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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Crime de opinião já foi criado há três anos pelo Supremo - Alexandre Garcia

O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ninguém entrou no TSE reclamando da fake news. Aliás, se entrasse, dependeria do juízo do tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral

Antes das eleições, o Brasil tinha 33 milhões de famintos. Uma semana depois, a maioria ficou alimentada. 
Restaram 1,9 milhão abaixo da linha de pobreza. O candidato e a mídia vinham repetindo, como fazia Goebbels, que o Brasil tem 33 milhões de famintos.  
Claro que quem tem olhos para ver não via isso, ou as ruas estariam cheias de pedintes do tamanho de três Portugais. Mas o candidato e sua mídia repetiam: 33 milhões de brasileiros famintos.
Agora aparece o Banco Mundial para estragar a narrativa: há bem menos brasileiros em extrema pobreza.  
Despencou de 25 milhões em 1990 para 1,9 milhão em 2020. 
Para os padrões econômicos internacionais, extrema pobreza é de quem ganha menos de 2,15 dólares por dia. O Auxílio Brasil corresponde ao dobro desse valor.
 
Só Paraguai conseguiu semelhante proeza na América Latina. Outros estão dobrando a pobreza. Mas a mitomania tupiniquim, gostou dos 33 milhões e ficou a repetir. Certa vez Lula explicou a Jayme Lerner que bastava citar um número que ninguém tinha como checar. Referia-se a 25 milhões de crianças de rua sem ter onde morar, conforme relato do próprio Lula, sobre uma palestra que ele fizera em Paris. Lula contou  que o arquiteto Jayme Lerner observara que com essa multidão de meninos, não conseguiríamos sair às ruas e Lula confessou, rindo, que inventava os números.  
Agora impressionou brasileiros desinformados e que não acreditam naquilo que seus próprios olhos veem nas ruas. Mas apareceu  agora um jovem economista da FGV tentar amenizar o tamanho da mentira ao dizer que de 2020 para 2021 a miséria subiu. 
 
O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ninguém entrou no TSE reclamando da fake news. 
Aliás, se entrasse, dependeria do juízo do Tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral.  
Até aqui nenhuma novidade, já que é do conhecimento público o desequilíbrio da balança da Têmis tupiniquim. 
Imaginem que agora, depois das anomalias mostradas pelo argentino, apenas pelo fato de Marcos Cintra ter cobrado uma explicação do TSE, o ex-Secretário da Receita foi bloqueado nas redes sociais e tratado como bandido, com prazo de 48 horas para a Polícia Federal colher depoimento dele. O ex-presidente do TSE, ministro Marco Aurélio, não viu crime em expressar opinião, e também expressou a dele: "É difícil conceber seções com dezenas de votos apenas para um determinado candidato." Palavras de quem já presidiu eleições.

Derrogam-se os artigos 5º IV e 220 da Constituição, que tratam da livre manifestação do pensamento sem anonimato e da liberdade de expressão e vedação da censura. O crime de opinião já foi criado há três anos pelo Supremo. Resta-nos a vergonha de estarmos exportando para ditaduras o estímulo para censurar liberdades.

A Nicarágua acaba de imitar o Brasil. Aprovou a Lei Especial de Delitos Cibernéticos, com até 10 anos de prisão para quem postar o que, para a ditadura Ortega, seja fake news. A verdade pode ser julgada mentira. E vice-versa. Mentir sobre 33 milhões de famintos vira verdade quando a mentira é publicada muitas vezes. 
 
Alexandre Garcia, jornalista - Correio Braziliense
 

terça-feira, 18 de abril de 2023

Trapaça, mentira e entreguismo: como foi a viagem de Lula à China - J. R. Guzzo

Vozes - Gazeta do Povo

Líder da China, Xi Jinping, recebe o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, em Pequim, em 14 de abril de 2023| Foto: EFE/EPA/KEN ISHII

A viagem do presidente Lula à China, apresentada como mais uma obra monumental da diplomacia lulista pelo governo, pelos “especialistas em política externa” e pelo serviço de propaganda oficial que opera a maior parte da imprensa brasileira de hoje, foi uma trapaça
A comitiva de Lula, [com vários bandidos entre os seus integrantes, com destaque para o 'general da banda' Stédile = quadrilha do MST] paga com dinheiro de impostos cujo montante será mantido como segredo de Estado para sempre, não representava o Brasil, nem os seus interesses – a viagem toda foi um empreendimento que serviu unicamente aos propósitos políticos e pessoais de Lula, dos seus aliados e da esquerda nacional que quer substituir o capitalismo no Brasil por um “outro modelo”.

Um dos sócios-proprietários da viagem, o dono perpétuo do MST e figura de grande destaque na caravana, falou tudo. Disse, orgulhosamente, que a maioria dos viajantes oficiais era “progressista”. Que tal, como “representatividade? Mais: a ideia de que Lula foi à China para incentivar as relações comerciais com o maior parceiro comercial do Brasil, espalhada pelo governo e adotada automaticamente pelos “formadores de opinião”, é baseada numa mentira.

    O Brasil precisa de dólar como precisa de oxigênio; sem dólar não se compra nenhum dos produtos que a economia brasileira exige para sobreviver, a começar pelo petróleo.

O presidente defendeu publicamente, em seus discursos, a submissão do Brasil aos interesses econômicos e políticos da China a principal comprovação disso é a sua proposta de que os chineses deixem de pagar as exportações brasileiras em dólares, como sempre foi e como todo mundo faz, e passem a pagar em yuans. 
 O Brasil, por sua vez, passaria a pagar em reais o que compra da China. Não é lindo?  
Lula acha que sim; os livros de economia, segundo diz, estão superados e a ciência econômica passou a ser o que ele acha que é. 
No mundo das realidades é um desastre – e um desastre que só interessa à China.
 
A China é hoje uma das principais fontes de moeda forte para o Brasil; só em 2022, o saldo em favor dos brasileiros em suas compras e vendas com os chineses foi de 30 bilhões de dólares. Na proposta de Lula, esses 30 bi somem.  
Passam a ser yuan – e com yuan não se compra nada, nem um palito de fósforo, em lugar nenhum do mundo
Se Lula não quer mais os dólares que vêm da China, como pretende pagar as importações de produtos que o Brasil tem de comprar em outros países? 
E o que ele vai fazer com os seus yuans? Só servem para pagar o que for comprado na própria China.

Veja Também:

   O balanço dos primeiros 100 dias do governo Lula: nenhum resultado, só mentiras e apego ao passado

    Como um presidente da República pode ajudar os pobres comprando um sofá de 65 mil reais?
 
