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segunda-feira, 21 de junho de 2021

UM PERIGO RONDA O BRASIL - Percival Puggina

Há um humor paradoxal e trágico no fato de que a maior opressão incidente sobre a juventude brasileira provenha de um modo de ver a Educação que joga incenso e canoniza  em papers acadêmicos o autor da  Pedagogia do Oprimido. Em torno dele se desenvolveu uma fé religiosa que resiste a toda evidência em contrário, como se pudesse ser boa a árvore que dá tão maus frutos.

Não estou falando de futilidades, mas do dano que vem sendo causado a pelo menos duas gerações de brasileiros. Trato de algo que, presentemente e em números redondos, afeta 48 milhões de crianças e adolescentes brasileiros matriculados do ensino infantil ao médio. E, com talvez ainda maior intensidade, aos 9 milhões de estudantes matriculados no ensino superior. A principal riqueza potencial do Brasil – sua juventude – está submetida à influência de uma pedagogia marxista que começa com a dialética chã e elementar “oprimido x opressor” de Paulo Freire e ganha abrangência, entre outros, com Lukács, Foucault, Derrida, Laclau, Althusser. Enquanto o desastre ganha vulto, autores conservadores e liberais são velados em silêncio na voz de professores e cantos empoeirados das bibliotecas.

Referida ao sistema educacional brasileiro, qualidade deixa de ser um objetivo a alcançar para se converter num adjetivo despido de fundamento, para uso num ambiente cada vez mais fechado em si mesmo por mecanismo de autopreservação.

Resultado? Apenas duas das 198 universidades brasileiras estão entre as 300 melhores do mundo. Resultado? Segundo o último Pisa, as notas médias dos estudantes brasileiros, dentre os 80 países aferidos, conseguiram uma posição que fica entre 57º lugar em leitura e 74º em matemática. Nos países da OCDE, 15,7% dos alunos estão nos níveis máximos (5 e 6, em pelo menos uma disciplina), enquanto no Brasil, apenas 2,5% alcançam esse patamar.

Outro resultado alarmante chega-me num estudo elaborado pelo ManPower Group sobre o “Total WorkForce Index”, com dados sobre os recursos humanos para o trabalho em 76 mercados,  situa o Brasil em 61º lugar. Há sessenta, mais bem colocados! “A falta de habilidades técnicas é nosso grande desafio e o maior gargalo que existe no Brasil”, diz o presidente da organização em nosso país.

Sim, nós sabemos. Aliás, sabíamos. Melhor ainda, prevíamos. O marxismo e seus castelos de vento me levam à poesia quinhentista de Sá de Miranda (séc. XVI), quando deles conclui dizendo: “Quanto me prometestes; quanto me falecestes!”.

Este espectro ronda o Brasil. Compromete nossas perspectivas de desenvolvimento econômico e social. É uma Educação visceralmente avessa ao mercado e à preparação para o trabalho, com pés no chão e olhos postos num futuro que não seja o igualitarismo da miséria. É colheita segura do plantio marxista que se espalhou entre nós como praga de lavoura nos delicados e preciosos canteiros das salas de aula, estudantes de riqueza humana.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sábado, 5 de junho de 2021

TIRANIA E COVARDIA - Percival Puggina

A grosseria na CPI é termômetro da covardia
Aproveitar-se do poder conferido pelo mandato para ofender os depoentes é atitude reprovável, típica de tiranos e de abusadores. 
Senadores cobram dos interrogados um respeito que não lhes concedem. Quantas vezes os trabalhos da CPI me fizeram lembrar as assembleias estudantis do início dos anos 60! 
 
Militantes da esquerda de então, ensaiavam os mesmos artifícios, a mesma gritaria, os mesmos recursos regimentais para fazer calar a divergência. Mas eram adolescentes e lá havia o recurso da hombridade: “Te espero na saída!”.[pouco a pouco, os inimigos do Brasil vão criando as condições dos anos 60, especialmente as situações vividas a  partir de 68;
Quanto ao abusivo, deseducado e desrespeitoso comportamento dos senadores que integram a CPI - não de todos e sim dos que se julgam os donos do Circo Parlamentar de Inquérito, que são: senador Omar - quando governador do Amazonas teve mulher e filho presos por corrupção na área de Saúde; 
o relator Calheiros, respondendo a vários processos por corrupção;  
o senador petista, Humberto Costa, vulgo 'Drácula' = alcunha que recebeu quando ministro da Saúde do condenado Lula, por envolvimento em crimes envolvendo bancos de sangue, investigados na operação 'sanguessuga'; 
o senador Jader Barbalho, senador com experiência no uso de  algemas, é pai  do governador do Pará - que comprou respiradores emuma loja de vinho;
o senador Rodrigues, especializado em encrencas que sempre perde; e, fechando, aquele senador médico - nos parece que seu nome é Otto Alencar - que a TV Funerária tem o cuidado de destacar ser ele médico - ressalva usada, talvez, por ele ser dos tempos em que as sanguessugas eram utilizadas como remédio. 
Fazemos questão de declarar não ser do nosso conhecimento  nenhum fato que desabone os senadores Rodrigues e Otto - apesar de andarem em más companhias. Os quatro primeiros deixamos por conta dos nossos dois leitores concluírem, após rápida pesquisa, sobre o histórico do trio parada dura.]

Nem naqueles tempos, contudo, o desrespeito da militância esquerdista se voltava contra as colegas. Impensável então, tanto quanto hoje, fazer o que alguns senadores fazem ao interrogar mulheres nas sessões de tortura da CPI. E tudo perante o silêncio complacente da mídia e do feminismo militantes, que só zelam pelas mulheres de esquerda.

Disse bem o Simers em nota de repúdio:

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul manifesta indignação ao tratamento de senadores às médicas Mayra Pinheiro e Nise Yamaguchi, na CPI da Pandemia. A entidade repudia veementemente constrangimentos submetidos às respeitadas cidadãs, mulheres experientes, profissionais com qualificados currículos e respeito profissional. 

O ambiente de hostilidade e absoluto demérito a posicionamentos contrários aos dos questionadores que se direcionaram às médicas, além de expostos preconceitos, denota profundo desrespeito ao ato médico. O fato ataca profundamente toda a categoria, independentemente da atuação de cada profissional. 

Mais contundente ainda falou o presidente do Conselho Federal de Medicina, órgão máximo da categoria, em manifestação cuja íntegra pode ser assistida aqui. Afirma o Dr. Mauro Ribeiro:

Infelizmente, aquilo que nós temos visto nessa CPI da Covid é inaceitável, é intolerável, principalmente quando nós vemos médicas, como no caso das doutoras Nise Yamagushi  e a Mayra Pinheiro, que estiveram lá recentemente, sendo completamente destratadas por alguns senadores que fazem parte daquela Comissão Parlamentar de Inquérito. Isso, para o CFM, instituição maior da medicina brasileira, é intolerável, é inaceitável sob todos os pontos de vista.

