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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Lula apaga post sobre desmatamento depois de ocultar dados de seu governo

Petista não mencionou que, durante o seu mandato, os números foram cinco vezes maiores que os atuais 

 
O ex-presidente Lula, durante visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), para cumprir agenda de campanha - 16/08/2022 | Foto: Ettore Chiereguini/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Lula, durante visita à fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo (SP), para cumprir agenda de campanha - 16/08/2022 | Foto: Ettore Chiereguini/Estadão Conteúdo

Lula apagou um post sobre desmatamento no Twitter depois de ser contestado por internautas. Para atacar o presidente Jair Bolsonaro, o petista publicou dados sobre devastação de florestas no Brasil desde 2017. Na mensagem, contudo, não mencionou que, durante o seu mandato no Planalto, a taxa de desmatamento era maior.

Nas redes sociais, o petista recebeu críticas até de apoiadores por ocultar informações. Filipe Martins, assessor especial para Assuntos Internacionais do governo, foi visto como o principal responsável pela exclusão do post.

desmatamento
Foto: Reprodução/Twitter

“Por que escondeu o período em que você estava no poder, quando os números do desmatamento chegaram a ser mais do que cinco vezes piores do que os atuais”, interpelou Martins. “Como 5,4 mil quilômetros quadrados (km2) pode (sic) ser recorde, se você chegou a 27 mil km2 de florestas desvatadas só em 2004?”

Depois de Lula apagar a mensagem, Martins reagiu. “Lula tentou espalhar mais uma mentira, alegando que 2022 bateu o recorde de desmatamento”, escreveu o assessor especial. “Quando demonstrei que ele estava mentindo e que o desmatamento durante o governo dele chegou a ser cinco vezes maior que o atual, ele correu para esconder a prova de que estava mentindo.”

desmatamento
Foto: Reprodução/Twitter

Leia também: “Os picaretas da Amazônia”, artigo de Silvio Navarro publicado na Edição 91 da Revista Oeste


quinta-feira, 7 de abril de 2022

Debate entre ministros do STF ocorreu durante julgamento de ação sobre Fundo Nacional do Meio Ambiente - O Globo


Cármen discute com Kassio em julgamento sobre decreto de Bolsonaro: 'Não foi isso que eu disse'

O voto do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, numa ação que questiona decreto do presidente Jair Bolsonaro sobre a participação da sociedade civil em um conselho ambiental causou desconforto na ministra Cármen Lúcia, relatora do caso. Após ela votar contra o governo, nesta quinta-feira, o indicado do presidente sugeriu que a decisão da magistrada abria um "precedente perigoso".[querem calar um ministro do STF apenas pelo fato dele apontar para erro no voto de um ministro? e em uma ação proposta por um partideco SEM nada, que quer marcar sua reles existência judicializando tudo que possa atrapalhar o governo Bolsonaro?]

Os ministros analisavam uma ação proposta pelo partido Rede Sustentabilidade em 2020. Segundo a legenda, o decreto é inconstitucional pois retirou do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) representantes da sociedade civil e determinando que a composição fosse apenas de nomes escolhidos pelo próprio governo.

Em seu voto, Cármen Lúcia entendeu que o decreto deveria ser suspenso por ser inconstitucional. Segundo Cármen Lúcia, as normas que estavam sendo questionadas representam uma ofensa ao princípio da vedação do retrocesso, pois diminuíram o nível de proteção suficiente ao meio ambiente. Para ela, é dever do Estado garantir o direito fundamental ao meio ambiente. — Tenho pra mim que a eliminação da sociedade civil nas entidades que compõem o fundo nacional do meio ambiente evidencia uma centralização que seria antidemocrática, afastando a participação da sociedade civil das políticas públicas ambientais, o que deslegitima as ações estatais em ofensa ao princípio da participação popular — disse a ministra.

Ao discordar do posicionamento da relatora, o ministro Nunes Marques, que foi indicado ao STF pelo presidente Jair Bolsonaro, [a matéria se torna recorrente na citação de que o ministro Nunes Marques foi indicado ao STF pelo presidente Bolsonaro exercendo uma competência constitucional - os que não gostam que mudem a Constituição, ou terão a partir do próximo ano que 'engolirem' novas indicações do capitão.]  rejeitou a suspensão do decreto e disse que a decisão poderia abrir um precedente "perigoso", tornando o decreto "imutável". Repristinar um decreto que por opção política do passado previa a participação popular em um conselho é, na prática impor essa participação direta como instrumento mínimo de democracia direta sem que haja essa exigência constitucional — afirmou Nunes Marques, dizendo que estava se permitindo fazer uma "especulação".

Cármen Lúcia, então, interveio para esclarecer que essa hipótese apontada pelo ministro não estava prevista em seu voto, e disse que a afirmação de que esse seria um precedente no sentido de que o presidente da República estaria impedido em qualquer mudança de mudar especialmente para aumentar a democracia, porque amanhã ele pode mudar, não estava em seu voto. —  Apenas para isso é preciso que se cumpra os princípios constitucionais e a dinâmica impõe justamente esta observância. Afirmar que isso seria um precedente no sentido de que o presidente da República estaria impedido em qualquer mudança de mudar especialmente para aumentar a democracia, porque amanhã ele pode mudar, isso não existe no meu voto. E até onde eu pude compreender dos outros três votos já exarados, isso eu nenhum momento foi cuidado — afirmou a ministra.

Cármen Lúcia continuou: — Estas situações são perigosas, porque quando se expõe isso, expõe quem votou até agora como se a gente tivesse falado alguma barbaridade. E seria mesmo. Se estivesse dizendo que o presidente da República que tem a competência regulamentar infralegal não pode exercer porque depois não pode mudar no sentido de modificar, alterar ou aperfeiçoar uma ou outra forma de participação popular, realmente estaria em contradição absoluta com a constituição. Não foi isso que eu disse —, rebateu a relatora.

Após o debate, o julgamento da ação foi suspenso e será retomado no próximo dia 20. Até o momento, acompanharam integralmente Cármen Lúcia os ministros Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes, e André Mendonça seguiu a ministra parcialmente.

Voto de Cármen
Segundo Cármen Lúcia, as normas que estavam sendo questionadas representam uma ofensa ao princípio da vedação do retrocesso, pois diminuíram o nível de proteção suficiente ao meio ambiente. Para ela, é dever do Estado garantir o direito fundamental ao meio ambiente. — Tenho pra mim que a eliminação da sociedade civil nas entidades que compõem o fundo nacional do meio ambiente evidencia uma centralização que seria antidemocrática, afastando a participação da sociedade civil das políticas públicas ambientais, o que deslegitima as ações estatais em ofensa ao princípio da participação popular —, disse a ministra.