    A política externa do governo Lula é digna de um grêmio estudantil: só apoia ditaduras

O argumento de Lula e dos seus economistas é que o Brasil “precisa” tratar a China com esses favores porque os chineses são os maiores importadores de produtos brasileiros. É um raciocínio falsificado. 
A China foi o maior parceiro comercial do Brasil durante todo o governo de Jair Bolsonaro sem que fosse necessário fazer absolutamente nada do que Lula e o PT estão querendo agora; só no ano passado, importou 90 bilhões de dólares de produtos brasileiros, sobretudo alimentos, e deixou aquele saldo de 30 bilhões no balanço das compras e vendas. O que Lula e o PT têm a ver com esse sucesso?

No final de todas as contas, o Brasil está presenteando a China com algo que nenhum país sério entrega a licença de não pagar em divisas, ou em dinheiro de verdade, o que compra dos brasileiros. [Detalhe que o ilustre J. R. Guzzo, não cita: o Brasil não é um país sério; caso fosse Lula não estaria presidente e sim recolhido ao presídio pagando seus crimes, dos quais NÃO FOI INOCENTADO.]  

A isso se chamava, até outro dia, de entreguismo.

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

 

domingo, 2 de abril de 2023

Honestos e levianos - Uma grande armação

VOZES - Luís Ernesto Lacombe

Lula resolveu falar de “armação”. Não daquelas que arquitetou, nas quais foi beneficiado. O problema são sempre os outros. Ele continua sendo “a alma mais honesta deste país”.  
Pode ser leviano, pode falar a mentira que bem entender... 
De alguma forma, ele será compreendido, defendido, protegido. 
Tudo o que faz de errado deve ter uma boa intenção, mesmo as maiores burradas. A ele é permitido todo tipo de insinuação, acusação, impropério, injustiça. 
Ele prescinde de provas, está acima dos fatos.
 
Os levianos estão contra ele, sempre estiveram. Até hoje, falam do dedo mínimo da mão esquerda perdido numa prensa
Não o dedo anelar, o médio, não um dedo da mão mais usada, a direita. Até hoje falam do sindicalista malandro, dado a golpes e armações, que começava e encerrava greves, atrás de dinheiro... 
Não para a categoria dos metalúrgicos, mas para um metalúrgico específico e seu grupo restrito. Sim, os levianos ainda falam disso.

Em breve, por lei, tudo o que Lula disser será verdade, será inquestionável. O que disserem contra ele será mentira deslavada, será banido, desaparecerá

Sobre os dois primeiros mandatos de Lula, juram que ele foi beneficiado por um período de bonança no planeta. Economia mundial aquecida, preços das matérias-primas que o Brasil exporta em alta... 
Juram que foi a turma econômica do PSDB, antes de Lula, que arrumou a casa. Metas de gestão das contas públicas, metas de inflação, liberação do câmbio. Como assim? O que deu estabilidade ao Brasil, o que permitiu ao país acumular reservas cambiais não foi obra do Lula? Leviandade pura.
 
Ficam imaginando como estaria o país se Lula tivesse feito, lá atrás, as reformas da Previdência, tributária, administrativa, política... 
Os levianos imaginam e falam qualquer coisa, que nos governos do PT a educação não melhorou, a saúde também não. Não melhorou o ambiente de negócios, não diminuiu a burocracia. 
O tamanho do Estado aumentou, o Estado gastou um bocado. E insistem até hoje em falar na corrupção sistêmica, bilionária, monumental: mensalão, petrolão... Tentaram envolver Lula nisso tudo. Tremenda armação, ele nunca soube de nada.
 
Foi condenado, é verdade, por corrupção e lavagem de dinheiro, mas já decretou: tudo não passou de uma armação do juiz Sergio Moro. Esqueçam a pena aumentada no TRF4, em que Lula perdeu por unanimidade, assim como no STJ. 
Foram três instâncias de armações, foram armações sem limites. 
Tudo contra ele, “o maior líder popular do Brasil”. A seu favor moveu-se o mundo da retidão, da responsabilidade, da bondade e fraternidade, pelo bem do Brasil.
 
E, para que não reste dúvida, em breve, por lei, tudo o que Lula disser será verdade, será inquestionável. O que disserem contra ele será mentira deslavada, será banido, desaparecerá.
O mundo será cristalino, estaremos protegidos
Os levianos vão dizer que nossa Constituição garante a liberdade de expressão... 
Vão ficar nesse papinho de que não dá para defender a democracia, implementando censura. Mas eles são levianos, eles não sabem o que dizem.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Uma anedota inteligente

Autor desconhecido (em todo caso, meus aplausos)

Um engenheiro caminhava no campo quando percebe um balão voando baixo.

O balonista acena desesperadamente, consegue fazer o balão baixar o máximo possível e grita:

- Pode me ajudar? Prometi a um amigo que me encontraria com ele às 2 horas da tarde, mas, já são 4 horas e nem sei onde estou.

- Poderia me dizer onde me encontro?

O homem no campo responde:

- Sim! Você se encontra flutuando a uns cinco metros acima da estrada; está a 33 graus de latitude sul e 51 graus de longitude oeste.

O balonista escuta e pergunta, com sorriso irônico:

- Você é engenheiro?

- Sim, senhor! Como descobriu?

- Simples! O que você me disse está tecnicamente correto, porém, sua informação não me é útil e continuo perdido! Você tem que me dar uma resposta mais satisfatória pois se eu continuar perdido a culpa será sua.

O engenheiro raciocina por segundos e depois afirma ao balonista:

- E você é petista!

- Sim, sou filiado ao PT! Como descobriu?

- Fácil!

- Veja só: Você subiu sem preparo e sem ter a mínima noção de orientação!

- Não sabe o que fazer, onde está, e tampouco para onde ir!

- Fez promessa e não tem a menor ideia de como conseguirá cumpri-la!

- Espera que outra pessoa resolva o seu problema, continua perdido e acha que a culpa do seu problema passou a ser minha!

 

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Lula, imprensa e mentiras - Luís Ernesto Lacombe

Vozes - Gazeta do Povo

Jornalismo e política

Lula aprendeu com a mãe que a mentira é poderosa. Andou pelo mundo mentindo e recebendo aplausos.  
Agora, voltou com tudo, escoltado por uma imprensa que também entrou nessa de inventar histórias, de criar narrativas, desprezando os fatos, o mundo real. Há um comportamento sistemático de jornalistas, já faz algum tempo, parecido com o de Lula, “a alma mais honesta do mundo”. Deixaram de ser observadores, curiosos, desconfiados, perderam o senso crítico, desistiram de perguntar, de questionar, de duvidar. 
As maiores mentiras já não são rebatidas, podem ser apenas ignoradas, ou confusamente atenuadas, editadas de forma militante, recriadas, lançadas como a mais pura verdade aos leitores de manchetes.
 
