Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Os Estados Unidos reagiram com indignação às declarações do mulá Turabi
Antes de 2001, os afegãos condenados por assassinato
eram executados por um único tiro disparado contra a cabeça — cabia a um
familiar da vítima apertar o gatilho. As execuções costumavam ocorrer
em praça pública ou em estádios lotados — um espetáculo dantesco para
incutir o medo na população e funcionar como exemplo.
Aqueles suspeitos
de roubo tinham uma das mãos amputadas.
Quem respondia por assaltos em
rodovias acabava com um pé e uma mão extraídos do corpo.
As cenas,
dignas da Idade Média, tornarão a ser comuns no Afeganistão comandado
pelo Talibã. O mulá Nooruddin Turabi, ministro das Prisões e um dos
fundadores da milícia fundamentalista islâmica, admitiu à agência
Associated Press que as amputações e as execuções serão retomadas.
“Cortar as mãos é muito necessário para a segurança”,
declarou à agência Associated Press o mulá Nooruddin Turabi, ministro
das Prisões e um dos fundadores da milícia fundamentalista islâmica. Ele
explicou que o regime formulará uma política específica sobre como as
execuções serão realizadas. Turabi rejeita qualquer ingerência externa
no sistema judicial imposto pelo Talibã. “Ninguém nos dirá o que nossas
leis deveriam ser. Nós seguiremos o islã e faremos nossas leis com base
no Corão.”
Zabihullah Mujahid, porta-voz do Talibã, disse ao Correio,
por meio do aplicativo Viber, que o governo do Emirado Islâmico do
Afeganistão decidirá sobre esse tema posteriormente. “No entanto, em
nosso país, todas as leis obrigatoriamente estarão de acordo com a
sharia (lei islâmica). As preocupações internacionais também serão
levadas em conta”, assegurou. [entendemos que sentenças, desde que proferidas com base na legislação vigente (sem interpretações/adaptações criativas) devem ser cumpridas - assuntos internos de uma nação soberana devem ser resolvidos internamente.
A Indonésia - escolhida como exemplo por ter executado brasileiros condenados por tráfico de drogas - tem obtido êxito no combate àquela prática criminosa.
Outro ponto que deveria ser cogitado pelas autoridades brasileiras seria o aumento das penas por receptação de produtos roubados e consumo de drogas - na prática porte/consumo de drogas deixaram de ser punidos e a receptação de produtos roubados tem pena ínfima.
Muitos 'candidatos' a se tornarem usuários de drogas, cientes que serão punidos com o mesmo rigor aplicado ao traficante, vão pensar cuidadosamente no assunto e, da mesma forma agirão os interessados em obter lucros comprando produtos roubados.]
Os Estados Unidos reagiram com indignação às
declarações do mulá Turabi. “(As amputações e execuções) Constituiriam
claros e indecentes abusos dos direitos humanos. (…) Permanecemos firmes
com a comunidade internacional para responsabilizar os perpetradores
desses abusos”, afirmou Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado
norte-americano. [lembramos que apesar da 'humanidade' transmitida pelo norte-americano, as penas de morte e/ou prisão perpétua, são aplicadas na maior parte dos estados que formam os EUA.]
Diretor executivo da Human Rights Watch (HRW), Kenneth
Roth afirmou ao Correio que, apesar de se apresentar como um “novo e
melhorado” grupo, “o velho brutal Talibã continua emergindo”. “Desde que
ascenderam ao poder, eles negaram às meninas acesso ao ensino médio e
impuseram severas restrições à presença delas nas universidades e ao
código de vestimentas”, observou. Segundo Roth, o Afeganistão tem sido
palco de execuções sumárias, desaparecimentos e detenções arbitrárias de
pessoas associadas ao antigo governo. “O Talibã também prendeu e
espancou jornalistas por cobrirem protestos. Muitos deles agora se
autocensuram”, lamentou.
Roth instou o Conselho de Direitos Humanos da ONU a
deter as atrocidades cometidas pelo Talibã e a estabelecer um mecanismo
de monitoramento de coletas das evidências de abusos. “A União Europeia
também propõe criar uma relatoria especial para supervisionar o
Afeganistão.”
Evaristo de Mirandaé doutor em Ecologia e chefe-geral da Embrapa Territorial.
Contrariando previsões pessimistas, a produtividade está
em 8,8 toneladas por hectare em 2021, contra 8,3 no ano passado. Um
recorde histórico
Foto: Suwan Wanawattanawong/Shutterstock
Este ano dificilmente faltará arroz no mercado ou
haverá alta de preços como em 2020. O confinamento, com muita gente em
casa cozinhando, elevou o consumo (e o desperdício) do arroz. No pior
período de praga da covid, esse grão atingiu seus maiores valores
históricos. E, apesar de custar mais de 100 reais a saca, poucos
produtores aproveitaram essas cifras.
A certeza de arroz na mesa vem dos resultados da recém-concluída
colheita no Rio Grande do Sul, o grande produtor do Brasil (70% da
safra). Contrariando previsões pessimistas e especulativas, a
produtividade veio bem acima do esperado. Foram 8,8 toneladas por
hectare, contra 8,3 no ano passado. Um recorde histórico. A safra maior, com umas 500.000 toneladas a mais, garante a
tranquilidade no abastecimento do mercado interno. E até parte das
exportações. Para se ter uma ideia, só esse extra adicional de meio
milhão de toneladas supera toda a produção de arroz da Europa (Itália,
Espanha, Portugal, França…).
Familiar no prato dos brasileiros, o arroz (Oriza sativa L.)
tem uma longa história. A espécie ancestral é originária da África. Sua
domesticação e cultivo tiveram início na China Central (Hunan), com
registros de mais de 5.000 anos a.C. Variedades ancestrais de arroz,
como o Wannian, ainda são preservadas em cultivos tradicionais na China.
Há milhares de anos, o arroz já era
cultivado às margens do Rio Ganges no norte da Índia. Com o tempo, ele
chegou à Coreia, Japão, Indonésia e Tailândia. E, na direção oeste, à
Pérsia. Atribui-se a Alexandre, o Grande, sua introdução na Grécia e
Europa. No século 10, os árabes o levaram ao Egito, pela costa oriental
da África até Madagascar e pelo norte até o Marrocos, a Espanha e
Portugal (Al Andaluz). A palavra é de origem árabe: al ruzz. No século 16, os portugueses introduziram o arroz desde a costa
ocidental da África (Senegal e Guiné-Bissau) até o Golfo da Guiné. Hoje,
o prato típico do Senegal é à base de arroz: o tiebudiene. Os
lusitanos trouxeram e espalharam o arroz pelo Brasil. Cultivado em
sequeiro, o arroz expandiu-se por todo o território nacional e tornou-se
a base energética da alimentação cotidiana dos brasileiros, combinado
com o feijão, com a bênção dos nutricionistas. E não só aqui.
O arroz é o principal alimento de mais da metade da população mundial
e o terceiro cereal mais produzido (500 milhões de toneladas), atrás do
milho (2,8 bilhões de toneladas) e do trigo (760 milhões de toneladas).
China e Índia respondem por 50% desse total. Agregando-se Indonésia,
Bangladesh, Vietnã e Tailândia, chega-se a 75% da produção mundial. A
China produz muito, mas não dá conta de seu mercado consumidor. Ela é
também o maior importador mundial, com 5 milhões de toneladas anuais. O
Brasil é o nono produtor mundial —atrás de China,
Índia, Indonésia, Bangladesh, Vietnã, Myanmar, Tailândia e Filipinas. A
safra 2021 deve superar 11 milhões de toneladas. Apesar dessa expressão
planetária, o arroz participa pouco dos mercados mundiais: menos de 10%
da produção. Seu destino é o autoconsumo.