A relatora apontou em seu voto que a participação popular da sociedade civil em todas as instâncias sempre foi priorizada tanto pela Constituição, quanto pela legislação e por documentos internacionais. — Afirma-se ainda contrariedade ao princípio da igualdade, porque a distribuição de forças entre a participação da sociedade civil e representantes do governo e das entidades estatais deve dar-se em equivalência de condições quantitativa e qualitativa para ser considerada efetiva. Esse afastamento gera uma desigualação total —, afirmou.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, opinou contra os pedidos feitos na ação e fez críticas a organizações não governamentais que atuam na Amazônia. "Há cinco anos, num levantamento feito pela imprensa e por órgãos oficiais, havia neste país 3.300 ONGs, 3.000 na Amazônia, 300 no resto do Brasil. Este fato nos impõe uma certa cautela para que os interesses nacionais, para que a soberania popular seja, numa democracia substantiva que tanto desejamos, preservada, garantida e defendida por toda a sociedade pelo estado através das suas instituições", disse.[a maior parte dessas ONGs são em nossa opinião vendidas aos interesses estrangeiros, que sempre são contrários aos do Brasil.]

Meio ambiente - O Globo


segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

Putin é um estrategista frio e calculista e as sanções contra ele não vão dar em nada

Alexandre Garcia 

Conflito na Rússia

Foto: EFE/EPA/SERGEY GUNEEV/KREMLIN POOL/SPUTNIK

Bolsonaro está fazendo, obviamente, porque é adulto, o contrário do que sugerem seus adversários. Ou melhor, do que exigem seus adversários, que querem, claro, que ele cometa erros
Bolsonaro está conseguindo administrar bem uma neutralidade, sem deixar de registrar também a amizade entre ele e Putin.

Eu lembro que quando eu cobria a guerra no Atlântico Sul, a Guerra das Malvinas, eu vi que o Brasil estava ajudando a Foça Aérea argentina com munição, com especialistas e equipamento. Quando eu voltei para descansar em Brasília por dois ou três dias, eu fui procurar o presidente Figueiredo. Eu disse a ele: “O senhor está apoiando o agressor?”. E ele me disse: “Estou”.  E eu insisti: “Mas o Galtiere – o presidente argentino na época - é um bêbado, a Argentina é que a agressora!”. Aí o Figueiredo me respondeu: “É, mas eu sou amigo dele e a Argentina, olha aqui no mapa, é nossa vizinha, sempre vai ser nossa vizinha. A Inglaterra está a 10 mil quilômetros de distância, mas a Argentina é nossa vizinha e vai nos dever favores”.

Rússia, Ucrânia e Brasil: além da guerra real enfrentamos guerra de narrativas

E ele tinha toda razão. O chefe de Estado deve pensar no país, o interesse do país está em primeiro lugar. Várias nações da OTAN dizem que a Amazônia tem que ser do planeta, que ela não é do Brasil. Mas Putin disse “não, a Amazônia é do Brasil, sim”. Essas coisas têm de ser consideradas. Bolsonaro e Putin, quando se reuniram, falaram de multipluralidade, ou seja, que não querem um mundo entre os Estados Unidos e a China. Queremos ter a  nossa posição de brasileiros.

Mas, além disso, Bolsonaro resgatou os brasileiros da Ucrânia, essa primeira obrigação do governo brasileiro. Tirou da zona de guerra, está levando para a vizinha Romênia, e, de lá, eles embarcam para o Brasil. Tal como foi rápida e eficaz aquela operação quando explodiu o coronavírus lá na China. Resgatamos todo mundo que estava pelo caminho, e vieram para a quarentena na Base Aérea de Anápolis.

Há outra lição disso tudo. Como se sabe, o presidente da Ucrânia era um comediante. Aqui no Brasil nós tivemos um animador de auditório candidato à Presidência da República, que acabou desistindo.  
Temos de pensar que voto não é uma brincadeira, é uma coisa séria.
 Hoje vemos tantos líderes infantis ou infantilizados, como esse Trudeau, do Canadá; o Macron da França. Saudades da Merkel, da senhora Thatcher, que tinham presença tal como a do Putin.

O ocidente se enfraquece com as bobagens que estão por aí, e os líderes fortes vão tomar conta do mundo. 
Fizeram ações de apoio à Ucrânia, coloriram monumentos de Berlim e de Paris, cantaram Imagine em frente da embaixada russa em Bucareste. Teve apoio à Ucrânia dos Simpsons, do Sean Penn. A Anitta dizendo que o Putin é burro... Meu Deus! É a mesma coisa que dizer que tem girafa na Amazônia. Putin é um jogador de xadrez, um estrategista, inteligente, frio, culto, planejador. [Já a Anita ...]

Sanções

Todas essas sanções econômicas que estão fazendo contra a Rússia não vão dar em nada. A Rússia está com 680 bilhões em reserva, tem dívida de só 21% do PI a nossa é de 88% do PIB. 
Se tirar o Swift, da Rússia, a capacidade de transacionar entre os bancos, quem vai perder são bancos. 
A Rússia é o segundo em maior movimento financeiro e se ficar de fora do Swift, vai fazer as transações com a China. 
Mais da metade da Rússia é na Ásia; a Rússia vai do Báltico até o Pacífico.

Essas coisas precisam ser pensadas com maturidade. E a gente não deve brincar com voto como os ucranianos brincaram – é só olhar o que aconteceu. É bom lembrar que a Ucrânia assinou um pacto, em 2014 se não me engano, de desarmamento para que ela se mantivesse neutra. Agora, se ela chamar a OTAN, a OTAN vai enviar armas.

A OTAN é um pacto militar comandado pelos Estados Unidos. Tem base dentro de Portugal, nas Ilhas de Açores. Sobre esse equilíbrio de forças no mundo, não é cantando que ele acontece, são os arsenais que continuam pesando no equilíbrio de forças do mundo. E também a força econômica.

Vejam, por exemplo, a Alemanha, que parou com as usinas nucleares e agora está dependendo do gás da Rússia. A França também está retomando as usinas nucleares, construindo 12 novas usinas. Não adiante ficar cantando; É preciso pensar de forma madura e ter líderes maduros. Eleger líderes com maturidade

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 5 de dezembro de 2021

O candidato - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

Ok. Tudo bem. Que bom que o sr. não está à venda. É um ótimo começo. Parabéns”

— Bom dia, sr. candidato.

— Bom dia.

— Sr. candidato, qual é o principal ponto do seu programa de governo?

— Prezado, não estou à venda.

— Hein?!

— Isso mesmo que você ouviu. E não adianta insistir.

— Mas eu não insinuei nada. Perguntei sobre programa de governo.

— Você pergunta o que você quiser. E eu respondo o que eu quiser.

— Ok. Bom saber que posso perguntar sobre qualquer assunto.

— Fique à vontade.

— Obrigado. Continuando, então: qual será a sua estratégia para combater a corrupção?

— Prezado, não estou à venda.

— Espera aí, sr. candidato. Estou perguntando sobre combate à corrupção. Não sobre participar de corrupção.

— Eu ouvi muito bem a sua pergunta.

— Então não estou entendendo.

— Nem eu. Tudo aqui é um pouco complicado para mim.

