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sábado, 26 de novembro de 2022

Entenda a PEC da transição e por que ela prejudica a sua vida - Gazeta do Povo

VOZES - Deltan Dallagnol

Justiça, política e fé

Lula quer uma PEC de transição que lhe garanta a possibilidade de furar o teto de gastos em 198 bilhões de reais por ano, violando regras básicas de responsabilidade fiscal, sem correr risco de impeachment.

Para colocar a opinião pública a favor da PEC, Lula afirmou há uma semana que o teto de gastos suprime recursos da saúde, educação, ciência, tecnologia e cultura para entregá-los a banqueiros. Para ele, o teto impediria o investimento social. É mais um engodo de Lula. 
Toda pessoa responsável por um orçamento familiar ou empresarial entende que precisa, como regra, gastar menos do que ganha. 
Se gastar mais, vai se endividar com empréstimos e gastos no cartão. Conforme sua dívida cresce, os bancos cobrarão taxas de juros maiores porque o risco de um calote se torna maior.

A cada mês, um valor maior do orçamento doméstico precisará ser separado para pagar os empréstimos, que crescerão com o volume da dívida e a taxa de juros. Se a dívida crescer demais, chegará a um ponto em que se tornará impagável. A família ou empresa se tornará insolvente, quebrará.

É para evitar essa bola de neve de crescimento da dívida do país que foi criada em 2016 a regra do teto de gastos, que estabelece uma limitação para as despesas do governo, que não podem superar aquelas do ano anterior, reajustadas pela inflação.

Essa regra de “responsabilidade fiscal”, controle fiscal ou controle de contas foi inserida na Constituição por meio da Emenda 95 e seu descumprimento acarreta crime de responsabilidade do Presidente da República, que pode resultar no seu impeachment. Por isso, Lula busca autorização do Congresso, por meio de uma nova emenda à Constituição, para realizar despesas acima do teto. Contudo, mesmo que a PEC seja aprovada, permitindo um gasto maior do que a receita, ela não inventa o dinheiro.

O problema, muito mais do que jurídico, é econômico. De onde virão os recursos?

Há três soluções possíveis: o aumento irresponsável da dívida que gera recessão econômica; a impressão de dinheiro que acarreta inflação e pode encontrar óbice na autonomia do Banco Central estabelecida recentemente por lei; e o aumento de uma carga tributária já bastante alta que dependeria do Congresso.

A solução que está nas mãos do presidente é o aumento da dívida, aquela mesma solução já conhecida da família ou empresa que se endivida. Contudo, essa solução não funciona quando as contas não comportam mais endividamento.

O governo toma empréstimos por meio da emissão e venda de títulos da dívida pública, que são comprados por investidores nacionais e estrangeiros, diretamente ou indiretamente quando fazem aplicações em fundos de investimento nos bancos.

O empréstimo será honrado na data e forma estabelecida no título. O governo pode pagar o empréstimo com recursos oriundos dos tributos, ou rolar a dívida emitindo novos títulos da dívida pública. Se a dívida ficar muito elevada ou houver um descontrole das contas públicas, aumenta a desconfiança dos investidores de que o país não terá condições de honrar a sua dívida.  
Países que deram calote, como Argentina, Rússia e Grécia, sofreram consequências gravíssimas na economia como perda do poder de compra da moeda, descontrole inflacionário, desvalorização do câmbio, desemprego e diminuição do padrão de vida da população.

O volume da dívida brasileira é hoje de cerca de 77% do PIB, o que é bastante alto em comparação com outros países emergentes. Por conta da PEC da transição de Lula, que promete um impacto de 800 bilhões mais juros ao longo de quatro anos, economistas têm projetado um crescimento da dívida pública de cerca de 10 a 20 pontos até o fim do próximo governo, aproximando-se do valor do próprio PIB.

O teto de gastos foi criado justamente num contexto de descontrole do aumento da dívida pública, logo após o governo Dilma, para dar confiança de que o país honraria a sua dívida e, assim, favorecer a venda dos títulos e a rolagem da dívida. O teto dá sustentabilidade à dívida e tem previsão de durar 20 anos. A violação do teto de gastos, fora de circunstâncias extraordinárias, destrói a regra e a confiança de que a dívida será honrada. Com isso, a venda dos títulos só ocorrerá mediante a sua oferta pelo governo com uma taxa de juros maior.

Essa taxa de juros paga pelo governo, atrelada aos mencionados títulos, acaba balizando a taxa de juros de toda a economia. De fato, instituições financeiras só emprestarão para pessoas como eu e você se cobrarem de nós uma taxa de juros maior do que aquela que receberão se comprarem títulos do governo, pois o risco de emprestar ao governo é menor.

Assim, se os juros da dívida pública subirem, também subirão os juros que instituições financeiras cobram de empreendedores, agricultores, industriais e consumidores, desacelerando a atividade econômica, porque ela depende em grande medida de financiamentos.

Além disso, uma alta taxa de juros desestimula o empreendedorismo e a geração de riqueza. Pessoas preferirão comprar títulos públicos que lhes rendam altos juros do que investir em empreendimentos econômicos que exigem tempo e energia e implicam riscos.

Assim, o descontrole fiscal prejudica o crescimento do Brasil, a renda e o emprego. É o que o governo promoverá ao extrapolar o teto de gastos, exatamente o contrário do desenvolvimento econômico e social que afirma buscar.

Some-se que aumentar dívida para financiar despesas ordinárias, como quer o PT, viola a regra de ouro fiscal de que só se aumenta dívida para fazer investimentos, porque eles aumentam a riqueza produzida e a capacidade do país de pagar a dívida feita. Ampliar a dívida sem ampliar a riqueza significa transferir injustamente às gerações futuras o encargo de pagar as contas da geração atual.

A PEC da transição pode trazer um benefício instantâneo, de curto prazo, mas trará prejuízos significativos no médio e longo prazo. 
Por suas consequências desastrosas, a PEC da transição já foi apelidada de PEC do estouro, da gastança, do apocalipse ou da Argentina. Com ela, Lula descumpre sua promessa de campanha de responsabilidade fiscal.

Ampliar a dívida sem ampliar a riqueza significa transferir injustamente às gerações futuras o encargo de pagar as contas da geração atual

Nesse cenário, é natural que o índice da bolsa de valores caia. Não é uma conspiração do mercado. As ações da bolsa representam o valor das empresas e, num cenário de recessão e perda de renda e emprego, elas crescerão menos, o que as desvaloriza.

Por tudo isso, é enganosa a narrativa de que o teto favorece banqueiros em prejuízo dos brasileiros. É o contrário: investidores rentistas ganham mais quando os juros sobem. Na verdade, o teto protege a saúde das contas que é condição para a prosperidade de todos.