Na cesta básica, o arroz é um dos produtos mais acessíveis
No Brasil, irrigada e mecanizada, a cultura do arroz é intensiva e
usa muita tecnologia. Graças ao controle rigoroso de pragas e doenças, à
adubação adequada e ao bom manejo da água — até para reduzir as ervas
daninhas —, a safra em 2021 surpreendeu. As lavouras arrozeiras
responderam bem ao clima estival excepcional para o arroz irrigado. Só
para ele.
Este ano, o clima não foi muito bom para a agricultura no Brasil.
Faltou chuva durante o verão no Rio Grande do Sul. Os pequenos períodos
de seca ou veranicos prejudicaram a soja e o milho, mas beneficiaram o
arroz. Menos chuva significa menos nuvens no céu e mais luz. Com mais
luminosidade, as plantas fizeram mais fotossíntese em pleno período de
reprodução e frutificação. E, por ser irrigado, água não faltou ao arroz
gaúcho. Resultado: produtividade recorde.
Esse é um exemplo de como não se pode ser catastrofista com as
flutuações climáticas. Se o clima do ano prejudica uma lavoura, pode
favorecer outra. Na agropecuária, a solução para reduzir o risco
climático não está no aquecimento verbal de certos
ambientalistas e sim no uso de tecnologias, com intensificação e
modernização da produção. O retorno ao Neolítico, como pregam alguns,
não resolverá nada. Neste segundo semestre, depois de um tempo meio
anormal, segue um inverno normal, sem os fenômenos meteorológicos de La
Niña nem de El Niño. Em matéria de clima, longe da polarização política,
o tempo é de neutralidade climática, como se diz.
A área plantada de arroz manteve-se estável com relação ao ano
passado. Ela é relativamente pequena comparada a outros cultivos anuais:
pouco mais de 1 milhão de hectares irrigados. E representa 40% do uso
da água em irrigação no Brasil. O Rio Grande do Sul concentra 73% do
total, seguido por Santa Catarina (12%) e Tocantins (8%). Os dados são
do Mapeamento do Arroz Irrigado no Brasil, produzido por Agência
Nacional de Águas e Saneamento Básico e Companhia Nacional de
Abastecimento.
A demanda segue aquecida. A estabilidade da área plantada, o mercado
internacional em alta e o dólar acima de 5 reais trazem uma melhor
paridade com o Mercosul. O preço atual do arroz, cerca de 82 reais para o
produtor, é justo e tende a ser um piso. Na cesta básica, o arroz é um
dos produtos mais acessíveis. E tem gente se queixando do preço. Ele
representa cerca de 0,5% dos gastos com alimentação no orçamento
familiar. No consumo cotidiano de um prato de arroz, feijão, uma
proteína e salada, o custo do arroz é inferior ao da salada.
A expectativa de exportações para México, Costa Rica e até Venezuela é
boa. Talvez acarrete menor oferta e ligeiro aumento de preços. Serão
menos exportações em relação ao ano passado (1,7 milhão de toneladas). A
previsão para este ano é de 1,2 milhão a 1,3 milhão de toneladas. Se as
exportações forem menores, o excedente de produção poderá ser utilizado
na alimentação de bovinos, suínos e aves para substituir o milho, tão
escasso devido à quebra da safrinha.
E os rizicultores já cuidam da próxima safra com uma projeção de
aumento de 20% a 30% no custo de produção. A situação atual recomenda
cautela aos produtores: atualizar custos e cuidado com novos
investimentos. Antecipar a compra de fertilizantes e defensivos é uma
boa precaução. A área plantada certamente será mantida. Áreas menos
adequadas, destinadas a soja e pecuária, devem manter-se assim. É
essencial plantar em locais de excelente produtividade, praticar a
rotação de culturas e manter a cobertura vegetal no outono e inverno com
milho e trigo na várzea e com outras forrageiras (aveia, azevém,
trevo-persa…). Ao cobrirem o solo, esses plantios em rotação o protegem,
reduzem a infestação de plantas invasoras e melhoram as condições de
produção no ano seguinte.
Não se consegue mais arroz, nem preços mais baixos, proibindo
exportações — como fez o governo argentino com os pecuaristas —, nem
sendo arbitrário em impostos e outras medidas coercitivas. A solução é
apoiar o rizicultor a produzir sempre, mais e melhor, como defende a
Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul. Simples
assim. Como: um, dois, feijão com arroz.
A vacina recebida pela maioria dos brasileiros enfrenta um surto de perguntas sem resposta
O que esperar de uma cidade que já vacinou mais de 95% da população contra a covid-19? Comércio
e escolas abertos, bares e restaurantes funcionando normalmente, gente
praticando esportes e andando nas ruas sem máscara. Aquela vida normal
que tínhamos até sermos atingidos pela maior e mais devastadora pandemia
do século. Em boa parte dos Estados Unidos, Israel e nações do
continente europeu, esse é o cenário real desde que o ritmo da vacinação
acelerou-se. Mas a pacata Serrana, no interior paulista, mesmo depois de imunizar quase toda a população, continua na mesma. O município segue estritamente as regras do Plano São Paulo estabelecidas pelo governador João Doria (PSDB) e seu conselho de “especialistas em ciência” que formam o Centro de Contingência. Por lá, a vida permanece no “modo pandêmico”: comércio,
bares e restaurantes com horários restritos, controle de ocupação, uso
de máscara obrigatório até mesmo ao ar livre, nada de eventos, festas,
comemorações. A ordem é manter as orientações de quem ainda não recebeu nenhuma dose de vacina.
O estudo clínico, batizado de Projeto S pelo Instituto Butantan,
foi estruturado de maneira sigilosa ainda no ano passado e implementado
entre fevereiro e abril de 2021. Ao longo de oito semanas, pouco mais
de 27 mil moradores foram imunizados com a CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan —
o equivalente a 95% da população-alvo da pesquisa e aproximadamente 60%
da população total de Serrana, de quase 46 mil habitantes. Os
resultados do experimento foram divulgados numa coletiva de imprensa
mais de um mês depois do término da vacinação:as mortes por covid-19 caíram 95%, as internações recuaram 86% e os casos sintomáticos foram reduzidos em 80%.
Até agora, no entanto, o Butantan não apresentou os dados brutos da
pesquisa nem informações sobre faixa etária. A justificativa é que eles
serão publicados num artigo científico — futuramente. Segundo
especialistas, a prática de não divulgar os detalhes de um estudo científico numa coletiva de imprensa é comum, mas ajuda a engrossar o caldo de desconfiança que ronda a CoronaVac desde a sua origem.
Um festival de erros Primeiro,o relacionamento do governo paulista com o gigante farmacêutico chinês Sinovac continua um mistério. O contrato firmado envolve cláusulas sigilosas que não podem ser compartilhadas com a comunidade médica. Pela parceria, o governo do Estado diz que pagou R$ 85 milhões em junho do ano passado. Em setembro, foram US$ 90 milhões —
o governador João Doria não esclareceu se esse valor se soma ao que foi
pago anteriormente. No último dia 23, a presidente do Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo solicitou os termos da negociação entre o
Butantan e o fabricante. Em relatório elaborado pelo órgão de controle, o
instituto é criticado pela falta de transparência no fornecimento de
informações ao tribunal.
Depois, a divulgação de dados sobre a vacina foi um show de tropeços. Após três adiamentos, coletivas que forneciam números incompletos e cálculos questionáveis, a população brasileira ficou sabendo que a CoronaVac atingiu 50,38% de eficácia global,
no limite exigido para aprovação pela Organização Mundial da Saúde e
pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). A demora em divulgar o
estudo completo e a frustrante repercussão dos resultados deram a
impressão de que o governo do Estado já sabia da baixa eficácia da
vacina e represava informações, ou, pior, tentava omitir dados.