— Como assim?

— Está vendo como é complicado? Você também não entende.

— É… Bem, continuando a entrevista: quem será o seu ministro da Economia?

— Prezado, não estou à venda.

— Olha, assim o sr. já está me ofendendo. Eu não o acusei de nada. Eu não perguntei para qual ladrão o sr. vai entregar o dinheiro do contribuinte. Só quis saber o nome de um ministro do seu governo, se é que o sr. já tem esse nome.

— Pois é. Não estou à venda.

— Ok. Tudo bem. Que bom que o sr. não está à venda. É um ótimo começo. Parabéns.

— Obrigado.

“— Acho que o sr. está confundindo Ômicron com o Macron”

— Vamos passar então para perguntas mais gerais. Depois se quiser o sr. fala do seu plano de governo.

— Ok.

O sr. teme Ômicron?

De jeito nenhum. Acho um ótimo presidente.

— Hein?

Sim, tem feito uma boa gestão na França. Inclusive é contra o desmatamento na Amazônia, o que aliás eu também sou. Me identifico com ele. Nós somos também contra o preconceito e contra a infelicidade geral.

— Acho que o sr. está confundindo Ômicron com o Macron.

— Prezado, não estou à venda.

— Eu já entendi essa parte. É que a minha pergunta foi sobre a nova variante.

— Não sei o que vocês têm contra a variante. Pra mim é tudo igual: variante, chevette, fusca, brasília. Se bem que atualmente estou preferindo brasília.

— Entendi. Cada um com as suas preferências, né?

— Claro! Eu defendo a liberdade de expressão.

— E a Lava Jato?

— Fundamental. Carro tem que estar sempre limpo.

— Que carro?

— Você é confuso, hein? Não estamos falando sobre carros? Então estou dizendo que pra mim tanto faz a marca, desde que o carro esteja limpo.

— Certo. Faz sentido. Posso fazer uma última pergunta?

— Lógico. Já falei que você é livre para perguntar quanto quiser.

— Obrigado. A pergunta é a seguinte: se te prometessem poder, meios, facilidades, bajulação da imprensa, enfim, uma vida mais doce, você toparia esquecer quem você era?

— Prezado, isso é muito relativo.

Leia também “Manual do Linchador Moderno” 

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste

 

quarta-feira, 4 de agosto de 2021

"Os que buscam atingir o governo atingem o país" - Alexandre Garcia

A divergência ideológica move os que não têm pejo de falar mal do país em que nasceram, passando por cima do princípio de patriotismo

Por que a imagem do Brasil no exterior está tão deteriorada? Essa pergunta me fizeram em uma palestra sobre Comunicação Estratégica, para oficiais superiores que irão comandar unidades do Exército pelo país. Os ministros da Agricultura e Turismo, recém-chegados de reuniões do G7 e G20 em Roma, ficaram com a impressão de que a imagem do Brasil nunca esteve tão ruim. O ministro Gilson Machado, que não leva desaforo para casa, prepara contra-ofensiva pelo bom nome do nosso país. Por que imagem negativa, se temos tantos dados positivos para mostrar ao mundo? Estaríamos escondendo o bom e mostrando o ruim?

A origem dessa propaganda negativa é política e comercial. Os que pretendem atingir o governo atingem também o país. O jejum da Lei Rouanet ajuda a turbinar a campanha; a divergência ideológica move os que não têm pejo de falar mal do país em que nasceram, passando por cima do princípio de patriotismo, em que a gente pode falar mal aqui dentro, mas lá fora defende sempre. Apátridas não se importam com isso.

A concorrência comercial é um ingrediente importante na propaganda anti-Brasil. Estamos cada vez mais importantes no comércio mundial. Carne, soja, sucos, minérios. Um em cada cinco pratos no planeta tem alimento brasileiro. 
E o alimento é o mais essencial dos combustíveis. 
A ministra Tereza Cristina teve que ir a Roma desfazer armadilhas contra nossas exportações. 
Destinos turísticos do mundo sentem o poder brasileiro no turismo de natureza.
 
O mote é a Amazônia, embora sejamos o país que mais preserva seu solo, cerca de 60% da área nacional. Semana passada, o Ministério da Defesa demonstrou a adidos militares de 34 países o que as Forças Armadas vêm fazendo pela Amazônia. 
Na agricultura e pecuária, tecnologia e sustentabilidade são palavras de ordem no setor. No entanto, o preconceito ideológico é forte. 
E miram no governante não se importando em acertar o país, tal como aconteceu na pandemia.  
Os que adotaram o coronavírus como parceiro contra o governo, debilitaram a renda nacional, o emprego e as empresas. No exterior, para atingir o governo, sujam a imagem dos brasileiros.
 
Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense 
 

segunda-feira, 1 de março de 2021

Que tal a Europa aplicar as regras que o produtor rural é obrigado a obedecer aqu.? - O Estado de S. Paulo

‘Zona húmida’
Se o agronegócio e o governo brasileiros soubessem se defender um pouco melhor na guerra religiosa, e em geral suja, que há anos se dedica a destruir o sucesso da agricultura e da pecuária do Brasil nos mercados mundiais, bem que poderiam propor aos países europeus, os mais excitados em traficar a crença de que a soja e o boi estão acabando com “a Amazônia”, uma nova abordagem para este negócio todo. 
Que tal, a partir de agora, a França, a Alemanha, a Inglaterra e outros passarem a aplicar em todas as suas propriedades agrícolas as mesmas regras e as leis que o produtor rural brasileiro é obrigado a obedecer aqui dentro – e obedece mesmo, ponto por ponto, sob pena de perder o seu negócio? 

Pelo que dizem lá fora da gente, não deveria haver problema nenhum em se fazer isso, não é mesmo? Afinal, presidentes da República, primeiros-ministros, reis, rainhas, os funcionários que mandam nas organizações públicas, mais as classes intelectuais e a mídia, repetem há anos que o Brasil é uma terra de ninguém em termos de responsabilidade ambiental; aqui vale tudo. Bandos de bilionários andam por aí derrubando uma floresta por dia para socar soja, milho e boi em cima. 
Não há lei nenhuma para controlar essa gente. 
Os governos deixam fazer tudo – o governo atual, então, praticamente organiza incêndios no Pantanal e está mandando derrubar as últimas árvores da Amazônia. Em suma: é nisso que acreditam, ou que fingem acreditar. 

Nesse caso, aplicar a lei brasileira na Europa não iria incomodar ninguém; tudo continuaria, lá, exatamente como é agora, pois leis que não existem não mudam nada. Não é assim? Mas aí é que está: as leis ambientais brasileiras existem, estão entre as mais duras do mundo e, se um dia pudessem ser aplicadas na agricultura e na pecuária dos países europeus, provocariam uma revolução.