É também mentirosa a alegação de que o teto impediria o gasto social. A responsabilidade fiscal é condição necessária para a social. Além disso, recursos para os investimentos sociais, que são bastante importantes, podem e devem ser obtidos mediante remanejamento e não aumento de despesas.

Dentre os 30 países com maior carga tributária do mundo, o Brasil é o que menos retorna os recursos arrecadados para a população na forma de serviços públicos essenciais. Não se trata de gastar mais, mas de gastar melhor, reduzindo a ineficiência e o desvio do dinheiro público, no que os governos do PT foram pródigos.

Ao tomar conhecimento dos planos de Lula, Henrique Meirelles desejou boa sorte a investidores. Nós brasileiros precisaremos mais do que de boa sorte. Precisamos de uma boa atuação do Congresso para impedir a catástrofe moral e econômica que o governo do PT planeja impor aos brasileiros.

Veja Também:

É pior do que uma carona no jatinho, é a banalização da corrupção



Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima

Deltan Dallagnol, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sábado, 19 de novembro de 2022

Não é empréstimo, é carona. Sério? - Carlos Alberto Sardenberg

Qual a diferença entre tomar um jatinho de empréstimo ou pegar uma carona nesse avião? Nenhuma, claro. 
O fato é que Lula, presidente eleito, viajou de graça no jato de um empresário, José Seripieri Junior, que ganha dinheiro no ramo de corretagem de planos de saúde, setor fortemente regulamentado. 
Erro mais evidente, impossível: o presidente ganhou um favor de um empresário cujos negócios dependem do governo, para o bem ou para o mal.

Acrescente-se que o empresário fez fortuna durante governos petistas; financiou campanhas de Lula; emprestou ou “apenas” hospedou o presidente, como diria Geraldo Alckmin, em casa de veraneio em Angra; foi apanhado numa das operações Lava Jato; fez delação premiada e pagou multa de R$ 200 milhões.

Não há ressalva possível. Trata-se de equívoco ético e político. Levanta suspeitas. O caso da PEC da transição – que libera gastos de até R$ 200 bilhões fora do teto – guarda algumas semelhanças na narrativa. 

OK, mas continuam sendo R$ 200 bilhões fora do orçamento e sem fonte de financiamento. É irregular, mesmo que seja aprovada a PEC que permite isso. [confiamos que a PEC do PRECIPÍCIO não será aprovada; mais uma vez os mais pobres serão os mais prejudicados = mas, foi o voto errado deles, que substituiu o Auxílio Brasil de R$600,00, pelo novo/velho Bolsa - Família de R$ 400,00.]

Tudo somado e subtraído, aqueles 200 bilhões formam déficit primário na veia, a ser coberto com dívida a juros altos. Como o orçamento dentro do teto já tem déficit, a consequência é óbvia: irresponsabilidade fiscal.Diz Lula: mas é responsabilidade social

Tenta criar assim uma oposição entre políticas sociais para os pobres e controle das contas públicas. Já dissemos e vai de novo: no seu primeiro governo, Lula fez superávit no orçamento e lançou políticas sociais. Podemos pegar também exemplos de fora. Os países europeus são os mais adiantados na aplicação do estado bem-estar. E são também extremamente zelosos na estabilidade fiscal e monetária.

 Qual a consequência da irresponsabilidade fiscal?  Quando o governo é devedor contumaz, isso enfraquece a moeda no caso o real se desvaloriza em relação ao dólar e outras moedas. Quem vive em reais fica mais pobre, simples assim.

Moeda fraca gera inflação – e de novo pune os mais pobres.

Dívida pública crescente leva à alta de juros – o investidor pede mais caro para comprar títulos do governo. Os juros elevados pagos pelo governo se espalham por toda a economia. 
Claro, se eu posso ganhar 14% ao ano emprestando para o governo, por que emprestaria por menos a um empresário ou consumidor? 
Ou seja, investir ou consumir fica mais caro. 
Trata-se de desestímulo à atividade econômica – ou seja, à geração de emprego e renda.
 
Finalmente, as empresas locais perdem valor, estejam ou não listadas na bolsa de valores. Juros altos e incertezas fiscais reduzem o capital disponível para investimentos. 
O ambiente de negócios torna-se desfavorável, algo especialmente ruim num país em que o sistema tributário parece ter sido montado para infernizar a vida das empresas e das pessoas.

Tudo isso acontece e já aconteceu, a partir do Lula2 e de Dilma. Como é possível que não tenham aprendido que irresponsabilidade fiscal com pedaladas e contabilidade criativa levam a recessão e inflação?

         Lembra a sacada de Talleyrand, comentando os erros repetidos dos Bourbon: não aprenderam nada e, pior, não esqueceram nada. [de tudo se conclui de forma inequívoca que rejeitar a PEC do PRECIPÍCIO não é vingança e sim tornar menos dificil a sobrevivência dos mais pobres.]

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista

Coluna publicada em O Globo


domingo, 24 de julho de 2022

O Lula da vida real - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Lula, em sua versão 2022, está com a ideia fixa: dar mais força e poder para o ‘Estado’ 

O ex-presidente Lula, candidato já declarado pelas pesquisas de opinião como vencedor das eleições de outubro próximo, está fazendo algo que não é comum na política brasileira.  
Cada vez mais, em seus discursos de campanha, insiste em deixar claro quem ele realmente é e, pior ainda, como vai ser o seu governo se de fato chegar lá outra vez. 
Em seu último manifesto, disparado com a mesma ira de sempre, Lula disse o seguinte: é contra – isso mesmo, contra – a redução dos preços dos combustíveis para o consumidor, trazida pela recente redução de impostos que o governo federal propôs e o Congresso aprovou. Como assim?  
Por que raios alguém seria contra um benefício claro e direto à população
Porque o que é bom para o cidadão não é bom para o tipo de gente de quem Lula realmente gosta. “A redução de preços prejudica os governadores”, explicou ele num comício de campanha. 
O candidato do PT acha que isso é uma coisa horrível.
O ex-presidente Lula em ato de campanha na sexta-feira, 21, em Recife

 O ex-presidente Lula em ato de campanha na sexta-feira, 21, em Recife  Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/EFE [não se percebe público; nos parece que não tem público = ato de campanha secreto?]

