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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Especialistas veem como remotas as chances de jovens presos na Tailândia retornarem ao Brasil: 'Quase impossível'; entenda

Garota de 21 anos clamou por ajuda à família em áudio enviado antes de ser presa; advogado diz que tentará provar inocência de Mary Helen para evitar pena de morte. Conheça mais sobre a jovem

O medo e a incerteza cercam a vida de três brasileiros que desembarcaram na Tailândia há pouco mais de uma semana e foram flagrados pelas autoridades locais com 15,5 quilos de cocaína no aeroporto. No país asiático, o tráfico internacional de drogas é passível de condenações à prisão perpétua ou mesmo à pena de morte. O caso ganhou repercussão graças à voz de Mary Helen Coelho da Silva, de 21 anos, que, ainda antes da prisão, conseguiu pedir ajuda à família, em desespero, implorando para que pudesse responder pelo crime no Brasil. A situação deles, no entanto, não inspira otimismo, conforme especialistas ouvidos pelo GLOBO. A solicitação dela é vista como impossível até pela defesa. Na melhor das hipóteses, Mary Helen, por exemplo, teria que esperar todo o processo ser concluído em trânsito em julgado, para que fosse tentado algum recurso diplomático de repatriamento, o que também é visto como muito complexo por criminalistas especializados no assunto. [NÃO HÁ O QUE ALIVIAR; os brasileiros cometeram um crime grave - só aqui no Brasil, a terra da impunidade, a terra em que até criminosos com sentenças condenatórias confirmadas em várias instâncias, são descondenados - não são inocentados, porém ganham a liberdade e todos os direitos como se inocentes fossem - e tem que ser punidos com a pena imputada ao delito no país no qual foram flagrados e presos.
A gravidade do crime é tamanha que não tem sentido se cogitar da não aplicação da pena estabelecida. 
Aliás, a conduta severa e implacável da Indonésia, Tailândia e outros países, deveria ser adotada no Brasil seguida do acréscimo de pena para os viciados em drogas - são os chamados 'usuários' que sustentam o tráfico - sem usuários = sem demanda = sem tráfico.
Acertadamente, a Indonésia executou dois brasileiros na década passada e houve uma queda no tráfico para aquele País, pelo menos envolvendo brasileiros. -
Mary Helen: jovem foi presa com drogas na Tailândia e agora implora para voltar ao Brasil Foto: Reprodução
Mary Helen: jovem foi presa com drogas na Tailândia e agora implora para voltar ao Brasil Foto: Reprodução
 

Carga milionária:Cocaína encontrada em malas de brasileiros na Tailândia é avaliada em R$ 7 milhões

O advogado catarinense Telêmaco Marrace de Oliveira será o representante da defesa de Mary Helen no Brasil. Daqui, ele pretende auxiliar os advogados tailandeses que assumiram o caso com o envio de documentos e dossiê que possivelmente ajudem a provar a inocência da brasileira. Ele, que possui experiência em casos como esse envolvendo brasileiros ao redor do planeta, diz que foi contactado nesta terça-feira pela manhã por advogadas de Pouso Alegre (MG), cidade da jovem detida na Tailândia.

Ela até mandou um áudio pedindo para responder no Brasil,mas infelizmente isso é impossível. A expectativa da defesa, a priori, porque ainda não me contactei com o advogado tailandês, é de provar a inocência dela. Ela não sabia que essa droga estava na mala, e essa história precisará ser contada minuciosamente. Vão criar esse benefício da dúvida. Muitos são absolvidos lá nessa dúvida e é perfeitamente possível. Eu acredito que a Mary Helen é uma vítima, uma "mula", como os traficantes chamam, que carregava algo que não sabia —  afirma o advogado, que confirma que pode levar anos até que o processo seja concluído em trânsito em julgado. [como não sabia? transportar uma grande quantidade de drogas (quinze quilos)sem saber? é dificil de acreditar! e como explicar o súbito interesse da brasileira - trabalhando em Pouso Alegre em uma atividade que não está entre as que mais propiciam meios para turismo internacional - para fazer turismo no país asiático. É bom que o doutor Telêmaco tenha presente  que ele não está no Brasil, onde a impunidade é a regra.]

Mary Helen e homem que a acompanhava, no momento em que foram pegoscom 15kg de drogas no aeroporto Foto: Reprodução
Mary Helen e homem que a acompanhava, no momento em que foram pegos com 15kg de drogas no aeroporto - Foto:  Reprodução 

Para o advogado, Mary Helen foi vítima da prática de "angel fishing", quando jovens são atraídas e cooptadas para participar de esquemas de tráfico internacional de drogas, mesmo sem saber. — Existe nesse ramo a figura do angel fishing: o cara que está na balada, cria todo um esquema, coopta essas meninas para levar para fora do país através de Tinder, Instagram... é a velha história da namoradinha e do príncipe encantado. Até a mala da menina muitas vezes eles preparam e prometem levar para conhecer outro país. A possibilidade de que isso tenha acontecido é muito grande. Mas é algo a priori. Ainda vou me inteirar dos autos e vamos desenrolando.

'Transferência pouco provável para o Brasil'

A presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB de Minas Gerais,  Lorena Bastianetto, explica que a  Lei da Migração, de 2017,  prevê  que brasileiros condenados no exterior possam cumprir a pena no Brasil, caso haja um acordo diplomático. No entanto, como há a possibilidade de que eles sejam condenados a penas altas ou até à morte, a diferença entre a aplicação das penas — no Brasil a punição máxima é de 40 anos de reclusão [tempo que não será cumprido - o caso do casal Nardoni, da Suzane Von Richtoffen, entre outros,  fundamentam o nosso entendimento; se for muito azarado o indivíduo fica preso entre 25 a 30 anos.] muito provavelmente brecaria qualquer aceno positivo por parte dos tailandeses.

A regra geral diz que, quando você comete um crime em um país estrangeiro, não há a possibilidade de que o julgamento ou o cumprimento de pena sejam feitos no país de nacionalidade ou residência da pessoa. Se você cometeu um crime no exterior, esse país estrangeiro tem a jurisdição sobre ele, competência para julgá-lo — afirma Lorena. —  Nós temos na Lei da Migração algumas exceções a esse princípio da territorialidade. O artigo 103 trata da possibilidade de um brasileiro condenado no exterior, em trânsito em julgado, de cumprir a pena aqui no Brasil. É um instinto humanitário, porque você coloca esse condenado perto da sua família, num local onde ele fala  a língua dele, e que lhe é familiar. Mas para que essa transferência seja possível, de acordo com a lei, seria necessário ou um tratado entre Brasil e Tailândia estabelecendo essa possibilidade, o que nós não temos, ou uma promessa de reciprocidade de que um tailandês teria o mesmo direito quando condenado aqui no país. Acredito que seja pouco provável essa transferência, justamente por conta das diferenciações na punibilidade.

A rota para a prisão

. Foto: Editoria de Arte
. Foto: Editoria de Arte

 

Especialista sobre o tema,  Lorena afirma que, por conta da superlotação carcerária na Tailândia, e também por conta de uma pressão humanitária, o país vem reformando algumas leis referentes ao tráfico de drogas e tornando-as mais brandas. [no tocante ao tráfico de drogas a Tailândia tem a solução para a superlotação = pena de morte.Punição que já é aplicada.] O tipo e a quantidade de drogas encontradas com os brasileiros e a possibilidade do enquadramento de mais de um crime, no entanto, complicam a situação deles. Ela explica que no país asiático existem diferentes níveis de punição dependendo da substância; eles levavam cocaína, que pertence ao segundo grupo considerado mais grave.