Apenas uma exigência, uma só, à qual o produtor rural brasileiro já se acostumou, como está acostumado com o sol e a chuva: 20% da área de todas as propriedades rurais brasileiras (mais que isso, dependendo da região) têm de ser reservadas para matas
O proprietário não pode tirar um galho de árvore nenhuma. Não pode ganhar um tostão com esse quinto da sua propriedade. Mais: se não houver mato na sua terra, tem de plantar, com dinheiro do seu próprio bolso, ou então comprar, também com dinheiro do seu próprio bolso, uma nova área só com árvores para juntar à sua terra. É óbvio que não recebe nenhuma compensação do Estado, nem abatimento de um centavo de imposto, pelo investimento que faz em favor do meio ambiente; ao contrário, a única coisa que recebe são multas a cada vez que a vigilância por satélite ou o fiscal detectam que está faltando alguma árvore que deveria estar lá.

Então: podemos sugerir, por exemplo, que o presidente Macron crie um esquema igual para a França – já que ele vive à beira de um ataque de nervos diante do agro brasileiro. O Brasil pode propor, também, que os agricultores europeus não cheguem a mais de 50 metros dos seus rios, nem toquem nas matas ciliares. 

Melhor ainda: por que não aplicam por lá o novo “zoneamento econômico e ecológico” de Mato Grosso? Essa última criação dos ambientalistas militantes em nosso serviço público considerou 4 milhões de hectares do Vale do Araguaia como “zona úmida” e em “zona húmida”, por decisão dos autores do “zoneamento”, não se pode produzir nada, nem peixes criados em tanques de água.

Seria interessante ver o que aconteceria se os governos ecológicos da Europa declarassem “zonas húmidas” de 4 milhões de hectares nas bacias do Rio Sena, ou do Rio Reno, ou do Rio Póe botassem o povo de lá para fora. 

J R Guzzo, jornalista - O Estado de S. Paulo


sábado, 13 de fevereiro de 2021

Por que os militares continuam sendo uma ameaça à democracia

A visão dos militares é um besteirol que precisa deixar de ser ensinado

[Um simples comentário.  Talvez uma lição de boas maneiras e de respeito humano: seja instituição, ou um ser humano, não existe obrigação de suportar ofensas;
oportuno lembrar que foi uma ofensa, um desrespeito a uma instituição que motivou o AI 5.
Chega um momento em que insultados, os ofendidos, os vilipendiados cansam de ser ofendidos e reagem.]

Em depoimento em livro publicado pela Fundação Getúlio Vargas, o ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, se afirma um democrata e diz enxergar nos quartéis “uma postura apolítica e totalmente profissional”.

 Sem perceber a contradição, o general conta que conversou com os candidatos a presidente, fez lobby por um “projeto nacional”, conta que o tuíte com que pressionou o Supremo foi discutido com o Alto Comando do Exército. (O que fez para levar o presidente Bolsonaro a lhe dizer, no dia seguinte à posse, queo senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui”, não conta).

O depoimento do general deixa claro não apenas que ele não é um democrata, como nem sequer entende o que a palavra significa. A visão dos militares de hoje é idêntica à de há mais de 100 anos: existe uma ameaça comunista, potências estrangeiras querem invadir a Amazônia, [o Macron na França e o esquerdista que foi eleito presidente dos Estados Unidos, deixaram claro com suas ameaças que consideram a Amazônia propriedade deles - que tentem concretizar o que pensam. Quanto a ameaça  comunista existe, e seus adeptos apenas aguardam, como hienas, o momento adequado.]  e, acima de tudo, os militares são uma casta superior, com o direito e o dever de defender os civis de si mesmos.

Essa visão é um besteirol: a última vez que houve uma ameaça comunista foi nos anos 30, nenhum estrangeiro jamais quis nos invadir, e a ideia de que envergar uma farda faz de alguém superior a quem quer que seja é não apenas antidemocrática (somos todos iguais), mas descerebrada.  Apesar de ser um besteirol, essa visão é o motivo pelo qual os militares brasileiros resistem a reconhecer a autoridade do STF e já se envolveram em uma dezena de golpes ou tentativas de golpe, sendo responsáveis por duas ditaduras brutais.

Os militares acreditam no besteirol porque é isso que aprendem nas escolas militares. E quem não acredita firmemente no besteirol não sobe na carreira, porque quem promove os novos oficiais são os velhos oficiais. Enquanto o besteirol for ensinado, os militares não serão “apolíticos” nem “totalmente profissionais”. E continuarão sendo uma ameaça permanente à democracia que imaginam — em seu delírio — defender.

Ricardo Rangel - Blog em VEJA


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

A política que mata - Fernando Gabeira

In Blog

Há muito tempo que gostaria de escrever sobre outra coisa: a dimensão do realismo fantástico num país em que o presidente acha que vacina nos transforma em jacaré, oferece hidroxicloroquina para a ema do palácio e manda os jornalistas enfiarem uma lata de leite condensado no rabo. Mas a urgência do drama proíbe digressão. Não absorvemos bem o que aconteceu em Manaus. Não quero dizer apenas que era necessário avaliar os estoques de oxigênio, planejar, em termos estratégicos, a produção e o consumo desse elemento vital.

Pazuello foi a Manaus defender a cloroquina e não percebeu a gravidade da falta de oxigênio. Quando percebeu a gravidade da falta de oxigênio, tarde demais, não percebeu outro fato decisivo: a presença de uma nova variante do coronavírus. Desde quando os japoneses sequenciaram o mapa dessa variante em turistas que chegaram da Amazônia, era preciso acionar o alarme. A variante brasileira tem características, ao que parece, semelhantes às mutações encontradas na Inglaterra e na África do Sul.

Todos se adaptaram de tal forma que podem se propagar com mais facilidade. Boris Johnson imediatamente decretou um lockdown para conter a nova onda que estava a caminho. No Brasil, confirmada a existência da variante, não houve um debate nacional sobre o que fazer diante desse novo perigo. [debate nacional? com ou sem distanciamento social? jetom para os especialistas em nada? virtual ou presencial?o know-how dos contadores de cadáveres seria considerado?] Na verdade, a variante brasileira é mais destacada nos jornais estrangeiros do que nos nossos.

Parece que, no Brasil de Bolsonaro, adotamos aquele velho lema: desgraça pouca é bobagem. Pazuello decidiu transferir os doentes de Manaus sem cuidados especiais de segurança. O aeroporto de Manaus durante algum tempo foi muito usado pelas UTIs aéreas que saíam do estado com os doentes mais ricos. Somente Roraima e Pará, dois estados limítrofes, tentaram erguer uma tímida barreira sanitária. A variante já apareceu em São Paulo e no Rio Grande do Sul, sem contar seus voos mais longos: Estados Unidos e Alemanha.

Os voos do Brasil para Portugal foram suspensos. Biden manteve as restrições à entrada de brasileiros. Muitos já notaram que Pazuello errou ao receitar hidroxicloroquina. Está sendo questionado por isso. Errou ao ignorar o avanço da crise de oxigênio, algo que não acontece de um momento para outro. Mas não estamos cobrando do governo um projeto para conter a variante amazônica no norte do país. Na verdade, nem se toca no assunto, como se o vírus mutante fosse brasileiro e já tivesse o direito de circular livremente pelo nosso território.

