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domingo, 24 de julho de 2022

“Ameaça à democracia” mesmo são corrupção e ideologias totalitárias - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

Vocês notaram como ficam repetindo o chavão da “ameaça à democracia? O que é “ameaça à democracia”? 
Corrupção é uma ameaça à democracia, porque o dinheiro público passa a ser dos corruptos e não mais do público, do pagador de impostos. 
Não vai mais para hospitais, escolas, assistência social, infraestrutura, tratamento de esgoto, saneamento básico. 
Isso, sim, é um crime muito grande contra a democracia, porque falta dinheiro para os hospitais, e isso mata. 
Mata-se o futuro quando falta dinheiro para o ensino. 
Esse é um dos problemas. 
O outro é quando há uma ideologia que quer se impor, e todo mundo sabe que ela só se impõe em regimes de força como foi na União Soviética, por mais de 70 anos, em Cuba, na Venezuela, na China, como a gente está vendo nesses dias. 
Para funcionar, tem de ter um Estado forte e uma liberdade fraca para as pessoas físicas e jurídicas, assim o Estado pode se impor. 
Outro dia, até o ex-presidente Lula falou nisso, que na China era bom porque o governo podia governar, ninguém reclamava. [ameaça à democracia é também quando os direitos que a democracia confere aos cidadãos são violados, por autoridades que agem de forma arbitrária, rasgando o texto constitucional,  a pretexto de preservar a democracia.]
 
Por que eu estou contando isso? Porque foi homologada a candidatura dele em São Paulo e, na ausência dos dois candidatos, Lula e Alckmin, foi homologada a candidatura deles pelo Partido Comunista do Brasil e pelo Partido Verde, formando federação com o Partido dos Trabalhadores. Os componentes da chapa, Lula e Alckmin, estavam em Pernambuco, estado natal de Lula, no município onde ele nasceu, Garanhuns. 
Eu vi as imagens, tinha pouca gente e houve até vaias. 
Nos jornais e redes sociais só aparece a foto de Lula, não a do público. Mas vi alguém gravando por trás e ouvi vaias. 
O eleitor chega lá e vê Lula e Alckmin juntos, aqueles que eram os grandes adversários na eleição presidencial de 2006, um dizendo que o outro era o pior do mundo. 
Como é que o cidadão, que tem o pensamento claro, lógico, vai admitir? Fica estranho. O ex-presidente ainda está por lá, e agora está fazendo reuniões fechadas.
 
A explicação que Fachin quer está no artigo 84 da Constituição
O ministro Edson Fachin, atendendo a PCdoB, Rede, PDT e PT, deu cinco dias para o presidente Bolsonaro explicar por que convidou os embaixadores para falar sobre a falta de segurança da apuração.  
Eu acho que Bolsonaro devia responder que a Constituição, no artigo 84, afirma que compete privativamente ao presidente da República manter relações com Estados estrangeiros. 
E, se é “privativamente”, isso exclui o próprio ministro Fachin, que dias antes havia também convidado os representantes de Estados estrangeiros para falar sobre o mesmo assunto, a segurança da urna eletrônica e da apuração. Mas só quem pode fazer isso é o presidente da República, e ele usou esse poder.
 
Até o Brasil da pré-história já foi pilhado

Lá no Nordeste tem muito achado do período Paleolítico. Agora mesmo um museu alemão finalmente reconheceu isso, porque até agora dizia que um certo objeto era da Alemanha. São fósseis de um dinossauro ancestral das aves, com mais de 100 milhões de anos.  
Esse fóssil foi levado da Bacia do Araripe, uma região entre o Ceará e o Piauí por onde pesquisadores estrangeiros andam, levando fósseis para fora.

O Ministério Público já recuperou muitos desses fósseis. São dezenas. Isso aqui era casa da mãe Joana nos anos 1990; esse dinossauro chegou à Alemanha, mas não se sabe como. Pegaram muita coisa da Bélgica e ficam se metendo em nossa vida depois de levar madeira, minerais, até fósseis. Roubando do Brasil de 100 milhões de anos atrás.

Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Bolsonaro na Rússia e caminhoneiros contra o totalitarismo - VOZES

 Alexandre Garcia

Viagem à Rússia
O presidente Jair Bolsonaro está a caminho de Moscou, na Rússia, e se encontra nesta quarta-feira (16), com o presidente russo, Vladimir Putin. A Rússia está muito preocupada com a Ucrânia se juntar à Otan. A Rússia tem uma história, que precisa de uma proteção. Depois da invasão de Napoleão, há cerca de 200 anos, e depois da invasão de Hitler, que foi um arraso, o país criou aqueles "estados satélites" para ter uma espécie de proteção.
 Manifestantes em Bruxelas se queixam das restrições impostas pelo governo por causa da pandemia.| Foto: Olivier Hoslet/EFE

E depois que se desfez a União Soviética o comunismo não deu certo –, a Ucrânia ficou um país independente, já teve problemas. Ali é um lugar de petróleo e de gás, principalmente. Eles abastecem e aquecem a Europa no inverno, mas Bolsonaro diz que não quer se envolver porque quer se dar bem com os dois lados.

Ucrânia e Rússia são bons parceiros comerciais do Brasil, que depende muito de fertilizantes que vêm de lá e da Bielorússia, que está ali pertinho. O Brasil, por outro lado, quer vender mais carne e soja para eles. Vai ser um encontro importante.

Garimpo, tudo legalizado
Foi publicado no Diário Oficial da União e entra em vigor, nesta terça-feira (15), um programa de estímulo ao garimpo. O Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Pró-Mape) diferencia a atividade artesanal das grandes mineradoras que atuam em escala industrial, operando inclusive na Amazônia, com tudo legalizado.

O garimpo foi considerado uma atividade legal. Foi graças ao garimpo – e ao pé do boi – que o Brasil se expandiu e se tornou um país de 8 milhões e meio de quilômetros quadrados, graças a esses aventureiros. Em geral, são nordestinos que estão lá em busca do sonho, em busca da fortuna, descobrindo a riqueza mineral. Só que se não é legalizado, sai no contrabando, não paga imposto.

Além de legalizar o garimpo, o decreto também controla o meio ambiente, dá licença para a área e, sobretudo, dá apoio em saúde e educação para as famílias dos garimpeiros.

As liberdades prevalecerão
Enquanto isso, no mundo inteiro, o exemplo dos caminhoneiros do Canadá está se expandindo. Chegou agora a Israel. Os caminhoneiros estão cercando Tel Aviv. Na Bélgica, estão cercando a sede da União Europeia. Nos Estados Unidos, pretendem chegar a Washington, assim como na Nova Zelândia, na Austrália, na França, na Itália também há movimentos contra o totalitarismo que está sendo aplicado.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse, outro dia, que de repente surgiram homofóbicos, misóginos, racistas. Esqueceu de dizer que surgiram mesmo foram os totalitários.

