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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Os bispos se levantam contra a legalização do aborto pelo STF - Marcio Antonio Campos

Gazeta do Povo - VOZES

Vaticano, CNBB e Igreja Católica em geral.

ADPF 442

 O presidente da CNBB, dom Jaime Spengler (à direita) e o secretário-geral da conferência, dom Ricardo Hoepers (à esquerda), em foto de 19 de setembro de 2023.

O presidente da CNBB, dom Jaime Spengler (à direita) e o secretário-geral da conferência, dom Ricardo Hoepers (à esquerda).| Foto: CNBB/Flickr 
Como eu imaginei, logo a ADPF 442 estará na pauta do Supremo. 
No último dia 12, a ação que pretende legalizar o aborto no Brasil até a 12.ª semana de gestação foi liberada para julgamento pela relatora, Rosa Weber, que também é presidente do STF. [a ilustre ministra está exercendo uma faculdade do seu cargo e que certamente não a ajudará espiritualmente nem a isentará de eterna pesada punição - pessoalmente, defendemos que TODOS e TODAS, independentemente  do que sejam no mundo religioso ou profano, que defendem o aborto (assassinato covarde e vil de seres humanos inocentes e indefesos)  sejam  sumariamente EXCOMUNGADOS.]
Como ela se aposenta daqui a alguns dias, impossível que ela não quisesse iniciar logo o julgamento, para poder dar seu voto certo a favor do genocídio de pequenos seres humanos indefesos e inocentes. Felizmente, desde que a notícia da liberação da ADPF para julgamento veio a público, o episcopado brasileiro tem reagido de uma forma que vem dando gosto de ver. 
 
Primeiro, a nota da cúpula da CNBB, que, além de reafirmar o valor da vida desde o momento da concepção, denuncia o absurdo de se usar a via judiciária para resolver uma questão que cabe unicamente ao Poder Legislativo
A CNBB chamou a ação de “pauta antidemocrática”, porque é exatamente isso: um partido político nanico, incapaz de convencer o eleitor a endossar suas plataformas, resultando em uma bancada minúscula, deixa de lado a arena legislativa e quer vencer no tapetão. 
Além disso, a CNBB ainda publicou um vídeo em que seu assessor jurídico aponta vários erros da ADPF:
 

Bispos em todo o Brasil também já se manifestaram pelos mais diversos meios. O cardeal-arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, tem usado bastante o X (ex-Twitter) a esse respeito.

Dom José Antonio Peruzzo, arcebispo daqui de Curitiba, usou o Instagram, e, no Rio Grande do Sul, dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo de Frederico Westphalen, publicou uma excelente Nota Pastoral.

Trago aqui apenas três exemplos, mas temos bispos no país inteiro fazendo o mesmo. 
 Sem falar nos sacerdotes e leigos católicos com enorme audiência na internet, e que também estão fazendo a sua parte. 
Como a data exata para início do julgamento ainda não foi divulgada, ao menos até esta tarde de terça-feira, ainda há tempo para a CNBB e os bispos adotarem uma série de outras iniciativas. 
Eu sugeriria retomar imediatamente as orações nas missas, seguindo a sugestão que a CNBB fizera para o segundo domingo de agosto. Durante a semana não temos a oração dos fiéis, mas a Oração do Nascituro cabe perfeitamente antes da bênção final; aos domingos, quando o rito prevê a oração dos fiéis, que também seja incluída a prece:
“Está tramitando no STF – Supremo Tribunal Federal a ADPF 442 (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) que tem como objetivo descriminalizar quem provoca ou consente com o aborto. 
Os deputados, representantes do povo, disseram não ao aborto, porém há uma força muito forte para que o STF paute este assunto para descriminalizar o aborto. 
Rezemos por aqueles que têm a missão de promover e defender a vida, para que não se deixem intimidar pelo poder da morte e por ideologias de exploração dos mais vulneráveis. V: Rezemos ao senhor.”

Ainda há tempo para a CNBB e os bispos adotarem uma série de outras iniciativas antes que comece o julgamento da ADPF 442

Dá para os bispos fazerem mais que isso? Como já afirmei outro dia, tenho certeza de que a CNBB está realizando intenso trabalho de bastidores. Mas eu não descartaria um uso educativo das penas canônicas. O bispo de Caruaru (PE), dom José Ruy Gonçalves Lopes, pediu explicitamente aos padres de sua diocese que não deem a comunhão a abortistas, e tem toda a razão, pois é exatamente o que está previsto no cânone 915 do Código de Direito Canônico: “Não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto” – a defesa do aborto se encaixa direitinho no conceito de “pecado grave manifesto”. Se alguém tiver dúvida, vejam o que o então cardeal Joseph Ratzinger escreveu aos bispos norte-americanos em 2000, a respeito de políticos abortistas:

“Quando a cooperação formal de uma pessoa se torna evidente (entenda-se, no caso de um político católico, sua consistente defesa e votos em favor de leis permissivas sobre aborto e eutanásia), seu Pastor deve procurá-lo, instruí-lo sobre o ensinamento da Igreja, informá-lo de que ele não deve se apresentar para receber a Sagrada Comunhão até que encerre essa situação objetiva de pecado, e avisá-lo de que ele terá negada a Eucaristia. ‘Quando, porém, se apresentarem situações em que tais precauções não tenham obtido efeito (...), o ministro da distribuição da Comunhão deve recusar-se a dá-la’”.

Mais que isso, acho que só a excomunhão. [que é automática para a mãe assassina - aborto é assassinato de ser humano inocente e indefeso - e para  todos que agirem diretamente no processo de assassinato.] - Quem age diretamente em um aborto (gestante, médicos etc.) está excomungado automaticamente (cânone 1.398); não é nem mesmo necessário que o bispo local faça algum tipo de declaração, embora alguns, como dom José Cardoso Sobrinho, tivessem esse hábito para reforçar que havia uma pena canônica prevista para o aborto. 
Eu tenho minhas dúvidas quanto à excomunhão automática de um político ou juiz que votasse, no parlamento ou no tribunal, pela legalização do aborto ou pelo aumento das circunstâncias em que ele seria legal, mas absolutamente nada impede que neste caso ocorra a excomunhão ferendae sententiae, aquela que não é automática, mas ocorre por decisão da autoridade eclesiástica. 
Obviamente, neste caso uma ação estaria limitada aos ministros do STF que se declaram católicos até onde se sabe, é o caso de Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Edson Fachin, Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Nunes Marques (que também é maçom) e Cristiano Zanin.
 
