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segunda-feira, 5 de setembro de 2022

Francisco beatifica João Paulo I, o efêmero 'papa do sorriso'

Milhares de fiéis, incluindo o presidente italiano Sergio Mattarella, assistiram à missa de beatificação na Praça de São Pedro sob chuva

O papa Francisco beatificou neste domingo (4) em Roma João Paulo I, conhecido como "o papa do sorriso", que em 1978 ocupou o trono de Pedro por 33 dias, em um dos pontificados mais curtos da história.

Milhares de fiéis, incluindo o presidente italiano Sergio Mattarella, assistiram à missa de beatificação na Praça de São Pedro sob chuva. A missa é a etapa anterior à canonização, que eleva um fiel católico falecido à dignidade de santo.

Durante a cerimônia, uma grande tapeçaria representando João Paulo I foi pendurada em uma das paredes da Basílica de São Pedro. "Com seu sorriso, o papa Luciani conseguiu transmitir a bondade do Senhor. Uma igreja de rosto alegre, sereno e sorridente é bela, que nunca fecha suas portas, que não endurece os corações, que não se queixa nem guarda ressentimentos, que não está zangado ou impaciente, que não se apresenta com dureza nem sofre de nostalgia do passado", disse o papa Francisco durante a homilia.

Albino Luciani, que assumiu o nome de João Paulo quando foi eleito papa em agosto de 1978, aos 65 anos, era uma figura popular e próxima dos paroquianos. Sucedeu Paulo VI e foi o último papa italiano até hoje. Ele morreu de ataque cardíaco apenas 33 dias e 6 horas depois.

Na madrugada de 29 de setembro de 1978, uma freira descobriu seu corpo sem vida, sentado na cama, com os óculos e algumas folhas nas mãos. Não houve autópsia para confirmar a causa da morte.

O anúncio de sua morte foi cercado de inconsistências e informações falsas e até alimentou a teoria de um assassinato por envenenamento para impedi-lo de colocar ordem nos negócios da Igreja e, em particular, no banco do Vaticano, onde havia sido detectado desvio de dinheiro. Mas esta "hipótese da conspiração" deveu-se sobretudo à "comunicação calamitosa" do Vaticano, segundo Christophe Henning, jornalista e autor do livro "Petite vie de Jean Paul Ier" (Vida curta de João Paulo I).

Assim como Henning, muitos especialistas rejeitam essa hipótese, considerando que ela se baseia mais em um conjunto de coincidências do que em elementos tangíveis.

A jornalista italiana Stefania Falasca - que apoia ativamente a canonização de João Paulo I - também negou esses rumores em um livro publicado em 2017 e prefaciado pelo arcebispo Pietro Parolin, secretário de Estado da Santa Sé (número dois do Vaticano).

Mundo - Correio Braziliense


domingo, 21 de agosto de 2022

Papa Francisco diz estar preocupado com prisão de bispo na Nicarágua

[A ESQUERDA GOVERNANDO]

O bispo denunciou o fechamento pelas autoridades de cinco emissoras católicas e exigiu que o governo de Daniel Ortega respeite a "liberdade" religiosa

O papa Francisco expressou sua "preocupação" neste domingo (21) com as crescentes tensões entre o governo da Nicarágua e a Igreja Católica, dois dias após a prisão do bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, crítico do presidente Daniel Ortega.  “Acompanho de perto com preocupação e dor a situação criada na Nicarágua, que envolve pessoas e instituições”, disse o pontífice após a oração do Angelus.

Francisco expressou sua "convicção e esperança de que, por meio de um diálogo aberto e sincero, ainda possam ser encontradas as bases para uma convivência respeitosa e pacífica".

Rolando Álvarez, crítico do presidente nicaraguense Daniel Ortega, foi preso na sexta-feira e transferido para a residência de sua família em Manágua, onde permanece privado de liberdade, no mais recente episódio do confronto entre o governo e a Igreja Católica.

A Polícia especificou que tomou a decisão de transferir Álvarez porque ele persistiu em suas atividades "desestabilizadoras e provocativas".

Álvarez, 55 anos, estava na cúria de Matagalpa pela polícia desde 4 de agosto como parte de uma investigação por "organizar grupos violentos" e incitar "ódio" para "desestabilizar o Estado da Nicarágua".

O bispo denunciou o fechamento pelas autoridades de cinco emissoras católicas e exigiu que o governo de Daniel Ortega respeite a "liberdade" religiosa.

Mundo - Correio Braziliense

 

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Eles defendem a “democracia”, MAS adoram Fidel Castro! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O escárnio tomou conta da velha imprensa. Os militantes tucanopetistas não conseguem mais esconder seu viés ideológico, sua histeria antibolsonarista, e para tentar atingir o presidente estão dispostos a tudo, inclusive a fingir que bajuladores de tiranos assassinos são ícones da democracia.

A esquerda quer usurpar a palavra democracia, sem qualquer compromisso real com a essência da coisa. Basta ver o caso de Lula: ele sempre foi companheiro ideológico de Fidel Castro, o maior tirano que o continente já teve. Certa vez, Lula chegou a dizer que Fidel era o líder mais importante das Américas. Democrata?

Lula apoia até hoje o regime venezuelano, e chegou a pedir votos para Nicolás Maduro. Na era Chávez, Lula afirmou que a Venezuela tinha "excesso de democracia", isso quando o regime opressor já perseguia, prendia e matava adversários políticos do socialista.

Bem recentemente, Lula saiu em defesa de seu companheiro da Nicarágua, o ditador Daniel Ortega, que chegou a ser comparado a Merkel pelo petista, justificando sua longa permanência no poder e ignorando as diferenças básicas entre a Alemanha democrática e o modelo autoritário nicaraguense. Democrata?

Não obstante, com todo o seu cinismo que cheira a psicopatia, Lula escreveu: "Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo".

Eis aí a tirania da visão, o monopólio dos fins nobres, a interdição do debate sério e adulto. Democracia é sobre meios, não fins. 
Você "defende" mais comida e emprego para os pobres? Então é um "democrata", diz Lula. 

Em qual manual ele tirou essa definição tosca?
Defender a democracia é defender a ditadura cubana, a ditadura venezuelana ou a ditadura da Nicarágua, como Lula faz? 

Defender a democracia é comandar o mensalão petista, que usurpou a representatividade ao comprar o apoio dos parlamentares eleitos?

Nada disso importa. Os "respeitados" tucanos assinaram a cartinha patética "em defesa da democracia", e nem com a assinatura do próprio Lula desistem de insistir na farsa. "Perfis bolsonaristas menosprezam carta pró-democracia, diz estudo", segundo o site Poder360. Claro que devem menosprezar esse troço: só otário acredita mesmo que é pró-democracia, e não pró-Lula, o que é diametralmente oposto!

Um procurador signatário da cartinha foi ao jornal nesta quarta "explicar" a necessidade de uma defesa da democracia neste momento
O sujeito disse que a carta não era contra ninguém em especial, e logo em seguida passou a detonar Bolsonaro e falar de ameaças imaginárias ao nosso sistema democrático. Fala mansa, é verdade, mas como disfarça mal!
 
Quando o apresentador - já que os comentaristas não puderam participar da entrevista - questionou sobre a corrupção, o procurador disse que a carta era específica sobre democracia, e corrupção é outro assunto, tal como desigualdade social.  
Ele ignorou que a corrupção do mensalão petista corroeu a própria democracia!

Em seguida, o militante petista chamou as manifestações patrióticas pacíficas de "golpistas", e mencionou um pensador esquerdista gringo qualquer para dizer que a preocupação com nossa democracia era "científica". Tão "científica" quanto a "ciência" da esquerda na pandemia. Uma farsa que já veio abaixo também, inclusive com um professor de educação física tratado como especialista pela imprensa toda e que agora já se filiou ao PT para encerrar o teatro.

Tudo no Brasil anda farsesco demais quando se trata de oposição ao governo Bolsonaro. E eis o que temos na prática:  
- o Brasil apresenta os melhores indicadores econômicos da região, enquanto os países vizinhos mergulham no caos inflacionário, na recessão e em escândalos infindáveis de corrupção.
Para piorar, a Argentina lulista passou a considerar a Venezuela e a Nicarágua "países democráticos". Isso sim é virar pária mundial, motivo de chacota e vergonha no mundo todo. [o que se aproveita da Argentina de hoje: Sua Santidade Papa Francisco e Leonel Messi. Claro, também,  o povo argentino - povão -  que são vítimas da esquerda maldita.]
 
Eis aí a "democracia" que os signatários da tal cartinha tucana pregam...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

quarta-feira, 1 de junho de 2022

O cardeal da floresta - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

De Roma, Francisco mandou um sinal

O Vaticano fala baixo. O Papa Francisco acaba de elevar ao cardinalato o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner. Um cardeal na Amazônia já seria muita coisa, mas não foi só. Há três semanas, Steiner havia sido nomeado presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. Se isso não bastasse, ele nasceu na cidade de Forquilhinha (SC), assim como seus primos Paulo Evaristo (outro franciscano) e Zilda Arns. Esse pequeno burgo fundado por colonos alemães deu à Igreja dois cardeais e a médica que revitalizou a Pastoral da Criança. Seu processo de beatificação tramita na Santa Sé. (Ela morreu em 2010, durante o terremoto do Haiti.) Saíram de Forquilhinha três bispos, 58 padres e mais de cem irmãs de caridade. Em 2005 João Paulo II mandou Dom Leonardo Steiner para a prelazia de São Félix do Araguaia, antes ocupada por Dom Pedro Casaldáliga.

Falando baixo, em 1964 o Vaticano afastou da Arquidiocese de São Paulo o regalesco cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. Anos depois chamou para Roma seu sucessor, Dom Agnelo Rossi, que se aproximara demais da ditadura. Para o lugar, o Papa Paulo VI mandou um religioso pouco conhecido: Paulo Evaristo Arns. Ele viria a se tornar um campeão na defesa dos direitos humanos. Falando baixo, Roma também mudou o arcebispo do Rio de Janeiro, trocando o bisonho Dom Eusébio Scheid por Dom Orani Tempesta.

Durante os pontificados de João Paulo II (1978-2005) e Bento XVI (2005-2013), a Igreja Católica [Apostólica Romana] brasileira [sic] viveu um período de sedação política. [São João Paulo II era conservador, mesma opção do Papa Emérito Bento XVI.  Já as nomeações de 1964 e anos seguintes e coincidentes com o Governo Militar, há quase 60 anos. foram em sua maioria de padres subversivos e progressistas.] O Papa Francisco poderia ter nomeado cardeais para Porto Alegre ou Fortaleza, que já os tiveram. Em vez disso, nomeou o primeiro cardeal da Amazônia, região do Brasil cuja conquista muito deveu aos missionários jesuítas, carmelitas e franciscanos. Jesuíta era o padre Antônio Vieira, que chegou ao Maranhão em 1652.

Passaram-se 370 anos, o mundo é outro, mas na Amazônia reabriram-se as feridas da luta pelos direitos dos povos indígenas. Ao tempo de Vieira, eles eram escravizados (até pelos jesuítas) e hoje sofrem ataques de garimpeiros e agrotrogloditas que lhes invadem as terras. [sempre atual a pergunta: para que os índios querem tanta terra se lhes falta coragem para cultivar o básico e a maioria deles prefere o conforto das cidades do que viver em suas terras?
Leitores! (as terras indígenas aqui formam quase 15% do território do Brasil, coisa que nenhum outro país do mundo tem. [sendo que os índios
são menos do que 1% da população brasileira
.
Saiba mais sobre a riqueza dos indígenas brasileiros - dinheiro ganho na moleza: ("... Vejam só, por exemplo: nós, brasileiros, estamos pagando R$ 90 milhões para os indígenas por onde passará o linhão que vai levar energia elétrica para Boa Vista. 
No entanto, ali perto, tem o Rio Coutinho, que tem um desnível de 600 metros, pouca distância, e nunca viveu um índio por ali, mas está dentro da reserva Raposa Serra do Sol. Não pode mexer lá ..." ) CONFIRA AQUI.    Aqui você sabe mais, inclusive que a reserva Raposa Serra do Sol  é uma criação do Supremo Tribunal Federal no governo do Luladrão. Tem mais, clicando aqui.] Vieira perdeu a parada e acabou em Lisboa.

Quem olha o mapa do Brasil pode imaginar o que foi a conquista da Amazônia durante o período colonial. As terras a oeste de uma linha que ia da Ilha de Marajó a Santa Catarina eram da Espanha. Ao norte, Inglaterra, França e Holanda, as potências da época, se bicavam na expectativa de acesso à margem do Rio Amazonas. As tropas e, de certa forma, os padres garantiram a posse do vale. Hoje a opção pelo atraso acordou um pedaço da agenda do tempo de Vieira, e com ela veio a questão do meio ambiente.

No século XVII, tornou-se Papa Urbano VIII o cardeal Barberini. Ele tirou o bronze da cúpula do Pantheon romano para enfeitar a Basílica de São Pedro. Dizia-se na cidade que aquilo que os bárbaros não fizeram os Barberinis cometeram. Para os indígenas, Urbano foi um anjo e excomungou os predadores.

A nomeação de um cardeal para a floresta é um sinal para o garimpo ilegal e seu braço no crime organizado, bem como para os agrotrogloditas da região. Dom Leonardo receberá o barrete sendo pouco conhecido fora da região e da Igreja Católica. Em 1970, muita gente se perguntava quem era o bispo Paulo Evaristo Arns.

sábado, 7 de maio de 2022

A ofensiva pró-aborto de Biden e o aviso do arcebispo Gomez - Gazeta do Povo

Vaticano, CNBB e Igreja Católica em geral.

Aborto nos EUA

Sabem quem anda caladinho nesses últimos dias? Os católicos pró-Biden. Não aqueles cafeteria Catholics que já não estão nem aí para a doutrina da Igreja, mas aqueles que ainda dão importância para os assuntos que importam, e que, mais por aversão (justificada ou não) a Trump que por qualquer outro motivo, tentaram convencer meio mundo de que o democrata não era um perigo, lá em 2020. Afinal, bastou vazar um rascunho de opinião majoritária da Suprema Corte datado de fevereiro, indicando que havia maioria para reverter as duas decisões que impedem os estados americanos de proibir o aborto ao menos no começo da gestação, que o presidente mostrou todos os dentes em uma nota oficial da Casa Branca.


  O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Joe Biden, apesar de católico, prometeu empenho na legalização do aborto nos EUA caso a Suprema Corte derrube decisões judiciais de 1973 e 1992.| Foto: Ting Shen/EFE/EPA/Pool


Vejam lá que Biden faz uma defesa enfática de Roe v. Wade, como ficou conhecida a decisão de 1973 que liberou o aborto; que já está preparando uma resposta ao que chama de “ataque continuado ao aborto e aos direitos reprodutivos”; e, finalmente, que ele pretende fazer do aborto o tema central das eleições de novembro, as chamadas midterms, em que estarão em jogo todas as cadeiras da Câmara, um terço do Senado e a maioria dos governos e Legislativos estaduais. Para quem está governando o país em meio à maior inflação dos últimos 40 anos, mudar o foco é bastante conveniente, mas ele vai além: está ativamente pedindo voto para candidatos defensores da legalização do aborto.

O que isso quer dizer?
Que o arcebispo de Los Angeles, José Gomez, acertou a mão completamente na nota oficial da Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, publicada no dia da posse de Biden. Os bispos prometiam rezar pelo novo presidente, mas deixaram muito claro que estavam bastante preocupados com o fato de Biden ter se comprometido com o lado pró-aborto durante a campanha, e reafirmaram que a defesa da vida é questão fundamental, embora não seja a única. “Como ensina o papa Francisco, não podemos permanecer calados enquanto quase 1 milhão de vidas são descartadas em nosso país anualmente por meio do aborto”, diz a nota. Na ocasião, o cardeal-arcebispo de Chicago, Blase Cupich, não gostou e criticou abertamente o texto, que chamou de “impensado”; um figurão Vaticano não identificado, ouvido pela revista jesuíta America, chamou o texto de “infeliz”.

Bom, estamos vendo aí o que é realmente infeliz: não o aviso certeiro de Gomez, mas a reação enfática de Biden à possibilidade de a Suprema Corte reverter um erro de 50 anos. E sobre essa reação, bem, até agora só temos silêncio. Não que o cardeal Cupich e outros sejam a favor de Roe; o arcebispo de Chicago, na mais recente edição local da Marcha Pela Vida, se mostrou animado com a possibilidade de o Judiciário derrubar a decisão de 1973. O problema foi esse esforço enorme em preservar Biden das críticas quando ele nem de longe merecia essa blindagem.

Veja Também:
Opinião da Gazeta: A Suprema Corte perto de fazer história em defesa da vida

Convicções da Gazeta: Defesa da vida desde a concepção

“Ah, mas ele é católico.” “Ah, mas ele vai à missa todo domingo.” “Ah, mas ele botou uma foto do papa no escritório.” “Ah, mas ele citou Santo Agostinho na posse.” “Ah, mas ele está sempre carregando um terço.” “Ah, mas ele nomeou católicos para o ministério.” 
Se eu ganhasse um dólar para cada vez que li ou ouvi isso lá em 2020 e 2021, podia levar a família à Disney amanhã. Daria para montar uma cartela e jogar o “bingo do católico passador de pano pro Biden”.  
Pois bem, está aí o presidente deixando claro que vai trabalhar ativamente para reimplantar o direito ao aborto nos EUA caso a Suprema Corte faça a coisa certa.  
Está apenas cumprindo o que prometera ainda durante os debates das primárias, quando foi emparedado por algumas pré-candidatas. Convenhamos: ao menos neste ponto, só se iludiu quem quis mesmo ser iludido.
 
Marcio Antonio Campos, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Papa lamenta que animais domésticos substituam os filhos

"A negação da paternidade e da maternidade nos diminui, tira nossa humanidade, a civilização envelhece", disse ele

O papa Francisco elogiou a paternidade e a adoção, em seu discurso na audiência geral de quarta-feira (5), no Vaticano, e lamentou que os animais de estimação às vezes tomem o lugar dos filhos. "Hoje vemos uma forma de egoísmo. Vemos que alguns não querem ter filhos. Às vezes têm um (...) mas têm cães e gatos que ocupam esse lugar", afirmou o sumo pontífice em sua primeira audiência geral do ano, na sala Paulo VI.

Francisco também pediu às instituições que facilitem os processos de adoção, de modo que se tornem realidade o sonho das crianças que precisam de uma família e o dos casais que desejam acolhê-las. "A negação da paternidade e da maternidade nos diminui, tira nossa humanidade, a civilização envelhece", disse ele.

O papa voltou a criticar o chamado "inverno demográfico" e a "dramática queda na taxa de natalidade" registrada em muitos países ocidentais, convidando as pessoas a terem filhos, ou a adotá-los. "Ter um filho é sempre um risco, seja natural, ou adotado. Mas mais arriscado é não ter. Mais arriscado é negar a paternidade, negar a maternidade, seja ela real, ou espiritual", insistiu Francisco.

Como de costume, ao final da audiência, o papa assistiu a vários números preparados por um circo com palhaços, malabaristas, dançarinos e músicos, em um ambiente de festa.

Correio Braziliense 

 


domingo, 2 de janeiro de 2022

Papa Francisco completa 85 anos

Na sexta-feira, 17 de dezembro,   o papa Francisco completou 85 anos. Gosto do seu “jeitão” todo pastoral de conduzir a Igreja. Às vezes, em entrevistas, parece dar seus tropeços. Ora, mas até Pedro, em sua simplicidade de pescador, também deu. Paulo, ao contrário, era guerreiro e teólogo.

A história da Igreja e a Igreja na história traz a beleza dos dilemas humanos e respeita a personalidade e vocação de cada um. Em alguns momentos, a Igreja necessita de pescadores. Noutros, de pastores. Existiram papas guerreiros, diplomatas, filósofos e santos. A Igreja Católica está no mundo há 2 mil anos e acumulou sabedoria suficiente para saber se manter no mundo sem ser aniquilada pela total adequação ao mundo.

O momento sensível de hoje exige um pastor. Ontem, exigiu um teólogo. No Renascimento, um guerreiro. Durante a Segunda Guerra, um diplomata

Muitos católicos, hoje, tomados pelo espírito bélico alimentado pelo imaginário ideológico anticomunista, antiliberal, antissocialista, anticapitalista e até anticatólico, querem um papa guerreiro, não um papa pastor. Não querem Francisco. Na verdade, querem um papa que satisfaça os próprios tormentos políticos, que combata impiedosamente os inimigos. Contudo, a finalidade da Igreja é anunciar o Evangelho de Cristo e não ceder ao delírio triunfalista dos ideológicos.

Eu, olhando a história da Igreja e a Igreja na história, penso o seguinte: o momento sensível de hoje exige um pastor. Ontem, exigiu um teólogo. No Renascimento, um guerreiro. Durante a Segunda Guerra, um diplomata. E, entre a opinião da maioria tresloucada em busca de um líder enérgico para conter as nossas próprias fraquezas e o milenar Magistério da Igreja, que soube se manter no mundo sem se familiarizar demasiadamente com o mundo, eu fico com a Igreja.

Quando me converti, ninguém me provou, por meio de sofisticados cálculos e argumentos abstratos, a existência de Deus; ninguém me deu evidências, cabalmente comprovadas, de que Jesus de Nazaré era o Cristo, e que Ele foi morto, sepultado e ressuscitou no terceiro dia. Não se trata de provas. E eu não exigia isso. Tampouco me deram um esporro, um berro ou um tapa. Deram-me testemunho. Vieram-me ao encontro com toda disposição pastoral. Eu precisava de narrativa pessoal.

Na época, eu era um jovem leitor assíduo de Nietzsche, Baudelaire e Heidegger. Tinha muitas certezas. E uma delas era a inexistência de Deus. Hoje, tenho muitas dúvidas que atingem o “coração” – o centro de todo pessoa – em sua forma íntima. Este centro com o qual mergulhamos no abismo, este vazio de nós mesmos. E é lá onde descobrimos que Deus não está morto, pois Ele vive e reina.

A propósito deste Reino que o Natal sempre me faz lembrar, gostaria de dizer o seguinte: o pequeno Jesus de Nazaré não nasceu em berço de ouro e, quando homem feito, Cristo não morreu na glória: traído, açoitado, debochado, motivo de chacota entre romanos, de ódio entre os judeus, morreu crucificado. Cristianismo é escândalo: há 2 mil anos cristãos são perseguidos, torturados e martirizados.

Cristãos superaram o Império Romano, a perseguição árabe, alguns foram massacrados por chineses, japoneses e turcos. Venceram o Terror da Revolução Francesa, a noite escura da Revolução Russa... enfim, toda vez que vejo qualquer pagãozinho secularista tentando debochar do “sentimento religioso” dos cristãos, atacando seus símbolos mais caros, lembro-me que o cristão é o sal da terra e Cristo, a Luz do Mundo. Mas nada pior que o cristão que persegue em nome da fé, por medo e vingança.

A finalidade da Igreja é anunciar o Evangelho de Cristo e não ceder ao delírio triunfalista dos ideológicos

Por isso, diante do deboche do mundo para com o amor cristão, lembro-me da confiança de Nossa Senhora, do martírio de Estêvão, da conversão de Paulo e da brutal morte de Pedro, da solidão de Santo Antão, da vida de Santo Agostinho, da coragem de Santa Cecília, dos hinos de Santa Hildegarda de Bingen, da Suma Teológica de Tomás de Aquino, da catedral de Estrasburgo, da entrega de São Francisco de Assis, dos quadros de El Greco, da música de Palestrina, da Paixão segundo São João de Bach, do Réquiem de Mozart, da filosofia de Leibniz, dos estudos de Christophorus Clavius, dos monges trapistas, do martírio dos monges cartuxos retratado no filme O Grande silêncio.

Enfim, lembro-me ainda da minha avó rezando ao pé da cama, do Kyrie Eleison que minha mãe cantarolava, da firmeza teológica de Bento XVI e da doçura pastoral do papa Francisco. Toda a minha loucura por vingança, toda a minha ira para com o mundo, passa num instante e compreendo o sentido de ser cristão.

domingo, 17 de outubro de 2021

CNBB pede medidas "eficazes, legais e regimentais" após discurso de deputado

Deputado estadual por São Paulo, Frederico d'Avila ofendeu o papa Francisco e o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes. Em carta, CNBB repudia ataques

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de carta, repudiou os ataques sofridos pela instituição, pelo arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e pelo papa Francisco em discurso do deputado estadual Frederico d'Ávila (PSL). Na última quinta-feira (14/10), o parlamentar chamou os religiosos de “safados”, “vagabundos” e “pedófilos” em discurso na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). [A CNBB tem o DEVER e o DIREITO de exigir providências enérgicas contra o parlamentar que covardemente agrediu o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e o papa Francisco e o DIREITO se ser atendida.
Se o desconhecido parlamentar pretendia  se tornar conhecido, sair do anonimato e do ostracismo que o acompanham desde sempre, que usasse outros meios, sem envolver a Santa IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, Sua Santidade o Papa Francisco e o Arcebispo Dom Orlando Brandes. 
Nosso mais veemente repúdio ao parlamentar e a sua desprezível e repugnante conduta.
Se aquele individuo tem alguma coisa contra a instituição CNBB que se valha dos caminhos indicados para dar vazão aos seus sentimentos RESPEITANDO Sua Santidade o Papa Francisco e o Arcebispo Dom Orlando Brandes e demais sacerdotes  da Santa IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA.]
 
(..............)
 
 

Leia a íntegra da carta enviada pela CNBB

"A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, nesta casa legislativa e diante do Povo Brasileiro, rejeita fortemente as abomináveis agressões proferidas pelo deputado estadual Frederico D’Avila, no último dia 14 de outubro, da Tribuna da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Com ódio descontrolado, o parlamentar atacou o Santo Padre o Papa Francisco, a CNBB, e particularmente o Exmo. e Revmo. Sr. Dom Orlando Brandes, arcebispo de Aparecida. Feriu e comprometeu a missão parlamentar, o que requer imediata e exemplar correção pelas instâncias competentes. Ao longo de toda a sua história de 69 anos, celebrada no dia em que ocorreu este deplorável fato, a CNBB jamais se acovardou diante das mais difíceis situações, sempre cumpriu sua missão merecedora de respeito pela relevância religiosa, moral e social na sociedade brasileira. Também jamais compactuou com atitudes violentas de quem quer que seja. Nunca se deixou intimidar. Agora, diante de um discurso medíocre e odioso, carente de lucidez, modelo de postura política abominável que precisa ser extirpada e judicialmente corrigida pelo bem da democracia brasileira, a CNBB, mais uma vez, levanta sua voz.

A CNBB se ancora, profeticamente, sem medo de perseguições, no seguinte princípio: a Igreja reivindica sempre a liberdade a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76).

Defensora e comprometida com o Estado Democrático de Direito, a CNBB, respeitosamente, espera dessa egrégia casa legislativa, confiando na sua credibilidade, medidas internas eficazes, legais e regimentais, para que esse ultrajante desrespeito seja reparado em proporção à sua gravidade - sinal de compromisso inarredável com a construção de uma sociedade democrática e civilizada.

A CNBB, prontamente, comprometida com a verdade e o bem do povo de Deus, a quem serve, tratará esse assunto grave nos parâmetros judiciais cabíveis. As ofensas e acusações, proferidas pelo parlamentar - protagonista desse lastimável espetáculo - serão objeto de sua interpelação para que sejam esclarecidas e provadas nas instâncias que salvaguardam a verdade e o bem - de modo exigente nos termos da Lei. Nesta oportunidade, registramos e reafirmamos o nosso incondicional respeito e o nosso afeto ao Santo Padre, o Papa Francisco, bem como a solidariedade a todos os bispos do Brasil. A CNBB aguarda uma resposta rápida de Vossa Excelência - postura exemplar e inspiradora para todas as casas legislativas, instâncias judiciárias e demais segmentos para que a sociedade brasileira não seja sacrificada e nem prisioneira de mentes medíocres."

 Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA
 

quinta-feira, 10 de junho de 2021

CPI da Covid - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 

Aula de matemática na CPI da Covid

Senador Otto Alencar (PSD-BA) tentou constranger o coronel Elcio Franco na CPI com uma pergunta sem importância, mas se deu mal. Nesta quarta-feira (9), o senador Otto Alencar (PSD-BA) perguntou ao depoente do dia da CPI da Covid, o coronel Élcio Franco, que foi número dois na gestão Pazuello no Ministério da Saúde, se ele sabia o percentual da população brasileira em relação à população do mundo. Alencar é o tipo de pessoa que tem a necessidade de mostrar conhecimento sem que ninguém tenha perguntado, e costuma fazer perguntas quando já tem a resposta.

O coronel Élcio, que deve ser bom em matemática, já que a profissão dele exige isso, olhou para cima e disse que a porcentagem é de um trinta e cinco avos. Para quem gosta de matemática foi ótimo, assim como para mim.  O parlamentar disse apressadamente que o coronel estava errado e que o correto era 2,7%. Só que se você fizer a conta Elcio errou por um décimo, o resultado dele apontaria 2,8%.  Mas isso não é relevante porque ele fez a conta de cabeça e com fração e porque ninguém sabe certamente qual é a população do mundo e há uma margem de erro. É muito feio quando alguém tenta corrigir outra pessoa.
 
Eu ouvi de um operador da Bolsa de Valores de São Paulo que só em maio o investimento estrangeiro na B3 é equivalente à metade do que já foi investido neste ano no mercado brasileiro de ações. Segundo ele, foram aplicados US$ 12,8 bilhões.  Em um único dia, contou ele, o banco americano Goldman Sachs investiu no Banco do Brasil o equivalente a R$ 270 milhões. É bom que se diga que estrangeiro não investe com o intuito de perder dinheiro. Eles não queimam dólar. Pelo contrário, fazem de tudo para ganhar mais.

Os estrangeiros estão confiando na economia brasileira porque percebem o potencial do nosso país. No Brasil está cheio de apátridas, como me ensinou um ex-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, que torcem contra o país. É uma pena!  Os investidores internacionais estão aplicando dinheiro na Bovespa de uma forma que deixa bem claro o que eles pensam do futuro da nossa economia.

Lei de inovação nos EUA
Os americanos estão se protegendo da China. O Senado dos Estados Unidos aprovou uma lei de inovação para investir US$ 250 bilhões para estimular a pesquisa, a inovação e o desenvolvimento.  O objetivo é produzir semicondutores, microchips, baterias de carro elétrico, medicamentos e principalmente produtos para o mundo digital. Isso dá uma sacudida nos brasileiros, porque o futuro também vem com investimento em ciência e tecnologia.

Argentino engraçadinho
Vocês lembram quando o papa Francisco brincou falando que o brasileiro bebe muita cachaça e reza pouco? Pois agora outro argentino falou mal do Brasil. O presidente Alberto Fernández disse em evento público em Buenos Aires que “os mexicanos vieram dos indígenas, os brasileiros vieram das selvas e os argentinos vieram dos barcos” europeus.

Depois ele disse que não pretendia ofender ninguém e pediu desculpa. Eu assisti o discurso pelo site da Casa Rosada página da web da presidência da República Argentina — e foi normal. Não houve nenhuma censura na fala dele.
 

A "democracia" da Nicarágua
Eu não entendo quem fala em democracia a todo momento, mas tem como ídolo Daniel Ortega (Nicarágua), Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia), Fidel Castro (Cuba) e Rafael Correa (Equador) — que está foragido na Bélgica por suspeita de corrupção enquanto era presidente.

O atual presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, mandou prender opositores ao seu governo. Entre os cinco detidos, dois deles são pré-candidatos à presidência.

O pleito no país será no dia 7 de novembro. Mas essa não é a primeira vez que isso acontece, ele já prendeu dois outros pré-candidatos. Entre os opositores estão: Cristiana Chamorro, filha da ex-presidente do país Violeta Chamorro; Juan Sebastián Chamorro García, sobrinho de Violeta; Arturo Cruz Sequeira e Felix Maradiaga.  Esse é um modelo de democracia, infelizmente, para muita gente aqui no Brasil.
 
Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo

segunda-feira, 15 de março de 2021

Vaticano proíbe bênção a casamento gay

Por: Amanda Péchy

Para a Igreja, pessoas gays devem ser tratadas com dignidade e respeito, mas o sexo entre eles é 'intrinsecamente desordenado'


Vaticano proíbe bênção a casamento gay com endosso do Papa Francisco - Franco Origlia/Getty Images

O Vaticano decretou nesta segunda-feira, 15, que a Igreja Católica não pode abençoar as uniões de casais do mesmo sexo, pois Deus “não pode abençoar o pecado”. O comunicado foi aprovado pelo papa Francisco. O texto de duas páginas, publicado em sete idiomas diferentes, enfatizou a “distinção fundamental e decisiva entre a aceitação de fiéis homossexuais pela Igreja, que é sustentada, e a de uniões gays, que não podem receber qualquer reconhecimento sacramental.

A religião católica sustenta que o casamento, união vitalícia entre o homem e a mulher, é parte do plano de Deus e tem como objetivo a criação de uma nova vida. Segundo o documento, pessoas gays devem ser tratadas com dignidade e respeito, mas o sexo gay é “intrinsecamente desordenado”. Para o Vaticano, como casais do mesmo sexo não poderiam gerar uma nova vida, não devem ser abençoados pela Igreja. “A presença em tais relações de elementos positivos, que por si só devem ser valorizados e apreciados, não pode justificar essas relações e torná-las objetos legítimos de uma bênção eclesial, uma vez que os elementos positivos existem no contexto de uma união não ordenada ao Criador plano”, diz o texto.

Deus “não abençoa e não pode abençoar o pecado: Ele abençoa o homem pecador, para que ele reconheça que faz parte de seu plano de amor e se permita ser mudado por ele”, completa, observando que qualquer união que envolva relações sexuais fora do casamento não pode ser abençoada. O texto faz a ressalva de que “a decisão negativa sobre a bênção de uniões de pessoas do mesmo sexo não implica um julgamento sobre as pessoas”.

O papa Francisco, conhecido pelo seu apoio aos fiéis homossexuais, já endossou as uniões de pessoas do mesmo sexo, mas apenas na esfera civil, não dentro da Igreja. O pontífice pediu pela legalização durante uma entrevista com uma emissora mexicana, a Televisa, em 2019, fazendo referência ao momento em que era arcebispo de Buenos Aires, na Argentina. “As pessoas homossexuais têm o direito de ter uma família. Eles são filhos de Deus”, afirmou, completando que pais de crianças gays “não podem” expulsar seus filhos da família. “Precisamos é uma lei da união civil; dessa forma, eles serão protegidos legalmente”, concluiu.[

O comentário foi cortado pelo Vaticano, mas foi revelado em um documentário no ano passado.

Em 2003, o Vaticano emitiu um decreto semelhante ao atual, dizendo que o respeito da Igreja pelos gays “não pode levar de forma alguma à aprovação do comportamento homossexual ou ao reconhecimento legal de uniões homossexuais”. Para a Igreja Católica, fazer isso é tolerar “comportamentos desviantes”.[apesar da clareza da matéria, alguns grupos não católicos, tentaram deturpar palavras de Sua Santidade, papa Francisco, buscando deixar a impressão que as uniões homossexuais contavam com o apoio da Igreja Católica Apostólica Romana.
Diversos documentos publicados desde então, sem a devida divulgação da mídia militante, deixam bem claro o que abaixo registramos e que pode ser confirmado em qualquer Igreja Católica Apostólica Romana, seja do Brasil ou do mundo:
 
 "a Igreja Católica NÃO APROVA o comportamento homossexual ou o reconhecimento legal de uniões homossexuais" 

aliás o segundo parágrafo da matéria, transcrito no inicio do Post,  não deixa dúvidas  sobre o afirmado acima, destacado em vermelho e sublinhado. 
O que a Igreja Católica não se opõe é que uma união civil, algo tipo um contrato civil, comum em várias atividades do dia a dia, seja firmado entre as partes estabelecendo regras comuns, sem pretensões de ser ou representar um casamento entre as partes.
Não representamos a Igreja Católica Apostólica Romana, não estamos autorizados a falar em nome do Papa Francisco, ou de outra autoridade da mesma igreja. Apenas procuramos deixar claro, em linguagem popular, o assunto.]
 
Saiba mais: análise sobre interpretação errônea das declaração do Papa Francisco =  o Papa e os gays - Folha de S. Paulo  

Mundo - Revista VEJA


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

De censura a sigilo, veja série de controvérsias de inquérito das fake news no Supremo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2021

Vacina já - Carlos Alberto Sardenberg

Cabe à sociedade, às pessoas, às instituições e às lideranças conscientes fazer pressão para que o imunizante seja liberado

É óbvio que o governador de São Paulo, João Doria, prepara sua candidatura à Presidência em 2022. É mais óbvio ainda que entregar uma vacina contra o coronavírus será um trunfo na campanha.  Também é óbvio que o presidente Jair Bolsonaro é candidato à reeleição, vendo, neste momento, João Doria como seu principal adversário. Logo, Bolsonaro não vê com bons olhos a vacina do Doria, ainda mais que ele, presidente, é negacionista e não tem a “sua” vacina.

Vai daí, se conclui que há uma espécie de guerra da vacina entre o governador paulista e o presidente. E isso coloca os dois no mesmo nível — como se ambos estivessem usando a questão da vacina apenas como instrumento político.  Está muito errado. Doria está ao lado dos principais líderes mundiais que, com o apoio de infectologistas e sanitaristas, entenderam que a vacina é a única saída para as crises de saúde e econômica. Como outros dirigentes, o governador paulista foi atrás da vacina. E está entregando. [está entregando? quando? em quais locais? ao que se sabe a tal 'vacina do Doria' - a chinesa coronovac -  está na Anvisa aguardando autorização para uso emergencial, mesma situação  em que está a 'vacina do Bolsonaro' - a da Fiocruz;

Só que a chinesa apresentou seu pedido com elevada falta de documentos - o que está travando a análise do seu pedido (cada documento solicitado implica na parada da análise até que o documento seja entregue). A da Fiocruz, apresenta menor falta de documentos.]

Se isso traz uma vantagem política para Doria, é outra história, que se vai conferir lá em 2022. Mas o fato é que o governador entregou uma vacina, em condições de uso imediato. Tem estocado nada menos que 8 milhões de doses e um programa viável de produção em massa do imunizante. Parênteses: deixamos de lado as informações técnicas (eficácia, segurança etc.), primeiro porque o leitor encontra ampla cobertura nas outras páginas e, segundo, porque os especialistas ouvidos concordam que se trata de uma boa vacina, bastante bem testada.

Já voltando a Bolsonaro, ele desdenhou a doença e os mortos. Não moveu um dedo para obter vacinas. Ao contrário, debochou do que ele e seu pessoal chamam de “vachina”, disse que ela poderia causar danos irreparáveis a quem a tomasse e que ele, presidente, não a tomaria, nem qualquer outra. Isso quando líderes mundiais tomam a picada em público para mostrar à população a necessidade da imunização. [a picada é em público - só que não se comprova qual vacina está sendo inoculada = com certeza as lideranças do Reino Unido, Estados Unidos, Rússia e outros países que contam não estão recebendo o produto chinês. No Vaticano,  Sua Santidade Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI, receberam o imunizante da Pfizer.]

Portanto, não se pode dizer que há uma guerra das vacinas entre Doria e Bolsonaro. Se é para usar esse termo, então se deveria dizer que há duas guerras. Uma, do Doria, para obter a vacina. Outra, do presidente, para bloquear a vacina. Doria ganha. Mas o presidente tem ainda uma arma poderosa, a Anvisa, agência sob seu controle, de que depende a autorização de uso emergencial da CoronaVac. [até o presente momento, nenhuma exigência apresentada pela Anvisa às farmacêuticas foi contestada, tendo o próprio presidente do Butantã declarado que é normal a solicitação de que documentos faltantes sejam apresentados.]

Em circunstâncias normais e com pessoas normais, a gente diria que ninguém seria louco a ponto de bloquear um remédio que pode salvar milhares de vidas. Mas não há nada de normal quando se trata de Bolsonaro e sua turma. Cabe à sociedade, às pessoas, às instituições e às lideranças conscientes exercer pressão para que a vacina seja liberada a tempo e para que o governo federal compre ou autorize a compra a de qualquer outra vacina, por instituições públicas e privadas.

Por outro lado, é óbvio que Doria fez marketing político em cima da vacina. Basta ver a quantidade de fotos que sua assessoria distribuiu, mostrando o governador exibindo as caixinhas de vacina.Não deveria ter feito? Ou deveria ter sido, digamos, mais reservado? Poderia, mas o governador tem seu argumento: mostrar o andamento do processo para a população. [argumento que será a lápide da sepultura política do governador paulista se sua vacina não for aprovada.
Quanto ao interesse político, com ou sem vacina o João Doria não é páreo para o capitão Bolsonaro.]

A ver. De todo modo, pegou mal a divulgação parcelada do resultado dos testes, começando pelos melhores e entregando a eficácia geral de 50% só no final, depois da pressão da imprensa e de especialistas. No fim, acabou tudo sendo bem explicado, mas o governador não poderia ter cometido esse equívoco, ele que é justamente um especialista em marketing. Deixou no ar uma desconfiança desnecessária, que tem de ser dissipada à custa de muita informação.

Tudo considerado, o fato é o seguinte: o Brasil tem uma boa vacina já aqui estocada; a vacinação pode começar imediatamente; governadores e prefeitos pelo país afora declaram ter tudo pronto para iniciar a imunização; o número de mortos passa de mil por dia.
Vacina já! [Os malefícios da covid-19 não podem, nem devem, ser desprezados e uma vacina EFICAZ e SEGURA, aprovada pela Anvisa ou por órgãos tipo FDA,é extremamente necessária e urgente - a vacina chinesa ainda não foi aprovada por nenhum de órgãos reguladores do quilate do FDA, Anvisa. 
O número de mortos assusta, deve ser lamentado, mas continuam morrendo milhares e milhares de pessoas das doenças tradicionais: cardiovasculares, tuberculose, enfisema, câncer e outras.
De acordo com o cardiômetro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, só este ano - 1º a 14 janeiro,até o momento  - morreram 14965 pessoas por doenças cardiovasculares.]
 
Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

domingo, 25 de outubro de 2020

Declarações do Papa Francisco - Análise leiga sobre interpretações errôneas das declarações

O papa e os gays - Folha de S. Paulo - Opinião

Sem mudar a doutrina, declarações de Francisco aproximam a igreja da realidade

Desde que ascendeu ao posto de líder dos católicos, em 2013, o papa Francisco vem se notabilizando por introduzir pontos de vista mais avançados em temas que são tabus para a igreja, como o aborto ou o divórcio — embora, na prática, pouco ou nada tenha sido alterado na doutrina oficial da instituição.
O papa Francisco - Guglielmo Mangiapane/Reuters

Esse é o caso da recente defesa feita pelo pontífice da união homoafetiva. Mostrando-se muito mais aberto e afinado com a modernidade que seus predecessores, Francisco declarou, num documentário lançado há pouco, que “pessoas homossexuais têm o direito de estar em uma família” e defendeu uma legislação de união civil.

Trata-se de posição semelhante à expressada na época em que era cardeal em Buenos Aires, quando defendeu a aprovação de meios de proteção legal para casais do mesmo sexo — ainda que tenha se oposto a equiparar essa união ao casamento entre homem e mulher. Já como papa, deu declarações favoráveis a homossexuais. “Quem sou eu para julgá-los?”, questionou.

As novas manifestações, as mais incisivas já feitas por um pontífice, têm decerto o potencial de influenciar os debates sobre o status legal de casais do mesmo sexo ao redor do mundo, além de conter a oposição de bispos e outras lideranças a essas mudanças. Não é algo cuja importância deva ser desprezada. Hoje, apenas 28 nações permitem a união homoafetiva, quase todas nas Américas, incluindo o Brasil, e na Europa. [a propósito:  a união civil entre duas pessoas do mesmo sexo - na realidade um contrato civil - ganhou no Brasil 'status' de casamento devido uma suprema interpretação criativa da ausência do advérbio 'apenas' no  texto do § 3º, art.226 da CF.]As relações homossexuais são criminalizadas em 70 países, e em 6 deles a punição é a pena de morte.

Apesar da lufada de ar fresco, as palavras do papa em nada alteram a doutrina.  Embora os ensinamentos católicos não considerem um pecado ser gay, estabelecem que atos homossexuais são “intrinsicamente desordenados” e, por extensão, a orientação é vista como “objetivamente desordenada”.[a BÍBLIA SAGRADA contém vários trechos com rejeição expressa a práticas comuns no homossexualismo:

" -Também nos escritos dos Apóstolos se formulam catálogos de pecados, sobretudo em São Paulo. A lista mais completa e impressionante encontra-se na Carta aos Romanos (cf. 1, 24-32), onde achamos denunciado, de maneira muito especial, o nefando pecado da união homossexual entre homens ou entre mulheres (cf. 1, 26-28 = "26.Por isso, Deus os entregou a paixões vergonhosas: as suas mu­lheres mudaram as relações natu­rais em relações contra a natureza. 

27.Do mesmo modo também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam em desejos uns para com os outros, cometendo homens com homens a torpeza, e recebendo em seus corpos a paga devida ao seu desvario. 

28.Como não se preocupassem em adquirir o conhecimento de Deus, Deus entregou-os aos sentimentos depravados, e daí o seu procedimento indigno."

Romanos, 1 - Bíblia Católica Online  Leia mais em: https://www.bibliacatolica.com.br/biblia-ave-maria/romanos/1/).

Vale alertar que os textos citados não foram alterados. Oportuno ter presente os DEZMANDAMENTOS não foram alterados, nem adaptados aos tempos modernos.

Os valores da Igreja Católica Apostólica Romana  são perenes, eternos e diante da eternidade não existe tempo, não existe antiguidade nem modernidade.

Sua Santidade, Papa Francisco, em seu pronunciamento - que muitos, usando de má fé, tentam apresentar como uma aprovação da Igreja Católica Apostólica Romana às práticas homossexuais, à aceitação de 'casamento' entre pessoas do mesmo sexo e outras semelhanças. NADA DISTO. As DOUTRINAS católica, seus ensinamentos não mudam.

Sua Santidade apenas reconheceu o direito dos homossexuais a conduzirem suas vidas conforme o principio do LIVRE ARBÍTRIO e segundo o Ensinamento de JESUS CRISTO: “Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. ((Mt 22, 15-21). Com tal entendimento, o papa Francisco deixou claro que os homossexuais são pessoas humanas, filhos de Deus, cidadãos da mesma forma que os católicos, ateus também são. O papa Francisco passa uma aceitação de  uma legislação civil que contemple um contrato de união civil - que muitos poderão considerar casamento, obviamente sem nenhum valor religioso.

Quando exercendo o livre arbitrio praticam atos não aprovados pela Igreja Católica, violam dos DEZ MANDAMENTOS, incorrendo em pecado.]

É pouco realista esperar mudanças da água para o vinho numa instituição tradicional e conservadora como a Santa Sé. Ainda mais num tema que suscita oposição cerrada de muitas de suas lideranças. O antecessor de Francisco, Bento 16, ainda vivo, chegou a comparar o casamento entre pessoas do mesmo sexo ao “anticristo”. São visíveis, contudo, as inclinações do papa a promover uma necessária atualização da moral familiar católica, aproximando-a da realidade vivida pelos fiéis. [os fiéis católicos que se adaptem aos princípios da Igreja Católica, princípios estes que são imutáveis. Ser católico exige vivência e não adaptação do  INFINITO  aos desejos do finito.] 

 Opinião Folha de S. Paulo