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quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Quem vai parar o arbítrio supremo? - Rodrigo Constantino

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão preventiva do ex-deputado Roberto Jefferson, atual presidente nacional do PTB, pela suposta participação em uma organização digital criada para realizar ataques à democracia. Jefferson foi detido ainda pela manhã, horas após a determinação de Moraes. Logo no início da manhã, momentos antes da prisão, Roberto Jefferson se manifestou pelas redes sociais sobre a ação. “A Polícia Federal foi a casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice”, afirmou.

Em uma segunda publicação, Jefferson voltou a se manifestar com ofensas ao ministro Alexandre de Moraes e comparou a ação com episódios ocorridos na Venezuela. "Ele está repetindo os mesmos atos do Supremo da Venezuela, prendendo os Conservadores para entronizar os comunistas. Deus. Pátria. Família. Vida. Liberdade", escreveu.

O vice-presidente Hamilton Mourão comentou o pedido de prisão: "Na minha visão é aquela história né, tenho visto que o ex-deputado Roberto Jefferson faz as críticas aí que se podem colocar como pesadas. Se o camarada se sente ofendido ele tem que buscar o devido processo. O ministro Alexandre de Moraes tem uma certa prerrogativa, mas essa história de mandar prender é meio complicado".

Leandro Ruschel contextualizou a prisão: "PGR abriu inquérito dos 'atos antidemocráticos' e não encontrou crime, pedindo arquivamento do caso. Arquivamento é obrigatório quando pedido pelo MP. Inquérito foi arquivado, mas outro idêntico foi aberto DE OFÍCIO, com mesma delegada. Ali foi pedida prisão do Bob Jeff". Ruschel ainda perguntou: "Na época da ditadura militar, algum presidente de partido chegou a ser preso por crime de opinião?"
Além disso, Moraes determinou a suspensão das contas de Jefferson nas redes sociais. Lula teve em algum momento suas contas em redes sociais apagadas, por acaso?

Quem aplaude isso não liga a mínima para o Estado de Direito! O que temos é o puro arbítrio de um homem, não um império das leis. Bob Jeff, como ficou conhecido, é bem estridente em suas críticas, ultrapassa alguns limites? Sim. Mas isso não é crime. Não justifica prisão arbitrária.
Todo regime totalitário testa limites com alvos mais radicais. Já temos um jornalista, um deputado e um presidente de partido presos dessa forma abusiva. Mas isso é só o começo! O silêncio da sociedade, a inação dos órgãos competentes, o “apenas cumprindo ordens” dos que executam tais prisões, tudo isso é um convite ao caos!

Enquanto isso, o embaixador chinês no Brasil achou adequado fazer piada bem brasileira, e os vassalos da ditadura chinesa curtindo, rindo. Hienas costumam rir muito mesmo, até o dia em que chegar a sua vez, como sempre ocorre no comunismo! Não entendem que a porteira aberta para perseguir seus desafetos de hoje significa o poder supremo para perseguir qualquer um amanhã.

E o pior é que tal postura vem de supostos liberais também! Foi o caso do jornalista Guilherme Macalossi, da Rádio Band, parceira da China. Só faltou o “liberal” fazer coro ao “chefinho” e colocar um "grande dia" no final de sua defesa indecente a esta prisão abusiva:  E não é um jornalista qualquer mais insignificante apenas. É a mídia tradicional, aplaudindo o arbítrio porque o alvo é Bolsonaro. A nossa imprensa em geral tem alimentado o monstro por visão míope, agindo como cúmplice de um estado policialesco.

Isso não vai acabar bem. A única saída institucional, antes que o pior aconteça ao país, depende de Rodrigo Pacheco. Tenha coragem de agir, senador! Coloque a democracia e a liberdade acima de eventuais medos. A bola para impor limites constitucionais ao abuso de poder está com o senhor. Marque esse gol. O tempo urge!  A alternativa é o Brasil virar uma Venezuela de vez, controlado por meia dúzia de togados, ou então os militares darem um basta - o que encontra apoio cada vez maior nas redes sociais. Nenhum dos dois cenários é alentador. Por isso mesmo caberia a quem tem o mecanismo institucional nas mãos agir o quanto antes.

O Brasil precisa de um impeachment de um ministro do STF, para deixar claro que não é terra sem lei. Ou já somos e não há mais volta?

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo

 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Acusador e julgador - STF desrespeita o devido processo legal no caso de Roberto Jefferson - Gazeta do Povo

O ex-deputado Roberto Jefferson está preso em Bangu 8. Na audiência de custódia, ele pediu para ir para prisão domiciliar, mas não conseguiu. Eu fico pensando: como pode acontecer uma coisa dessas num país democrático? E fica todo mundo olhando. Câmara e Senado ficam olhando. Os meios de informação também, deixando acontecer uma coisa totalmente inconstitucional, ilegal.

Nunca se viu um processo em que aquele que se sente ofendido é que abre o inquérito, investiga, julga, pune, manda prender... Sem Ministério Público. Pode dizer: mas o Supremo aprovou. Sim, o Supremo todo está responsável por isso. Parece que o único que não votou a favor disso foi o ex-ministro Marco Aurélio. Mas é um inquérito com base no artigo 3 do Regimento Interno do STF. Foi aberto em março de 2019 e continua até hoje. Mas se há suspeita de crime de injúria, difamação e calúnia, como é o caso de Jefferson, faz-se então a notícia-crime e manda para a Justiça de primeira instância. O Roberto Jefferson não tem foro privilegiado. O foro dele não é o Supremo. Ele não tem mandato eletivo.

Então, vai para o Ministério Público, a polícia abre inquérito, o Ministério Público denuncia, depois é que vai para um juiz julgar. Esse é o devido processo legal, mas não se está obedecendo o devido processo legal. Isso não é Estado de Direito. Não tem a menor dúvida. Qualquer juiz de primeira instância, advogado ou estudante de Direito sabe disso.

Qualquer pessoa que leia a Constituição vai ver que lá está escrito. Artigo 127: o Ministério Público é essencial. Está escrito no artigo 220: a liberdade de expressão, não se admitirá a censura prévia. E, no entanto, temos presos políticos, presos por opinião.  
Está aí um deputado, com anuência da Câmara Federal; 
um jornalista, que já foi preso; 
e por aí vai algo que não tem base a não ser no Regimento Interno do Supremo.
E o Supremo, diz a Constituição, é o guardião da Constituição. Ou seja, ele é que deveria ser o primeiro a impedir que alguém descumpra a Constituição. E a alegação é paradoxal porque Jefferson foi preso, supostamente, diz a justificativa, por atentados contra a democracia. Mas a prisão dele é um atentado contra a democracia. [pela teoria moraeslista - adotada pelo ministro Moraes - o Regimento Interno do STF é superior à Constituição. Matéria de VEJA em um trecho diz: "...Quando o inquérito das fake news foi instaurado, em 2019, por exemplo, membros do Ministério Público e juristas criticaram a iniciativa pouco ortodoxa. Indagado certa vez sobre a legalidade do procedimento, ele deu de ombros: “No direito, a gente fala que é o ‘jus sperniandi’. Podem espernear à vontade. Quem interpreta o regimento do Supremo é o Supremo”. O plenário do STF avalizou o inquérito um ano depois."
Se decisões que contrariam a Constituição são justificadas invocando o RISTF, resta claro que este é superior àquela.]

E ainda diz que, está escrito lá no despacho do ministro Alexandre de Moraes, que o ex-deputado faz parte de uma "possível organização criminosa". Como assim, possível? Não é nem provável ? Possível é qualquer coisa. Disse ainda que ele busca desestabilizar as instituições republicanas. Qual foi  a consequência das falas dele? Nenhuma, não teve consequência. Foi pura liberdade de expressão e não teve consequência. Ninguém resolveu dar uma facada numa autoridade ou jogar pedra num policial ou quebrar uma vitrine ou tocar fogo num ponto de ônibus por causa dele.

Então são coisas que a gente está vendo na nossa democracia. Imagina só: para a pessoa que quer segurança para o voto é uma atitude antidemocrática. Quem disse que não precisa segurança para o voto — o STF — é uma atitude democrática. É risível, porque ofende tanto a razão e a lógica que vira risível uma coisa dessa.

"Engasguei comigo mesma"

A Polícia Civil concluiu que a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que sofreu lesões enquanto dormia, “caiu de sua própria altura”. 
Isso me faz lembrar de uma frase da então presidente Dilma Rousseff que disse: “eu me engasguei comigo mesma”. [frase cometida por Dilma , quando estava acometida pela genialidade que a fez produzir em uma Conferência sobre Clima, COP, em Copenhague, Dinamarca:  “meio ambiente é sem dúvida nenhuma uma ameaça ao desenvolvimento”, e  no dia em que a ex-presidenta propôs "engarrafar vento".]
 
Alexandre Garcia, coluna em Gazeta do Povo - VOZES
 

domingo, 15 de agosto de 2021

Contra a lei - Ser incômodo, ou falar o diabo do Supremo, da CPI, etc. não é crime. Ou passou a ser?

O Estado de S. Paulo - J. R. Guzzo
 
O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB e figura de maior destaque na direita brasileira de hoje, diz coisas horríveis do Supremo Tribunal Federal, dos seus ministros, do presidente do Senado, daCPI da Covid”, dos governadores de Estado e de muita outra coisa grande que forma as “instituições brasileiras”
Quantas pessoas, no Brasil de hoje, pensam exatamente como ele a respeito de tudo o que tem dito? 
Ninguém fez a conta ainda, mas está na cara que é gente que não acaba mais – o que faz de Jefferson o homem mais incômodo do País para o STF e o sistema político que existe em torno de suas decisões.
Roberto Jefferson, sem dúvida, é um barril de pólvora à espera de um fósforomas ser incômodo, ou falar o diabo do Supremo, da CPI, etc. não é crime. Ou passou a ser? Para o ministro Alexandre de Moraes, do STF, e para o seu inquérito destinado a investigar “atos antidemocráticos”, é crime, simmotivo pelo qual mandou prender o ex-deputado, que a partir de agora está na cadeia sem data para sair, [a prisão preventiva é uma pena perpétua "à brasileira", se sabe quando entra e não se sabe a data da saída.  
Nem o 'refresco' que favoreceu o Lula - condenações anuladas - pode ser aplicado, não há condenação = não se anula o que não existe.] e sem direito de defesa pleno, como aconteceu com outros indiciados pelo ministro. Por que não? 
Se até deputado em exercício do mandato foi preso nesse inquérito (o homem está com tornozeleira até hoje) e a Câmara aceitou sem dar um pio, um cidadão como Jefferson, que não tem imunidade nenhuma, não é o menor problema para o STF.

O inquérito do ministro Moraes, naturalmente, não considera que Roberto Jefferson, durante este tempo todo, está só falando – o que poderia levar a acusação para os delitos de calúnia, injúria ou difamação, os únicos que se pode cometer da boca para fora, e não permitem a prisão de ninguém. Embora a peça de acusação contenha páginas e páginas com uma maçaroca de declarações que Jefferson fez à imprensa nos últimos tempos, o que os acusadores querem é outra coisa.

 Eles querem demonstrar, isto sim, que o ex-deputado não apenas fala, mas faz. Faz o quê? Atos contra o STF, o Congresso e o estado de direito em geral – incluindo, por exemplo, discursos de incentivo para a população invadir o Supremo e tocar os ministros para fora de lá a tapa, mesma receita que tem para a “CPI da Covid” e outros componentes das “instituições”. Ao fazer isso, estaria agindo para acabar com a democracia no Brasil – e, aí, é proibido por lei.

Como aconteceu com outras prisões decretadas por este inquérito, não há sinal, quanto a Roberto Jefferson, de que ele esteja organizando, secretamente, um grupo armado para tomar o governo – como os bandos de “luta armada” que existiam antigamente. 
Não se provou a ocorrência de reuniões clandestinas, nem a distribuição de tarefas “revolucionárias”
Não se descobriu gente usando codinome. 
Não foram encontrados, até agora, depósitos de armas e munições. 
Não há indícios de operações financeiras ou movimentação de dinheiro para pagar as despesas que a derrubada da democracia exige. 
Há dinheiro, incentivo e ações para organizar movimentos de protesto contra STF, Congresso, etc. – mas nada disso está fora do direito de fazer manifestações de protesto em público.
Em suma: fala-se muito, e Jefferson é realmente um homem que fala com teores de TNT que ninguém mais tem, nem de longe, na política brasileira de hoje. 
Mas de atos efetivos contra a democracia, como esses descritos acima,
nada. Onde está a conspiração? 
Onde estão, além dos discursos, entrevistas e postagens nas redes sociais, os atos efetivamente antidemocráticos? 
É o contrário. Ato contra a democracia, por ser contra a lei, é prender Roberto Jefferson e manter vivo o inquérito ilegal do ministro Moraes e do STF. É defender a democracia destruindo a democracia. 
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Mourão sobre prisão de Roberto Jefferson: "Mandar prender é meio complicado"

General caracterizou as críticas realizadas pelo ex-deputado como sendo "pesadas", mas defendeu que "quem se sentir ofendido, deveria buscar outros meios, como um processo"

O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) comentou nesta sexta-feira (13/8) sobre a prisão do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou hoje a prisão do ex-deputado por ataques às instituições democráticas. Mourão disse que o magistrado tem "certa prerrogativa, mas prender é meio complicado".

"Na minha visão é aquela história né, tenho visto que o ex-deputado Roberto Jefferson faz as críticas aí que se podem colocar como pesadas. Se o camarada se sente ofendido ele tem que buscar o devido processo. O ministro Alexandre de Moraes tem uma certa prerrogativa, mas essa história de mandar prender é meio complicado", disse o general a jornalistas na chegada ao Palácio do Planalto.

A Polícia Federal, que pediu a prisão, afirma que o ex-deputado cometeu atos de organização criminosa, crimes contra a honra, racismo e homofobia. Em vídeos publicados na internet e comentários nas redes sociais, Jefferson ataca instituições democráticas e pede a deposição de ministros do Supremo.

O ex-parlamentar também aparece empunhando armas. No despacho, Moraes determina que sejam recolhidas todas as armas e munições em posse do investigado, assim como tablets, demais computadores e celulares. Em nota, a defesa do ex-parlamentar disse que não teve acesso aos autos e que só vai se manifestar após ficar a par da situação.

Roberto Jefferson será levado para o presídio de Benfica, na zona norte da cidade, para realização de triagem. Após o procedimento, deve ser encaminhado ao complexo penitenciário de Bangu.

Política - Correio Braziliense


sexta-feira, 23 de julho de 2021

Roberto Jefferson faz ameaças e chama embaixador chinês de 'macaco'

Vídeo do ex-deputado federal e presidente do PTB circula em em grupos de WhatsApp 

O presidente do PTB, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, aparece, nesta quinta-feira (22/7), em vídeo postado em grupos de WhatsApp com dois revólveres em punho, se colocando como "parte da resistência e da última trincheira da liberdade".

 Com um discurso cheio de clichês e desconexo com a realidade atual do país, Jefferson – pivô do escândalo do mensalão no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003/2010) –, aproveitou para enfatizar o discurso bolsonarista, que vê na China o seu alvo preferencial para críticas e ataques.

Jefferson parece estar em um clube de tiro, onde critica o comunismo, chama o embaixador chinês de “chinês malandro” e “macaco” e diz que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “tem que mandá-lo embora”. Só por cima do nosso cadáver é que vão implantar aqui um regime ateu-marxista-comunista, onde um palhaço, macaco dá ordens às pessoas”, diz o político, fazendo olhar de ensandecido e em tom de ameaça. [Nosso comentário: - será que foi um vírus que atacou o ex-deputado? ou foi o que atacou a deputada Joice Hasselmann? não entendemos a inclusão do macaco no 'desabafo'.

Política - Correio Braziliense


terça-feira, 16 de março de 2021

Roberto Jefferson pede ao Senado impeachment de Fachin

O ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, protocolou no Senado o pedido de impeachment de Edson Fachin, em razão da decisão que anulou as condenações de Lula na Lava Jato.

Ele acusa o ministro de cometer crime de responsabilidade por proferir julgamento sendo “suspeito na causa”, “exercer atividade político-partidária” e ser “patentemente desidioso no cumprimento dos deveres do cargo”.

Roberto Jefferson encara o sistema  pede impeachment do ministro Fachin

O PTB, presidente do PTB, deve entrar com pedido de impeachment do ministro Fachin pela decisão que livrou Lula. O Judiciário poderia ser um meio para que a maior quadrilha da história do Brasil voltasse a comandar o país? Roberto Jefferson responde, sem medo, a essa e outras questões de interesse nacional.

O pedido lembra que Fachin contrariou posição que adotou anteriormente, quando considerava que Sergio Moro tinha competência para julgar Lula. Afirmou que ele mudou de posição para favorecer o ex-presidente.

O Antagonista 


segunda-feira, 27 de julho de 2020

"Roberto Jefferson é o diferencial na ação proposta pela AGU contra as arbitrariedades de Moraes"

Flavia Ferronato 

Estou vendo muita gente descrente a respeito dos resultados da Ação protocolada no sábado (25) pela Advocacia Geral da União (AGU), a pedido de Jair Bolsonaro.
Um elemento importante nesse jogo tem nome: Roberto Jefferson!

Roberto Jefferson teve seu perfil excluído pela decisão. Mas tem um detalhe que o diferencia dos demais: ele é PRESIDENTE DE PARTIDO.
E isso caiu como uma bomba no meio político.
O precedente de se calar políticos é perigosíssimo para eles.
Então amigos, animem-se!!

Tem muitos elementos nesse jogo!!
É um jogo dinâmico demais para você ficar no discursinho de isso não vai dar em nada!

Flavia Ferronato -  Advogada e Coordenadora Nacional do Movimento Advogados do Brasil.

Presidente da OAB chama advogados de “filhas da p…” e membro da OAB-PR pede sua cassação


Clique aqui e saiba mais sobre as razões do print.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Roberto Jefferson, presidente do PTB, merece ser preso de novo - Blog do Noblat

Baixaria e ataque à honra dos ministros do STF  

Cadeia para o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, que ele merece. Em 2012, por corrupção e lavagem de dinheiro, ele foi condenado a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal no processo do mensalão do PT. Ficou três anos atrás das grades, um em regime semiaberto, e o resto de sua pena acabou perdoada.

Deve ter guardado muita mágoa do tribunal para atacá-lo da maneira torpe, infame e asquerosa como o fez em entrevista a um canal de vídeo bolsonarista. Sim, depois de ter servido a governos de todos os matizes, ele aderiu ao atual. Compartilha todas as suas ideias, Compartilha todas as suas ideias, principalmente as mais radicais. [errar é humano, permanecer no erro é que é diabólico - Jefferson se corrigiu e agora está ao lado do governo correto.]

A associação brasileira de LGBTs, com apoio do Sindicato dos Advogados de São Paulo e do Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual e de Gênero, denunciou Jefferson por homofobia e transfobia à Procuradoria-Geral dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal. O que ele disse? 

A coisa mais elegante que disse foi que o futuro presidente do Supremo, o ministro Luiz Fux, ajoelhou-se e beijou os pés da advogada Adriana Ancelmo, mulher à época do então governador Sérgio Cabral, do Rio, para agradecer por tê-lo ajudado a virar ministro. Provas disso? Não apresentou. [se a beijo ocorreu,  não podemos afirmar;

Disse que o Supremo tem dois ministros que são “sodomitas”, e citou seus nomes e supostos apelidos. Disse que o ministro Edson Fachin, antes de ser de ser nomeado, visitou gabinetes do Senado à caça de votos para ser aprovado na sabatina. E que quem o conduziu foi “o homem da mala” da empresa JBS. [Ricardo Saud, o 'homem da mala' da JBS, conforme matéria da VEJA, 2 junho 2017, foi acompanhado por Ricardo Saud em visita a gabinetes de senadores, pedindo votos.
A matéria relata também que o assunto foi objeto de questionamento por deputados.]

Chamou os ministros da Corte de “monturo de lixo”. Afirmou que à exceção das mulheres, são “homens de pouca estatura jurídica e moral, lobistas” indicados pela TV Globo, por empreiteiras e por “partidos comunistas”. O mais que disse é lixo puro, moralmente impublicável sob pena de se jogar seu jogo. 

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


sexta-feira, 29 de maio de 2020

Confronto institucional caminha para ruptura (por João Bosco Rabello) - Blog do Noblat - VEJA



Além da sintonia entre STF e Congresso Nacional, cabe ressaltar um aspecto comum a ambos nesse momento: estão se manifestando como corporações que colocaram suas divergências internas à parte para demonstrar unidade em defesa da independência dos poderes.
Na sequência das manifestações, o ministro Alexandre de Moraes determinou uma operação de busca e apreensão contra produtores e disseminadores de fake News contra a Suprema Corte, na mais forte reação ao incitamento nas redes sociais para os ataques a ministros que a integram.

Os alvos da operação se manifestaram de forma ainda mais agressiva desafiando o STF, alguns até deixando a impressão de que desejam a prisão como forma de agravar o conflito. Casos do ex-deputado condenado no mensalão, Roberto Jefferson, e da ativista Sara Winter, que ameaçou explicitamente o ministro Alexandre de Moraes anunciando que o sitiará em sua casa, investigará suas empregadas e o seguirá por onde for, para fazê-lo arrepender-se de sua decisão.

A operação não busca apenas sustar a produção de fake News, o que por si só já a justifica. Mas quer principalmente chegar aos que incitam ao linchamento da Suprema Corte, criando ambiente para ataques mais concretos. Vale lembrar que no passado ações semelhantes levaram grupos a invadir e quebrar as dependências da Câmara Federal sob o beneplácito do governo da hora, no caso o do então presidente Lula.

O acampamento coordenado por Sara Winter, de gente armada e treinada para enfrentamento de rua, é um acinte à luz do dia. Ocupam o estacionamento do ministério da Justiça e apontam para o STF. E se dizem perseguidos por manifestarem opinião. É bem mais que isso e o STF não pretende recuar. A essa altura, vai ficando cada dia mais arriscada para a sua imagem a dubiedade das Forças Armadas que além do núcleo duro de generais em torno do presidente da República, ocupam mais de dois mil cargos no Executivo. O bordão repetido diariamente de que estão ao lado da Constituição, a qualquer momento terá que se materializar.

Para um passo adiante no agravamento da crise, Bolsonaro não tem sustentação popular. As pesquisas registram sua estabilidade no patamar de 30%, mas com viés de queda. Seu índice de reprovação aumentou e a deterioração da economia – que já não ia bem antes da pandemia, ao contrário do que sustenta o ministro Paulo Guedes -, tende a agravar a perda de capital eleitoral. As pesquisas também indicam o aumento da percepção de que o presidente tenta proteger os filhos, por temer que investigações os alcancem. O próprio presidente explicitou esse receio na reunião ministerial do dia 22, exibida ao país por determinação do ministro Celso de Mello. Como os filhos estão na gestão de governo, cristaliza-se a ideia de uma Casa Real cujos membros são intocáveis.

Blog do Noblat - VEJA - João Bosco Rabello. Jornalista há 40 anos. 

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Claro que a Lava-Jato exagera

Os ‘recursos não contabilizados’ viraram lavagem de dinheiro. Caixa 2 passou de infração eleitoral para crime grave

Coluna publicada em O Globo

A palavra “mensalão” apareceu na imprensa em setembro de 2004, utilizada pelo então deputado Miro Teixeira, para explicar aquilo mesmo que seria provado mais adiante: que o PT montara um sistema para remunerar aliados. Miro repercutia, para o “Jornal do Brasil”, uma reportagem de capa da revista “Veja”, na qual se dizia que o PT comprara o apoio do PTB por R$ 150 milhões. O assunto, aliás, circulava no Congresso.  Pois parece que os próprios deputados sérios não colocaram muita fé no caso. Meio que deixaram para lá. Políticos e jornalistas tiveram comportamento semelhante. Eis o que se dizia: isso não vai dar em nada, corrupção sempre ocorreu, é coisa pequena, um problema moral, não político, muito menos econômico.

Talvez tivesse ficado mesmo por aí se um empresário de bronca com sua situação não tivesse filmado um diretor dos Correios embolsando a mixaria de três mil reais, mas contando que o esquema funcionava sob o comando de Roberto Jefferson, então deputado federal e presidente do PTB. A revista “Veja” publicou a história em maio de 2005. Seguiram-se alguns meses de embates políticos, com a oposição tentando instalar uma CPI, e o governo Lula tentando abafar o escândalo. Lá pelas tantas, Roberto Jefferson, como ele mesmo disse, desconfiou que o PT estava armando contra ele.

A jornalista Renata Lo Prete, então na “Folha”, sabendo do que se passava nesses bastidores, conseguiu a entrevista que mudou tudo. Jefferson contou como Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, pagava 30 mil mensais a deputados, em troca de votos para o governo. Isso foi em junho de 2005. O mensalão era, digamos, oficializado nesse valor — R$ 30 mil/mês. Também era mixaria, como se saberia depois, mas Jefferson apresentou o operador do esquema, o publicitário Marcos Valério, dono de agências em Belo Horizonte.

Tudo apareceu como o “escândalo dos Correios”, objeto de inquérito na Justiça Federal de Minas e de uma CPI no Congresso. Políticos e empresários apanhados, quando perceberam que não havia como negar a distribuição de dinheiro, contrataram os mais conhecidos advogados criminalistas, liderados por Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça de Lula. Estes definiram uma linha de defesa: o dinheiro era para campanhas eleitorais, o famoso caixa 2 ou, como inventou Bastos, “recursos não contabilizados”. Ou seja, uma pequena infração eleitoral, a ser resolvida com uma revisão da contabilidade dos partidos e, talvez, algumas multas.

Da CPI resultaram as cassações de José Dirceu e Jefferson — e o Congresso queria parar por aí. Na Justiça, em julho de 2005, o processo foi para o Supremo Tribunal Federal, por causa do envolvimento de pessoas com foro privilegiado. Ainda se dizia: não vai dar em nada. E como o inquérito se arrastava, parecia mesmo que seria mais um daqueles casos que morreriam nas gavetas do tribunal. Demorou sete anos nisso, mas em agosto de 2012 o Pleno do STF começou o julgamento, sob a liderança do então presidente da Corte, ministro Joaquim Barbosa. Terminou em março de 2014, com a derrota fragorosa das grandes bancas de advocacia.

Os “recursos não contabilizados” viraram lavagem de dinheiro. Caixa 2 passou de infração eleitoral para crime grave. A distribuição de dinheiro foi atribuída a uma quadrilha. Em resumo, sofisticado roubo de dinheiro público. Ainda era pouco. Nesse mesmo março de 2014, a Lava-Jato se mostrava ao país, com a primeira operação de vulto. Foi preso Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que viria a ser o primeiro delator. Aparecia o instituto da delação premiada, tão contestado, de novo, pelas grandes bancas.

Não era mais coisa de R$ 30 mil/mês, mas de bilhões de dólares. Mas por que estamos contando isso tudo? Porque, de novo, estão dizendo que a Lava-Jato é uma armação para tirar Lula da política. Que a Lava-Jato exagerou, é óbvio, mas como poderia pegar esse bando de ladrões ilustres e poderosos? Pensando bem, não é a Lava-Jato que exagera. “Eles” exageraram, continuam tentando derrubar a operação.
 
Carlos Alberto Sardenberg, jornalista
 

sábado, 20 de janeiro de 2018

O PT está louco por um cadáver

Recuperado de um câncer no pâncreas, Roberto Jefferson, presidente do PTB, quer voltar à vida pública, da qual está afastado há 11 anos, depois de ter o mandato de deputado cassado no mensalão. 


Vai trocar o Rio de Janeiro por São Paulo. “Preciso construir um grande PTB no Brasil. Só vou conseguir fazer, se tiver um grande PTB em São Paulo. Vou me candidatar a deputado federal por lá”, explica. Uma de suas propostas será a extinção da Justiça do Trabalho. Ele garante, no entanto, que essa não é bandeira de sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), que está impedida, por liminar, de assumir o Ministério do Trabalho. Na entrevista, Jefferson também afirma que não torce pela prisão de Lula, mas bate sem piedade no PT e critica a pressão dos petistas contra o Judiciário. “Eles querem uma guerra civil? Derramamento de sangue? O PT está louco por um cadáver”, acusa. Apesar de ter sido o primeiro a revelar a existência do mensalão, ressalta que não suporta delatores. “Canalha que mete a mão e, para se salvar, acusa os outros”. Feita a distinção, Jefferson diz se orgulhar de sua denúncia: “Eu consegui eliminar do jogo do poder Zé Dirceu, o homem que teria sido o Nicolás Maduro do Brasil”.

O senhor ainda confia que sua filha venha a ocupar o cargo de ministra do Trabalho?
Confio pelos valores que ela tem. É uma grande gestora pública. Foi secretária municipal da Prefeitura do Rio de Janeiro na gestão de César Maia. O apreço que tenho pela Cris é que ela tem voo próprio. Ela é Cristiane Brasil, diferentemente dos filhos dos políticos do Brasil que tem o sobrenome do pai, pois ela tem o da mãe. Ela não quis o caminho mais fácil. Foi escolhida por ação do presidente da República e não por indicação do pai. Levei quatro nomes de homens ao presidente Temer para que escolhesse. Ele disse: “Por que não uma mulher? A Cristiane Brasil. Gestora experimentada, qualificada”.

Acredita que a Justiça vai derrubar essa liminar?
Vamos tentar. O momento é muito difícil. Há uma intervenção muito grande do Judiciário na gestão da administração pública. O Judiciário está querendo suprimir o poder Legislativo e Executivo. Foi o que combinamos com o presidente.

O senhor deu uma declaração de que é favor da extinção da Justiça do Trabalho. É uma bandeira da sua filha ou apenas sua opinião?
Sempre defendi a extinção. É a minha opinião que quero discutir dentro do meu partido. A Justiça do Trabalho é ideológica, populista, socialista. A minha filha foi condenada a pagar ao motorista do meu neto. Ele tem empresa com personalidade jurídica. O rapaz bateu o carro dele, estava no período de experiência. Além de não pagar o carro, quis receber os poucos meses que estava em experiência. Ele citou o meu neto e a mãe dele, que é a Cristiane. Como meu neto mora na casa dela, o juiz decretou a culpa da minha filha porque ela é mãe no exercício de pátrio poder. Hoje ainda entra um tal de danos morais que é um absurdo. Ficou um poder absurdamente desmedido. A Justiça do Trabalho interpreta o empregador como um bandido, culpado. Ele tem contra a si a presunção da culpa. A Justiça do Trabalho é a babá mais rica do mundo.  Os juízes são verdadeiros mandarins.

Sua filha pensa assim?
Você tem de perguntar para ela. Ela deve estar lendo o que eu escrevo. ...

.......................


Como o senhor vê essa ação do PT de convocar as pessoas?
Eles querem uma guerra civil? Uma convulsão? Derramamento de sangue? O PT está louco por um cadáver. Quer ostentar o cadáver. Você viu o que disse a Gleisi Hoffmann? “Vai dar morte”. Morte de quem? Eles vão matar alguém? Ou vão querem que morra alguém dos deles? Eles vão desafiar a polícia para que faça um cadáver para ficarem ostentando o cadáver pelas ruas do Brasil, para se colocarem como vítimas da truculência policial? É uma coisa muito ruim quando uma pessoa concita a luta de morte em favor do poder que almeja. [É bom que a canalhada petista lembre que em 68 a maldita esquerda queria um cadáver - conseguiram o do estudante Edson Luis - e junto com o cadáver veio o AI 5 - Ato Institucional do Brasil, o ato da Redentora que fez a Redenção do Brasil; ]


MATÉRIA COMPLETA em ISTOÉ


sábado, 13 de janeiro de 2018

Ducha de água fria

Não adianta o governo Temer querer tapar o sol com a peneira na explicação do rebaixamento da nota de crédito da Standard & Poor’s

Tem que enfrentar a realidade. E a realidade é que, mesmo que a recessão econômica esteja acabando, a crise ética e política está longe de um fim a ser festejado. Ao contrário, o governo abriga suspeitos e é infiltrado por gente de confiança de presidiários e ex-presidiários.

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Emanuel Hoje na primeira página do portal do Estadão há reportagem de nossa comentarista Eliane Cantanhêde relatando que, no almoço que teve com Temer no Palácio do Jaburu anteontem, Temer criticou o fato de a posse ter sido barrada pela Justiça. Essa teimosia tem razão de ser?

Temer disse a Eliane que não se conforma como um juiz de primeira instância derruba uma decisão privativa do presidente da República. De fato, a Constituição reserva ao presidente a prerrogativa de nomear seus ministros. Ninguém duvida disso. Mas as evidências sobre a impropriedade de Cristiane Brasil, condenada por descumprimento da lei trabalhista, assumir a pasta que vai conduzir a política do governo no ano em que vai ser iniciada a prática da reforma trabalhista. Acontece que a nomeação abriu a caixa de Pandora do desempenho dela e de lá não saiu um odor agradável. Ficou evidente a contumácia com que violou a legislação trabalhista e, embora isso não configure corrupção nem abale a prerrogativa presidencial, a decisão é equivocada do ponto de vista da administração republicana e desastrada do ponto de vista da credibilidade do governo.

Temer disse ainda a Eliane que não aceitou o nome do deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), primeiro indicado pelo partido, por sua ligação com o governador Flávio Dino (PCdoB), que, segundo ele, mantém o retrato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) na parede. O filho de Fernandes é secretário de Dino.

Alguém de posse das faculdades mentais e com um mínimo de lógica pode acreditar que Temer não tinha ninguém no palácio capaz de lhe informar dessa obviedade. Meu neto de 3 anos sabe que o filho de Pedro Fernandes é secretário de Flávio Dino que considera Temer golpista e é devoto da presidente deposta, Dilma Rousseff. Se não foi Sarney quem vetou Pedro Fernandes, pode ter sido quem avisou de uma obviedade que teria de ter sido considerada pelos próceres do PTB e pela cúpula do Palácio. É aceitável que Temer se considere o espertinho do ano, mas pensar que nós somos tolos não é esperto.

De acordo com o relato feito por Eliane, o nome de Cristiane foi colocado em reunião entre Temer, Roberto Jefferson e o líder do partido na Câmara, Jovair Arantes (GO). No encontro foram cogitados outros dois deputados – Sérgio Moraes (RS), que ficou conhecido por dizer que estava “se lixando para a opinião pública”, e Pastor Josué Bengtson (PA). Para Temer, Moraes “iria dar problema” por ser lembrado pela frase e Bengtson não tinha apoio da bancada.

Mas até os patos do lago do Planalto sabem que o acordo foi feito a portas fechadas entre o pai amoroso e o presidente compassivo, que tem necessidade de atender ao pleito do partido fiel na base. O líder na Câmara entrou depois como pretexto de união partidária. E a recusa dos dois parlamentares encrencados, um pretexto. O resto é mentira. Outro absurdo do discurso do Temer é limitar a decisão do Judiciário à primeira instância. A decisão do juiz de primeira instância foi confirmada duas vezes na segunda e a entrevista que vi a advogada geral da União dar ontem no Jornal Nacional deixa claro que Temer busca uma “estratégia” para conseguir superar essa decisão no Supremo Tribunal Federal. Se ele e seus assessores não duvidassem da concordância de Cármen Lúcia, presidente em seu último plantão de recesso de fim de ano, com a própria tese jurídica, por que não submeteu a posse da nova ministra à decisão dela? [o que mais estimula recursos das decisões,   que mantém a liminar concedida pelo juiz de primeira instância suspendendo a posse de Cristiane Brasil, é que nenhuma delas analisa o mérito;
quanto a deixar por conta da presidente do STF, em seu último plantão de fim de ano, é temerário, haja vista decisões da suprema magistrada aceitando intolerâncias indevidas no governo Temer por outros poderes e mesmo pelo MP.
O melhor mesmo, já que até agora nenhum colegiado analisou o mérito, levar para a 7ª Turma do TRF-2 e caso a suspensão seja mantida, levar para o STJ e se necessário deixar que a matéria só vá ao STF as vésperas do fim do plantão da ministra-presidente.]
Carolina.  Em nota na internet, o Movimento Brasil Livre diz que o brasileiro que foi preso na Venezuela, Jonatan Moisés Diniz, enganou parentes e envolveu País na sua libertação ‘utilizando táticas desonestas’; antes, o grupo tinha acusado a imprensa e o governo de não agirem em relação ao caso. O que aconteceu para o caso virar?

O Movimento Brasil Livre (MBL) acusou o brasileiro Jonatan Moisés Diniz, preso durante 11 dias na Venezuela, de utilizar práticas desonestas semelhantes às do governo de Nicolás Maduro, a quem acusa de “levar as crianças venezuelanas à mais pura miséria”. Ou seja, ficou claro que o Brasileiro planejou ser preso na Venezuela para chamar atenção. A crítica foi feita em nota na internet depois da divulgação do vídeo (veja abaixo) em que o catarinense revela ter premeditado sua detenção para chamar atenção para a causa defendida por sua ONG, a Time to Change the Earth (Hora de mudar a Terra, em tradução livre).


quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Temer não tem como rejeitar Cristiane Brasil

Se pudesse, Michel Temer rejeitaria a nomeação de Cristiane Brasil para o ministério do Trabalho, por que, a esta altura, ela já está completamente desmoralizada. 


Mas o Palácio do Planalto depende de todos os partidos que fazem parte da base aliada porque precisa aprovar a reforma da Previdência e o PTB tem uma bancada grande. O governo não tem como forçar o partido a desistir da vaga e muito menos de Cristiane Brasil, filha do presidente do partido, Roberto Jefferson. 

Provavelmente o STF irá liberar a posse, pois nomeação de ministros é uma prerrogativa do presidente da República. É meio esquisito ter uma ministra do Trabalho que não paga seus empregados direito, mas não é um impedimento jurídico, e sim, moral.

Ouçam os comentários da rádio CBN:

[Temer também não pode, nem deve, recuar; é necessário que haja uma definição que impeça sucessivas intervenções de outros Poderes no Poder Executivo.
Temer deve resistir e com isso levar o STF a tomar uma decisão.
Fica dificil governar se qualquer medida pode ser vetada por um mero capricho de qualquer cidadão que não gostar de Temer e levar uma demanda contra presidente à  Justiça.  
A independência dos Poderes e a competência constitucional de qualquer um deles deve ser respeitada.]

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Resgate de Roberto Jefferson

Protagonista do mensalão, Roberto Jefferson tem destino distinto daquele reservado a José Dirceu, de quem foi algoz: com a filha no ministério do Trabalho, ele recupera prestígio político 

Nada como um dia após o outro. Doze anos depois de estremecer Brasília ao denunciar que o governo Lula instrumentalizou o mensalão para comprar parlamentares no Congresso, Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, voltou a surpreender. Emplacou sua filha, a deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ), como nova ministra do Trabalho. Na saída do gabinete do presidente Michel Temer na última quarta-feira 3, Jefferson chorou, após a confirmação da nomeação. “É o orgulho, a surpresa, a emoção que me dá. É o resgate, sabe? É um resgate. (O mensalão) já passou. Fico satisfeito”, desabafou o chefe do PTB.

O choro de Jefferson, de 64 anos, tem uma explicação. Apesar de ter denunciado a existência do esquema de corrupção petista, ele também foi considerado um político nefasto e acabou condenado no mensalão a 7 anos e 14 dias de cadeia por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo STF em razão do recebimento de R$ 4 milhões para apoiar o governo do PT em 2005. Jefferson, que depois rompeu com o PT, teve ainda cassado o mandato de deputado federal. Foi preso em fevereiro de 2014 e ficou 15 meses atrás das grades. Em março de 2016, o STF lhe concedeu o indulto. Em liberdade, retomou a presidência do PTB e orientou a bancada de 26 deputados na Câmara a apoiar as reformas do governo Temer desde o início. A nomeação da filha lavou a alma da família.

“Dirceu é o chefe”
Afinal, Jefferson sempre se considerou um injustiçado. Foi ele quem revelou que o publicitário Marcos Valério era responsável pelas malas de dinheiro destinadas aos deputados comprados pelos petistas e que o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, era o chefe da quadrilha. “Dirceu, saia rápido daí (do ministério da Casa Civil de Lula)”, disse o então deputado Jefferson. Dirceu caiu em junho de 2005 e reassumiu a vaga de deputado federal na Câmara. Mas Jefferson queria mais: a cassação de Dirceu. “Vossa excelência (José Dirceu) desperta em mim os instintos mais primitivos”, pregou o petebista. Dirceu foi cassado e em 2012 condenado a 7 anos e 11 meses por corrupção por liderar o mensalão. 

Teve a pena perdoada pelo STF em outubro de 2016. No final de 2005, porém, o próprio Jefferson também teve o mandato de deputado cassado. Dirceu e Jefferson estão hoje em situações opostas. Enquanto o petebista não se envolveu mais em falcatruas, Dirceu, ao contrário, foi um dos articuladores dos desvios na Petrobras. Como mentor do Petrolão, foi condenado a 30 anos de prisão e está em liberdade provisória. Cada um é responsável por traçar o próprio destino.


Germano Oliveira - IstoÉ


domingo, 7 de janeiro de 2018

Sarney (PMDB): o mando da eminência parda do Governo Temer

Cristiane não é unanimidade,em seu próprio partido, para ocupar o cargo que lhe caiu no colo depois da conversa de seu pai com o soturno mandatário atual 

O dono da palavra final e do dedo no suspiro – sujeito oculto nas sombras do poder no Planalto que vetou o nome inicialmente escolhido pelo PTB para novo ministro do Trabalho Pedro Fernandes, deputado pelo Maranhão – tem larga tradição no mandonismo oligárquico da política no País. Sem mandato atualmente, o manda- chuva de décadas ocupa cadeira de destaque na Academia Brasileira de Letras e tem livro novo na praça. É José Sarney, o cara da vez, novamente. Acredite se quiser.

Mesmo com o rápido “arranjo”, bem ao estilo do partido dos atuais donos do poder – onde a questão moral, aptidão e competência técnica e política, para o cargo, são o que menos importam – , o Palácio do Planalto confirmou para o posto a também parlamentar petebista Cristiane Brasil. Filha do presidente nacional do partido, detonador e condenado do Mensalão, Roberto Jefferson, que foi às lágrimas com o “resgate”, ao adiantar que a data da posse da herdeira dileta está marcada para a semana que vem.

A começar pelo sobrenome da nova escolhida, para comandar a pasta do Trabalho, tudo isso parece uma imensa e irônica encenação de tragicomédia anunciada. Antes do correr da cortina, para de novo esconder o palco do distinto público, no entanto, foi passado unguento nas pisaduras, mas o calo de sangue vai ficar incomodando muita gente pisoteada, ainda por um bom tempo. Já se sabe, (por denúncia do próprio convidado da primeira hora, do presidente da República,) para ocupar o lugar deixado vago, de repente, pelo também deputado petebista Ronaldo Nogueira, na última quarta-feira, (27) do ano que passou – causando novos estragos no trôpego, e cada vez mais suspeito e metido em encrencas, ocupante atual do Palácio do Jaburu, Michel Temer e sua tropa de comando do PMDB e outros penduricalhos partidários.

Para o rodado jornalista, estes episódios recuperam, das profundezas da memória, a inevitável recordação de uma história que meu saudoso pai costumava contar sobre coronéis oligarcas, patriarcas do velho estilo, ou com tinturas de modernidade, em seus diferentes modos de exercer poder político no Nordeste.
“Mi viejo”, para usar expressão tão cara aos portenhos em seus tangos e escritos poéticos de referência respeitosa à figura paterna (que muito me agrada) – um honrado servidor público nascido nas barrancas do São Francisco, o rio da minha aldeia, até morrer defendeu, preservou, praticou e tentou sempre passar adiante ensinamentos sobre o valor da política feita com ética e honradez, principalmente quanto ao efetivo cumprimento dos compromissos de princípios e de gestão administrativa. Ele tinha rejeição congênita tanto a corruptos e corruptores, quanto ao mandonismo, no exercício de cargos ou funções em todos os escalões governamentais: federal, estaduais ou municipais.

Ficava mais indignado ainda com aqueles oligarcas com tinturas intelectuais, “metidos a sebo”, principalmente àqueles com assentos, também, na ABL: da Bahia ao Maranhão.
“O tipo que, diante de uma oferta de recursos para a construção de uma boa escola, um ginásio, um colégio, em seu estado e sua comunidade; ou frente à possibilidade de vingança imediata contra uma diretora escolar, que ele julgava contrariar seus interesses eleitorais e de aliados de partido, não pensava duas vezes: preferia mandar demitir a professora”, contava meu falecido pai. Na mesa das refeições com a família reunida em volta da mesa, ou nas rodas de conversas políticas de que tanto gostava de participar.

Ao ouvir um caso como este – cada vez mais comum nos temerários tempos que correm a caminho da implacável corrida pelo voto, que se anuncia neste ano de eleições majoritárias, a começar pela presidência da República, os irônicos franceses, seguramente diriam: “Amaldiçoado seja aquele que pensar mal destas coisas”.  Qualquer levantamento jornalístico rápido, feito com critério e isenção profissional, vai revelar que a deputada – sobre cujo nome recaiu a nova batida do martelo, do presidente da República, para pasta importante de seu ministério em desmoronamento, não é bem o que se poderia chamar de ilibada figura para o exercício de um posto de comando no mais alto escalão do poder público. É, para dizer o mínimo, parlamentar de atuação polêmica e complicada, com dúvidas no currículo que certamente cobrarão mais esclarecimentos à sociedade. E não só quanto às já sabidas suspeitas de receber propinas das empreiteiras OAS e Odebrecht, na Lava Jato, mas, também, em caso de relação trabalhista, no qual, segundo revelado pela G1/O Globo, a anunciada futura ministra do Trabalho foi condenada.

Além disso, Cristiane Brasil não é unanimidade,em seu próprio partido, para ocupar o cargo que lhe caiu no colo depois da conversa de seu pai com o soturno mandatário atual . O El Pais revela, em sua edição brasileira, que três de quatro deputados do PTB ouvidos pela reportagem, disseram que a indicação dela não tem o aval da bancada, ao contrário de Pedro Fernandes, o desafeto do clã Sarney, no Maranhão. “Nem sequer fomos consultados”, afirmou um dos ouvidos por El Pais. A um grupo de repórteres que o esperava na saída da conversa com Temer, ainda tentando conter o pranto emocionado, o pai de Cristiane e chefe do PTB, explicou que o nome de sua filha não foi uma indicação: “Eu não indiquei. O nome dela surgiu”. É por coisas assim que nas barrancas do rio da minha aldeia se costuma dizer: “O tempo passa, e quanto mais passa o tempo e as coisas mudam, mais o Brasil fica mais parecido com o que sempre foi”. É por aí.

Para completar o sentido dessas palavras faltava Sarney. E sua insaciável fome de poder e de mandonismo, em décadas de presença déspota, evidente na vida de seu estado, do Nordeste e do País. Não falta mais: ele ressurgiu, neste episódio do veto ao adversário político, não na condição de simples “conselheiro de Temer” (como tem sido qualificado em alguns círculos do PMDB e da imprensa ), mas como poderosa eminência parda do governo em desalinho. Se disse, em conversas e em manchetes, que ele jogou a toalha e abandonou a política desde que desistiu de concorrer a mais um mandato em 2014. Acredite quem quiser.

Mas o fato, pra valer, é que ele segue atuante, e com sobras de mando, como acaba de demonstrar. Não aos gritos e ameaças barulhentas à moda dos velhos e superados coronéis nordestinos. Mas nas sombras palacianas, em silêncio e sutilmente. Um texto de 2014, publicado na Carta Capital, alias, traz uma definição que ainda hoje segue perfeita e atual: "Sarney comporta-se (no mando) como um lorde inglês durante a ocupação da Índia”. Nada mais a acrescentar. Só a conferir.

Veja - Blog do Noblat
 

 

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

Roberto Jefferson foi chamado para indicar, por ser presidente do PTB, ministro do Trabalho. Indicou a filha

Influência do pai garantiu primeiro cargo de Cristiane Brasil

 Deputada Cristiane Brasil é a nova ministra do Trabalho (Crédito: Reprodução/Instagram)

Filha do ex-deputado federal Roberto Jefferson, delator do escândalo do mensalão em 2005 e atual presidente nacional do PTB, Cristiane Brasil, de 44 anos, entrou no mundo político ao ganhar um cargo comissionado na Eletronuclear, empresa de controle estatal responsável por administrar as usinas nucleares brasileiras. Sua contratação, em 2001, ocorrida na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e mantida durante pouco mais de três meses pelo sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é atribuída à influência de Jefferson nesses governos.

Em outubro de 2004, Cristiane disputou sua primeira eleição e se tornou vereadora no Rio de Janeiro, função que exerceria mais outras duas vezes. Em 2014, ela se elegeu deputada federal pela primeira vez. Na Câmara, a parlamentar propôs um limite máximo de dois mandatos para presidente, governadores e prefeitos. Propôs ainda um código de vestimenta para proibir o uso de minissaias e decotes por mulheres que atuassem na Casa. “Queremos corrigir um erro histórico”, afirmou.

 As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.