Para além de uma vacina que bateu na trave nos critérios da Anvisa,são poucos os países que fazem companhia ao Brasil na escolha da CoronaVac: além da China, Turquia, Indonésia, Chile e Uruguai apostaram no laboratório Sinovac. No mês passado, a
Costa Rica recusou a compra do imunizante chinês sob alegação de que o
produto não atingiu os 60% de eficácia mínima exigida pelo Ministério da
Saúde local. Por fim, ainda não há notícia de que alguma autoridade
científica da comunidade internacional tenha respaldado os estudos do
fabricante chinês.
Largada da vacinação no Brasil Com a autorização do uso emergencial de duas vacinas — a CoronaVac e o imunizante do laboratório anglo-sueco AstraZeneca,
em 17 de janeiro, foi dada a largada para a vacinação no país. Pouco
mais de cinco meses depois, já foram aplicados mais de 100 milhões de
doses de vacinas contra a covid-19. Dos 100 milhões de CoronaVac adquiridos pelo Ministério da Saúde (MS) ao custo unitário de R$ 58,20, 43 milhões já foram aplicados. Valor total da negociação: R$ 5,8 bilhões.
Por algumas semanas, a vacina chinesa foi a única opção dos
brasileiros, e boa parte dos grupos prioritários recebeu as duas doses
do imunizante. Agora, resta saber se quem já gastou sua vez na fila com o produto chinês está realmente imunizado. Como escreveu o jornalista Augusto Nunes, colunista de Oeste, num artigo recente,
“ninguém torce tanto pelo sucesso da CoronaVac quanto os que receberam
duas doses do maior trunfo eleitoral do governador João Doria.” Só que torcida, em ciência, não funciona. Os fatos são teimosos.
O estudo final sobre a CoronaVac, divulgado em abril deste ano, mostrou que a eficácia da vacina para casos sintomáticos de covid-19 atingiu 50,7%, ante os 50,38% divulgados anteriormente. Os resultados foram enviados à revista científica Lancet para
revisão por pares, mas ainda não foram publicados. Entretanto, outra
pesquisa realizada pela Vebra Covid-19 (sigla para Vaccine Effectiveness
in Brazil against covid-19), grupo que reúne pesquisadores brasileiros e
estrangeiros, avaliou o desempenho da vacina em pessoas de 70 anos ou
mais vacinadas no Estado de São Paulo. A média de efetividade foi de 42%
na totalidade do grupo e de apenas 28% nos idosos acima dos 80 anos. O
trabalho envolveu 15,9 mil voluntários e foi o maior já feito nessa
faixa etária. Questionado sobre a diferença nos resultados, o Instituto
Butantan respondeu a Oeste: “O estudo em questão não
fala em eficácia. Com dados secundários, ele mediu a positividade de
casos nessa população, sem, no entanto, esclarecer quantos dos
infectados evoluem para quadros graves ou óbitos, que é justamente o que
a vacina visa a prevenir.”
Independentemente de paixões
políticas, o resultado do estudo da Vebra contestado pelo Butantan
indica uma realidade que precisa ser encarada pelas autoridades de saúde
no país: a CoronaVac tem baixa eficácia e, ao que parece, não tem se mostrado capaz de frear a transmissão da doença.
A realidade em outros países O dilema de quem confiou em imunizantes chineses não é exclusividade do Brasil. Uma reportagem recente publicada pelo jornal The New York Times mostra que outros países que também compraram vacinas produzidas na China enfrentam novos surtos de contaminação. Na Mongólia, Bahrein, Chile e nas pequenas Ilhas Seychelles,entre 50% e cerca de 70% da população foi totalmente vacinada, ultrapassando inclusive os Estados Unidos, segundo o site Our World in Data. Entretanto, todos eles foram parar na lista dos dez países com os piores surtos de covid-19 registrados na terceira semana de junho, de acordo com levantamento de dados feito pelo jornal norte-americano. Mongólia, Bahrein e Seychelles escolheram majoritariamente a fabricante Sinopharm. Já o Chile aderiu à vacina do laboratório Sinovac Biotech, o mesmo que produz a CoronaVac envasada pelo Butantan.
O caso do país sul-americano é emblemático. Com 54% da população totalmente imunizada e 65% vacinada com a primeira dose (dados do Our World in Data), o Chile segue com medidas rígidas de isolamento. No mês passado, a capital Santiago e outros municípios entraram novamente em lockdown para conter o avanço da contaminação.
O confinamento restrito se estendeu até ontem, quinta-feira 1º de
julho, quando se iniciou um programa gradual de flexibilização. No Chile, a CoronaVac corresponde a 77% do total das doses aplicadas até agora. Em
fevereiro, quando o programa de vacinação começou, foram registrados
515 novos casos por 100 mil habitantes. Em junho, a taxa de novas
contaminações atingiu a marca de 922 por 100 mil. A ocupação de leitos
de UTI segue acima de 90% no país.
Pessoas ligavam para amigos e parentes para avisar: “É Pfizer, pode vir”
Em nota publicada no site da instituição em 18 de junho, o Butantan nega que o aumento de casos de covid-19 no Chile esteja relacionado à vacinação com a CoronaVac.
Segundo Dimas Covas, presidente do instituto, dois relatórios
divulgados pelo Ministério da Saúde chileno sobre o desempenho da vacina
mostraram alta eficiência. Covas também ressaltou que “os novos
casos que têm aparecido no Chile afetam majoritariamente as populações
que não receberam a vacina, principalmente os mais jovens”. A nota informa ainda que, apesar do alcance da cobertura vacinal com as duas doses de 50%, “é necessário ter ao menos uma parcela de 70% das pessoas imunizadas para que se tenha um efeito indireto da vacinação”.
No
começo, atribuiu-se a culpa ao relaxamento das medidas de proteção, à
chegada de novas variantes e ao início do outono. Mas o conjunto de
evidências só reforça o fato de que as vacinas chinesas, embora
apresentem eficácia na redução de internações e de mortes, não
conseguiram reduzir a transmissão do vírus.
A CoronaVac no Brasil Se
os gestores públicos não querem enfrentar o assunto, muitos brasileiros
já estão tomando providências por conta própria. Em visita a um posto
de saúde na Bela Vista, bairro no centro de São Paulo, no último dia 21
de junho, a reportagem de Oesteconversou com mais de 15 pessoas que aguardavam sua vez na fila para se vacinar com a Pfizer,
marca do imunizante oferecido naquele dia. Roberto Andrade,
administrador, 56 anos, disse ter ido a três postos de saúde perguntar
qual era a vacina disponível. Ao saber tratar-se da AstraZeneca, virou as costas e foi embora.“A CoronaVac também não quero tomar. A taxa de eficácia ficou abaixo das outras duas [Pfizer e AstraZeneca]”, afirmou. “Resolvi esperar para tomar a Pfizer, tenho mais confiança no laboratório.”
No fim da fila, por volta das 10h30, Cristian Vieira da Silva, 38,
desempregado, disse não se importar de esperar, já que a vacina era a da
Pfizer. “Já fui a cinco postos. Não tomo AstraZeneca. Tenho medo porque sou portador de comorbidade. E a CoronaVac é fraca.” Enfileiradas à espera de uma picada, pessoas ligavam para amigos e parentes para avisar: “É Pfizer, pode vir”.
Seis idosos vacinados com duas doses da CoronaVac morreram de covid-19 num asilo em Arapongas
Segundo
especialistas, as taxas de eficácia divulgadas pelas desenvolvedoras
das vacinas não podem ser comparadas diretamente porque cada estudo tem
sua metodologia própria e, principalmente, um período de desenvolvimento
do ensaio clínico distinto. Mesmo assim, quem manifesta preferência por
determinado imunizante já ganhou o apelido de “sommelier de vacinas” e, embora a prática seja criticada por atrasar o avanço da vacinação, é bastante comum em vários postos de saúde.