Felizmente, há reações. Um desembargador do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro derrubou a decisão que proibia uma aluna não vacinada de assistir as aulas presenciais no Colégio Pedro II. Estavam querendo impor o passaporte de vacina. Ainda há esperança. Assim como a Câmara de Vereadores de Uberlândia, que aprovou uma multa de 10 salários mínimos para quem impedir a entrada de não vacinados em qualquer lugar. As liberdades prevalecerão.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 6 de agosto de 2021

O cavaleiro húngaro - Nas entrelinhas

Bolsonaro ‘manobra’ para arrastar as Forças Armadas ao confronto com o Supremo, antes das eleições, porque não existe disposição de interferir no resultado  do pleito

O confronto entre Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) agravou-se ainda mais, ontem, com os ataques e ameaças do presidente ao ministro Alexandre de Moraes, por sua inclusão no inquérito das fake news, o que provocou dura reação do presidente da Corte, Luiz Fux, que era até agora uma voz cautelosa e moderada na Praça dos Três Poderes. Bolsonaro prossegue a escalada para provocar uma crise institucional e mudar as regras do jogo das eleições de 2022, apoiando-se nas Forças Armadas e na sua aliança com o Centrão.

O presidente quer precipitar uma crise institucional para subjugar o Supremo Tribunal Federal (STF) e limitar o poder do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições, com adoção do voto impresso [não se trata de voto impresso = as urnas eletrônicas continuarão sendo utilizadas, apenas haverá mais uma tranca (o registro do voto) para impedir que,  eventualmente, a porta (a urna) seja arrombada (desvio de votos)
Por uma falha de comunicação ocorrida no inicio da divulgação do VOTO AUDITÁVEL = VOTO VERIFICÁVEL = REGISTRO DO VOTO, a denominação voto impresso foi adotada. Como sabemos o diabo nunca dorme, nem os 'inimigos do Brasil' que a falta de argumentos que justifique o pavor que tem de um sistema de controle que permita a detecção de eventuais fraudes,  viram na denominação um espaço para associar o sistema de controle a uma volta da cédula de papel. NADA DISSO. Veja e comprove no video abaixo.]  
 
 
Entenda o VOTO AUDITÁVEL em 3 minutos
 
A proposta está em discussão na Câmara, cujo presidente, deputado Arthur Lira (PP- AL), acompanha a crise de camarote. E aproveita para aprovar a agenda de interesses comuns de Bolsonaro e do Centrão, embora muitas propostas acabem barradas, esvaziadas ou mitigadas pela oposição em complicadas negociações e votações. Uma terceira via está sendo construída no Congresso.

Bolsonaro explora as insatisfações da cúpula militar com o STF por causa da anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, [insatisfação que também acomete a milhões e milhões de brasileiros.] hoje favorito nas pesquisas de opinião sobre as eleições de 2022. [pesquisas realizadas por telefone, com no máximo dois mil pesquisados, perguntas dirigidas e faltando 15 meses das eleições.] Sua atuação lembra um episódio da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que conflagrou a Europa, no qual um pequeno grupo de 45 cavaleiros húngaros, com suas armaduras, durante seis meses aterrorizou o condado de Flandres, a região flamenca da Bélgica. O jornalista e cientista político da Universidade de São Paulo (USP) Oliveiros S. Ferreira, já falecido, inspirado nesse episódio, que é citado pelo pensador [comunista] italiano Antônio Gramsci nos Cadernos do Cárcere, escreveu um livro sobre o conceito de hegemonia no qual repete a indagação: Como o conseguiram? Como e por que o grande número, mais forte, se submete ao pequeno?

Continuar lendo, Correio Braziliense


segunda-feira, 12 de julho de 2021

Futebol, tardiamente, premiou Messi = - timinho de Tite perdeu mais uma - A demissão de Tite é necessária e urgente

O gol de Ángel Di Maria aos 21 minutos de partida pautou o restante da final da Copa América. O toque de cobertura sobre Ederson após ótimo lançamento de Rodrigo de Paul e falha grave de Renan Lodi permitiu à Argentina assumir a vantagem no placar, levando o Brasil ao desconforto de ter que buscar uma reação.

Lionel Scaloni e Tite são técnicos que têm características em comum, colocam seus times em campo com uma prioridade: não sofrer gols. Depois pensam em como marcá-los. E são assim mesmo contando, cada um deles, com jogadores do calibre de Messi e Neymar. [o digno articulista deu uma escorregada: comparar o perna de pau nascido no Brasil a  LEONEL MESSI.!!!]  Um conservadorismo que deixa de explorar o potencial disponível.

[A demissão do Tite, cidadão ainda chamado de técnico,  é urgente, inadiável e patriótica; em épocas passadas, já longínquas, se considerava a SELEÇÃO BRASILEIRA a digna representante do Brasil e a PÁTRIA DE CHUTEIRAS.
Agora, vergonhosamente, depois que figuras cômicas tipo Dunga,Felipão e Tite, passaram a ser técnicos da Seleção - envergonhando os verdadeiros técnicos - o 'timinho'  perdeu o direito de representar o Brasil, de ser chamado de Seleção e até mesmo de ser lembrado quando joga.
Cada jogo do timinho mais desmoraliza o futebol brasileiro, aquele futebol que nos deu um TRI CAMPEONATO,  uma JULES RIMET. (o Tetra e o Penta , não foram conquistados e sim recebidos por incompetência dos adversários) 
Demitam Tite, assim evitarão colher no próximo certame  mais uma derrota e mais um título perdido. POR FAVOR, PAREM DE CONVOCAR  mercenários, convoquem jogadores que estejam atuando no Brasil. CHEGA DE CONVOCAR mercenários. E, por favor, NÃO CONVOQUEM Jogadores do Flamengo, do Mengão, eles já integram uma SELEÇÃO = a SELEMENGO. 
Demitam Tite, sumariamente. Sigam o exemplo do Clube de Regatas do Flamengo =  técnico ruim, burro, igual o que treinava o Flamengo pensando no Fortaleza, tem que levar um chute no traseiro, igual o que   aquele técnico,  que não merece sequer ser chamado pelo nome - levou.]

Dona da vantagem, a seleção argentina ficou mais confortável. Com calma e aproximação, saiu inúmeras vezes da pressão brasileira com toques curtos, picotando o jogo, cozinhando-o, conduzindo os rumos da peleja ao seu bel prazer. Mas e o time brasileiro, por que não reagiu? Por que não sabe, não parece treinado para isso.

Se na Copa do Mundo da Rússia o Brasil sofreu ao ver a Bélgica abrir 2 a 0, sábado voltou a mostrar suas deficiências quando encara um placar adverso. E Tite se perdeu completamente. Suas substituições fugiram ao próprio perfil do treinador, a ponto de, no segundo tempo, o time não ter mais meio-campo, acumulando atacantes.

A Argentina levou o jogo sem grande sofrimento, mesmo com Messi em noite apagada, chegando a desperdiçar uma chance claríssima em ótimo passe feito por De Paul, o melhor em campo. Título merecido para o melhor jogador do certame, que não poderia passar toda a carreira sem erguer um troféu pela sua seleção.