A Tailândia tem medidas restritivas severas em relação ao combate tanto ao uso quanto à venda de drogas. Nos últimos tempos, desde 2017, no entanto, têm sido feitas algumas reformas nessas leis, e são mais de 20 que tratam sobre substâncias psicotrópicas e narcóticos que foram reformadas, no sentido de torná-las mais brandas. Isso porque existe um congestionamento de população carcerária na Tailândia, que é o país com a maior população carcerária da Ásia — acrescenta. — Mas na lei tailandesa, existem categorizações das substâncias que são sujeitas de punibilidade. A categoria 1, que é a mais grave, inclui heroína, metanfetamina, entre outras. Nela, você tem somente as penas gravíssimas, de morte, prisão perpétua. A categoria que Mary Helen se enquadra é uma abaixo dessa, a categoria 2, que inclui a cocaína. O problema é que ela pode sofrer acumulações com outros crimes, como crime de conspiração, porque estava atuando com outras pessoas, e pela própria quantidade da droga, que evidencia que não era transportada para consumo próprio.

Perdão real
A advogada também citou uma possibilidade tão curiosa quanto ainda mais remota. Segundo ela, o rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, em todo aniversário, concede anistia a alguns presos estrangeiros que acabaram condenados a penas máximas. Por muita sorte, esse também poderia ser um caminho.— No ano passado, ele perdoou três pessoas por cometimento de crime de tráfico internacional de pessoas. Ou seja, ele concede indultos por ocasião da celebração do aniversário dele. Portanto, pode existir uma esperança também de que no aniversário de 70 anos ele conceda algum tipo de indulto ou perdão a presos estrangeiros.
 
'Caso quase impossível'
Quem também se mostra pouco otimista quanto às possibilidades de Mary Helen e os outros dois brasileiros é o advogado e professor de direito penal da Universidade Federal Fluminense (UFF), Daniel Raizman. Ele cita que já até houve um precedente de extradição entre os dois países, mas que não corresponde a este.

  O Brasil e a Tailândia não possuem tratado de extradição. É certo que, pelo princípio da reciprocidade, a Tailândia já extraditou um cidadão estrangeiro para ser submetido à Justiça brasileira por crime cometido no Brasil contra cidadão brasileiro. Nesse precedente, a Tailândia só entregou a pessoa sem abrir mão da sua soberania, pois o crime não tinha ocorrido no seu território —  conta. —  Porém no caso sob análise a situação é diferente: o crime foi cometido no espaço onde a Tailândia exerce a sua soberania e por esse motivo não acredito que a Tailândia esteja disposta a ceder parte da sua soberania em favor do Brasil. Isso sem contar com que as penas na Tailândia, de morte, não são admitidas no Brasil.

(...)

Eu, como presidente da comissão, posso fazer um contato com o Itamaraty para tentar ajudar, mas ainda não o fiz. Mas a gente pode auxiliar num contato de diplomacia, e é importante também dizer que existe diplomacia entre Brasil e Tailândia. As relações começaram em 1959, então temos mais de 62 anos de diplomacia, com visitas oficiais de ministros de relações exteriores de um país ao outro, então é possível que haja auxílio da OAB, até para que a porque a pena de morte no direito internacional é rechaçada, combatida por nós internacionalistas. Por mais grave que seja o crime, a comunidade internacional luta contra a pena de morte, que é capital, perpétua, não ressocializa, não dá qualquer chance de recuperação porque você paga com a vida. [em compensação garante que o condenado não cometerá novos crimes - muitas vezes tirando a vida de pessoas inocentes.Em muitos crimes, incluindo, sem limitar, o tráfico de drogas, PROVADA A CULPA a pena tem que ser severa,implacável.] É de todo o meu interesse ajudar a embaixada nessas tratativas.

(...)

Autodefinida nas redes sociais como "a dona da razão", e dona também de um temperamento forte, Mary Helen sempre procurou, em suas publicações, exaltar a força da mulher e a independência em relação aos homens. A força, no entanto, talvez já estivesse lhe faltando, mesmo tão nova. A página evidencia que ela vinha passando por dificuldades. Nos posts, é possível ver vários registros da presença dela em festas raves, assim como exaltando o uso de drogas, como num post onde "pede" um caminhão de MD-MA (variante do ecstasy) ao Papai Noel de Natal, além de outros onde aparece fumando maconha.

Há dez dias, embarcou para Curitiba (PR) para encontrar um rapaz que havia recém conhecido nas redes sociais, como conta a família. Sem qualquer tipo de aviso, foi com ele rumo à Tailândia, onde acabou pega pela polícia. Boa parte da droga apreendida estava em sua bolsa.

No perfil da jovem, agora, também é possível notar ataques de outros internautas. Vários chegam a comemorar a prisão da menina de 21 anos e a possibilidade de que ela seja morta. São mais de 450 comentários apenas na última foto postada por ela, uma imagem genérica de uma mulher segurando uma bolsa de grife em frente ao mar. "Achou que era o Brasil e se ferrou, irá conhecer o inferno mais cedo", comentou um homem que se identifica como Matheus Henrique. "Cadeira elétrica", ironizou outro identificado como Carlos Alberto Andrade. 

Arthur Leal,  jornalista - O Globo - MATÉRIA COMPLETA

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Brasileira é presa na Tailândia por tráfico de drogas; família teme pena de morte

Família e amigos pedem ajuda ao Itamaraty, já que o país asiático prevê até pena de morte para casos de tráfico de drogas

Uma jovem de Pouso Alegre, no Sul de Minas, está entre os três brasileiros presos na Tailândia esta semana por suspeita de tráfico internacional de drogas. Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, foi detida ao desembarcar no aeroporto de Bangkok, na última segunda-feira (14/2). Ela tinha saído do Brasil pelo aeroporto de Curitiba (PR).

[O Brasil do BEM espera que a pena de morte seja aplicada - a exemplo do que aconteceu há alguns anos na Indonésia, ocasião  em que dois brasileiros foram executados (apesar dos pedidos de clemência apresentados pela 'engarrafadora de vento', que na época presidia o Brasil).]

Comunicados de autoridades tailandesas à imprensa local informam que foram apreendidos com os brasileiros 15,5 quilos de cocaína, com valor equivalente a cerca de R$ 7,5 milhões. As drogas estavam nas malas de cada um deles. Mary Hellen e um amigo, de 27 anos, chegaram em um voo. Outro rapaz, de 24, chegou em um outro voo, horas depois, e foi preso. Ele também saiu da capital paranaense.

Funcionários do aeroporto da Tailândia desconfiaram de itens mostrados no raio-X e as três malas levadas pela jovem de Pouso Alegre e o amigo foram revistadas. Foram encontrados 9 quilos de cocaína em um compartimento oculto. Mais tarde, o outro paranaense, de 24 anos, foi preso com 6,5 quilos de cocaína em duas malas. Ainda não há confirmação se esse rapaz conhecia os outros dois brasileiros presos no mesmo dia. 

Jovem pediu demissão de emprego para viajar

A reportagem conversou com a irmã de Mary Hellen. Mariana Coelho, de 27 anos, conta que eles são cinco irmãos. Todos moram na região do Bairro São João, periferia de Pouso Alegre. Mariana é a irmã mais velha e já casada.

Segundo Mariana, Mary Hellen, que morava sozinha na mesma região da cidade, pediu demissão de um emprego em um restaurante e avisou que iria para a Tailândia. Mas não contou o motivo da viagem. Mariana diz que até tentou entender, mas não conseguiu conversar direito, porque foi tudo muito rápido.

Já na madrugada de domingo, segunda-feira na Tailândia, Mariana recebeu áudios e a foto da irmã já presa na Tailândia. Mariana diz que busca entender o caso. Segundo ela, não sabe se a irmã tinha participado de qualquer ação envolvendo tráfico de drogas antes, e nunca tinha sido presa no Brasil. Ela acredita que a jovem possa ter sido enganada, viajado sem saber o que levava na mala. 