Muito menos nos espantamos com o fato de os japoneses terem sequenciado e anunciado a variante. Na Fundação Oswaldo Cruz em Manaus, já era conhecida. Mas a verdade é que rastreamos pouco, sequenciamos pouco, por falta de recursos. O negacionismo da política de Bolsonaro não se limita a tiradas verbais. Ele tem uma tosca base teórica. Prefere gastar com remédios a gastar com vacina e não se preocupa com testes. Milhares deles foram abandonados num galpão de São Paulo. O que adianta conhecer e monitorar? O que adianta sequenciar mutações de vírus?

Pelo que li, o governo já sabe que uma nova onda virá, dobrando o número de mortos. Diz que vai correr atrás da vacina. Para milhares de vidas, será tarde demais. Quando Bolsonaro pagará por isso? Quem quiser pesquisar desde o início as frases, decisões, atitudes, omissões vai recolher um acervo, mais amplo ainda do que o enviado ao Tribunal Internacional.[demorou, mas estão começando = tentativas dos inimigos do Brasil de responsabilizar o presidente Bolsonaro pela entrada do vírus chinês no Brasil;  de algum tempo questionamos quando o governo Bolsonaro, mais especificamente o presidente Bolsonaro seria responsabilizado pelo coronavirus e todos os seus malefícios. Começam a - o cidadão, a pessoa física, que foi escolhida para presidir o Brasil - cogitar de acusá-lo. Faz tempo que versões de fatos são levemente adaptadas abrindo espaço para tentar responsabilizar o presidente Bolsonaro. Semana passada, um artigo buscou insinuar que o presidente Bolsonaro em viagem que realizou a Miami, ao voltar para o Brasil, trouxe o vírus; já  um grupo de procuradores aposentados, na busca de passar o tempo que lhes sobra, situação proporcionada pelo ócio que custeamos com nababescas aposentadorias, apresentaram uma acusação contra o presidente da República. Algo até cômico,  desrespeitoso mesmo, por apresentar apenas versões adaptadas de fatos e suposições.O currículo de alguns dos inativos indica bem o destino da acusação.

Tem cão danado que acusou Bolsonaro de crime ambiental, quando bateu com uma caixa vazia de cloroquina em uma ema do Palácio da Alvorada.]

Quando vejo Pazuello respondendo ao TCU pela compra da cloroquina, à PF pela omissão em Manaus, a sensação que tenho é de que tudo é um único e indivisivel processo: a história da negação e as mortes que ela produz diariamente no Brasil. E ele é apenas o homem que obedece.

Blog do Gabeira - Fernando Gabeira, jornalista 

Artigo publicado no jornal O Globo em 01/02/2021


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Impeachment não emplaca, mas desgaste é risco concreto para Bolsonaro acuado pelo Centrão e STF

Transcrito do Alerta Total – www.alertatotal.net

O Dia D para o destino político Jair Messias Bolsonaro é 1 de fevereiro. Se conseguir eleger o alagoano Arthur Lira presidente da Câmara dos Deputados, o factoide do impeachment só prospera se o titular do Palácio do Planalto cometer algum crime concreto ou fizer uma mega-besteira de gestão. Com Lira no comando, Bolsonaro tem chance de aprovar, nem que seja de forma meia-boca, algumas das reformas prometidas na campanha eleitoral, como a tributária, a administrativa e o novo pacto federativo. Reforma política pode esquecer, porque a maioria do Congresso não quer saber dela.

[Um comentário: consideramos inviável o impeachment do presidente Bolsonaro;
- sendo um crime político o impeachment para decolar necessita que o pedido tenha um suporte acusatório que seja crime;
- ainda que um pedido seja pautado é necessário que 342 deputados decidam pela abertura de processo - com a presença de 341 deputados, nem a sessão é aberta.
Um esclarecimento
 A BEM DA VERDADE:
Parte da mídia, encabeçada todos sabem por quem, tentam emplacar a versão de que o Brasil não tem o IFA (insumo essencial para a fabricação da CoronaVac ou da vacina da Fiocruz e que vem da China) devido uma retaliação dos chineses às críticas que recebem da família Bolsonaro.
 
MENTIRA...............................
O IFA vem da China mas seu fornecimento não depende da boa vontade dos chineses, já que no concernente a vacina da ASTRAZENECA o contrato do Brasil é com aquela farmacêutica, que produz seu próprio IFA, sem depender da China, em sua fábrica localizada naquele país  mas sob administração e controle da farmacêutica ASTRAZENECA.

Sendo uma multinacional, a ASTRAZENECA não está sujeita aos caprichos dos chineses. 

Já a CoronaVac que é fabricada pela Sinovac, empresa chinesa, depende dos humores chineses.]
A narrativa do impeachment é cada vez mais intensa nas redes sociais da internet. A esquerda endinheirada recuperou boa parte do espaço perdido na eleição de 2018, na qual Bolsonaro reinou absoluto e conseguiu o milagre da vitória sem volume pesado de dinheiro. Tal ponto fora da curva tende a não se repetir novamente. Da mesma forma como é remoto o risco de impedimento, a não ser que a “oposição perdida” emplaque Baleia Rossi no comando da Câmara, e o PMDB também eleja Simone Tebet presidente do Senado e do Congresso Nacional.

Prova objetiva de que o impeachment ainda é uma ameaça muito distante da realidade é que apenas 108 dos 513 deputados se declaram, abertamente, a favor de tirar Bolsonaro do poder, fora do prazo constitucional previsto. No entanto, a cautela e a prudência recomendam que Bolsonaro não cometa a insensatez de se achar na zona de conforto. Emplacar um presidente confiável na Câmara dos Deputados, e que aceite tocar a agenda do governo federal, é um ponto essencial para o destino de Bolsonaro. No fisiologismo patrimonialista brasileiro, o risco de infidelidade e/ou tradição é sempre presente. Quem garante que Lira não vai repetir o comportamento de Rodrigo Maia - que foi eleito para o comando da Câmara com promessa de ser parceiro de Bolsonaro, mas, depois, virou de lado?

O fato concreto é que a narrativa do impeachment representa a antecipação prematura da sucessão presidencial de 2022. Até agora, não apareceu qualquer candidato com potencial ou capacidade real de empolgar o eleitorado contra Jair Bolsonaro. Por isso que a prioridade da esquerdalha perdida se limita a pregar a palhaçada da saída do “Bozo”. A “oposição” de araque ainda não tem candidato com força suficiente para vitória na disputa leal e direta. A petelândia se isola com os inviáveis Aloisio Mercadante, Fernando Haddad e Jaques Wagner. A social demagogia (ops, demo-cracia) sugere o factoide Luciano Huck. Ciro Gomes é outro candidato permanente que não consegue unir a esquerda e apenas sobe o tom das críticas ao PT. João Dória Júnior perdeu a noção do ridículo, mas como o governo de São Paulo tem muita verba publicitária a extrema mídia estado dependente demonstra parcialidade, criticando-o apenas levemente.