Quanto à seleção brasileira, perdeu uma final, viu a rival quebrar um jejum de 28 anos sem título, mas tem lições importantes a extrair da noite no Maracanã. Tite precisa de novas ideias, deixar um pouco sua tribo de auxiliares que lhe dizem o que espera ouvir, abrir a mente, buscar novas formas de jogar, ousar, ou poderá ser vítima do próprio conservadorismo.

Mauro Cezar Pereira, colunista - Gazeta do Povo


sábado, 5 de junho de 2021

Covaxin e Sputnik V são liberadas pela Anvisa, mas com restrições

Apesar de terem sido vetadas anteriormente por informações incompletas, Anvisa aceita a importação das vacinas Covaxin e Sputnik V, que o Ministério da Saúde incorporou ao Plano Nacional de Imunização. Será permitida apenas a aplicação de 4 milhões de doses

 A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aceitou o pedido de importação das vacinas Covaxin e Sputinik V — fabricadas, respectivamente, pela Bharat Biontech, na Índia, e pelo Instituto Gamaleya, na Rússia. A decisão foi tomada na reunião extraordinária da Diretoria Colegiada, realizada ontem, e contou com a aquiescência dos cinco diretores da autarquia.
 
A área técnica da Agência, porém, estabeleceu condições para importação dos imunizantes, que já tiveram pedidos de liberação negados. Isso porque ainda há “incertezas técnicas” em relação aos dois fármacos, em razão da falta de algumas informações que possam garantir a segurança e eficácia contra covid-19.
 
 Destaco que fica autorizada a importação excepcional e temporária do seguinte quantitativo, correspondente às doses para imunização de 1% da população nacional, dentro do cronograma enviado pelo Ministério da Saúde: 4 milhões de doses”, anunciou Alex Machado Campos, diretor da agência. Já o gerente-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos, Gustavo Mendes Lima Santos, ressaltou, em seu parecer sobre as vacinas, que a área técnica da Anvisa não está atestando a qualidade, a segurança e a eficácia dos dois imunizantes. Conforme ressaltou, ainda há a necessidade de aprovação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

O Ministério da Saúde assinou um contrato para aquisição de 10 milhões de doses da Sputnik V e governadores também a querem para poder acelerar o cronograma de imunização nos estados — tanto que os pedidos que fizeram somam 66 milhões de doses. Mas, em abril, a Anvisa havia rejeitado pedido de importação após a área técnica listar uma série de “deficiências” no pedido para liberação de uso emergencial. Os processos de importação analisados ontem foram da Bahia, do Maranhão, de Sergipe, do Ceará, de Pernambuco e do Piauí. [a determinação da Anvisa é no sentido de que as doses da Sputnik V sejam aplicadas nos seis estados do Nordeste - medida justa, visto ter sido os governadores daqueles estados que exigiram a compra da Sputnik V e sabemos que o objetivo daquelas autoridades (basta ler o nome das peças) era apenas e tão somente o de atrapalhar o governo Bolsonaro.

Desejamos que as vacinas sejam eficazes e imunizem a população daqueles estados - infelizmente a população dos seis estados fez a  pior escolha (basta ver o nome das peças que governam), mas o inimigo de agora é a covid-19, (dos do Brasil cuidaremos em 2022)  é ela que temos que vencer, eliminar e agora.]

Já a Covaxin vem enfrentando maiores dificuldades para liberação. Isso porque a Anvisa, ao analisar pedido feito pela Saúde para a importação de 20 milhões de doses da vacina, também apontou insuficiência de dados. Sobretudo porque o imunizante possui um adjuvante (substância acrescentada à fórmula original que reforça a ação do medicamento) novo, imidazoquinolina (IMDG), que não é utilizado comercialmente em nenhum imunizante aprovado no mundo. Os técnicos da Anvisa querem mais detalhes sobre os efeitos colaterais que esta substância pode provocar. O governo federal tem um acordo para aquisição de 20 milhões de doses da Covaxin.

Vacinas para este mês
Estimativa do Ministério da Saúde é distribuir 39.893.060 doses:
- 4.048.800
da vacina
de Oxford/AstraZeneca via consórcio Covax Facility
- 842.400
da vacina
de Pfizer/BioNTech pelo via consórcio Covax Facility
- 18 milhões
da vacina
de Oxford/AstraZeneca de fabricação pela Fiocruz
- 12.001.860
da vacina
de Pfizer/BioNTech de fabricação na Bélgica
- 5 milhões
da vacina
de CoronaVac de fabricação pelo Butantan 

Correio Braziliense

sexta-feira, 7 de maio de 2021

O campeão da proteção florestal - Revista Oeste

Evaristo de Miranda

Aos fatos: o Brasil ocupa 6,3% das terras continentais do planeta e suas áreas protegidas representam 12,3% das existentes. Quinta nação em extensão territorial, o Brasil é a primeira em áreas protegidas 

 

 Foto: Shutterstock

Nenhum país dedica mais território à proteção da vegetação nativa do que o Brasil. E a manutenção das florestas deve-se muito à Coroa portuguesa. No século 16, as Ordenações Manuelinas reuniram toda a legislação portuguesa, com vários artigos de proteção às florestas e até proibição do uso do fogo (livro V, tit. 83). A Coroa portuguesa estendeu sua aplicação ao Brasil. O corte de árvores madeireiras só podia ocorrer com autorização legal. Havia uma lista das chamadas árvores reais preservadas. Daí deriva a expressão madeira de lei: evoca a madeira protegida pela lei desde os primórdios do povoamento português no Brasil.

k you for watching

Alvarás, regimentos, ordenações e outros instrumentos dos governadores-gerais enriqueceram esse embrião de legislação ambiental. O Regimento do Pau-Brasil, de 1605, foi a primeira lei de proteção florestal. Ciente das desordens e abusos na exploração do pau-brasil, de como a árvore se tornava rara e as matas se degradavam, El-Rei fez o Regimento, após tomar informações de pessoas de experiência das partes do Brasil, e comunicando-as com as do Meu Conselho”.

Primeiramente Hei por bem, e Mando, que nenhuma pessoa possa cortar, nem mandar cortar o dito pau-brasil, por si, ou seus escravos ou Feitores seus, sem expressa licença, ou escrito do Provedor Mor de Minha Fazenda, de cada uma das Capitanias, em cujo distrito estiver a mata, em que se houver de cortar; e o que o contrário fizer incorrerá em pena de morte e confiscação de toda sua fazenda.

O Regimento previa penas pesadas a quem excedesse sua licença de corte. O excedente era sempre confiscado. Acima de 10 quintais, multa de 100 cruzados
Mais de 50 quintais, açoite e degredo por dez anos em Angola. Ultrapassando 100 quintais, pena de morte e perda da fazenda. O Regimento ainda criou uma espécie de auditoria independente: uma devassa anual da Coroa sobre a administração e os administradores do corte do pau-brasil, seus registros, autorizações anuais…

Essas e outras medidas permitiram o manejo sustentado das matas de pau-brasil por três séculos. A exploração da espécie não foi sinônimo de desmatamento, como pensam alguns, mas garantiu a manutenção da floresta atlântica até o século 19. O último carregamento de pau-brasil foi exportado em 1875. A exploração não cessou devido ao desaparecimento da espécie, mas por razões comerciais: perda de competitividade da tinta vermelha produzida com a madeira, devido à entrada das anilinas no mercado de tinturaria.