Pedido de ajuda: Tailândia prevê até pena de morte para casos de tráfico
Mariana entrou em contato com o Itamaraty, que respondeu o e-mail afirmando que acompanha o caso e que não pode fazer muito, além de garantir que a brasileira tenha seus direitos respeitados. Ainda de acordo com Mariana, o consulado brasileiro confirmou que a jovem presa é mesmo Mary Hellen.

A família já pediu ajuda para advogadas no Brasil, que estão buscando informações sobre a prisão da jovem pouso-alegrense. O principal receio refere-se às leis da Tailândia, que preveem até pena de morte para casos de tráfico de drogas, dependendo da quantidade e circunstâncias em que o crime é cometido.

 Brasil - Correio Braziliense

 

sábado, 8 de janeiro de 2022

O triunfo da mentira - J. R. Guzzo

Máquina agrícola fazendo a colheita em campo de soja, no Estado do Mato Grosso | Foto: Sergio Sallovitz/Shutterstock
Máquina agrícola fazendo a colheita em campo de soja, no Estado do Mato Grosso | Foto: Sergio Sallovitz/Shutterstock

A dúvida é saber onde se mente mais, se no Brasil ou lá fora. Deve ser no Brasil: aqui, além da produção própria, importamos com paixão as mentiras manufaturadas na Universidade Harvard, ou no governo da Alemanha, ou no Le Monde. Qual a novidade? País subdesenvolvido é assim mesmo: copia tudo o que ouve ou que lhe mostram, e considera como verdade matemática tudo o que vem embalado em inglês, francês ou outra língua civilizada. Isso complica consideravelmente a questão. 

Qualquer alucinação originada nos centros mundiais da sabedoria, da democracia e do politicamente correto entra no Brasil com a facilidade e a rapidez com que entra por aqui a cocaína da Bolívia. 
Entra e cai direto no ouvido dos que mandam, influem e controlam — eis aí todo o problema. A partir daí, as mais espetaculares criações da estupidez mundial viram lei neste país, ou algo tão parecido que não se percebe a diferença.

O agronegócio brasileiro, de acordo com os militantes ambientais [em sua maioria, comprados por interesses estrangeiros] causa terremotos, erosão do solo e incêndios

De todas as mentiras de primeira grandeza que estão hoje em circulação no Brasil e no mundo, provavelmente nenhuma se compara ao complexo de falsificações montado para sustentar que o agronegócio brasileiro, e em especial a pecuária, está ameaçando a sobrevivência “do planeta”. Segundo o rei da Noruega, o diretor de marketing da multinacional high tech (e mesmo low tech) ou o cientista ambiental de Oxford, nossa soja e o nosso boi, que têm um papel cada vez mais fundamental na alimentação de talvez 1 bilhão de pessoas, ou mais gente ainda, são um terror. Juntos, destroem florestas, envenenam o mundo com “carbono” e provocam todo tipo de desastre natural — das enchentes às secas, dos incêndios à erupção dos vulcões. Não se deve discutir mais nada do ponto de vista científico, técnico ou da mera observação dos fatos — todos os que estão “conscientes” da necessidade de “salvar o planeta” concordam que a “humanidade” tem de “agir já” se quiser “sobreviver” à “crise climática”.

Imagens de bois brasileiros no pasto, ou colheitadeiras trabalhando na safra de grãos, são diretamente associadas, nos comerciais de grandes empresas, órgãos internacionais e ONGs milionárias, a tsunamis na Ásia, a inundações na Austrália ou a seca no sul do Sudão. O agronegócio brasileiro, de acordo com os militantes ambientais, causa terremotos, erosão do solo e incêndios — mesmo os incêndios da Califórnia ou do Canadá. É responsável pela fome na África. (Não tente entender: o Brasil está produzindo neste ano quase 300 milhões de toneladas de alimentos, mas o cientista político da Sorbonne garante que agricultura e pecuária modernas são geradoras de miséria.)

Nem é preciso falar, é claro, da Amazônia. Os cientistas, especialistas, ambientalistas etc. do mundo inteiro dão como indiscutível, há anos, que o trabalho rural está destruindo, ou já destruiu, a Floresta Amazônica
A Amazônia está lá, visível para todos — continua sendo, disparado, a maior reserva florestal do mundo. Praticamente a totalidade dos grãos brasileiros é produzida em Mato Grosso, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e áreas desenvolvidas do Nordeste — que diabo esses lugares teriam a ver com a Amazônia? 
 
O produtor rural no Brasil é o único no mundo obrigado a reservar 20% de suas propriedades, nem 1 metro quadrado a menos, para áreas de mata; não recebe um tostão furado por isso. (O que aconteceria se os agricultores americanos ou europeus tivessem de fazer a mesma coisa?) Mas nada disso importa; ninguém levanta essas questões, ou se permite alguma dúvida. A agropecuária está destruindo a Amazônia, o Brasil e o mundo, dizem eles. É proibido apresentar fatos desmentindo isso, ou simplesmente discutir o assunto.
Toda essa mentira poderia fazer parte, apenas, de um mundo que não está aqui, ou de realidades que não são as nossas — como o ski nos Alpes suíços ou o Carnaval de Veneza.  
Querem achar que o zebu está causando poluição em Berlim, ou que a soja destrói “a floresta”? 
Pois que achem. O que se vai fazer? Mas as contrafações produzidas no exterior não ficam no exterior. São metabolizadas imediatamente pela mídia, o mundo político e as classes intelectuais do Brasil, e passam a fazer parte da nossa realidade formal e imediata. São mentiras ativas. Determinam quais as decisões que devem ser tomadas, a começar pelas sentenças da Justiça. Estabelecem quem está com a razão. Definem como o país tem de ser governado. São as mentiras mais potentes em circulação hoje em dia. Mentira brasileira pega ou não pega; muitas não pegam. Mentira construída na Europa ou nos Estados Unidos pega sempre.

As exportações não sofrem absolutamente nada com a “imagem” do Brasil no exterior; ao contrário, acabam de bater um recorde histórico

Os meios de comunicação são uma peça-chave nesse embuste todo. Uma mentira não deixa de ser mentira por ter sido dita, por exemplo, pelo presidente Macron — por sinal ele já mentiu pesado, tempos atrás, exibindo fotos falsas de um incêndio “na Amazônia”. Mas quem liga para isso? Se é Macron quem diz, a imprensa brasileira passa a ter certeza instantânea de que é verdade. É por isso que você poderá ler, a qualquer momento, uma manchete assim: “Bois brasileiros estão comendo as árvores da Amazônia, denuncia Macron”
Ou: “Macron revela que bois brasileiros estão soltando carbono demais na atmosfera, incentivados por Bolsonaro”. 
Tire Macron e ponha algum outro, uma Merkel ou um Leonardo DiCaprio da vida, ou um El País qualquer. Vai dar exatamente na mesma — seja lá o que digam, a mídia brasileira vai transformar em verdade indiscutível.
As áreas de vegetação preservadas pelos agricultores brasileiros
equivalem à superfície de 14 países europeus
Foto: Divulgação Embrapa
 
O problema não está nas pretensas “implicações econômicas” que as mentiras estrangeiras podem causar, porque não há implicação nenhuma: o Brasil exporta mais para a Tailândia do que para a França, ou mais para a Malásia do que para a Inglaterra, ou mais para a Índia do que para a Itália. As exportações brasileiras não sofrem absolutamente nada com a “imagem” do Brasil no exterior; ao contrário, acabam de bater um recorde histórico, com US$ 280 bilhões (e um superávit superior a US$ 60 bi) em 2021. Que raio de “impacto negativo” é esse?  
 
