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segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Carta ao Leitor - Revista Oeste

Das agências de checagem ao pesadelo kafkaniano produzido pelo Supremo Tribunal Federal 

Começou com as agências de checagem. Em 20 de julho de 2020, uma reportagem de Oeste, com o título “Imagem da Nasa prova que a Floresta Amazônica não está em chamas”, foi classificada como fake news pela agência de notícias Aos Fatos. Em março deste ano, foi a vez do texto que mostrava como, mesmo depois de um mês de severo lockdown, o número de pacientes com covid-19 continuava a crescer em Araraquara, no interior de São Paulo.

Embora verídicos, o Facebook cravou uma tarja que substituía a imagem dos posts compartilhados na rede social com um alerta: “Informação falsa — Checada por verificadores de fatos independentes”. Em consequência disso, a revista não pôde publicar anúncios na rede social, o que prejudicou a venda de assinaturas. A tarja só foi retirada quando a Justiça encampou uma açãoa primeira do gênero no Brasil — movida por Oeste. Comprovou-se que essas agências atuam como controladoras do que é publicado nas redes sociais e em órgãos da imprensa, decidindo o que pode ou não ser lido. Foi uma vitória da liberdade — de imprensa, de expressão e de pensamento.

Em fevereiro deste ano, dois meses antes da vitória de Oeste, entrara em cena o Supremo Tribunal Federal. O ministro Alexandre de Moraes mandara prender o jornalista Oswaldo Eustáquio e o deputado federal Daniel Silveira. O inquérito inventado por Moraes procurava, em tese, combater notícias falsas. Mas o objetivo era evitar quaisquer críticas aos ministros do STF. Em agosto, na sexta-feira 13, a vítima do pesadelo kafkaniano foi o ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, preso um dia depois de ter concedido uma entrevista exclusiva a Oeste. 

O Artigo 5º da Constituição Federal estabelece que todos são iguais perante a lei. Em novembro de 2019, o STF decidiu que um réu só pode ser considerado culpado depois do trânsito em julgado da sentença condenatória. Tradução: mesmo um criminoso confesso não tem sua inocência contestada antes que seja rejeitado pelo STF o último recurso encaminhado pelos defensores do réu. 
Só então é encerrado o devido processo legal a que tem direito todo cidadão brasileiro.

Seja qual for o crime cometido, o juiz do caso, denunciado pelo Ministério Público, tem de ouvir os argumentos de ambas as partes. É assim que funciona a Justiça nos países democráticos. Como democracia não rima com preso político, no Brasil ninguém pode ser punido pelos chamados crimes de pensamento. Isso é coisa de ditadura. O inquérito contra Eustáquio, Silveira e Jefferson é o único do mundo em que as supostas vítimas são, simultaneamente, acusadores e juízes.

Ainda atônitos com a prisão de Jefferson, incontáveis brasileiros foram surpreendidos, no dia seguinte, com a decisão do corregedor do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Felipe Salomão. O ministro determinou que alguns canais conservadores ou partidários do presidente Jair Bolsonaro fossem proibidos de receber dinheiro pelo que publicam nas redes sociais. O tamanho do absurdo torna assustador o silêncio da maior parte da imprensa e dos autodenominados artistas e intelectuais que vivem subscrevendo manifestos. [manifestos que NUNCA são a favor do presidente Bolsonaro, dos seus apoiadores e dos conservadores.] ]

Essa guerra contra a liberdade é o tema da reportagem de capa desta edição de Oeste, assinada por Cristyan Costa e Silvio Navarro, e do artigo de J. R. Guzzo. Fica provado que os direitos constitucionais estão sendo ameaçados, paradoxalmente, por servidores públicos incumbidos de defender a Constituição.

Boa leitura.

Branca Nunes - Diretora de Redação


terça-feira, 20 de julho de 2021

Censura no bom sentido - Revista Oeste

Guilherme Fiuza

Era preciso organizar esse caos pra vocês aprenderem que a função da mente humana é repetir o que uma mente superior mandou

Como você sabe, a imprensa tradicional, as plataformas de rede social, as agências de checagem e todo o gabinete do amor estão cortando cabeças para o seu bem. Essa gente empática e democrática está purificando a atmosfera intelectual permitindo só a circulação das palavras certas, das ideias certas e das opiniões certas. A última notícia de um esforço de purificação tão resoluto na história da humanidade se deu quase um século atrás na Europa — quando um purificador abnegado colocou o mundo no caminho da 2ª Guerra Mundial.

O grande purificador acabou perdendo a guerra — e aí sobreveio um mundo cheio de contrastes, complexidades, convivência múltipla de ideias, enfim, uma bagunça. Nenhum purificador de verdade tolera viver num ambiente tão volúvel, em que cada um se expressa de um jeito. Não dá. Era preciso organizar esse caos pra vocês pararem de graça e aprenderem de uma vez por todas que a função da mente humana é repetir o que uma mente superior mandou. Que mente superior? Cala a boca que ninguém te perguntou nada.

Chega de controvérsia. Chega de sofrimento. A partir de agora vamos falar e escrever só as coisas certas, para não dar trabalho aos purificadores — que já estão exaustos de tanto banir, ceifar, suprimir, apagar, apagar de novo (essa gente impura é insistente), suspender, advertir, ameaçar, embargar e censurar (no bom sentido). Segue então uma lista de verdades universais que você pode usar sem medo na internet, no trabalho, na escola, na rua, na praia ou preferencialmente em casa, se todos esses outros lugares estiverem proibidos para você.

Chega de polêmica, falsidade e ódio. Vamos ser felizes repetindo só as coisas certas:

  1. As vacinas são ótimas;
  2. As vacinas são seguras e eficazes, graças aos vários anos de estudos que couberam em poucos meses porque o tempo é uma ilusão;
  3. O fato de não haver estudos conclusivos sobre substâncias experimentais não tem o menor problema, porque eu vi na televisão que tá tudo bem, então é porque tá tudo bem;
  4. Ninguém sabe os porcentuais de efeitos adversos das vacinas porque elas estão sendo testadas na população, em massa, e não há controle sobre o universo total de vacinados. Mas isso não tem o menor problema, porque vacina boa é vacina no braço;
  5. A imprensa escreve que “fulano pegou covid depois de imunizado” porque esse é um novo conceito de imunização, segundo o qual o que realmente imuniza não é o que sai da agulha, mas o que sai do teclado;
  6. As autoridades de São Paulo e do Rio estão disputando para ver quem começa primeiro a vacinar adolescentes, porque o risco que a covid representa para os adolescentes é muito menor do que a vontade desses heróis de aparecer na TV anunciando vacina para adolescentes;
  7. Os estudos inconclusos de miocardite em jovens e adolescentes após a vacinação não são problema das autoridades vacineiras, porque o importante, como já explicado, é aparecer na TV dizendo que está vacinando geral e correr pro abraço;
  8. O que vai acontecer no curto, médio e longo prazo com o sistema cardiovascular desses adolescentes é problema deles. Adolescente já é cheio de problema mesmo, então não muda nada;
  9. Você pode ter uma trombose, uma neuropatia ou uma doença autoimune atravessando a rua, então não tem por que não se vacinar com vacinas experimentais;
  10. As vacinas estão livrando a humanidade da pandemia. O fato de que os primeiros seis meses de vacinação coincidiram com um agravamento da pandemia é um detalhe. As pessoas que negam a ciência têm mania de se prender em questões impertinentes e enjoativas porque não têm empatia, nem lugar de fala, nem lugar na fila, nem nunca estiveram no pombal do Zoom com um monte de cabecinhas repetindo o que é certo repetir.

Pronto. Está feito o bem. Só afirmamos coisas que os purificadores dizem que são certas. E liberamos as patrulhas e guilhotinas para ceifar outros pecadores. Viva a pureza.

Leia também “Crachá de cobaia”

Guilherme Fiuza, colunista - Revista Oeste


segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Ações do Twitter afundam após banimento de Trump

Rede social gerou intenso debate no fim de semana após decisão de excluir o presidente americano

As ações da rede social Twitter afundam no pregão desta segunda-feira, 11, em Nova York. Os papéis, negociados na Nasdaq, caem quase 10%, após cerca de 30 minutos de negociação. Por trás da queda, está o banimento do presidente americano Donald Trump da rede social por “risco de mais incitação à violência”. O Twitter foi a única a excluir permanentemente Trump.

A medida gerou intensos debates mundo afora durante o fim de semana. Nesta segunda, uma das principais líderes globais, a chanceler alemã, Angela Merkel, criticou a atitude do CEO do Twitter, Jack Dorsey. Steffen Seibert, porta-voz de Merkel, afirmou que é correto não “recuar” quando esse tipo de conteúdo é postado, mas também disse que a liberdade de opinião é um direito fundamental de “significado elementar”.

 “Este direito fundamental pode sofrer intervenção, mas de acordo com a lei e dentro da estrutura definida pelos legisladores — não de acordo com uma decisão da administração das plataformas de mídia social”, disse ele a jornalistas em Berlim. “Visto por este ângulo, a chanceler considera problemático que as contas do presidente dos EUA estejam agora permanentemente bloqueadas.”

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Blog Radar Econômico - Revista VEJA

 


terça-feira, 5 de janeiro de 2021

In Fux we don’t trust - O Globo

Carlos Andreazza

O presidente do Supremo é um mestre em jogar para a galera -  Ele lançou sobre um servidor o peso de decisão que só o presidente do Supremo poderia tomar

Luiz Fux para se lavar de um aval que obviamente dera arranjou-se cuspindo ao mar um colaborador de terceiro escalão. Aquele exercício covarde de onipotência típico dos que se sabem inalcançáveis. O presidente do Supremo Tribunal Federal é um poder inteiro e, no caso do atual, um mestre em jogar para a galera. (Não tardará, aliás, até que abra enquetes em rede social para que seus seguidores determinem como deve votar.) Outra coisa, porém, será cultivar a imagem de homem justo e combatente de regalias afogando um subordinado em injustiça; um desmando autoritário reativo para não assumir o desmando patrimonialista original.

Sim. Refiro-me ao caso — um escândalo em que Fux, pressionado pela imprensa que o adula, decidiu, fingindo-se de chocado, exonerar o secretário de saúde do STF
(Sendo também o caso de perguntar por que o tribunal precisaria de uma tal secretaria.)
O doutor Marco Polo Dias Freitas levou a culpa. Pagou pelo ato por meio do qual a Corte constitucional brasileira — vergonhosamente demandara à Fiocruz uma reserva de 7 mil doses de vacina contra a peste para seus togados e funcionários. Pego em flagrante, Fux em gesto de rara desonra — lançou sobre um servidor o peso de decisão que só o presidente do Supremo poderia tomar. Um conjunto de arbitrariedades a não ser esquecido. (E que só será surpresa para quem admite o modo como o ministro maneja a Constituição.)

Freitas foi elegante, impessoal, ao sair, talvez com a intenção de preservar a instituição a que se dedicava havia década; mas deixou claríssimo o que se passara: “Respeito rigorosamente a hierarquia administrativa do Supremo Tribunal Federal. Nesses onze anos no STF, nunca realizei nenhum ato administrativo sem a ciência e a anuência dos meus superiores hierárquicos”.

Elegante. Eu também serei. (Quem sabe, assim, este artigo escape da censura no clipping do tribunal?) E serei igualmente claro. O ofício de requisição da reserva de doses foi assinado, em 30 de novembro, pelo diretor-geral do Supremo, Edmundo Veras dos Santos Filho; que, no entanto, manteve o cargo. Fux justificou a demissão do mais fraco afirmando que o pedido fora feito sem o seu consentimento. Não é verdade. 
O presidente do Supremo faltou com a verdade; o que se prova facilmente, sendo o próprio Fux a se desmentir. [não podemos esquecer que o oficio foi assinado pelo diretor-geral do Supremo, Edmundo Veras, superior hierárquico do doutor Marco Polo - e os mais elementares fundamentos hierárquicos, rudimentares princípios da hierarquia, estabelecem  que ao ter seu pedido acatado pelo superior hierárquico, o subalterno está respeitando a hierarquia. 
Se alguém descumpriu a hierarquia foi o diretor-geral do Supremo = se impondo sua exoneração - exceto se, o ministro Fux tinha conhecimento do oficio (o mais provável, devido as implicações políticas do pedido desaconselharem o senhor Veras de até pensar no assunto,  sem o aval do presidente do STF.]