As políticas florestais da Coroa portuguesa e do Império do Brasil lograram manter a cobertura vegetal quase intacta até o final do século 19, com poucos locais alterados. Já no século 20, apenas entre 1985 e 1995, [já na famigerada Nova República.] a mata atlântica perdeu mais de 1 milhão de hectares, mais do que a área desmatada ao longo de todo o período colonial!

Segundo Carlos Castro, autor de doutorado na Universidade de Brasília sobre a gestão florestal no Brasil, de 1500 aos nossos dias, “em vez de imputar a Portugal a culpa por ter nos deixado uma herança predatória, talvez devamos aprender com as práticas conservacionistas que os portugueses preconizaram e tomarmos consciência de que a destruição das florestas brasileiras não é obra de 500 anos, mas principalmente desta geração”.

Nas três últimas décadas, nossa herança florestal ganhou segurança com a criação de áreas protegidas pelo Poder Público. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) considera como áreas protegidas as unidades de conservação da natureza e as terras atribuídas a populações tradicionais, como esquimós, aborígenes e indígenas.

Entre os países, a definição das unidades de conservação da natureza varia bastante e inclui diversas categorias de proteção. Nos parques naturais europeus, a presença humana e atividades econômicas são possíveis sob certas restrições, incluindo cidades, agropecuária e várias atividades. No Brasil, apenas as Áreas de Proteção Ambiental (APAs) permitem atividades e, em grau menor, as reservas extrativistas. As unidades de conservação integral, como estações ecológicas ou parques nacionais, excluem presença humana ou atividade econômica.

Até a promulgação da Constituição Federal de 1988 existiam 248 unidades de conservação, ocupando área total de 198.599 quilômetros quadrados, ou 2,3% do Brasil. Em 30 anos, elas foram multiplicadas por oito. Hoje são 1.871 unidades de conservação federais, estaduais e municipais, incluindo APAs. Elas ocupam 1.544.333 quilômetros quadrados, ou 18% do país.

Até a Constituição de 1988, havia 60 terras indígenas decretadas, somando 161.726 quilômetros quadrados, ou 1,9% do Brasil. Hoje são 600 terras indígenas numa área total de 1.179.561 quilômetros quadrados, ou 14% do Brasil.[para que tanta terra para índios, se eles não querem cuidar nem agricultura  de subsistência - querem que o governo os sustente em tudo.]

.........

A extensão dessas áreas protegidas equivale a 54% do território europeu ou à soma das áreas de 15 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal e Reino Unido.

O Brasil ocupa 6,3% das terras continentais do planeta e suas áreas protegidas representam 12,3% das existentes. Quinta nação em extensão territorial, o Brasil é a primeira em áreas protegidas. Entre os dez países de maior dimensão territorial Rússia, China, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Índia, Argentina, Cazaquistão e Argélia —, o Brasil protege mais. A média das áreas protegidas desses países é de 11,0%, contra 30,3% no Brasil. A proteção ambiental brasileira é quase três vezes maior.

Conforme dados da Unep, em grande parte, as áreas protegidas estão localizadas em terras marginais: desertos desabitados (China, Austrália, Argélia, EUA), regiões polares e subárticas (Alasca, Sibéria) e montanhas inaptas à ocupação humana (Andes, Rochosas).

No Brasil, porém, a maioria das áreas protegidas reúne terras com potencial madeireiro, agropecuário e mineral. A dificuldade em manter sua integridade é grande em face das demandas sociais e das pressões econômicas, sobretudo na Amazônia. Cuidar dessa extensão territorial é um enorme desafio de gestão.

Leia na Revista Oeste, a MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 27 de abril de 2021

PRONTO SOCORRO PARA CORRUPTOS AFLITOS - Percival Puggina

PRONTO SOCORRO PARA CORRUPTOS AFLITOS

Cumprisse o parlamento seu dever, o Supremo Tribunal Federal teria outra fisionomia e não seria esse pronto socorro dos corruptos aflitos.

Li certa vez que, na democracia, para que a submissão às leis não seja conduta servil, mas forma de auto-obediência, elas são aprovadas por representantes políticos eleitos pelo povo. Gostei do conceito, tanto sob o ponto de vista ético quanto estético. Estético, sim, porque o bem é belo.

O Congresso Nacional, contudo, pela maioria de seus membros, por ação ou omissão, contraria o sentido do mandato parlamentar e se conduz ao arrepio da vontade de seus eleitores. 
Cumprisse o parlamento seu dever, o Supremo Tribunal Federal teria outra fisionomia e não seria esse pronto socorro dos corruptos aflitos. 
Não seria essa corte sem espelhos onde ministros beneficiam o padrinho Lula decretando a “suspeição” de Moro e não reconhecem o próprio impedimento nessa votação. Cumprisse o parlamento seu dever, a figura literária da soberania popular não se estaria transformando em pura, muda, indefesa e real vassalagem.

Nas últimas semanas, nossa dignidade perdeu ainda mais substância em decisões tomadas por ampla maioria do STF que não se contenta com ser o principal protagonista da cena política brasileira. Não! Nosso Supremo passa a atuar como Casa-Grande emitindo determinações à senzala nacional. Certo, Gilberto Freyre?

Lembrei-me de uma frase do presidente equatoriano proferida no transcurso do escândalo que ficou conhecido naquele país como Escândalo Subornos. Disse Lenín Moreno, cujo mandato se encerra no mês que vem: “Os chamados socialistas do século XXI saquearam a América Latina”. Referia-se ao período áureo do Foro de São Paulo e aos esquemas de corrupção instalados por empreiteiras, muitas das quais brasileiras, com particular privilégio à Odebrecht. Melhor do que qualquer latino-americano nós, brasileiros, conhecemos essa história e pagamos essa conta.

No ano passado, a justiça equatoriana condenou o ex-presidente Rafael Correa a 8 anos de prisão. Ele, porém, vive na Bélgica desde 2017 sem poder retornar ao país. 
Cerca de uma dezena de ex-servidores e dirigentes políticos, igualmente sentenciados, vivem no exterior. 
Enquanto isso, aqui no Brasil, os saqueadores nacionais levam a vida regalada pela qual Fausto vendeu a alma ao diabo e têm futuro político promissor.
 
Já somos roubados como pagadores de maus impostos. 
Já somos roubados como cidadãos de uma democracia inepta e mal costurada. 
Já fomos roubados pela corrupção que tão ativamente operou em nosso país. 
Já nos roubaram a esperança de dias melhores porque precisamos de dias piores para que os piores retornem ao poder
Roubaram-nos, agora, o mínimo senso de justiça e respeito ao que no Brasil opera com esse nobre rótulo.