Antes de encerrar lamentando o ambiente tóxico da CPI, o presidente do CFM, dirigindo-se ao senador Otto Alencar por sua conduta em relação à colega doutora Nise Yamaguchi quando depondo à CPI, disse:

O senhor é um médico e deveria refletir sobre aquilo que o senhor fez, a deslealdade que o senhor teve com uma médica mulher. Sua atitude como senador da República poderia, até, ser caracterizada como um ato de misoginia, tamanha a agressividade que o senhor teve naquele momento e a desqualificação que o senhor fez com uma mulher que estava ali convidada.[Doutor Mauro Ribeiro: por favor, tenha presente que a CPI Covidão está sendo a única forma do médico Otto se tornar conhecido - os holofotes o deixaram sem noção.
A fama é efêmera, mas costuma causar males permanentes nos que não estão preparados para desfrutá-la.]

Creio estar minha opinião suficientemente respaldada, seja por minha observação pessoal, seja pelos depoimentos transcritos, aos quais se somaram protestos de outras senadoras e senadores presentes às sessões da Comissão. Essa CPI faz mal a si mesma e mostra ao Brasil a face sinistra de políticos e partidos que, exatamente por serem como são e agirem como agem, têm que ser mantidos, por opção democrática da sociedade brasileira, longe de posições de mando. São tiranetes em busca de mais poder.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

sexta-feira, 28 de maio de 2021

UMA UTOPIA GENEROSA E PERIGOSA - Percival Puggina

Às vezes encontro pessoas cuja posição política conheço e me surpreendem repetindo o falatório da oposição, afirmando que o Bolsonaro isso, o Bolsonaro aquilo, apontando mancadas do presidente. Alguns ilustram o que dizem mencionando danos supostamente causados por ele à imagem do Brasil. Isso é referido como se tais danos não tivessem outras causas, ou como se o refinamento de Lula e a fulgor intelectual de Dilma tivessem sido ofuscados pelos modos toscos do atual chefe do poder executivo. Não raro, indicam como novidade, o racha da sociedade brasileira. “Vivemos um maniqueísmo”, exclamam.

Sei que esses interlocutores, tanto quanto eu, conhecem os males em médio prazo insanáveis que o falso progressismo causou ao Brasil. A obra de ocupação do território educacional e cultural já conta várias décadas e permanece abertamente operacional. Mais do que na degradação moral causada pela transformação do velho patrimonialismo em um conjunto de organizações criminosas, certamente é nesses dois setores conexos – educação e cultura – que se desenrola sua atividade mais perniciosa.

Sempre que denuncio o mal causado por Paulo Freire à juventude brasileira, esquerdistas me contestam mencionando as luzes que a ribalta companheira ou camarada ainda hoje acende para ele no cenário internacional. Falam da experiência alfabetizadora de Angicos e alegam que seu método nunca foi aplicado no Brasil. Também em Angicos, aliás, passados os 40 dias da aparatosa exibição, os alunos avaliados em alfabetização e politização saíram-se melhor nesta do que naquela. A política em primeiro lugar...

O estrago causado por Paulo Freire, sempre esteve em ter capturado para a pedagogia o que havia de mais destrutivo na filosofia, na sociologia e no pensamento político de seu tempo. Tanto foram e permanecem extensivos e dominantes esses paradigmas que a atrasada e decadente Educação em nosso país o tem por patrono! Como unir esforços com trabalhadores em educação?

O maniqueísmo que alguns almejam derrotar não é obra dos conservadores e liberais brasileiros, politicamente omissos até 2014. Com persistência que faz lembrar os construtores de grandes muralhas, os falsos progressistas foram dividindo a nação como obra das próprias mãos. Sem encontrar resistências! Estas só surgiram quando conservadores e liberais, olhando os escombros da sociedade, se perceberam maioria irresponsavelmente omissa, silenciosa e derrotada.

O enfrentamento hoje instalado no Brasil precisa se manter nos âmbitos devidos – da cultura, da educação e da política – para que maiores males sejam evitados. Portanto, atenção, leitor: entrar nesse contexto com apito na boca, com a neutralidade e o desinteresse dos árbitros em relação ao resultado da partida, ou querer encerrar o jogo para uma imaginária confraternização dos “atletas” é generosa, inútil e, como sempre, perigosa utopia. Deus abençoe e fortaleça os conservadores e liberais brasileiros.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

O autor confessa - Percival Puggina

A quem interessar possa, confesso que sou portador de um pacote de anomalias que me fazem ser a favor da instituição familiar e contra os que a depreciam, a favor da liberdade e contra arreganhos totalitários, a favor da sociedade e contra a bandidagem. Podem me olhar de cara feia, mas é assim que sou.

Também sou pobre de mimcontra a miséria e, por isso, a favor do desenvolvimento econômico. Podem me chamar de porco capitalista, mas me sinto mal ao ver um miserável papeleiro fazendo tração animal, puxando carroça, porque o município não lhe proporciona outro modo de recolher papéis pela cidade, tendo preferindo zelar pelo cavalo e não pelo papeleiro. [um pequeno adendo: muitos dos que usavam animais para puxar carroças, maltratavam em demasia os animais e grande parte t economizava na manutenção do animal, reduzindo a comida. Sem contar os espancamentos para forçar os animais famintos, doentes, alguns já no final da vida, a puxarem com rapidez uma  carroça sobrecarregada em longas jornadas.

Pior é se ver em plena Capital da República, seres humanos - filhos de DEUS - revidando latas e sacos de lixo para colher alimentos estragados para se alimentar e aos seus familiares.]  Podem me chamar de direitista – não de fascista porque, como se sabe, fascista é a mãe de quem chama –,  no entanto, não consigo discutir sobre política com quem vive no mundo da lua.

A propósito, outro dia, disse-me alguém que a discussão entre esquerda e direita não define rigorosamente o quadro político brasileiro porque existe uma esquerda democrática e uma direita democrática e as duas posições são igualmente legítimas.  Aí já comecei a vislumbrar o cidadão sentado à borda de uma cratera lunar, balançando os pés e olhando a Terra azul. No mundo real, disse a ele, não existe esquerda e direita ideal. Existe uma direita real e uma esquerda real. Esta última, a que existe no Brasil, a que vai às urnas, a que faz voto e disputa o poder, é representada por dois ou três partidos que se definem como adversários da democracia liberal, representativa, que chamam “burguesa”, e querem promover mudanças para a, assim dita, “democracia popular”. Com esse mesmo rótulo, aliás, foram comercializados os regimes totalitários no leste da Europa e da Ásia, durante décadas, a partir de 1948.

Em toda democracia, mas de modo muito especial numa sociedade pluralista e de escassos consensos como a nossa, é preciso, sim, haver uma esquerda e uma direita democráticas. Acontece que a esquerda que governou o Brasil fez o que se sabe e o que se sabe é apenas parte do que fez. Por todos os modos tentou criar sua “democracia popular”, aparelhou toda a máquina pública com seus sovietes (conselhos), tomou conta das universidades, semeou discórdia onde havia união etc., etc., etc.. Não fez diferente no Rio Grande do Sul nas duas ocasiões em que governou o Estado causando catástrofes econômicas, fiscais e sociais.