Apesar dos mais de 60 pedidos de impedimento acumulados no Congresso, Bolsonaro só vai cair e sair se ele mesmo se autodestruir. Basta atender à base aliada que tudo fica como dantes no quartel de Abrantes. Bolsonaro só tem de domar o ímpeto fisiológico do Centrão por cargos e oportunidades de fazer negociatas usando a máquina estatal. Bolsonaro também precisa ficar esperto em relação a esquemas estatais - esqueletos que seguem vivíssimos desde a Era FHC/PT/PMDB, agora ganhando carne e musculatura, com altíssimo potencial de escândalo e risco de prejuízos para contribuintes de fundos de pensão. Tem bomba prontinha para explodir no colo de Bolsonaro - que, aparentemente, não se dá conta do problema que envolve personagens poderosos de seu governo.

O impeachment de Bolsonaro não interessa ao establishment. Mais fácil é manter Bolsonaro emparedado, pressionado a ponto de cometer falhas bobas e imperdoáveis
Interessa ao esquema de poder hegemônico que Bolsonaro permaneça refém do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. Exatamente por isso não dá para antecipar nada, com alguma exatidão, acerca da sucessão presidencial de 2022. Tudo que se afirma ou especula agora não passa de ejaculação precoce. Os cenários ainda são muito voláteis.

No mais, o jeito é suportar os tempos de covidão - agora com a narrativa da vacina salvadora.
Indagações pertinentes
Perguntas relevantes feitas pelo livre-pensador David Svaiter:
- Há algum avião vindo da Europa com médicos, enfermeiros e material para ajudar a salvar vidas em Manaus?

- Algum dirigente europeu se manifestou sobre as mortes do povo da floresta? Ofereceram ajuda?
Ah, esqueci que a floresta não está queimando, pois é temporada de chuvas na Amazônia.

Quem está morrendo é a população e não as árvores e outras riquezas.
Vida humana certamente é um bem sem nenhum valor para os que clamam pela “preservação da floresta”.

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Jorge Serrão - Editor-chefe

 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

"O Brasil precisa conhecer o Brazil dos olhos alheios" - Correio Braziliense

Alexandre Garcia

A cobiça estrangeira é justificável;[tanto quanto inaceitável]  tem a ver com o bem-estar e a sobrevivência. Para eles, quanto mais fraca nossa soberania, melhor para nos explorar a custo menor

Antes de fechar o ano, foi anunciada a descoberta de mais um poço de petróleo no pré-sal e produzindo 50 mil barris/dia, a 5.540 m de profundidade. Os 45 poços no pré-sal de Búzios, a 188km da costa do Rio, já respondem por 20% da produção da Petrobras. 
Estamos com reservas de petróleo de alta qualidade entre as maiores do mundo. 
Temos abundância de energia limpa e de energia renovável. 
O mais importante é que temos o maior potencial do globo na produção de comida, capaz de dar garantia alimentar para a humanidade. Comida é o item de maior valor estratégico, porque é vital. Temos a maior reserva de água potável do planeta. Assim como as maiores reservas minerais e ambientais da Terra.
 
Também ao fechar o ano, o Senado aprovou um projeto sobre venda de terras a estrangeiros, no limite de 25% da superfície de um município. Quer dizer, um holandês que compre 25% de Altamira, será dono de uma área igual à do seu próprio país. Se comprar na divisa com São Félix do Xingu e adquirir também 25% do município limítrofe, terá uma área contínua equivalente a duas vezes sua vizinha Bélgica.  
Se a Câmara aprovar o projeto, o presidente da República avisou que vai vetar. [o veto é um direito e no caso específico um DEVER do presidente da República. 
Esperamos  que um partideco sem votos, sem noção, sem programa, não consiga judicializar a questão, ensejando para que uma decisão monocrática do Poder Judiciário casse uma prerrogativa constitucional do presidente da República. 
É antes de tudo uma questão de SEGURANÇA NACIONAL.]

Em 1967, uma CPI das terras, de iniciativa do deputado Márcio Moreira Alves, apurou uma preocupante desnacionalização das terras brasileiras. Naquele tempo, a esquerda era nacionalista; hoje, é globalista.

O mundo está de olho neste imenso, rico e inexplorado Brasil. Ainda temos 90 milhões de hectares potenciais para agricultura, além dos 60 milhões de hectares que já nos tornam campeões — e minerais de altíssimo valor estratégico. A cobiça estrangeira é justificável; tem a ver com o bem-estar e a sobrevivência. Para eles, quanto mais fraca nossa soberania, melhor para nos explorar a custo menor. 
Quanto menor for nosso sentimento de posse, de ocupação, de conhecimento para explorarmos o que é nosso, melhor para os sonhos colonizadores.

Estão de olho porque já conhecem o Brazil. Nós é que não conhecemos o Brasil, por causa dos antolhos urbanos de curto alcance. E por causa da propaganda globalista para nos tolher na ocupação do território. A ideia de internacionalizar a Amazônia tem o apoio ideológico de brasileiros que Brizola chamava de entreguistas. A Amazônia Azul, no Atlântico, do tamanho da Amazônia verde, é outra riqueza que nos importa pouco. Os chineses estão de olho na pesca ao largo do Rio Grande do Sul. Como o conhecimento e soberania andam juntos, para os interesses externos, é conveniente o atraso em nosso ensino e pesquisa. O Brasil precisa conhecer o Brazil dos olhos alheios, para protegê-lo e desfrutar como dono.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense 

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Uma ponte com o mundo - Fernando Gabeira

In Blog

Na noite das eleições pensei em ver um jogo da Copa do Brasil para não passar a noite em claro, sofrendo com algo que não posso influenciar. Trump ou Biden, Botafogo ou Goiás? Este último duelo tinha funcionado para embalar meu sono na semana anterior. No entanto passei mais uma noite em claro. Afinal, há tanta coisa em jogo. Minha ideia dos Estados Unidos não se alterou. Como nunca fui lá, conecto-me pela cultura, e alguns pontos importantes do mapa são Nova York e a Califórnia. Nesses lugares, Trump foi derrotado de forma acachapante. Continuam, de certa maneira, familiares para mim.

O problema são as decisões tomadas em Washington. No dia anterior, os EUA formalizaram sua saída do Acordo de Paris, deixando os outros países com a enorme tarefa de adaptação ao aquecimento global. Para os estrategistas, uma solução pró-Trump seria interessante para a China, pois acentuaria a decadência americana no mundo. Para mim, ela representaria a perda de esperança na sobrevivência da própria humanidade, deixando-nos com a alternativa de apenas lutar para que isso seja mais lento.

No meu país, seria um estímulo para que Bolsonaro e Salles acelerem a destruição dos recursos naturais e reduzam as chances de encontrarmos nossa moderna vocação econômica: a exploração sustentável da Amazônia, das fontes renováveis de energia, a abertura de milhares de empregos num projeto de recuperação verde. [um pequeno registro: o ilustre articulista é um expert em meio ambiente, o que lhe permite ser sabedor com exatidão que os 22 meses transcorridos desde a posse do presidente Bolsonaro - período que ele tem tentado governar sob um fogo cerrado dos outros Poderes, dos inimigos do Brasil e dos representantes de tudo que não presta - foram insuficientes para o capitão e o ministro do Meio Ambiente tenham tido êxito em causar às florestas brasileiras, os danos que os ongueiros vendidos aos estrangeiros vendidos  e os serviçais dos inimigos do Brasil = insistem em dizer que ocorreram.]

Alguma coisa não funcionou na primeira noite. As pesquisas se equivocaram, e Biden não conquistou uma vitória esmagadora. Aconteceu o que todos anunciavam; Trump tumultuaria o processo e buscaria uma saída no tapetão. Ele, como todo mundo, sabia que a maioria dos democratas votou pelo correio e que esses votos demoraram a ser contados. [votos que demoram a chegar ao destino, à segurança das mesas apuradoras, também são passíveis de fraudes, acréscimos fantasmas, etc.]

Independentemente do resultado, tudo isso me faz pensar no Brasil. Lá como aqui, a polarização domina o país. Lá como aqui, o populismo é muito mais resiliente do que pode parecer quando nos referimos apenas aos círculos intelectuais. Antes de criticar as pesquisas que falharam, é importante registrar que algumas pessoas têm medo de revelar seu voto; outras o escamoteiam porque veem nos institutos de pesquisa um braço do sistema e de dominação, denunciado pelos populistas.

E, antes de criticar os democratas por terem esperado uma onda azul que não arrebentou na praia, é preciso estudar se existem alternativas para certas tendências humanas. 
Como não se importar com os imigrantes ilegais, inclusive centenas de crianças separadas dos pais? [- os imigrantes que concorrem com os nacionais na busca por emprego, sofrem uma normal rejeição; 
- o fato de ser um latino legalizado não constitui razão para se tornar solidário aos que buscam uma legalização;
- da mesma forma, a cor da pele não impõe a obrigação de ser aliado e defensor de um transgressor com a pela da mesma cor. 
Fiquem cientes de que no Brasil um cidadão brasileiro, desempregado e sem teto, é preterido por  um venezuelano que ingressou ilegalmente no Brasil,  nas mesmas condições. 
É mais fácil um venezuelano desempregado e sem teto conseguir emprego a e abrigo do que brasileiro que com ele concorrer.]
Nem sempre os latinos legalizados são solidários com os ilegais. Nem sempre os negros se compadecem dos seus irmãos asfixiados até a morte pela polícia.Na medida em que a vitória de Biden se anunciava de forma mais lenta que o esperado, Trump optou por entrar na Justiça e, de certa forma, tumultuar o processo. Isso preocupa não só pelos Estados Unidos. Trump é uma inspiração para Bolsonaro, que tem uma tendência a questionar resultado das eleições, até mesmo quando as vence.

Há tantas lições a tirar deste momento que ele nos deixa uma tarefa para muito tempo. Mas é claro que o populismo de direita é enraizado na visão de mundo de seus seguidores, e não podemos subestimá-lo, mesmo diante da derrota eleitoral. Aliás, a vitória nesse caso lembra-me a fala de um oficial no filme “A Guerra da Argélia”: “É muito difícil chegar ao governo, mas as dificuldades começam de verdade quando se chega lá”.

Biden é um homem com recursos oratórios modestos, mas realizou a tarefa de ser o candidato mais votado da história americana. [Trump recebeu mais de 70.000.000 de votos, número  que nem o próprio Biden contesta; o democrata recebeu, sob intensa e motivada contestação, pouco mais de 74.000.000 = diferença que não alcança nem 5%.]  = O panorama que encontra diante de si é minado não só pela pandemia, crise econômica, mas também pelo legado do populismo. Desconfiança nas instituições, notícias falsas, teorias conspiratórias, divisão profunda na sociedade, tudo isso modela um caminho muito difícil de transpor.

Muito mais que a paciência e a unidade necessárias para derrotar o populismo de direita, será necessário construir pontes, apesar dos sabotadores que as explodem com frequência. A primeira e grande ponte será com o próprio mundo, voltar ao esforço multilateral, reconhecer a importância do trabalho conjunto para enfrentar o grande desafio planetário. A volta ao Acordo de Paris e a reconstrução verde da economia americana seriam um grande começo. [desde que as contestações judiciais não impeçam a posse do esquerdista, este terá o direito de governar com os interesses dos norte-americanos e lembrando sempre que o Brasil é uma nação soberana e que apesar de muitos brasileiros = maus brasileiros = defenderem o rompimento entre os EUA e o Brasil, o Brasil é uma NAÇÃO SOBERANA e certamente os irmãos do Norte não querem outro Vietnam.]

Blog do Gabeira -  Fernando Gabeira, jornalista

Artigo publicado no jornal O Globo em 09/11/2020

 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Bolsonaro diz que eleição dos EUA corre risco de ingerência externa

Presidente afirma que o Brasil também pode sofrer interferências no pleito de 2022. Segundo ele, potencial agropecuário do país e domínio sobre Amazônia despertam interesses políticos de outras nações

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nas suas redes sociais, na manhã desta terça-feira (3/11), que a eleição presidencial dos Estados Unidos corre o risco da "ingerência de outras potências". Além disso, o mandatário opinou que, no próximo pleito presidencial do Brasil, em 2022, o país pode sofrer o mesmo tipo de interferência externa.

De acordo com Bolsonaro, "as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial, por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais" e, por isso, "há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências, no resultado final das urnas". Na publicação, o chefe do Palácio do Planalto destacou que o potencial agropecuário do Brasil é um forte motivo para que as eleições presidenciais de 2022 sejam manchadas pelos interesses políticos de outros países. "No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022", escreveu. 

Ele citou a Amazônia como outro tema que pode influenciar os resultados das urnas do Brasil em 2022. Desde o ano passado, Bolsonaro é criticado pela sua política ambiental e sobretudo pela falta de uma resposta contra as queimadas no bioma. "Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia", ponderou.

O presidente também analisou que isso é um alerta não só para o Brasil, mas para toda a América do Sul, que, segundo ele, está sendo dominada pela esquerda. "Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda."

Correio Braziliense

Foto do perfil de jairmessiasbolsonaro

*- Nossas riquezas, nosso futuro.*

“ - É inegável que as eleições norte-americanas despertam interesses globais, em especial , por influir na geopolítica e na projeção de poder mundiais;

*- Até por isso, no campo das informações, há sempre uma forte suspeita da ingerência de outras potências, no resultado final das urnas;*

- No Brasil, em especial pelo seu potencial agropecuário, poderemos sofrer uma decisiva interferência externa, na busca, desde já, de uma política interna simpática a essas potências, visando às eleições de 2022;

*- Não se trata apenas do Brasil. Devemos nos inteirar, cada vez mais, do porquê, e por ação de quem, a América do Sul está caminhando para a esquerda;*

- Nosso bem maior, a liberdade, continua sendo ameaçado. Nessa batalha, fica evidente que a segurança alimentar, para alguns países, torna-se tão importante e aí se inclui, como prioridade, o domínio da própria Amazônia.”


*- Presidente JAIR BOLSONARO.*

sábado, 31 de outubro de 2020

Liderança em xeque - Merval Pereira

O Globo 

Incontrolável? 

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, tem um espaço maior que seus colegas de farda para lidar com a política com mais liberdade, pois foi eleito pelo voto direto e é indemissível pelo presidente Bolsonaro. Por se posicionar com independência, já foi visto como uma alternativa mais liberal ao presidente, que avisou: “O Mourão é mais tosco do que eu”. Colocado na vice-presidência da chapa para, segundo o filho 03 Flavio Bolsonaro, tirar qualquer veleidade de derrubar seu pai, Mourão assumiu o Conselho da Amazônia para tentar dar uma organizada no combate às queimadas e ao desmatamento.
[o que nos surpreende e muito - sensação que deve alcançar milhões de brasileiros - é o general Mourão (bem mais comedido do que o presidente Bolsonaro = mais explosivo, pavio mais curto) aceitar a provocação gratuita e entrar na 'guerra pela vacina que ainda não existe'.
A sensatez recomenda que qualquer autoridade adepta do bom senso, não se manifeste sobre comprar ou não comprar um produto que não existe.

Ao declarar “Essa questão da vacina é briga política com o Doria. O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí”, o general Mourão forneceu munição aos inimigos do presidente Bolsonaro e aos que querem holofotes armando conflitos com o presidente. O declarado não ressalva que a vacina cuja produção já recebeu recursos do governo - ... Já colocamos... - AINDA NÃO EXISTE.

É sabido  que existe uma grande torcida para que o presidente e o vice se desentendam. 
É também certo que tão logo uma vacina contra a peste se torne disponível  - EXISTA e seja eficaz na imunização e segura no uso - o Brasil comprará.

Nos parece imprudente que com a crise econômica que afeta todo o mundo, o Brasil fique investindo recursos em várias pesquisas de uma vacina.
Tais investimentos levam a uma pergunta: se nenhuma das vacinas pesquisadas com participação financeira do Brasil não lograr aprovação?
Não podemos continuar tentando fabricar uma vacina, enquanto no mercado há disponibilidade de outra, ou outras.
Pesquisar vacina não é para países que atravessam grave crise econômica = inclusive com milhões de brasileiros em dificuldades, muitos passando até fome.]

O ministro do Meio-Ambiente não é dos mais chegados a Mourão, que o convidou por último para participar da viagem à Amazônia com representantes estrangeiros. Algo indica que Mourão preferia que não fosse. Por tudo isso, a afirmação dele de que o Brasil comprará, sim, a vacina chinesa, desde que ela seja aprovada pela Anvisa, entrando em confronto com as afirmações de Bolsonaro, que disse que, por sua origem, a vacina chinesa não tinha credibilidade, mostra que há limites para a aceitação das idiossincrasias do presidente.

Também outros ministros militares continuam incomodados com a atuação do presidente Bolsonaro na mediação de desavenças políticas entre seus assessores. “O Jair é fraco de liderança”, comenta um desses ministros, reclamando da aceitação, por parte do presidente, dos militantes digitais, que levam para as redes sociais as baixarias, intrigas e disputas, apoiando os ministros da ala ideológica. Mourão, embora tenha dito que não é de seu feitio o desabafo feito pelo General Rego Barros, ex-porta-voz de Bolsonaro, elogiou o colega de farda, e disse entender “sua mágoa”. Ao afirmar que “política é política e Forças Armadas são Forças Armadas”, o vice-presidente parece querer traçar uma linha que separa as duas, e pode acabar assumindo o protagonismo, por atos e falas, na defesa da ala militar, que está se aproximando de uma fase reativa em relação aos políticos que assumiram a liderança do governo.

Não caiu bem entre eles a revelação, pela mesma revista Veja, das intrigas e brigas palacianas que continuam nos bastidores da ala ideológica contra militares, principalmente o general Luiz Eduardo Ramos, o ministro encarregado da articulação politica do governo e que continua sendo atacado por integrantes da ala ideológica. A desculpa meia boca do ministro Ricardo Salles não acertou as coisas, as brigas de bastidores continuam, e nas redes sociais, os grupos ideológicos são violentos e incontroláveis. Certa ocasião, ainda na campanha presidencial de 2018, conversei com o então Comandante do Exército Vilas Boas, na presença de outros militares. Perguntei por que não controlavam o candidato Bolsonaro, que espalhava agressões para todos os lados na campanha. O General Vilas Boas respondeu: “Ele é incontrolável”. [palavras certas, inteligentes e concordantes com a integridade moral, ética e profissional  de quem as proferiu;

Se as FF AA fossem controlar o candidato Bolsonaro estariam fornecendo argumentos para que a mesma imprensa que 'cobrava' o controle, caluniasse os militares dizendo que queriam controlar o governo. Com inteligência e de forma diplomática o general Villas Boas, evitou a armadilha. Dizer que um candidato em plena campanha eleitoral é incontrolável não configura ofensa].

A aceitação desse tipo de comportamento devia-se à vontade dos militares de impedir a eleição de Lula. A ida para o governo de vários militares que conheciam Bolsonaro há muitos anos, alguns deles, como Luiz Eduardo Ramos, acostumados a terem que controlar o capitão Bolsonaro expulso [?] do Exército, mas que continuava atuando como líder sindical dos militares nas portas dos quartéis, tinha a intenção de ajudá-lo a governar.

Um fato curioso foi o que aconteceu na Academia das Agulhas Negras, quando Bolsonaro, atrás de votos dos militares, postou-se à porta da instituição panfletando para parentes e amigos dos formandos. A cerimônia não podia começar com aquela panfletagem por onde entraria o presidente da República, Itamar Franco.

Quem foi negociar com o capitão Bolsonaro foi o então Major Luiz Eduardo Ramos, e o máximo que conseguiu foi que o candidato fosse panfletar longe do portão principal. Hoje, quem manda é Bolsonaro, que se utiliza da hierarquia militar para enquadrar seus generais, e os submete à atuação das milícias digitais. Ou a suas idiossincrasias, como fez com o General da Ativa Eduardo Pazzuelo, ministro da Saúde, que teve que engolir calado o presidente desmenti-lo publicamente, afirmando que não compraria a vacina chinesa. Hoje, Mourão garante que o país comprará, sim, a vacina chinesa. [para fechar, acrescentamos: desde que exista uma...chinesa, inglesa, japonesa, etc]

Merval Pereira, colunista - O Globo