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Briga por vacinas, governantes revoltados, fake news? Isso é Europa - Blog Mundialista

Vilma Gryzinski 

Redução de doses reservadas pela União Europeia com a AstraZeneca desencadeia reações indignadas e insinuações de represália

Briga boa é aquela em que as duas partes têm uma certa dose de razão. É isso o que está acontecendo desde que a AstraZeneca, farmacêutica anglo-sueca com sede em Cambridge, anunciou que não poderia fornecer os 400 milhões de vacinas contratados pela União Europeia. Haveria um corte de até 60% dos estoques previstos para o primeiro trimestre, que cairiam de 80 milhões para apenas 31 milhões – um desastre.

Com razão, as autoridades envolvidas estrilaram . E voaram insinuações de que houve “desvio” de vacinas para o Reino Unido, que foi mais rápido e pagou mais por elas, e que a exportação dos imunizantes poderia ser submetida a controles. Diante do climão, foi até criada uma nova expressão, para caracterizar o “nacionalismo supranacional”. O ápice da ironia, considerando-se que a União Europeia tem como seu maior inimigo o nacionalismo, ao qual é debitada a conta de terremotos como o Brexit, um dos panos de fundo das atuais confrontações.

“A Europa investiu bilhões para desenvolver as primeira vacinas contra Covid-19 do mundo e criar um bem comum verdadeiramente global”, disse a alemã Ursula von der Leyer, a presidente da União Europeia. “Agora, as empresas têm que corresponder. Precisam honrar suas obrigações e é por isso que vamos criar um mecanismo de transparência das exportações”. Também conhecido, oficiosamente, como ameaça de controlar a venda de vacinas para além das fronteiras da União Europeia. 

Isso atingiria diretamente as vacinas da Pfizer fabricadas em Puurs, na Bélgica. A Inglaterra estaria entre os primeiros afetados se a guerra das vacinas chegasse a tal ponto, inimaginável em circunstâncias comuns.  Já nas incomuns, como as atuais, existe até um precedente. Em março, quando explodiu a crise do vírus, o bloco europeu impôs restrições às exportações de máscaras e outros equipamentos de proteção individual.

A AstraZeneca precisa explicar melhor as alterações com a mesma veemência que investiu contra informações passadas por “fontes da coalizão” – uma forma de dizer governo – a dois importantes jornais alemães, afirmando que a vacina desenvolvida pelo laboratório em conjunto com a universidade de Oxford tinha uma eficiência de apenas 8% em pessoas acima de 60 anos. Fake news total: aparentemente, houve uma confusão com os dados fornecidos pelos pesquisadores da Astra, indicando que, na fase de testes, participaram 8% de voluntários na faixa dos 56 aos 69 anos.

Em relação à falha no fornecimento ao bloco europeu, as explicações da AstraZeneca sobre problemas de produção nas fábricas na Alemanha e na Holanda foram consideradas “insatisfatórias” pela Comissão de Saúde da UE. Detalhe: a vacina Oxford/AstraZeneca ainda não foi aprovada pelos organismos europeus, cuja burocrática lentidão também tem sido criticada.Em especial quando comparada ao Reino Unido (10% da população vacinada) e Estados Unidos (6%), a taxa de 2% de vacinação na União Europeia é considerada pífia.

 Isso dá, em números, sete milhões de vacinados em território britânico contra 1,8 milhão na Alemanha, onde a indignação pelo “ritmo de lesma” é maior porque foi um laboratório local, a BioNTech, que desenvolveu a vacina com a parceira Pfizer, uma das grandes farmacêuticas americanas. “O contrato com o Reino Unido foi assinado antes e o Reino Unido, naturalmente, disse ‘vocês vão nos fornecer primeiro’ e isso é muito justo”, disse o CEO da Astra, o francês Pascal Soriot.

Ele também ressaltou que as linhas de produção baseadas em território britânico são mais produtivas porque também saíram na frente para aprimorar seus processos, enquanto as fábricas na Alemanha e na Holanda são as com “produtividade mais baixa da rede”. O problema aconteceu no cultivo de células em larga escala para fabricar o insumo farmacêutico ativo. (As vacinas da AstraZeneca destinadas ao Brasil são produzidas na Índia, pelo Serum Institute, que terá uma fatia de um bilhão de doses no total de três bilhões previstos pela farmacêutica para este ano).

A Pfizer, que exporta para o âmbito europeu a produção de sua fábrica na Bélgica, também teve problemas de atraso devido a adaptações para aumentar a capacidade das instalações. “A situação é inaceitável”, protestaram os ministros da Saúde dos países nórdicos. Quando nórdicos usam termos assim, a coisa é grave.  Mal disfarçando a satisfação em ver os vizinhos europeus em situação complicada, comentaristas ingleses partidários do Brexit usaram termos nada compassivos como “república de bananas” e “era hipersurrealista da guerra das vacinas”.

Podem criticar de barriga cheia: praticamente toda a produção de vacinas utilizadas no reino caminha para ser de fabricação local. Mas se a União Europeia interferir na entrega de 40 milhões de doses da vacina da Pfizer que o Reino Unido comprou “legalmente e legitimamente”, as relações entre a partes seriam “envenenadas” por toda uma geração, engrossou o primeiro-ministro Boris Johnson.

A coincidência entre a primeira fase da vacinação em massa e o agravamento da pandemia, com o temor generalizado de que novas cepas sejam mais deletérias ainda, esquenta os ânimos e causa disputas por um motivo muito simples: todo mundo quer vacina e o mais rápido possível. Atrasar sua distribuição e administração virou o mais mortal dos pecados.

Blog Mundialista - Vilma Gryzinski - VEJA

 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O feriadão da ciência - Coisas estranhas na medicina - Vozes - Gazeta do Povo

Não é esquisito que a classe médica ignore os levantamentos objetivos demonstrando que as regiões mais trancadas são as que têm mais óbitos por milhão?

Vamos mandar uma mensagem rápida ao passado. Ao passado recente, ali por volta de março de 2020. Só pra dizer a você aí de março de 2020 que aqui em janeiro de 2021 os malucos continuam decretando lockdown.  Não, não é brincadeira. Inglaterra, Alemanha, São Paulo... Se está dando certo? Adivinha. Se eles mostraram como funciona? Claro que não, bobo. Fique em casa senão você é um negacionista genocida e fim de papo. Sim, as áreas mais trancadas são as que têm mais óbitos (Bélgica, Argentina, Inglaterra...).

Não, não demonstraram nunca a barreira ao contágio supostamente erguida pela quarentena. Não, jamais propuseram uma política sanitária focada nos grupos de risco. O negócio é prender todo mundo.  Aí você pergunta, do seu mirante no já distante março de 2020: e os médicos? Respondemos aqui de 2021: o que tem os médicos? Você explica: estou perguntando pela medicina! Não há uma refutação acadêmica a esse instrumento bizarro (lockdown) fantasiado de certeza científica?