Tenho 76 anos e nem um único minuto desse tempo todo estive em cima do muro.  Não me parece sensato instalar-me sobre  ele, como se a política fosse um jogo em que eu, neutro como uma biruta de aeroporto, me movimentaria segundo o vento das circunstâncias. Sou culpado? Quem sabe? Nesta terra, disparate é a sensatez. E vice-versa.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 12 de agosto de 2020

100 mil mortos - Boletim da Covid-19 dá nome aos bois: governadores [prefeitos e também o STF.]

Alexandre Garcia

100 mil mortes



[Não só os governadores, também os prefeitos e todos que de alguma forma colaboraram para o fracasso do combate ao coronavírus, devem ser apontados como culpados e responsabilizados.

Sendo simples e direto: apenas o presidente Bolsonaro não tem culpa - foi impedido de agir. Apesar do comportamento da pandemia, deixar claro que a imunidade de rebanho começou, graças a DEUS.

Descendente de libanês, o ex-presidente Michel Temer vai chefiar a missão humanitária do Brasil que levará ajuda ao Líbano. Depois da explosão no porto de Beirute, o país todo explodiu politicamente. O primeiro-ministro do país renunciou e está havendo manifestações na rua. O povo libanês não aguenta mais a corrupção que impera nessas últimas décadas.


Vítimas da Covid-19 são enterradas em cemitério de Fortaleza: de quem é a culpa pelas 100 mil mortes?| Foto: Jarbas Oliveira/AFP

Temer falou que o país precisa de uma pacificação.Isso será difícil porque ao sul está Israel, ao leste a Síria e no país tem os terroristas do Hezbollah. Sempre houve grupos apoiados pelo exterior a atrapalhar o Líbano. Eu lembro disso quando cobri a guerra civil lá, em 1982. Os libaneses têm muito orgulho dos seus 12 milhões de compatriotas que vivem no Brasil. Por isso, o Brasil e a França — a segunda língua do país é francesa — têm uma responsabilidade muito grande.

O Brasil está doando ao Líbano 4 mil toneladas de arroz — o alimento vai chegar de navio. A comitiva de Temer vai levar inclusive donativos da área médica. O Brasil segue assim o exemplo dos Estados Unidos, onde é tradição indicar ex-presidentes para missões humanitárias.

“Calúnia para fugir da própria culpa”
O último boletim de estatísticas estaduais do coronavírus saiu com o nome dos governadores. Isso provocou um tititi, mas foi o STF que determinou que quem toma as medidas sanitárias são os chefes dos estados. Os prefeitos se queixam de que só têm margem de manobra para tornar mais rígidas medidas do governador. Se for para atenuar eles não podem. Os comerciantes estão fazendo queixas às prefeituras, essas reclamações não chegam aos governadores. Os prefeitos sabem que se o comércio não funcionar não há arrecadação e consequentemente não tem como pagar a folha de pagamento.

Percival Puggina, que é um grande articulista no Rio Grande do Sul, fez um post no Facebook dizendo: “se o STF não deixou fazer, se governadores e prefeitos não fizeram e se a grande imprensa desqualificou o que Bolsonaro queria ter feito, responsabilizar o presidente por 100 mil mortes é calúnia para fugir da própria culpa.”
Essa publicação foi de uma clareza cristalina. Foi por isso que o boletim saiu com o nome do administrador do estado, o responsável por coisas como o lockdown em Pelotas, onde teve até sirenes para anunciar o isolamento social — parecia alerta de ataque aéreo.

A importância do juiz de carreira
Tem um juiz de carreira no Supremo Tribunal Federal, felizmente próximo  presidente da Corte, Luiz Fux. Juízes do trabalho de carreira são dois: Marco Aurélio e Rosa Weber; os outros são promotores de carreira, advogados ou professores de Direito.
A formação real de um juiz é na primeira instância, porque há contato direto com a população. 
O sujeito que passa o dia inteiro em uma cátedra, dentro de uma banca de advogados ou trabalhando no Ministério Público não tem a mesma tarimba de um juiz de carreira que trabalha num fórum lá no sertão, no interior do país. Esse sim sabe ser justo, com base na lei.

Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes




segunda-feira, 3 de agosto de 2020

STF, SENADO E ÁLCOOL GEL - Percival Puggina

Muito leitores me escrevem expressando desânimo em suas manifestações. Dizem-se desiludidos, desesperançados. Estão deixando cair os braços. O que fazer? O Brasil melhor, que buscaram nas mobilizações desde 2013 e redundaram na vitória de conservadores e liberais em 2018, enfrenta terríveis resistências. Elas são políticas. Elas são ideológicas. Elas são poderosas. O que fazer?

O desalento dos vitoriosos fornece adrenalina pura à veia dos derrotados! É exatamente o que sempre buscam. Todos os totalitários, em suas experiências históricas, cuidaram de submeter os inconformados e, para tanto, o caminho não sangrento (o sangue corre mais tarde) é o roubo da esperança. É o roubo daquela joia preciosa a que se refere um personagem de Bernard Bro em Contra toda a Esperança. A primeira grande frustração que sucedeu à vitória eleitoral de 2018 veio com a percepção de que, apesar de toda a faxina, apesar de muito esfregão, palha de aço, lava-jato e desinfetante, o ganho qualitativo com a renovação da representação política nacional no Congresso não foi suficiente para que as más práticas e os piores interesses perdessem vitalidade. O governo não podia contar sequer com metade do partido do presidente. Os outros dois blocos eram formados pelas oposições e pelo centrão. Ou seja, Bolsonaro tinha umas poucas dezenas entre os 594 membros do parlamento. Matéria de Gaucha ZH de 5 de fevereiro deste ano informa que durante o ano de 2019 o governo enviou 48 Medidas Provisórias ao Congresso e apenas 11 destas se converteram em lei. [sem contar que algumas medidas propostas ao Congresso, pelo Governo Federal, foram anuladas pelo STF.
Algo complicado em uma democracia -  os projetos enviados pelo Governo ao Poder Legislativo federal, incluindo MPs, devem ser apreciados pelo Congresso que decidirá se aprova, rejeita, modifica.
Não cabe ao Poder Judiciário, simplesmente atendendo ao pedido de algum partideco, assumir as funções do Congresso.]
Com uma plataforma conservadora e liberal, o governo tinha contra si praticamente toda a extrema imprensa e a totalidade do Supremo Tribunal Federal. 
Este último trata o governo como potência inimiga e assumiu um protagonismo político percebido como tirano. 
O STF é totalmente avesso à agenda conservadora e liberal e barra iniciativas caras aos eleitores do presidente, mas não condizentes com o petismo enraizado na maioria de seus membros.
O que fazer, e fazer logo?