Como seria possível estar em crise comercial externa com números assim?
Mais: o Brasil é o país ocidental que tem o maior saldo comercial com a China; exporta para lá mais do que para os Estados Unidos, a União Europeia e o Mercosul juntos. 
Como a China dá importância zero para o que dizem sobre o meio ambiente os professores de Princeton ou os comunicadores da Suécia e menos ainda para os jornalistas e militantes ambientais brasileiros —, toda essa mentirada não dói no bolso do agronegócio brasileiro, nem afeta o seu crescimento cada vez maior. 
Mas constrói-se assim uma história de falsificação. Desmoralizam a ciência. Proíbem a verificação dos fatos mais simples. Enganam os jovens. Intoxicam os currículos das escolas. A soma disso tudo é muito ruim.

A pecuária, neste momento, é onde se concentra o grosso das calúnias contra o agronegócio brasileiro. Até o Bradesco entrou nesse linchamento; a exemplo de tantas outras grandes empresas brasileiras fanatizadas pelas causas “identitárias”, “progressistas” e socialisteiras, colocou no ar uma campanha publicitária pelo “carbono neutro” na qual denunciava a pecuária brasileira pela “crise” ambiental e convocava a população a comer menos carne
É um despropósito completo, do ponto de vista dos fatos. 
A pecuária, segundo a comprovação científica mais séria, neutra e fundamentada na experiência, gera efeitos exatamente contrários ao que a militância ecológica espalha pelo mundo afora. 
A criação de bois, em qualquer escala, faz o solo absorver carbono, e não espalhar veneno na atmosfera, como acreditam nove entre dez “influenciadores” de opinião. É fundamental para preservar a boa qualidade do solo — e para combater a expansão de desertos
É o que mais se recomenda para salvar as terras secas da África, melhorar o ambiente natural e prover o sustento de populações inteiras sem agredir a natureza nem a vegetação nativa.  
Não há miséria, nem solo devastado, onde há pecuária. 
Da mesma forma, é evidente que não há criação de gado na Floresta Amazônica. 
Como poderia haver? Não faz sentido nenhum: quem iria criar boi no meio do mato?

O Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo, com cerca de 220 milhões de cabeças. É o maior exportador mundial de carne, com US$ 8 bilhões em 2021. A maior empresa brasileira do setor, a JBS, fatura perto de R$ 350 bilhões mais do que todas as montadoras de automóveis, caminhões e demais veículos somadas
Como seria possível um país sair praticamente do zero e tornar-se o número 1 do mundo na exportação de carne com métodos primitivos de criação, tal como dizem os militantes do antiagronegócio? 
O Brasil só tem os números apresentados acima por força do avanço tecnológico e da competência dos pecuaristas, pelo investimento e pela excelência da terra ocupada pelas pastagens, ou das técnicas de confinamento — não porque está cortando árvores para ocupar o terreno com gado, ou por estar destruindo a natureza. 
Não é possível, simplesmente, um país ter o maior rebanho de bois do mundo e, ao mesmo tempo, comportar-se de maneira selvagem na sua pecuária.
 
Mas qual a honestidade do atual debate ambientalista? A verdade é o que menos interessa; só vale a fé nos próprios desejos, ideias e interesses. 
A ciência, no mundo de hoje, passou a ser uma questão de crença e, como crença, transformou-se em religião. 
Não se trata mais de questionar, investigar nem observar fatos; trata-se de decretar que a realidade é como querem os proprietários da virtude. Estamos em plena Era da Mentira Universal.

Leia também A negação do jornalismo

J.  R. Guzzo, colunista - Revista Oeste - MATÉRIA COMPLETA e  vídeo do Bradesco

terça-feira, 31 de agosto de 2021

MEMÓRIA - Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares diz que maioria da imprensa usa cocaína

A afirmação foi feita no Twitter como uma crítica à cobertura da imprensa à operação policial realizada nessa quinta-feira (6/5) na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, disse nesta segunda-feira (10/5) que "parcela significativa dos jornalistas" brasileiros "é usuária de cocaína".

A afirmação foi feita no Twitter como uma crítica à cobertura da imprensa à operação policial realizada nessa quinta-feira (6/5) na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro."Trabalhei quase 30 anos em algumas das maiores redações de São Paulo. Parcela significativa dos jornalistas é usuária de cocaína. A defesa ferrenha e incondicional que fazem de traficantes pouco ou nada tem a ver com o interesse público. Se é que me entendem...", publicou o dirigente da instituição vinculada ao Ministério da Cultura.

O comentário acompanha um print de uma manchete do jornal Folha de São Paulo, que repercute a reação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao fato. "Sem provas, Bolsonaro classifica mortos de Jacarezinho como traficantes que 'roubam e matam', diz o título da matéria. [atualizando a memória: até o presente momento nenhum fato foi encontrado que comprove que o presidente Bolsonaro estava errado em seu comentário. Vale lembrar que até vídeo frio, mostrando confronto em outra cidade e outra data, foi apresentados tentando mostrar que a polícia do Rio estava errada. NÃO DEU CERTO  -  a origem do vídeo foi descoberta e os defensores dos traficantes desmoralizados.]

Ataques
A postura agressiva e controversa tornou-se marca registrada de Sérgio Camargo. Há menos de 15 dias, em 28 de abril, ele atacou a cervejaria holandesa Heineken. Na ocasião, ele afirmou, também no Twitter, que estrela vermelha que caracteriza o logotipo da empresa é uma alusão ao símbolo do Partido dos Trabalhadores (PT).

No post, Camargo critica uma campanha em prol da diversidade divulgada pela gigante europeia nas redes sociais. Em maio do ano passado, Camargo ofendeu Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares e que dá nome à instituição que ele atualmente dirige.

Brasil - Correio Braziliense

 


quarta-feira, 9 de junho de 2021

Os irmãos do Comando Vermelho que motivaram os ataques em Manaus

 Após a morte de Dadinho, seu irmão, também líder da facção criminosa, ordenou os ataques a delegacias e ônibus na capital amazonense

 Enquanto Manaus viveu dias de caos com duas ondas arrasadoras de Covid-19 em 2020 e no início de 2021, o crime organizado só se fortaleceu na capital do Amazonas, que nos últimos anos virou um entro posto na rota do narcotráfico internacional.

Numa batalha por territórios que se arrasta desde 2019, o Comando Vermelho acabou superando o Primeiro Comando da Capital (PCC), que tentou se instalar na região, e a facção local Família do Norte, que praticamente foi riscada do mapa. Com a consolidação do seu domínio, a organização criminosa nascida no Rio de Janeiro passou a entrar na mira da inteligência das polícias Civil e Federal e do sistema penitenciário. Os ataques em série ocorridos nos últimos dias a ônibus, ambulâncias, viaturas, delegacias e hospitais, com tiros e fogo, seriam uma forma de o Comando Vermelho amazonense se vingar de ações recentes do Estado.

A últimas delas ocorreu no último sábado, dia 5, quando o traficante Erick Costa, conhecido como Dadinho, foi morto em um confronto com policiais militares da Rocam (Ronda Ostensiva Cândido Mariano). Ele responde a dois processos na Justiça por homicídio qualificado e tráfico de drogas e é apontado como um dos 13 conselheiros do Comando Vermelho no Amazonas.

Conforme as investigações, um irmão de Dadinho, conhecido como Ton e que também é chefe do Comando Vermelho, teria conclamado os “soldados” da facção a revidar a ação policial – as ordens teriam partido do presídio onde ele está preso.  Além de atear fogo a dezenas de veículos públicos, os criminosos atiraram e lançaram uma granada contra uma delegacia do centro de Manaus, na madrugada deste domingo, dia 6. Devido aos ataques, as aulas chegaram a ser suspensas e o transporte coletivo ficou paralisado.

