse. Mesmo já estando publicado no Diário Oficial da União, o decreto pode sofrer mudanças no Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Poder Legislativo. “O artigo 6° do Estatuto do Desarmamento prevê uma proibição do porte de forma indiscriminada em todo o território nacional”, diz. “Ou seja, esse decreto é inconstitucional”. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia pediu à consultoria legislativa um estudo sobre a constitucionalidade do decreto a fim de verificar se ele não avança nas prerrogativas do Poder Legislativo.


A Taurus, empresa que monopoliza o comercio de armamento no Brasil, vai se beneficiar a curto e médio prazo. No dia seguinte à assinatura do decreto, suas ações na Bolsa registraram alta de 20%. Segundo o professor de Relações Exteriores da FAAP, Davi Magalhães, essa promulgação vai mudar o comércio de armamento. “Vai favorecer empresas de armas nacionais no inicio, mas abrirá o mercado para empresas estrangeiras. Além disso, a ala mais conservadora da sociedade brasileira vai reforçar o apoio ao governo”, diz. Com seu decreto, Bolsonaro garante, de forma subjetiva, estar beneficiando o “cidadão de bem”, mas o que está clara é a opção pela violência e pela barbárie.

IstoÉ OnLine




sexta-feira, 10 de maio de 2019

Rosa Weber dá 5 dias para Bolsonaro explicar decreto sobre porte de armas

Ministra é relatora de ação movida pela Rede Sustentabilidade; consultorias legislativas da Câmara e do Senado apontaram que presidente se excedeu em medida

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para que expliquem o decreto que facilitou o porte de armas para colecionadores e atiradores e para uma vasta gama de categorias profissionais, que inclui até caminhoneiros e jornalistas.

[apesar do revés que representa para a politica de combate à criminalidade, o decreto do presidente Bolsonaro presenta falhas que pode obrigar sua alteração, substancial e até mesmo restritiva ao porte de armas.
A função primeira de um decreto é regulamentar, na prática explicar, esclarecer, o teor de uma Lei.
Os decretos costumam descer a limites que as leis não vão, da mesma forma que uma portaria detalha mais ainda um decreto.
Só que detalhar, explicar, esclarecer, por óbvio, não permite modificar o conteúdo da Lei sob regulamentação, qual seja, objeto do decreto.
O decreto em questão acrescenta categorias entre as que possuem direitos ao porte de armas, reduz exigências - em outras palavras, introduz no famigerado 'estatuto de desarmamento'  conteúdo que não existe no mesmo.
Será que foi redigido pelo Olavo de Carvalho ou por algum olavete inspirado pelo astrólogo? 

Mas, estamos no Brasil e tudo é possível. Na Lei de Acesso a Informação, não havia - e continua não havendo - a permissão para divulgar, de forma individualizada, a remuneração do servidor público.
Só que no decreto que a regulamenta, foi inserido um parágrafo que permite tal individualização. A matéria foi contestada no STF, mas o ex-ministro Ayres Britto aceitou a mudança e hoje os servidores públicos tem seu salários divulgados de forma individual e nada ocorre.

Assim, se o STF, entender que pode incluir categorias, reduzir exigências, o decreto que facilita a defesa das PESSOAS DE BEM que residem no Brasil, é válido. Caso contrário, volta tudo a ESTACA ZERO.]

Decorrido esse prazo, Rosa requer que a Advocacia-Geral da União (AGU), a Procuradoria-Geral da República (PGR), a Câmara e o Senado também se manifestem. Consultorias legislativas das duas casas apontam para excessos do presidente no texto. A ministra é a relatora de uma ação da Rede Sustentabilidade que contesta a legalidade do decreto, argumentando que, no texto, o presidente Jair Bolsonaro contraria ao menos três normas previstas no Estatuto do Desarmamento, entre elas as que dizem respeito ao limite de compra de armas de fogo e munições, o transporte por colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) de armas municiadas e as categorias previstas pela lei de 2003 que regulou o tema.

Mesma posição tem as consultorias das casas do Congresso Nacional. Elaborado a pedido do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o parecer do secretário-geral da Mesa da Casa, Leonardo Barbosa, cita, por exemplo, o trecho do decreto que estende o porte de armas para praças das Forças Armadas, apesar da lei prever restrições impostas pelo Exército, Marinha e Aeronáutica.

No Senado, os consultores legislativos Daniel Osti Coscrato e Jayme Santiago também opinam que o decreto ultrapassou o limite legal ao conceder o porte de arma de fogo geral e irrestrito aos colecionadores e caçadores, “presumindo, de forma absoluta, que tais categorias cumprem o requisito de ‘efetiva necessidade”. Os técnicos apontam inconsistências no trecho que trata de algumas categorias de servidores, como oficiais de Justiça e agentes de trânsito. Para eles, a legislação prevê a análise prévia da Polícia Federal, dispensada por Bolsonaro no decreto.

Revista VEJA