 Eis aí, sem disfarces, o Lula de verdade: entre o povo brasileiro e os governadores, ele toma o partido dos governadores, essa elite que manda, se enriquece e representa tão bem o Brasil que ele quer manter intacto, hoje e sempre. É isso – o candidato do “campo progressista” acha que a população deve pagar mais caro pela gasolina, porque os governadores de Estado, esses colossos que estão aí, devem ter mais dinheiro. 
A desculpa que dá para essa preferência é mais falsa que um Rolex paraguaio
Lula diz que, por causa da diminuição nos preços dos combustíveis, vai “faltar dinheiro para educação e a saúde” como se os governadores estivessem dando a mínima para uma coisa ou para a outra. 
Por acaso os impostos sobre o combustível estavam sendo aplicados nos maravilhosos sistema de educação e saúde que os governadores de Estado vinham executando – e que agora, coitados, não vão poder executar mais? 
A última coisa que esses governadores fizeram, em termos de educação, foi manter fechadas durante dois anos as escolas da rede pública de ensino – o maior desastre que já aconteceu em toda a história da atividade escolar neste país.
 
 Lula, em sua versão 2022, está com uma ideia fixa: dar mais força, mais poder e mais dinheiro para “o Estado” e isso, traduzido em português, quer dizer que vão transferir cada vez mais o que você tem no seu bolso para o bolso dos que mandam no governo e nos seus arredores. 
Não são os adversários do PT que dizem isso. É Lula, em pessoa, que quer a volta do imposto sindical. É ele que quer a volta do imposto da CPMF. É ele que quer um governo mais caro e sem teto de gastos. 
 O fim dessa linha é bem sabido: menos liberdade para todos.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

 

sábado, 30 de abril de 2022

Os cinco pilares da longevidade - O Globo

Qualidade de vida

Angelica Banhara
Amigos e familiares reunidos

A expectativa de vida está aumentando: se em 1940, no Brasil, ela era de 45,5 anos, hoje bate os 76 anos
Mas esse bônus da longevidade só vale a pena se pudermos viver com saúde, autonomia e qualidade de vida.
Se engana quem acha que é cedo para pensar nisso: nossa saúde é o resultado, em grande parte, das escolhas que fazemos ao longo da vida. Envelhecer é um processo que começa quando nascemos: ninguém dorme jovem e acorda idoso.
 
A genética tem o seu peso para a saúde, mas é menor do que imaginamos: fica em torno de 20%. Por outro lado, adotando hábitos mais saudáveis podemos driblar a genetica, prevenir e tratar até 80% das doenças crônicas não-transmissíveis, justamente aquelas que mais matam em todo o planeta: doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade e vários tipos de câncer.
 
Recentemente, assisti cerca de 50 palestras de especialistas na terceira edição do congresso de medicina integrativa ConVIDA (os vídeos estão disponíveis no canal  Vida Veda no Youtube), que teve a Longevidade como tema, e apresento aqui os principais pontos para uma vida longa, saudável e feliz.
“A longevidade saudável acontece quando o envelhecimento é acompanhado de bem-estar e sustentado pelos pilares da saúde, que mostramos a seguir. Eles nos permitem desfrutar a vida com mais qualidade”, afirma  o médico Matheus Macêdo, formado em medicina na Índia, especialista em Ayurveda e organizador do ConVIDA.
 
1 - Equilíbrio alimentar. O principal ponto é comer comida de verdade, priorizando os alimentos que vêm da natureza (legumes, frutas, grãos e cereais integrais, feijões e castanhas).
Os especialistas destacam o valor dos alimentos antioxidantes, que combatem o envelhecimento das células do organismo e o aparecimento de doenças como o câncer. Os vegetais e as frutas estão entre os campeões nesse quesito.
Outro ponto importante é não exagerar nas quantidades: pare de comer quando estiver 80% satisfeito. 
 
2 - Vida ativa. Estudos comprovam os malefícios de ficar muito tempo sentado: o sedentarismo encurta a vida e rouba o bem estar. O primeiro passo é colocar mais movimento no dia a dia: trocar o elevador pelas escadas, ir a pé à padaria, passear com o cachorro. Os médicos ressaltam a importância de fazer musculação ou treino de força na terceira idade para manter a massa magra (ossos e músculos).
 
3 - Manejo do estresse. Vale lembrar que a atividade física é uma arma poderosa para combater o estresse, assim como os exercícios respiratórios e a meditação. O contato com a natureza também tem efeito comprovado antiestresse: a cidade, os parques e praças são alternativas.
 
4 - Sono de qualidade. Durante o sono restaurador há aumento da capacidade cerebral, retenção de aprendizado, fortalecimento da memória, regeneração muscular e produção de hormônios essenciais.
 
5 - Conexões pessoais, espiritualidade e propósito. Pessoas que cultivam das relações pessoais (valorizam os laços com família e amigos) são mais saudáveis, vivem mais e são mais felizes.
A espiritualidade pode ou não estar ligada a uma vivência religiosa. Tem a ver com buscar significado para a vida e um sentido de conexão com algo maior que si próprio. Desenvolver a espiritualidade inclui ampliar a percepção e a preocupação com os outros, o que aumenta a empatia, a generosidade, a compaixão e o sentimento de gratidão.
E isso muda a maneira de ver o mundo e os outros, trazendo propósito à nossa vida e à existência e mais significado à nossa trajetória.
“Para completar, destaco a importância de estarmos abertos a novas experiências, aprendendo coisas novas e explorando os limites da zona de conforto em todas as fases da vida. Essa postura de vida promove neuroplasticidade e resiliência, nos protegendo contra processos neurodegenerativos, como Alzheimer, por exemplo”, conclui Matheus.

Espiritualidade Blog - O Globo


domingo, 20 de fevereiro de 2022

O que fazer com os 30 quilos de cocaína? - Carlos Alberto Sardenberg

Em 9 de julho de 2019, quando tomava corpo o desmonte da Lava a Jato  e de todo o sistema de combate à corrupção,  o professor de Direito Constitucional Joaquim Falcão deu uma aula sobre esse tema aqui em O Globo. Começou contando uma história que ouvira de um ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.

A seguinte: “O Supremo julgava um traficante de drogas. Preso com 30 ou mais quilos de cocaína. Não lembro bem. Uma enormidade. Na apreensão, ou durante o processo, uma autoridade teria cometido ato duvidoso diante da lei.

A defesa argumentou ofensa ao princípio de devido processo legal. Donde, in dubio pro reo. O debate no Supremo caminhava rotineiramente para a soltura e absolvição do traficante preso. Quando, surpresa, um ministro perguntou a seus colegas: E a cocaína? O que fazemos com os mais de 30 quilos apreendidos?”