Outra
situação frequente nesta fase da pandemia é recorrer a exames
sorológicos para saber se o organismo desenvolveu anticorpos contra a
covid-19 após duas doses de vacina. “Não existe até agora uma validação de exame contra o Sars-Cov-2 sorológico que possa confirmar que uma pessoa está imunizada”, explica a médica infectologista Patrícia Rady Muller. Entretanto, seja por curiosidade ou recomendação médica, um dos testes mais recorrentes é o de anticorpos neutralizantes,
que avalia se houve produção de anticorpos contra a covid-19 no
organismo e mostra o porcentual deles com capacidade de neutralizar o
vírus. Oeste teve acesso ao exame de anticorpos
neutralizantes do oftalmologista Luiz Roberto Colombo Barboza, vacinado
com duas doses da CoronaVac. O resultado: reagente 21%. Entre várias observações constantes no laudo laboratorial, uma delas chama atenção: “resultados entre 20% e 30% de inibição são considerados reagentes fracos e devem ser interpretados com cautela”.
“Desde o início, era sabido que a CoronaVac era uma vacina que não tinha grande eficácia, principalmente em idosos”, diz o médico-cirurgião oncológico com pós-doutorado em epidemiologia estatística, Luiz Bevilacqua. “Só que era o que tinha no momento, a gente não pode se arrepender.”
Diante da realidade que se impõe, ele defende uma reavaliação no plano
de imunização para priorizar a proteção da população de risco com
vacinas mais eficazes. Outro fator importante, apontado pela médica
infectologista Patrícia Rady Muller, é que a taxa de eficácia de uma
vacina interfere em políticas públicas para definir a extensão da
cobertura vacinal. “Quanto menor a eficácia, mais pessoas precisamos vacinar para evitar transmissão de uma pessoa a outra.”
Em junho, seis idosos vacinados com duas doses da CoronaVac morreram de covid-19 num asilo em Arapongas, no Paraná, em meio a um surto que atingiu 32 dos 43 residentes do Lar São Vicente de Paulo. Além disso, oito
dos 16 funcionários que trabalham na instituição, todos com imunização
completa com a vacina chinesa, foram diagnosticados com a covid-19 no
mês passado — até o momento, nenhum deles desenvolveu quadro grave da doença. A Revista Oeste questionou o Instituto Butantan a respeito do caso, e obteve, por e-mail, a seguinte resposta: “É
prematura e temerária qualquer afirmação sobre hospitalizações ou óbito
pela covid-19 de pessoas vacinadas contra a doença, uma vez que cada
caso, individualmente, deve passar obrigatoriamente pelo processo de
investigação, que não considera apenas a imunização de forma isolada, e
sim o conjunto de aspectos clínicos, como comorbidades e outros fatores
não relacionados à vacinação”.
De volta ao caso de Serrana, a cidade paulista com 95% dos moradores vacinados com a CoronaVac, os números indicam que o vírus continua se espalhando. “Quem eu conheço, mesmo vacinado, ainda tem medo do vírus”, disse a comerciante Eliana Maria Máximo, dona de uma lanchonete no centro da cidade. A vacinação em massa terminou em 11 de abril.Em maio, registraram-se 333 casos, um aumento de cerca de 42% em relação ao mês anterior (235).Em junho foram 299 casos. O pico de mortes relacionadas à covid-19 ocorreu em março deste ano, quando se verificaram 18 óbitos. Em abril foram oito; em maio, sete; e em junho, seis.
Oeste também solicitou ao Ministério da Saúde
informações sobre o número de mortos em razão da covid-19 por faixa
etária para cruzar com os dados de pessoas imunizadas com duas doses de
vacinas. Em resposta, por e-mail, o MS informou “que ainda é precoce fazer esse tipo de análise e cruzamentos de dados". O pedido foi feito em 19 de abril.
Ao cenário de incertezas, soma-se o fato de que os imunizados com a CoronaVac continuam proibidos de entrar nos Estados Unidos ou cruzar as fronteiras dos principais países da Europa. Isso
porque algumas autoridades sanitárias ainda não chancelaram a
fabricante Sinovac. A situação não mudou com a inclusão do imunizante
chinês na lista dos liberados pela OMS para uso emergencial. Enquanto as principais agências regulatórias do mundo não aprovam o uso da CoronaVac, a vacina segue em aplicação no Brasil com autorização de uso emergencial pela Anvisa. Os imunizantes da AstraZeneca/Oxford e Pfizer já possuem o registro definitivo. O Butantan informou que “está encaminhando as informações ao órgão, dentro do processo de submissão contínua”, mas, segundo a Anvisa, o instituto ainda não fez o requerimento para registro do produto.
Outra questão que intriga é entender por que o Butantan resolveu apostar em outra vacina, a ButanVac, quando já envasa quase 1 milhão de doses da CoronaVac por dia e investiu em nova fábrica para produzir o IFA (insumo farmacêutico ativo) nacional. Por certo, a iniciativa de ter uma vacina desenvolvida no Brasil (sem depender de insumos importados) para
ampliar o cardápio vacinal aumenta a segurança. Mas é possível que a
pressa em produzir um imunizante em três meses, como prometido pelo
Butantan, seja justificada pela preocupação em ter na manga uma
alternativa caso a CoronaVac se mostre ineficaz.
A polêmica da terceira dose e a combinação de vacinas Há meses discute-se a necessidade de uma dose extra da CoronaVac para quem já tomou duas injeções. Alguns fabricantes, como a Pfizer, anunciaram a possibilidade de uma dose anual de reforço. Afinal, é bem provável que a imunização contra a covid-19 repita o esquema vacinal contra a gripe. O que incomoda é a falta de clareza e transparência no caso da CoronaVac. Ainda
em abril, o diretor médico de pesquisa clínica do Instituto Butantan,
Ricardo Palacios, confirmou que havia estudos sobre uma eventual
terceira dose. “Existem grandes preocupações sobre como melhorar a
duração da resposta imune, e uma das alternativas que têm sido
consideradas é uma dose de reforço, seja com a própria CoronaVac, seja
com outros imunizantes." No mês passado, Dimas Covas disse, primeiro, que não havia motivo para preocupação.
“A vacina é eficiente e, neste momento, não existe necessidade de se
preocupar com uma terceira dose, como foi propalado recentemente.”No dia seguinte,
voltou atrás e admitiu que a entidade trabalha com a possibilidade de
um reforço vacinal para ser aplicado anualmente em todas as faixas
populacionais.
Em entrevista a Oeste no ano passado, quando as vacinas ainda eram uma promessa no meio científico, o médico pediatra e toxicologista Anthony Wong, falecido em janeiro de 2021,
explicou que a tecnologia do vírus inativo utilizada na produção da
vacina chinesa requer três ou até mesmo quatro doses para produzir
efeito. Segundo Wong, a oferta de apenas duas injeções teria relação
com o encurtamento das etapas de estudo da CoronaVac. “Eles não completaram a fase 2”, disse. “Então,
não sabem se será necessária ou não uma terceira dose. E garanto que
precisa. Não existe uma única vacina de vírus inativo que não exija três
doses. A única explicação para oferecer apenas duas doses é a pressa.” O diretor do Centro Chinês para Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Gao Fu, chegou
a admitir que as vacinas chinesas contra a covid-19 têm baixa eficácia e
que o governo chinês estuda misturar diferentes vacinas de modo a
aumentar a proteção. Já o diretor do laboratório Sinovac, Ying Weidong, afirmou
que uma terceira dose da vacina depois de três ou seis meses poderia
multiplicar por dez a resposta de anticorpos em uma semana e por vinte
em 15 dias, mas os resultados ainda precisam de mais estudos.
Outros países estão alerta. O governo do Chile avalia a aplicação de uma terceira dose da CoronaVac. Bahrein e os Emirados Árabes Unidos já anunciaram que vão oferecer uma dose de reforço. Na Turquia,
a revacinação da população inicia-se em julho. No Brasil, o ministro da
Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o governo federal ainda analisa a
necessidade de nova vacinação contra a covid-19 no ano que vem — ou se
bastará apenas uma dose de reforço para a população brasileira.
Mais uma possibilidade na mesa é a mistura de imunizantes. Nesta
semana, o Rio de Janeiro foi a primeira cidade brasileira a
oficialmente autorizar a combinação de vacinas para grávidas. Segundo a
prefeitura, gestantes e mulheres que acabaram de ter filhos e tomaram a
primeira dose da AstraZeneca estão autorizadas a receber a segunda
aplicação da Pfizer. Na Coreia do Sul, a decisão de adotar o “mix”
de vacinas deu-se em razão dos atrasos no envio das doses pelo
consórcio global Covax Facility. Medidas semelhantes já foram adotadas
por países como Dinamarca, Canadá, Finlândia, França, Alemanha, Noruega,
Espanha e Suécia.
A vacinação em massa tem se mostrado a melhor saída para emergir da pandemia.
Mas, se no início da campanha de imunização a melhor vacina era aquela
que chegava logo ao braço, agora os números mostram que a disparidade de
resultados em razão do uso de diferentes fórmulas no mundo tem
consequências. Enquanto alguns países já deram adeus às máscaras e estão livres de restrições, outras nações, com os mesmos índices de vacinação, amargam medidas de isolamento e enfrentam novos surtos de contaminação. O Brasil dispõe hoje de quatro vacinas em aplicação: AstraZeneca/Oxford, CoronaVac, Pfizer e Janssen — o que minimiza os riscos de depender de um único produto. Mesmo assim, cerca de 34% da população já vacinada recebeu a CoronaVac e quer respostas. Detalhe: esse
porcentual é formado em sua maioria por idosos, que têm mais risco de
desenvolver formas graves da doença, e por profissionais da saúde,
altamente expostos à carga viral.
Essa é mais uma discussão para a ciência.
“Na medicina, somos treinados. Se o tratamento B é melhor que o A,
tenho que oferecer o B, porque senão corro o risco de fazer um
tratamento inadequado”, afirma o médico Luiz Bevilacqua. “Antes não tinha vacina, agora tem. Por que insistir em algo menos eficaz?” Empurrar
o problema para a frente só vai arrastar ainda mais os efeitos da
pandemia, que já ceifou tantas vidas, sobrecarregou o sistema de saúde e
devastou a economia. Se perdermos a capacidade de questionar fatos sob
risco de ser tachados de partidários, negacionistas e antivacina, então
estaremos todos correndo risco. Não há vacina para a dúvida. Por isso, precisamos falar sobre a CoronaVac.
Sir Karl Popper. Ilustre liberal, grande pensador, homem da ciência. Fico pensando em como Popper estaria perplexo com a quantidade de bobagem repetida em nome da ciência atualmente. Aqueles que desejam politizar tudo, até remédios, insistem na falácia de que o tratamento imediato teve sua ineficácia comprovada.É pura ignorância ou má-fé, coisa de quem não faz a menor ideia do que seja o processo científico.
Testa-se uma hipótese, buscando sempre refuta-la, nunca comprova-la. Isso para impedir o viés de confirmação, a seletividade dos dados, o "cherry picking". Se você só viu cisnes brancos até hoje, isso não lhe dá o direito de repetir, em nome da ciência, que cisnes negros não existem. Sua afirmação, cientificamente falando, deveria ser a de que hoje ainda não há provas da existência de cisnes negros. Até o dia que eles foram encontrados...
Vejo em tudo que é veículo de comunicação a chamada de que a hidroxicloroquina e a ivermectinativeram sua ineficácia comprovada. Isso é simplesmente falso, fake news. Há inúmeros estudos que apontam para sua eficácia, há a observação médica de quem está na ponta cuidando de pacientes, não lacrando entre uma música e outra. O que não há, ainda, é o tal teste padrão ouro, que não existe para cerca de 90% dos medicamentos que utilizamos para várias outras doenças. Pode ser que o troço seja placebo? Até pode, mas há indícios de que não é este o caso. Não obstante, jornalistas arrogantes e ignorantes adotam narrativas imbecis, tudo para atingir Bolsonaro, e o fazem em nome da ciência. É de arrepiar! Aí nos deparamos com a notícia de que Oxford está realizando testes para a ivermectina. A revista Exame deu a notícia de forma normal antes, depois apagou e passou pelo filtro do lacre:
Reparem na torcida do contra, na distorção e manipulação na nova chamada. O "corpo da matéria", porém, não esconde a expectativa de sucesso com o remédio para parasita: Coronalovers e pandeminions não conseguem mais esconder que torcem contra o tratamento, tudo por ódio ao presidente. É doentio! Mas deixando o resultado de lado por enquanto, cabe perguntar: ué, mas se há "ineficácia comprovada, então por que Oxford vai realizar testes para averiguar a eficácia? Isso quer dizer, pasmem!, que ainda não há uma tal ineficácia comprovada?! Isso quer dizer que a nossa imprensa em peso mente para seu público? Tudo por fins políticos?! Que coisa feia!
O duplo padrão também tem sido a marca registrada da mídia nacional.
Bolsonaro sem máscara já vira genocida, enquanto isolacionistas que são vistos sem máscara longe das câmaras são protegidos em sua hipocrisia, e o fato de que a maioria deles contraiu o vírus é algo que passa batido pela imprensa.
Enquanto isso, o Papa, sem máscara, toca em seus fiéis. Seria o Papa um genocida negacionista? O presidente Bolsonaro, com sutileza, passou o recado aos jornalistas:Uma liderança verdadeira precisa demonstrar coragem e fé. O Papa, sem máscara, toca nas pessoas, pois “se proteger” não pode ser a única meta de um líder. Mas vai explicar isso para quem acha que o ícone da liderança na pandemia é um governador hipócrita, que diante das câmeras aparece até com duas máscaras, mas depois vai para Miami relaxar da afetação de falsa virtude!
Por falar no tal governador... uma coisa ele faz bem:persuadir jornalistas a nunca o criticarem! Não se sabe que tipo de "argumento" ele usa para tanto. Minha colega de bancada gagueja muito quando o tema é a gestão doriana. O Brasil tem péssimo resultado pois tem mais de 500 mil mortes, mas São Paulo não está ruim pois é o décimo estado em termos relativos, sendo que tem mais de 120 mil mortes?
Isso sem levar em conta que São Paulo tem mais mortes do que sua população representa do total brasileiro.
O governador tem mérito por ouvir a ciência, mas a turma repete que não houve lockdown em São Paulo verdadeiro, como na Europa? Eu fico sem saber se Dória é parte do problema ou da solução!
Quando falamos do Papa, lembramos da Argentina também, outro incômodo enorme para a narrativa da mídia.A Argentina, que terminou de destruir sua economia com o lockdown mais longo da América Latina, registrou 792 óbitos ontem e chega a 90 mil mortos por coronavírus. Isso com uma população que é um quarto da nossa, ou seja, em termos relativos já tem quase a mesma quantidade de óbitos, e deve nos passar. O presidente lulista não fechou a compra da vacina da Pfizer por "cláusulas leoninas", mas Bolsonaro é culpado pela "falta" de vacina, no país que é o quarto que mais vacinou no mundo. Dura a vida de um militante disfarçado de jornalista, não?
A Argentina tem a moeda mais desvalorizada no momento,pois segue ladeira abaixo rumo ao destino venezuelano. Enquanto isso, o dólar cai abaixo de cinco reais, por otimismo dos investidores com as reformas aprovadas pelo governo Bolsonaro:
Mas a Argentina não escutou a voz da ciência, não fez lockdown?
Que pasa?
Aliás, vocês se lembram de quando o lockdown era defendido como uma medida emergencial por 15 dias apenas para "achatar a curva" e ganhar tempo? Hoje é o Santo Graal da Seita dos da Terra Parada, dos isolacionistas gourmet que não pararam de trabalhar um só dia na pandemia, mas defenderam o desemprego em massa para os pobres, já que a economia fica para depois. Hipocrisia pura...
Essa mídia não está preocupada em fazer as perguntas certas da ciência. Leandro Ruschel fez no lugar da patota: no Chile, mesmo com 70% da população recebendo uma dose e 50% das pessoas completando a vacinação com duas doses, as mortes seguem em patamar elevado, numa média de 120 por dia, o que equivaleria a uma taxa de 1300 por dia no Brasil. Afinal, qual é a eficácia da vacina chinesa? Ele continua: já na Indonésia, centenas de casos de médicos que tomaram Coronavac e foram infectados pela última onda da pandemia que varre o país, segundo a Reuters. E o que falar de Seychelles, uma pequena ilha com o maior índice de vacinação do mundo, com 60% da população vacinada ainda em maio?Apresentou uma explosão de casos...
Já no insuspeito New York Times, jornal esquerdista, há uma reportagem mostrando que vários países apostaram na vacina chinesa e agora enfrentam surtos de Covid: Pois é, precisamos falar sobre a eficácia das vacinas, lembrando que Costa Rica rejeitou a Coronavac, que tampouco é aplicada nos Estados Unidos ou na Europa. O autor de novelas Aguinaldo Silva ficou decepcionado ao chegar no continente e escutar em todo lugar que sua vacinação de nada valia ali. Doria apostou no cavalo errado? A imprensa vai tratar do assunto com objetividade, imparcialidade e postura científica?
Não sabemos direito sobre a real eficácia das vacinas, e não temos as respostas definitivas sobre o tratamento precoce. O que sabemos, com um alto grau de certeza científica, é que nossa imprensa tem sua ineficácia comprovada. É muita militância e pouca seriedade.
Fux tentou dar um
truque para preservar Moro da suspeição. Perdeu por 7 a 4 ... - Veja
mais em
https://noticias.uol.com.br/colunas/reinaldo-azevedo/2021/06/23/fux-tentou-dar-um-truque-para-preservar-moro-da-suspeicao-perdeu-por-7-a-4.htm?cmpid=copiaecola
Desde
quando Barroso declarou que desejava "empurrar a história" rumo à
"justiça racial", passei a me referir a ele como "o ungido",que habita a
Torre de Marfim onde o sol da Razão ilumina tudo. Barroso é um ativista
que quer legislar sem votos, e o motivo disso é sua extrema arrogância
como ser racional e do "lado certo" da história.
Em uma entrevista recente
sobre as urnas eletrônicas, essa empáfia salta aos olhos mesmo para os
menos atentos. E tamanha arrogância vem seguida de uma retórica de
humildade, sem que o "iluminado" perceba a incoerência. Barroso lança
mão de espantalhos para defender o que não merece muita defesa e para
rechaçar como absurda a demanda legítima de mais transparência na
auditoria dos votos. Eis um trecho:
"Como
presidente do TSE, estou à disposição para receber de qualquer pessoa
qualquer elemento de prova de que há fraude em nosso sistema. Meu
compromisso não é com um específico modelo de votação, mas com eleições
livres e limpas. Portanto, se alguém trouxer qualquer indício de fraude,
nós imediatamente apuraremos. Mas a volta do voto impresso, além de
todos os inconvenientes, seria inútil, relativamente ao discurso da
fraude. O discurso da fraude faz parte da retórica de certos segmentos
políticos. É a lógica do “se eu perder houve fraude”. [só o simples fato de ignorar que os cobradores de mais transparência estão entre os que ganharam as eleições, mostra que padece de excesso de empáfia, resultando no seu estilo empafioso - seus argumentos e sua vontade, por mais frágeis que sejam, devem sempre prevalecer.]
Ora, quem está cobrando mais transparência é quem venceu eleições!
O próprio presidente Bolsonaro é um exemplo, a deputada Bia Kicis
outro, entre tantos.
Sobre apresentar a prova da fraude, o ônus da prova
deveria ser o contrário: provar que ela não existiu. Mas eis exatamente
o ponto:não é possível sequer auditar para valer, como os tucanos
descobriram com especialistas em 2014. Os motivos que Barroso apresenta
para condenar a mudança são frágeis demais: Em
primeiro lugar, em razão do custo de sua implementação. Antes da
pandemia e da alta do dólar, nós já falávamos no custo de R$ 2 bilhões
para a introdução do voto impresso. Em segundo lugar, pelo risco ao
sigilo do voto, motivo que levou o STF a declarar a sua
inconstitucionalidade.
Dois bilhões de reais
para proteger a democracia parece pechincha, ainda mais diante do custo
para manter os luxos do Congresso e do próprio STF.
O sigilo do voto não
estaria ameaçado, pois como Barroso certamente sabe, ninguém teria
acesso ao pedaço de papel impresso em outra urna.Tudo que se deseja é
que cada eleitor tenha como verificar que o que apertou na urna foi
efetivamente computado, e permitir uma real checagem posterior. O
boletim da urna de hoje não faz isso, pois é um saldo total daquela
urna, onde já pode ter desvio.
Estamos falando de uma
tecnologia que tem 25 anos e que países bem mais avançados, como os
Estados Unidos, não adotam.
Seria por falta de capacidade?
Mas Barroso
não toca nessa questão e repete que temos um dos sistemas mais
confiáveis do mundo, o que causaria perplexidade em cidadãos de países
tão mais desenvolvidos que rejeitam esse mecanismo. Mas nessa passagem
Barroso deixa sua empáfia vir à tona:
"Acredito
que a defesa do voto impresso decorre do desconhecimento sobre como o
sistema funciona e em razão das campanhas de desinformação. Acho que
esses fatores também são determinantes para o movimento anti-vacina. A
verdade é que o desenvolvimento das vacinas erradicou ou controlou uma
série de doenças, muitas delas fatais. Isso faz com que muitas pessoas,
notadamente as mais jovens, nem sequer se deem conta da sua importância.
É por essas e outras que gosto de dizer que o país precisa de um choque
de Iluminismo. Iluminismo significa razão, ciência, humanismo e
progresso."
Ele
conseguiu misturar desconfiança com a urna sem impressão com vacinas em
geral, ignorando que a crítica de muitos era sobre o processo acelerado
de desenvolvimento dessas vacinas em particular contra o Covid. Barroso
deve se achar muito mais iluminado do que jornalistas como Guilherme
Fiuza, que tem feito perguntas incômodas - e sem respostas. Veja o caso
que Leonardo Coutinho, outro jornalista sério, trouxe: "Em
maio, o governo da Indonésia e a Sinovac, fabricante da Coronavac,
anunciaram que sua vacina era 98% eficaz para prevenção de mortes e 96%
para hospitalizações de entre profissionais de saúde. Apenas um mês
depois, a realidade que se apresenta é outra".
Mais
de 350 médicos e profissionais de saúde contraíram COVID-19 na
Indonésia, apesar de terem sido vacinados com Sinovac, e dezenas foram
hospitalizados. O Butantan não disse que era 100% de proteção? Queremos
respostas, não lacres! No entanto, lacrar é tudo que o Butantan tem
feito, pelo visto, como podemos observar:
A
politização do Butantan na atual gestão é lamentável.Em vez de chamar
de Fake News, que tal explicar?
Como o Butantan explica o aumento de
casos no Chile, justo o país que mais vacinou na região, e com a
Coronavac?
Ciência se faz com perguntas, mas Barroso e o Butantan devem
se julgar iluminados demais para dar respostas.
Não obstante, Barroso
se considera muito humilde:"Eu cumpro a missão da
minha vida, em defesa da democracia, da justiça, do bem e da verdade
possível. Nem crítica nem elogio me desviam desse caminho. A vida me deu
muitas oportunidades e procuro desfrutá-las sem arrogância, com compreensão pelas dificuldades alheias."
Se ele não fala ninguém saberia. Afinal, o que menos observamos
em Barroso é humildade. Basta ver como ele justifica seu evidente
ativismo judicial: "São poucas as decisões que eu considero ativistas:
uniões homoafetivas, aborto de feto anencefálico e criminalização da
homofobia. Todas essas decisões atuam em defesa de minorias e eu as
qualifico de iluministas". Ou seja, se ele as considera "iluministas", então para o inferno com a Constituição, da qual ele deveria ser o
guardião! É aquele tal "empurrão na história"...
Talvez
o ápice do iluminismo de Barroso tenha sido quando elogiou o médium
João de Deus, encalacrado com a Justiça hoje, chamando de
"transcendente" seus dons;
Ou
talvez seu momento de maior grandeza iluminista tenha sido quando
"debateu" sobre política com o imitador de focas, mais raso do que um
pires convexo: Para
quem está fora da bolha, tudo que se espera de Barroso é que ele siga a
Constituição do país, sua missão no STF, e acate a mudança das urnas se
passar como PEC.
Barroso, porém, considera seu papel muito maior do que
isso, que seria pequeno demais para um ser tão iluminado como ele.
Barroso, o ungido, pretende criar as leis, empurrar a história, trazer a luz para o povo ignorante.E é justamente aí que mora o perigo...
[Notícias excelentes; maravilhosas perspectivas - o que complica é que falta a vacina.]
O Instituto Butantan completou a entrega das 46 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde (leia), correspondentes ao primeiro contrato. O
desafio agora é produzir e distribuir as 56 milhões de doses relativas
ao segundo contrato, para completar as 100 milhões de doses previstas
para essa vacina.
Aparentemente há atraso no embarque de insumos da China para o Brasil, e o governo de São Paulo diz que o problema é político.Já
na Indonésia, um levantamento feito com profissionais de saúde
imunizados com as duas doses de CoronaVac indicou que a vacina, igual à
do Butantan, apresenta-se 98% eficaz para evitar mortes pela Covid-19. E
96% na prevenção de hospitalização.
Esses
números têm variado bastante de estudo para estudo no caso da CoronaVac,
como tb em outras vacinas. De todo modo, o índice indonésio agora
divulgado é uma ótima notícia.E está em linha com estudo publicado há um mês na Lancet (leia).
Com a autorização, o imunizante poderá ser aplicado em toda a população chinesa, não apenas nos grupos prioritários
As autoridades sanitárias da China aprovaram neste sábado, 6, o uso geral da vacina CoronaVac no país. O imunizante contra a Covid-19 produzido pelo laboratório Sinovac já tinha sido autorizado de forma emergencial em julho. A vacina é a segunda que recebe o aval para uso geral na China, depois da autorização concedida ao antígeno da farmacêutica Sinopharm no fim de dezembro.
[Sabedoria milenar chinesa: primeiro testa nos brasileiros e em outros países de espertos - após aplicação de alguns milhões de doses, sem notícias de intercorrência grave, libera para uso na China.]
Com o uso geral aprovado, a CoronaVac poderá ser aplicada em toda a população do país, não apenas nos grupos prioritários. A CoronaVac é uma das duas vacinas utilizadas atualmente no Brasil. A outra é a de Oxford-AstraZeneca. Ambas foram aprovadas no fim de janeiro pela Anvisa para uso emergencial. No Brasil, a CoronaVac é fabricada em parceria com o Instituto Butantan.
O imunizante da Sinovac também é utilizado emergencialmente na Turquia, Indonésia e Chile. Nos ensaios no Brasil, a vacina teve eficácia geral de 50,38% e de 78% para casos leves.A Sinovac ainda não divulgou os resultados finais dos testes com o imunizante no mundo.
EUA deixam aliança internacional contra o aborto apoiada por Bolsonaro
Junto com o ex-presidente Donald Trump, o governo brasileiro foi um dos principais apoiadores do grupo de 32 países
O governo de Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, na Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai apoiar ações em educação, saúde e direitos sexuais reprodutivos, além de voltar a financiar organismos internacionais e organizações que trabalham com esses temas. Com essa nova posição, Biden põe uma pá de calsobre a política abraçada por seu antecessor, Donald Trump, de combater o aborto internamente e em fóruns internacionais. Ao mesmo tempo, indica a saída dos EUA de uma aliança internacional contra o aborto, anunciada em outubro do ano passado, apoiada com ênfase pelo presidente Jair Bolsonaro.[com apenas um dia de governo, o novo presidente americano adota medidas covardes e cruéis, contra seres humanos inocentes e indefesos.
Com tais medidas um apelido já usado para identificar os Estados Unidos, volta a ter motivos para ser empregado: "Grande Satã".
A propósito: o que o mundo pode esperar de um governo de esquerda? adepto do politicamente correto e da política de desvalorizar VALORES do BEM, que incluem, sem limitar: a FAMÍLIA, a MORAL, à RELIGIÃO, à VIDA.]
A aliança internacional, denominada Consenso de Genebra, é formada por 32 países. Além de Brasil e EUA, aderiram ao documento Arábia Saudita, Polônia, Iraque, Indonésia, Egito, Congo, Paquistão e Zâmbia, entre outros.
Os governos dessas nações decidiram vetar todos os termos relacionados à saúde reprodutiva e direitos sexuais em programas e resoluções internacionais.
Eles argumentam que o uso desses termos seria uma abertura para a legalização do aborto, o que as organizações internacionais negam, já que as resoluções não se sobrepõem às leis nacionais
Para fontes da área diplomática do Brasil, não há como essa aliança internacional não ser afetada negativamente com a saída de um de seus principais integrantes. Porém, durante sua intervenção na reunião desta quinta-feira na OMS, a delegação brasileira informou que está"pronta e disposta" a trabalhar com os EUA e todos os outros países para fortalecer a organização.
No Brasil, o aborto só é permitido em três situações: quando há risco de morte para a mulher, causado pela gravidez; a gravidez é resultante de um estupro; ou se o feto é anencefálico.A participação dos EUA na reunião da OMS marcou a volta do país à organização, depois do rompimento promovido por Trump no ano passado e revogado por decreto por Biden logo depois da sua posse na quarta-feira.
Segundo o chefe da delegação americana na reunião, Anthony Fauci — que há décadas é diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA —, o governo Biden vai acabar, nos próximos dias, com as restrições que impedem que o governo federal americano repasse verbas para organizações dentro e fora dos EUA que lidam com o planejamento familiar e não refutam explicitamente o aborto. Ele também anunciou na reunião que os EUA passarão a financiar o consórcio Covax, que visa distribuir vacinas contra a Covid-19 para países pobres.
Fauci disse que a nova política em relação ao aborto faz parte do compromisso de Biden de revogar a chamada"Política da Cidade do México", adotada no governo de Ronald Reagan (1981-1988) e pelos governos republicanos desde então. Trump ampliou a política, com proibição de repasse de recursos para qualquer tipo de ajuda à saúde — como tratamentos de HIV, tuberculose e malária — se as organizações beneficiadas não firmassem um compromisso contra o aborto. [as crianças, assassinadas pelas mães no aborto - ainda na barriga de quem as concebeu = que deveria, e deve, ser o lugar mais seguro do mundo para elas = possuem mais direitos à vida do que os portadores de HIV, tuberculose, e malária (esses tem direitos à vida e a todo o tratamento médico, são seres humanos, só que como é sabido as crianças são prioridade em qualquer ação de salvamento = especialmente as que são vítimas da sanha assassina das próprias mães.]
Em direção contrária a Donald Trump, Fauci elogiou a OMS e chamou o diretor-geral do organismo, Tedros Adhanom, de "querido amigo".— Tenho a honra de anunciar que os Estados Unidos continuarão sendo membros da OMS. Os EUA também pretendem cumprir suas obrigações financeiras com a organização — disse.[o número de mortos pela covid-19, nos EUA e no mundo, comprovam a eficiência de Fauci no combate à pandemia nos EUA e do Adhanom no comando da OMS.] no mundo, comprova.
Butantan já havia comprovado a segurança do imunizante
O tão aguardado anúncio final da CoronaVac enfim foi revelado. A vacina, que é produzida pela fabricante chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, apresentou 78% de eficácia nos testes feitos em mais de 13.000 pessoas no Brasil. A informação foi confirmada pelo governo de São Paulo.
Com esse dado, o Instituto Butantan já pode pedir o registro emergencial da vacina à Anvisa, o que deve ocorrer ainda nesta quinta-feira, dia 07. A agência havia informado que, para uma vacina ser aprovada, ela precisaria ter pelo menos 50% de eficácia. Antes, o Instituto já comprovara que a vacina é segura – ou seja, que não provocou nenhum efeito adverso entre os voluntários.
[A Anvisa, por imposição legal, fará todas verificações cabíveis e possíveis para garantir que a CoronaVac seja segura no uso e eficaz na imunização.
O aval do Instituto Butantan - instituição centenária e que goza da confiança de milhões de brasileiros - tem sua importância, mas todo o processo precisa ser devidamente examinado.
Informações do governo de São Paulo, da Turquia e Indonésia, não devem ser consideradas na decisão da Anvisa. Lembrete: até o presente momento, não foi solicitado o registro emergencial.]
O porcentual de 78% vale para os casos leves da doença.Casos graves e moderados foram 100% evitados pelo imunizante, conforme informações do governo de São Paulo que serão melhor detalhadas em anúncio no Instituto Butantan.
Os dados foram compilados na Europa pelo Comitê Internacional Independente que monitora desde o início os estudos e repassados ao Butantan. O anúncio ocorre depois de dois adiamentos por parte do governo de São Paulo. O último ocorreu a pedido do laboratório chinês que queria uniformizar os dados da vacina entre os países que participam dos testes, entre eles Indonésia e Turquia.
Com avanços espetaculares no campo de novos produtos médicos e farmacêuticos, a China ainda enfrenta problemas do passado em matéria de imunizantes
“A história de propinas provocou preocupações entre investidores”. Com esta frase, o Washington Post resumiu a parte indesejada do currículo da Sinovac, a arrojada empresa que está à frente da vacina chinesa dirigida a países de desenvolvimento médio como Brasil, Turquia e Indonésia.
O passado ficou maior diante da projeção mundial que a CoronaVac – o melhor nome entre todas as vacinas para o novo vírus – ganhou. A ascensão da Sinovac, criada por Yin Weidong, seu presidente e CEO, aconteceu “com a ajuda de projetos prioritários de Pequim e subornos a funcionários envolvidos na área de vigilância sanitária e de aprovação dos acordos de venda”, diz a reportagem do Washington Post.
A empresa cooperou com a investigação. Yin Weidong disse em seu depoimento à Justiça que “não podia recusar pedidos de dinheiro feitos por um funcionário da área de vigilância”. O funcionário que recebeu as propinas para apressar as certificações entre 2002 e 2011 foi condenado a dez anos de prisão.
Obviamente, não foi um caso único. “Pelo menos 20 funcionários do governo e administradores hospitalares de cinco províncias admitiram na Justiça terem recebido propinas da Sinovac entre 2008 e 2016”.
[A continuar o desacerto entre o laboratório Sinovac e o Instituto Butantan, o Brasil terá que aceitar:
- aplicar a vacina chinesa e promover, aceitando e apoiando, a desmoralização do Instituto Butantã, instituição que conta com a credibilidade dos brasileiros.]
João
Doriae seus operadores político-científicos conseguiram transformar a
queda de braço comJair
Bolsonaro num processo de desmoralização do Instituto Butantan e da
CoronaVac. O governador paulista e seus prepostos técnicos prometeram para esta
quarta-feira (23) a divulgação do índice de eficácia da vacina importada da
China. E nada! A montanha pariu uma interrogação:o que está acontecendo com a vacina?
Numa
entrevista comandada por Jean Gorinchteyn, secretário de Saúde de São Paulo, e
Dimas Covas, diretor do Butantan, informou-se que a CoronaVac atingiu o
"limiar de eficácia". Entretanto, a dupla se recusou a divulgar o
percentual de eficiência. Alegou-se que o laboratório Sinovac, fabricante da
vacina, pediu 15 dias para reanalisar os dados.
Por quê?
Segundo Gorinchteyn, os dados colecionados pelo Butantan são diferentes do
índice de eficácia obtido em "outros países em que essa vacina vem sendo
usada." O laboratório chinês deseja unificar o número. Nas palavras do
secretário de Saúde, "não pode ter uma eficácia aqui, uma lá e outra
acolá." Hummm! Dimas Covas ecoou Gorinchteyn: "A Sinovac tem vários
estudos clínicos em andamento. Tem dados nossos e de outros locais. É
importante que ela faça uma uniformização de dados. Ela não pode analisar dados
da mesma vacina com critérios diferentes." Hã, hã.
A principal característica de uma péssima entrevista é o fato de os
jornalistas terem que ouvir autoridades durante incontáveis minutos para chegar
à conclusão de que elas não tinham nada a dizer. Quando marcou para 25 de
janeiro o hipotético início da vacinação em São Paulo, Doria pisou no
acelerador. Descobre-se agora que não sabia como parar de correr para,
finalmente, ocorrer. O déficit de explicações deixou no ar a seguinte
impressão: ao bater no "limiar de eficácia", os estudos do Butantan
chegaram a uma taxa acima dos 50% exigidos para a certificação de uma vacina
pelas agências sanitárias.
Mas ficaram longe do patamar obtido por concorrentes
como a Pfizer e a Moderna, acima dos 90%. O laboratório Sinovac não gostou. E
pediu para rever os números. Do modo como a confusão foi apresentada, ficou
entendido que alguém cometeu um erro técnico. Vale a pena repetir o que
declarou Gorinchteyn: "Não pode ter uma eficácia aqui, uma lá e outra
acolá." Além do Brasil, testam a CoronaVac a Indonésia e a Turquia. Por
falta de infectados, não há testes na China. Cabe perguntar: os estudos
clínicos do Butantan, fundação centenária na qual os brasileiros confiam,serão
subordinados às conclusões dos indonésios e dos turcos?
O que fazer com aquele
lero-lero de que a vacina do Butantan seria a vacina do Brasil?
Quando os estudos clínicos da fase três da CoronaVac
começaram, os resultados foram prometidos para 20 de outubro. Atrasou. O
governo de São Paulo comprometeu-se a expor os dados em 15 de dezembro, junto
com um pedido à Anvisa para o uso emergencial do imunizante. Deu chabu.
A coisa foi empurrada para esta quarta-feira, 23 de dezembro.
Atribuiu-se o novo atraso a uma esperteza. Desejava-se requisitar não mais o
uso emergencial, mas o registro definitivo da vacina. O atraso era necessário
para que a CoronaVac fosse certificada primeiro na agência de vigilância
sanitária da China. Era conversa fiada. Em pesquisa divulgada no último dia 12
de dezembro, o Datafolha informou que 73% dos brasileiros desejam se vacinar
contra a Covid. Entretanto, 50% dos entrevistados disseram não ter a intenção
de tomar a vacina originária da China.
O vaivém de São Paulo leva água para o
moinho da desconfiança. Doria não deu as caras na entrevista.
Realizou uma inacreditável
viagem para Miami. Coisa do tipo bate-volta. Bateu, se deu conta de que
fornecia munição para os adversários, e voltou. Tudo muito primário.