Não, querido antecessor. Não há refutação – pelo menos não em caráter institucional. Alguns falam isoladamente. O que há, de forma quase generalizada na classe médica, é uma complacência intrigante com a ideia de que vacinas desenvolvidas em seis meses sem tempo para verificar as reações orgânicas a médio prazo, especialmente nos mais vulneráveis, são a salvação da humanidade.

Se mais de 90% da população não correm riscos letais e os grupos mais vulneráveis são conhecidos, por que vacinar a população inteira, ainda mais de forma experimental? Resposta: para de fazer pergunta difícil. Entre num consultório médico e tente entender o que está acontecendo.

– Bom dia, doutor.
– Bom dia.
– Como vai?
– Vou bem, obrigado.
– Que bom.
– Tá quente demais, né?
– Muito, doutor.
– Saudade de esquiar.

– Ah... Imagino.
– Aqui nessa foto sou eu, minha mulher e meus filhos na Suíça.
– Certo.
– Fomos comemorar a conclusão do meu pós-doutorado nessa estação de esqui. Por isso a foto está ao lado do diploma.
– Ah, nem tinha reparado...
– Pois é, não fiz uma reprodução muito grande, pra não chamar atenção.
– Entendo. Então, doutor, a questão é que...
– Eu sei, eu sei. A gente não deve se envergonhar dos nossos feitos. Mas é que sou discreto, sabe? Low profile.

– Claro. Dá pra ver.
– E vou te confessar: eu não sou o melhor esquiador da família, não.
– Jura?
– Juro! Meu garoto mais velho é pentacampeão. Mas o caçula é muito bom também.
– Que bom. Deve ser a genética. Por falar em gene, estou preocupado com...
– Aí você falou tudo: é genética. Porque a minha mulher também esquia muito bem. Reparou no esqui dela na foto? Tínhamos acabado de comprar, presente de aniversário de casamento. Aliás, recebi o meu diploma de pós-doutorado no dia do nosso aniversário de casamento! Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Não digo que foi o mais feliz, porque teve outros.

– Que bom, doutor.
– Você também esquia?
– Não, eu...
– Não sabe o que está perdendo. Se quiser posso te indicar um professor.
– Eu...
– O melhor. É meu amigo. Muito ocupado, mas se você disser que fui eu que indiquei ele arranja uma hora pra você.
– Obrigado. Eu vou...
– Eu também vou. Tenho que estar em meia hora sentado na mesa de um Congresso. E antes ainda tenho uma entrevista pra TV.
– Congresso?
– É, vou fazer uma palestra sobre a minha experiência clínica.
– Ok, doutor. Boa sorte. Não esquece o esqui. 

Guilherme Fiuza, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Vencido pelo vírus, Bolsonaro quer ganhar a guerra da vacina - Blog do Noblat

Tudo por uma foto 

Credite-se a João Doria (PSDB), governador de São Paulo, a mudança de comportamento do presidente Jair Bolsonaro de sair às pressas em busca de vacinas contra o coronavírus, quanto mais não seja para poder dizer que não ficou para trás. Doria promete dar início à vacinação no seu Estado antes do fim de janeiro nem que para isso tenha de apelar à Justiça. O Ministério da Saúde havia falado em vacinar a partir de abril. Depois em março, em fevereiro, e agora, se tudo der certo, logo.

A vacina chinesa está sendo produzida em larga escala pelo Instituto Butantan, em São Paulo. [até o presente momento, e se depender dos chineses até o final do trimestre, a vacina chinesa não poderá ser aplicada no território nacional - não é registrada.] Por ora, o governo federal [só o governo federal?]  não tem uma vacina para chamar de sua, daí o desespero. Precisa dispor de algumas doses para pelo menos tirar fotos. Durante a 2ª Guerra Mundial, ganhou o nome de “Guerra de Mentira” o período entre 3 de setembro de 1939 e 10 de maio de 1940. A Alemanha nazista invadira a Holanda, Bélgica e França. A França e o Reino Unido declararam guerra à Alemanha.

Foram oito meses sem verdadeiros combates armados. Os dois lados se observavam à distância segura. Quem tinha a iniciativa era a Alemanha. E quando ela finalmente foi para cima derrotou com facilidade o Exército francês, o mais poderoso da época. Bolsonaro perdeu a guerra contra a pandemia quando se recusou a travá-la, preferindo dar passe livre à Covid-19 para que matasse quem tivesse de morrer. Imagina ganhar a da vacina que não passará de fato de uma guerra de mentira.

O vencedor não será aquele que vacinar por aqui o primeiro brasileiro, mas o que vacinar o maior número possível de brasileiros em prazo regularmente curto. E, nesse caso, como foi mais previdente e acordou cedo, Doria deverá vencê-la. Nesta quinta-feira, o governo de São Paulo pedirá à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a autorização para o uso emergencial da CoronaVac, a vacina chinesa. [O pedido tem que partir da farmacêutica e o pessoal da Sinovac topa qualquer negócio para não ter que enfrentar a Anvisa, que pedirá explicações e informações que ainda não possuem.
E, caso o Joãozinho consiga as vacinas, o governo federal pode - prerrogativa do Programa Nacional de Imunização, sob administração federal  -   requisitar todas as doses do imunizante.] A Anvisa terá dez dias para autorizar ou não sua aplicação.

Se autorizar, Doria terá largado na frente. Se não autorizar, ficará como vítima de Bolsonaro – e o presidente, como principal algoz de um país que se aproxima da marca de 200 mil mortos pelo vírus e de quase 8 milhões de infectados. O Ministério da Saúde já quis ter o monopólio da vacinação. Como sequer conseguiu comprar seringas e agulhas, passou a admitir que poderá trabalhar em conjunto com clínicas privadas que as adquirirem e que disponham também de vacinas. Como sempre, quem tiver dinheiro para pagar será vacinado primeiro. O ministério nega que isso possa acontecer. Mas você acredita?

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - Revista VEJA

 

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

"O Brasil precisa conhecer o Brazil dos olhos alheios" - Correio Braziliense

Alexandre Garcia

A cobiça estrangeira é justificável;[tanto quanto inaceitável]  tem a ver com o bem-estar e a sobrevivência. Para eles, quanto mais fraca nossa soberania, melhor para nos explorar a custo menor

Antes de fechar o ano, foi anunciada a descoberta de mais um poço de petróleo no pré-sal e produzindo 50 mil barris/dia, a 5.540 m de profundidade. Os 45 poços no pré-sal de Búzios, a 188km da costa do Rio, já respondem por 20% da produção da Petrobras. 
Estamos com reservas de petróleo de alta qualidade entre as maiores do mundo. 
Temos abundância de energia limpa e de energia renovável. 
O mais importante é que temos o maior potencial do globo na produção de comida, capaz de dar garantia alimentar para a humanidade. Comida é o item de maior valor estratégico, porque é vital. Temos a maior reserva de água potável do planeta. Assim como as maiores reservas minerais e ambientais da Terra.
 