Claro que já perceberam onde queremos chegar. Na pergunta que os tribunais terão de responder em breve: o que faremos com o dinheiro da corrupção capturado em processos que vêm sendo anulados? Esse dinheiro é tão concreto quanto os quilos de cocaína. Em dezembro passado, a Petrobras informou que chegara ao final de 2021 com R$ 6,17 bilhões recuperados em acordos de leniência, repatriações e delações. Dinheiro da corrupção apanhada pelos dois principais ramos da Lava Jato, a de  Curitiba e a do Rio.

Há outros processos de recuperação em andamento. A Petrobras informou que atua como coautora em 31 ações de improbidade administrativa e 85 ações penais vinculadas às diversas fases da Lava Jato. Periga perder todas.

A Lava Jato de Curitiba já foi desmantelada. Os chamados garantistas, réus e advogados do grupo “Prerrogativas” aquele que promoveu o jantar para Lula e Alckmin – se preparam agora para desmontar os processos do juiz Marcelo Bretas, da Lava Jato do Rio.

A tática é a mesma: não provar a inocência dos clientes, [tarefa impossível, visto que provar o que não existe é complicado,tanto quanto provar o que não ocorreu  -  tanto é que desde antes da eleição 2018, a turma do establishment = inimigos do presidente Bolsonaro = inimigos do Brasil, tenta provar algo contra Bolsonaro e familiares e não consegue. Bolsonaro logo será reeleito e eles vão continuar tentando.] mas anular os processos com base no que o professor Falcão chama de doença do processualismo.

Diz ele: “Longe viver sem o devido processo legal e o pleno direito de defesa. Ao contrário. Mas seu inchaço não nos leva à saúde da democracia. Quem transforma o saudável direito processual em patológico processualismo?”

Um amigo advogado conta uma história que deve ser inventada, mas é boa assim mesmo. Diz que um empresário apanhado na Lava Jato foi a um conhecido escritório de advocacia e disse que queria limpar seu nome, mesmo perdendo  todo o seu dinheiro. O advogado teria respondido: veio no escritório errado; aqui a gente salva o dinheiro, mesmo deixando o nome na lama.

Mas o PT não quer apenas Lula livre. Quer limpar o nome do candidato e do partido. Acaba de lançar uma história em quadrinhos para, explica o redator,  facilitar o entendimento “de quem não aguenta mais ler textão”. Ou seja, deixem os processos de lado e fiquem com a seguinte narrativa, muito simples: não houve corrupção, Lula é inocente, culpado é o Moro.

O quadrinho admite que não houve sentença declarando Lula inocente, mas argumenta que a extinção dos processos é prova de inocência.Não é, mesmo porque as provas da corrupção – e o dinheiro – não desaparecem simplesmente porque algum juiz considerou o processo irregular. Trata-se, sem tirar nem por, do mesmo caso da cocaína. Os tribunais que estão liberando geral vão fazer o que com os bilhões capturados? A Petrobras terá que devolver os R$ 6,17 bilhões?

Seria a consequência lógica. Se não houve um grande esquema de corrupção montado nos governos do PT e associados, se os processos foram extintos, então o dinheiro teria que ser devolvido aos seus “donos”. E já tem ex-réus cogitando disso. [a defesa do descondenado luladrão = petista Lula = já começou a atuar, com pedido de indenização no valor de R$ 1,5M, por danos morais, e R$ 100 mil por grampo. Logo pede a devolução, de valores que decorrentes de lucros cessantes, etc.]

Para o PT, entretanto, isso não é o essencial. A questão está nas eleições. Se Moro for candidato, é claro que vai colocar o tema no debate – e ele sabe muita coisa, tem muito documento e provas à disposição. Por isso o PT ataca tanto o ex-juiz. E por isso publica seus quadrinhos. Para ludibriar os eleitores.

Carlos  Alberto Sardenberg,  jornalista

Coluna publicada em O Globo - Economia 19 de fevereiro de 2022

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Judiciário brasileiro: o maior programa de redistribuição de renda da galáxia - Gazeta do Povo

Madeleine Lacsko

Privilégios
Embora as más línguas critique nossos programas de redistribuição de renda, somos os melhores em tirar do pobre para dar ao rico.

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Muita gente reclama que o Brasil não consegue resolver a questão crônica da pobreza e redistribuição de renda. Programas como o Bolsa Família, por exemplo, têm resultados positivos mas recebem menos dinheiro do que o Bolsa Empresário Amigo de Governo, algo criado conjuntamente. No entanto, considero injusto dizer que não temos um programa de redistribuição de renda que funcione. Temos sim.

Talvez por falta de patriotismo você não saiba, mas o Brasil tem o mais eficiente programa de redistribuição de renda da galáxia. 
Redistribui do pobre para o rico e o rico ainda ganha o direito de chorar miséria e se dizer injustiçado. 
Chama-se Carreiras Jurídicas no Judiciário, MP e Defensoria. 
Nem deputado ganhou tanto benefício a mais na pandemia quanto estes bravos guerreiros.
 
Outro dia li a notícia de que os nobres desembargadores do Judiciário do meu estado querem aumento salarial porque estão trabalhando demais.  
Vocês sabem que eu já trabalhei no STF, assessorei associações de juízes e de promotores. 
Salvo raras e honrosas exceções, anônimas e lotadas no interior em sua maioria, difícil alguém que realmente pegue no pesado.

Fico pensando se resolvessem descontar das horas trabalhadas aquelas gastas em congressos nas cidades praianas ou dando entrevistas. 
Tem gente que, no final, iria ter trabalhado de verdade umas 4 horas por mês. O pessoal reclama da agenda do presidente, que tem menos compromisso do que minhas tias dondocas. Ficam xingando deputado que trabalha só de terça a quinta. Todo mundo aí tá trabalhando mais do que nossos bravos guerreiros da Justiça brasileira.

Obviamente é um privilégio para a casta da casta. Quem é trouxa dedicado acaba trabalhando em cidade pequena cheia de pobre e com ausência de outros órgãos do Estado.                                                      Daí, seja juiz ou promotor, vira uma espécie de faz-tudo.  Aliás, nesses casos nem ter a formação em Direito basta, o sujeito tem de ter CRM, CRO, CREA e, principalmente, CRP.     Vai resolver problema de todo mundo o tempo todo e ficar só com o salário mesmo, nada de penduricalhos mil nem folgas.

Anos atrás, o então presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo defendeu de forma enérgica a necessidade de aumento de salários. Os juízes estariam até mesmo sem dinheiro para ir comprar terno em Miami. Absurdo! Um amigo que pegou uma comarca trabalhista tumultuadíssima no ABC me disse, talvez com inveja: "veja que esse deveria ser meu tipo de problema e eu pego só enrosco". Adivinha quem está pedindo aumento? O pessoal do terno em Miami, claro.

O amigo do ABC vive muito bem e vive agradecendo a Deus ter passado no concurso. Mas não chegou ao nível espiritual do terno em Miami nem de poder se ausentar do trabalho em função de dar entrevistas ou participar de convescotes. Durante a pandemia, o que ele ganhou foi processo disciplinar no CNJ. Saiu do sério numa audiência ao perceber que o empregado e o preposto da empresa estavam na mesma sala, escondendo do Judiciário que haviam feito acordo.

A renda do brasileiro caiu em torno de 10% durante a pandemia. Isso não quer dizer que cada um ganha 10% a menos, significa que tem gente absolutamente quebrada a ponto de gerar esse impacto na massa total de trabalhadores. Enquanto isso, viralizaram durante toda a pandemia as listas de quem recebeu salários de mais de R$ 100 mil na casta do Judiciário. Mas eles estão trabalhando demais e precisam de aumento. Será pago obviamente pelo pessoal que ficou mais pobre. Redistribuição de renda.

Esse gráfico é do Boletim Desigualdade das Metrópoles, da PUC/RS e mostra a variação da renda dos trabalhadores. Nada animador. Mas o dado mais interessante talvez seja o quanto é essa renda. Eu li em vários lugares que o baque econômico atingiu primeiro os pobres mas chegou já na classe média alta. Isso significa que a família ganha mais de R$ 3.100,00 per capita e está nos 10% mais ricos da população. Talvez você já esteja no clube dos bilionários sem saber.

Aqui está a prova cabal de que realmente temos, com as Carreiras Jurídicas do Judiciário e MP, o melhor programa de redistribuição de renda da Via Láctea. O vale-refeição dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Amapá é de R$ 3.500,00. 
Só isso já é R$ 400,00 a mais que a renda necessária para integrar a classe-média-alta brasileira, os 10% mais ricos. 
Leia essa coluna do Lucio Vaz e entenda por que eu luto tanto por uma nomeação no Judiciário brasileiro.

Obviamente não é em todos os tribunais que se tem tanto sucesso na redistribuição de renda. Os juízes do Tribunal de Justiça de Pernambuco recebem apenas R$ 1.561,80 de vale-refeição, o que deixa as refeições deles distantes da classe média alta. E veja a injustiça: só chegou nesse valor porque eles conseguiram um aumento de 46% no último mês de junho, em plena pandemia.

A coluna do Lucio Vaz traz os casos em que você é bem mais generoso com nossos bravos guerreiros da Justiça. Tem uma juíza que foi removida de um estado a outro e ganhou R$ 100 mil de auxílio-mudança. Eu achei que tinham aberto uma comarca na Lua quando vi o valor. 
De repente abriram mesmo, mas quem está lá é o desembargador do Rio de Janeiro que recebeu R$ 72.400,00 de indenização de transporte.       Por isso você teve de pagar a conta de celular de R$ 17.300,00 de um desembargador de Goiás, ligou para a nova comarca na Lua.

Mas eu estou preocupada mesmo é com a saúde de diversos desembargadores pelo Brasil
No Amapá, um deles recebeu R$ 163.000,00 de auxílio-refeição. 
Avalie o quando a Excelência precisou comer para chegar nesse valor, um perigo para a saúde. 
É por essas e outras que, no Maranhão, nós precisamos pagar R$ 334.000,00 de auxílio saúde para uma desembargadora. Ambiente insalubre o deles.

Em dezembro, 20 dos 26 desembargadores do Tribunal de Justiça do Amazonas receberam salários de mais de R$ 100.000,00. O que recebeu mais teve rendimentos de R$ 237.067,45. Mas não é tudo salário.                                                                                                            São R$ 35.462,22 de salário, R$ 9.960,26 de indenizações, R$ 4.964,71 de direitos pessoais e R$ 186.680,26 de direitos eventuais. Eu não sei o que são direitos eventuais mas, se quiserem me pagar, também aceito.

Você pode achar os salários nababescos. Mas são cargos importantíssimos e que exigem muito preparo e estudo. Na verdade, o que o pessoal do Amazonas ganha não é suficiente para muitas coisas. Por mim, eles adotariam o auxílio-livro, à semelhança do Tribunal de Justiça do Mato Grosso. São dois salários extras por ano, cerca de R$ 70.000,00. Como não têm a verba, os desembargadores do Amazonas passam perrengues como o da queda da estante de livros falsa na audiência virtual.

Tomara que o desembargador não ouça a jornalista porque é bem capaz de querer processar o vendedor do cenário por danos morais de verdade. As juízas que foram para o aeroporto errado e perderam o voo por isso processaram a companhia aérea e ganharam uma bolada, por que não? Quem vive nesse mundo é que julga os eventuais conflitos e disputa do país em que rico ganha menos que vale-refeição de juiz. É um sistema que definitivamente não tem como dar certo.
 

Madeleine Lacsko, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Se as economias dos EUA, da Europa e do Japão estão mal, por que o Brasil deveria estar bem? - O Estado de S. Paulo

 J. R. Guzzo

Ilusão perdida

De duas uma: ou o Brasil já pode chamar o padre para receber a extrema-unção, pois o doente vai morrer daqui a cinco minutos, ou então existe alguma coisa muito errada nos boletins médicos sobre a saúde do paciente que estão sendo divulgados para o público. 
A inflação ficou acima dos 10% em 2021. 
O desemprego até que está caindo, mas ainda há mais de 13 milhões de desempregados na rua. A renda desabou. A pobreza aumentou. 
A economia não cresce nada. Não existe mais orçamento federal. 
O presidente é ruim. O ministro da Fazenda é ruim. Os outros ministros são ruins. Porque, então, o paciente não morre logo de uma vez?

Uma das hipóteses é o mau funcionamento de algo que se poderia chamar de Sistema Nacional de Informação Econômica; é por aí que a população, ou quem se interessa por questões da vida pública, recebe notícias sobre a economia do País. Esse mecanismo, sabidamente, está com as válvulas desalinhadas. É natural. Os jornalistas, quando precisam dizer alguma coisa a respeito, procuram os economistasque sabem tão pouco sobre o que está acontecendo quanto os próprios jornalistas, mas que, como eles, têm certezas absolutas sobre economia ou qualquer outro assunto. As perguntas que fazem e as respostas que dão, como resultado de sua fé, contentam os desejos de uns e outros – e, se isso não combinar com a realidade, pior para a realidade, e pior para o público pagante. 

A indignação escandalizada diante da inflação, como se vê agora, é um caso claro de diagnóstico que não combina com a doença. 
É como se o Brasil estivesse fora do sistema solar. 
A inflação nos Estados Unidos foi de 7% em 2021, o pior resultado em 40 anos. Se a inflação americana foi de 7%, quanto os economistas acham que deveria ser a do Brasil? 
A inflação nos países ricos em geral, medida no conjunto da OCDE, ficou um pouco abaixo dos 6%. Dá para comparar, em termos de tamanho, organização e qualidade, as economias dos Estados Unidos, Europa e Japão com a economia brasileira, coitada? Se eles estão mal, após dois anos seguidos de destruição econômica por conta da covid e dos seus “fique em casa”, por que raios o Brasil deveria estar bem?   
 
Não é só a inflação. As contas públicas de 2021, que, por decisão do “sistema”, deveriam ter um déficit de “R$ 250 bilhões”, tiveram um saldo entre R$ 20 bi e R$ 40 bi.  
O Brasil teve no ano passado gastos no mesmo nível de antes da pandemia; ninguém conseguiu nada assim. O País está com problemas? Sim. Mas achar que só o governo tem alguma coisa a ver com isso é apenas uma ilusão perdida.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo
 

sábado, 15 de janeiro de 2022

Pesquisadores explicam como exercícios físicos podem ajudar a controlar a ansiedade - O Globo

Estudo realizado na Suécia descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver o problema  

Um estudo em larga escala com quase 200 mil esquiadores de cross-country, publicado na Frontiers in Psychiatry, descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver ansiedade clínica ao longo do tempo. Foto: PIOTR REDLINSKI / NYT
Um estudo em larga escala com quase 200 mil esquiadores de cross-country, publicado na Frontiers in Psychiatry, descobriu que ser fisicamente ativo reduz pela metade o risco de desenvolver ansiedade clínica ao longo do tempo. Foto: PIOTR REDLINSKI / NYT

A ciência já oferece muitas evidências encorajadoras de que o exercício pode melhorar nosso humor. Experimentos mostram que quando as pessoas (e animais de laboratório) começam a se exercitar, elas normalmente ficam mais calmas, mais resilientes, mais felizes e menos propensas a se sentir indevidamente tristes, nervosas ou com raiva. Estudos epidemiológicos, que muitas vezes se concentram nas ligações entre um tipo de atividade ou comportamento e vários aspectos da saúde ou longevidade, também descobriram que mais exercícios estão associados a chances substancialmente menores de desenvolver depressão grave. Inversamente, ser sedentário aumenta o risco de depressão.

Leia mais:  Em vez de se preocupar com a dieta em si, treine o cérebro

Saúde mental
Para o novo estudo, que foi publicado na Frontiers in Psychiatry, cientistas do exercício da Universidade de Lund, na Suécia, e outras instituições, decidiram que valeria a pena examinar a saúde mental a longo prazo de milhares de homens e mulheres que participaram do famosa corrida anual de esqui na Suécia conhecida como Vasalopett, em que uma multidão de participantes percorre a distância de 90 km entre Sälen e Mora, na província histórica sueca da Dalecárlia.

Como esse tipo de evento requer saúde, resistência e treinamento abundantes, os pesquisadores usaram dados sobre os corredores do Vasaloppet para estudar como o exercício influencia a saúde do coração, os riscos de câncer e a longevidade.

— Usamos a participação em uma Vasaloppet como um substituto para um estilo de vida fisicamente ativo e saudável — disse Tomas Deierborg, diretor do departamento de medicina experimental da Universidade de Lund e autor sênior do estudo, que completou duas vezes o percurso de 90 km.

Para começar, ele e seus colegas reuniram tempos de chegada e outras informações de 197.685 homens e mulheres suecos que participaram de uma das competições entre 1989 e 2010. Eles então cruzaram essas informações com dados de um registro nacional sueco de pacientes, procurando diagnósticos de transtorno de ansiedade clínica entre os corredores nos próximos 10 a 20 anos. Para comparação, eles também verificaram diagnósticos de ansiedade durante o mesmo período de tempo para 197.684 de seus concidadãos selecionados aleatoriamente que não haviam participado da corrida e eram considerados relativamente inativos.

Os esquiadores, descobriram os pesquisadores, provaram ser consideravelmente mais calmos ao longo das décadas após a competição do que os outros suecos, com mais de 50% menos risco de desenvolver ansiedade clínica. Esse padrão tendia a prevalecer entre esquiadores masculinos e femininos de quase todas as idades— exceto, curiosamente, as corredoras mais rápidas. As melhores finalistas femininas de cada ano tendiam a ser mais propensas a desenvolver transtornos de ansiedade do que outros corredores, embora seu risco geral permanecesse menor do que para mulheres da mesma idade no grupo de controle.

Esses resultados indicam que "a ligação entre o exercício e a redução da ansiedade é forte", disse Lena Brundin, principal pesquisadora de doenças neurodegenerativas do instituto de pesquisa Van Andel, no estado americano do Michigan, que foi outra autora do estudo.

Exercício aeróbico
Segundo Deierborg, não é necessário percorrer, de esqui, longas distâncias nos bosques nevados da Suécia para colher os frutos, disse Deierborg. Estudos anteriores de exercício e humor sugerem que seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde de cerca de 30 minutos de caminhada rápida ou atividades semelhantes na maioria dos dias “tem bons efeitos na sua saúde mental” e esses benefícios parecem se aplicar a uma “população mais ampla”, do que apenas os suecos, disse ele.

Ainda assim, pode valer a pena monitorar sua resposta psicológica a treinos e competições intensos, especialmente se você for uma mulher competitiva.

No entanto, as descobertas têm limitações. Elas não podem provar que o exercício faz com que as pessoas tenham um humor melhor, apenas que pessoas altamente ativas tendem a ser menos ansiosas do que seus pares mais sedentários. O estudo também não explica como o esqui pode reduzir os níveis de ansiedade. Os pesquisadores suspeitam que a atividade física altera os níveis de substâncias químicas cerebrais relacionadas ao humor, como dopamina e serotonina, e reduz a inflamação em todo o corpo e no cérebro, contribuindo fisiologicamente para uma saúde mental mais robusta. Qualquer exercício em qualquer ambiente provavelmente deve ajudar. — Um estilo de vida fisicamente ativo parece ter um forte efeito na redução das chances de desenvolver um transtorno de ansiedade — disse Deierborg.

Em O Globo - Saúde - Bem-estar - MATÉRIA COMPLETA


domingo, 2 de janeiro de 2022

Coaf liga governador do Acre a transações de R$ 828 mi

O governador é alvo de investigação da Polícia Federal que apura suspeita de desvios em contratações nas áreas de saúde e infraestrutura

Relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou 20 comunicações de movimentações financeiras suspeitas envolvendo o governador do Acre, Gladson Cameli (PP). As transações notificadas ultrapassam R$ 828 milhões, entre depósitos em espécie, compras de veículos de luxo e contratações imobiliárias. [as 'autoridades locais',  com carta branca para gastar milhões e milhões no 'combate' à pandemia, não resistiram à tentação de roubar. Só que além das 'autoridades locais' outras, acima delas, também tem que ser responsabilizadas.]
 
O governador é alvo de investigação da Polícia Federal que apura suspeita de desvios em contratações nas áreas de saúde e infraestrutura. Para a PF, as comunicações "indicam, fortemente, uma atuação articulada e capilarizada de branqueamento de capitais - tendo o governador Gladson Cameli como sujeito central e principal beneficiário".

Procurado, o governador não respondeu à reportagem.

Política - Correio Braziliense


sábado, 1 de janeiro de 2022

FELIZ ANO NOVO, FELIZ 2022

FELIZ ANO NOVO, FELIZ 2022



Desejamos um FELIZ ANO NOVO, um FELIZ 2022, sem os inimigos do Brasil, sem pandemia, sem desastres naturais e outras tragédias, sem corrupção, sem a incompetência, sem a desonestidade da corja que se diz oposição e trabalha contra o Brasil e os brasileiros,  sem a inflação, sem desemprego, sem recessão, sem outros males que o establishment, que quer voltar ao poder, tenta estabelecer em nosso Brasil.

Que DEUS nos conceda um 2022, repleto

de  PAZ, SAÚDE, FELICIDADE, PROSPERIDADE E SUCESSO.

Que a VIDA volte a ser valorizada, a FAMÍLIA honrada, respeitada e dignificada, os VALORES CRISTÃOS, ÉTICOS e MORAIS prevaleçam.

São os SINCEROS VOTOS dos editores do Blog PRONTIDÃO TOTAL


sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Feliz Ano Novo, Feliz 2022

Feliz Ano Novo, Feliz 2022

Que DEUS nos abençoe e proteja, que 2021 seja um ano repleto de muita SAÚDE, PAZ, FELICIDADE, SUCESSO e PROSPERIDADE. Repleto com todas as Bênçãos CELESTIAIS, DIVINAS e MISERICORDIOSAS. 

São os sinceros votos dos editores do Blog Prontidão Total

 

domingo, 7 de novembro de 2021

De tudo um porco - Revista Oeste

Evaristo de Miranda

Em 2021, o abate de suínos no segundo trimestre foi o maior desde 1997: 13 milhões de cabeças abatidas, aumento de 8% em relação ao mesmo período de 2020

Presunto ou pernil, costela ou lombo, salame ou mortadela, salsicha ou linguiça, presunto cru ou cozido, paio ou salpicão, panceta ou carne de lata, torresmo ou bacon, codeguim ou chouriço… A carne de porco, consumida in natura ou processada, habita o cotidiano dos brasileiros. Ela é uma das maiores marcas da Península Ibérica na cultura culinária nacional e gera riquezas de Norte a Sul do Brasil. 
 

Ilustração: Revista Oeste/Shutterstock 
 
A carne de porco não oferece risco à saúde, como imaginado décadas atrás. Nas granjas, o porco brasileiro está magro e saudável. A Embrapa até desenvolveu o “porco light”, produzido na região de Passos, em Minas Gerais. Ele tem 31% menos de gordura na carne e no toucinho e 10% a menos de colesterol. A carne suína é a mais consumida no mundo. Supera a bovina e a de frango, apesar da proibição de seu consumo pelo islamismo e judaísmo. 
 
De onde vem essa proibição? Quando o Islã surgiu, no século 7, o porco não era um animal abundante na Península Arábica. O livro sagrado dos muçulmanos, o Corão, incorporou regras dietéticas da lei mosaica. A proibição da carne de porco é mais marcada no Islã. Para alguns, a decisão contra os suínos foi de ordem tática: dar ao Islã um ponto de vista claramente distinto do cristianismo, seu principal adversário. Isso lhe permitiria ganhar apoio dos vizinhos judeus do Oriente Médio. E uma eventual conversão dos judeus ao Islã poderia ser encorajada pela manutenção desse tabu. 
 

 Criação de suínos | Foto: Worawut Saewong/Shutterstock
 
Seja qual tenha sido a razão, o porco na Bíblia é desvalorizado. No Antigo Testamento, ele é tratado como animal impuro, símbolo do mundo pagão e dos inimigos de Israel. 
No Novo Testamento, na parábola do filho pródigo, o jovem, depois de dilapidar todos os seus bens, se torna guardião de porcos, algo estritamente proibido aos hebreus, imagem da sua decadência suprema (Lucas 15:11-32). 
Em outro episódio, sobre uma vara 2 mil de porcos (sic), Jesus lança uma legião de demônios, atendendo ao pedido dos mesmos (Marcos 5:12). E mata por afogamento, demônios e porcos. Uma tragédia, sem falar do impacto ambiental: 2 mil porcos apodrecendo nas águas (Mateus 8:28-34). 
 
Seguindo suas raízes gregas e romanas, os cristãos reabilitaram os suínos. E deles fizeram uma arma para combater o Islã, sobretudo na Península Ibérica. Em Espanha e Portugal, os cristãos atacaram os mouros com a espada numa mão e um presunto, ibérico, na outra. De 711 a 1492, as fronteiras sempre se moveram entre a Espanha cristã e a muçulmana. Nada de grandes explicações teológicas para diferenciar os cristãos. Nessa disputatio bastava dizer: “Criamos e comemos porcos!”. Presuntos, linguiças e pernis eram pièces de résistance. Alguns atribuem essa adesão profunda da culinária ibérica aos suínos e cochinillos a uma identidade cultural de resistência à expansão moura, na qual le plat de résistance foi o suíno. Como os suínos nunca decepcionaram, chegaram aos altares. Na iconografia cristã, um simpático e róseo porquinho é representado ao lado de Santo Antão Abade. Como esse leitão foi parar ali, ao lado do Pai de Todos os Monges? Outra história. 
 
Na Terra de Santa Cruz, os porcos trazidos pelos lusitanos sentiram-se em casa. Produção, consumo e exportação de carne suína vão muito bem, obrigado. O abate em 2020 foi de 49,3 milhões de suínos, um aumento de 6,4% (mais 3 milhões de cabeças) em relação a 2019. O agro brasileiro não improvisa: cria e abate quase 50 milhões de porcos por ano!
 
Evaristo de Miranda - Revista Oeste

terça-feira, 2 de novembro de 2021

OS JOVENS E O SOCIALISMO

Autor desconhecido*

Há um fenômeno ocorrendo nos países mais prósperos do mundo: os jovens afirmam ter sentimentos positivos em relação ao socialismo. Em uma pesquisa de 2017, 51% dos millennials se identificavam como socialistas, com adicionais 7% dizendo que o comunismo era seu sistema favorito. Apenas 42% preferiam o capitalismo.

Em alguns casos, a defesa do socialismo ocorre abertamente, como nos EUA, onde os jovens que apoiam o Partido Democrata abertamente se auto rotulam como socialistas. Em outros, a defesa é menos explícita, como nos recentes protestos no Chile. 
Em comum, vemos jovens de países prósperos, que vivem em meio a uma abundância nunca antes alcançada na história do mundo, exigindo mais poder estatal e mais intervenções, e menos liberdade de mercado — o mesmo mercado que lhes forneceu toda esta abundância.

O que explica essa contradição?

Quem melhor explicou o fenômeno foi a sempre interessante crítica cultural Camille Paglia (feminista e de esquerda).

Segundo ela, a atual juventude é ignorante em história econômica, e por isso mesmo enxerga suas atuais liberdades de escolha (inéditas na história da humanidade) e a atual riqueza de bens de consumo à disposição (algo também inédito na história da humanidade) como um fato consumado, como algo que sempre foi assim e que jamais irá mudar.

Diz ela:

“Tudo é muito fácil hoje em dia”. Todos os supermercados, lojas e shoppings estão sempre plenamente abastecidos. Você pode simplesmente ir a qualquer lugar e comprar frutas e vegetais oriundos de qualquer lugar do mundo.

Esses jovens e universitários acreditam que a vida sempre foi fácil assim. Como eles nunca foram expostos à dura realidade de seus antepassados, eles não têm ideia de que essa atual abundância é uma conquista muito recente, a qual foi possibilitada por um sistema econômico muito específico.

Foi o capitalismo quem produziu esta abundância ao redor de nós. Porém, os jovens parecem acreditar que o ideal é ter o governo gerenciando e ofertando tudo.

Nossos antepassados tinham uma noção da realidade da vida. Já a juventude de hoje foi criada em um período muito mais pujante. “Perderam o senso da realidade”

Em outras palavras, indivíduos ignorantes sobre história e economia acreditam que a abundância atual sempre existiu e sempre foi assim. Daí é compreensível que se sintam atraídos pela ideia de um socialismo idílico: eles genuinamente acreditam que, sob o socialismo, toda esta abundância será mantida, mas agora simplesmente será gratuita para todos.

Haverá MacBooks, smartphones, roupas de grife, comida farta e serviços de saúde amplamente disponíveis a todos, e gratuitamente. Como resistir?

Acreditando que poderão seguir usufruindo toda esta fartura, eles sonham que terão ainda mais coisas luxuosas sob um governo que confisque a riqueza alheia.

Como disse Cynara Menezes, a famosa “Socialista Morena”:

“No socialismo TODOS terão iPhone!"

Os jovens de hoje (- 40 anos) estão levando o mundo a um buraco negro, e com isso tirando a oportunidade de seus filhos usufruírem de um mundo livre! Serão todos escravos do Socialismo/Comunismo.

Transcrito do site Percival Puggina 

*       A primeira publicação deste texto que encontrei no Google foi feita pelo Instituto Mises Brasil em 11 de dezembro de 2019. 

Em sequência, a publicação inclui uma ampliação do texto, rica em esclarecimentos, cuja leitura recomendo.


sábado, 14 de agosto de 2021

A DEMOCRACIA NA UTI - Ponto Crítico

PORÃO ÚMIDO, FRIO E FÉTIDO
A DEMOCRACIA BRASILEIRA, cuja saúde sempre inspirou muito cuidados, de uns tempos para cá, notadamente nesta semana que está findando, motivada por decisões absurdas, preocupantes e indesejáveis de ministros do STF, mais especificamente - Alexandre de Moraes e Roberto Barroso -, acabou sendo colocada abruptamente num pequeno porão úmido, frio e fétido, sem direito a um cobertor. Mais: no alto da grade de ferro que dá acesso ao porão há uma placa retangular onde está escrito: - UTI - UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO-.

FALECIMENTO SERÁ ANUNCIADO A QUALQUER MOMENTO
A considerar que além do visível estado agonizante da saúde da nossa pobre DEMOCRACIA, a mesma não para de ser atacada, sem dó nem piedade, por insaciáveis, poderosas e maldosas forças SOCIALISTAS - COMUNISTAS, tudo leva a crer que em breve ela sairá da UTI FÉTIDA e dará entrada em uma cova funda de algum CEMITÉRIO.

CAUSA MORTIS

Assim, para infelicidade de milhões de cidadãos de bem deste nosso complicado Brasil, nem mesmo a escancarada PASSIVIDADE daqueles que deveriam cuidar e DEFENDER a DEMOCRACIA BRASILEIRA será apontada como -CAUSA MORTIS.  
O que vai prevalecer, e será noticiada com muita alegria pela MÍDIA ABUTRE, é que a MORTE DA DEMOCRACIA representa, enfim, a possibilidade do nosso empobrecido Brasil gozar das vantagens que, no entender das forças do mal, só o COMUNISMO é capaz.

ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER
Ora, diante de tudo isto que venho ouvindo, lendo e assistindo, onde os meus editoriais aí estão para comprovar o quanto nunca foi OMISSO, uma coisa os leitores podem ter total certeza: custe o que custar vou continuar lutando, através de esclarecimentos baseados na simples e correta relação - CAUSA/CONSEQUÊNCIA-. Mesmo consciente de que não terei forças suficientes para vencer as FORÇAS DO MAL nada me fará desistir da luta. A DEMOCRACIA, como tudo indica, até pode MORRER, mas a ESPERANÇA vai demorar um pouco mais para tanto.

JUSTIÇA E INJUSTIÇA
Para encerrar: como é possível não haver JUSTIÇA para os comprovados CRIMINOSOS e, com a mesma intensidade, haver declarada INJUSTIÇA contra aqueles que ousam defender a LIBERDADE e, por conseguinte, a DEMOCRACIA? Para espanto e indignação das pessoas honestas e de bem, aqueles que a CONSTITUIÇÃO diz, claramente, que DEVEM DEFENDER A DEMOCRACIA, simplesmente mostram que estão ao lado dos BANDIDOS. Pode?

Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires