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sábado, 3 de julho de 2021

A vida de Mao: assassino de milhões, “pai omisso, marido infiel e amigo traiçoeiro”

Comunismo - A MALDITA DOUTRINA

“Mao”, de Andy Warhol: o ditador comunista não gostava de banhos, não escovava os dentes e era um poço de doenças sexualmente transmissíveis

Ainda há bastante espaço livre na "História Universal da Infâmia" esboçada na década de 1930 por Jorge Luís Borges. Mestre da concisão, mas também da preguiça, o argentino elencou apenas sete malfeitores em seu bestiário. É tentadora a ideia de dar sequência à série — até porque, mesmo se nos limitarmos ao barco-sem-rumo do século XX, não faltarão candidatos à vaga de “oitavo passageiro”. Um deles, hors-concours: Mao Tsé-tung, ou Zedong, que se autointitulava “o Grande Timoneiro”, o infame que conduziu a China para um previsível naufrágio, e que ao morrer com 82 anos devia à justiça dos homens a morte de mais de 70 milhões de chineses — sem contar alguns estrangeiros e desafetos pessoais. 

LEIA TAMBÉM:     Como os protestos atuais repetem a violenta estratégia maoísta de apagar a história

Às vezes, são vários os motivos que levam os homens a imprimir sua marca mais horrenda na pele do mundo. Às vezes, os motivos se mesclam e se emaranham. Em Mao, cumulavam-se a ambição desmedida, a crueldade, a falta absoluta de sentimentos morais e uma série de “qualidades” que cabem sob um só “guarda-chuva”: a palavra infâmia. Assim se expressa o Mal.

 

Um dia depois do Natal… 

Em 26 de dezembro de 1893, um dia depois do Natal, nascia na cidade de Shaoshan aquele que os chineses (na época, já representando um quarto da população da Terra) amaram e temeram com a mesma perplexidade. Mao Tsé-tung, ou Mao Zedong, ou em caracteres locais: 毛泽东. Certamente a referência ao Natal é mais do que infeliz coincidência: é um festival de ironia, fazendo confluir em datas tão próximas o nascimento do Cristo e o do Anticristo…

Já desde o início, os relatos biográficos sobre Mao se bifurcam. Alguns deles garantem que Mao nasceu numa família de camponeses e teve infância pobre. Outros relatam que o pai, Mao Yichang, era um fazendeiro próspero. Uns afirmam que o garoto viveu num lar harmonioso, com pais atenciosos e protetores; outros preferem apostar na figura do pai opressor, que eventualmente espancava a família.

O que é História e o que é lenda, em tudo isso? Façam as apostas, mas lembrem-se de que, se a roleta é suspeita, a banca vence sempre. Porque as duas versões ajudam a criar o monstro legendário – principalmente a partir de 1906, quando o adolescente Mao abandonou a casa do pai para estudar em Changsha. No fim das contas, tudo se acomoda, como em qualquer mentira: a versão camponesa ajuda a chamar de ressentimento e revolta contra a pobreza todas as maldades que ele veio a perpetrar; na versão “família abastada”, o tempero é a suposta coragem de romper com as origens e fazer a proverbial “opção pelos pobres”...  A História traz poucos detalhes dos anos de estudos formais, que se estendem de 1913 a 1918. Mas sabemos que, depois de se formar professor, Mao se mudou para Pequim e começou a trabalhar na biblioteca da Universidade local – o que lhe permitiu contato imediato com Li Dazhao, cofundador em 1921 do Partido Comunista Chinês, o PCCh.  

A influência de Dazhao será decisiva para a biografia de Mao – sobretudo nas versões assumidamente hagiográficas. Já no mundo real, que é irrevogável e indiferente às mentiras, sabemos que ninguém pode pôr o dedo na ferida e dizer simplesmente, como Hamlet no Terceiro Ato da tragédia de Shakespeare: “Assim começa o Mal!” No caso de Mao, a maldade entrou em sua vida por diversas portas. Sabe-se que ele ingressou no Partido Comunista no ano mesmo de sua fundação, e que de 1921 a 1927 mestre e discípulo militaram juntos e intensamente, ora fazendo alianças, ora disputando espaço com o partido rival: o nacionalista Kuomintang. Aos poucos, o Partido Comunista Chinês foi crescendo em importância e Mao foi crescendo e ganhando fôlego dentro dele. Quando a disputa ficou mais acirrada, o PCCh criou hostes próprias: o Exército Vermelho. Mao – adivinhem! – foi seu primeiro comandante.
A Grande Marcha: devagar se vai aonde?

Das irrelevantes contribuições teóricas de Mao para a “dialética revolucionária”, destaca-se apenas a decisão de romper com o modelo soviético (de matriz urbana e industrial) e optar por “revolução camponesa”. De resto, os dois modelos foram fracassos retumbantes e sanguinários – mas cada um desastroso a seu modo.  Em 1924, a História nos mostra Mao se estabelecendo na região de Jiangxi, onde até 1934 liderou a cegueira comunista (também conhecida como “resistência”). A essa altura, cercados e pressionados pelo agora inimigo Kuomintang, Mao e suas hostes decidiram bater em retirada – num episódio conhecido na história oficial como a Grande Marcha.

Consta que, de grandioso, o evento teve apenas o número de mortos: cerca de 100 mil soldados começaram uma caminhada de mais de 10 mil quilômetros sem comida e sem planos através de 11 províncias, sempre fugindo das tropas do Kuomintang. Em 1935, só uma parcela mínima conseguiu chegar a Yan’an. Algumas versões falam em 10 mil sobreviventes, outras arriscam 20 mil – mas todas falam de miséria, fome e dezenas de milhares de cadáveres. Quanto aos fatos, só um acabou se impondo, irrefutável: o crescimento da lenda Mao Tsé-Tung, que naquele mesmo ano foi proclamado Líder do Partido Comunista.

Acrescente-se a essa receita indigesta o longo conflito com um Japão invasor, só encerrado com a derrota dos japoneses ao fim da Segunda Guerra Mundial; juntem-se muita traição e violência, e o recomeço da disputa sangrenta entre nacionalistas e comunistas – e saberemos um pouco mais sobre como e quando começaram o Mal e o Mao. Em 1º de outubro de 1949, o pesadelo ganhava tons vermelhos mais fortes: nascia a República Popular da China. Crescia o poder do Mal (e do Mao).

“O Grande Salto à Frente”, rumo ao abismo
Em pouco tempo, Mao Tsé-tung se tornou uma das pessoas mais influentes, poderosas e cruéis da nova República. Numa China que já vivia no limite da pobreza e do desgoverno, o Grande Timoneiro realizou a proeza de tornar as coisas ainda piores. Era preciso recuperar a economia. Era preciso ampliar o controle do Estado. Para o primeiro projeto, Mao impôs planos econômicos que contrariavam a realidade e a matemática; para o segundo propósito, tratou de perseguir e eliminar seus opositores – o que abrangia toda e qualquer pessoa que discordasse dele. O resultado? Planificações e confiscos de terras, prisões em larga escala e execuções sumárias, fome e até canibalismo (na província de Fengyang, registraram-se nada menos do que 66 casos!). E mais alguns milhares, ou antes, milhões de cadáveres engordando as estatísticas.

Avançando de fracasso em fracasso, em 1958 Mao Tsé-tung fabricou mais um: o Grande Salto à Frente, nova tentativa desastrosa de reorganizar a economia – o que só levou direto ao abismo o pouco que ainda restava da produção de alimentos. Institucionalizou a fome e em breves provocou a morte de dezenas de milhões de chineses. A fórmula, como sempre, era esdrúxula: Mao obrigou os camponeses a substituírem as atividades agrícolas pela fabricação de aço em fornalhas de fundo de quintal, usando a matéria-prima que tinham a seu alcance – as próprias ferramentas. E, como lenha para os fornos caseiros, todos queimaram seus móveis, um a um. Não faltou a cereja no topo desse bolo azedo: o que ainda sobrava das safras não pôde ser colhido, porque a população estava em casa… “produzindo aço”! Perdoem o imperdoável trocadilho, mas isso nunca poderia dar certo, “nem aqui nem na China”.

Mais uma vez, o insano e obcecado Mao se recusou a recuar. “A morte de 10 milhões ou 20 milhões não nos assusta", teria dito o monstro, que nunca ficava só nas palavras.

“Revolução Cultural”: uma Jovem Guarda Vermelha  
A  pá de cal nesse “pagode”  chinês ficou por conta da famigerada Revolução Cultural, nome pomposo para o processo que de 1966 a 1976 promoveu a delação e a lavagem cerebral numa escala só vista antes em romances distópicos. Corresponde também aos últimos dez anos de vida do nosso “personagem”. O episódio ficou conhecido por sua brutalidade e pela extensão do estrago perpetrado. Durante 10 anos, o Partido Comunista Chinês (leia-se: Mao em pessoa) mobilizou os estudantes e as camadas mais jovens da população para que juntos perseguissem e denunciassem todos aqueles que ainda mantinham os “velhos hábitos”, definitivamente relacionados à burguesia. Era um decreto de morte para os inimigos do Novo Homem chinês – e isso incluía pais, cônjuges ou qualquer outro integrante da família. E havia também os professores, denunciados e massacrados em Porque o propósito era, justamente, destruir a educação e a família. E, por tabela, perpetuar Mao Tsé-tung no topo do poder.

A Jovem Guarda Vermelha não decepcionou. O saldo estimado de mais essa tragédia  ficou em torno dos 2 milhões de pessoas – além de incontáveis cérebros juvenis deteriorados e corrompidos. Com quase 1 bilhão de cópias impressas, o Livro Vermelho das “Citações” do Grande Timoneiro era o sucedâneo da Bíblia entre os jovens, e perde apenas para a própria Bíblia em qualquer lista dos mais vendidos no mundo.

A saga integral pode ser lida em Mao – A História Desconhecida, de Jung Chang e Jon Halliday (existe edição em português). Biografia avantajada para estômagos fortes, o livro contesta o heroísmo da Grande Marcha e desqualifica os relatos de que os rebeldes comunistas teriam enfrentado os japoneses, durante a Segunda Guerra Mundial. Aqui apresentamos apenas a versão compacta com os piores momentos. Mas há um punhado de detalhes que mesmo a opção condensada não pode deixar de fora: o homem por trás da lenda.

A infame vida privada
Como acontece com todos os tiranos, a “história” de Mao Tsé-tung e a “biografia” da República Popular da China acabaram se confundindo – até porque, durante décadas, a China foi sobretudo aquilo que o Grande Timoneiro determinou que fosse. Mesmo assim,  em cada homem habita uma dimensão irredutível: sua vida pessoal, que em geral aparece nos piores detalhes. Às vezes, um vício; às vezes, um certo mau hálito. No caso de Mao, o mau hálito era intenso – e os vícios eram muitos. Quem dá testemunho dessa esfera sombria é Li Zhisui, seu médico particular de 1954 até os últimos dias. Publicado em 1994, o livro A Vida Privada do Camarada Mao tece um retrato nada agradável, apoiado no tripé “pai omisso, marido infiel e amigo traiçoeiro”.

Ficamos sabendo, pelo livro, que Mao raramente tomava banho e que nunca escovava os dentes (consta que, no fim da vida, eles já estavam verdes,). A promiscuidade sexual  era nele uma segunda natureza – além de fonte permanente de vírus, bactérias e micro-organismos, que ele ia disseminando igualitariamente entre as incontáveis amantes.

Segundo o doutor Li Zhisui, Mao era um monstro “destituído de valores morais, incapaz de sentir amor, amizade ou calor humano”. Não satisfeito em espalhar o terror em seu povo, transmitia doenças às amantes — que por sinal foram muitas. Durante décadas, Mao promovia bailes duas vezes por semana, no Grande Salão do Povo (perto da praça Tiananmen) e no Salão do Lótus Primaveril, na residência particular em Pequim. Na verdade, eram meras desculpas para orgias sexuais, às vezes com quatro ou cinco mulheres ao mesmo tempo. "Quanto mais o Partido pregava o moralismo, mais o presidente praticava a promiscuidade hedonista", escreve Zhisui. "Ele tinha um verdadeiro harém”. Consta que eliminou várias dessas concubinas – por mero prazer, ou para não “deixar rastros”.
E assim termina...

Contrariando toda justiça ou simetria poética, o homem que promoveu um banho de sangue e uma lavagem cerebral em larga escala na China teve morte pacata e doméstica. Um verdadeiro anticlímax: em 9 de setembro de 1976, com 82 anos, Mao Tsé-tung morreu de ataque cardíaco – o terceiro naquele ano. Seu corpo foi embalsamado e preservado num caixão de cristal quartzo, no ostensivo Mausoléu Mao Tsé-tung, onde é visitado e exposto regularmente, como as múmias de faraós e as efígies de deuses pagãos indestrutíveis.

Destruir a realidade em favor de uma ideia: assim começa o Mal – e exatamente assim começou Mao Tsé-tung, como todo revolucionário. Mas não custa acrescentar (completando a fala de Hamlet) que “o pior vem sempre depois”. Às vezes, é um vírus; às vezes, são vários.

Antonio Fernando Borges, Gazeta do Povo - Ideias


A disputa é para saber quem vai cortar o nó górdio - Alon Feuerwerker

 Análise Política

Nos sistemas presidenciais em que o governo eleito não traz com ele das urnas uma maioria partidária, o transcorrer do mandato costuma ser um inferno de guerras políticas, provocadas pela instabilidade parlamentar. Generalizada ou localizada em uma das duas casas legislativas, em sistemas bicamerais como o nosso. Aí os governos passam a maior parte do tempo empenhados em tentar sobreviver.

Mas é preciso reconhecer que o Brasil, a Nova República e a "Constituição cidadã" capricharam na construção de um modelo que leva isso a extremos.  Teria como resolver? Ideias não faltam. E se, por acaso, o tamanho das bancadas na Câmara fosse calculado pelo voto dado aos candidatos a presidente nos estados, e não aos candidatos a deputado federal? Jair Bolsonaro e Fernando Haddad somados fizeram três quartos do voto válido, mas os partidos de ambos elegeram em torno de um quinto dos deputados.