Lula e grande parte da imprensa podem chamar quem quiserem de terroristas. Não importa se a lei estabelece que terrorismo é a prática de atos de destruição, por uma ou mais pessoas, motivada por xenofobia, ou qualquer forma de discriminação, de preconceito...  
Não há referência a questões políticas, ideológicas, mas Lula e seus jornalistas estão autorizados por eles próprios a escolher como classificar os outros. Podem tratar como democratas aqueles que pensam como eles e como terroristas, golpistas, extremistas, nazistas, fascistas e genocidas todos os que pensam de forma diferente.  
Resolveram dividir a humanidade a partir de critérios insanos, absurdos, risíveis até. Esqueceram que a separação deveria se dar entre os que têm caráter e os que não têm, entre honestos e desonestos, entre a verdade e a mentira.

Não existe o Lula pacificador, “paz e amor”, o Lula da frente ampla, moderado. A agenda dele é rancorosa, velha, mofada. Ele é feito de mentiras, trabalha pelas mentiras

É um achincalhe, um escárnio, um escracho, quase tudo com o aval da imprensa. São bobagens em série, delírios... A Argentina vai muito bem economicamente? Claro. Uma inflação de quase 100% ao ano só existe mesmo na cabeça dos desatentos, de quem é dado a alucinações, invencionices. Se Alberto Fernández disse, está dito. 
Ele não veio dos índios, ele não veio da selva, ele veio da Europa, é um ser superior, mas quer uma moeda única com o Brasil e o dinheiro do BNDES... Lula já anunciou que vai derramar recursos do banco em ditaduras de companheiros. 
O calote contra o Brasil, mesmo tendo começado em 2018, é culpa do Bolsonaro. 
Sumiram as infectas agências de checagem, não há mais manchetes sobre mentiras presidenciais. 
Agora, há coisas assim: “Lula acertou sobre BNDES, apesar de ter errado”; “Teve calote, mas BNDES financiar obras em outros países é, sim, bom negócio”.
 
O impeachment de Dilma Rousseff foi golpe. Michel Temer é golpista. Ele reage com elegância, com argumentos, mas não une seu partido contra as mentiras. 
Então, um golpe de verdade é chefiado por Lula e apoiado por jornalistas amigos, alinhados ao governo, mas que se tratam como “independentes”. É assim: independentemente da bobagem que Lula engendrar, a turma o apoia. Acabar com a autonomia do Banco Central, com o sistema de metas de inflação, derrubar a taxa de juros por vontade “política”... 
Falam em exonerar o presidente do BC com a maior tranquilidade. 
São jornalistas parciais, partidários, passionais, que ignoram todos os lados da história. 
E eles sabem, sim, que os países com bancos centrais independentes têm taxas de inflação menores, mais estabilidade, mais crescimento, mais desenvolvimento.

Veja Também:

    Como era bom o Brasil
    As piadas sem graça da economia
    Quebra-quebra das leis


Quem será capaz de dizer a verdade, que uma rede de censura não pode ser chamada de “pacotão da democracia”?  
Quem vai apontar o artigo 220 da Constituição e dizer que um Departamento de Promoção da Liberdade de Expressão é uma piada? Quem vai deixar claro que a democracia não pode ser defendida com agressões à democracia? 
Certamente, não serão jornalistas que estranham incêndios no Chile na estação de mais calor, secura e vento, que se surpreendem com terremotos na Turquia, com o frio intenso no inverno canadense e o calor avassalador no verão carioca... 
Não há quase nada que faça sentido nos discursos toscos desses donos da verdade, de Lula e sua turma na imprensa.  
Não, eles não são seres especiais, superiores, não estão acima dos fatos, acima do bem e do mal. Eles não são infalíveis, não são capazes de educar as pessoas, de melhorar o país, mas sabem mentir como ninguém.
 
Lula está nisso há muito tempo, desde menino. Volta e meia, finge de forma canastrona uma “metamorfose”, mas é o mesmo líder sindical agressivo, malandro, que só se interessa por ele próprio e por sua turma restrita
Implodiram suas condenações, mas não implodiram sua essência, e ela é horripilante. 
Não existe o Lula pacificador, “paz e amor”, o Lula da frente ampla, moderado. 
Quem acreditou no Lula conciliador, apegado ao mundo real, esperava o quê?  Que ele defendesse a redemocratização da Venezuela, de Cuba, da Nicarágua? 
A agenda dele é rancorosa, velha, mofada. Ele é feito de mentiras, trabalha pelas mentiras..
E o que dói mais, no fim das contas, é a cumplicidade de uma imprensa que abandonou o que determina a sua existência: o respeito à verdade.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Luís Ernesto Lacombe, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

Conselho de Ética do Senado vai julgar atos de Randolfe Rodrigues e sua trupe? - Gazeta do Povo

Vozes - Cristina Graeml

Ética à prova

Ética não é palavra para se banalizar, como fizeram com "mentira" (fake news), democracia, genocídio e tantas outras. E falta de ética não é para deixar passar em branco, como se nada tivesse acontecido. Não na vida pública!

Nesta segunda, o programa Segunda Opinião debate a falta de ética na política, que vem se tornando regra no atual governo com várias denúncias contra três ministros em apenas um mês de governo e demonstrou ser regra, também, no Legislativo.

No dia da votação para presidente da Câmara e, especialmente, do Senado, as câmeras flagraram cenas deploráveis, como o deboche de Randolfe Rodrigues com as eleições em si ou com os rumos de um Legislativo cooptado pela política do toma-lá-dá-cá, que está de volta sem qualquer vergonha.

Talvez por estar certo de que os conchavos das semanas anteriores garantiriam a reeleição do aliado de Lula, Rodrigo Pacheco, Randolfe não teve o menor pudor ao demonstrar que sua única preocupação era com o resultado do bolão dos senadores.

Conselho de Ética para quê?

Dias depois da sessão de reeleição do presidente do Senado, marcada por outros casos de extrema falta de ética, o mesmo Randolfe Rodrigues protagonizou outro ato inaceitável partindo de qualquer cidadão, que dirá de um senador da República
Ele roubou o celular de um youtuber que o interpelava sobre um projeto de lei tirânico que pretende calar críticos e adversários.

Roubo é crime, conforme tipificado no Código Penal Brasileiro, mas de certo Randolfe acha-se acima da lei e livre de qualquer investigação ou julgamento, mesmo que interno. Ele deixou de ser, afinal, um mero representante de um partido inexpressivo e de uma esquerda barulhenta para tornar-se lider de Lula no Senado.

Esse é o típico caso para análise no Conselho de Ética e a oposição a Lula (e a seu líder histriônico) já se movimentou para que isso ocorra.  A nós, eleitores, cabe a fiscalização, a cobrança e a justa indignação a respeito de tanto descaso com a ética. Sem ela, resta apenas a barbárie.

Cristina Graeml, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

O culto inculto à ignorância e à mentira - Alex, PhD

Eu não quero politizar, mas dá muita pena constatar o que acontece, faz décadas, ou melhor, não acontece no âmbito cultural em nosso país.

Não desejo ser uma espécie de elitista, mas abomino a tal cultura “popular”, quando se refere a algo que claramente tem padrões medíocres e risíveis, mas, uma vez que se originou no seio popular, é classificado por muitos como sendo artefato cultural genuíno, de valor. Como nos falta - isso que tenho 5.7 e procuro avidamente aprender - ensinar aos jovens os esteios na literatura, nas artes, na música, enfim, os grandes clássicos atemporais!

Poucas coisas me comovem tanto quanto ver diariamente nas redes sociais, muitas vezes perdidas entre xingamentos, pessoas com pouca instrução escolar, sadiamente interessadas em aprender com o que leem e expondo ideias próprias, racionais e coerentes. Essas pessoas venceram as dificuldades, aprenderam com a vida e usam a internet como ela deve ser usada. Alguém escreveu e eu assinaria embaixo: com a internet, ser ignorante é uma escolha.

Contra isso lutam os movimentos de justiceiros sociais tentando enquadrar a cultura inspirada nos clássicos como racista, homofóbica, escravista, fascista… dureza.

Outra dificuldade mastodôntica, é ensinar quem irá transmitir os essenciais ensinamentos culturais de valor inquestionável aos jovens.

Lastimo muito pelo Brasil de hoje.

Bolsonaro, evidente que no sentido de estofo cultural, não era nenhuma Brastemp. Aliado a isso, seu trabalho na área da educação foi muito ruim e/ou não conseguiu mover as peças no tabuleiro dos reis e das rainhas progressistas que mandam na educação e no “cultural brasileiro”.

Mas não há nada que não possa ficar pior, e o pior, para a alegria de Murphy, realizou-se: Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”.

Sagrou-se “vitorioso” um semianalfabeto que se orgulha de não ter estudado e de não ler.

A língua portuguesa para esse cidadão, é tão perigosa como um pequeno lago abarrotado de piranhas.

Um analfabeto em história e em tudo que tangencie, com honras - sem dúvida - a alta cultura. Sou preconceituoso sim com um presidente que seguramente ajudou a forjar uma atmosfera cultural que se orgulha da ignorância.

Hoje, na Argentina, esse contumaz comedor de “s”, além de semianalfabeto, um mentiroso inveterado, junto ao seu parceiro na ideologia do fracasso a la Gardel, afirmou que a economia argentina foi “outstanding”, quando na realidade, a inflação quase chegou aos 100%, e a pobreza atingiu quase 40% da população.

O energúmeno afirmou que não só a economia hermano acabou 2022 numa situação privilegiada - ele diria e escreveria “previlegiada” -, mas também a política e o futebol foram bem-sucedidos.

Não, não sou preconceituoso, mas tenho preconceito com um semianalfabeto que quer “o pobre comendo uma picanha e tomando uma cervejinha no final de semana”, quiçá assistindo um show de funk.

Ensino duro de qualidade, eventos culturais de qualidade, fora aqueles dos amigos da seita ideológica rubra, nem pensar. Aliás, com a qualidade, eles correriam o perigo de efetivamente pensar! 
Se não aceitar a conformidade com o baixo nível, se não querer me fazer de idiota é ser preconceituoso, sim eu sou preconceituoso.

Com um semideus - opa, semianalfabeto - no topo, orgulhoso de suas mentiras e de sua ignorância, toda uma nação, tristemente, é encorajada a ser, ainda mais, inculta e idiota.

 Alex Pipkin, PhD


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Marina Silva espalha fake news em Davos sobre fome no Brasil - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

Ministra de Lula mente ao falar em ‘120 milhões’ de famintos para plateia de milionários entediados na Suíça

A ministra Marina Silva, escolhida pelo presidente Lula para cuidar do meio ambiente no Brasil, disse na reunião internacional de Davos que há “120 milhões de pessoas” passando fome no Brasil este momento.    É uma mentira irresponsável, agressiva e mal-intencionada. 
A ministra não apenas oferece ao mundo um número falso – é uma contrafação que vai no exato contrário da atual realidade dos fatos. Qualquer dos diversos Ministérios da Verdade que existem ou estão em projeto no Brasil de hoje chamaria isso, aos gritos, de “fake news”; como só se escandalizam com as notícias que não gostam, essa vai passar batido. Mas não deixa, por isso, de ser uma mentira de primeiro, segundo e terceiro grau.
 
O Brasil, na carta oficial das ficções da esquerda, tinha até outro dia “33 milhões de pessoas” com fome, um disparate fabricado para uso na campanha eleitoral e desvinculado de qualquer relação com as realidades mais evidentes
A ministra, ao que parece, decidiu que essa cifra não é suficientemente ruim para os seus propósitos; aumentou a desgraça por quatro, de um momento para outro, e tentou mostrar um Brasil em estado terminal de miséria para a plateia de milionários entediados que vai à Suíça uma vez por ano para lamentar os problemas do capitalismo. O que disse não tem pé nem cabeça. Os “120 milhões” de famintos são mais que um numero errado são simplesmente uma estupidez, como seria descrever um homem que tem oito metros de altura ou um cavalo que corre a 1.000 quilômetros por hora.
Fórum Econômico de Davos, na Suíça
Fórum Econômico de Davos, na Suíça Foto: Markus Schreiber/AP
No mundo das realidades objetivas o que está acontecendo com o Brasil é o oposto do que disse a ministra.  
Segundo os últimos dados do Banco Mundial, o Brasil foi o país que mais reduziu a miséria na América Latina em 2020, saindo de um índice de 5,4% da população para 1,9% – o menor de toda a serie histórica, iniciada em 1980. Em 2019, de acordo com o Banco Mundial, o Brasil tinha acima de 11 milhões de pessoas vivendo na miséria – ou seja, ganhando até 2,15 dólares, ou pouco acima de 10 reais, por dia. 
Em 2020 esse número caiu para 4 milhões; em um ano, 7 milhões de brasileiros deixaram a pobreza extrema. 
 
Não é uma informação do departamento de propaganda do governo anterior; é número do Banco Mundial, coisa que a esquerda sempre toma como definitiva. 
Como dizer, então, que há “122 milhões de pessoas” passando fome num país onde menos de 5% da população está abaixo da linha da miséria?
Não existe fome acima da linha da miséria, nem “insegurança alimentar”, como se diz hoje. 
A ministra Marina mente, apenas, e mente com uma mentira na qual é tecnicamente impossível acreditar. 
É este o padrão de seriedade dos extremistas que estão na alma do governo Lula.
 
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Ministério da Verdade petista - O Estado de S. Paulo

Conceito ainda não foi definido na lei, mas AGU diz que se trata de ‘mentira voluntária’ e ataques a ‘membros dos Poderes’

Foi criada a Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia para representar o governo no combate à “desinformação sobre políticas públicas”, sem haver, no entanto, no ordenamento jurídico brasileiro a definição do conceito de desinformação
Críticos do decreto veem risco de avaliações arbitrárias no órgão ligado à Advocacia-Geral da União (AGU), que tem a função de defender os interesses do governo perante a Justiça.

Apesar da lacuna legal, desinformação, para a AGU, é “mentira voluntária, dolosa, com o objetivo claro de prejudicar a correta execução das políticas públicas com prejuízo à sociedade e com o objetivo de promover ataques deliberados aos membros dos Poderes com mentiras que efetivamente embaracem o exercício de suas funções públicas”. Em nota, a pasta disse que os dispositivos do decreto ainda serão regulamentados.

A criação da Procuradoria, anunciada pelo advogado-geral Jorge Messias, levanta o debate sobre o poder do governo. O termo já foi discutido durante a tramitação do projeto de lei das fake news, mas, com a proposta emperrada na Câmara desde 2021, o instituto legal não avançou.

“Tenho sustentado que a desinformação deve ser combatida com dois eixos: a desinformação dolosa, com criação de fake news, pelo Ministério Público e pela Justiça, inclusive penal; e a desinformação em si, involuntária, com muita informação. Nenhum desses eixos parece caber bem à advocacia pública”, afirmou Floriano de Azevedo Marques, professor de Direito Público da USP.

O governo já tem apresentado iniciativas para o que chama de enfrentamento das fake news. No Palácio do Planalto, haverá uma estrutura para combater desinformação e discurso de ódio nas redes sociais, a Secretaria de Políticas Digitais. Nas campanhas, no entanto, tanto Lula como Jair Bolsonaro aplicaram golpes baixos e foram obrigados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a retirar do ar peças julgadas desinformativas.

Democracia
A defesa da democracia é consenso entre os especialistas, mas há ressalvas às investidas petistas. “Há de se ter cuidado para não existir sobreposição em relação aos demais órgãos de controle das instituições democráticas. Soma-se, ainda, o fato de não termos um conceito jurídico definido sobre ‘desinformação sobre políticas públicas’ nem sequer há orientação judicial (consolidada) sobre isso”, afirmou Alexandre Wunderlich, advogado e professor de Direito Penal da PUC-RS.

Tenho sustentado que a desinformação deve ser combatida com dois eixos: a desinformação dolosa, com criação de fake news, pelo Ministério Público e pela Justiça, inclusive penal; e a desinformação em si, involuntária, com muita informação. Nenhum desses eixos parece caber bem à advocacia pública
Floriano de Azevedo Marques, professor de Direito Público da USP

Já o professor de Direito Constitucional da FGV Roberto Dias disse que a AGU terá de estabelecer distinções, “da forma mais objetiva possível, do que é desinformação e crítica, que é a discordância e a explicitação de erros do poder público na elaboração, no planejamento, na execução e na avaliação das políticas públicas”. A palavra final, segundo ele, no entanto, será da Justiça.

Questionada sobre a motivação do decreto, a AGU afirmou, em nota, que “desinformação e mentira são diferentes do sagrado benefício da liberdade de expressão”. “Sob nenhuma circunstância, não há a menor possibilidade de que a AGU atue de forma contrária à liberdade de expressão, de opinião e ao livre exercício da imprensa”, disse o órgão.

Arma política
Para a professora de Comunicação, Mídia e Democracia da Universidade de Glasgow Patrícia Rossini, ainda precisam ser estabelecidas as formas de combate do uso da desinformação como arma política – um desafio global. “A discussão tem muito mais futuro pensando em alcance, impacto e influência (das fake news) do que definir tipos de conteúdo ou níveis de falsidade ou veracidade que determinariam o que estaria no escopo de uma política de combate à desinformação”, afirmou.

Sob nenhuma circunstância, não há a menor possibilidade de que a AGU atue de forma contrária à liberdade de expressão, de opinião e ao livre exercício da imprensa
Advocacia-Geral da União (AGU), em nota

Por ora, de acordo com o decreto de Lula, compete ao órgão da AGU representar o governo, “judicial e extrajudicialmente, em demandas e procedimentos para resposta e enfrentamento da desinformação sobre políticas públicas”. O texto diz, ainda, que cabe à Procuradoria “promover articulação interinstitucional para compartilhamento de informações, formulação, aperfeiçoamento e ação integrada para a sua atuação”. Além disso, o órgão deve “planejar, coordenar e supervisionar a atuação dos órgãos da Procuradoria-Geral da União nas atividades relativas à representação e à defesa judicial da União em matéria eleitoral”.

Um passo atrás
De acordo com o professor de Direito Eleitoral e Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie Diogo Rais, o debate deveria dar um passo atrás. “Talvez a gente esteja preocupado em definir juridicamente o que é desinformação, mas não tenha se preocupado em fazer uma distinção que é fundamental sobre se aquele determinado conteúdo se refere a um fato ou a uma opinião”, disse. Rais afirmou, porém, que nada impede a AGU de se dedicar ao tema: “O papel específico da Procuradoria é entrar com os pedidos. A dificuldade de definir especificamente não afasta a pretensão”.

O cientista político Emerson Cervi, da UFPR, afirmou que a AGU deve atuar estritamente em temas relacionados a políticas públicas. “Não cabe ao órgão do governo acionar ninguém sobre desinformação geral, mas é obrigação esclarecer sobre políticas públicas. Há uma competência clara”, disse.

Política - O Estado de S. Paulo

 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Mentiras, fake news e artimanhas jurídicas - Percival Puggina

Deixei de usar o estrangeirismo “fake news”, que se tornou a mais vadia das expressões correntes em nosso vocabulário. Como a Geni de Chico Buarque, ela dá para qualquer um o que cada um quiser e, em seus momentos sádicos, tortura a verdade.

Na noite de 30 de outubro de 1938, milhões de ouvintes norte-americanos, sintonizados à CBS, ouviram a transmissão radiofônica de “A Guerra dos Mundos”. Durante uma hora, Orson Welles narrou uma invasão alienígena como se estivesse em curso na costa Leste dos EUA, espalhando pânico e, ao mesmo tempo, alçando sua carreira ao nível das estrelas de maior grandeza na luminosa abóboda hollywoodiana. O programa entrou para a história do rádio como um de seus capítulos mais notáveis.

Mentiras fazem parte do nosso cotidiano. Têm data própria no calendário anual.  Mentem-nos tanto que acabamos desenvolvendo intuições que nos protegem de muitas
Por outro lado, a verdade, não raro, é produto de uma trabalhosa escavação, seja dos acontecimentos de hoje, seja nas cinzas da história. A política só é o habitat de tantos mentirosos porque muitos eleitores preferem ouvi-los. Na lei de Deus, a mentira é pecado; na lei dos homens, não é crime (salvo em situações muito particulares previstas em lei).

Rejeitemos a falsidade e a mistificação. Protejamo-nos, inclusive, do autoengano. Afastemo-nos dos mentirosos. Busquemos a verdade. Querer acabar com a mentira, contudo, é devaneio autoritário de quem sonha com um Ministério da Verdade e este é mais nocivo do que aquela.

O STF e seu braço eleitoral tantas fizeram com a expressão fake news, tanto dela abusaram para transformá-la numa espécie de crime hediondo, que acabaram por depreciar o emprego que dela fazem. Esqueceram-se da frequência com que alguns de seus ministros relativizam a Constituição, recuam das próprias verdades já explicitadas em trabalhos acadêmicos, atividades profissionais anteriores e que deveriam nos proteger dos abusos das plataformas, delas não se valem para sancionar quem os contraria?

No transcurso de uma campanha eleitoral, quem impôs como verdade inquestionável a inocência de Lula – a maior mistificação da década – perdeu a autoridade para imputar falsidade às afirmações alheias. Desculpem-me os divergentes, mas me sinto moralmente vinculado às minhas percepções, principalmente se do lado oposto observo, ademais, graves violações ao estado de direito.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Crime de opinião já foi criado há três anos pelo Supremo

O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ninguém entrou no TSE reclamando da fake news. Aliás, se entrasse, dependeria do juízo do tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral

Antes das eleições, o Brasil tinha 33 milhões de famintos. Uma semana depois, a maioria ficou alimentada. Restaram 1,9 milhão abaixo da linha de pobreza. 
O candidato, eleito,  e a mídia vinham repetindo, como fazia Goebbels, que o Brasil tem 33 milhões de famintos. 
Claro que quem tem olhos para ver não via isso, ou as ruas estariam cheias de pedintes do tamanho de três Portugais. Mas o candidato e sua mídia repetiam: 33 milhões de brasileiros famintos. 
Agora aparece o Banco Mundial para estragar a narrativa: há bem menos brasileiros em extrema pobreza.  
Despencou de 25 milhões em 1990 para 1,9 milhão em 2020. 
Para os padrões econômicos internacionais, extrema pobreza é de quem ganha menos de 2,15 dólares por dia. 
O Auxílio Brasil corresponde ao dobro desse valor.[ou seja = 200%; já o Bolsa Família, que o eleito pretende trazer de volta, no máximo em R$ 400,00, vale pelo câmbio atual uns 110% desse valor e os aspones do eleito ainda não sabem como conseguir a grana]
 
Só Paraguai conseguiu semelhante proeza na América Latina. Outros estão dobrando a pobreza. Mas a mitomania tupiniquim, gostou dos 33 milhões e ficou a repetir. 
Certa vez Lula explicou a Jayme Lerner que bastava citar um número que ninguém tinha como checar. 
Referia-se a 25 milhões de crianças de rua sem ter onde morar, conforme relato do próprio Lula, sobre uma palestra que ele fizera em Paris. 
Lula contou  que o arquiteto Jayme Lerner observara que com essa multidão de meninos, não conseguiríamos sair às ruas e Lula confessou, rindo, que inventava os números
Agora impressionou brasileiros desinformados e que não acreditam naquilo que seus próprios olhos veem nas ruas. 
Mas apareceu  agora um jovem economista da FGV tentar amenizar o tamanho da mentira ao dizer que de 2020 para 2021 a miséria subiu.

O engodo desmoralizado pelo Banco Mundial foi usado na campanha eleitoral. Mas ninguém entrou no TSE reclamando da fake news.  
Aliás, se entrasse, dependeria do juízo do Tribunal, que tem o dom divino de separar a mentira da verdade numa campanha eleitoral. 
Até aqui nenhuma novidade, já que é do conhecimento público o desequilíbrio da balança da Têmis tupiniquim. 
 Imaginem que agora, depois das anomalias mostradas pelo argentino, apenas pelo fato de Marcos Cintra ter cobrado uma explicação do TSE, o ex-Secretário da Receita foi bloqueado nas redes sociais e tratado como bandido, com prazo de 48 horas para a Polícia Federal colher depoimento dele. O ex-presidente do TSE, ministro Marco Aurélio, não viu crime em expressar opinião, e também expressou a dele: "É difícil conceber seções com dezenas de votos apenas para um determinado candidato." Palavras de quem já presidiu eleições.

Derrogam-se os artigos 5º IV e 220 da Constituição, que tratam da livre manifestação do pensamento sem anonimato e da liberdade de expressão e vedação da censura. O crime de opinião já foi criado há três anos pelo Supremo. Resta-nos a vergonha de estarmos exportando para ditaduras o estímulo para censurar liberdades.[uma opinião motivada por ser nosso saber jurídico  inferior ao do ministro Dias Toffoli: diz a Constituição que não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal; se as leis são criadas pelo Poder Legislativo - a exceção fica nas MPs,  que são editadas pelo presidente da República (que não podem tratar de legislação penal - crime) como pode o Supremo criar um crime? no caso o de opinião]

A Nicarágua acaba de imitar o Brasil. Aprovou a Lei Especial de Delitos Cibernéticos, com até 10 anos de prisão para quem postar o que, para a ditadura Ortega, seja fake news. A verdade pode ser julgada mentira. E vice-versa. Mentir sobre 33 milhões de famintos vira verdade quando a mentira é publicada muitas vezes.

 Alexandre Garcia, colunista - Correio Braziliense

 

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

COMUNICADO

Comunicado

Em respeito aos nossos famosos dois leitores - “Ninguém” e “Todo Mundo” - comunicamos que mantemos,  na íntegra,  o teor da última postagem deste Blog Prontidão Total, efetuada no dia 1º novembro de 2022.
 
Não vamos nos estender - estaríamos correndo o risco de falar demais - apenas registramos que a manutenção deve-se ao texto  expressar o nosso atual entendimento.
 
Conforme era de se esperar ocorreram várias divergências entre os integrantes do 'Conselho Editorial" deste Prontidão Total. Prevaleceu o entendimento de preservar os principios  básicos expostos desde a fundação em nossa página inicial = "... é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES... "                         Por óbvio o contar VERDADES sobre a maldita esquerda se tornou mais fácil, pois muitos já perceberam que a esquerda, para ficar só em duas definições, das milhares existentes e cada uma pior que as outras, é a MENTIRA e a MALDADE em estado crescente.
 
Na condição de 'formatador-geral' -  título excelente, título, diz ao mesmo tempo  nada e muita coisa -  vou tocando o barco, com o apoio eventual de outros colegas
Ainda hoje, nos ausentaremos do Brasil, com as bênçãos de DEUS, por no máximo três meses. 
Postagens serão efetuadas, com alguma irregularidade temporal, e sempre apontando os erros da esquerda sebosa que, tudo indica, planeja iniciar no primeiro dia de 2023, o processo de destruição de tudo que de bom foi construído nos últimos 5 anos "... Vão receber um país muito melhor do que o entregue por  seu partido-quadrilha ao povo quando foi expulso do poder, há seis anos.

Apesar da pandemia, da seca e da guerra, nossa economia cresce com responsabilidade fiscal, preços sob controle e geração de emprego: são 5 milhões de novas vagas com carteira assinada desde 2019, e o desemprego, formal e informal, recuou 30% de lá pra cá.

A previdência — responsável pelo maior déficit nas contas públicas — foi reformada, e os gastos com funcionalismo diminuíram pela primeira vez.

As empresas estatais saíram do vermelho e, no ano passado, apresentaram lucro recorde: R$ 187 bilhões — só a Petrobras contribuiu com mais de R$ 230 bilhões aos cofres públicos, por meio de impostos, dividendos e royalties.

Com um governo defensor da lei e da ordem, atingimos a menor taxa de homicídios da série histórica e o menor número de invasões de terra.

Houve redução de impostos sobre produção e consumo, e ampliação de investimentos em renda básica: o Auxílio Brasil paga o triplo do que pagava o Bolsa Família, para 8 milhões de lares a mais.

O país se digitalizou e 40 milhões de cidadãos passaram a integrar o sistema bancário, incrementado pelo Pix, uma nova forma gratuita e instantânea de pagar e receber. [aqui me socorro da competência do Caio Coppolla  - não fosse o 'auxilio' iria escrever demais, de minha própria lavra,  e o exemplo do presidente Bolsonaro, ontem, me recomendou prudência e optar pelo socorro.

Oportuno registrar que o material que for postado não expressará, necessariamente, nossa opinião.

Blog Prontidão Total

 

terça-feira, 18 de outubro de 2022

Lula perdeu e sabe que perdeu o debate. - Percival Puggina

 
Como escrevi várias vezes, a mentira é o primeiro degrau da corrupção porque corrompe um bem inestimável a verdade. 
A construção de narrativas inteiras para alterar a realidade de um fato histórico é esse mesmo degrau com piso de mármore. 
Um discurso de Lula é a escadaria toda, por uma razão muito simples: diga enfaticamente o que disser, sempre haverá registro de uma afirmação sua diametralmente oposta. Lula diz o que o público ao qual fala quer ouvir. Dá nisso.

Seus seguidores, ouvidos viciados de escutar mentiras, precisam delas para dormir melhor. O discurso de Lula é tanto o barbitúrico do banqueiro quanto do vendedor ambulante que a ele sacrificam seu discernimento.

Quantas vezes já ouvi essa cascata de números disparatados cuja imprecisão rivaliza com os do repertório de Soraya Thronicke! Ele se vangloria dessa habilidade que, no debate da Bandeirantes, passou pelo scanner de milhões de olhos e ouvidos e o fez abandonar o estúdio com o sabor amargo da derrota, disparando contra seus acompanhantes: “Vocês não sabem *%@#& nenhuma!”.  

Como cronista, eu o acompanho com especial interesse ao longo de várias décadas. 
Tenho guardado um vídeo em que ele fala sobre essa habilidade chamando atenção para o fato de ser aplaudido no exterior quando disparava números sem qualquer fundamento sobre a miséria em nosso país.  
Parecia-me ouvi-lo de novo, ontem, no debate da Band, quando falava nos 30 milhões de miseráveis. 
No vídeo, ele conta sobre uma palestra em Paris na qual vociferou, sob aplausos, haver 30 milhões de crianças de rua em nosso país (ele diz: “se perguntassem a conta, a gente não tinha”).  
Confessa ter sido advertido reservadamente por Jaime Lerner ser impossível haver tantas crianças em tais condições porque não daria para andar nas ruas (seguem-se risos do pequeno auditório).

Saiu-se muito bem, ontem, o Bolsonaro. Ele não é ator nem parlapatão, mas transmite segurança que derruba narrativas elaboradas por quem tenta sobrepor-lhe perfil que não lhe serve por ser um molde deles mesmos.

[Vejam o vídeo abaixo - apenas um prova do quanto o luLadrão é burro, sem noção - não sabe o básico de Geografia. 
Nos tempos do Obama, o asno petista, [pedimos desculpas aos asnos.] declarou que era preciso policiar a fronteira Brasil x Estados Unidos e agora, no debate da Band, no qual foi triturado, pisado, esmigalhado, expelido, por Bolsonaro, aquele individuo  disse  ter inaugurado uma ponte ligando Minas Gerais ao Mato Grosso - estados não limítrofes, portanto a ponte teria que passar sobre os estados de Goiás e Tocantins - seria a  maior ponte do mundo, de fazer inveja aos chineses.] 
 
 

Lula constrói maior ponte do mundo entre MG e MT. Só que não...

Os dias correm. Portanto, estimado leitor, ora et labora!

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sábado, 15 de outubro de 2022

A ditadura disfarçada do TSE e a tentativa de censurar a revista Oeste - Branca Nunes

 
"Democracia é eu mandar em você. Ditadura é você mandar em mim." A frase de Millôr Fernandes ajuda a entender a estratégia e as táticas adotadas pelo Tribunal Superior Eleitoral no esforço para impedir a reeleição do presidente Jair Bolsonaro: verdade é eu falar mal de você; mentira é você falar mal de mim. Tem sido assim desde o começo da campanha eleitoral.

Publicar reportagens sobre possíveis ligações de Lula com o Primeiro Comando da Capital, ou evocar os antigos laços de amizade entre o candidato do PT e o ditador nicaraguense Daniel Ortega, ou informar que Marcola, o chefão do PCC, confessou que prefere a vitória de Lula à de Jair Bolsonaro — coisas assim são qualificadas de fake news e retiradas da internet ("removidas", preferem os gerentes da eleição) em menos de 24 horas.

Acusar Jair Bolsonaro de genocídio, espalhar que o presidente planeja entregar a Fernando Collor um ministério encarregado de confiscar a poupança [lembrando que a Constituição proíbe que medidas tipo 'confiscar poupança' possam ser adotadas por MP - só podem se aprovadas pelo Congresso após ampla e pública discussão no Congresso Nacional (ninguém será pego de surpresa...)] ou mesmo sugerir que o candidato à reeleição é canibal e agride mulheres isso pode. Faz parte do jogo democrático. Suprimir tais mentiras é amputar a liberdade de expressão.

Como demonstram o artigo de Rodrigo Constantino e a reportagem de Edilson Salgueiro, o deputado federal André Janones, o mais ativo fabricante de notícias falsificadas contra o presidente, [ávido consumidor de Leite Moça] nem sequer tenta esconder que espalha mentiras. "Ao contrário: ele se gaba de ter 'costas quentes' no Supremo", observa Constantino. Salgueiro enumera, uma a uma, todas as fake news que transformaram o impune Janones em forte candidato ao posto de coordenador da campanha de Lula na internet.

Como constata J.R. Guzzo, o STF e seus apêndices "violam a lei, suprimem direitos individuais e liquidam as liberdades públicas, mas dizem que fazem essas coisas para salvar o Brasil do 'autoritarismo'". Assim, garantem o apoio não só da mídia e de políticos corruptos, mas também das tribos que assinaram a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito. "É um fenômeno nunca antes visto no Brasil ou no mundo: uma carta em favor da democracia que é um manifesto em favor da ditadura."

No mais recente surto de autoritarismo explícito, a coligação que apoia a "volta de Lula à cena do crime" (segundo Geraldo Alckmin) pediu ao TSE que solicitasse ao Twitter a imposição da censura a 34 perfis na rede social, entre os quais o de Oeste.  
O palavrório não especifica qual dos textos publicados por Oeste inclui falsidades. 
Tudo somado, não há nenhuma acusação consistente a ser contestada. A trama kafkiana é detalhada na reportagem de Paula Leal.

Outra frase de Millôr Fernandes resume exemplarmente o momento político vivido pelo Brasil em 1976: "Uma liberdade da qual não se pode zombar, um chefe de Estado do qual não se pode escarnecer, uma instituição que treme diante de uma gargalhada mais forte, um poder que não aguenta uma piada de mau gosto; meu Deus do céu, que ditadura mais fraca essa democracia!". Meio século depois, a parceria entre um candidato e supremos juízes torna a lição de Millôr perigosamente atual.

Branca Nunes é Diretora de Redação da Revista Oeste, a íntegra das matérias mencionadas poderão ser lidas.


quinta-feira, 22 de setembro de 2022

A mentira mais grosseira de Lula nesta eleição - Gazeta do Povo

J R. Guzzo

O ex-presidente Lula, já há muitos anos, vive num estado permanente de mentira; é duvidoso, à essa altura, que consiga dizer a verdade, mesmo fazendo força. Na campanha eleitoral tudo ficou pior. 
Ele precisa falar mais – e, aí, o resultado inevitável é que passa a mentir mais. 
É uma falsificação automática, compulsiva e arrogante de todos os fatos, mesmo os mais evidentes. 
Deixou, para ele, de ser apenas uma maneira desonesta de se ver a realidade; virou uma doença. 
Há tempo, até a eleição, para Lula fazer um último esforço de superação e romper limites ainda desconhecidos em matéria de mentira. 
Mas é difícil, francamente, que consiga igualar seu acesso mais recente de impostura em estado bruto – uma entrevista na qual disse que “o PT está cansado de pedir desculpas”.
Foto: EFE
É, possivelmente, a mentira mais grosseira de todas as que disse neste seu esforço para voltar a presidência da República. “Cansado?” Como assim, “cansado”? Quando foi que o PT ou ele mesmo pediram alguma desculpa a alguém pela calamidade moral que foi o seu governo? 
Nunca, em tempo algum. Acontece exatamente o contrário: Lula chefiou o governo mais corrupto dos 522 anos de história do Brasil, foi para a cadeia por roubar, e até hoje não pediu um fiapo sequer de desculpa por nada do que fez.  
É, aliás, um dos aspectos mais grosseiros de sua má conduta, e motivo de cobrança o tempo todo – sua recusa em reconhecer erros de qualquer natureza, pedir perdão e demonstrar um mínimo de humildade. 
Ao contrário, quanto mais fica provada a ladroagem desesperada da sua passagem pela presidência, mais agressivo ele se torna – convenceu a si mesmo, e quer convencer os outros, que é o Brasil que deve desculpas a ele.

É uma falsificação automática, compulsiva e arrogante de todos os fatos, mesmo os mais evidentes. Deixou, para ele, de ser apenas uma maneira desonesta de se ver a realidade; virou uma doença

Lula, em seu progressivo surto de   negacionismo, está cansado, isso sim, de ser chamado de ladrão. Mas o que é que se pode fazer quanto a isso? [sendo tal cansaço a razão principal do seu pavor de povo, um líder popular que foge de gente, as pessoas; quase sempre seus comícios são reuniões em locais fechados, entrada controlada e, quando muito, com a presença de algumas dezenas de participantes - em sua maioria devotos. E mesmo assim, é comum pessoas que participam de tais reuniões - em sua maioria, idiotas - são roubadas, furtadas.]  

Quem diz que ele é ladrão, oficialmente, é a justiça brasileira, que o condenou pelos crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro, em três instâncias sucessivas e por nove magistrados diferentes. 
Não é mais possível, agora, apagar esse fato, nem os vinte meses que ficou num xadrez de Curitiba nem as confissões de culpa, por corrupção, nos processos da Lava Jato, nem a devolução de fortunas em dinheiro roubado
Quem, neste mundo, devolve dinheiro que não roubou? Não há como responder a isso.
 
Lula pode ter ganhado de presente, numa decisão alucinada do Supremo, a anulação das quatro ações penais movidas contra ele
Pode fazer com que os seus agentes no TSE proíbam a divulgação das imagens do Sete de Setembro, quando multidões foram às ruas manifestar apoio ao concorrente proibiram, até mesmo, a divulgação nas redes sociais, como se o Twitter ou o Youtube fossem candidatos à presidência da República, e estivessem mostrando as imagens em seu espaço no horário eleitoral. 
Pode proibir que as pessoas vejam o adversário nos funerais da Rainha Elizabeth II e na tribuna da ONU. 
Pode querer ganhar as eleições no tapetão da alta justiça de Brasília, ou fazendo dobradinha com o Papa.  
O que ele não pode é resolver um problema que não tem solução, desde o primeiro dia da campanha eleitoral: o carimbo eterno de “corrupto” que está pregado na sua testa. 
O que pode fazer é ficar fugindo dos debates na televisão e querendo enganar o público com novos embustes, como essa história das “desculpas”. É o que sobrou.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - Revista Oeste