Freitas foi exonerado em 27 de dezembro. No dia seguinte, o presidente do STF pôs em campo uma blitz para, em suma, apregoar que não sabia e que não admitia; versão que rui diante da entrevista veiculada cinco dias antes, em 23 de dezembro, pela TV Justiça, em que se demonstra não apenas informado sobre o pedido, mas favorável à demanda. Fala Fux: Nós, por exemplo, fizemos um pedido, de toda forma delicada, ética, um pedido, dentro das possibilidades, que, quando todas as prioridades forem cumpridas, de que também os tribunais superiores — que precisam trabalhar em prol da Covid — tenham meios para trabalhar. E, para isso, precisa vacinar. Não adianta vacinar os ministros e não vacinar os servidores. A difusão da doença seria exatamente a mesma. [um aspecto não destacado: os servidores se tornaram beneficiários do pedido para não contagiarem os supremos ministros. Fosse a covid-19 apenas letal, não contagiosa, os ministros seriam vacinados e os servidores aguardariam.]

Que tal? Que tal essa ética? Mesmo o português truncado de Fux — que decerto gostaria de trabalhar contra a Covid, e não em prol do vírus não é capaz de deixar dúvidas. Nós é nós. Né? Nós somos. O “nós fizemos um pedido” o inclui. Nós pedimos. Certo? Nós só são os outros — quando o bicho pega, e o bafo da sociedade esquenta o cangote — na ética fuxiana do bode expiatório. E não deixa de ser requisição de tratamento prioritário, uma que se queira postar à fila logo após as prioridades já consagradas. Fim da fila de prioridades ainda prioridade será. Não há delicadeza nisso.

Fux não apenas tinha ciência do pedido como — sob visão estratégico-corporativa — avalizou-o. E diga-se que, fosse verdadeiro que a demanda tivesse sido feita sem sua chancela, teríamos apenas mais uma exibição de incompetência; e ele precisaria demitir o diretor-geral. Mas não foi incompetência. Não desta vez. Foi um movimento natural, consciente, relaxado, de quem se sabe mesmo privilegiado; de alguém cuja trajetória educou para o hábito do privilégio. Foi desde esse lugar que o presidente do STF ceifou o doutor Freitas.

Fux, contudo, ao explicar a demissão covarde do subordinado, disse: “Sempre fui contra privilégios”. De novo, não é verdade. Temos memória. Ou não terá sido ele agora todo enérgico contra decisões monocráticas o ministro que ficou, atenção, quatro anos sentado sobre liminar, canetada classista de próprio punho, que garantiria auxílio-moradia a juízes e procuradores, uma conta bilionária? [vale a pena conferir a íntegra da matéria, da qual destacamos:
A lentidão na análise da liminar foi motivada,-  dizem as más, ou bem informadas línguas - pelo fato da desembargadora Mariana Fux,  filha do ministro Fux, trabalhando no Rio, receber auxilio moradia, mesmo sendo proprietária de dois apartamento no Leblon.]

O privilegiado Luiz Fux é o privilégio. Pode tudo. É também um — mais um ministro da corte constitucional brasileira em quem não se deve confiar.

Carlos Andreazza, jornalista - Opinião - O Globo


quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

STF traiu os parasitas - Guilherme Fiuza

STF vai se deparar com pautas polêmicas em 2021

O golpe montado entre o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal contra o Brasil fracassou. Difícil saber o que deu errado, depois de tantas manobras bem-sucedidas nessa conjunção de Brasília – incluindo prisão de jornalista por inquérito obscuro, bloqueio da ação policial em favelas e outras exuberâncias togadas. Um Congresso dirigido por parceiros tão leais aos aventureiros do Supremo merecia o presente da reeleição de seus presidentes.

Contrariava a Constituição, mas e daí? A Constituição existe para ser contrariada por luminares que têm conexão direta com a verdade suprema. A Carta Magna não é nada diante de seres muito mais magníficos que ela. O Toffoli e o Alexandre têm até muita paciência com a Constituição. Mas de vez em quando se irritam e criam um inquérito da cabeça deles – como o famoso inquérito “do fim do mundo” – porque seria o fim do mundo indivíduos dotados de onisciência ficarem pagando pedágio para aquele monte de letrinhas que, no fundo, ninguém sabe direito o que significam.

Gilmar pode ler na Constituição que o condenado pode ser preso após sentenciado em segunda instância e o mesmo Gilmar pode ler na mesma Constituição que o condenado não pode ser preso após sentenciado em segunda instância. Bastam três anos – e a prisão de um Lula – para a interpretação se modificar em sentido oposto. Ou seja: se o texto que guarnece a lei no país não mudou e a aplicação da lei mudou, fica evidente que a base do Direito não é a Constituição, é o Gilmar.

Eles mandam plataforma de rede social censurar pessoas e apagar perfis – com os préstimos do Congresso e sua CPMI circense sobre fake news, gabinete do ódio e lei da mordaça. Tudo normal. Por isso era tão importante mandar às favas a Constituição e reeleger Maia e Alcolumbre – porque em time que está ganhando não se mexe. 
Eles decidem também quem pode ser nomeado para dirigir a Polícia Federal. 
Proíbem o governo nacional de agir na pandemia. 
Decidem que a quadrilha do mensalão não era quadrilha e soltam José Dirceu. 
Quem precisa de Carta Magna com um currículo desses?
Não se sabe por que o golpe limpinho e cheiroso da reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado não deu certo. Há quem diga que houve traição – e aí a coisa é grave. 
Não é possível que alguém use a toga para se agarrar a uma Constituição que todos já tinham combinado no escurinho de atropelar. 
Também há quem diga que alguns dos iluminados ficaram receosos
com a revolta do povo expressa nas redes sociais. 
É por isso que tem que aprovar a lei da mordaça: povo só serve para dar insegurança jurídica aos entes sobre-humanos da corte.

Está aí consumado o desastre. Sem Rodrigo Maia no front das cassandras, por exemplo, quem poderá garantir uma taxa mínima de fofoca diária para a República funcionar?
Quem vai ficar espalhando para jornalistas amigos que Paulo Guedes não presta? 
Quem vai puxar o saco do embaixador chinês quando ele arrumar barraco com autoridades brasileiras? 
Quem vai usar o terceiro posto na linha sucessória do país para dar feliz aniversário ao maior ladrão da nação?

O fracasso do golpe da reeleição de Maia e Alcolumbre precisa ser investigado, com punição exemplar dos culpados. Se isso não acontecer, daqui a pouco ficará impossível de conspirar honestamente neste país.

Guilherme Fiuza, jornalista - Gazeta do Povo - Vozes  


quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Mensagem chamando Maia de "Nhonho", atribuída a Salles foi obra de hacker

"Nhonho": Salles diz que mensagem ofensiva a Maia foi obra de hacker

Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sua conta foi utilizada indevidamente para publicar a mensagem ofensiva

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, informou nesta quinta-feira (29/10) que a mensagem com a palavra "Nhonho", direcionada ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), foi obra de um hacker. O tweet foi postado na noite de quarta-feira (28/10).

O comentário foi postado quatro dias depois de Maia ter dado uma alfinetada em Salles por meio da mesma rede social. "O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", havia escrito o presidente da Câmara em referência ao desentendimento de Salles com Ramos.

"Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto a conta do Pres. da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião sempre mantive relação cordial", disse o ministro. O tweet ofensivo foi deletado da rede social. 

Fui avisado há pouco que alguém se utilizou indevidamente da minha conta no Twitter para publicar comentário junto a conta do Pres. da Câmara dos Deputados, com quem, apesar de diferenças de opinião sempre mantive relação cordial.

Correio Braziliense

 

sábado, 11 de julho de 2020

Michelle Bolsonaro e filhas testam negativo para Covid-19

Anúncio feito por rede social: "agradeço as orações" 


A primeira-dama Michelle Bolsonaro Isac Nóbrega/PR 

Michelle Bolsonaro anunciou na manhã deste sábado, 11, que ela e suas duas filhas testaram negativo para a Covid-19. Assim como todos que estiveram ao lado de Jair Bolsonaro, a primeira-dama se submeteu ao teste para saber seu status. “Minhas filhas e eu testamos negativo para Covid-19. Agradeço as orações”, escreveu no Instagram. Após indisposição e febre, o presidente realizou o teste que confirmou ter contaminado o vírus. Segundo a secretaria de comunicação, o quadro de Bolsonaro “evolui bem, sem intercorrências”.

+ A história de superação de Agustin Fernandez, o confidente e melhor amigo de Michelle Bolsonaro

O presidente tem despachado do Palácio da Alvorada, de onde faz reuniões por videoconferências com ministros.



VEJA  - Blog Gente




sábado, 4 de julho de 2020

Saiba mais sobre a Parler - a nova rede social

Saiba como criar uma conta no Parler, a rede sem censura

Plataforma privilegia divulgação de conteúdos com a premissa de dar liberdade aos usuários

A nova rede social “queridinha” dos conservadores começa a crescer em território brasileiro, o Parler já tem entre seus usuários figuras conhecidas como o presidente Jair Bolsonaro, e os filhos Flávio, Eduardo e Carlos. A premissa da plataforma de ser contrária a qualquer tipo de censura atraiu parte do público que vê em redes como Twitter e Facebook uma forte oposição a seus posicionamentos políticos.

(.....)

Aos usuários e futuros interessados em acessar a plataforma, é importante lembrar que o Parler também possui aplicativo tanto na Play Store, para Android, quanto na App Store, para iOS. O processo de criação de conta é similar ao realizado pelo site e também é possível a criação pela página da Web com posterior utilização pelo app.

Sobre o idioma, a plataforma ainda não foi traduzida e possui apenas opções em inglês, porém, os ícones são bastante intuitivos e termos em inglês como Follow e expressões como “What’s new?” já são bastante utilizadas por outras redes. Já no que diz respeito à criação de contas, vale destacar que só é permitida a criação de um perfil para cada número de telefone e endereço de e-mail.


PARLER

ou: https://parler.com/auth/access

Clique aqui para saber mais


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Bolsonaro compartilhou convocação de ato para 15 de março. E daí? - Alexandre Garcia


Gazeta do Povo

Muito barulho por nada - Manifestações convocadas para o dia 15 de março em todo o país vão defender o governo Bolsonaro.

Há uma celeuma muito grande criada porque o presidente Bolsonaro mandou para poucos amigos um retuíte de uma convocação para as manifestações a favor dele no dia 15 de março.  Eu nunca falei dessa manifestação aqui, nem falaria senão houvesse essa polêmica porque eu sou de uma geração de que jornalismo não deve noticiar manifestações programadas porque estará fazendo propaganda.

Os jornalistas da minha época noticiam manifestação depois que ela se realizou. Informa se ela foi um fracasso ou não, as reivindicações e o que aconteceu. Mas terei que falar dela porque foi criada uma polêmica.  Eu recebi esse retuíte. No post não é mencionado o Congresso Nacional, nem os presidentes da Câmara e do Senado. Eu não sei porque todo esse burburinho em torno disso.

A manifestação não é ilegal, não foi proibida e está previsto na linha 16 do art. V – que é uma cláusula pétrea, da Constituição. “Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização (...)”.  As pessoas se desacostumaram com o contato com os políticos em geral. O normal é o sujeito ser eleito e depois sumir. Só reaparecer novamente no período das eleições. Agora é diferente.

Desde 2013, o povo está acostumado a ir para a rua fora do período eleitoral. Vai para a rua para contestar, criticar, fiscalizar e para apoiar. Há sete anos tem sido assim. Tudo começou em São Paulo.  Eu lembro do povo na rua para mostrar a sua força na época das Diretas Já. Mas hoje existe a rede social, que é mais fácil para fazer uma convocação ao público. Esse é um novo Brasil.

A democracia é exercida com mais proximidade por parte do povo, que é o dono da democracia. A democracia é feita em nome do povo, pelo povo e para o povo. O presidente da República, deputados e senadores, os mandatários, têm mandantes: o povo. Ninguém está livre da crítica e por isso vai haver uma manifestação, mesmo que essa seja a favor do governo atual. O objetivo da manifestação do dia 15 é que o presidente tenha os meios para governar.  Isso acontece por culpa da atual Constituição. A nossa Constituição dá a responsabilidade de governar para o presidente, mas não dá os poderes, que ficam com o Congresso, que não tem essa responsabilidade. [os deputados e senadores, membros do Poder Legislativo são os representantes do Povo e por isto devem exercer tal mandato em consonância com a vontade do Povo.]

Eu me pergunto se esse barulho que está sendo feito vem aqui do Brasil. Há muito barulho por nada, como dizia Shakespeare. Agora, os que fazem barulho estão ao mesmo tempo fazendo propaganda da manifestação do dia 15 de março.  Clima quente, afinal, serve para alguma coisa

Tem pessoas achando que o primeiro caso confirmado de coronavírus pode cancelar a manifestação prevista. Há um temor a essa manifestação e eu não entendo o por quê. Talvez essas pessoas tenham um pensamento totalitário e não conseguem suportar que haja manifestações populares.  Esse pensamento é o mesmo que veio de longe, o do pensamento único, o que prega o politicamente correto, que embute uma polícia do pensamento – até o pensamento é policiado.

Para quem está com medo da doença, eu darei uma informação científica. O vírus perde força em países tropicais. O clima quente tem que ter algo de positivo. O contágio é mais perigoso e rápido no frio. O brasileiro com coronavírus estava em uma região fria da Itália, por exemplo.  Vamos torcer para que esse homem com a doença não tenha saído para o carnaval. Ele tem 61 anos e está hospitalizado. Já os brasileiros que vieram da China e ficaram em quarentena não estavam com a doença. [atualizando: números atuais mostram que o coronavírus chegou na África, clima predominantemente quente;
A menor incidência está na Antártida, mas, tal fato não pode ser atribuído ao clima e sim o isolamento da região.]

Alexandre Garcia, jornalista - Vozes - Gazeta do Povo


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Como começa a bagunça - Nas entrelinhas

“As declarações do general Heleno nos trazem à memória as “quarteladas” que caracterizaram a indisciplina nos quartéis e a presença dos militares na política“ 

O que têm a ver as declarações contra o Congresso do general Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, e o tiro disparado por policiais militares grevistas, encapuzados, contra o senador Cid Gomes (PDT-CE), em Sobral? Aparentemente, nada; em sua essência, porém, tudo: a bagunça. O ex-governador cearense tentou negociar e,  depois, conduzindo uma retroescavadeira, enfrentou os grevistas de forma exaltada, imprudente e voluntarista, sendo baleado no peito e na clavícula. [o que o ex-governador desejava era simplesmente aparecer, tumultuar. ] O episódio, no entanto, também é uma demonstração da anarquia que começa a vicejar nas polícias militares, pois as greves são ilegais e estão sendo preparadas em outros estados. [aos poucos todos vão reconhecer - infelizmente, ao custo de muitas vidas - que com a bagunça que está em crescente no Brasil, o desrespeito a tudo e a todos, especialmente aos VALORES que são os ALICERCES para o vicejamento dos princípios de ORDEM e PROGRESSO. A tendência é se estabelecer a desordem, o caos, a práticas de atos sexuais bizarros, de golden shower, tudo decorrente da escravidão a sempre falada LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DIREITOS INDIVIDUAIS, levando a prevalecer a anomia.]

As declarações do general são incompatíveis com o cargo que ocupa no governo e nos trazem à memória as “quarteladas” que caracterizaram a indisciplina nos quartéis e a presença dos militares na política durante o século passado, inclusive durante o regime militar, só encerradas no governo Ernesto Geisel, com a demissão do então ministro do Exército, general Sílvio Frota, do qual Augusto Heleno foi ajudante de ordens. Ainda que minimizadas pelo presidente Jair Bolsonaro — diga-se de passagem, o responsável pela sua divulgação —, as declarações afrontam um poder constituído, que está no pleno exercício de suas prerrogativas.

A fala do ministro foi transmitida ao vivo, via internet, pelo perfil do presidente Jair Bolsonaro em uma rede social, na terça-feira. No evento de hasteamento da bandeira em frente ao Palácio da Alvorada, Heleno conversava com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e com o ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. No diálogo, disse que o governo não pode “aceitar esses caras chantagearem a gente o tempo todo”. Ontem, em uma rede social, Heleno tentou minimizar as declarações, mas a emenda foi pior do que o soneto: argumentou que, na conversa com os ministros, estava expondo sua visão pessoal sobre “insaciáveis reivindicações de alguns parlamentares por fatias do Orçamento Impositivo”.

As declarações provocaram reações no Congresso, que discute os vetos do presidente Bolsonaro às regras que dão a deputados e senadores maior controle sobre o Orçamento da União. Manter ou derrubar os vetos presidenciais é prerrogativa do parlamento. O que todos os governos democráticos procuram fazer é articular uma base sólida, que garanta a aprovação do que interessa ao Executivo. O Palácio do Planalto, porém, não se empenha muito para garantir que isso aconteça.

Reações
A reação mais forte foi do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que fez duras críticas ao general: “Geralmente na vida, quando a gente vai ficando mais velho, a gente vai ganhando equilíbrio, experiência e paciência. O ministro, pelo jeito, está ficando mais velho e está falando como um jovem estudante no auge da sua idade, da sua juventude”, disse. Maia também ironizou: “Eu não ouvi da parte dele nenhum tipo de ataque ao parlamento quando a gente estava votando o aumento do salário dele como militar da reserva (…) Talvez ele estivesse melhor em um gabinete de rede social, tuitando, agredindo, como muitos fazem, como ele tem feito ao parlamento nos últimos meses”, concluiu o presidente da Câmara. [a reação do deputado Maia foi a esperada;
afinal, ele é, de fato e de direito, deputado federal e ainda presidente da Câmara, mas, em sua megalomania, também se auto empossou 'primeiro-ministro' e 'corregedor-geral' do Poderes da República.]


O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também se manifestou sobre a fala de Heleno. Em nota, disse que “nenhum ataque à democracia será tolerado pelo parlamento” e que “o momento, mais do que nunca, é de defesa da democracia, independência e harmonia dos poderes para trabalhar pelo país”. Contra todas as expectativas, às vésperas do carnaval, o esgarçamento das relações do Palácio do Planalto com o Congresso aumenta as incertezas em relação à economia.

Um comentário do presidente da República, em cerimônia oficial, sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, gerou ainda mais insegurança no mercado, pois deixou no ar que Guedes estaria demissionário do cargo e sofre uma fritura interna. Seu prazo de validade estaria próximo do fim. O que alimenta essas especulações é o vai-não-vai da economia, cujo crescimento está sendo medíocre, apesar dos juros baixos e da inflação controlada.

O IBC-BR, índice do Banco Central, aponta alta de 0,5% no último trimestre do ano e de 0,9% no ano de 2019. Em 2018, quando o PIB teve alta de 1,3%, o IBC-BR também subiu 1,3%: se o padrão se repetir, o que não é garantido, o PIB em 2019 terá tido pior desempenho que no biênio 2017-18. Nesse ritmo, só em 2022 voltaremos ao PIB de 2014. Levar oito anos para completar a recuperação de uma recessão em qualquer época e em qualquer lugar é um fracasso. Essa situação tem ampliado os questionamentos à política de Guedes, um ultraliberal, por parte de setores do governo que têm formação desenvolvimentista, entre os quais, os militares. O próprio Bolsonaro é um recém-convertido ao liberalismo e vem adotando postura cada vez mais populista, como no caso dos combustíveis e da reforma administrativa, e não perde oportunidade de abrir novas frentes de conflito, como a queda de braço com os governadores.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - Correio Braziliense


quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Bolsonaro: ‘Que este seja um ano tão vitorioso quanto foi 2019’

O presidente mudou planos de passar o Réveillon na Bahia e viajou para Brasília na manhã de terça, 31

O presidente da República Jair Bolsonaro usou sua conta pessoal no Twitter para desejar feliz 2020 aos brasileiros. Bolsonaro, que passou a virada do ano com parentes no Palácio do Alvorada, em Brasília, fez uma declaração otimista. “Que o Brasil possa continuar seguindo o caminho da prosperidade e que este seja um ano tão vitorioso para o povo brasileiro quanto foi 2019”, escreveu, na rede social.
“Estaremos, juntos, trabalhando noite e dia, para mudar o destino de nossa nação. A todos, um feliz e abençoado 2020”, concluiu.

Após passar cinco dias na Base Naval de Aratu, unidade da Marinha localizada nas proximidades de Salvador, o presidente retornou a Brasília na manhã desta terça-feira. Inicialmente, Bolsonaro passaria o Réveillon na Base Naval, onde planejava permanecer até o dia 5 de janeiro, acompanhado pela filha Laura. Na segunda-feira (30), contudo, ele decidiu antecipar o retorno a Brasília, onde Michelle Bolsonaro permanecera.

Agência Brasil

terça-feira, 10 de setembro de 2019

Carlos Bolsonaro: país não terá transformação rápida por vias democrática - Folha

Filho do presidente é alvo de críticas após declarações em rede social

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na noite dessa segunda-feira (9), em rede social que, por vias democráticas, não haverá as mudanças rápidas desejadas no país:
  "Por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos... e se isso acontecer. Só vejo todo dia a roda girando em torno do próprio eixo e os que sempre nos dominaram continuam nos dominando de jeitos diferentes!"

[uma perguntinha para o vereador: Stalin quando recebeu a sugestão de se aliar ao Papa, com sarcasmo perguntou: 'quantas divisões tem o Papa?'

Sem querer me comparar ao tirano comunista (Deus me livre) pergunto ao vereador Carlos Bolsonaro - adaptando a pergunta para o perguntado: 'quantas companhias o ilustre vereador tem?] 


A mensagem foi postada após o vereador comentar sobre os esforços que, segundo ele, o governo do pai faz para acabar com "absurdos que nos meteram no limbo". De acordo com o vereador, o governo tenta colocar o Brasil "nos eixos", mas que os "avanços são ignorados, e os malfeitores esquecidos". "O governo Bolsonaro vem desfazendo absurdos que nos meteram no limbo e tenta nos recolocar nos eixos. O enredo contado por grupelhos e os motivos cada vez mais claro$ lamentavelmente são rapidamente absorvidos por inocentes. Os avanços ignorados e os malfeitores esquecidos", escreveu.



E conclui afirmando que "como meu pai, também estou muito tranquilo e o poder jamais me seduziu. Boa sorte sempre a todos nós!"Em pouco tempo a postagem gerou críticas na rede social. O vereador também recebeu mensagens de apoio. Também pelo Twitter, o PSDB defendeu a democracia como única opção possível. "Por vias democráticas o brasileiro elegeu presidentes, apoiou impeachment dos que cometeram irregularidades. Por vias democráticas, o brasileiro elegeu Bolsonaro e tirou o PT. Figuras autoritárias insistem em transformações que não sejam pelas vias democráticas. Mas a democracia é a única opção possível". O youtuber Felipe Neto, que comprou milhares de quadrinhos com beijo gay na Bienal do Livro do Rio após operação da prefeitura para tentar recolher os materiais, respondeu a Carlos e, em uma hora, já tinha 25 mil curtidas na rede social: “Se você está calado nesse momento, você é conivente. Todas as ameaças estão sendo feitas. A democracia está em risco”. A postagem foi feita enquanto o presidente está internado em São Paulo após fazer cirurgia para corrigir uma hérnia. Até o fechamento desta edição, Bolsonaro não havia comentado o texto do filho.



Esta não é a primeira vez que um filho do presidente gera polêmica. Em uma palestra feita antes do primeiro turno das eleições, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse que “para fechar” o STF bastam “um cabo e um soldado”. No vídeo do dia 9 de julho de 2018, o deputado é perguntado por um aluno sobre uma eventual ação do STF para impedir a posse de seu pai, caso fosse eleito em primeiro turno, e qual seria a atitude do Exército neste cenário hipotético.
—Aí já está encaminhando para um estado de exceção. O STF vai ter que pagar para ver. E aí, quando ele pagar para ver, vai ser ele contra nós —disse o parlamentar, para depois insinuar que os militares não teriam dificuldade em fechar o STF. — Será que eles vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF, você sabe o que faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo — completou.
Folha de S. Paulo - 10 Setembro 2019

terça-feira, 16 de julho de 2019

Com ironia, Sergio Moro volta a atacar divulgação de diálogos da Lava Jato

Ministro disse que publicações são campanha contra a Lava Jato e a favor da corrupção: "Continuem, mas convém um pouco de reflexão"


Oficialmente afastado de suas funções à frente do Ministério da Justiça até sexta-feira (19), o ministro Sergio Moro voltou a atacar a revelação de diálogos que colocam em xeque sua atuação como juiz da operação Lava Jato. Em mensagem publicada em sua conta no Twitter, o ex-juiz federal definiu as publicações como “campanha” contra a operação.  Sou grande defensor da liberdade de imprensa, mas essa campanha contra a Lava Jato e a favor da corrupção está beirando o ridículo. Continuem, mas convém um pouco de reflexão para não se desmoralizarem. Se houver algo sério e autêntico, publiquem por gentileza”, ironizou na rede social.

O ex-juiz não especifica a qual conteúdo ele se refere, mas sua manifestação se dá após a revelação de que o procurador Deltan Dallagnol pediu dinheiro sob a guarda da 13ª Vara Federal de Curitiba, então chefiada por Moro, para custear uma campanha publicitária em apoio ao projeto conhecido como Dez Medidas contra a Corrupção.Se gundo o procurador, a campanha custaria 38.000 reais. “Se for só uns 38.000 acho que é possível. Deixe ver na terça e te respondo”, disse o então juiz na conversa divulgada pelo jornalista Reinaldo Azevedo nos portais UOL e Band News, em parceria com o site The Intercept Brasil. De acordo com as mensagens, não é possível afirmar que o dinheiro da 13ª Vara foi, de fato, utilizado para custear a campanha publicitária. A força-tarefa da Lava Jato, em nota oficial, negou.

Novos diálogos também mostram que Dallagnol procurou Moro para tentar convencê-lo a aceitar um convite para uma palestra promovida pela Federação das Indústrias do Ceará. “Eu pedi pra pagarem passagens pra mim e família e estadia no Beach Park. As crianças adoraram”, disse. “Além disso, eles pagaram um valor significativo, perto de uns 30k [R$ 30 mil]. Fica para você avaliar”, escreveu o procurador. Reportagem de VEJA em parceria com o The Intercept Brasil mostrou que Moro orientava ilegalmente ações da Lava Jato: fora dos autos, ele pediu à acusação que incluísse provas aos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um juiz.

O tweet desta terça-feira não é a primeira vez que Moro ataca a divulgação das mensagens entre ele e o procurador. Em sua defesa, o ministro tem repetido que as mensagens obtidas pelo site The Intercept Brasil a partir de uma fonte anônima são fruto de um ataque de um hacker e que não vê irregularidades no conteúdo dos diálogos. Ao reagir à reportagem de VEJA, também pelo Twitter, Moro publicou uma mensagem criticando a revista. “Que constrangedor para a Veja a matéria abaixo. Será que tem resposta para isso ou vai insistir na fantasia, como na do juiz que favorece à acusação, mas que absolve os acusados no mesmo processo?”. Na sequência, publicou o link para um texto tentando desmentir uma das informações da reportagem.

De acordo com o texto citado pelo ministro da Justiça em seu Twitter, os contatos telefônicos de Moro com pedidos e cobranças ao MPF foram devidamente registrados na época dentro dos processos e cita como exemplo um despacho do ex-juiz no curso de um habeas corpus impetrado pela Odebrecht contra o envio de dados, incluindo extratos bancários, da Justiça Suíça à Lava Jato: “Intime-se o MPF, com urgência e por telefone (já que há acusados presos)”.

O pedido para fazer o telefonema registrado nos autos é um ato burocrático e comum nos processos judiciais, inclusive os da Lava Jato — e não tem absolutamente nada a ver com a flagrante irregularidade denunciada pela por VEJA. Na reportagem, a revista cita um chat do Telegram entre Moro e Dallagnol sobre o mesmo assunto (habeas corpus Odebrecht) que começa no dia 2 de fevereiro e se estende até o dia 5. É uma conversa privada entre um juiz e um procurador tratando de detalhes de um processo.

 Veja

sábado, 18 de maio de 2019

Polícia Federal nega que haja ameaça terrorista a Jair Bolsonaro

Deputado divulgou em rede social que a PF estava fazendo uma investigação sobre ameaça à segurança do presidente 

A cúpula da Polícia Federal negou a informação passada pelo deputado estadual Delegado Francischini em seu Twitter, anunciando uma suposta investigação sobre ameaça à segurança de Jair Bolsonaro por parte de um grupo terrorista.

Francischini escreveu em seu Twitter: 

Procurada, a cúpula da PF foi enfática na negativa sobre a existência dessa investigação. 

Revista Época



sábado, 26 de janeiro de 2019

“Foi brincadeira”: como a desembargadora Marília Castro Neves justificou sua sugestão de executar j w

Foi “brincadeira”, diz a desembargadora Marília Castro Neves, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, sobre seus comentários a respeito do deputado j w  (Psol-RJ).


Segundo o parlamentar, a magistrada disse num grupo no Facebook que ele deveria ser executado, por ser a favor de uma “execução profilática”. “O problema da esquerda é o mau humor”, se defende a desembargadora.  Na mesma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo em que relatou as declarações da desembargadora, w, , disse que não vai tomar posse. Vai deixar o Brasil, diante das ameaças que vem recebendo. Uma das pessoas que ele diz contribuir para o clima de ódio e antagonismo que encontra nas ruas é a desembargadora Marília Castro Neves. 

 Para ela, no entanto, a esquerda não tem senso de humor.
“A questão é a seguinte: a esquerda é dona de um mau humor profundo”, analisa a desembargadora, em entrevista à ConJur. “Isso foi falado no meu Facebook particular com um amigo, que não era magistrado. E o nome dele [J W] surgiu aleatoriamente na conversa. Eu não sugeri nada de morte dele. Meu amigo é que sugeriu que se houvesse… porque naquela época, tem uns três anos, se discutia intervenção militar, começaram a falar de intervenção militar, se os militares voltassem, o que iriam fazer. 

E esse meu amigo, de brincadeira – porque era tudo brincadeira no Face, até porque eu só usava o Face naquela época para brincadeira mesmo –, falou ‘mas quem você acha que seria fuzilado?’. Aí eu falei, de brincadeira também: ‘Quem não escaparia de um fuzilamento profilático eu acho que seria o j w’. Mas só isso. Não sugeri que ele fosse morto”, garante.

Na entrevista à Folha, publicada na quinta-feira (24/1), j  relatou o seguinte:
“A violência contra mim foi banalizada de tal maneira que Marília Castro Neves, desembargadora do Rio de Janeiro, sugeriu a minha execução num grupo de magistrados do Facebook. 
Ela disse que era a favor de uma execução profilática, mas que eu não valeria a bala que me mataria e o pano que limparia a lambança. Na sequência, um dos magistrados falou que eu gostaria de ser executado de costas. E ela respondeu: ‘Não, porque a bala é fina’. Veja a violência com homofobia dita por uma desembargadora do Rio de Janeiro. Como é que posso imaginar que vou estar seguro nesse estado que represento, pelo qual me elegi?” [ele teve pouco mais de 24.000 votos, quase ninguém votou nele; esse total de votos foi sobra dos dados ao Freixo e foram para o j; o pior é que seu substituto - suplente do suplente - teve menos de 18.000 votos, também sobras dos votos dados ao Freixo.]

Na opinião da desembargadora, ela está sendo discriminada por suas opiniões, o que seria um desrespeito à sua liberdade de expressão. “Dizer, como eu disse, que o Jean Wyllys não vale a bala que o mate e o pano que o limpe, é uma opinião. Você vai me condenar pela minha opinião, por que eu não gosto do Jean Wyllys? Eu não gosto dele. Eu não quero que ele morra, eu não desejaria a morte dele, eu jamais promoveria um ato sequer. E se ele fosse ser julgado por mim, por outra ação qualquer, isso não afetaria o meu julgamento em relação a ele, o meu desgostar em relação à atuação dele como parlamentar, como pessoa, como ser humano. O que eu examino não é o nome da pessoa, é o direito que me põem”, garante.

Interpretação de texto
De acordo com a magistrada, o deputado federal faz declarações irônicas, mas, quando é alvo delas, diz que foram feitas a sério. Nesta sexta-feira (25/1), Marília divulgou no Facebook que contribuirá com uma vaquinha iniciada pela deputada e militante da rede social Carla Zambelli (PSL-SP). Ela foi condenada a dois anos de prisão, mais 620 dias-multa, por ter associado Jean Wyllys a pedofilia. A pena foi convertida em prestação de serviços à comunidade.

DCM
 

sábado, 10 de novembro de 2018

A quem interessa saber o dialeto LGBT? Esse tema da linguagem 'particulada', aquelas pessoas, o que isso tem a ver?

Bolsonaro desafia critério técnico e diz que vai querer conhecer o Enem antes

Presidente vai censurar o Enem

[optamos por utilizar como título do POST, a frase correta e oportunamente pronunciada pelo presidente Bolsonaro, em seu comentário-protesto sobre o absurdo de alguém - muito provavelmente um funcionário público (categoria da qual se espera, mínimo, dignidade) ter utilizado em assunto oficial, uma prova de importância para milhões de jovens, sobre o dialeto LGTB, ou 'aquelas pessoas' como bem disse o nosso presidente.

Expresso o nosso apoio ao capitão, vamos à matéria.]


O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta sexta-feira (9) em vídeo publicado na internet que, em seu governo, "vai tomar conhecimento da prova antes" da realização do Enem pelos estudantes, medida que confronta critérios técnicos e de segurança do exame.[critérios técnicos para promover a imoralidade, o gayzismo no Brasil, inclusive junto a menores de idade?
segurança do exame? garantida por medida que busca unicamente "estimular a molecada a se interessar por isso agora" - afirmou, corretamente o presidente.
Nada contra quem quer, ou é, gay,  lésbica, ou tudo que sigla que os identifica pode expressar?
Mas, que exerça tal opção após os 18 anos e não busque encontrar nem faça apologia em locais (ocasiões) em que haja menores de idade.
Talvez, quando Bolsonaro assumir, possa se investigar e identificar o autor do absurto e adotar eventual punição - houve, para dizer o mínimo,  utilização de recursos públicos para divulgar prática imoral.
Além do mais Bolsonaro vai determinar ao ministro da Educação do seu Governo que cuide para que a MORAL e os BONS COSTUMES não sejam agredidos em prova oficial.]
Neste ano, a primeira prova foi aplicada no último domingo (4) e teve perguntas contestadas por Bolsonaro. O segundo dia de exame neste ano será neste domingo (11).
O capitão reformado disse que, em 2019, vai conhecer a prova com antecipação para evitar questões como a que citou neste ano um texto jornalístico que abordava um dialeto da comunidade LGBT.

Com base nisso, a pergunta 9 (da prova branca) pedia ao participante a compreensão sobre o conceito de dialeto.
"[Olha] Essa prova do Enem, vão falar que eu estou implicando. Agora pelo amor de Deus. Esse tema da linguagem 'particulada', aquelas pessoas, o que isso tem a ver? Vai estimular a molecada a se interessar por isso agora. No ano que vem, pode ter certeza, não vai ter questão dessa forma. Nós vamos tomar conhecimento da prova antes", disse Bolsonaro durante pronunciamento feito ao vivo em uma rede social.   A prova do Enem é realizada, anualmente, pelo Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), órgão ligado ao Ministério da Educação. O exame é a porta de entrada para praticamente todas as universidades federais do país, além de ser usado para selecionar parte das vagas da USP.

A realização da prova é cercada de cuidados técnicos e de segurança, exatamente pela sua importância. Para que não haja risco de vazamento, pouquíssimas pessoas, e apenas da área técnica do Inep, têm acesso ao conteúdo integral. Dessa forma, o ministro da Educação, a presidência do Inep nem o presidente da República veem a prova.
"Por procedimentos previamente definidos para garantir o sigilo do exame, apenas o Inep e parte da equipe da gráfica contratada pelo instituto têm acesso à prova em ambientes restritos dentro do Inep e da gráfica", afirmou nota do instituto federal após a declaração dada por Bolsonaro.
"Todo processo de produção da prova conta com consultoria especializada de empresas de gestão de riscos que atestam a conformidade das etapas e indicam procedimentos que devem ser seguidos com vistas à manutenção do sigilo", completou o comunicado.

Ex-presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa afirmou que "nem quem faz os itens sabe como vai estar a prova completa". "As questões são feitas por professores de cada área, nunca houve uma escolha de quais questões seriam feitas", diz. "Se Bolsonaro quiser interferir, ele monta uma comissão com pensamento alinhado ao dele para construir a prova, mas aí ele estará definindo a ideologia da prova." [desde quando ser LGBT é ideologia? em Brasília teve uma diretora de uma escola infantil (crianças de 4 a oito anos) que -  com apoio da Regional de Ensino e da Secretaria de Educação (conivência por omissão) - estabeleceu uso de banheiro único para meninos e meninas com quatro a oito anos de idade - confirme aqui.
Mais uma vez sugerimos, até mesmo exigimos, que quem quiser ser LGBT fique à vontade - desde que entre quatro paredes, sem agredir,  com suas práticas escandalosas, os transeuntes, nem menores de idade.]

A produção de uma única questão envolve dez etapas.  Elas ainda são categorizadas por dificuldade, uma vez que os itens são pré-testados antes da prova. Isso faz parte do modelo matemático utilizado na correção da prova, chamado TRI (Teoria de Resposta ao Item).  "É uma visão simplória das coisas, de que chego lá e mudo a prova. As questões ainda são ancoradas em uma matriz de conhecimento", disse à Folha Reynaldo Fernandes, também ex-presidente do Inep.
"‹Bolsonaro catapultou sua carreira política em uma cruzada contra a abordagem do que ele e outros detratores chamam de "ideologia de gênero", expressão nunca usada por educadores.
Nesta segunda (5), durante entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, Bolsonaro já tinha feito crítica ao exame. Ele afirmou que na sua gestão o Ministério da Educação "não tratará de assuntos dessa forma".

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