A Nova República criou um mecanismo vocacionado para a instabilidade. “Criou” não é a palavra mais adequada. Os constituintes de 1987-88 apenas pioraram o mau sistema outorgado pelo presidente Ernesto Geisel no “Pacote de Abril” de 1977, ainda sob a égide do AI-5. Pioraram porque juntaram à representação deformada dos eleitorados estaduais o estímulo à livre proliferação de partidos cartoriais, sustentados com recursos públicos e liberados de praticar democracia interna. O resultado hoje são dezenas de legendas nanicas, pequenas e médias. E com todos os estímulos e fórmulas para preservar o caciquismo.

Vem aí, é verdade, o endurecimento da cláusula de desempenho, mas é duvidoso que diminuir o número de legendas dê conta do problema. A encrenca está mais relacionada à capacidade de o Executivo impor alguma disciplina aos parlamentares. Sem o que nenhum modelo vai a lugar nenhum, em canto nenhum.  E o Congresso Nacional, especialmente a Câmara, trabalha para piorar o sistema, com a eventual aprovação do “distritão”. O que tornará os partidos definitivamente irrelevantes.

Como presidentes da República sobrevivem nesse ambiente? Compondo precariamente maiorias parlamentares após a eleição. Em troca de verbas e cargos. O que transforma qualquer administração num banquete para a polícia e os promotores. Quando tentam outro caminho, os governantes tornam-se alvo da má vontade e mesmo da vingança de legisladores.  Converse com um oposicionista e ele dirá que o sistema é bom, porque limita a capacidade de Jair Bolsonaro governar. Hoje, os adversários dele não quereriam nem saber de aprovar mecanismos que facilitassem a governabilidade. Mas alguma hora a atual oposição (ou o “centro”) será governo, e aí o louvor aos “freios e contrapesos” virará reclamação.

Modelos têm de ser avaliados pelos resultados. As últimas três décadas vêm sendo de baixo crescimento, resiliência das desigualdades, piora acelerada da segurança e, mais recentemente, deterioração aguda dos mecanismos de construção de maiorias ou consensos na sociedade e na política. Sem falar no progressivo conflito de poderes, do qual o fenômeno mais recente é a hipertrofia do Supremo Tribunal Federal, transformado em órgão que termina absorvendo as atribuições das outras duas arestas da Praça dos Três Poderes. Por quê? Em meio à disfunção, alguém acaba sobrando com a chave.

Não que os ministros do STF estejam especialmente incomodados com isso.  É evidente que o cenário descrito até aqui não poderá perdurar para sempre. No fundo, a verdadeira disputa política no Brasil de hoje é para saber quem vai cortar o nó górdio. E como. [o nó górdio representa também a pergunta que se impõe a cada vez que o STF invade competência de outro poder ou interpreta criativamente a 'constituição cidadã': a quem reclamar? Situação que também pode ser definida por: 'quando a corda, de tão esticada, vai arrebentar'?]

Leia também, vale a pena: Dois salvacionismos

Alon Feuerwerker, jornalista e analista político


Do negacionismo às negociatas - Carlos Alberto Sardenberg

Vamos colocar a história na devida ordem: o presidente Bolsonaro confessa implicitamente que prevaricou.

 [confissão implícita de que prevaricou para obter vantagens de crime que não ocorreu? Complicado que isso condene alguém. Nosso respeito ao ilustre colunista é imenso e vem de longa data, tanto que temos a convicção de que fosse julgar o acusado de prevaricação, com direito a ser seu voto secreto, não o condenaria. Motivo da absolvição da vítima de acusação tão absurda = NÃO HOUVE 
PREVARICAÇÃO.
Matéria excelente. Deduções brilhantes. A ausência de provas a torna rival das obras de ficção de Frederick Forsyth = que  obras sempre são best-seller ]

Eis a sequencia recente: o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra, leu nota oficial na CPI da Covid afirmando que Bolsonaro pediu ao então ministro Pazuello que investigasse a denúncia de corrupção na compra da vacina Covaxin. Ora, se pediu para investigar, está claro que o presidente recebeu a denúncia do deputado Luís Miranda. Seguindo: essa versão, a terceira, furada, só foi apresentada em junho, três meses depois do encontro com o deputado, em 20 de março. E só apareceu porque o deputado revelou o fato, dizendo-se cansado de esperar por providências.

Mais: não tem nenhum documento mostrando que houve de fato a investigação, nem que a Polícia Federal foi acionada no momento do recebimento da denúncia. Pior, o presidente não desmentiu que, ao receber a informação do deputado, comentou: isso é rolo do Ricardo Barros (líder do governo na Câmara). [a JUSTIÇA, a verdadeira, tem o costume de exigir provas de quem afirma. É desnecessário que o alvo da afirmação desminta o afirmado. Ao contrário, quem afirma é que assume  o ônus de provar. Claro que os inimigos do presidente Bolsonaro, detestam, odeiam mesmo, esse costume da JUSTIÇA. Para eles seria bem  mais simples a regra: toda acusação contra o presidente é verdadeira e toda acusação contra Lula é mentirosa, bem como todo juiz que condenar o criminoso petista é parcial.] Essa frase revela que Bolsonaro sabe que seu líder é “roleiro” e ainda assim o mantém no posto.

Detalhe nada desprezível: a empresa que intermediou a compra da Covaxin é notoriamente ligada ao deputado Ricardo Barros, que mantém influência no Ministério da Saúde, comandado por ele no governo Temer. E os documentos: o contrato de compra da Covaxin, o empenho da verba para pagamento e as três notas fiscais para antecipar o pagamento. Tudo isso com pressões diversas sobre a estrutura do Ministério para que o negócio saísse logo .[curiosamente apesar da 'prevaricação'  supostamente praticada pelo presidente da República, da influência do todo poderoso Barros, a compra não saiu = a ordem de compra não foi encaminhada ao fornecedor e, por consequência, não foi emitido o documento fiscal da transação, as vacinas "compradas" não foram entregues e o pagamento não foi efetuado.]

Que falta mais? Ah! Sim, o telefonema de Bolsonaro para o primeiro ministro da Índia, Narendra Modri, pedindo agilidade na liberação da vacina.  Tudo considerado, trata-se de uma confissão implícita do presidente Bolsonaro e de um monte de gente no entorno. A começar daqueles que disseram ter investigado, o general Pazuello e o coronel Elcio Franco, sem ter um mísero pedaço de papel para mostrar.

[Até que alguém PROVE o contrário o presidente recebeu a denúncia do deputado e seu irmão (o parlamentar é tão probo que fosse mista a CPI Covidão, ele estaria no triunvirato que a comanda,entre o relator Calheiros e o presidente Aziz) repassou para o ex-ministro Pazzuelo, que encaminhou para o então secretário-geral do MS, que após examinar o assunto entendeu ser improcedente a acusação e encerrou a pendenga. Na sequência o então ministro foi exonerado e na continuidade o secretário-geral.
Só que os inimigos do Brasil = adeptos do 'quanto pior,melhor' + arautos do pessimismo + inimigos do presidente + establishment - deccretaram que o presidente Bolsonaro estava obrigado a prestar contas  ao delator do tratamento que deu a denúncia. 
Pretensão que é tão absurda, tão sem noção, quanto um cidadão ir a uma delegacia de polícia, prestar queixas contra alguém e passado algum tempo, tentar processar o delegado de polícia por não ter informado as providências que tomou em face do denunciado.
É obrigação do denunciante - no caso do parlamentar, delator  é uma classificação mais adequada - procurar a autoridade a quem apresentou a delação e saber sobre o andamento.]

Seria engraçado – e é engraçado – não fosse o fato grave de revelar um submundo de negociatas de medicamentos e equipamentos. Um mercado paralelo, informal – onde as pessoas se conhecem só pelos primeiros nomes, não sabem de onde vêm, currículos, nada, e ainda assim têm acesso a altas autoridades do governo. Negacionista, o presidente não queria comprar vacinas. Atrasou conversas com executivos formais da Pfizer, recusou a coronavac, desconfiou das AstraZeneca. E se tratava de medicamentos testados e aprovados em diversos países, negociados por executivos de farmacêuticas e institutos responsáveis e oficiais. [pobre presidente Bolsonaro: é acusado de retardar a compra das vacinas e no mesmo libelo é acusado de apressar a compra. Escolham uma - da forma atual  o resultado acusatório será sempre ZERO.]

O então ministro Pazuello seguiu essas orientações negacionistas. E quando foi para comprar vacinas, aparecem esses picaretas e “roleiros”? Assim se foi do negacionismo para as negociatas. O preço? Centenas de milhares de vidas que poderiam ter sido salvas se as pessoas tivessem sido vacinadas a tempo. Não é só má administração, picaretagem, corrupção. É um conjunto de práticas assassinas.

A CPI da Covid avançou por terrenos inesperados. Sempre acontece. Sim, tem muitos picaretas também fazendo denúncias [também tem muitos picaretas investigando - com exceções, é claro] – mas o que 
queriam?
Que as denúncias de roubalheira saíssem de quem está por fora?
Todos os grandes casos de corrupção têm isso em comum: começam com alguém que se sentiu prejudicado na negociata. Assim como a situação de Bolsonaro se complica na medida em que seus aliados de ocasião se sentem prejudicados.

Carlos Alberto Sardenberg, jornalista 

Coluna publicada em O Globo - Economia 3 de julho de 2021


sexta-feira, 2 de julho de 2021

COMO O DIABO GOSTA - Percival Puggina

E como gosta!

Aprecio o senso de humor daqueles que, em meio aos tapetes e estofados do poder, afirmam estarem as instituições funcionando normalmente. Às vezes eu os imagino reclinados num triclinum (sofá romano), erguendo um cacho de uvas sobre a cabeça e trazendo-as à boca diretamente do cacho. Na verdade, uma sátira do que fazem com o Brasil.

As instituições funcionam como o diabo gosta. O diabo ama a corrupção, os corruptos estão por toda parte e o Supremo leva jeito para lidar com eles. 
O diabo acolhe no seu reino a bandidagem, cuida de sua formação, sopra-lhe nos ouvidos todas as tentações. 
E o Congresso, caiam-lhe em cima os xingamentos e os e-mails, chorem viúvas e órfãos, não vota a prisão após condenação em segunda instância. O diabo odeia a polícia, o promotor, o juiz. 
E as instituições fazem tudo para neutralizar seus trabalhos. O diabo foge da cruz e as instituições riem de quem a menciona
O diabo cultiva a preguiça e as instituições fogem do trabalho adicional. 
O diabo e as instituições confiam com fé cega nas urnas eletrônicas que, de modo prudente e zeloso, desmaterializam nossos votos.

Nas condenações de Lula, o povo viu as provas, tanto quanto vovô viu a uva, mas o STF deu Mandrake nelas e as anulou, todas, de uma vez só. Agora, para crime velho, só vale prova novíssima. O povo quer que o governo cumpra seu programa e disponha de mais recursos para o atendimento da sociedade, mas as instituições cuidam de si mesmas, dos partidos, de seu custeio e de suas campanhas eleitorais. O diabo, claro, ri à toa.

Sinceramente, eu podia passar a noite alinhando nossas contrariedades ante o mau funcionamento das instituições que nada ou quase nada fazem daquilo que a maioria da população quer, e em favor do quê se manifestou nas urnas e nas ruas.

Retoma-se no Brasil a temporada de crises, encrencas e injusta repartição dos prejuízos gerais. Pergunto, nossas crises são causadas:

  1. pelos agentes econômicos?
  2. pelo povo trabalhador?
  3. por alguma potência estrangeira?
  4. por fenômenos naturais?
  5. por fenômenos sobrenaturais?
  6. por falta de sorte, ou por acaso?
Ou são ocasionadas pela política segundo nos foi imposta por uma Constituição cujo caráter democrático se resume em conferir ao povo o direito de votar e se resignar por quatro anos? Expressar indignação?  Bem, posso entender errado o que ando lendo e vendo, mas parece que a crítica a políticos, em especial ao presidente, está liberada. Já o STF só aceita a crítica reverente, com data vênia e de acordo com a verdade segundo a veem seus ministros. 
Quem chegou ao poder sem voto se vê como a cereja da torta da democracia.  

Percival Puggina (76), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

PGR pede inquérito ao STF para investigar Bolsonaro por prevaricação - Blog Maquiavel

Manifestação assinada pelo vice-procurador-geral da República foi apresentada após Rosa Weber negar aguardar resultados da CPI para avaliar investigação

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta sexta-feira, 2, ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu a abertura de um inquérito para investigar a suposta prática do crime de prevaricação pelo presidente Jair Bolsonaro no caso da aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, fabricada pelo laboratório indiano Bharat Biotech, em um contrato de 1,6 bilhão de reais. O delito foi atribuído ao presidente por senadores da oposição por meio de uma notícia-crime ao Supremo, que tem como relatora a ministra Rosa Weber.

A acusação dos senadores Randolfe Rodrigues, Fabiano Contarato e Jorge Kajuru contra o presidente está baseada nos depoimentos do deputado Luís Miranda (DEM-DF) e o do irmão dele, Luís Ricardo Miranda, servidor de carreira do Ministério da Saúde, à CPI da Pandemia. [a credibilidade dos depoentes se equivale a do trio que se considera dono da CPI do Covidão:o presidente Aziz, o relator Calheiros e o vice-presidente Rodrigues = NENHUMA.] Os irmãos Miranda relataram que se encontraram com Jair Bolsonaro no dia 20 de março, no Palácio da Alvorada, e comunicaram a ele pressões indevidas e atípicas pela compra do imunizante indiano, além de possíveis irregularidades nas negociações.

 [não foi surpresa a suprema e rápida decisão da ministra Weber; é notório que quando se trata de medidas que possam produzir transtornos, sempre eventuais e passageiros, ao presidente Bolsonaro a celeridade com que age a Suprema Corte - especialmente em decisões não colegiadas.
O teor de tais decisões sempre é de fácil dedução, antes mesmo que sejam divulgadas. Idêntico tratamento é dispensado quando o peticionário é um desses partidecos sem votos, sem programa de governo, sem representação e apavorados com a extinção decorrente da aplicação da 'cláusula de barreira'.
O que complica os planos do trio que apresentou a tal notícia-crime é que estão tentando acusar o presidente da República de um crime que não foi cometido, a pretexto de ocultar um outro, que também não ocorreu.
Ao final, citamos trecho de matéria da BBC mostrando  cinco pontos a serem alvo da atenção do inquérito.]

Segundo o deputado, o presidente atribuiu eventuais problemas no contrato ao deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara, e disse que determinaria à Polícia Federal que investigasse o caso. Uma semana depois do depoimento dos irmãos Miranda à comissão de inquérito, Bolsonaro ainda não fez qualquer tipo de desmentido público das afirmações. O inquérito sobre o contrato de 1,6 bilhão de reais só foi instaurado pela PF na última quarta-feira, 30, e o contrato foi suspenso pelo Ministério da Saúde.

LEIA TAMBÉM: Rosa Weber rejeita pedido da PGR para esperar conclusão da CPI

“A despeito da dúvida acerca da titularidade do dever descrito pelo tipo penal do crime de prevaricação e da ausência de indícios que possam preencher o respectivo elemento subjetivo específico, isto é, a satisfação de interesses ou sentimentos próprios dos apontados autores do fato, cumpre que se esclareça o que foi feito após o referido encontro em termos de adoção de providências”, diz o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, no pedido apresentado nesta manhã.

Diante da queixa-crime, a PGR havia pedido inicialmente a Rosa que aguardasse o desfecho da CPI da Pandemia para decidir sobre a abertura de investigação a partir do conteúdo da queixa dos senadores. A ministra, no entanto, disse que o Ministério Público Federal não pode se comportar como “espectador” dos Poderes e determinou na noite desta quinta-feira, 1º, que fosse feita nova manifestação.

Na petição ao STF, Medeiros elenca as medidas a serem tomadas na largada do inquérito, cujo prazo inicial será de 90 dias. Estão entre elas pedido de informações à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria da República no Distrito Federal, e CPI da Pandemia sobre “procedimentos relativos aos mesmos fatos, e, em caso positivo, o compartilhamento de provas”.

+ Rosa suspende quebra de sigilo de militar suspeito de pressão por Covaxin

“No aguardo da abertura do inquérito, a Procuradoria-Geral da República sugere, de início, o prazo de 90 dias para a efetivação das providências apontadas, entre outras que porventura a autoridade policial entender cabíveis, permanecendo em prontidão para dar impulso regular ao feito.”

Blog Maquiavel - Revista VEJA

Caso Covaxin: 5 pontos em que a PGR investigará Bolsonaro por suposta prevaricação

1. Depoimento dos irmãos Miranda
A base da notícia-crime apresentada por Randolfe, Contarato e Kajuru são os depoimentos prestados no último dia 25 de junho pelo deputado federal Luis Miranda e seu irmão, Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor concursado do Ministério da Saúde, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

2. 'Pressão atípica'
No depoimento, o deputado Luis Miranda disse ter advertido o presidente Bolsonaro de que seu irmão - servidor público do Ministério da Saúde - tinha sofrido "pressão" para autorizar o pagamento pela pasta para a empresa que intermediara a aquisição de 20 milhões de doses da vacina Covaxin, produzida pela empresa indiana Bharat Biotech.

Essa informação não consta da manifestação da PGR, mas, no Brasil, o negócio foi intermediado pela Precisa Medicamentos, empresa cujos sócios estão envolvidos em ações judiciais por processos anteriores de compras de produtos de saúde mal sucedidos. A empresa tem como sócio o empresário Francisco Maximiano, que teria relações próximas com o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR).

3. Denúncia à PF e envolvimento de Ricardo Barros
Ainda segundo os irmãos Miranda, em seu depoimento à CPI, Bolsonaro teria dito que acionaria a Polícia Federal para investigar o caso, destaca a PGR em sua manifestação ao STF.

Vale lembrar, porém, que a Polícia Federal informou, em 24 de junho, que não havia aberto nenhum inquérito sobre a compra da Covaxin, conforme informou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) à CPI naquela data. O dia foi a véspera do depoimento dos irmãos Miranda à comissão, quando as denúncias feitas por eles já eram amplamente noticiadas pela imprensa.

Apenas no dia 30 de junho, e após a CPI ter levantado indícios de irregularidades na transação, a PF finalmente abriu inquérito para investigar o caso. Novamente conforme o depoimentos dos irmãos Miranda e segundo o documento da PGR, na reunião realizada em 20 de março no Palácio da Alvorada, Bolsonaro teria relacionado as supostas irregularidades ao deputado federal Ricardo Barros.

4. O ministro Eduardo Pazuello também sabia?

Um quarto ponto que consta da manifestação protocolada pela PGR ao STF na manhã desta sexta-feira é que o alerta das supostas irregularidades também teria sido dado ao então titular do Ministério da Saúde, general Eduardo Pazuello, durante uma viagem oficial.

5. Possível prevaricação
A PGR afirma que há "dúvida acerca da titularidade do dever descrito pelo tipo penal do crime de prevaricação", ou seja, que ainda não está claro qual funcionário público incorreu em prevaricação ao não comunicar o caso para ser investigado.

A procuradoria vê ainda "ausência de indícios que possam preencher o (...) elemento subjetivo específico, isto é, a satisfação de interesses ou sentimentos próprios dos apontados autores do fato". Ou seja, não vê por ora indícios de interesses pessoais na não-comunicação das alegadas irregularidades

Ainda assim, o órgão avalia que é preciso esclarecer que providências foram tomadas pelas autoridades após a denúncia dos irmãos Miranda.

 

BBC News Brasil

[o número 5,  desmonta a teoria do suposto crime de prevaricação e os itens 1 a 4 mostram que toda a fofocada se baseia na vontade irrealizável da turma da Covidão prejudicar o presidente Bolsonaro e, por extensão o Brasil e os Brasileiros.]

 

“É cartão de visita para eleições de 2022”, diz Bolsonaro após Eduardo Leite assumir ser gay

"Ele tá se achando o máximo"

O presidente da República ironizou a manifestação do governador do Rio Grande do Sul: "Ele tá se achando o máximo" 

Em conversa com apoiadores há pouco na saída do Palácio da Alvorada, Jair Bolsonaro ironizou a decisão do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), de ter assumido publicamente ser gay.

Sem citar o chefe do Poder Executivo gaúcho, Bolsonaro disse: “O cara ontem, não vou falar aqui não porque pode dar problemas, tá se achando o máximo. Bateu no peito: “eu assumi’”, afirmou o presidente, após risadas de seus eleitores.

“É o cartão de visita para a candidatura dele. Ninguém tem nada contra a vida particular de ninguém, agora querer impor seu costume, seu comportamento aos outros, isso não, declarou Bolsonaro.

Redação - O Antagonista

Ministros do STF são retrato acabado da (in) justiça que se pratica no Brasil - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo 

Ativismo judicial

Ministro do STF Ricardo Lewandowski anulou a delação da Odebrecht que cita o ex-presidente Lula.

A empreiteira de obras públicas Odebrecht, uma das que mais roubou no governo Lula é a empresa que revelou ao mundo o “amigo do amigo do meu pai” assinou um notável acordo com a Justiça brasileira, através do qual confessa a prática de crimes de corrupção, promete devolver ao erário público uma parte do que roubou e, em troca desse seu misto de colaboração-delação-confissão, recebe do Estado um tratamento mais suave na punição dos seus delitos.

Ninguém forçou a Odebrecht a fazer nada. Foi o seu próprio presidente, com a assistência plena de toda uma equipe milionária de advogados, quem concordou em fazer “delação premiada” a respeito dos crimes cometidos na esfera de atuação da empresa — especialmente na ladroagem monumental da Petrobras lulista.

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Também foi a construtora, por sua livre e espontânea vontade, que devolveu R$ 8,6 bilhões aos cofres públicos. Em função do acordo, o presidente Marcelo Odebrecht foi solto da cadeia em dezembro de 2017, após dois anos e meio de xadrez em Curitiba.

Qual é a dúvida em relação a isso tudo? Existe no mundo alguém que aceita devolver R$ 8,6 bi de dinheiro roubado — mais de 2 bilhões e meio de dólares, pela cotação da época — se não roubou nada?  
Há alguém que invente crimes para delatar a si mesmo? 
Não há nada de errado com nenhuma dessas coisas. Ao contrário, trata-se de um momento histórico: foi feita justiça neste Brasil onde sempre reinou, durante séculos, a impunidade para os ricos e poderosos.
Não, não há mesmo nada de errado salvo para o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em compensação, para ele, está tudo absolutamente errado. 
O ministro acha que esse exemplo de justiça é tão ruim, mas tão ruim, que tem de ser anulado da primeira à última letra. 
Isso mesmo: nada do que a Odebrecht confessou, delatou e pagou vale mais coisíssima nenhuma. Só está faltando dizer, agora, que o pagador de impostos tem de devolver à empresa os bilhões que ela pagou para fechar o seu acordo.

Não se trata de nenhum surto de loucura — ou, mais precisamente, é loucura com muito método. Lewandowski quer, acima de qualquer outra coisa na vida, eliminar até o último fiapo qualquer culpa que existe contra Lula condenado, como se sabe, em terceira e última instância, por nove juízes diferentes, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Atuando em conjunto, e em perfeita harmonia, com os ministros Gilmar Mendes e Edson Fachin, Lewandowski opera na equipe de advogados que trabalham em tempo integral para Lula no mais alto Tribunal de Justiça do Brasil. Deixaram de lado, há anos, a função de juízes, pagos pelo público para prover justiça; seu trabalho, com o pleno apoio dos demais colegas de STF, é servir aos interesses processuais, políticos e eleitorais do ex-presidente.

Lewandowski, Mendes, Fachin e os demais decidiram não apenas anular todas as ações penais contra Lula, mas apontar como único culpado por tudo o juiz Sergio Moro — e, agora, declarar inválidas todas as provas reunidas contra ele, para que nunca mais possam ser utilizadas em qualquer processo que se tente fazer para retomar os que foram anulados. Mesmo provas como a confissão de Marcelo Odebrecht? Sim, mesmo provas como a confissão de Marcelo Odebrecht.

Lewandovski, Mendes, Fachin e etc são o retrato acabado do tipo de justiça que se pratica no Brasil de hoje — dentro das “instituições”, da pregação diária da “democracia” e dos alertas diários sobre a “ditadura” que virá se Lula perder a eleição de 2022.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Caso Dominguetti: imprensa atirou no que viu e acertou no que não viu

O Antagonista

Jornais e emissoras preferiram ignorar a verdadeira bomba - os encontros de Luis Miranda com o lobista Silvio Assis e o líder do governo, Ricardo Barros - e acreditar em quem tentou desviar o foco da CPI

A imprensa tradicional decidiu, em boa parte, ignorar a reportagem da Crusoé sobre os dois encontros do deputado Luis Miranda com o lobista Silvio Assis. No segundo, estava presente o líder do governo, Ricardo Barros. Os encontros foram posteriores à reunião na qual o deputado e o seu irmão, Luis Ricardo, denunciaram diretamente a Jair Bolsonaro um esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin.

De acordo com o que apurou a revista, e confirmado por Luis Miranda, o lobista ofereceu ao deputado 6 centavos de dólar por dose de Covaxin comprada pelo governo. Mais precisamente, vinte milhões de doses, o que faria Luis Miranda embolsar 1,2 milhão de dólares em propina. Em troca, o deputado e o seu irmão, Luis Ricardo Miranda, funcionário do Ministério da Saúde, deveriam deixar de embarreirar a aquisição da vacina (de eficácia e segurança duvidosas) fabricada por um laboratório indiano. A compra foi agilizada, lembre-se, por iniciativa de Ricardo Barros, e aprovada cheia de ressalvas pela Anvisa só poderia ser aplicada em até 1% da população brasileira.

Talvez por acharem Luis Miranda picareta demais (como se os denunciantes dos esquemas fossem sempre gente muito ilibada), jornais e emissoras preferiram cobrir o caso do suposto representante de uma empresa supostamente representante da AstraZeneca, o PM Luiz Paulo Dominguetti Pereira. Ele teria tentado vender 400 milhões de doses do imunizante do laboratório anglo-sueco ao Ministério da Saúde — e teria ouvido a proposta de um funcionário do órgão, Roberto Dias, ligado a Centrão, de pagar 1 dólar de propina por dose, para que o negócio fosse efetivado. O valor da negociata sairia por 400 milhões de dólares, quantia impagável nos dois sentidos, convenhamos.

Em depoimento à CPI, hoje, Dominguetti apresentou um áudio que implicaria Luis Miranda na negociata com a AstraZeneca. A imprensa tradicional ignorou a verdadeira bomba, a reportagem da Crusoé, e pode ter caído numa armadilha. Agora, os senadores da CPI tentam entender o que aconteceu, abrindo um novo caminho de investigação. Jornais e emissoras miraram no que viram e acertaram no que não viram — e no que também se recusaram a ver.

 Mario Sabino - O Antagonista

 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Ministros do STF foram reprovados - Quiz do STF: o recado de 73 mil brasileiros

Quiz do STF: o recado de 73 mil brasileiros

Vencedor foi: Kassio Nunes = 3,5

Os três penúltimos lugares: Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Lewandowski = 0,3

Perdedor: Gilmar Mendes = 0,2

PARABÉNS ao presidente Bolsonaro pela acertada escolha.  Se o próximo que o senhor escolher para indicação for o jurista Ives Gandra, certamente  ele ultrapassará a nota  8.

A avaliação dos ministros foi encerrada, mas você pode continuar dando sua opinião

  • Péssimo
  • Ruim
  • Regular
  • Bom
  • Excelente

Quiz do STF - Gazeta do Povo

 

24 na cabeça! - Por que a CBF não usa o número 24 no uniforme do Neymar - Gazeta do Povo

Paulo Polzonoff Jr.

O tirânico movimento LGBT está tão preocupado com a discriminação ao simpático número 24 que resolveu judicializá-lo.

Apesar de ser uma besta matemática daquelas que só a muito custo conseguem fazer uma divisão com dois algarismos na chave, sou fascinado pelo assunto. Tanto que há uns dez anos, assim do nada, tive a brilhante ideia (todos os editores discordaram do brilhantismo dela) de escrever todo um livro-reportagem sobre o número 21.

E lá fui eu até a USP entrevistar um matemático entediado que consumiu meia hora da minha vida para atestar: não há nada de especial com o número 21 que justifique um livro sobre ele. 

O tirânico movimento LGBT está tão preocupado com a discriminação ao simpático número 24 que resolveu judicializá-lo.


Pudesse eu voltar no tempo e conversar com o jovem Paulo, sussurraria no ouvido dele (para não assustá-lo muito) o número 24. É provável que ele respondesse todo machão algo como “Tá me estranhando?!”. Mas a verdade é que o número 24 é muito mais interessante do que o 21, 22, 23 ou 25 (só não é mais interessante do que o 0). Tanto é assim que agora até a Justiça, essa que se escreve com jota maiúsculo, mas age como jota minúsculo, quer saber da CBF por que a seleção não estampa o 24 nos uniformes dos jogadores.

Se eu fosse o encarregado de responder ao grupo LGBT estranhamente preocupado com a honra do sensível e frágil número 24, começaria citando, obviamente, a matemática. Na qual o número 24, veja só, é o menor número com oito divisores positivos, um número nonagonal (o que quer que seja isso), semiperfeito (idem) e harshad (ou niven). Aqui vale mencionar que “harshad”, em sânscrito, significa “alegria”.

Que mais? Ah, o número 24 é a soma de dois números primos, 11 e 13, mas sugerir uma promiscuidade incestuosa nisso seria e é um absurdo digno de um cronista menor e preconceituoso. Longe de mim! Vinte e quatro também é o número de osculação (não estou inventando nada aqui) do espaço tetradimensional. Por fim, quando um 4 se junta a um histérico ponto de exclamação (4!), ele vira 24.

Vinte e quatro também é, acredite se quiser, o número atômico do elemento cromo, cujo nome deriva da palavra grega para “cor” e que, em nosso corpo, ajuda a aliviar sintomas de depressão e reduz as variações de humor – sobretudo na TPM. São ainda 24 as horas do dia. E, para não dizerem que o ignorei só porque ele foi um pesadelo nos meus anos de escola, convém citar aqui que o 24, quando dá um gritinho (24!), é uma aproximação do número de Avogrado.

O número 24 também é importante para os que têm fé. A Bíblia Hebraica, por exemplo, tem 24 livros. Vinte e quatro é ainda a soma que representa a Igreja completa mencionada no Apocalipse: 12 tribos de Israel mais 12 apóstolos do Cordeiro de Deus. No jainismo, religião praticada sobretudo na Índia, 24 são os tirtancaras – seres iluminados que conseguiram escapar ao ciclo de renascimentos. Aliás, já mencionei que a representação do darma é uma roda com 24 raios chamada Açoca Chacra? Pois.

Não vai citar o reino animal?, me pergunta alguém. Vou. Porque Vinte e Quatro era o nome de um famoso cavalo de corrida norte-americano. Entre 1961 e 1962, ele foi um verdadeiro Ayrton Senna dos hipódromos. Uma vez aposentado, o garanhão virou reprodutor cobiçado. O nome dele, vale mencionar, foi tirado da canção de ninar “Sing a Song of Sixpence”, muito conhecida no século XVIII e que menciona 24 pássaros pretos servidos numa torta (eca!).

E mais: um computador precisa de 24 bits para representar uma true color. Ouro puro é o de 24 quilates. O ano solar chinês tem 24 ciclos. Um filme é exibido à velocidade de 24 frames por segundo – o que basta para enganar o tolinho do olho humano. O alfabeto grego tem 24 letras – e até por isso a “Ilíada”, de Homero, tem 24 cantos.

Se isso tudo há de convencer a Justiça, ou melhor, “justiça” de alguma coisa, não tenho a menor ideia. Mas os fatos estão aí expostos. Com tanto simbolismo dando sopa para ofender os disléxicos, os ateus, os cromodeficientes, os traumatizados por canções de ninar, os que perderam tudo nas corridas de cavalo e até os fãs da Cindy Lauper, nada mais prudente do que deixar o 24 lá no cantinho dele, sem incomodar ninguém.

Paulo Polzonoff Jr., colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

CBF! E agora? como sair?

Programa esportivo de TV mencionou no noticiário do meio-dia que uma dessas associações LGBTP e outras letras mais,  entrou na Justiça contra a Confederação Brasileira de Futebol - CBF  questionando as razões de no futebol não ter a camisa com o número 24 - que, no jogo do bicho identifica o veado. Requer, na mesma ação, que seja determinado o uso do citada dezena.

O juiz que recebeu a ação determinou à CBF que informe as razões da alegada omissão no prazo de 48 horas.

Muito provavelmente, pelo que se conhece das decisões da Justiça do Brasil o pleito será atendido. Aí surge outro questão: quem vai determinar, em cada time, o jogador que vestirá a camisa com o 24 nas costas? E,  se o jogador escalado se recusar, alegando motivos diversos, entre eles a famosa pergunta: por que eu?

Futebol não é sinuca mas a questão colocou a CBF em uma sinuca de bico.

A presente notícia não está entre os temas do Blog Prontidão Total, mas certas situações são tão sem sentido, sem lógica, sem não que viram notícia.

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CPI da Covid serve, unicamente, para atender interesses pessoais dos senadores que estão empenhados numa guerra de extermínio contra o governo federal - O Estado de S.Paulo

J.R.Guzzo

Palanque eleitoral

Desde o seu primeiro minuto, ou antes mesmo de começar, a “CPI da Covid” deixou evidente que tinha dois propósitos. O primeiro era esconder a corrupção em larga escala praticada pelas “autoridades locais” no uso das verbas públicas destinadas ao combate da pandemia. O segundo era servir de palanque eleitoral para os senadores que organizaram a comissão e controlam as suas operações. A recusa intransigente dos governadores em deporem na CPI, com a bênção do STF, diz tudo o que há para dizer sobre o ocultamento da ladroagem. O uso político dos chamados “trabalhos” acaba de ganhar um “plus a mais”, como se diz, com o pedido de prorrogação das investigações por mais três meses após o dia 7 de agosto, quando se encerra o seu prazo legal.

Se a prorrogação for aprovada, serão seis meses inteiros, até o dia 7 de novembro, desse espetáculo que tem sido exibido todos os dias no noticiário. Isso não contribui em coisa nenhuma com a apuração da verdade sobre a covid no Brasil. Serve, unicamente, para atender os interesses pessoais dos senadores que administram a CPI e que estão empenhados numa guerra de extermínio contra o governo federal. 
Em 50 dias de funcionamento, a investigação do Senado não descobriu um único fato objetivo capaz de comprovar qualquer responsabilidade, por parte de qualquer autoridade do governo, em qualquer coisa com alguma relevância no assunto. 
Se não descobriu nada até agora, não foi, obviamente, por falta de tempo, nem de recursos e nem de autoridade
Para que, então, querem mais 90 dias de função, depois do encerramento do prazo?

Desde que começou a funcionar, no último dia 7 de maio, a CPI não foi impedida de ouvir ninguém a não ser as “autoridades locais” que está protegendo. Não foi proibida ou cerceada de fazer o que quer que seja. Chamou quem quis chamar. Fez as perguntas que quis fazer. Gastou os recursos que exigiu. Quebrou sigilos telefônicos e bancários. Insultou, ameaçou e humilhou em público os convocados que fazem parte da sua lista negra. Tem mais 40 dias de funcionamento pela frente. Do que mais ela necessita?

Cerca de um mês e meio antes de acabar o seu prazo legal de atividade, os controladores da CPI já sabem que precisam de mais 90 dias para o seu inquérito. Não fornecem, é claro, nenhuma explicação sobre essa certeza. Nem é preciso. O que querem está mais do que claro, desde sempre.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


Bolsonaro critica ministros do STF e diz que três são contra voto impresso

"Tem uma articulação de três ministros do Supremo para não ter o voto auditável. Se não tiver, eles vão ter que apresentar uma maneira de termos eleições limpas. Se não tiver, vamos ter problemas no ano que vem. Eu estou me antecipando a problemas no ano que vem", alegou o mandatário

O presidente Jair Bolsonaro criticou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (1º/7) e afirmou que três dos magistrados articulam contra o voto impresso. Declaração foi dada a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo ainda repetiu que se a medida não for implementada no próximo ano, "vamos ter problemas".

"Tem uma articulação de três ministros do Supremo para não ter o voto auditável. Se não tiver, eles vão ter que apresentar uma maneira de termos eleições limpas. Se não tiver, vamos ter problemas no ano que vem. Eu estou me antecipando a problemas no ano que vem", alegou.

Sem provas, o mandatário voltou a acusar fraude nas urnas de 2018. "(Com) O voto auditável vai ter a certeza em quem o povo votar vai ser eleito. Como está aí, a fraude está escancarada e não vai ser só para presidente, não, vai ser para governador, senador, fraude. Então, tem três do Supremo articulando para não ter o voto impresso, porque eles estão preocupados com a judicialização. Eu já falei, se promulgar, vai ter voto impresso", acrescentou.

Bolsonaro disse ainda que caso a articulação contra o voto auditável prospere, os ministros da Corte deverão 'inventar' outro meio de contagem de votos. "Agora, se essa articulação prosperar, esses três vão ter que inventar uma outra maneira de termos eleições confiáveis, com contagem pública de votos. Caso contrário, vamos ter problemas ano que vem no Brasil. Estou antecipando porque a minha, que estou falando aqui, é a expressão da democracia, a transparência".

[presidente, inexistem motivos para esquentar a cabeça; o VOTO IMPRESSO vai passar; 
imprimir o voto, preservando o sigilo - como está na proposta - não é cláusula pétrea. O sigilo do voto é que está assegurado em cláusula pétrea. Assim, uma PEC basta para estabelecer o voto impresso.E o Supremo Tribunal Federal não tem condições,nem argumentação, para  revogar uma Emenda Constitucional aprovada em PEC - se uma decisão dessa fosse efetuada e prosperasse seria o fim do 'estado democrático de direito', e sem ele. ...]

Por fim, ele justificou que argumentos de que a implementação da medida custaria bilhões aos cofres públicos não é válida, e voltou a citar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, possível concorrente à Presidência no próximo ano. "Não adianta vir com argumentozinho que é muito caro. Dinheiro tem. Já está arranjado o dinheiro para comprar as impressoras. Então, nós queremos eleições limpas no ano que vem, porque tiraram o Lula da cadeia, tornaram ele elegível para ser presidente na fraude. Isso não vai acontecer", concluiu.

No último dia 28, o relator da Proposta de Emenda à Constituição PEC 135/19, do voto impresso na Câmara dos Deputados, o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), apresentou relatório favorável à proposta à comissão especial. A sessão foi suspensa após a leitura do voto por pedido de vista conjunta e deverá ser retomada nesta quinta-feira (1º). O documento, caso aprovado, prevê a instalação de impressoras nas urnas eletrônicas. 

Política - Correio Braziliense
 

Foram criadas 208 mil vagas de emprego em maio e Fachin manda investigar a polícia do Rio - Revista Oeste

Artur Piva

 Os melhores desempenhos vieram dos setores mais afetados no começo da pandemia 

Em maio, voltou a crescer o número de empregos criados com carteira assinada. De acordo com o Caged, o preenchimento de novas vagas chegou a 280,7 mil no quinto mês de 2021 — quantia que gera um saldo acumulado em 1,2 milhão de novos postos de trabalho para este ano. Em 2020, 1,1 milhão de brasileiros foram demitidos.

O Estado de São Paulo aparece na liderança do saldo de vagas criadas
O Estado de São Paulo aparece na liderança do saldo de vagas criadas | Foto: Reprodução/Mídias Sociais

Leia também: “TCU recomenda aprovação das contas do governo Bolsonaro” [e agora Calheiros e demais inimigos do Brasil?]

Os melhores desempenhos vieram dos setores de serviços (111 mil) e do comércio (65 mil), que estão entre os grupos mais afetados no começo da pandemia. O crescimento da massa de trabalhadores contratados foi notado em todas as Unidades da Federação. O Estado de São Paulo aparece na liderança do saldo de vagas criadas (104,7 mil), seguido de Minas Gerais (32 mil), Rio de Janeiro (17,6 mil), Paraná (15,8 mil) e Santa Catarina (13,6 mil).

Fachin determina que a polícia do Rio seja investigada

Pretende-se saber se agentes descumpriram a ordem do STF de 
limitar a operações em favelas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin determinou que o Ministério Público Federal abra uma investigação contra a Polícia Civil do Rio de Janeiro. O juiz do STF quer saber se houve descumprimento da decisão da Corte de restringir operações dos agentes no RJ durante a pandemia de covid-19. O tema voltou a ser discutido depois da morte de 28 pessoas no Jacarezinho, sendo 27 bandidos, segundo a Justiça. [o ministro Fachin  parece ter esquecido que a operação citada - Jacarezinho - foi efetuada para cumprir mandado de prisão emitido pela Justiça. É dever da polícia, especialmente da Polícia Civil, cumprir mandados de prisão e vários dos bandidos procurados estavam escondidos naquela favela.]

De autoria do Partido Socialista Brasileiro (PSB), o pedido foi acatado na quarta-feira 30 e concede à legenda acesso às comunicações dos atos das forças de segurança, bem como relatórios redigidos por elas. [mais uma vez o Supremo auxilia um partideco sem votos, sem representação que realmente defenda os interesses dos representados, sem programa de governo, sem noção e prestes a ser extinta pela 'cláusula de barreira' a tentar governar sem ter sido eleito para tal função = na realidade o único objetivo desses partidecos de ... , é aporrinhar o presidente Bolsonaro; quando o alvo não é o presidente da República, eles se voltam contra qualquer autoridade que tente impor ordem no Brasil, que tente cumprir e fazer cumprir as leis.] Ao atender ao PSB, em junho no ano passado, Fachin estabeleceu que as operações policiais no Estado só poderiam ocorrer com justificativa ao Ministério Público. O juiz do STF, ainda, barrou o uso de helicópteros nas comunidades.

Política - Revista Oeste