Dadinho é a terceira liderança do Comando Vermelho a cair desde o início do ano a diferença é que ele foi morto ao invés de ser preso.[esse não vai dar mais trabalho à policia ou à sociedade.]  Em maio, a Polícia Federal prendeu numa mansão de luxo no Rio de Janeiro outro conselheiro da facção amazonense, Ocimar Prado Júnior, conhecido como Coquinho. Segundo os investigadores, ele cuidava do braço financeiro da organização criminosa. Em fevereiro, foi a vez de Emmanuel da Silva Teles, o Ling, ser preso em Porto Alegre — ele era apontado como o responsável pelo arsenal de armas do bando. As prisões ocorreram no âmbito da Operação Nômade, nome referente ao fato de os chefões do crime estarem sempre mudando de estado, realizada pela PF com a parceria da Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas (Seap).

Após as cenas de terror vistas nos últimos dias, Manaus começou a voltar ao normal nesta terça-feira,  8. Na segunda-feira, 7, a polícia chegou a prender 35 pessoas acusadas de envolvimento com os ataques, o que incluiu até a apreensão de uma criança de 11 anos. Cerca de 144 homens da Força Nacional chegaram nesta terça-feira à capital. E as visitas nos presídios, que estavam suspensas por receio de rebelião, devem ser retomadas a partir desta quarta-feira, 9.

Nos últimos anos, a Região Norte virou um importante corredor de cocaína no mapa do narcotráfico internacional — a droga é trazida das fronteiras com a Colômbia e Peru por meio dos rios amazônicos. Na época das cheias, surgem diversos afluentes nas florestas que dificultam o trabalho de fiscalização policial.

 Blog MAQUIAVEL - Revista VEJA


terça-feira, 18 de maio de 2021

'Sou imorrível, imbrochável e também sou incomível', diz Bolsonaro - “A maconha pode, a cloroquina não pode?”

Em conversa com apoiadores, o presidente voltou a criticar o projeto de lei que autoriza a venda de medicamentos que contenham extratos de maconha  [aqui já cabe lembrar ao presidente Bolsonaro que ele dispõe do poder de veto e que deve usá-lo à exaustão, forçando que os parlamentares adeptos da 'maconha para todos', se tornem conhecidos nacional e eleitoralmente.
Oportuno destacar que a o pretexto uso medicinal é apenas a porta de entrada da droga para o uso recreativo ... SUERIMOS LER: "O mal travestido de bondade" =LEGALIZAR A MACONHA = MAIS UM CRIME HEDIONDO = aborto = pedofilia e outros do tipo - Estudos e estatísticas comprovam: a legalização do cultivo da maconha para uso medicinal é apenas o primeiro passo para o caos que está logo ali adiante."]

Jair Bolsonaro afirmou, em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, que é “imbrochável e incomível”.  “Já falei que sou ‘imorrível’, já falei que sou ‘imbrochável’ e também sou ‘incomível'”, disse o presidente há pouco na saída do Palácio da Alvorada.

O presidente também voltou a criticar o projeto de lei que libera a venda de medicamentos que contenham extratos ou substratos de maconha em sua composição.

“A maconha pode, a cloroquina não pode?”, diz Bolsonaro, sobre venda de remédios à base de Cannabis 

A proposta está em tramitação na Câmara e deve ser analisada na próxima semana em comissão especial

Em conversa com apoiadores há pouco, Jair Bolsonaro voltou a criticar o projeto de lei que libera a venda de medicamentos que contenham extratos ou substratos de maconha em sua composição.

“Engraçado: a maconha pode, a cloroquina não pode? A esquerda sempre pega uma oportunidade para poder liberar as drogas. Maconha e cocaína fazem bem, sem problema”, disse o presidente da República.

A proposta está em tramitação na Câmara e deve ser analisada na próxima semana em comissão especial. Bolsonaro afirmou aos seus apoiadores que pretende vetar a proposta caso ela passe pelo Congresso.

'Nota de Repúdio' a projeto sobre Cannabis medicinal

Clique e leia na íntegra 



terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Campanha da Fraternidade 2021 - Gazeta do Povo - VOZES

Alexandre Garcia

Contraria Gênesis
Estranhar a Campanha da Fraternidade é levar a religião a sério

 
Sobre a polêmica Campanha da Fraternidade de 2021, o arcebispo militar Dom Fernando, que possui, também, o posto de general de divisão, mandou um comunicado a todos os capelães militares: que não sigam a Campanha da Fraternidade, nem contribuam para ela.

A contribuição do Domingo de Ramos vai para obras assistenciais e sociais ligadas à pregação religiosa militar. É o que causou estranheza, pois há coisas lá que contrariam o livro de Gênesis, abordando essa história de ideologia de gênero, questões de aborto, etc. Aqueles que levam a religião a sério também estranharam tanto quanto Dom Fernando[Este escriba que vos escreve é Católico Apostólico Romano (entre os integrantes do Blog há alinhados a outras religiões) não sou expert em religião (nem especialista, aliás esse adjetivo é mais uma das profissões que grande parte da mídia elevou a uma supremacia, que a covid-19 revelou não merecida. 
Classificação que se consolidou devido ao monte de bobagens, palpites errados, chutes que os tais especialistas, expeliram em entrevistas, lives, etc. 
Erram todas as previsões e acertam, quando muito, o que prevêem hoje mas, aconteceu ontem. Tal situação desmoralizou completamente os que agora são classificados como especialistas em nada.) mas não tenho a menor dúvida que a determinação de Dom Fernando deve ser considerada - só podendo ser contestada por  Sua Santidade, o Papa Francisco.
Como católico e cidadão sou contrário a que Católicos Apostólicos Romanos efetuem doações que podem ser usadas em causas que contrariam Engelho, afrontam o livro de Gênesis, são repelidas em diversas epístolas do apóstolo São Paulo aos Corintios  - especialmente epístolas aos Romanos.
Tem sentido um católico apoiar com doações ou qualquer outro meio a defesa do aborto? a igualdade de gênero?]

Supremo é o único que não aceita crítica
O Congresso Nacional, deputados, senadores, vereadores, prefeitos, governadores, o presidente, todos sofrem críticas e, muitas vezes, críticas pesadas e diárias. E tudo bem. A vida continua. Essa é a democracia. O único que não aceita críticas é o Supremo.

Há, por exemplo, um tuíte de 2018 do general Villas Bôas, de quando ele ainda era comandante do Exército. Na publicação, ele sequer cita o Supremo, mas repudia a impunidade e exige respeito à Constituição, à paz social e à democracia. O exército se mantém atento às suas missões institucionais. Mas o ministro Fachin, ao que parece vestindo a touca, afirmou que aquilo era "inadmissível, intolerável, inaceitável". Isso é, está praticando a intolerância. Quem pratica a intolerância não aceita crítica. Isso não tem nada a ver com a democracia.

[Alexandre! é oportuno lembrar que o ministro Fachin é o 'pai' da decisão que proibiu o acesso da polícia a determinadas favelas do estado do Rio.
E que tal decisão agora manifesta seus efeitos nefastos e que dificultam medidas de combate à covid-19; na favela do Vidigal, acontece desde inicio do carnaval, um baile em um bar, com centenas de pessoas que não usam máscaras. 
A prefeitura impedida de entrar na área, pela decisão do ministro, se limita a filmar e lavar auto de infração  - quando será permitido a entrega dos mesmos aos infratores, só DEUS sabe.]

Afinal, não surpreende, depois do processo das fake news, em que o Supremo se declara a vítima, o investigador, o denunciante, o juiz, o executor. Não sei como os professores de direito vão explicar isso nas faculdades. Tudo isso [as medidas tomadas pelo STF] foi feito com base no regimento interno, mas contrariando a Constituição, é claro.

Legislar sobre mar territorial
A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul também não leu a Constituição, nem mesmo possui uma Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), porque tentou legislou sobre o mar territorial. E, como sabemos, o artigo 20º da Constituição estabelece que "são bens da união" o mar territorial. A União recorreu ao Supremo, que apontou para a Constituição, que, por sua vez, estabelece que não se pode legislar sobre isso.

Foi proibido pescar camarão na costa. A ligação que se faz é que as redes de camarão prejudicam a fauna. Porém, também não sabem que essas redes obsoletas já estão "caindo fora". A Secretaria da Pesca está incentivando, trabalhando, gastando um dinheirão para promover um programa de redes especiais modernas, que só pegam camarão. Que deixemos escapar tartarugas e outros animais marinhos.

Marinha e PF apreendem barco com cocaína
Por falar em marinho, o navio patrulha da Marinha capturou, a 270 quilômetros da Costa do Nordeste, um veleiro catamarã, com cinco brasileiros levando cocaína para a Europa. Sabe-se lá quantas viagens ele já havia feito antes de ser capturado.

Foi um trabalho conjunto entre a Polícia Federal, a Divisão de Narcóticos dos Estados Unidos, Portugal, Inglaterra, e a ação final da Marinha. A Marinha levou todo mundo preso para o Recife. É a Marinha fiscalizando a Amazônia azul.

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Alexandre Garcia, jornalista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 17 de outubro de 2020

O caso André do Rap: como as prisões viraram fábricas de criminosos

Os erros em torno da libertação do traficante jogam luz sobre a transformação, pelo PCC, de uma das maiores populações carcerárias do planeta em mão-de-obra

Aconteceu quase de tudo na lamentável comédia de erros que culminou na saída pela porta da frente da cadeia de um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminosa mais poderosa do país. Entre uma série de falhas e brechas da Justiça na análise do caso, a cereja do bolo no episódio ficou por conta de Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, que assinou a liminar de soltura para marcar uma inoportuna posição legalista, levando a lei ao pé da letra — nem que para isso tivesse de fazer vistas grossas ao alto nível de periculosidade do criminoso em questão, André Oliveira Macedo, responsável nos últimos anos pelo braço internacional de comércio de drogas do PCC. Resultado: André do Rap, como o traficante é mais conhecido, deixou calmamente no sábado 10 o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, entrou em um BMW e, até a tarde da última quinta, 15, nunca mais foi visto. Ele havia sido capturado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em setembro de 2019, após um cerco que envolveu trinta policiais. Agora, cerca de 600 deles se encontram em seu encalço.

A “fuga legal” provocou justa indignação em todas as esferas da sociedade, mas não houve ainda uma discussão aprofundada sobre outra gigantesca mazela nacional revelada pelo mesmo caso: a de como as cadeias brasileiras produzem hoje em ritmo acelerado soldados para as facções, em especial, o PCC, a exemplo do que ocorreu com André do Rap. Sem nenhuma passagem pela polícia, em 1996, aos 19 anos, ele acabou sendo preso em flagrante em casa, com trinta papelotes de cocaína. Um menor de idade revelou que o ajudava a vender a droga, o que rendeu a André a agravante de corrupção de menores. Ele cumpriu a primeira parte da pena na Cadeia Pública do Guarujá, no Litoral Sul paulista. Logo em seguida foi transferido para a Casa de Detenção de São Paulo, o Carandiru, presídio desativado em 2002. Dono de bom comportamento e considerado inteligente pelos colegas de cadeia, principalmente pela capacidade de fazer e decorar rimas de rap, ele tinha o perfil que se encaixava perfeitamente em uma vaga no PCC. Seu batismo na facção ocorreu no Pavilhão 9 durante a primeira de suas quatro prisões.

(........)

Com um time de advogados credenciados, que incluía até uma sócia de um ex-assessor de Marco Aurélio Mello, o traficante entrou com nove habeas-corpus para conseguir a soltura — um deles, por exemplo, fazia referência ao risco de contrair Covid-19. Mas a argumentação que colou junto ao ministro da Suprema Corte foi a do artigo do pacote anticrime, que transforma em constrangimento ilegal a prisão preventiva que não é reanalisada em noventa dias. Com base nesse trecho, Marco Aurélio mandou soltar mais de setenta presos nos últimos dias. Antes mesmo de o pacote anticrime entrar em vigor, o mesmo ministro já havia determinado a liberdade de Moacir Levi Correa, o Bi da Baixada, companheiro de André do Rap no tráfico em Santos, em outubro de 2019. Apesar de Correa ter sido preso em flagrante por tentativa de homicídio, o argumento era semelhante ao utilizado por André do Rap. “Privar de liberdade por tempo desproporcional a pessoa cuja responsabilidade penal não veio a ser declarada em definitivo viola o princípio da não culpabilidade”, escreveu Marco Aurélio. Alvo de outros mandados de prisão preventiva, Correa sumiu do mapa, assim como André do Rap. Felizmente, a interpretação literal de Marco Aurélio Mello para a questão das preventivas envolvendo bandidos perigosos não encontrou eco no STF. Na última quinta, 15, o plenário manteve a prisão de André do Rap. Tarde demais, é claro. Suspeita-se que ele tenha fugido para o Paraguai, onde o PCC tem uma base forte de operações.

Se o paradeiro evidente de André do Rap deveria ser a cadeia hoje, lá atrás, quando cometeu o primeiro delito, a solução poderia ter sido outra. Existe uma questão de fundo no país sobre segurança pública que é pouco debatida, apesar de sua importância. A exemplo do que aconteceu com esse traficante, a superpopulação carcerária brasileira, terceira maior do planeta, com mais de 750 000 detentos vivendo em condições medievais, tornou-se um terreno fértil à cooptação de soldados para o crime organizado. 

Interromper esse processo é fundamental para combater essas facções. Em 2019, ano mais recente do levantamento realizado pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen), o país registrou 350 pessoas encarceradas para cada grupo de 100 000 habitantes — mais que o triplo do que havia em 1997. E os índices de violência não melhoraram por causa disso. “A superlotação provoca as piores consequências para o preso e praticamente inviabiliza sua recuperação e reinserção à sociedade”, afirma José Vicente da Silva, coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo e ex-secretário nacional de segurança.

Em VEJA, LEIA MATÉRIA COMPLETA 

 

domingo, 11 de outubro de 2020

Solto pelo STF, André do Rap [chefão do PCC] fugiu para Paraguai, dizem investigadores

Josmar Jozino - UOL

Oito horas depois de ser colocado em liberdade, o narcotraficante André Oliveira Macedo, 43, o André do Rap, teve a soltura cassada pelo ministro Luís Fux, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal). Ao deixar a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), o chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital) prometeu ir para casa, no Guarujá, litoral de São Paulo. Porém, seu destino verdadeiro foi outro lugar. André do Rap chegou de carro até a cidade paranaense de Maringá, onde pegou um avião particular até o Paraguai.

[Em Post de ontem sobre a 'suprema' decisão liberando criminoso perigosíssimo perguntamos: "chega ou querem mais?".

Apresentamos uma nova pergunta, sem retirar a de ontem: "e agora, como fica?". Cabe também perguntar: até quando decisões judiciais que libertam presos condenados a longas penas, ligados a organizações criminosas, serão expedidas tendo como garantia  apenas o compromisso do criminoso de que se apresentará sempre que a Justiça o convocar? = algo do tipo assegurando  ficará em casa ao inteiro dispor das autoridades judiciárias.

Bandidos condenados a longas penas, não podem ser soltos devido filigranas jurídicas.]

As informações são de fontes do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e de investigadores policiais que seguiram veladamente André do Rap.  André do Rap havia sido solto por determinação do ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Por volta das 21h30 de hoje, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República), Luís Fux cassou a soltura do criminoso.

Graças a essas trapalhadas judiciais, os três maiores narcotraficantes do país, ligados ao PCC (Primeiro Comando da Capital), deixaram a prisão pela porta da frente, apesar de condenados, e sumiram. Eles são responsáveis pelo envio de dezenas de toneladas de cocaína para a Europa nos últimos anos. Os narcotraficantes foram investigados durante dois anos pela Polícia Federal, na Operação Oversea, deflagrada para desmantelar as ações do PCC nas remessas mensais de drogas para a Europa via porto de Santos, e acabaram denunciados à Justiça Federal por tráfico internacional.

 O Ministério Público do Estado de São Paulo, por intermédio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), não mediu esforços para manter os narcotraficantes atrás das grades. Porém, o Judiciário não deu ouvidos aos apelos dos promotores. Condenado a 15 anos a 6 meses de prisão em primeira instância, André do Rap estava preso desde 14 de setembro do ano passado. Ele foi capturado pela equipe do delegado Fábio Pinheiro Lopes, da Polícia Civil de São Paulo, em uma mansão em Angra dos Reis, litoral sul do Rio de Janeiro.

No luxuoso imóvel, havia dois helicópteros e uma lancha. Só a embarcação foi avaliada em R$ 6 milhões. André do Rap chegou a ter outros 44 barcos. No entendimento do STF, o narcotraficante estava preso desde o final de 2019 sem uma sentença condenatória definitiva, ultrapassando o limite de tempo estabelecido pela legislação brasileira. Ao assinar o alvará de soltura na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, presídio destinado a presos do PCC considerados de alta periculosidade, André do Rap foi advertido de que teria de atender aos chamados judiciais e não mudar de residência. O narcotraficante forneceu como endereço a rua Júlio Inácio de Freitas, número 1, em Vicente de de Carvalho, no Guarujá. Para o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco de Presidente Prudente e um dos responsáveis pelas ações de combate ao PCC em São Paulo, André do Rap não vai se entregar e, sim, voltar a comandar o narcotráfico para a maior facção criminosa do Brasil.

Parceria no crime 

Parceiro de crime de André do Rap, o narcotraficante Suaélio Martins Lleda, 55, condenado a 41 anos em regime fechado, foi solto no dia 24 de julho deste ano por decisão monocrática (de um único magistrado) da 13ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Advogados do preso alegaram no pedido de habeas corpus que Suaélio é hipertenso. O traficante internacional foi beneficiado com a prisão domiciliar por ser considerado do grupo de risco para covid-19 na Penitenciária 1 de Mirandópolis, onde o criminoso estava recolhido. No alvará de soltura constava, como endereço fornecido por Suaélio uma importante avenida de Santos. Porém, ele não foi para casa cumprir a prisão domiciliar assim que deixou a cadeia pela porta da frente. 

O Ministério Público recorreu da decisão. Mas quando a 13ª Câmara de Direito Criminal voltou atrás e cassou o pedido de liminar em favor de Suáelio, ele já havia sumido. Segundo Lincoln Gakiya, o criminoso deve estar foragido no Paraguai ou Bolívia. Quem também está até hoje bem longe das grades é Anderson Lacerda Pereira, 40, o Gordo, comparsa de André do Rap e de Suaélio. Uma investigação sobre lavagem de dinheiro conduzida pelo delegado Fernando José Góes Santiago, do 4º DP de Guarulhos, apontou que o criminoso é dono de 38 clínicas médicas e odontológicas e de uma uma empresa de limpeza.

Admirador de Pablo Escobar, narcotraficante colombiano, Anderson também mantinha um mini zoológico em Santa |sabel (SP), além de veículos importados e luxuosas mansões em condomínios na grande São Paulo e na praia Riviera de São Lourenço, em Bertioga, Litoral Norte. O patrimônio dele é estimado em R$ 150 milhões. Anderson foi condenado a sete anos de prisão na Operação Oversea, da PF, por tentar enviar 32 kg de cocaína para a Europa, via porto de Santos, em 2014. A droga era destinada à máfia italiana Ndrangueta, da Calábria. Ele está com prisão decretada pela Justiça de Guarulhos e é procurado pelo crime de lavagem de dinheiro. Em abril de 2010, ele Em abril de 2010, ele havia sido preso pela PF na Operação Alquimia, acusado por tráfico de drogas em Mongaguá. Em agosto de 2011, a 16ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo mandou soltá-lo por excesso de prazo para formação de culpa.

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domingo, 12 de abril de 2020

O bêbado e a borboleta - Nas entrelinhas

“Desafiar o novo coronavírus se tornou uma espécie de obsessão para o presidente da República, que se comporta como quem adquiriu imunidade contra a doença

No livro O revólver que sempre dispara (Casa Amarela), Emanuel Ferraz Vespucci analisa as causas, os comportamentos e as consequências para a saúde de diversas dependências químicas, inclusive o alcoolismo e o tabagismo. É um livro despido de preconceito e, do ponto de vista clínico, como não poderia deixar de ser, serve de referência para os que lidam com o problema: usuários em busca de tratamento, seus familiares e terapeutas. O livro explica de maneira clara como as diversas drogas causam dependência física e psicológica, os problemas que acarretam e as maneiras de enfrentá-los, sem moralismo. A perda de controle sobre o álcool, a cocaína, o crack, a maconha, morfina, calmantes, inibidores de apetite e outros psicotrópicos é um problema muito mais amplo do que se imagina.

A dependência funciona como uma roleta russa. Em algum momento a bala que está no cilindro do revólver será disparada, na medida em que o sujeito arrisca mais uma vez. Ou seja, o acaso tem um limite, quanto maior a frequência, maior a probalidade de ocorrência. Por causa da dependência, algo grave acontecerá na vida da pessoa, pode ser um acidente de carro, a perda do emprego, um surto psicótico, um infarto. 

O que interessa aqui é a analogia da roleta-russa, ou seja, do revólver que sempre dispara. Durante a pandemia de Covid-19, por causa do risco de contaminação, sair de casa é uma espécie de roleta russa, mesmo que a pessoa utilize máscaras e luvas. Acontece que o presidente da República — com o objetivo declarado de desmoralizar a política de distanciamento social preconizada pelas autoridades médicas, inclusive seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e responsabilizar governadores e prefeitos pela recessão econômica — resolveu sair às ruas com frequência e, nesses passeios, visitar o comércio local para estimular proprietários e consumidores a manterem uma vida normal. Bolsonaro ignora uma epidemia que está matando mais de 100 pessoas por dia no Brasil, o equivalente a um desastre de grandes proporções.

Desafiar o novo coronavírus se tornou uma espécie de obsessão para o presidente, que se comporta como quem adquiriu imunidade contra a doença, como acontece com aqueles que já foram contaminados, se recuperaram e adquiriram anticorpos ou que, por qualquer outra razão, têm uma sistema imunológico mais robusto, geralmente mais jovens. Não se sabe se o presidente está imunizado; ele se recusa a revelar os resultados dos exames que fez. Bolsonaro age como um jogador compulsivo, o que não deixa de ser uma dependência, sem levar em conta que a maioria das pessoas não está preparada para lidar com o aleatório.

Teoria do caos
É aí que chegamos a O andar do bêbado (Zahar), o instigante livro do físico Leonard Mlodinow, do Instituto de Tecnologia da Califórnia, sobre o acaso na vida das pessoas, ou melhor, sobre como funciona a aleatoriedade. O novo coronavírus se multiplica como um “Efeito Borboleta”, descoberto em 1960, pelo matemático Edward Lorenz, base para a Teoria do Caos. Mostra como pequenas alterações nas condições iniciais de grandes sistemas podem gerar transformações drásticas e significativas.

Lorenz, que também era meteorologista, realizava cálculos relacionado a padrões climáticos num computador. Em vez de colocar 0,000001, conforme fez na primeira vez, ele colocou 0,0001, alterando completamente o resultado da simulação, como se o bater de asas de uma borboleta na Austrália provocasse um furacão no Caribe. Foi o que aconteceu com o coronavírus na Alemanha e na Coreia do Sul, países que mais bem monitoraram a epidemia e conseguiram mantê-la sobre controle, com testes em massa e hospitalização dos contaminados. No primeiro caso, bastou que uma pessoa contaminada usasse o saleiro num almoço de família para a epidemia se propagar; no segundo, um único paciente, de 30 casos confirmados, escapou do isolamento e disseminou a doença.

Na Sexta-feira da Paixão contabilizamos 1.056 mortes e 19.638 casos confirmados, 44 dias após o primeiro caso registrado no país e 24 dias depois do registro da primeira morte. São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará e Amazonas estão em risco de colapso do sistema de saúde pública. Numa hora em que o país precisa de coesão social e alinhamento das políticas de combate ao novo coronavírus, para evitar o colapso do sistema de saúde, Bolsonaro aposta na autoimunizaçao pelo contagio e num medicamento de eficácia limitada nos tratamentos, a hidroxicloroquina, para evitar as mortes, e prega a retomada imediata das atividades econômicas, com adoção do chamado isolamento seletivo ou vertical. Essas apostas foram feitas em outros países, como os Estados Unidos, Inglaterra e Japão, e fracassaram.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense




quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

PM acaba com pancadão e o Gov Dória quer acabar com a PM - [conheça a verdade sobre a tragédia de Paraisópolis.] UOL

PM acaba com pancadão e o Gov Dória quer acabar com a PM

PM age e acaba com baile funk na favela de Paraisópolis, onde havia a presença de bandidos, traficantes, drogas e bebidas alcoólicas para todos, até menores. 








Laudos apontam que jovens mortos em Paraisópolis tiveram traumas condizentes com pisoteamento


[por razões técnicas não foi possível a edição das imagens de bandidos armados, mencionadas no vídeo acima;

no link acima você pode comprovar que os mortos tinham várias drogas no sangue;

os laudos são peças do inquérito e possuem grande valor probatório por conterem dados científicos e inconstestáveis.

Um pequeno trecho da matéria linkada - vale a pena ler a matéria e ver o vídeo na íntegra; conheça tambémno vídeo, as origens do senhor João Doria:

"....De acordo com os laudos, todas as vítimas tinham substâncias tóxicas na corrente sanguínea —algumas delas, mais de uma substância. Na lista de elementos detectados estão álcool, cocaína, lança-perfume (loló), anfetamina e crack.

A maioria das vítimas ingeriu álcool e lança-perfume; duas delas consumiram apenas lança-perfume, produto de consumo frequente em bailes da periferia. Uma das vítimas tinha, porém, quatro substâncias diferentes no corpo: álcool, lança-perfume, cocaína e crack.

Há uma divergência entre policiais ouvidos pela reportagem sobre quanto essas drogas contribuíram para as mortes. Parte afirma acreditar haver ligação direta, porque trata-se de depressores cardíacos que, assim, contribuiriam para a insuficiência respiratória das vítimas.

Outra parte, porém, descarta a ligação com a mortes, a não ser que tenham causado problemas de coordenação motora que os levaram ao solo, ou que os jovens já estivessem caídos na viela onde foram pisoteados......"

Com resultado, polícia descarta eventual assassinato no tumulto; governador Doria não quis comentar exames periciais


PM não entrou no baile e evitou algo pior em Paraisópolis, diz advogado

Os seis primeiros policiais militares que teriam perseguido dois criminosos em uma moto dentro da favela de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na madrugada de 1º de dezembro, não chegaram a entrar no meio do fluxo do baile funk que ocorria na ocasião, segundo o advogado Fernando Fabiani Capano, que os tutela juridicamente. De acordo com os depoimentos dos PMs, ouvidos na Corregedoria da PM (Polícia Militar) e no 89º DP (Distrito Policial), no Portal do Morumbi, os militares perseguiram uma moto nas intermediações do baile da DZ7, um dos maiores de São Paulo, depois de um homem ter atirado contra eles após furar uma blitz.

Após a ação dos policiais durante essa perseguição, nove jovens, entre 14 e 23 anos, foram mortos. Os laudos atestam que eles tinham marcas, como escoriações. Mas isso não indica que as vítimas foram pisoteadas, conforme informação inicial prestada pelos PMs envolvidos. Segundo a Polícia Civil, as causas das mortes ainda são suspeitas. Os seis PMs são: João Paulo Vecchi Alves Batista, Rodrigo Cardoso da Silva, Antonio Marcos Cruz da Silva, Vinicius José Nahool Lima, Thiago Roger de Lima Martins de Oliveira e Renan Cesar Angelo. Eles estão alocados no serviço administrativo, uma prática comum da corporação paulista quando há suspeitas contra seus servidores.



Enquanto os policiais e o governo de São Paulo argumentam que os jovens morreram porque os criminosos causaram tumulto ao entrar na favela, familiares e testemunham responsabilizam a ação dos PMs. A Corregedoria quer esclarecer, por exemplo, por que os policiais envolvidos fecharam todas as rotas de fuga, liberando apenas pequenos becos e vielas para que as vítimas deixassem o local. Para o advogado dos seis PMs que iniciaram a perseguição, no entanto, a ação dos policiais evitou que algo pior ocorresse. "Os policiais não perseguiram os indivíduos dentro do baile. Perseguiram os indivíduos que estavam atirando contra eles fora de onde estava ocorrendo o baile. Quando se depararam com aquela multidão, se resguardaram e pediram apoio. Não houve efetivamente um perseguição dentro da multidão", disse. "A atitude da polícia como um todo, embora eu não possa falar pela polícia e não seja um policial, me parece que evitou uma tragédia ainda maior. Os policiais, tão logo perceberam que havia pessoas caídas no chão, cujo estopim foi causado pelos indivíduos da motocicleta, pediram apoio do socorro, do SAMU", acrescentou o advogado. [os áudios da comunicação entre o Centro de Comando da Polícia militar e os policiais que perseguiam os bandidos que tentavam fugir, para Paraisópolis, provam que a perseguição ocorreu e o protocolo de socorro usados pelos policiais foi o correto.

Lamentávelmente, a grande mídia não divulga tais áudios - provas técnicas, irrefutaveis;

da mesma forma, teve pequena divulgação o laudo que comprova o consumo de drogas, álcool e outras substâncias ilícita, pelos jovens mortos. Trecho do laudo, está transcrito acima, itálico vermelho,  e com link para acessar insuspeita reportagem da Folha que comprova sua autenticidade.]

Até o momento, há três versões sobre o ocorrido em Paraisópolis. Segundo a primeira versão oficial, apresentada pelos PMs envolvidos na ocorrência, os nove jovens foram mortos pisoteados. A segunda, da Polícia Civil, aponta que as mortes ainda são suspeitas, porque não há elementos suficientes para explicar as causas das mortes. Depois, o MP (Ministério Público) citou os crimes como homicídios, mas tirou a responsabilidade dos PMs e afirmou que a Promotoria fará investigação criteriosa. Segundo a versão dos policiais, eles foram alvo de tiros de um criminoso que estava na garupa de uma moto e que, na fuga, entrou no meio do baile funk. Dizem, também, que, durante a perseguição, houve correria provocada pelos criminosos. Os PMs afirmam que, mesmo alvos de tiros, garrafadas e pedradas, foram eles quem ficaram no local e socorreram as vítimas. Frequentadores do baile negaram que tenha ocorrido tiroteio e afirmam que os PMs entraram na favela com o objetivo de fazer a dispersão por causa do barulho, e não porque havia criminosos fugindo em meio aos jovens.


UOL - Cotidiano