Antes de terminar, quero lembrar que muito cruzadinho de internet já se apressou a dizer algo como “é, mas bispo Fulano fez o L, não fez?” ou coisa parecida. 
Sim, provavelmente ao menos alguns bispos que agora estão defendendo enfaticamente a vida deram seu apoio, explícito ou implícito, à eleição deste governo, que já tomou uma série de ações em favor do aborto, por exemplo no âmbito do Ministério da Saúde, com a revogação de uma boa Norma Técnica elaborada no governo anterior, ou no âmbito das relações exteriores, ao retirar o Brasil do Consenso de Genebra (ambas as atitudes, aliás, foram criticadas pela CNBB). 
Rezo para que um dia esses bispos se deem conta da colaboração que deram para a ascensão de um governo iníquo. 
Mas agora eles estão cobertos de razão. Guarde a crítica – que sempre tem de ser respeitosa – para depois; este é o momento de cerrar fileiras em torno dos nossos pastores.

[imperioso destacar que o atual governo está repleto de comunistas e que COMUNISMO e SATANISMO, COMUNISTA e SATANISTA se completam, precisam estar unidos para melhor servir a satanás, o senhor das trevas.

Para ler mais, CLIQUE AQUI e também AQUI.]

Marcio Antonio Campos, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Rosa Weber marca data para julgamento sobre descriminalização do aborto

Relatora do caso, ministra tenta destravar a pauta antes de se aposentar, em 2 de outubro

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, marcou para a próxima sexta-feira, 22, o início do julgamento do processo que trata sobre a descriminalização do aborto. Essa é uma das pautas prioritárias da ministra antes de se aposentar, em 2 de outubro. [mera tomada de posição, nos parece favorável ao aborto, que não será definida  - confiamos em DEUS que tal matéria não será julgada e o Poder Legislativo decidirá pelo endurecimento de medidas combatendo o assassinato de seres humanos inocentes e indefesos.]

O julgamento começará no plenário virtual do Supremo. Rosa é relatora da ação, apresentada pelo PSOL em 2017. O partido questiona artigos do Código Penal que criminalizam o aborto e pede liberação do procedimento para grávidas com até 12 semanas de gestação. 


Maquiavel - Blog em VEJA

"A grandeza do Brasil" - Correio Braziliense

Para o jornalista, "estamos entre as maiores economias do mundo, produtores espetaculares do combustível mais nobre, o alimento que energiza pessoas. E nosso potencial é maior ainda em energia limpa, minerais, água potável e terra"

Ao abrir a Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou contra o conflito na Ucrânia e criticou os membros permanentes do Conselho de Segurança, que têm poder de veto e fazem guerras. O Brasil quer ser membro permanente — já que também foi nação vitoriosa na II Guerra.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que falou depois, concordou com Lula, pregando a necessidade de mais vozes no Conselho de Segurança. [mais vozes,  para falar bobagens? Biden, emite com folga, as falas negativas que o petista que preside o Brasil expeliria se o Brasil se tornasse membro permanente do CS-ONU.]  Hoje os presidentes Lula e Biden se encontram, em Nova York. Foi uma presença forte do Brasil, diante de representantes dos 193 países membros das Nações Unidas. É desejo do Brasil ter um protagonismo mais significativo nas questões mundiais. Mas teria o país um poder nacional para sustentar uma posição maior, mais decisiva?

Não parece que estejamos em situação de grandeza política para isso. O chefe de Estado, que deveria ser um estadista, é mais afeito às questões menores da política, assuntos provincianos, pessoais. 
O Brasil se apresenta grande na ONU, mas fica com aspecto de propaganda. Na prática, conforma-se com o objetivo de ser uma liderança regional. 
Não fossem os desastres econômicos dos regimes argentino e venezuelano, certamente teríamos séria concorrência no campeonato regional de poder e influência.
 
Misturamos política com comércio exterior. Ter a China como principal parceiro comercial não exige que elogiemos o regime autoritário comunista chinês
Nossas relações internacionais misturam diplomacia com ideologia e, hoje, estamos colados na Venezuela, Argentina, Cuba, Nicarágua, China e Rússia — só para citar alguns países que, por coincidência, não são exatamente democracias.

Além disso, nossa tentativa de liderança mistura o estilo de clientelismo usado dentro do país com política de boa vizinhança de oferecer créditos de um banco estatal nacional, como se ele fosse uma agência internacional de desenvolvimento. É a projeção do fisiologismo interno para atrair países na ilusão de liderança regional.

Para complicar as questões diplomáticas, nosso chefe de Estado faz declarações tomando partido na guerra Rússia-Ucrânia. Despreza decisões do Tribunal Penal Internacional, chama os países-membros do Tratado de Roma de bagrinhos, provoca o aliado histórico americano e permite que aportem no Rio navios de guerra do Irã
Agora, na ONU, desagradou de novo os EUA ao defender Cuba e o Hamas.

Como a Índia
A Índia, que tem a maior população do mundo, desde sua independência em 1947 tem mantido neutralidade, com a qual cruzou a Guerra Fria.
Hoje, China, Rússia e EUA parecem ensaiar uma segunda Guerra Fria. 
O atual governo brasileiro poderia imitar a Índia, mas dá todos os sinais de que já escolheu ficar coadjuvante de um lado. 
O poder nacional, além do poder político, se compõe do poder econômico, social e militar.

No econômico, estamos entre as maiores economias do mundo, produtores espetaculares do combustível mais nobre, o alimento que energiza pessoas. E nosso potencial é maior ainda em energia limpa, minerais, água potável e terra para produzir alimento, que pode ainda ser multiplicada, a despeito da ideologia anti-agro.
Mas nosso poder militar é fraco, em disparidade com a riqueza que precisa ser defendida.
E nosso poder social é medíocre, com ensino em geral precário e formação política e de cidadania não compatíveis com o primeiro dos fatores de riqueza: a natureza.
 
E Lula, na ONU, ainda criticou o nacionalismo. 
Seu ex-ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, tem criticado a mediocridade. 
Com ela, não pode haver grandeza.
 
 Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense
 
 

terça-feira, 19 de setembro de 2023

Bioética - Por que ainda é preciso falar de aborto? - VOZES

Francisco Razzo  - Gazeta do Povo

aborto

Ação que legaliza aborto está liberada para julgamento no STF.| Foto: Unsplash

A renomada filósofa Hannah Arendt destacou que os seres humanos não são apenas mortais, mas também seres que nascem
O ser voltado para a morte é igualmente o ser voltado para a vida. 
No conceito de natalidade, encontra-se o verdadeiro “milagre da liberdade”; no ato de “nascer”, e não apenas no mero fato biológico de reprodução, reside o poder fundamental de “começar”, isto é, “que cada indivíduo representa um novo começo, pois através do nascimento ele traz ao mundo algo que não existia antes e que continuará após sua partida”. Isso é exatamente o que o suposto direito sexual e reprodutivo aniquila ao reduzir a mulher a uma mera reprodutora biológica. 
O direito ao aborto representa, de fato, um ataque à humanidade das mulheres, e não sua emancipação.

Como busquei elucidar em meu livro Contra o aborto, lançado em 2017, existe uma intrincada rede composta por entidades nacionais e internacionais, governamentais, intergovernamentais e não governamentais, que defende o aborto há pelo menos meio século. Alguns dos nomes mais proeminentes incluem Planned Parenthood, Ipas, Cfemea e, infelizmente, a própria ONU.

O termo “debate” – que deveria significar um confronto aberto e ponderado de ideias, guiado por regras claras de argumentação racional –, no contexto retórico de uma sociedade indulgente, passa a representar nada mais do que a “urgente necessidade de promover uma agenda” pró-aborto. Não há verdadeiro debate, mas sim proselitismo, e qualquer oposição é prontamente rotulada como extremista e radical, ou, em outras palavras, desumana.

    O direito ao aborto representa, de fato, um ataque à humanidade das mulheres, e não sua emancipação

O marco histórico crucial para essa mudança semântica em relação ao aborto pode ser rastreado até o caso Roe v Wade, quando a Suprema Corte dos EUA decidiu, em 1973, que a mulher tinha o direito de interromper a gravidez.

No debate sobre o aborto, a proteção do direito à vida do nascituro foi obscurecida pelos ideais de liberdade sexual e direitos reprodutivos das mulheres. Surgiu uma falsa dicotomia entre dois direitos fundamentais: vida e liberdade. 
Como se o direito à vida do embrião fosse uma violação do sagrado direito de liberdade sexual da mulher. 
Contra esse cenário cultural, a defesa do status moral do embrião foi relegada a um mero apelo metafísico, justamente em uma era de desdém pela metafísica. 
A decisão Roe v Wade deve ser vista como um marco e entendida na perspectiva filosófica adequada: um sintoma da degradação moral que a década de 60 simboliza
A legalização do aborto não é a causa, mas um dos efeitos das profundas crises espirituais geradas pelo século 20.

É importante destacar que um dos documentos mais relevantes da Igreja Católica sobre natalidade foi publicado em 25 de julho de 1968, apenas dois meses após os movimentos estudantis sacudirem a Europa e os Estados Unidos. Refiro-me à encíclica Humanae Vitae, do papa Paulo VI. A primeira linha da encíclica define o tom de toda essa triste realidade. Paulo VI afirma: “O gravíssimo dever de transmitir a vida humana”. Pois é disso que se trata quando falamos em ser – homens e mulheres “parceiros” na transmissão da vida e na colaboração com Deus: um dever gravíssimo. 

A noção de direitos reprodutivos femininos subverte essa seriedade, criando a ilusão de que a vida humana é trivial.

Retoricamente, as entidades envolvidas na legalização do aborto no Brasil são imitações e extensões de suas contrapartes internacionais. 
As mais notórias e ativas são Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, Católicas pelo Direito de Decidir e o Grupo de Estudos sobre o Aborto (GEA). De alguma forma, todas essas entidades estão associadas à pressão que o Supremo Tribunal Federal tem enfrentado para legalizar o aborto, o que é um absurdo, já que o aborto deve ser tratado no âmbito do Poder Legislativo e não do Judiciário. 
Embora essas pessoas, como membros da sociedade civil, tenham todo o direito de se organizar e defender o que acreditam ser o melhor para a sociedade, o problema reside na estratégia empregada: dissimulação, manipulação de dados, desinformação e excesso de retórica.  
O pior de tudo é assistir a um Judiciário completamente comprometido com essa agenda.
 
Sinceramente, vejo a necessidade de adotarmos uma postura clara e racional no debate público sobre o aborto
Além de toda a retórica superficial do ativismo sensacionalista, é essencial entendermos o aborto não apenas como uma questão médica ou legal, mas como algo que diz respeito à nossa própria humanidade.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Francisco Razzo, colunista e filósofo - Gazeta do Povo - VOZES


Comunismo ou Deus - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo 

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Lula, que passou quase dois meses dos nove de governo fora do Brasil, viajando com sua mulher deslumbrada e torrando o dinheiro público em hospedagens caríssimas, esteve em Cuba para evento de ditaduras e simpatizantes. Lá, resgatou toda a cantilena típica de DCE condenando os embargos americanos pela miséria causada pelo socialismo do seu falecido companheiro Fidel Castro.

O sujeito mais cínico do planeta é aquele que assinou cartinha
"pela democracia" para condenar Bolsonaro e apoiar, ainda que indiretamente, seu único adversário viável, que fundou o Foro de SP com o ditador comunista da ilha caribenha. Lula idolatra o regime nefasto que escravizou milhões de cubanos desde sempre, e foi lá uma vez mais culpar os Estados Unidos pelo inferno socialista.

Seria o caso, então, de resgatar relatos de como era viver no "paraíso" dos petistas. Li vários livros sobre o assunto, mas recomendo, em especial, Contra Toda Esperança, de Armando Valadares, que passou 22 anos no "Gulag das Américas", um preso político de Fidel submetido ao tratamento mais desumano possível.

Valladares nunca sucumbiu, pois tinha Deus como guia. Ele mesmo relata: "Era só chamar o comissário político e dizer que queria ir embora, para que tudo mudasse no mesmo instante. Mas isso significava rendição incondicional. No entanto, salvaria minha mãe, me salvaria e tudo seria mais agradável. Mas, depois, poderia escapar da minha consciência, do meu próprio juiz, do ser íntimo que me reprovaria sempre por ter agido de maneira contrária às minhas ideias e critérios, mesmo tendo sido sobrepujado pela dor e a angústia?"

Ele responde: "Novamente recorri a Deus e me confiei a Ele, à sua infinita sabedoria, pedindo-Lhe que me escutasse. E, como sempre, me escutou". Foi em sua fé cristã que Valladares encontrou forças para resistir à tentação, para não se curvar diante do Diabo, ali encarnado na figura do seu algoz, do ditador comunista amigo de Lula.

A juíza brasileira Ludmila Lins Grilo, que foi aposentada compulsoriamente pelo sistema que apoia Lula e o ajuda a levar nosso país na direção de Cuba, escreveu: "Alexandre de Moraes ordenou a queda de 2 sites usados pela empresa da qual sou sócia e professora. Podem tirar minhas fontes de renda, meu cargo, minha liberdade, e até minha vida, mas JAMAIS A MINHA DIGNIDADE. Eu só tenho Um a Quem agradar, e a Ele toda honra e toda glória".

Sua fibra também vem de sua fé em Deus. Não é algo incomum. Pessoas desprovidas dessa fé costumam sucumbir mais rápido, ceder em nome do "pragmatismo" e contemporizar com o inimigo. Não é por acaso que os revolucionários comunistas odeiam o Cristianismo, ainda que tentem destruí-lo de dentro, aparelhando as igrejas e enfiando marxismo no lugar de Jesus Cristo.

São vários relatos de dissidentes fuzilados no paredón cubano a mando de Che Guevara e Fidel que estufaram o peito e gritaram sua crença em Deus no momento final de suas vidas corajosas. O melhor resumo que existe para o fenômeno do comunismo assassino prosperar foi feito pelo dramaturgo Alexander Soljenítsin, autor de Arquipélago Gulag, o relato sombrio do inferno soviético: Há mais de meio século, quando eu ainda era criança, lembro-me de ter ouvido várias pessoas mais velhas oferecerem a seguinte explicação para os grandes desastres que aconteceram na Rússia: ‘Os homens se esqueceram de Deus; é por isso que tudo isso aconteceu.’

Desde então, passei quase 50 anos trabalhando na história de nossa revolução; no processo, li centenas de livros, coletei centenas de testemunhos pessoais e já contribuí com oito volumes meus para o esforço de limpar os escombros deixados por aquela agitação. Mas se me pedissem hoje para formular o mais concisamente possível a causa principal da revolução ruinosa que devorou cerca de 60 milhões de pessoas de nosso povo, não poderia ser mais preciso do que repetir: ‘Os homens se esqueceram de Deus; é por isso que tudo isso aconteceu.’

O comunismo é incompatível com a fé em Deus. Por isso que quando um comunista como Flavio Dino "brinca" que é ateu, graças a Deus, sabemos se tratar de puro escárnio, de deboche, mas um deboche que tenta mascarar essa realidade: quem tem Deus no coração jamais vira defensor de comunista, pois sabe que o comunismo representa a destruição de Deus.

Temos a guerra política, que ocorre no dia a dia, e a guerra cultural, que se trava em esferas mais profundas e influencia a política. Mas, acima de ambas, não resta dúvida de que lutamos uma guerra espiritual. Não há qualquer exagero em utilizar linguagem religiosa para explicar o que acontece no Brasil de hoje.

Gente sem qualquer resquício de Deus em seu coração resolveu declarar guerra mortal a tudo que é Bom, Belo e Verdadeiro
E o líder dessa turma está de volta à cena do crime, como diria Alckmin. Reduzir o perigo do lulismo comunista ao aspecto da corrupção é fazer o jogo do Diabo. 
A corrupção que assusta muito mais é aquela da alma...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

Comissão da Câmara analisa projeto contra o casamento gay

'Qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivos representa afronta à Constituição', diz o relator do texto, Pastor Eurico 

Pastor Eurico será o relator da PEC

"Acreditamos, por conseguinte, que a lei deve ser respeitada e, atualmente, inexiste qualquer previsão que permita o casamento ou a união estável entre pessoas do mesmo sexo", diz o Pastor Eurico (./.)

A Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara vai discutir, nesta terça, uma proposta de projeto de lei que tenta impedir o casamento entre pessoas do mesmo sexo no país.

O relator da proposta é Pastor Eurico. O texto tenta retroceder no entendimento firmado pelo STF sobre a união homoafetiva, reconhecida pela Corte. Se aprovado, o projeto ainda seguirá para análise de outras comissões. “A decisão (do STF) pautou-se em propósitos ideológicos, o que distorce a mens legislatoris e a vontade do povo brasileiro, que somente se manifesta através de seus representantes regularmente eleitos”, diz o relator. “Acreditamos, por conseguinte, que a lei deve ser respeitada e, atualmente, inexiste qualquer previsão que permita o casamento ou a união estável entre pessoas do mesmo sexo”, segue o Pastor Eurico.

“A Carta Magna brasileira estabelece em seu art. 226 que a família, base da sociedade, com especial proteção do Estado, reconhece a união estável como entidade familiar apenas entre homem e mulher. Nesse diapasão, qualquer lei ou norma que preveja união estável ou casamento homoafetivos representa afronta direta à literalidade do texto constitucional”, segue o relator, que é do partido de Jair Bolsonaro, o PL de Pernambuco. [toda aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo, conhecido como casamento gay, se sustenta pela INEXISTÊNCIA do advérbio apenas no texto constitucional.
A inclusão do apenas, ou termo sinônimo, tornaria inconstitucional o tipo de casamento em comento.
Remédio que só pode prosperar mediante uma PEC -  inútil criar Lei Ordinária proibindo o casamento gay, que seria imediatamente combatida por limitar algo que a Carta Magna não limita. 
Cabe ao Congresso Nacional, Poder Legislativo, com competência para legislar, aprovar uma PEC com a inclusão.]
 
Robson Bonin - Radar - Revista VEJA 
 
 
 
 
 

A peregrinação de Lula - Percival Puggina

        O que Havana simboliza para Lula é muito semelhante ao que a Terra Santa representa para os cristãos. Tais destinos são peregrinações, coisas de devoção. 
Nos séculos XI e XII, os cristãos promoveram sucessivas cruzadas para libertar Jerusalém do domínio sarraceno. 
O solitário apoio ao regime cubano significa algo semelhante: proteção do sagrado comunismo frente a permanente ameaça capitalista. 
A conta é paga pelos trabalhadores e pagadores de impostos brasileiros.

Como temos um presidente itinerante, que não esquenta lugar, verdadeiro papa-léguas em lua de mel, lá foi Lula a Havana encontrar-se com seu passado quando, em 2009, pelas barbas do profeta Fidel, decidiu regalar-lhe um porto zero quilômetro, da grife Odebrecht.

A fé política é um desastre quando substitui a fé em Deus. Nessa condição missionária, Lula (e os governos de esquerda) sempre ofereceram e continuarão oferecendo incondicional proteção diplomática a seus irmãos de fé política. 
O Brasil esquerdista, por exemplo, desaprova quaisquer manifestações de colegiados internacionais em relação às violações de direitos humanos sempre em curso naquele legendário país. 
O Brasil esquerdista faz negócios que desagradam os brasileiros, mas são festejados entre os beneficiados como uma alvorada sobre as ruinas do apocalipse.
 
Só os fiéis dessa igrejinha política não sabiam que o empréstimo para construção do Porto de Mariel seria pendurado num prego. O país não tem dólares para pagar. Sua balança comercial é permanentemente deficitária. Para cada três ou quatro dólares que importa, exporta um dólar. 
Na excelente instalação paga pelo Brasil, a maior obra de infraestrutura em Cuba, quase não há o que exportar. Metade da área está vazia.
 
Enquanto Cuba for um país comunista, inimigo dos Estados Unidos, será visto pelos norte-americanos exatamente conforme seus dirigentes políticos afirmam de si mesmos ao longo de 63 anos, em todas as suas manifestações. 
É conversa fiada afirmar que Cuba voltaria a ser a Pérola do Caribe, como efetivamente era no começo do século passado, se acabasse o bloqueio. Que bloqueio é esse que não impediu o Brasil de levar um porto inteiro para lá? 
Bloqueio que não impede Cuba de importar da China, Espanha, Rússia, Brasil, México, Itália e Estados Unidos (sim, os próprios EUA são o 7º país que mais exporta para lá).  
O problema é que, com medo de calote, alguns só vendem mediante pagamento à vista e nenhum investidor sensato vai colocar dinheiro naquele formato de Estado.
 
O governo Lula assinou um contrato que previa, na falta de meios, ser ressarcido em charutos. 
Ou seja, Lula II sabia o que estava fazendo em 2009, mas delirou com a ideia de criar, na Cuba comunista, um porto fervilhante de oportunidades e negócios que, impenitentes, só aparecem em regimes econômicos capitalistas.
 
O estado cubano e seu regime são uma lição ao mundo.  
As elites comunistas preferem seu povo enfrentando desnecessárias privações a reconhecer os próprios erros. 
Passadas seis décadas, esse discurso que inculpa os EUA não tem um fiapo que o mantenha no ar. 
Em 2019, o parlamento da Ilha aprovou uma nova Constituição (produto da experiência de 60 anos!) cujo artigo 5º acaba com o futuro da Castro&Castro Cia Ltda, cujo CEO, hoje é o senhor Díaz-Canel.

O Partido Comunista de Cuba, único, martiano, fidelista e marxista-leninista, a vanguarda organizada da nação cubana, sustentada em seu caráter democrático e em sua permanente ligação com o povo, é a força motriz dirigente superior da sociedade e do Estado.

Sabe quando um país assim pagará ao Brasil os US$ 261 milhões que deve? Vai um charuto aí, leitor?

Percival Puggina (78) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país.. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.


Estado fresquinho de direito - Alexandre de Moraes manda prender quem gosta de calor - Paulo Polzonoff Jr

Gazeta do Povo - VOZES

"Ensina-me, Senhor, a ser ninguém./ Que minha pequenez nem seja minha". João Filho.

Calor
Em Curitiba, a cidade com o clima mais civilizado do Brasil, ninguém foi preso. Até agora.| Foto: Reprodução
 
Quem me acompanha neste espaço sabe que nutro pelo ministro Alexandre de Moraes no máximo uma curiosidade meio mórbida - e divertidamente arriscada. 
Minha antipatia natural pelo comandante-em-toga, porém, se dissipou na manhã de ontem (18), quando o supremo ministro supremo (sic) fez o que é certo, belo & moral ao determinar a prisão de todos os brasileiros (e brasileiras) que gostam de calor.

O inquérito secreto contra esses abomináveis cidadãos que se deliciam com temperaturas acima dos civilizados e democráticos 22 graus foi aberto ainda na semana passada, diante das primeiras notícias de que uma onda de calor tomaria conta do país. “É inadmissível que os negacionistas e terraplanistas tenham permitido que o planeta chegasse a este ponto!!!!!!”, escreveu ele no seu tradicional estilo grita-quem-pode-mais. “Mas é mais inadmissível ainda que pessoas envenenem o debate público e abdiquem do bom senso declarando amor ao calor!!!!!!!!!!!”, concluiu, limpando o suor que já se acumulava sobre sua calva.

Em sigilo, e com a ajuda do ministro da Justiça e da Gordura Hidrogenada Flávio Dino, Alexandre de Moraes deu 48 horas para São Pedro explicar a onda de calor que, segundo a Procuradoria Geral da República, “tem o potencial de abalar as estruturas constitucionais do Estado fresquinho de direito, que garantem que haja calor apenas no verão e frio apenas no inverno”. 
O santo, porém, não foi localizado e é considerado foragido pelo adiposo ministro.

Incapaz de controlar tanto a onda de calor quanto a disseminação da notícia (excepcionalmente verídica) de que o fenômeno atingiria – como, de fato, atingiu – a República Popular e Democrática do Brasil, Alexandre, o Gélido, resolveu dirigir seus esforços justiceiros contra os que ele chamou de “golpistas e fascistas térmicos”. Isto é, todo aquele que goste de calor. Você gosta? Então foge que ainda dá tempo, leitor!

Prisões
Na manhã desta segunda-feira,
quando a temperatura em algumas cidades do Brasil já beirava os repulsivos 30 graus, a Polícia Federal deu início à Operação Fahrenheit 71,6.  
Os mandados de prisão foram redigidos com termos amplos que, de acordo com o novo entendimento do Supremo Tribunal Federal, e com a anuência do ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida, permitem o encarceramento “de toda e qualquer pessoa que demonstrar entusiasmo ou mesmo afeto pelo calor insuportável que está fazendo hoje!!!!!!!!”.  
Os pontos-de-exclamação, você já sabe, são um oferecimento de Alexandre de Moraes. O estilo é o homem. Dizem.

O primeiro preso na operação foi um senhor que, de sunga e pochete, exibia desavergonhadamente seu apreço por esse calor nojento, golpista, fascista, terraplanista, negacionista e, já que estou no embalo, bolsonarista. Levado à delegacia, e mesmo depois de o escrivão lhe dizer que “outro que gostava de calor era o Hitler”, o meliante teve a ousadia de declarar seu apreço pela temperatura incivilizadamente alta, o que obrigou os policiais a ligarem o ar-condicionado na potência máxima.

Só na primeira hora do dia, e em diversas cidades do país, milhares de extremistas térmicos foram presos, multados, indiciados, acusados, julgados e, claro, condenados por crimes que vão de criofobia a golpe contra o Estado fresquinho de direito, passando pelo crime hediondo de declarar que "o calor é bom" e incitação à leseira. As penas podem superar os 30 anos de prisão. 
Principalmente para aqueles que forem autuados por porte ilegal de água de coco – que, como todo mundo sabe, é de uso exclusivo das Forças Armadas.

Além das prisões em massa e da verdadeira operação de caça internacional a São Pedro, Alexandre de Moraes determinou ainda que o governo federal apresente, nas próximas 72 horas, um plano nacional de distribuição de ares-condicionados a “pessoas em situação de vulnerabilidade térmica!!!!!!!!”. Abanando-se com um leque Hermès, Janja mandou Lula dizer que vai pensar.

Asterisco

* Este texto pertence à série "Fake News Que Gostaríamos que Fossem Verdadeiras"
No próximo número, você não pode perder a incrível história do Sindicato dos Jornalistas do Paraná, que anunciou que vai devolver aos profissionais, sem demora nem burocracia, todo dinheiro arrecadado por meio do novo imposto sindical.
 
Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Lula fantasia sobre liderança global

Edgar C. Otálvora
Especial para DefesaNet

Mais de 30 correspondentes da mídia estrangeira baseados em Brasília foram convidados pelo Palácio do Planalto para um café da manhã com Lula da Silva, no dia 02AGO2023, na sede do governo. 
Para mostrar a importância e significado do convite, à direita de Lula, na cabeceira da mesa, estavam os dois chanceleres do governo: o chanceler chefe do Itamaraty, Embaixador Mauro Vieira, e o verdadeiro chefe da diplomacia brasileira e operador de relações paralelas, a diplomacia presidencial, Embaixador Celso Amorim, oficialmente denominado como Assessor-chefe da Assessoria Especial do presidente Lula. 
Desde o primeiro dia de seu governo, Lula vem tentando obter um retumbante triunfo internacional. A imprensa oficial seguida pela grande mídia brasileira gosta de se referir a Lula como um “líder mundial”, mas cada uma de suas ações ao longo de oito meses foram fracassos óbvios.

Lula geralmente recebe ampla cobertura da imprensa global, que reflete simpatia, às vezes cúmplicidade, ele tem amigos em cargos governamentais em todo o mundo, do Vaticano ao Kremlin, e a rede da esquerda global serve como plataforma de propaganda para ele. O objetivo da chamada à imprensa no dia 02AGO23 foi informar sobre os preparativos de um evento do qual Lula esperava grandes retornos políticos internacionais: ele o chama deCúpula da Amazônia”.

Seu antecessor o presidente Jair Bolsonaro ganhou péssima imagem internacional, entre outras questões, pelo desmatamento da Amazônia e por seu apoio ao agronegócio.[destaque-se que em 2023, o desmatamento ultrapassou com folga índices de 2022!!!]  Lula, assim como o colombiano Gustavo Petro, busca conquistar louros internacionais com sua “defesa” da Amazônia, garantindo que irá deter o ritmo de desmatamento. Além de defender a Amazônia, Lula pretende se tornar o campeão mundial na luta contra a fome e a desigualdade. [só que até agora NADA DE CONCRETO surgiu - continuam tudo na base das pretensões e promessas;] Foi assim que deu a conhecer ao Papa Francisco, proclamou-o na cimeira União Europeia – CELAC, 17-18 de julho de 2023, Bruxelas, e comentou aos correspondentes estrangeiros convidados para o café da manhã.

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Em 2008, foi criada a União das Nações Sul-Americanas (UNASUL) e o Brasil, presidido por Lula da Silva, perdeu para Hugo Chávez o projeto há muito idealizado pela diplomacia brasileira para formalizar a liderança do Brasil.

A chegada de Lula para seu terceiro governo, em 01JAN2023, encontrou a UNASUL paralisada, sem sede, sem orçamento, sem secretário-geral e muitos de seus ex-integrantes separados, inclusive o próprio Brasil.  

O objetivo da reunião de 30MAI2023 foi declarar a reativação da UNASUL e, se possível, abrir negociações para nomear um novo Secretário-Geral
O documento elaborado para assinatura dos atuais líderes, a pedido do Brasil, teria o bombástico nome de “Consenso de Brasília”. Segundo o texto, os líderes “decidiram estabelecer um grupo de contato, chefiado pelos Chanceleres, para avaliar as experiências dos mecanismos de integração sul-americanos e a preparação de um roteiro para a integração da América do Sul, a ser submetido à consideração dos Chefes de Estado”, ou seja, Lula fracassou em sua tentativa de reanimar a UNASUL e seus colegas apenas concordaram em fazer uma espécie de projeto escolar sobre a integração sul-americana.

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Na véspera, 29MAI2023, Nicolás Maduro havia desembarcado em Brasília para uma visita oficial bilateral antes da reunião do dia seguinte. Desta forma, Lula reabriu as portas dos salões diplomáticos sul-americanos a Maduro que, apesar da natureza ilegítima do seu governo, agora se sentava entre os líderes eleitos do subcontinente. O fracasso da oposição venezuelana em destituir a ditadura chavista, apesar do grande apoio internacional, que a causa democrática venezuelana conseguiu agregar em 2019, ficou agora evidente pela presença de Maduro em Brasília. Um mês depois, Lula continuou a justificar a sua defesa da ditadura venezuelana.

Durante entrevista coletiva conjunta com Maduro no Palácio do Planalto, Lula se posicionou a favor da ditadura chavista e descreveu os “problemas da democracia na Venezuela como uma simplesnarrativa” e elogiou Maduro: a narrativa que eles construíram em relação a Venezuela sobre autoritarismo, antidemocracia, você tem que desconstruir essa narrativa mostrando a sua própria narrativa para que as pessoas mudem de ideia” (…) “é preciso derrotar essa narrativa”. Ele também atacou as sanções que a UE e os EUA mantêm contra os principais líderes chavistas e as empresas estatais venezuelanas: “é incrível e inexplicável que uma nação esteja sujeita a 900 sanções ilegais porque outro país não gosta dela”. 
Para Lula, as sanções são uma simples questão de simpatia e boas maneiras entre os governos. 
No dia seguinte, com todos os líderes sul-americanos reunidos, Lula teve que ouvir as reivindicações dos líderes do Uruguai, Paraguai e Equador a respeito de sua cúpula antecipada com Maduro e sua descrição da grave e duradoura crise na Venezuela como um “narrativa”. No dia 29JUN2023, entrevistado na Rádio Gaúcha, Lula garantiu que “o conceito de democracia é relativo”, quando questionado por que lhe foi tão difícil descrever o governo Maduro como uma ditadura.
No dia 04JUL2023 Lula fez uma nova cena sobre a Venezuela. Naquele dia, foi realizada em Puerto Iguazú a cúpula presidencial do MERCOSUL e países associados, na qual o Brasil receberia a presidência rotativa semestral da Argentina. 
O MERCOSUL vive uma crise profunda, não tem conseguido avançar no acordo de livre comércio com a União Europeia, o Uruguai exige liberdade para negociar acordos bilaterais, especialmente com a China, os esquemas protecionistas permanecem entre os parceiros, a Argentina vive um nova crise econômica e Lula se recusa a fornecer recursos financeiros para Alberto Fernández financiar a crise fiscal. 
Mas a diplomacia paralela do governo brasileiro deixou claro aos seus parceiros que Lula estava preocupado com outra questão: procurar a reintegração de Maduro como membro do mecanismo. A adesão da Venezuela ao Mercosul foi suspensa em 05AGO2017, quando os líderes dos países fundadores do mecanismo verificaram “a ruptura da ordem democrática da República Bolivariana da Venezuela” violando o Protocolo de Ushuaia sobre Compromisso Democrático no MERCOSUL. 
 
Durante a reunião em Iguaçu no dia 04JUL23, os presidentes do Paraguai e do Uruguai, Mario Abdo Benítez e Luis Lacalle Pou, fizeram referências diretas em seus discursos aos recentes acontecimentos na Venezuela. Benítez e Lacalle denunciaram a desqualificação de María Corina Machado que a impediria de concorrer nas votações que a ditadura hipoteticamente convocará nos próximos meses. 
Lula afirmou desconhecer “os detalhes” dos problemas dos candidatos na Venezuela, mas expressou implicitamente seu desejo de ver Maduro sentar-se à mesa do Mercosul: “Acho que entre nós deveríamos tentar não deixar ninguém de fora“, alegando que o Mercosul não o faça, deve manter o regime venezuelano isolado. 
A crise do Mercosul continua, as exigências ambientais europeias, especialmente do governo francês, aumentaram como condição para avançar no acordo com os Mercosulianos. 
Lula fracassa na sua tentativa de desbloquear o acordo com a UE e não avança no seu desejo de suspender a sanção do Mercosul à ditadura venezuelana.

Enquanto isso, na Venezuela há um grupo de militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), braço armado do Lulismo, recebendo instrução política.

Em DefesaNet, ÍNTEGRA DA MATÉRIA

 


 

Analistas dizem por que é cedo para decretar a morte política de Bolsonaro

Especialistas avaliam que, apesar de desgaste do capital político, estrago sobre a figura do ex-presidente ainda é relativamente baixo

Em meio a sucessivos escândalos envolvendo Jair Bolsonaro, a edição de VEJA desta semana mostra como aliados políticos do ex-presidente já recalculam o impacto que o desgaste na imagem do ex-presidente terá nas próximas eleições – e como correligionários da sua legenda, o PL, encontram-se em estado de alerta, em especial para os desdobramentos da delação do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o tenente-coronel Mauro César Cid.

Analistas dos principais institutos do pesquisa do país avaliam que, apesar do cenário de deterioração do capital político, verificado pelas últimas sondagens, o estrago sobre a figura de Bolsonaro tem sido abaixo do que se esperaria para alguém com tamanha exposição negativa. O que ainda é difícil de calcular, ponderam, é até que ponto esse desgaste poderá se acentuar — e o quanto isso deverá impactar as eleições que estão por vir. É cedo e precipitado afirmar que Bolsonaro perdeu capital político. Acredito que, na verdade, o que ele perdeu foi capacidade de mobilização política, mas só as pesquisas futuras vão poder mostrar isso. Até porque são fenômenos diferentes e com consequências diferentes para o cenário eleitoral futuro”, diz Felipe Nunes, diretor da Quaest Consultoria e Pesquisa.

Um impacto disso pode ser sentido nas redes sociais, um dos pilares que sempre sustentaram o frenesi do eleitorado em torno do ex-presidente. “Os escândalos deixam a rede bolsonarista mais quieta, e elas são um braço importante do bolsonarismo pelo poder de engajamento que têm. Os grupos estão sem comando claro, mas isso não significa que não vão se aglutinar novamente”, diz a pesquisadora Cila Schulman, CEO do Instituto IDEIA.

O outro ponto sobre o qual há um certo consenso é que Bolsonaro, apesar de tudo, continuará sendo um ator importante do jogo eleitoral. De acordo com Murilo Hidalgo, diretor do instituto Paraná Pesquisas, em relação ao resultado da última eleição, a diferença entre os que preferem Lula a Bolsonaro saltou de 2% para 9%, de acordo com as sondagens mais recentes. “Ocorreu um desgaste, mas, com todas as denúncias contra ele, o capital político caiu pouco. A não ser que haja fatos novos, em 2024 ele será, disparado, o grande cabo eleitoral da direita”, aposta.[vale lembrar que a turma do establishment e a que fez o L, constata a cada dia que passa, o governo do petista, perde pontos e credibilidade e alimenta a pergunta: quando o 'pai dos pobres', pobres que, infelizmente, desde janeiro 2023 se tornam mais miseráveis, vai começar a governar?
Já quanto a Bolsonaro, cada dia que passa e nenhuma acusação contra ele se consolida, mais FORTE se torna e o prepara para sua recuperação total.]

Um dos motivos a sustentar Bolsonaro é que ele segue como o expoente máximo do sentimento contra o PT e o pensamento de esquerda no país. Escândalos como o desvio das joias sauditas e o possível envolvimento com os atos de 8 de janeiro podem impactar parte do eleitorado, mas, entre os bolsonaristas fiéis, a falta de uma prova cabal que incrimine o ex-presidente abre margem para toda sorte de justificativas. Boa parte desse público, inclusive, sente-se representada pelos ataques sistemáticos contra as instituições. “Nas maiores capitais, o sentimento antipetista e a pauta de costumes acabam sendo mais fortes do que as próprias questões de gestão municipal. Os candidatos precisam considerar essa influência sobre o eleitorado”, afirma Cila Schulman.

“Existe um desgaste, mas Bolsonaro ainda consegue manter os votos duros. O que mais o tem prejudicado é o crescimento da esquerda no meio digital e a exposição na imprensa: a presença negativa do nome dele na mídia tem prejudicado a imagem.

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Maquiavel - Blog em VEJA


Lula errou em Cuba e deve errar em Nova York

O presidente insiste em defender quem o atrapalha e a atacar quem pode ajudá-lo

Lula está em sua 15ª. viagem internacional. Desta vez por um bom motivo: vai discursar na sessão inaugural da ONU, que o Brasil tradicionalmente abre há muitos anos.

No caminho de Nova York, Lula parou em Cuba. 
Disse que o embargo americano é “ilegal”. Ilegal na lei de quem, cara pálida?  
Cuba confiscou bens americanos e emprestou seu território para que os russos instalassem mísseis nucleares voltados contra os EUA. 
Em mais de uma oportunidade, Fidel disse que se tivesse as senhas, teria disparado os mísseis, e que queria varrer os EUA do mapa. (É curioso que um país que quer destruir o outro reclame de que outro não quer fazer comércio.)
 
Lula defende Cuba não apenas por cacoete, por suas relações com os Castro e por sua visão geopolítica terceiromundista
Neste caso, é também uma explicação prévia para o fracasso que terá na missão de recuperar os R$ 3 bilhões que o Brasil emprestou para ao país durante os governos Lula e Dilma. 
Diante da penúria econômica cubana, o máximo que conseguirá é trocar o calote que já tomamos por um calote que ainda tomaremos.

A linha adotada por Lula é equivocada, mas não surpreende. Surpreendente é a cara de pau em dizer que a ditadura cubana “tem sido defensora de uma governança global mais justa”. Francamente.

Depois de desancar os EUA, reclamou da “dívida histórica dos países ricos pelo aquecimento global”. Nisso, Lula não está errado, o problema é que não faz proposta concreta. E sem proposta concreta, o discurso vira papo de palanque, destinado a justificar a exploração de petróleo na foz do Amazonas.

Lula só discursa na ONU amanhã — mas já se sabe o que ele deve dizer. Deve dizer que “o Brasil voltou”. 
Que o Brasil está comprometido com o combate ao aquecimento global. Que é preciso um grupo de trabalho para negociar a paz (dando a entender que o Brasil deve ser o coordenador desse grupo). 
E deve criticar ricos em geral e EUA em particular. 
 
Mas não vai fazer proposta sobre aquecimento, nem falar de explorar petróleo na foz do Amazonas
Não vai reconhecer que, tendo apoiado o invasor e posto a culpa no invadido, não está em condições de mediar a paz. 
Não vai mencionar o Tribunal Penal Internacional, o qual recentemente atacou e do qual falou em se retirar (para poder receber o invasor Putin). 
 
Entre outros encontros bilaterais, Lula deve se encontrar com Biden e com Zelensky. 
Biden é um dos maiores responsáveis pela não adesão dos militares ao golpe que tiraria Lula do poder, mas Lula não para de atacá-lo. 
Quanto a Zelensky, presidente da Ucrânia, já o causou de ser culpado pela guerra.

Vamos torcer para que Lula faça um discurso que não seja terceiro-mundista demais, e que consiga tirar a má impressão de Biden, Zelensky e Europa.

Ricardo Rangel - Coluna Revista VEJA


Após criticar embargo dos EUA a Cuba, Lula vai se reunir com Biden - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Relações exteriores

Antes de reunião com Biden, Lula se encontrou com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel.
Antes de reunião com Biden, Lula se encontrou com o ditador cubano, Miguel Díaz-Canel.| Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), está em Nova York para a reunião da Organização das Nações Unidas (ONU). Essas visitas a Nova York não significam uma visita ao governo americano, mas à Organização das Nações Unidas. 
Mas ele ainda assim vai ter encontro, é o que estão dizendo, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na quarta-feira (20), depois de amanhã.

Vai ter a abertura da Assembleia da ONU, em que tradicionalmente o presidente do Brasil é que fala, abrindo mais um período de sessões.[essa tradição submeteu os participantes da Assembleia da ONU, durante 13 (treze) anos seguidos, 2003 a 2015, a verdadeiras sessões anuais de tortura, sendo forçados a ouvir discursos vazios, em conteúdo e sentido, expelidos por nulidades.]  Fala-se também de um possível encontro com Volodymyr Zelenski, o presidente da Ucrânia, que não quis falar com Lula em Tóquio, na última reunião do G20.

Ele evitou falar com Lula, que estava fazendo manifestações sobre o presidente russo, Vladimir Putin, e teve aquela desculpa. Acho que foi desculpa, inclusive, dos dois lados. Porque o governo brasileiro também alegou problemas de agenda, não deu. Meu Deus do céu. E agora talvez dê. Eu estou vendo a notícia de que foi Zelenski que tomou a iniciativa dessa conversa. [Zelenski, o mestre em guerras para outros combaterem, tem muito tempo a perder e resolveu agora desperdiçar algum  com o estadista dos estadistas.]

Lula tem reunião marcada com Biden
Agora, a conversa com Biden, eu imagino o rumo que vai ter, né? 
Porque, é dois ou três dias depois de Lula ter dito em Havana, em Cuba, que a culpa do atraso econômico de Cuba é dos Estados Unidos por causa do embargo econômico. 
O embargo econômico é uma coisa unilateral de um país. 
O Brasil, por exemplo, no governo Bolsonaro ano passado, o comércio com Cuba cresceu 60%. Só que  Cuba compra mais do Brasil do que o Brasil compra de Cuba, porque Cuba tem poucas coisas a oferecer pro Brasil.
 
O Brasil já tem açúcar, não precisa do açúcar cubano, não tem charuto e não tem rum Havana branco
São mais ou menos esses os produtos, eu não sei se tem alguns medicamentos que o Brasil compra, talvez tenha um de vitiligo. 
Cuba está assim por causa do regime. O regime não funciona. Não funcionou na União Soviética, não funcionou na China.  
A China tem uma economia capitalista e um governo comunista.  
Teve que colocar a sabedoria chinesa, colocar Confúcio, e não Marx. Confúcio é muito prático.
 
G77 com Lula foi "quase um comício"
Então é esse o problema, eu não sei se o presidente está sentindo isso, porque a reunião de Cuba com 134 países foi quase comício
É G77, mas na verdade é G134 e está cheio daquilo que o presidente Lula chamou de bagrinho. Quando ele quis diminuir o Tribunal Penal Internacional (TPI), do tratado de Roma, ele disse “Ah, é um tratado que não foi assinado pelos Estados Unidos, China e nem Rússia, é só de bagrinho”.

Pois é, tem 134 países em geral do Hemisfério Sul. Como a gente sabe, no Hemisfério Sul, o Brasil está numa companhia de muitos países que têm um certo atraso em relação aos países do Hemisfério Norte. [como habitual, a generosidade leva o articulista a classificar grande atraso como 'certo atraso'. Paciência... .]   Mas, enfim, vamos ver o que dá. Lá em Cuba, Lula deu jeito de sair da agenda, foi visitar o Raúl Castro, o irmão e companheiro de Sierra Maestra do Fidel.

Os ditadores da Nicarágua e da Venezuela se uniram para dizer que é para dizer que eles estão contra a hegemonia dos Estados Unidos. 
Os Estados Unidos não estão nem aí. 
Estados Unidos, inclusive, na sua prática, estão diminuindo o comércio com a China, e aumentando as relações econômicas com os dois vizinhos, porque fica melhor, fica mais perto, não gasta frete, é só atravessar a linha de fronteira, Canadá e México.

E o México deve estar gostando muito, porque daqui a pouco não tem desemprego no México, porque as empresas americanas vão para lá para produzir automóveis, muitos dos automóveis que a gente compra aqui no Brasil foram produzidos no México.

Brasil deve reforçar poder nacional
Na prática, eu estou falando de política externa e da necessidade de ter um pragmatismo na presença nacional, tem que se impor. 
Eu recomendo a quem estiver interessado por esse assunto, e no futuro de seus filhos e netos, que leia artigo de um general quatro estrelas da ativa e não apenas da ativa como chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Soares e Silva, um artigo no Estadão de sábado (16).
 
No texto, o general recomenda neutralidade em política externa e reforço do poder nacional
Como a gente sabe, o poder nacional se compõe, não apenas do poder militar, mas é do poder econômico, do poder psicossocial, que é o poder da sociedade brasileira, mas o poder militar também… é a última razão dos reis, né? 
Quando cessa tudo o que a diplomacia tenta, o que a gente ouve é barulho dos canhões.
E a gente estaria preparado pra isso? Por isso é uma leitura que eu recomendo.


Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES