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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Lula idolatra Lula, e não mostra o seu projeto para o país

Para se afirmar, deslegitima os outros, e reluta em mostrar seu plano para "garantir o fim da fome, o fim da miséria e o pleno emprego" 

[em síntese: o traste não tem plano de Governo, não tem noção do que fazer e tem medo das ruas.]  

Lula é personagem difícil de ser rotulado, enquadrado numa moldura. [era; o rotulem de traste e logo perceberão que cai como uma luva.]

Esquerdista? Talvez. Populista? É possível. Sobrevivente, com certeza — da migração do agreste pernambucano para São Paulo; do sindicalismo metalúrgico, e dos 42 anos de profissional da política, mais da metade do seu tempo de vida.

Seu melhor retrato nasceu da argúcia do humorista e do polimento do escritor Millôr Fernandes. Disse tudo em sete palavras: “O Lula é viciado em si mesmo.”

Reconheceu, tempos atrás: “Tem hora em que estou no avião e, quando alguém começa a falar bem de mim, meu ego vai crescendo, crescendo, crescendo… Tem hora em que ocupo, sozinho, três bancos com o meu ego.”

Lula cada dia mais idolatra Lula, principalmente nesta temporada eleitoral por ele transformada em campo de batalha pela absolvição nas urnas — algo que ainda não conseguiu nos tribunais.

Aos 76 anos, aproveita a que talvez seja sua última campanha para lapidar a imagem da Encarnação do Povo. É do jogo. O problema é que, para se afirmar, ele deslegitima todo mundo. Exemplos recentes:

Políticos no poder? “[Joe] Biden nunca fez um discurso para dar US$ 1 dólar para quem está morrendo de fome na África.”

Partidos? “O PFL acabou, agora quem acabou foi o PSDB e o PT continua forte, crescendo.”

Empresários? “Essa gente deveria vir de joelho conversar com a gente.”

Brasil? “Este é um país de uma elite escravista. O escravismo ainda está, sabe, contido na célula de cada representante da grande elite brasileira.”

Lula contra tudo e contra todos é imagem em sépia das suas quatro décadas sem sair de cima de um palanque.

Em 2003 se queixava da “herança maldita” do governo Fernando Henrique Cardoso.

Em 2022 anuncia que, se eleito, vai pegar um país muito pior do que o recebido vinte anos atrás.

Lula, nesses cultos de adoração de si próprio, pode até ter alguma razão em cada sílaba do que anda dizendo.

É pena que, a quatro meses da eleição, ainda relute em mostrar seu plano para  “garantir o fim da fome, o fim da miséria, o pleno emprego e fazer o Brasil virar protagonista internacional”.  
Esse Brasil Potência nunca antes aconteceu na história deste paísnem mesmo na década e meia de governos lulistas.

José Casado, colunista - VEJA


Corrupção na Petrobras jamais será esquecida - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

Estatal

Tem aquele ditado que diz "pau que bate em Chico, bate em Francisco". Mas para o Supremo Tribunal Federal, e até para Câmara dos Deputados, parece que não é assim
Algumas coisas da Constituição valem para uns e não valem para outros.

Por exemplo, a inviolabilidade de deputados e senadores por quaisquer palavras não valeu para o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Nem no Supremo nem na própria Câmara. Mas, agora, a queixa de um senador contra uma deputada foi arquivada com base nisso.

Síndrome Pós-Covid atinge metade das pessoas que tiveram Covid, mas tem tratamento 

O que diz a comissão do TSE sobre as tentativas de “hackear” as urnas

O caso envolve o senador pernambucano Humberto Costa, que foi ministro da Saúde no governo do PT. Ele moveu uma ação no Conselho de Ética da Câmara contra a deputada Soraya Manato, do PTB do Espírito Santo. Ela escreveu nas redes sociais que Costa estava envolvido na Lava Jato. E depois o chamou de vampiro da saúde, porque ele era ex-ministro da Saúde.
Então, Costa acionou Soraya no Conselho de Ética, achando um absurdo e falta de decoro. O relator da representação, claro, mandou para o arquivo, dizendo que a deputada é inviolável por quaisquer palavras. Só que isso não valeu para Daniel Silveira
E aí eu fico me perguntando: tem uma Constituição para uns e uma Constituição para outros? [exatamente exato; para os conservadores, os de direita e apoiadores do presidente Bolsonaro a Constituição usada é a mesma que condenou Daniel Silveira (beneficiado por decreto de graça, concedido pelo presidente Bolsonaro); 
para a turma da esquerda, os inimigos do Brasil = inimigos do presidente e os da turma do establishment é usada a outra.]

Chefões estão livres

Estou no Rio Grande do Sul e agora mesmo fico sabendo que Lula também está por aqui.   
Chegou por Porto Alegre, que é a sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a segunda instância dos processos da Lava Jato, que revisou os dois processos de Lula: do triplex no Guarujá e do sítio de Atibaia.                                                                                                          O tribunal não só confirmou as condenações como aumentou as penas contra o ex-presidente
E ainda seguiu recurso lá no Superior Tribunal de Justiça, que confirmou de novo a condenação. 
E, no entanto, o Supremo Tribunal Federal foi lá e anulou tudo.
 
Por que estou dizendo isso? Porque, nesta quarta-feira (1º), o Tribunal de Contas da União mandou um ex-diretor da Petrobras nomeado por Lula, o Renato Duque, devolver R$ 975 milhões à empresa
Por causa das obras de duas refinarias que foram abandonadas no governo Dilma Rousseff. Duque ficou durante todo o governo petista na Petrobras e dizem que era o homem de José Dirceu dentro da empresa.
 
Renato Duque já tinha sido condenado a 57 anos de prisão, fez acordo de delação premiada e entregou mais gente. Aí eu lembro também do Pedro Barusco, outro ex-gerente da Petrobras, que, de uma hora para outra, devolveu R$ 182 milhões que estavam na conta dele na Suíça. 
E ainda prometeu devolver mais R$ 121 milhões.
 
Ao todo já foram devolvidos mais de R$ 6 bilhões desviados da Petrobras pela corrupção. Os corruptos devolveram, confessaram o crime e, no entanto, os poderosos chefões foram liberados pelo Supremo. 
Não faz sentido. É querer tapar o sol com a peneira, querer imaginar que nós vamos acreditar nessas decisões do Supremo, de gente que foi condenada.

Alexandre Garcia,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES


Como as novas armas dos EUA podem ajudar a Ucrânia na guerra com a Rússia

Roberto Godoy

Desenvolvido desde 2010 e utilizado por exércitos de vários países, Himars concorre no mercado internacional com um equipamento brasileiro

 https://www.estadao.com.br/resizer/hC-Zr7-LLnlX73XMYVmrMB9WpH4=/1440x600/filters:format(jpg):quality(80):focal(2680x2435:2690x2445)/cloudfront-us-east-1.images.arcpublishing.com/estadao/PNMVMAQDMZBHBESCC2NRAWRSVY.jpg

A nova arma que o Pentágono liberou para o governo dos EUA enviar à Ucrânia é uma máquina de guerra capaz de fazer chover fogo e aço quente sobre alvos do tamanho do Parque do Ibirapuera. O Himars, sigla em inglês para Sistema de Artilharia de Alta Mobilidade, é um poderoso lançador de foguetes e mísseis. [Nos parece que o uso do Himars restrito ao solo ucraniano causará mais danos que beneficios à Ucrânia. 

DUAS PERGUNTAS: pretendem bombardear solo russo?  
- a Rússia não tem meios de neutralizar tal arma? Afinal, não é um lançamento.
 Sugestão: é conveniente que comecem a ficar atento a algum gesto impensado do  dorminhoco que preside os Estados Unidos; aquele cidadão já está fora do prazo de garantia e pode praticar alguma ação impensada e causar uma guerra nuclear. Que o Zelenski provoque a morte de ucranianos é uma escolha das vítimas, já de cidadãos de outros países é outro assunto.]
Desenvolvido desde 2010, utilizado por exércitos de vários países, concorre no mercado internacional com um equipamento brasileiro, o Astros-2020, da Avibrás Aeroespacial, de Jacareí. O Astros oferece mais possibilidades de emprego.

Leia também: Mísseis Himars: Saiba como funciona o sistema enviado pelos EUA à Ucrânia

Rússia mobiliza forças nucleares e acusa EUA de jogar ‘gasolina no fogo’ por envio de armas a Kiev 

O Himars é um sistema celular fechado, não adota o conceito de baterias, composto por várias unidades. Cada veículo é autônomo no campo de batalha.

O foguete-padrão de 227mm, pode cobrir entre 70 km e 80 km. A carreta de eixos pesa 16 toneladas e leva um contêiner disparador com seis foguetes permitindo disparos de 1, 2, 4 – ou de todos ao mesmo tempo. O sistema pode fazer fogo com ogivas diferentes; carga única, incendiárias e de fragmentação.

No total, uma rajada completa, combinando os três tipos, soma cerca de 540 quilos de poder de destruição. Duas, acima de uma tonelada. Caindo, por exemplo, sobre uma refinaria de combustíveis ou uma concentração de tropas e equipamentos é o suficiente para arrasar os objetivos. O sistema é bastante fácil de operar e necessita de apenas 56 horas de treinamento.

Unidade do Himars em ação em Marrocos
Unidade do Himars em ação em Marrocos  Foto: Fadel Senna/AFP
O Himars também pode disparar o míssil tático de precisão Atacms, de 300 quilômetros de alcance e ogiva de 160 quilos. O presidente americano, Joe Biden, vetou o fornecimento dessa configuração para as forças ucranianas, atendendo à argumentação do Departamento de Estado, que teme o uso do míssil contra posições da Rússia em território russo, o que certamente significaria a expansão do conflito.
O Himars, produzido pela indústria Lockheed Martin Missile, custa US$ 5,6 milhões – fora a munição. Segundo o Pentágono, a Ucrânia receberá inicialmente “algumas poucas unidades”. O pacote faz parte da leva mais recente de ajuda dos EUA no valor de US$ 33 bilhões.

Roberto Godoy -  O Estado de S. Paulo


Homem que ganhou prêmio de US$ 10 milhões na loteria é condenado à prisão perpétua

Um homem da Carolina do Norte que ganhou um prêmio de loteria de US$ 10 milhões em 2017 foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional pelo assassinato de sua namorada em 2020.

Cinco anos depois do prêmio de US$ 10 milhões ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua namorada com um tiro na cabeça Reprodução/Pixabay
 Cinco anos depois do prêmio de US$ 10 milhões ele foi condenado à prisão perpétua pelo assassinato de sua namorada com um tiro na cabeça Reprodução/Pixabay

Michael Todd Hill, 54, foi condenado à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional, depois que um júri o considerou culpado de assassinato em primeiro grau pela morte de Keonna Graham. 

Graham foi dada como desaparecida em 20 de julho de 2020. Mais tarde, ela foi encontrada morta em um hotel com um ferimento de bala na parte de trás da cabeça.

Em um comunicado à imprensa, os promotores disseram que as imagens de vigilância do hotel mostraram que Hill era a única pessoa na sala com Graham. Eles disseram que Hill mais tarde confessou ter atirado em Graham depois que ela estava mandando mensagens de texto para outros homens enquanto estava no hotel.

 IstoÉ - Dinheiro

 

Lula impõe última humilhação ao PSDB - O Estado de S.Paulo

J. R. Guzzo

A agonia do partido, até algum tempo atrás uma legenda de primeira grandeza na política brasileira, está sendo demorada, vergonhosa e miserável

A agonia do PSDB, até algum tempo atrás um partido de primeira grandeza na política brasileira, está sendo demorada, vergonhosa e miserável. Sua última humilhação acaba de acontecer, e veio pela boca de alguém que deveria, pelo menos, ter um pouco de dó dos antigos tucanos e de seus projetos de salvar a pátria através da “socialdemocracia”.  

O PSDB e os seus líderes estão fazendo qualquer coisa para dizer que o ex-presidente, seu ex-adversário supremo, é um santo consagrado da política brasileira, mas não adianta. Lula não é homem de ter pena, nem de comportar-se com gratidão - ou, pelo menos, com educação. Pronunciou, com gosto, a sentença de morte do partido do “equilíbrio”, da “modernidade” e da “civilização europeia”. Precisava? O PSDB já não tem onde cair morto; seu “candidato presidencial”, João Doria, virou suco, suas chances de ganhar alguma coisa importante estão entre mínimas e nulas, e seus líderes se tornaram peças de museu. Mas Lula não perdeu a oportunidade de esfregar sal na ferida.

O desprezo público do candidato é tanto mais notável quando se considera que um dos seus novos serviçais de maior destaque, o ex-governador Geraldo Alckmin, foi a mais cara esperança que o PSDB e o “Brasil moderado” tiveram para voltar ao governo neste século. Alckmin, há pouco, dizia que Lula se candidatou à Presidência da República para “voltar à cena do crime”. De um momento para o outro, vendo o seu mundo tucano ir a pique, esqueceu tudo e passou a ser o devoto número 1 da esquerda e do seu líder máximo. Hoje é candidato a vice na chapa petista, e já chama as pessoas de “companheiro” e de “companheira”.

O ex-presidente poderia pensar em Alckmin e ter um pouco de pena do PSDB e suas redondezas, mas faz o contrário - em vez de ficar grato à tucanada, mostra desprezo por ela. No mais, e além de Lula, é uma debandada geral. Raramente os ratos nadam na direção de um navio que está afundando.

J. R. Guzzo, colunista -  O Estado de S. Paulo

 

Moraes vai cassar Lula se o ladrão repetir que foi inocentado? - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, citou decisões da corte que balizarão a postura da Justiça Eleitoral no julgamento de casos de fake news, como o entendimento de que todas as redes sociais são meios de comunicação e que um mau pode vir a ser considerado abuso de meio de comunicação, abuso de poder político e abuso de poder econômico.

Segundo o ministro, o candidato que divulgar nas redes sociais fake news capazes de influenciar o eleitor terá o registro caçado para as eleições de 2022. A fala de Moraes foi feita durante evento do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Diplomatas de 78 países ouviam apresentações sobre eleições no Brasil e o sistema eletrônico de votação.

Quem também falou no evento foi o presidente do TSE, ministro Edson Fachin. Ele afirmou que a comunidade internacional precisa ficar alerta a acusações contra o sistema eleitoral brasileiro. “O enredo parece sempre o mesmo: buscar a conturbação, incutir a desconfiança entre os espíritos desavisados para minar a legitimidade dos eleitos e da própria vida democrática. Atacar o sistema eleitoral dessa maneira é atacar a própria democracia. Mas, aqui no Brasil, estamos confiantes, porque a maturidade e a estabilidade das instituições brasileiras não permitirá que esses barulhos perturbem a vida democrática”, disse.

Moraes e Fachin já perderam a mão (e o pudor) faz tempo. Moraes chega a mencionar diretamente o risco da "extrema direita" nas redes sociais. 
Deixando de lado o que o ex-tucano entende por extrema direita, que deve incluir qualquer conservador, cabe perguntar: por acaso não há discurso de ódio e fake news da extrema esquerda?! Isso não existe?! O simples fato de o ministro que vai presidir o TSE durante a eleição citar somente um lado do espectro ideológico deveria ser assustador, mas nossa imprensa está anestesiada, pois ela também é dominada pelos esquerdismo, assim como o STF.
 
Fachin, que foi garoto-propaganda de Dilma e simpatizante do MST, agora repete que quem colocar em dúvida nossa urna eletrônica é um criminoso. Pouco antes, quando "coincidentemente" Bolsonaro estava em viagem diplomática na Rússia, Fachin alertou para um risco de invasão de hackers russos em nosso sistema. Fachin vai prender Fachin?! 
A petista Erika Kokay afirmou outro dia que a eleição de 2018 foi fraudada. Fica por isso mesmo? É tudo tão bizarro que chega a ser ridículo mesmo.

ERIKA KAGAY KAGOU DE NOVO

 

Incapazes de definir de forma objetiva o que é uma Fake News ou discurso de ódio e quem define isso (o Ministério da Verdade orwelliano ainda não foi criado oficialmente), [atualizando: o Ministério da Verdade talvez ainda não tenha sido criado oficialmente com aquela denominação, mas o STF, através da  Resolução 742/2021, já deu um passo importante criando o Programa de Combate à Desinformação, depois é só trocar o nome para Ministério da Verdade.] nossos  ministros supremos partem para uma escancarada perseguição a um lado político. 

É um jogo que nem tentam mais esconder, pois nossa militância jornalística prefere passar pano para tentar derrotar a direita
É por isso que tem vereador preso por "meme", enquanto Lula pode repetir por aí que foi inocentado pela Justiça -[ uma gritante mentira. Clique no link e conheça tecnicamente as verdadeiras razões pelas quais o Luladrão NÃO FOI INOCENTADO.]   
Moraes vai cassar o registro de Lula caso ele vença? 
Ou o "companheiro" pode espalhar Fake News sem problema?
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 

Flávio Bolsonaro justifica compra de mansão com outras fontes de renda

 [essa Kokay, uma fracassada e invejosa, não consegue aceitar que seu partido = o perda total = está implodindo e um dos mentores da implosão é justamente o ladrão descondenado (não foi inocentado) que eles, os zumbis petistas, cultuam como ídolo.

O Lularápio não ficou bem arrumando encrenca com o partido do seu vice - aliás, o Alckmin também não deixa por menos, visto que já declarou que Lula, sendo candidato a presidente, quer voltar à cena do crime.]

A defesa do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro diz que Flávio "atua como advogado, empresário e empreendedor, por muitos anos"

ERIKA KAGAY KAGOU DE NOVO

 

Em resposta à ação põe sob suspeita o financiamento de R$ 3,1 milhões fechado com o Banco de Brasília para compra de sua mansão de quase R$ 6 milhões próxima ao Lago Paranoá, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) alegou que sua renda não consiste só no salário  que recebe como parlamentar, uma vez que 'atua como advogado, empresário e empreendedor, por muitos anos'.  

A defesa do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro também sustenta que Fernanda, mulher de Flávio, 'se dedica ao exercício da odontologia há bastante tempo', estabelecida em consultórios no Rio e em Brasília.

Os argumentos fazem parte de contestação protocolada pelos advogados de Flávio no âmbito da ação civil pública que a deputada Érika Kokay (PT-DF) moveu questionando o financiamento autorizado pelo BRB no caso de Flávio. O processo foi movido não só contra o banco e seu presidente, Paulo Henrique Bezerra Rodrigues Costas, mas também contra Flávio Bolsonaro e sua mulher Fernanda. [é óbvio que essa deputada não iria mover a ação só contra o BRB - ela parece que foi ou é bancária e sabe que os financiamentos são fornecidos  após rigorosa análise e nada errado vai ser encontrada. O que ocorre é que ela precisa desesperadamente de holofotes, e o melhor caminho é atacar alguém da família Bolsonaro.]

Na ação, a parlamentar pede a suspensão do empréstimo concedido ao casal, argumentando que a autorização do financiamento no caso de Flávio e Fernanda se deu em suposto 'desacordo com regras internas'. A deputada aponta desvio de finalidade e lesão à moralidade administrativa.

Política - Correio Braziliense


quarta-feira, 1 de junho de 2022

Biografia pornô: havia um alçapão no fundo do poço de Moro - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O União Brasil estuda a possibilidade de lançar o ex-ministro Sergio Moro como candidato do partido ao governo de São Paulo nas eleições de outubro. A perspectiva foi levantada pelo vice-presidente da legenda no estado, o deputado federal Júnior Bozzella (União-SP).

Em entrevista ao jornal Metrópoles, o parlamentar afirmou que a executiva do partido acredita que a candidatura de Moro ao governo paulista fortaleceria a sigla no estado. "Há membros da executiva em São Paulo que querem colocar o Moro como candidato a governador para ter um palanque no estado e fortalecer o 44 (número do partido). Para alguns deputados, isso é conveniente porque, com uma candidatura a governador, você teria um voto de legenda mais considerável", declarou Bozzella.

Os líderes do partido acreditam que a esposa de Moro, a advogada Rosângela Moro, herdaria automaticamente os votos que o ex-juiz teria para deputado federal e que o casal poderia ainda impulsionar a candidatura de Luciano Bivar ao Planalto. "Com Moro governador e a Rosângela deputada, você teria muito voto de legenda, e a Rosângela, automaticamente, herdaria esses votos que o Moro teria para deputado federal. Então, uniria o útil ao agradável. Seria um belíssimo palanque para o Bivar em São Paulo, além de favorecer a chapa de deputado federal em São Paulo e o União Brasil no país como um todo", avalia Bozzella.

Lucro das empresas subiu mais de 50% mesmo com guerra, “fecha tudo” na China e clima ruim

TCU ordena que ex-diretor da Petrobras nomeado por Lula devolva R$ 975 milhões

É bem constrangedor. Moro, afinal, já disse em entrevista que não havia a menor possibilidade de virar político. Depois, já político, garantiu que somente o cargo do ex-chefe no Palácio do Planalto lhe interessava, sem qualquer plano B. Em seguida, após derretimento em pesquisas e troca precoce de partido, restou ao ex-juiz agradecer por uma pesquisa que o colocava com 20% de intenção de votos para o Senado. Agora seu partido já falava em disputa para governador...

Moro, que saiu da forma que saiu do governo, e tudo supostamente para salvar sua biografia, virou um joguete na mão de raposas da política. O futuro político de Moro será decidido por caciques do centrão. Moro já colocou Luciano Bivar como o salvador da Pátria e da democracia. 
Moro já colou sua imagem na do MBL, movimento de moleques oportunistas e sem escrúpulos
E agora, pelo visto, Moro já se sente bastante à vontade ao lado de Alexandre Frota, o eterno ator pornô que declarou apoio a Marcelo Freixo, o socialista. Quanto falta para Moro pedir voto para Lula? [Moro, os que traem o presidente Bolsonaro, tipo o feito pelo Doria - vulgarizado pelo capitão com o vulgo de calcinha apertada - por você mesmo, pelo Frota e outros se acabam politicamente, sem que o mito precise mover um dedo. Veja o Lula - ousou pensar em enfrentar o presidente Bolsonaro é agora um criminoso descondenado - porém,não inocentado - é um candidato com medo das ruas.]

Quero lembrar ao estimado público que jamais aceitei o boçal do Frota na política, mesmo quando ele fingia ser de direita. Meus textos comprovam: alertei que o sujeito era um oportunista, fazia mal ao conservadorismo por se vender dessa forma, e torci para que a "frota tosca" perdesse espaço para a turma de Paulo Guedes no governo. Frota, enfim, nunca me enganou. Mas agora eis que seduziu Moro, o biografado. Qual o nome do filme?

Nós quase sentimos pena por Moro nesse papelão tão patético. Mas aí lembramos do que ele tentou fazer com o governo, em meio a uma pandemia, tudo aparentemente por pura ambição pessoal, e a pena logo passa. Quem planta vento colhe tempestade. 
Que se deixa ser picado pela mosca azul do poder acaba mal.  
Moro tem muita preocupação com sua biografia, mas deveria ler é literatura clássica, para conhecer melhor a natureza humana. 
Pode começar com Macbeth, de Shakespeare.
 
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 
 

Petrobras diz que pode faltar diesel. Quem acredita? - VOZES

Alexandre Garcia

Combustível

Estudo da Petrobras informa que pode haver falta de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre se preço de mercado não for respeitado.

Estou achando muito estranha essa notícia de que pode faltar diesel no Brasil. Porque a notícia tem um condicionante: se houver preço de mercado, aí não vai faltar diesel. Quer dizer, nós vamos ter que pagar mais para não faltar. Na realidade não está faltando e nem vai faltar. Não há escassez do diesel; ele está disponível. Agora só estará disponível se aumentar de preço. É estranho!

Parece ser um movimento contra o que o presidente Jair Bolsonaro,
que vem reclamando que está muito caro o diesel, que a Petrobras está ganhando um lucro excessivo, acima das maiores petroleiras do mundo – só perde para a empresa da Arábia Saudita. Portanto, não é caso de escassez, é caso de preço.

Onde é que está essa história de que pode faltar diesel? Está num estudo feito dentro da Petrobras intitulado "Combustíveis: desafios e soluções". Eu me pergunto: quem fez isso? Gostaria até de saber mais: qual é a cor política e ideológica de quem fez isso?

Programa Segunda Opinião discute a batalha entre abortistas e os defensores da vida. Como está esta disputa no Brasil e no mundo?

Defesa da vida deveria ser bandeira de todos e não, uma batalha ideológica

A Petrobras é uma empresa de economia mista, tem ações na bolsa. Tem que agir como empresa privada, mas o acionista majoritário é o governo federal, é o Tesouro Nacional, é a União, ou seja, o acionista majoritário é o povo brasileiro.

Essa história de que vai faltar diesel se não for praticado o preço de mercado, que sobe a cada dia, soa como uma ameaça contra o povo. Parece que é inimigo do povo. 
Porque se aumentar o preço do combustível, aumenta a inflação, o preço de tudo. 
E ainda ameaça o escoamento da safra, porque diz que será no segundo semestre, exatamente quando haverá eleição. É estranho!

Então parece que o motivo é outro. Querem provocar inflação e gerar insatisfação contra o governo, atingir o caminhoneiro – 90% dos caminhoneiros são eleitores de Bolsonaro; atingir o escoamento da safra – 90% dos eleitores do agro, no mínimo, são eleitores de Bolsonaro. Será que tem uma motivação política eleitoral nessa história?

Parece uma ingênua tentativa de impor sob ameaça um preço alto no combustível para causar inflação e insatisfação para o povo, em especial para os caminhoneiros e para o agro. Parece que está muito bem dirigido isso. É uma hipótese que deixo para vocês pensarem a respeito.

Mudaram a biografia de Alckmin

Viram a última edição da nova biografia de Geraldo Alckmin formulada por Lula?  Ele disse em entrevista na rádio Band do Rio Grande do Sul que Alckmin foi contra o impeachment de Dilma Rousseff. 
Mas todo mundo sabe que ele foi a favor e, inclusive, fez manifestações a respeito.

Eu fico pensando se haverá novas versões mais para frente. Dizendo, por exemplo, que, em 2006, quando disputou a presidência com Lula, Alckmin estava torcendo por Lula. Os absurdos são tantos que a gente até admite que possa haver mais essa.

Donos do próprio nariz
A taxa de desemprego de 10,5% no trimestre que vai de fevereiro a abril é a mais baixa desde 2015. E tem mais. No ano passado, na pandemia, surgiram 682,7 mil microempresas e 122 mil empresas de pequeno porte.

Sabem o que é isso? Gente que não quer mais saber de carteira assinada. Que aparece como desempregado, mas na verdade é dono do próprio nariz, embora correndo os riscos do mercado.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 

 

“Fui vítima de uma perseguição doentia”, diz Oswaldo Eustáquio

Preso por três vezes, influenciador bolsonarista volta a criticar o STF e diz que não tem medo de voltar à cadeia

Preso no âmbito dos inquéritos das milícias digitais e dos atos antidemocráticos, o jornalista Oswaldo Eustáquio, agora em liberdade, vai disputar as eleições em 2022. O influenciador bolsonarista se filiou ao União Brasil e vai concorrer ao cargo de deputado federal pelo Paraná. Em entrevista a VEJA, o jornalista Eustáquio voltou a criticar o Supremo Tribunal Federal (STF), diz que não tem medo de voltar à prisão e relata que sua situação financeira hoje está bem melhor do que antes. Ele também afirmou que fará campanha pela reeleição de Bolsonaro

VOLTA POR CIMA - Oswaldo Eustáquio: preso três vezes, o jornalista chegou a anunciar seu afastamento de Bolsonaro -

VOLTA POR CIMA - Oswaldo Eustáquio: preso três vezes, o jornalista chegou a anunciar seu afastamento de Bolsonaro - Sergio Dutti/VEJA

Logo depois de ser solto, o senhor se dizia arrependido de defender o presidente Bolsonaro. O que mudou? 
 Fui vítima de uma perseguição insana e doentia, e de injustiça. Estamos em uma guerra ideológica. E, na guerra, alguns soldados ficam feridos. Eu fui um deles.

Mas o senhor se afastou ou não do presidente? Estava apenas chateado.  Não tenho nenhuma mágoa. Algumas pessoas dizem: ‘o presidente poderia ter ajudado mais’. Ou: ‘houve muito silêncio’. Ouvi muito isso durante esse período. E digo, depois de tudo que passei, me senti abraçado.

Como assim?  Depois da minha terceira prisão, a pior de todas, o ministro das Comunicações (Fábio Faria) fez um post para mim. Na publicação, ele escreveu mais ou menos isso: ‘em respeito ao jornalista Oswaldo Eustáquio, que é um soldado importante para nossa pauta, enviamos essa mensagem a pedido do presidente para prestarmos solidariedade e fazer tudo para te ajudar’. A deputada Bia Kicis (União-DF) foi ao hospital onde eu estava. Me senti bastante respeitado por essas coisas.

O senhor se sente injustiçado por quem?  Pela Suprema Corte. Eu sou um símbolo de perseguição e injustiça desta Suprema Corte. Não estou falando de ideologia aqui. Estou falando de fato. Minhas três prisões foram no âmbito de um inquérito que foi arquivado. Fui torturado na prisão. Por conta disso, estou até hoje nessa cadeira de rodas. O Alexandre de Moraes diz que a internet deu voz aos imbecis. Talvez ele esteja se olhando no espelho. 

Teme uma nova prisão?  Para que a gente consiga fazer o que a gente pretende, precisa ter coragem. Pode acontecer alguma coisa? A tal Lei de Segurança Nacional foi revogada. Posso ser preso de novo? Posso, por crime de opinião, o que seria uma violência. Eu não sou bandido, eu nunca matei, eu nunca roubei, nunca fiz mal a ninguém.

Como será sua campanha a deputado federal? Tenho dois objetivos. O primeiro é que quero representar a antítese ao STF. Não especificamente à Corte em si, mas a tudo de errado que essa Corte tem feito. E isso está explícito. O outro é lutar para extirpar a esquerda. Estou falando do enfrentamento prático da esquerda, impedir que retomem o poder.

Ao deixar a prisão, o senhor reclamava que não tinha como se sustentar. O que mudou?  Houve um período em que minha esposa sustentava a casa e meu pai pagava o aluguel. Depois da minha terceira prisão, vi que meu Twitter já estava com muitos seguidores. 
Resolvi então pedir doações, explicando que meu objetivo é fazer jornalismo profissional. 
As doações foram crescendo, em reais e até em euros. 
Comecei pedindo um real de cada um. 
Teve seguidor que me mandou 15 mil reais. 
Outra que me mandou 2500 euros. Chegou uma hora que tive que pedir para que parassem de enviar. 
 
Soldados do presidente que desertaram se preparam para o retorno à trincheira
Política - Revista VEJA
 

Inflação atinge recorde e põe em xeque estratégia do BC local

 Para conter a escalada de preços, a possibilidade de um aumento maior na taxa de juros é levantada 

Calma pessoal - é a inflação da Europa 

Inflação na Europa atinge recorde e põe em xeque estratégia do BC europeu

O principal impulsionador da inflação na zona do euro é a guerra na Ucrânia, sem sinais de arrefecimento.

O principal impulsionador da inflação na zona do euro é a guerra na Ucrânia, sem sinais de arrefecimento.  Freepik/Domínio Público

As expectativas de desaceleração na alta de preços na Europa foram quebradas. A agência de estatísticas, Eurostat, aponta para um aumento recorde na inflação de maio, atingindo 8,1% na média anual dos 19 países da zona do euro. Os custos de energia e alimentos, impulsionados sobretudo pela guerra na Ucrânia, fizeram a inflação atingir a maior porcentagem desde 1999, quando a moeda única europeia surgiu.

O Banco Central Europeu esperava um nível inflacionário de 7,7% em maio, após os preços atingirem alta de 7,4% em abril, outro recorde. Com resultados negativos (e sucessivos), está em xeque a capacidade do BC europeu em conter a escalada de preços com aumentos graduais de 0,25 ponto na taxa de juros. Os bancos centrais da Áustria, Holanda e Letônia já defenderam aumento de 0,50 ponto, um movimento inédito na zona euro.

Para Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha, os investidores monitoram a possibilidade de subida em 0,5 ponto na taxa de juros, embora o BC da Europa não tenha apresentado indícios de tal movimento. “É um cenário desafiador e há uma incerteza em relação a capacidade do Banco Central da Europa em seguir com uma elevação em um ritmo tão gradual, porque de uma lado da balança tem a questão da atividade econômica já arranhada pelo conflito no leste europeu, e de outro lado, tem as consequências da pressão inflacionária e o risco de agir tardiamente para combater a inflação”, argumenta.

O principal impulsionador da inflação na zona do euro – guerra na Ucrânia – não apresenta previsão para arrefecimento. Nesta terça, 31, o preço do petróleo subiu para 123 dólares, após o anúncio oficial da União Europeia sobre o plano de bloquear mais de dois terços das importações russas de petróleo. Em última análise, esses indicadores pressionam ainda mais a inflação. “O grande problema é que essa alta de preços vem sendo observada há vários meses e ainda não há sinais de que vá se reverter. Como resposta a isso, deverá haver uma elevação das taxas de juros nas principais economias da Europa, o que terá reflexo negativo sobre o crescimento da economia este ano, podendo inclusive dar início a uma recessão antes mesmo do fim do ano”, analisa o Henrique Castro, Professor da Escola de Economia da FGV-SP.

Inflação por país

Divulgado nesta terça, 31, o relatório da Eurostat – o serviço de estatística da União Europeia – estima um aumento de 37,5% para 39,2%, ao considerar o setor de energia isoladamente em maio, na taxa anual. Em segundo lugar, o setor de alimentos, álcool e tabaco foi de 6,3% em abril para 7,5% em maio.

No entanto, quando o núcleo da inflação é excluído (energia e alimentos), a estimativa de alta do preços gerais é de 3,8%, distante da meta do BC europeu (ao redor dos 2%). Na análise individual, seis países já passam de 10% no nível inflacionários, considerando o acúmulo anual. Estão na lista: Grécia, Letônia, Lituânia, Eslováquia, Holanda e, por último, Estônia (que passa dos 20%).

Economia - VEJA


Alexandre de Moraes fala em cassação de candidatos que divulgarem fake news

 Ministro vai presidir o TSE nas eleições deste ano 

O vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu a cassação do registro de candidatos que divulgarem “fake news” nas redes sociais durante as eleições. O primeiro turno deve ocorrer em outubro.

“Notícias fraudulentas divulgadas por redes sociais que influenciem o eleitor acarretarão a cassação do registro daquele que a veiculou”, disse Moraes, em um evento com diplomatas estrangeiros, na noite da terça-feira 31. “A Justiça Eleitoral está preparada para combater as milícias digitais da internet.” [comentando: entendemos que o TSE tem entre suas atribuições a de cumprir e fazer cumprir a legislação eleitoral - se na época das eleições existir legislação autorizando a cassação ventilada, cabe ao TSE julgar o tema. Não existindo, esperamos que a Corte Eleitoral não assuma funções legislativas e crie tal legislação.]

DÚVIDA

 

No discurso, Moraes citou decisões do TSE no ano passado que balizarão a postura de toda a Justiça Eleitoral no julgamento de casos em que haja suposto uso da desinformação nas campanhas eleitorais. Moraes também citou a decisão do TSE sobre o caso de um deputado federal paranaense.

Moraes participou de um evento fechado. As falas foram divulgadas pela assessoria do TSE. Fachin, que chefia o TSE até 17 agosto, também participou. Durante a cerimônia, Fachin fez um apelo à comunidade internacional para ficar em “alerta” contra “acusações levianas” sobre as urnas eletrônicas. [a comunidade internacional já está em alerta sobre as urnas eletrônicas 'made in Brazil'. Tanto que não as compra - apenas Bangladesh e o Butão as utilizam.]

Leia também: “É proibido modernizar a urna eletrônica?”, reportagem publicada na Edição 69 da Revista Oeste


A intolerância do bem dos empresários que rechaçaram o presidente do STF

Alexandre Garcia

Intolerância do bem

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O presidente do STF, Luiz Fux, foi desconvidado para uma palestra no Rio Grande do Sul.| Foto: Nelson Jr./SCO/STF

Penso que um dos maiores momentos da cidadania ocorreu semana passada, quando o empresariado do pujante município gaúcho de Bento Gonçalves desconvidou o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, de uma palestra no Centro de Indústria, Comércio e Serviços. 
O título da palestra seria “Risco Brasil e a Segurança Jurídica”. Soou como um deboche, já que a Suprema Corte tem sido o foco dessa insegurança. Hoje estou no Rio Grande do Sul e soube que o mesmo pode ocorrer com o convite ao ex-presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, em relação a uma palestra num evento em Gramado. [Em nossa opinião, temos como ideal que que o desconvite seja estendido ao ministro Toffoli e a todos os ministros do STF - o ministro Toffoli merece um destaque especial na responsabilidade pelo aumento da Insegurança Jurídica.
Afinal foi ele que criou o 'inquérito do fim do mundo', que contraria todos os princípios jurídicos, começando por se valer do 'dedaço', em substituição ao sorteio, para escolha de um relator ao seu gosto para aquele inquérito.(vide adiante)]

Ontem ao ser condecorado na Assembleia Legislativa, eu mencionei o episódio ao ocupar a tribuna. 
O orador anterior, deputado Macedo, fizera menção do incidente de Bento Gonçalves. 
Um incidente que saudei como intolerância do bem, porque a cidadania tem tolerado muito - e o exercício da passividade não é o exercício da cidadania.

A tolerância tem encorajado avanços cada vez maiores nas nossas liberdades. Quando senadores, num julgamento presidido pelo então chefe do Supremo, ministro Lewandowski, rasgaram o parágrafo da Constituição que estabelecia oito anos de impedimento em cargo público para a presidente condenada e todos ficamos calados, nossa omissão autorizava atos futuros semelhantes. E vieram.

Sob o pretexto da pandemia, o Supremo deu poderes a prefeitos e governadores de ficarem acima de cláusulas pétreas da Constituição, que tratam de direitos e garantias fundamentais, e que só poderiam ser mudadas por uma nova Constituinte. No entanto suprimiu-se o direito de ir e vir, de reunião e de culto.

Antes já se havia suprimido a exigência do Ministério Público, num inquérito criado pelo Supremo, em que a suposta vítima é a investigadora, é quem denuncia e julga e também executa a pena. O passo seguinte a esse “inquérito de fim do mundo” como o chama o ministro Marco Aurélio, foi suprimir o artigo 220 da Constituição, que trata da liberdade de expressão em qualquer plataforma e veda qualquer tipo de censura.

Nosso silêncio, nossa omissão, foi autorizando a lenta substituição da Constituição por juízes constituintes. 
Estamos como o sapo que se sente confortavelmente aquecido na panela sobre o fogo. 
Por isso que o despertar da cidadania em Bento Gonçalves e agora em Gramado, pode ser visto como esperança de fim dessa tolerância servil. Uma intolerância democrática, legalista, se levanta, nos sacode a cidadania. 
Temos, na nossa história muitos exemplos, da busca da liberdade, ainda que tardia. As vozes legalistas podem ter a força do basta aos que estão indo além de seus deveres. A voz da intolerância cidadã é a força da democracia.
 
Alexandre Garcia, colunista - Estado de Minas
 

Ministério Público do Trabalho ajuíza ação contra a Globo por denúncia de assédio sexual contra Marcius Melhem - Folha de S. Paulo

Mônica Bergamo

A empresa terá que responder por suposta omissão 

O Ministério Público do Trabalho ajuizou uma ação civil pública contra a TV Globo por causa das denúncias de assédio sexual que envolveram o ex-diretor do departamento de humor da emissora Marcius Melhem. A empresa terá que responder por suposta omissão em relação aos fatos narrados pelas vítimas.
 
PASSO ADIANTE 
Treze artistas, entre atrizes e roteiristas do núcleo de humor da Globo, participaram da denúncia coletiva que deu origem a uma investigação no Ministério Público do Trabalho (MPT). Depois de colher depoimentos, o inquérito foi encerrado e deu origem à ação agora apresentada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região.
 
PASSO 2
O caso corre em segredo de Justiça. A TV Globo afirma desconhecer a ação. E diz que não comenta processos que estejam sub judice. O MPT também não quis se manifestar. Melhem sempre negou que tenha assediado as atrizes.

LINHA... 
A primeira denúncia contra Melhem foi feita pela atriz Dani Calabresa, em 2019. Mas foi mantida em segredo e veio a público, sem muito alarde, como um caso de assédio moral.

... DO TEMPO 
No ano seguinte, a advogada Mayra Cotta, representando 12 pessoas, afirmou à coluna que Melhem tinha agido de forma violenta contra as atrizes. E relatou a série de denúncias que existiam contra ele, a maior parte delas de assédio sexual.
 
DEMORA 
No ato de instauração do inquérito, o MPT cita o fato de as atrizes se mostrarem "desanimadas com a postura da empresa [Globo], que ainda se mostra de certa forma conivente ao demorar em tomar providências contra esse tipo de assédio moral e sexual".

 Mônica Bergamo, colunista - Folha de S. Paulo

 

O cardeal da floresta - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo

De Roma, Francisco mandou um sinal

O Vaticano fala baixo. O Papa Francisco acaba de elevar ao cardinalato o arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner. Um cardeal na Amazônia já seria muita coisa, mas não foi só. Há três semanas, Steiner havia sido nomeado presidente da Comissão Episcopal Especial para a Amazônia. Se isso não bastasse, ele nasceu na cidade de Forquilhinha (SC), assim como seus primos Paulo Evaristo (outro franciscano) e Zilda Arns. Esse pequeno burgo fundado por colonos alemães deu à Igreja dois cardeais e a médica que revitalizou a Pastoral da Criança. Seu processo de beatificação tramita na Santa Sé. (Ela morreu em 2010, durante o terremoto do Haiti.) Saíram de Forquilhinha três bispos, 58 padres e mais de cem irmãs de caridade. Em 2005 João Paulo II mandou Dom Leonardo Steiner para a prelazia de São Félix do Araguaia, antes ocupada por Dom Pedro Casaldáliga.

Falando baixo, em 1964 o Vaticano afastou da Arquidiocese de São Paulo o regalesco cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. Anos depois chamou para Roma seu sucessor, Dom Agnelo Rossi, que se aproximara demais da ditadura. Para o lugar, o Papa Paulo VI mandou um religioso pouco conhecido: Paulo Evaristo Arns. Ele viria a se tornar um campeão na defesa dos direitos humanos. Falando baixo, Roma também mudou o arcebispo do Rio de Janeiro, trocando o bisonho Dom Eusébio Scheid por Dom Orani Tempesta.

Durante os pontificados de João Paulo II (1978-2005) e Bento XVI (2005-2013), a Igreja Católica [Apostólica Romana] brasileira [sic] viveu um período de sedação política. [São João Paulo II era conservador, mesma opção do Papa Emérito Bento XVI.  Já as nomeações de 1964 e anos seguintes e coincidentes com o Governo Militar, há quase 60 anos. foram em sua maioria de padres subversivos e progressistas.] O Papa Francisco poderia ter nomeado cardeais para Porto Alegre ou Fortaleza, que já os tiveram. Em vez disso, nomeou o primeiro cardeal da Amazônia, região do Brasil cuja conquista muito deveu aos missionários jesuítas, carmelitas e franciscanos. Jesuíta era o padre Antônio Vieira, que chegou ao Maranhão em 1652.

Passaram-se 370 anos, o mundo é outro, mas na Amazônia reabriram-se as feridas da luta pelos direitos dos povos indígenas. Ao tempo de Vieira, eles eram escravizados (até pelos jesuítas) e hoje sofrem ataques de garimpeiros e agrotrogloditas que lhes invadem as terras. [sempre atual a pergunta: para que os índios querem tanta terra se lhes falta coragem para cultivar o básico e a maioria deles prefere o conforto das cidades do que viver em suas terras?
Leitores! (as terras indígenas aqui formam quase 15% do território do Brasil, coisa que nenhum outro país do mundo tem. [sendo que os índios
são menos do que 1% da população brasileira
.
Saiba mais sobre a riqueza dos indígenas brasileiros - dinheiro ganho na moleza: ("... Vejam só, por exemplo: nós, brasileiros, estamos pagando R$ 90 milhões para os indígenas por onde passará o linhão que vai levar energia elétrica para Boa Vista. 
No entanto, ali perto, tem o Rio Coutinho, que tem um desnível de 600 metros, pouca distância, e nunca viveu um índio por ali, mas está dentro da reserva Raposa Serra do Sol. Não pode mexer lá ..." ) CONFIRA AQUI.    Aqui você sabe mais, inclusive que a reserva Raposa Serra do Sol  é uma criação do Supremo Tribunal Federal no governo do Luladrão. Tem mais, clicando aqui.] Vieira perdeu a parada e acabou em Lisboa.

Quem olha o mapa do Brasil pode imaginar o que foi a conquista da Amazônia durante o período colonial. As terras a oeste de uma linha que ia da Ilha de Marajó a Santa Catarina eram da Espanha. Ao norte, Inglaterra, França e Holanda, as potências da época, se bicavam na expectativa de acesso à margem do Rio Amazonas. As tropas e, de certa forma, os padres garantiram a posse do vale. Hoje a opção pelo atraso acordou um pedaço da agenda do tempo de Vieira, e com ela veio a questão do meio ambiente.

No século XVII, tornou-se Papa Urbano VIII o cardeal Barberini. Ele tirou o bronze da cúpula do Pantheon romano para enfeitar a Basílica de São Pedro. Dizia-se na cidade que aquilo que os bárbaros não fizeram os Barberinis cometeram. Para os indígenas, Urbano foi um anjo e excomungou os predadores.

A nomeação de um cardeal para a floresta é um sinal para o garimpo ilegal e seu braço no crime organizado, bem como para os agrotrogloditas da região. Dom Leonardo receberá o barrete sendo pouco conhecido fora da região e da Igreja Católica. Em 1970, muita gente se perguntava quem era o bispo Paulo Evaristo Arns.