De momento, no curto prazo, sem possibilidade de ir às ruas e sob forte repressão à liberdade de opinião, é urgentíssimo fazer andar os pedidos de impeachment de membros do STF entregues à leitura das traças nas gavetas do senador Davi Alcolumbre. Isso está no tabuleiro das iniciativas viáveis. São apenas três senadores por estado! Cada um deles, independentemente do partido a que esteja filiado deve passar a receber irresistível “pressão das bases”. Há que romper o circuito fechado “álcool gel”, onde as mãos se esterilizam reciprocamente nas relações entre o Senado e o STF.

Estou falando de usar toda a forma de contato civilizado possível para mostrar a cada senador, que sua cadeira é muito mais instável do que lhe pode estar parecendo. A renovação de seu mandato, sonho comum a todos, depende de agir tendo em vista o bem do Brasil, a decisão democrática das urnas, o respeito à Constituição, o Estado de direito. A proteção de maus magistrados, de maus colegas e más legendas não faz parte desse conjunto e será muito mal acolhida nas inexoráveis cabines de votação de 2024 e 2028. Nesse sentido, mobilize em seu município associações, sindicatos, meios de comunicação, lideranças políticas e todas as legítimas energias locais para cobrarem posição dos três senadores de seu Estado. 
Não esmoreça, não há impeachment sem apoio popular.
O êxito dessa campanha, que precisa de todos, abrirá portas para profundas transformações na cena institucional brasileira.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


segunda-feira, 6 de julho de 2020

DESARMAMENTISMO, O RELATIVISMO VESTIDO DE BRANCO - Percival Puggina



 Como entender que pessoas esclarecidas defendam, com argumentos tão pouco sensatos, a vulnerabilidade dos cidadãos de bem?
Como entender que, no referendo de 2005, mais de 33 milhões de brasileiros, minoritários na votação, mas ainda assim, num expressivo contingente, tenham votado contra seu próprio direito de defesa? 
Cidadãos de bem que não querem o direito de defender a própria vida, a vida de sua família e o seu patrimônio? 
Que confiam essa tarefa essencial a um poder estatal comprovadamente incapaz de executá-la? 
Custei a descobrir a resposta a essas inquietações. Ela se encontra, exatamente, na ideia um tanto abstrata de “cidadão de bem”! Incontáveis vezes, ao longo dos anos, em centenas de debates, esse tema me foi lançado como carta forte, em forma de pergunta: "O que é, afinal, um cidadão de bem, quem são tais pessoas?".

 Aqueles que no começo do século XXI conceberam o Estatuto do Desarmamento e os que se recusam a votar uma lei que atenda melhor os anseios e necessidades dos cidadãos de bem não sabem responder a essas perguntas e as propõem como quem sugere um enigma!

É claro que não saber o que seja uma pessoa de bem, se a indagação sobre as características de tais seres humanos se dilui no silêncio de nebulosas dúvidas, se a diferença entre um cidadão honrado e um bandido é tão sutil que não pode ser estabelecida, então todos somos suspeitos e perigosos. Não podemos ter acesso a armas. A ideologia que dominou o país durante tanto tempo tornou politicamente incorreto, preconceituoso e elitista pretender estabelecer distinção entre os leitores destas linhas e a bandidagem que os acossa e intranquiliza.
Deu para perceber? Desarmamentismo é o velho relativismo vestido de branco!

Quem o defende não sabe mesmo, olhando no espelho ou ao redor, o que seja um profissional correto, um governante probo, um bom aluno, um comerciante honesto, um atleta leal, um soldado valoroso, um pai de família dedicado, um trabalhador esforçado, um patrão justo. É ruim, não? Pois bem, senhores e senhoras que não sabem o que seja uma "pessoa de bem": a resposta à vossa pergunta é...
Não, não a darei. Embora congruente com a indagação, o esclarecimento seria descortês.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.




quarta-feira, 24 de junho de 2020

O SILÊNCIO É A VOZ DAS DITADURAS - Percival Puggina


Quer dizer, senhores ministros, senhores congressistas, senhores da imprensa, que democrático, no seu ponto de vista, é o mal nascido e mal criado “Inquérito do fim do mundo”, ilimitado nos objetivos e raivoso na condução, sem limites, sem borda e sem tampa? Quer dizer que democrático é o explosivo coquetel ideológico dos grupos Antifas, só porque proclamam, contra os fatos e a história, ser “pela democracia”, apesar de justificarem a violência que habitualmente praticam?


Quer dizer que democrático é o senador Davi Alcolumbre, com conivência da Casa que preside, sentar-se sobre os insistentes pedidos de impeachment contra ministros do STF? Será por democrática simetria que um terço dos senadores é investigado ou responde ação penal no STF em processos que se arrastam a passos de jabuti, enquanto o inquérito das fake news, que interessa particularmente ao STF, anda a galope?

Quer dizer que usar a mão pesada do Judiciário para inibir as manifestações populares de desagrado com a conduta belicosa do STF é conduta democrática?

Quer dizer que o ministro Celso de Mello se credencia como magistrado guardião da democracia e do equilíbrio quando compara o Brasil à Alemanha de Hitler e afirma que bolsonaristas “odeiam a democracia" e pretendem instaurar uma "desprezível e abjeta ditadura"?

Quer dizer que democrático é o silêncio das ruas bloqueadas para evitar manifestações populares diante de um Congresso Nacional omisso, surdo aos legítimos anseios expressos nas urnas de 2018?

Quer dizer que é antidemocrático apontar a chantagem com que parlamentares de má fama constrangem o governo?

Quer dizer que é antidemocrática a inconformidade popular com o fato de o Congresso, em um ano e meio, não haver votado a PEC que permite a prisão após a condenação em segunda instância? 

Será, então, democrático desatender a esse clamor pelo fim da impunidade determinada por uma preceito que só agrada bandidos e seus advogados?

Será democrático o STF quando, em eloquentes votos, rejeita o ideário conservador e liberal que venceu a eleição presidencial?

Será democrático o STF preservar a mentalidade política e as posições ideológicas próprias da era Lula, quando a maioria da nação já lhe disse não nas urnas?

Serão democráticos, por fim, o doce e dolente sossego dos poderosos, o monótono papaguear da grande imprensa, embalados pelo silêncio da sociedade? 
Mas não é esse desejado silêncio a própria voz das ditaduras?

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.




quarta-feira, 10 de junho de 2020

A FRAUDE INTELECTUAL DOS “ANTIFASCISTAS” - Percival Puggina

Quando penso que se abre alguma fresta para o bom senso, eis que parte da grande mídia brasileira compra, por vinte centavos, a fraude intelectual dos antifas, ou seja, dos autorrotulados antifascistas.  Admito que o estudo da História no ambiente acadêmico e, em particular, na preparação dos jovens jornalistas ande ideologicamente comprometido. Percebo, também, que uma das cláusulas desse pacto é a de explorar, em cada evento histórico, a narrativa mais conveniente sob o ponto de vista político. Trata-se de um compromisso que exige imensos esforços de dissimulação e manipulação. Quer saber o tamanho disso? É mais ou menos o que custaria esconder sob um tapete bordado uma centena de gulags soviéticos onde milhões de prisioneiros foram jogados, viveram e morreram sob a acusação de serem... fascistas.

Já no final dos anos 1920, entre os comunistas de vários países europeus, o adjetivo fascista era largamente utilizado inclusive para designar facções internas do próprio movimento ou forma de empacotar e mandar para o outro mundo toda dissidência. Foi assim em relação aos russos Brancos, durante a consolidação do domínio soviético. O Partido Comunista da Alemanha usava o conceito até para os sociais-democratas, chamados de sociais-fascistas. Os nazistas alemães eram chamados fascistas até a assinatura do Pacto Molotov-Ribbentrop (1939) quando a formação do acordo entre a Rússia comunista e a Alemanha nazista levou Stalin a difundir uma visão positiva do regime de Hitler. Tudo mudou dois anos depois quando o monstro alemão rasgou o pacto e invadiu a União Soviética. A partir daí, toda conduta antagônica ao comunismo, ficou sob o qualificativo fascista.

Para a cartilha marxista-leninista o fascismo era a fase final da “inevitável crise do capitalismo”. Sob Stalin, a exemplo de toda divergência a ele, Trotsky era fascista. Todos os países de economias livres eram, igualmente, assim declarados e continuam sendo assim definidos pelos comunistas que neles atuam e se expressam politicamente. Sem exceção, foram ditos fascistas todos os movimentos liberais na segunda metade do século passado – Primavera Húngara (1956), Primavera de Praga (1968), a revolta da Praça da Paz Celestial (1989), as Revoluções de 1989 (Outono das Nações) e as dezenas de mobilizações liberais entre 1989 e 1991.

Aliás, é muito pouco referido o fato de que o famoso Muro de Berlim, construído pelo lado comunista da Alemanha para impedir seus cidadãos de fugirem para a liberdade, era chamado pelos hipócritas que o construíram de Muro de Proteção Antifascista (Antifaschistischer Schutzwall). Punto e basta! Continuar demonstrando o óbvio seria soterrar este texto, desnecessariamente, com evidências. O epíteto fascista caracteriza muito mais objetivamente a pessoa que dele faz uso do que a pessoa a quem é imputado. Nove décadas de história mostram inequivocamente que quem o utiliza se autodefine como comunista. 
Desconhecer tal fato não é cascata nem catarata. É cegueira, mesmo.

Portanto, como pode alguém levar a sério a natureza democrática dos antifas? 
Como aceitar que certos eventos sejam apresentados à nação como antifascistas, ou reconhecidos como Movimento pela Democracia quando seus membros se dedicam a distribuir o adjetivo fascista àqueles a quem se opõem? 
Difícil encontrar hoje maior evidência de desonestidade intelectual, mormente entre quem tem a missão de bem informar! 
Por fim, como exercer a cidadania sem avaliar cuidadosamente os movimentos em ambos os lados da cena política real?

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

"Já dizia o grande Nelson Rodrigues:

" O mundo será dominado pelos idiotas, não pela qualidade deles, mas pela quantidade". 

É o que estamos vendo. Inventaram um tal de "politicamente correto", que não se sabe bem o que seja, mas é motivo para que "a patrulha ideológica" passe a infernizar a vida de quem não segue seus conceitos. Pois agora mesmo, aproveitando-se de uma triste ocorrência americana, os insensatos do mundo todo se uniram para tentar destruir o que a civilização levou milhares de anos para construir. A cultura. Resolveram "revisar" toda a história mundial e julga-la pelos valores atuais. Uma tragédia, tentam apagar da história, acontecimentos que pelos sentimentos atuais, não deveriam acontecer, mas aconteceram no passado e isto é fato e não pode ser mudado. Pois agora mesmo, o prefeito muçulmano de Londres, diz que vai rever todas as homenagens prestadas a ingleses que no passado ajudaram na pujança do pais. Quem não for aprovado pelo "politicamente correto", será defenestrado, ou seja, deixará de ser herói nacional e será transformado em pária da nação. Ai então nos deparamos com as incongruências na atitude. Imigraram para a Europa, atraídos pela riqueza dos países, mas repudiam os construtores destas riquezas? Não é uma hipocrisia? Rejeitam o criador, mas vieram justamente atrás da sua obra. Porque não voltam então aos seus lugares de origem? Uma outra coisa, hoje tudo que não é de esquerda, é fascista. 

Picham a todos os contrários com o epíteto, mas se recorrermos a história, o que parece mesmo ter sido o "il gran fáscio" foi a União Soviética de Stálin, muito mais fascista que a Itália de Mussolini. Infelizmente a cegueira não deixa ver a verdade e a atrofia mental não permite o raciocínio lógico, hoje a tropa segue apenas a "madrinheira". O tempo dos grandes pensadores e o "iluminismo", há muito já se foram. 

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A INVEJA MATA - Percival Puggina

Na encíclica Rerum Novarum, publicada em 1891, época em que o comunismo era apenas uma tese ainda distante um quarto de século de sua primeira experiência, o papa Leão XIII, referindo-se a esse modelo, escreveu: “Além da injustiça do seu sistema, vêem-se bem todas as suas funestas conseqüências, a perturbação em todas as classes da sociedade, uma odiosa e insuportável servidão para todos os cidadãos, porta aberta a todas as invejas, a todos os descontentamentos, a todas as discórdias; 
o talento e a habilidade privados dos seus estímulos, e, como conseqüência necessária, as riquezas estancadas na sua fonte; enfim, em lugar dessa igualdade tão sonhada, a igualdade na nudez, na indigência e na miséria”. Foi profeta. A história veio lhe dar inteira razão.

 No entanto, se as previsões do sábio pontífice foram confirmadas e pouca gente esclarecida rejeita suas afirmações sobre a ineficácia do sistema comunista, tem passado meio despercebida a relação entre comunismo e inveja (e poderíamos acrescentar “entre os totalitarismos e a inveja”) cuja existência ele tão fortemente sublinhou. A inveja nasce da comparação e se afirma como um duplo sentimento negativo: a alegria pelo mal alheio e a tristeza pelo bem alheio. Os moralistas (estudiosos das questões relativas à moral) afirmam que o invejoso é a principal vítima desse sentimento. De fato, a inveja mata. Ela é um canhão que dispara para frente e para trás. Quando força motriz de um modelo político, ela se torna genocida e pode se voltar para a extinção de uma raça, de uma classe social ou da própria nação em nome de quem se expressa. Ao longo da história, centenas de milhões de seres humanos morreram em guerras e campos de concentração por conta do 5º pecado capital.

Foi esse pecado que deu causa ao holocausto. 
Foi ele que explodiu as Torres Gêmeas. 
É ele que hoje sai às ruas quebrando vitrinas. 
É ele que não consegue esconder o gozo perante tais fatos. 
É ele que nutre em tantos o ódio mortal aos Estados Unidos. 
Não podem os invejosos conviver com tamanha evidência dos equívocos em que se afundaram. O ódio que têm a Trump não guarda relação com humanismo e anseios de paz. Estiveram calados durante a Primavera de Praga, durante a invasão comunista do Tibet, assistiram desolados à queda do Muro de Berlim e só têm louvores aos regimes cubano, venezuelano e outros que tais. [esses baderneiros, marginais - alguns de torcidas organizadas que são em português claro gangues,  e em um mais rebuscado falanges - são movidos pela inveja.
Antes eram remunerados com sanduíche de mortadela e suco; agora nem isto recebem; assumem o papel de bucha de canhão em troca de um pão dormido com margarina,  um suco de saquinho e onze reais para a passagem.
Grande parte deles idiotizados, incutem neles ideias de defender supostos casos de racismo e uma democracia que sequer sabem o que significa. Aliás, acham que esquerda reúne os canhotos.
São agora inocentes úteis mas são considerados por seus manipuladores idiotas e babacas inúteis.] 

Há cerca de 15 anos, uma emissora de TV exibiu reportagem feita com jovens da periferia de Paris protagonistas de arruaças que, de lá para cá, foram mudando a face da capital francesa. Aquela matéria me explicou muita coisa. Inclusive sobre certo jornalismo militante que já ganhara força entre nós. Um dos jovens entrevistados levou a repórter para ver onde vivia. Era um edifício popular, muito melhor do que as moradias de qualquer favela brasileira. Sem muito que dizer, e percebendo a inconsistência das imagens para os fins a que se destinavam, a moça disparou: “Já se nota o contraste entre isto aqui e os palácios de Paris”. Acho que ela queria levar a rapaziada para morar em Versailles. Enquanto isso, seu revolucionário guia apontava as más condições do prédio: paredes tomadas por pixações, a sinalizarem o caráter pouco civilizado dos moradores, e um balde, no meio da sala, marcando a existência de uma goteira, como se fosse dever do morador do Palais de l’Élysée subir no telhado para reparar tão complexo problema. No fundo, é tudo inveja.
Explorando esses vícios da alma, alguns governos se instalam. Também assim se corrompem, conduzidos pelos mesmos sentimentos maléficos. É assim que não se conformam com a perda do poder.

Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O terrível silêncio da matéria - Percival Puggina



Vivemos numa época em que a negação de verdades é vista como um serviço à liberdade e evidência de sensatez. Pelo viés oposto, afirmá-las é dar sinais de prepotência intelectual. “Tudo é relativo!”, proclama-se, enquanto se anuncia que a experiência individual (individualismo) ou comunitária (coletivismo) são as únicas fontes de conhecimento. Não é preciso muito esforço para reconhecer o quanto as afirmações de tais fontes são variáveis e não verificáveis. Na prática, o que se produz por essa via é a grosseira valorização do palpite: “Aqui vocês (ou você) decidem legitimamente sobre tudo!”

Quem diz que tudo é relativo afirma o relativismo como uma verdade. Certo? No entanto, se tudo for relativo, também essa “verdade” será relativa e a própria frase destrói o que pretende ensinar, a menos que admitamos o relativismo como a única verdade não relativa.Existe a verdade e existe o bem! E quem nega isso, ao contrário do que imagina, não presta serviço à liberdade. Quantos pais, ocupados com bem educar seus filhos ouvem deles: “Puxa, só aqui em casa as coisas são assim!”. Tal frase é, talvez, a primeira evidência que colherão de o quanto foi a sociedade invadida por conceitos destrutivos de seus próprios alicerces. 

O historiador Paul Johnson, admirável autor de “Tempos Modernos, o mundo dos anos 20 aos 80”, discorrendo sobre a repercussão social do trabalho científico de Einstein, escreveu:
“O mundo está desconjuntado, como tristemente observara Hamlet”. Era como se o globo giratório tivesse sido tirado de seu eixo e lançado à deriva num universo que não mais comportava normas e medidas preestabelecidas. No princípio dos anos 20 surgiu a crença de que não mais havia quaisquer absolutos: de tempo e espaço, de bem e de mal, de conhecimento, sobretudo de valores. Erroneamente, a relatividade se confundiu com o relativismo, sem que nada pudesse evitá-lo.


Mais adiante, referindo-se ainda a Einstein, o autor registra o desalento do cientista ao perceber as consequências da teoria da relatividade na vida real das pessoas.
“[Einstein] viveu para presenciar a transformação do relativismo moral – para ele uma doença – em pandemia social, assim como para ver sua equação fatal dar à luz o conflito nuclear. Houve vezes, no final de sua vida, em que afirmou desejar ter sido apenas um relojoeiro.”

Ora, tanto a física de Newton, quanto a de Einstein e a de Max Plank eram válidas para os respectivos parâmetros, mas sair delas para armar barraca nos porões da dúvida sobre bem e mal, certo e errado, verdade e mentira é maltratar a ciência e torturar os cientistas. O mundo desconjuntado de Hamlet volta as costas a Deus, enquanto se preocupa com a natureza, com os animais e as plantas, e descuida absolutamente do ser humano e da sociedade, da cultura e da civilização.
 Que sentido pode haver em orientar-se pelo terrível silêncio da matéria, relativizando tudo que de fato importa ao homem?


Percival Puggina (75), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.



sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

E o gigante acordou - Percival Puggina

Quem espichar os olhos para nosso passado recente vai se deparar com uma sequência inédita de manifestações de rua, em âmbito nacional, mobilizadas algumas vezes por ano ao longo dos últimos seis anos. Em toda a história da República não houve algo que a isso se possa comparar senão de modo muito pálido. 
Foi o caso, por exemplo, das marchas “da Família, com Deus pela Liberdade”, promovidas em algumas capitais num curto espaço de tempo imediatamente anterior e posterior à queda de João Goulart. Foi também o caso das mobilizações dos caras-pintadas, promovidas pela UNE para forçar o impeachment de Fernando Collor.
No entanto, o que tem acontecido no Brasil desde 2013, de modo continuado, é diferente, inédito na história da República, e tem significado político muito maior. Em tais eventos, dizemos: “O gigante acordou!”.

Por que acordou? Mesmo que as causas institucionais desse despertar nunca tenham entrado em debate, parcela significativa dos cidadãos aprendeu da Lava Jato o profundo desajuste moral, vicioso e torpe do presidencialismo dito “de coalizão”, instituído de modo crescente no país desde a Constituinte de 1988. Aprendeu, também, que a voz do povo nas ruas e nas redes sociais afeta a elite política, abala as cidadelas em cujo interior se hospedam os piores interesses e as
 mais espúrias intenções daqueles que fazem do Congresso covil e do próprio mandato uma commodity.

Foi com o povo na rua, que Eduardo Cunha fez andar um dos pedidos de impeachment de Dilma Rousseff. E foi com o povo na rua, acompanhando as deliberações do processo, que se chegou à decisão final pelo Senado. Quando a sociedade percebeu que a Lava Jato suscitava animosidades no STF e no Congresso Nacional, coube novamente ao povo na rua proporcionar retaguarda popular ao juiz Sérgio Moro, aos procuradores da operação e à Polícia Federal.

Enquanto o povo na rua acompanhava vigilante o período de travessia iniciado com o impeachment de Dilma Rousseff, se foram firmando, nas multidões, consensos sobre pautas conservadoras e liberais até então expurgadas do interesse político pelo domínio esquerdista instalado no país. E foi assim, com a unção popular a outros modos de ver a realidade, que acabou a hegemonia do PT.

Da condenação de Lula à reforma da Previdência, praticamente nenhuma decisão relevante foi tomada nos últimos seis anos sem que o povo se manifestasse nas ruas. Claro, nem tudo foi sucesso. O STF acaba de abrir as portas das penitenciárias para a saída dos corruptos. Muitos congressistas, fazendo-se de surdos, deliberando em causa própria, fortificaram seus valhacoutos e torpedeiam os projetos de Sérgio Moro. Eles precisam de uma polícia que não investigue, de um ministério público que não acuse, de uma justiça que não julgue e de uma imprensa que narre acriticamente toda a vergonheira.

Ao longo desses seis anos, participando de praticamente todas as manifestações, firmei algumas convicções. É a irracionalidade do nosso modelo institucional, irresponsabilizando o parlamento, que empurra à militância os cidadãos conscientes e ativos. É preciso expor e deixar ao relento os amigos da impunidade. Estou, por isso, convencido de que as derrotas impostas à opinião pública pelo Congresso Nacional não teriam ocorrido se milhões de cidadãos não se houvessem omitido em momentos decisivos.

Agora é hora de retomar a possibilidade de prisão em segunda instância e operar a faxina no STF. Dia 8 de dezembro, estaremos de novo nas ruas. Qual será sua atitude?
 

Percival Puggina (74), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, 



 

sábado, 8 de julho de 2017

A nação sob o governo das minorias

A crise que jogou o Brasil na mais prolongada e perigosa depressão econômica e social de sua história não pode ser entendida sem que se conheça o peso do patrimonialismo, do corporativismo e do clientelismo na vida nacional. É pelo peso do patrimonialismo que o exercício do poder político se confunde com usufruto (quando não com a posse mesma) dos recursos nacionais. É pelo peso do corporativismo, cada vez mais entranhado e influente nas estruturas do Estado, que os bens e orçamentos públicos vêm sendo canibalizados desde dentro pelo estamento burocrático. É pelo peso do clientelismo que elites corruptas são legitimadas numa paródia de representação política, comprando votos da plebe com recursos tomados à nação.

Na perspectiva do cidadão comum, o que resulta mais visível, lá no alto das manchetes e no pregão dos noticiários de rádio e TV, é o que vem sendo chamado de mecanismo, ou seja, o modo como, nos contratos de obras e serviços, o recurso público é desviado para alimentar fortunas pessoais, partidos políticos e campanhas eleitorais que, por sua vez, garantem, a todos, a continuidade dos respectivos negócios. Com efeito, esse é o topo da cadeia. É o que se poderia chamar de operação contábil que viabiliza e formaliza o patrimonialismo.

O corporativismo, de longa data, se configura como forma de poder exercido com muito sucesso e responde, ano após ano, pela crescente apropriação dos orçamentos públicos e dos recursos de empresas estatais pelas corporações funcionais. É uma versão intestina do velho patrimonialismo. Raymundo Faoro, a laudas tantas de “Os Donos do Poder”, escreve sobre a centralização política ocorrida no Segundo Reinado e a singela constatação de que existem duas possibilidades: ou a nação será governada por um poder majoritário do povo ou por um poder minoritário. Era como exercício de poder minoritário que Faoro via o reinado de D. Pedro II. E o entendia à luz da teoria de Maurice Hariou, que fala de um poder formado “ao largo das idades aristocráticas, pelo exercício mesmo do direito de superioridade das minorias diretoras”.

Maurice Hariou (1856-1929) reparte com Kelsen o apelido de Montesquieu do século XX. Na sua perspectiva, são as instituições que fundamentam o Direito, e não o contrário. Correspondem ao conceito, as organizações sociais subsistentes e autônomas nas quais se preservariam ideias, poder e consentimento. A isso, dava ele o nome de corporativismo. 

Após 127 anos de república, é comum vê-lo em pleno exercício quando representantes de outros poderes, de carreiras de Estado, e de seus servidores ocupam ruidosamente galerias dos plenários ou palmilham corredores onde operam os gabinetes parlamentares. Raramente saem frustrados em suas reivindicações. E assim, bocado a bocado, ampliam, além de toda possibilidade, a respectiva participação no bolo dos recursos públicos. Em muitos casos, a soma das fatias já ultrapassa os 360 graus.

Os ônus do corporativismo representam um prejuízo vitalício, que se perpetua através das gerações. Como tal, muito certamente, excede o conjunto das falcatruas operadas pelo mecanismo. O Estado brasileiro poderia ser menor, onerar menos a sociedade e enfrentar adequadamente o drama das camadas sociais miseráveis, carentes de consciência política. Por que iriam os operadores do mecanismo, os manipuladores da miséria e o estamento burocrático interessar-se em acabar com a ascendência que exercem sobre essas vulneráveis bases eleitorais? Os três juntos – patrimonialismo, corporativismo e clientelismo – põem a nação em xeque. Não sairemos dele se não identificarmos, acima e além dos partidos e seus personagens, estes outros adversários, intangíveis mas reais, que precisam ser vencidos.

http://puggina.org


terça-feira, 27 de junho de 2017

Delações, colaborações premiadas e o estranho caso JBS

Por não lhe haver sido disponibilizado o instituto da colaboração premiada, Marcos Valério acabou como grande pato da ação penal referente ao Mensalão. 

Segundo leio, o publicitário, tardiamente, vem procurando construir um acordo nesse sentido desde meados do ano passado. Foi no âmbito da posterior Lava Jato que esse instrumento processual chegou aos colarinhos brancos e evidenciou sua inequívoca utilidade para desbaratar organizações criminosas que atuam nas vísceras do Estado brasileiro.  Quando as delações começaram a ser divulgadas, manifestou-se na opinião pública certa rejeição, considerando-as intoleráveis à luz dos ensinamentos morais comuns. Não é reverenciável, de fato, a conduta do dedo-duro, do alcaguete. Por isso, há advogados que se recusam a empregar tal expediente na defesa de seus clientes. No entanto, a Lava Jato jamais alcançaria a abrangência que alcançou não fosse o uso massivo que dele vem fazendo. Para que se tenha ideia do vulto que tomou, em março deste ano somavam-se 140 acordos de colaboração e,  como não há reserva de mesa para tais celebrações, subsiste longa fila de espera.

Data de 2013 a Lei de Combate às Organizações Criminosas, que disciplina a matéria em nosso país. O crime organizado, dificilmente é desarticulado de alto a baixo e desfeito em peças que possam ser buscadas pela polícia, sem que alguém, desde dentro, entregue o serviço. A lei dá ao procedimento o nome de “colaboração premiada” e, convenhamos, é muito bem-vinda. Através dela, ironicamente, muitos congressistas membros da Orcrim acabaram fornecendo à justiça a corda com que, um dia, poderão ser “enforcados”.

E o caso da JBS? Ou, mais especificamente, o caso do super prêmio concedido à colaboração de seus proprietários, que o STF acabou de sacramentar? Pois apesar da pragmática e burocrática decisão do Supremo, que se ateve aos aspectos formais da decisão do ministro Edson Facchin, seu exotismo dá margem a especulações. Se até o santo tem direito de desconfiar das esmolas excessivas, não podem ser menos legítimas as suspeitas dos pecadores. E bota excessivas nisso! O próprio tribunal não ficou alheio a essa excepcionalidade. É o que se depreende das manifestações de alguns ministros sobre o fato de que uma revisão desse acordo ensejaria uma enxurrada de pedidos semelhantes pelas defesas de outros réus.

Tudo, na verdade, chama a atenção: a presteza da operação; a concessão de absoluta anistia aos crimes praticados pelos Batista Brothers, malgrado a magnitude dos danos causados ao Erário e ao país nos âmbitos fiscal, previdenciário, político e econômico; a acolhida e a divulgação da gravação com Temer como prova maior (ao que se sabe), sem ter sido periciada; a estranha acolhida no âmbito da relatoria da Lava Jato (ministro Edson Fachin) de um acordo de colaboração que nada tem a ver com o caso do qual ele é relator; o evidente estrabismo dos colaboradores que receberam seus mais fabulosos bônus, em espécie, durante os governos petistas, mas desfecharam a integralidade de sua denúncia contra Michel Temer.

Por outro lado, permanece incompreensível ao meu entendimento o tal acerto pelo qual o presidente Temer, com 76 anos de idade, passaria a receber parcelas semanais (!) de R$ 500 mil ao longo de 20 anos, ou seja, até os 96 (!) num negócio com preço de gás. Quem neste país faz acordos por vinte anos? Quem se iria expor a carregar mala de dinheiro, toda semana, até 2037? Que influência pode exercer Temer sobre o CADE ou qualquer órgão público, que não se extinga, no máximo, em 18 meses? Muito, muito estranho!

Esclarecimento final: se repudiei a chapa Dilma/Temer em 2014; se sempre me pareceu que, tendo este último ocupado as posições que ocupou em seu partido e no governo, era impossível atribuir-lhe o desconhecimento dos fatos que aconteciam à sua volta; se, por isso, em nenhum momento me alinhei em sua defesa, não será agora que o farei. Este artigo é, apenas, um desabafo de minhas perplexidades.

Por: Percival Puggina -  http://puggina.org

domingo, 28 de maio de 2017

Governichos e badernaços

Qual a diferença entre um governo petista e um badernaço promovido por militantes de esquerda? É só a extensão do estrago. Praticamente uma questão contábil.

No episódio do diálogo informal e reservado entre Michel Temer e Joesley Batista, é impossível não perceber que a repercussão institucional e a reação da mídia, especialmente daqueles veículos que pretenderam andar mais rápido do que os fatos, supera, em muito, a reação social. O motivo é simples: o país, sua imagem e o conceito que nós brasileiros firmamos de nós mesmos foram soterrados por verdadeira maré de lama, inibindo sensibilidades. O famoso encontro é apenas mais um escândalo encenado em nossa Broadway de maus espetáculos políticos. Exagero? Ora, não conseguimos, agora mesmo, realizar a proeza de denunciar um escândalo, mediante acordo de delação cujas condições são, por si mesmas, escandalosas? Não concedeu a justiça brasileira aos Batista brothers, carimbada e selada, a certificação de um crime tão gigantesco quanto perfeito?

Qualquer análise política dos fatos em curso que ignore esses dois vetores – saturação da opinião pública e a intensidade do risco PT – corre o risco de enfrentar problemas de comunicação e compreensão. O prestígio do presidente é tão pouco diferente de zero que pode, para efeitos práticos, ser considerado nulo. Mas a alternativa… Ah! Quem confia nos atores que se alvoroçam para assumir o papel? O simples fato de pretenderem desempenhá-lo já os descredencia porque os mecanismos que os poderiam beneficiar são os mesmos que interromperiam o processo de recuperação econômica e ampliariam o dano aos setores mais carentes do país. Os desempregados, os subempregados, os sem qualquer esperança, não entendem muito de política. São a massa facilmente ludibriável, mas reconhecem as notícias ruins, que vão, logo ali, alcançar seu bolso, sua mesa e suas famílias.

Isso já ficou muito claro para quem, observando as atuais manifestações de rua, nota que elas se restringem aos militantes de sempre, divididos em dois grupos distintos: o grupo daqueles cuja esperança tem preço e o daqueles que preferem receber pouco, mas à vista.  O presidencialismo brasileiro, em situação normal, é um desastre sempre pronto para acontecer. A cada dia que passa, o que está em curso tem o dom de estampar sorrisos em fisionomias que prefiro de cenho ferrado e vociferantes. Não nos surpreendamos, então, se o Fora Temer acabar reconsolidando a base e dando suporte à sua presidência. Afinal, dirão muitos, o mal menor não tem presidido tantas decisões políticas e eleitorais em nosso país? Tal fato será mais uma conseqüência do desastre ético que foram os treze anos do governo PT/PMDB. Terceirizamos a moralidade pública para a Lava Jato e nos tornamos ainda mais escandalosamente tolerantes. [não pode ser olvidado que o Plano Real - a verdadeira salvação nacional, que conseguiu, pelo menos até agora, sobreviver ao desastre Lula e Dilma - foi criado em um governo que começou tão sem credibilidade quanto o do Temer.
TEMER, ruim como ele, PIOR sem ele.
Até se encontrar e empossar um substituto para Temer, estaremos a menos de seis meses das próximas eleições presidência, o que garante que o sucesso de Temer - que estará mais para antecessor do eleito em 2018 e cuja principal missão será passar para o 'eleito' - as aspas são para deixar bem claro que será um eleito pelo azar - o que sobrou do ainda Brasil.
Deixem o Temer governar e ele entregará ao sucesso - JAIR BOLSONARO ou RONALDO CAIADA - um País com um PIB em ascensão, desemprego abaixo dos 10.000.000 e caindo.
A saída de Temer só interessa ao PT, a maldita corja lulopetista e aos brasileiros estúpidos e traidores.]

Fonte:  http://puggina.org