Também ao fechar o ano, o Senado aprovou um projeto sobre venda de terras a estrangeiros, no limite de 25% da superfície de um município. Quer dizer, um holandês que compre 25% de Altamira, será dono de uma área igual à do seu próprio país. Se comprar na divisa com São Félix do Xingu e adquirir também 25% do município limítrofe, terá uma área contínua equivalente a duas vezes sua vizinha Bélgica.  
Se a Câmara aprovar o projeto, o presidente da República avisou que vai vetar. [o veto é um direito e no caso específico um DEVER do presidente da República. 
Esperamos  que um partideco sem votos, sem noção, sem programa, não consiga judicializar a questão, ensejando para que uma decisão monocrática do Poder Judiciário casse uma prerrogativa constitucional do presidente da República. 
É antes de tudo uma questão de SEGURANÇA NACIONAL.]

Em 1967, uma CPI das terras, de iniciativa do deputado Márcio Moreira Alves, apurou uma preocupante desnacionalização das terras brasileiras. Naquele tempo, a esquerda era nacionalista; hoje, é globalista.

O mundo está de olho neste imenso, rico e inexplorado Brasil. Ainda temos 90 milhões de hectares potenciais para agricultura, além dos 60 milhões de hectares que já nos tornam campeões — e minerais de altíssimo valor estratégico. A cobiça estrangeira é justificável; tem a ver com o bem-estar e a sobrevivência. Para eles, quanto mais fraca nossa soberania, melhor para nos explorar a custo menor. 
Quanto menor for nosso sentimento de posse, de ocupação, de conhecimento para explorarmos o que é nosso, melhor para os sonhos colonizadores.

Estão de olho porque já conhecem o Brazil. Nós é que não conhecemos o Brasil, por causa dos antolhos urbanos de curto alcance. E por causa da propaganda globalista para nos tolher na ocupação do território. A ideia de internacionalizar a Amazônia tem o apoio ideológico de brasileiros que Brizola chamava de entreguistas. A Amazônia Azul, no Atlântico, do tamanho da Amazônia verde, é outra riqueza que nos importa pouco. Os chineses estão de olho na pesca ao largo do Rio Grande do Sul. Como o conhecimento e soberania andam juntos, para os interesses externos, é conveniente o atraso em nosso ensino e pesquisa. O Brasil precisa conhecer o Brazil dos olhos alheios, para protegê-lo e desfrutar como dono.

Alexandre Garcia, jornalista - Coluna no Correio Braziliense 

 

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Espinhos do recesso - Nas entrelinhas

Esquentam a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados e a polêmica jurídica sobre a Lei da Ficha Limpa, flexibilizada pelo do STF ministro Kassio Nunes Marques

No jargão jornalístico, flores do recesso são os assuntos que tomam conta do noticiário político quando o Congresso e o Judiciário estão sem funcionar, geralmente alimentados pelo Executivo, pelos candidatos ao comando da Câmara e do Senado e pelos ministros de plantão no Judiciário. São tão frondosas como as flores da primavera, porém, menos decisivas do ponto de vista do processo político. Entretanto, nesses tempos bicudos de pandemia do novo coronavírus, com mais de 190 mil mortos e sem data marcada para o começo da vacinação, estamos diante é de flores com espinhos.

As principais são a disputa pelo comando da Câmara dos Deputados, que a oposição encara como uma espécie de batalha de Stalingrado, para conter o avanço de Jair Bolsonaro rumo à reeleição à Presidência da República, e a polêmica jurídica sobre a Lei da Ficha Limpa, cuja flexibilização, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques, o novo integrante da Corte indicado pelo presidente, supostamente possibilitaria — entre outras — a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto em 2022. Esse seria o adversário que Bolsonaro gostaria de ter no segundo turno, para uma espécie de vitória de Waterloo particular. Essas duas disputas, durante o recesso, podem nos trazer alguma emoção política, ao lado da polêmica sobre as vacinas contra a covid-19.

Há momentos que catalisam as forças da história e mudam o seu rumo. A Batalha de Stalingrado, por exemplo, durou um pouco mais de seis meses, do fim de julho de 1942 até 2 de fevereiro de 1943, tempo suficiente para mudar os rumos da guerra, ao preço de 1,5 milhão de mortos. Teve quatro fases distintas: a avassaladora ofensiva alemã; a obstinada reação russa, ao norte e ao sul, que cercou as tropas alemãs; a fracassada tentativa de Hitler de socorrer seu exército; e a rendição do que restou dele, faminto, sem combustível nem munição.

Mesmo com a vantagem numérica, os alemães não conseguiram vencer a resistência do Exército Vermelho, em razão do conhecimento do terreno, das condições climáticas, da experiência em batalhas de rua, das táticas antitanque, da artilharia de barragem e da capacidade logística. O exército alemão rendeu-se em 2 de fevereiro, com cerca de 91 mil soldados, entre eles 22 generais. Entretanto, 11 mil alemães decidiram lutar até a morte, dois mil foram mortos, e os demais foram levados presos. O resto da história todos conhecem.

Napoleão
Outra batalha decisiva foi a de Waterloo, na Bélgica, que durou menos de 24 horas, envolvendo forças francesas, britânicas e prussianas. Iniciada a 18 de junho de 1814, a guerra colocou, de um lado, Napoleão Bonaparte que já havia sido derrotado na Rússia e seu exército de 72 mil homens recrutados às pressas, e de outro, o exército aliado de 68 mil homens comandados pelo britânico Arthur Wellesley, duque de Wellington, composto de unidades britânicas, neerlandesas, belgas e alemãs, reforçado, mais tarde, pela chegada de 45 mil homens do exército prussiano.

Napoleão havia fugido da ilha de Elba a 26 de fevereiro de 1815, em direção ao sul da França, e logo conseguiu apoio popular para fazer frente a Inglaterra, Prússia, Áustria e Rússia, montando um exército com 125 mil homens e 25 mil cavalos. Marchou para a Bélgica, a fim de impedir a coalizão dos exércitos inglês e prussiano. Ao alcançar Charleroi, o exército de Napoleão dividiu-se em dois, com uma parte seguindo em direção a Bruxelas, para encontrar as tropas de Wellington, e outra, comandada pelo próprio Napoleão, em direção a Fleuru, contra o exército prussiano de Gebhard von Blücher. A ideia de Napoleão era derrotar um de cada vez.

Napoleão venceu os prussianos na chamada Batalha de Ligny. Partiu, depois, para Waterloo, onde encontrou os ingleses, em 17 de junho, em solo encharcado, que dificultava o posicionamento dos canhões. Estava certo de que as forças prussianas não se reagrupariam e chegariam a tempo para socorrê- los. Seu erro foi dar a tarefa de perseguir os prussianos em retirada ao marechal Grouchy, “homem medíocre, valente, íntegro, honrado, confiável, um comandante de cavalaria de valor várias vezes comprovado, mas um homem de cavalaria e nada mais”, nas palavras de Stefan Zweig, em Momentos decisivos da humanidade (Record).

Iniciada a batalha, a artilharia inglesa surpreendeu Napoleão, com um novo armamento: granadas. Mesmo assim, os franceses avançaram e deixaram Wellington por um fio. Entretanto, o general prussiano Blücher enganou os franceses. Encarregado de persegui-lo, Grouchy recusou-se a voltar para Waterloo, apesar dos apelos de seu Estado Maior, que tomara conhecimento do início da batalha contra Wellington; para não contrariar as ordens que recebera, continuou em busca das tropas prussianas, supostamente em retirada. Blücher, porém, flanqueou os franceses e chegou em socorro de Wellington; as tropas de Grouchy, o disciplinado marechal, não. A contraordem de Napoleão, pedindo a sua ajuda, chegara tarde demais.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense

 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Como perder a guerra - Nas entrelinhas

Bolsonaro cria mais obstáculos para o desenvolvimento do país do que se imagina, pois aprofunda nosso atraso econômico e tecnológico e retarda a recuperação da economia

Quando invadiu a antiga União Soviética, Adolf Hitler já havia conquistado boa parte da Europa: além da Áustria, Checoslováquia e Polônia o que deflagrou a Segunda Guerra Mundial —, a Noruega, a Dinamarca, a Bélgica, a Holanda, a França, a antiga Iugoslávia e a Grécia, além de ex-colônias europeias na África. A Operação Barbarrosa foi iniciada pelos alemães em 22 de junho de 1941 e mobilizou mais de três milhões de soldados. Sua intenção era conquistar a URSS em oito semanas. 
 
Três objetivos estratégicos foram estabelecidos por Hitler. 
Ocupar Moscou, a sede do governo; 
obter a rendição de Leningrado (São Petersburgo), a grande porta russa para o Ocidente; e,
controlar Stalingrado (antiga Tsarítsin, hoje, Volgogrado), para garantir petróleo em abundância. Foram passos maiores que as pernas. A 30 quilômetros de Moscou, que chegou a ser evacuada, os alemães foram repelidos; apesar da fome, a população de Leningrado resistiu até o cerco ser quebrado, em 1944. Estratégica para o controle do Cáucaso, área considerada vital para o abastecimento das tropas alemãs, em Stalingrado, a batalha foi a mais longa e sangrenta de toda a guerra, mudando seu curso.

Os alemães não tinham recursos suficientes para manter uma guerra de longa duração em território soviético, na qual exauriram suas energias. Além disso, a derrota em Stalingrado quebrou a aura de invencibilidade do Exército alemão, que acabou cercado e se rendeu. Cerca de 400 mil alemães, 200 mil romenos, 130 mil italianos e 120 mil húngaros morreram, foram feridos ou capturados. Dos 91 mil alemães feitos prisioneiros em Stalingrado, apenas 5 mil voltaram para a Alemanha. Os soviéticos sofreram cerca de 1,13 milhão de baixas, sendo 480 mil mortos e prisioneiros e 650 mil feridos em toda área de Stalingrado. Quando se rendeu, o comandante do 6º Exército alemão, marechal de campo Friedrich Paulus, referindo-se a Hitler, declarou: “Não tenho intenção de me suicidar por aquele cabo da Baviera”. Nunca antes um marechal de campo alemão havia se rendido numa frente de batalha; preferiam o suicídio à desonra. Ele havia cumprido as ordens de não se retirar de Stalingrado, a qualquer preço, mas acabou isolado, sem munição nem suprimentos.

Tem gente que considera a política uma guerra sem derramamento de sangue. Geralmente, trata os adversários como inimigos a serem exterminados. Entretanto, eles ressuscitam. Um dos três protagonistas da Conferência de Yalta, que dividiu o mundo em áreas de influência — ao lado de Franklin Delano Roosevelt (EUA) e Josef Stálin (URSS) —, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill dizia: “A política é quase tão excitante como a guerra e não menos perigosa. Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.”

Frentes de batalha
Não por acaso, analogias de cunho militar são usadas na análise política. Por exemplo, a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao poder resultou de uma “guerra de movimento” bem-sucedida na campanha eleitoral de 2018, uma espécie de “britzkrieg”. Na Presidência, manteve essa tática no primeiro ano de governo para ampliar seus poderes, até trombar com o Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga o chamado “gabinete do ódio” (a disseminação de fake news e ataques a autoridades nas redes sociais por colaboradores encastelados no Palácio do Planalto) e o caso “rachadinhas” da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, no qual está envolvido o senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Desde então, opera uma “guerra de posições”, na qual tenta envolver as Forças Armadas, mobiliza os órgãos de controle do Estado, entre os quais o Ministério Público Federal (MPF), e pretende controlar o Congresso, o Judiciário e os grandes meios de comunicação de massa. Mutatis mutandis, foi essa estratégia de Wladimir Putin na Rússia para garantir sua longa permanência no poder.

O problema de Bolsonaro é que a verdadeira guerra está sendo travada em outros terrenos, nos quais não tem a menor chance de vitória. A primeira frente é a política ambiental, que nos levou a um grave litígio com a União Europeia, principalmente, com a Alemanha, a França e a Noruega. Os resultados de sua política são uma contradição em si mesma: quanto mais “passa com a boiada”, mais isolado internacionalmente fica.

A segunda, a crise sanitária, na qual Bolsonaro chegou a um ponto crítico, em razão do seu negacionismo: entrou numa guerra particular com o governador João Doria (SP), de São Paulo, por causa da vacina chinesa, e não tem mais como sair dela, a não ser se rendendo e comprando a CoronaVac, que já começou a ser produzida em grande escala pelo Instituto Butantan. Se não o fizer, a segunda onda da pandemia será uma tragédia ainda maior do que a primeira, porque a vacina de Oxford não está pronta e levará mais tempo para ser produzida pela Fiocruz e aplicada em massa.

A terceira frente é o não-reconhecimento da vitória do presidente norte-americano Joe Biden, que nos leva a um isolamento internacional sem nenhum precedente na História. Com isso, a política externa de Bolsonaro, como a ambiental e a sanitária, está em colapso. Em rota de colisão com a China, nosso maior parceiro comercial, agora ficou de mal com novo presidente dos Estados Unidos, o segundo parceiro, tudo em solidariedade ao presidente Donald Trump, que não se reelegeu. Essas três frentes de batalhas criam mais obstáculos para o desenvolvimento do país do que se imagina, pois aprofundam nosso atraso econômico e tecnológico e retardam a recuperação da economia. [as três frentes resultam em um grupelho formado por Ongs vendidas a governos estrangeiros, por especialistas em nada - esses estão sempre disponíveis para esganiçar na mídia, especialmente na TV, o que desejam  que expilam  e países que destruíram suas florestas e agora querem preservar as nossas - os noruegueses posam de paladinos da preservação do meio ambiente, mas suas empresas causam desastres ambientais no Pará e o esquerdista Biden, os malefícios que vai causar ao mundo, caso sua eleição seja confirmada, talvez resultem no primeiro impeachment nos EUA.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense