Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
A viagem que Jair Bolsonaro fará a Moscou, a convite de Vladimir Putin, já tem data marcada. Será em fevereiro.
Nela, não serão assinados acordos bilaterais relevantes. Mas para
Bolsonaro é uma visita oficial importante: desde Lula, todos os
presidentes brasileiros se encontraram com Putin. Menos Bolsonaro. [presidente Bolsonaro: fácil de constatar que é bem mais estável, bem mais previsível, conversações e negociações com um mesmo interlocutor do que com vários = Putin a cada presidente brasileiro que receber teve que se adaptar, já o senhor terá a certeza de muitas posições do Putin.]
O presidente da França, Emmanuel Macron, causou controvérsia ao falar sobre a estratégia do seu governo para a vacinação contra a Covid-19 usando um termo grosseiro para dizer que pretende "irritar" os não vacinados.
Em entrevista a um grupo de leitores do jornal Le Parisien na terça-feira, Macron disse: "Eu não quero irritar os franceses. Mas com relação aos não vacinados, eu realmente quero irritá-los. E vamos continuar a fazer isso, até o final. Essa é a estratégia".
O termo usado por Macron ("emmerder", de "merde") é considerado vulgar e provocou reação imediata de seus opositores e críticas em redes sociais. "Um presidente não deveria dizer isso. Emmanuel Macron é indigno de seu cargo", tuitou a líder de direita Marine Le Pen, acrescentando que Macron estava "transformando os não vacinados em cidadãos de segunda classe".
Já está muito claro que os "especialistas" que monopolizam a fala em nome da ciência querem culpar os não totalmente vacinados - conceito móvel que, agora, já inclui quem não tomou a dose de reforço -por todos os males do planeta, inclusive a permanência da pandemia.
É sobre controle social, não sobre vidas. Querem segregar as pessoas entre os do clubinho da "ciência" e os "negacionistas". E, para tanto, é preciso transformar esses "tontos" em párias da sociedade, em idiotas que precisam do "empurrão" do estado clarividente para proteger sua própria saúde e a dos outros, não importa que vacinados também peguem e espalhem a doença.
A página Quebrando o Tabu, que faz campanha pela legalização das drogas, chegou a enaltecer o regime ditatorial comunista da China, alegando que o Ocidente não o compreende bem, mas que uma "harmonia forçada" pode ser algo maravilhoso. Em seguida, pela repercussão negativa ao escancarar sua essência comunista totalitária, o movimento "pediu desculpas" pela postagem: "Foi mal demais a thread que postamos sobre a China. Queremos pedir desculpas e contar que reformularemos aquele conteúdo para trazê-lo de volta com a versão correta dos fatos".
Leandro Ruschel, porém, não perdoou, pois está evidente qual postagem realmente expressa a visão de mundo desses esquerdistas: "Havia um cara com bigodinho ridículo que também tinha um projeto de gerar harmonia à força, no mundo inteiro, eliminando quem não concordasse com ele. Quem somos nós para julgar?"
Tatiana Roque, coordenadora do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, escreveu: "As universidades qualificadas precisam criar estruturas de combate ao negacionismo em seus quadros. Isso é urgente diante da crescente weaponização da ciência. Não devem ser permitidas palestras tentando travestir de 'polêmica' posições bem estabelecidas na comunidade científica". Leonardo Coutinho comentou: "Ainda bem que Galileu viveu no Século XVI".
Trago apenas alguns exemplos para repetir, uma vez mais e quantas forem necessárias, que estamos diante do maior avanço totalitário em décadas, tudo em nome da "ciência". A pandemia foi um presente para esses totalitários, que querem calar os dissidentes "hereges", interditar o debate, impor sua visão estreita de mundo, "irritar" os "imbecis" até que eles sucumbam e digam "amém" para a seita predominante.
Se depender desses "liberais", o Ocidente vai mesmo ter de se acostumar com uma "harmonia forçada" ao estilo chinês. Mas tudo em nome da ciência e de nossa própria saúde, claro...
Pela primeira vez, desde o regime militar, há um preso político trancado numa cela neste país
O Brasil encerrou o ano de 2021 com uma vergonha estampada no meio da testa: pela primeira vez, desde o regime militar, e num caso único em qualquer nação democrática do mundo, há um preso político trancado numa cela de presídio neste país. Em nome das “instituições democráticas”, e agindo como um porão de polícia secreta, o Supremo Tribunal Federal mantém preso há mais de quatro meses, sem direito de defesa e sem processo legal, um cidadão que não cometeu nenhum crime para o qual a lei brasileira prevê prisão. Está cumprindo pena sem ter sido processado, julgado e muito menos condenado.
O ex-deputadoRoberto Jeffersonestá preso na penitenciária de Bangu porque dirigiu ofensas aos ministros do STF.Insulto não é nenhum crime que permita a autoridade pública jogar um cidadão na cadeia. No máximo, é delito de injúria, no qual o autor é processado em liberdade; caso condenado, jamais cumpre pena de prisão, ainda mais se é réu primário. Mas Jefferson não está respondendo a nenhum processo legal na Justiça – foi preso por ordem pessoal de um ministro do STF, e vai ficar na prisão por quanto tempo o ministro quiser, sem que seus advogados possam recorrer a nada ou a ninguém. Isso se chama prisão política. Só acontece em ditadura.
A prisão do ex-deputado é, como tantos outros, um ato puramente ilegal do STF. A desculpa utilizada pelo ministro Alexandre de Moraes – que neste caso consegue o prodígio de agir, ao mesmo tempo, como delegado de polícia, carcereiro, promotor e juiz – é que Jefferson é uma “ameaça à democracia”. Como assim?
Por acaso ele está comandando algum grupo terrorista?
Está armazenando armas para dar um golpe de Estado, ou treinando combatentes para atos de violência?
É claro que não, mas e daí?
Moraes acha que ele é uma “ameaça à democracia”, e isso, no seu entender, permite à autoridade ignorar a lei e eliminar os direitos individuais do acusado.
Tecnicamente, o ex-deputado está em “prisão preventiva” – medida que se aplica a criminosos que são um perigo real e imediato para a segurança dos demais cidadãos, ou que vão cometer crimes outra vez. É um disparate em estado puro, mas Moraes decretou que a prisão de Jefferson é “necessária e imprescindível” – o que consegue ofender, ao mesmo tempo, a lógica e a gramática. É onde estamos.
A mídia, as classes intelectuais, os defensores dos direitos humanos e o restante do “Brasil democrático” não dizem uma sílaba sobre nada disso. Como Jefferson é um homem de direita, acham que ele não tem direito à proteção da lei. Talvez esteja aí, no fundo, a pior vergonha.
Investigado nos inquéritos das fake news e das milícias digitais, presidente afastado do PTB está preso desde agosto
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta-feira, 16, um pedido para reverter a prisão preventiva do ex-deputado federalRoberto Jefferson. A defesa tentava colocá-lo em liberdade ou em regime domiciliar.
Em sua decisão, Moraes disse que a prisão continua ‘necessária e imprescindível’ para o andamento das investigações que atingem o ex-deputado. “O quadro fático que tornou necessário o cerceamento da liberdade do requerente permanece inalterado, de modo que incabível, neste momento processual, a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas”, escreveu. É o segundo pedido de liberdade negado pelo ministro.
O ex-deputado Roberto Jefferson está preso desde agosto.
Ele também foi temporariamente afastado da direção do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) sob suspeita de usar a estrutura da sigla e recursos do fundo partidário para disparar notícias falsas e atacar instituições democráticas nas redes sociais. “A sua manutenção no exercício do respectivo cargo poderia dificultar a colheita de provas e obstruir a instrução criminal, direta ou indiretamente por meio da destruição de provas e de intimidação a outros prestadores de serviço e/ou integrantes do PTB. Além disso, o afastamento serviu para cessar a utilização de dinheiro público na continuidade da prática de atividades ilícitas por Roberto Jefferson, a exemplo do que ocorreu mesmo após a sua custódia preventiva”, reiterou Moraes na decisão desta quinta.
No início da semana, a PGR enviou ao Supremo parecer favorável à manutenção da prisão. A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo disse que os ‘últimos comportamentos’ do ex-deputado demonstram a ‘ausência de comprometimento a cumprir as determinações judiciais que lhes são impostas’.
Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã
Os talibãs ordenaram aos vendedores de roupas de Herat, no oeste do
Afeganistão, que cortem as cabeças dos manequins em suas lojas, alegando
que se opõem à sua interpretação da lei islâmica.
Esta nova diretriz se soma a uma série de medidas já
anunciadas pelo Talibã para impor no país sua visão rígida do Islã, uma
visão que limita as liberdades públicas, em especial para mulheres e
meninas.
"Pedimos aos comerciantes que cortem a cabeça dos
manequins, porque é contra a lei (islâmica) da 'sharia'", disse à AFP
nesta quarta-feira (5) Aziz Rahman, chefe do serviço de Promoção da
Virtude e Prevenção do Vício, em Herat, cidade com cerca de 600 mil
habitantes e terceira cidade do país. "Se se limitarem a cobrir suas cabeças, ou esconderem o
manequim (totalmente), o anjo de Alá não entrará na loja, ou em sua
casa, para abençoá-los", alegou.
Segundo ele, os comerciantes prometeram obedecer. Desde terça-feira, circula nas redes sociais um vídeo,
no qual homens cortam cabeças de manequins femininos de plástico com
serras. Por enquanto, os talibãs não emitiram nenhuma ordem
nacional sobre essas figuras de plástico,que não têm lugar em sua
interpretação estrita da lei islâmica, uma vez que esta proíbe
representações humanas.
Durante seu primeiro regime à frente do país, nos anos
1990, os talibãs destruíram várias estátuas históricas de budas. A ação
chocou o mundo. Desde que voltaram ao poder, eles prometem ser mais
moderados para tentar mudar sua imagem internacional e receber ajuda
humanitária. Por enquanto, porém, impuseram novas restrições,
principalmente contra mulheres e meninas.
Decreto que praticamente proíbe exportação de carne de gado da Argentina deve abrir mais mercado para o boi brasileiro.
Os pecuaristas brasileiros, que na segunda-feira (3) fizeram a
manifestação "Segunda com carne", satirizando uma campanha mundial,
oferecendo churrasco em frente a agências do Bradesco, foram premiados
com um decreto do presidente Alberto Fernández, da Argentina, que
praticamente está proibindo a exportação de carne. Talvez os pecuaristas
argentinos não tenham a mesma militância que a nossa.
Foto: Michel Willian/Arquivo/Gazeta do Povo
É proibido exportar o boi inteiro, ou pela metade, o quarto dianteiro, o quarto traseiro com osso, a costela com ou sem osso, a fraldinha, o matambre, uma outra parte da costela, coxa, paleta... eu acho que só estão permitindo exportar o filé.
Com isso sai ganhando a pecuária brasileira, que preserva o meio ambiente. Só a área de preservação do agronegócio, por conta própria, é maior que vários países europeus juntos. E tem mais, só para lembrar, carne vermelha, que fazem campanha contra, contém zinco, e em épocas de Covid, é muito importante, porque protege a célula contra a entrada de vírus.
Bolsonaro melhora aos poucos O presidente Jair Bolsonaro está se recuperando após a internação no hospital a que foi submetido. A sonda nasogástrica foi retirada, mas ele ainda terá que seguir uma dieta que não provoque fermentação e gases no intestino,porque depois da facada, o intestino dele está sujeito a aderências que interrompem a passagem. Ele vai ter que se comportar mais com a boca daqui por diante.
Nesta terça-feira (4), Bolsonaro trabalhou do hospital e sancionou uma lei,que teve origem no Congresso, que obriga escolas, hospitais, repartições públicas, o Judiciário e os locais de trabalho a manter o sigilo sobre pessoas que têm tuberculose, hepatite, HIV e hanseníase. Eu acho muito justo. Agora não há esse respeito com os não-vacinados.
Cerca de 570 mil funcionários públicos estaduais de São Paulo não vão poder entrar em seu trabalho. Agora mesmo, o presidente do Superior Tribunal de Justiça não concedeu uma liminar num habeas corpus pedido por um funcionário que quer trabalhar. O servidor alegou o direito constitucional de livre locomoção e de acesso ao trabalho. E, no entanto, o ministro do STJ disse não.
Qual é a culpa dos cruzeiros Tem outra injustiça aí. O Procon disse que as empresas de cruzeiro, desses três navios que tiveram surtos de Covid-19, é que têm que arcar com os direitos do consumidor pelo ônus pelo qual passaram os passageiros. Interessante isso, porque eu acho que as empresas de cruzeiro e os passageiros cumpriram todos os requisitos estabelecidos pela Anvisa. De passaporte, de teste, cumpriram tudo, então a culpa não é deles. A responsabilidade não é nem dos cruzeiros nem dos passageiros, temos que procurar quem deveria pagar.
Audiência pública Aliás, a propósito, nesta terça houve uma audiência pública sobre a vacinação em crianças. É uma questão muito séria que os pais precisam pensar, porque a Anvisa autoriza a vacina, mas não se responsabiliza. O Ministério da Saúde coloca a vacina à disposição, vai pôr agora, a partir do dia 10 ou 15.
Os laboratórios, produtores da vacina, têm contrato com o governo brasileiro em que não assumem a responsabilidade jurídica. Então a responsabilidade é puramente dos pais e é uma senhora responsabilidade.
Um problema que também atinge os Estados Unidos, que está tendo um surto de Covid como nunca. Muito maior agora, com o presidente Joe Biden, do que aconteceu com o presidente Trump, inclusive com consequências políticas. Essa é uma discussão que está lá também. Aliás, um juiz proibiu a Marinha americana de punir quem não quisesse tomar a vacina.Se bem que na Marinha americana, segundo dados oficiais, mais de 98% já se vacinaram.
Diferentemente do que acontece com os socialismos e com o comunismo,as
liberdades econômicas não tiveram um fundador, não tiveram um Marx com
sinal trocado para concebê-las. Ninguém apareceu na humanidade para
excitar, na mente da plebe, legítimos anseios de realização pessoal por
meios próprios. Ninguém preconizou: "Monta tua empresa, cria teu
negócio, põe tua criatividade em ação, persegue teus ideais!". No Rio
Grande do Sul, 188 mil pessoas assim pensaram e decidiram nos primeiros
nove meses do ano passado. Tais bens da civilização foram conquistas dos
indivíduos, no mundo dos fatos, na ordem da natureza, e têm sido o
eficiente motor do progresso econômico e social.
Autores
esquerdistas querem fazer crer que a miséria de tantos no mundo de hoje é
produto ou subproduto inevitável da economia de empresa. Deve-se supor,
então, que os miseráveis da África e da Ásia viviam na abundância, na
mesa farta e na prodigalidade dos frutos da natureza, até que o
famigerado capitalismo aparecesse para desgraçar suas vidas. O fato de
que nas regiões do mundo onde se perenizam as situações descritas não
exista uma economia livre, não haja empresas, nem empregos, parece
passar ao largo de tais certezas ideológicas. Vale o mesmo para a
inoperância, nessas regiões, do braço do Estado, que o comunismo
apresenta como sempre benevolente e eficiente.
São
realidades esféricas, identificáveis sob qualquer ponto de observação:
1) a fome era endêmica na Europa até meados do século passado e foi a
economia de mercado que criou, ali, a prosperidade;
2) sempre que os
meios de produção viraram propriedade do Estado a fome grassou mesmo
entre os que plantavam;
3) enquanto as experiências coletivistas
conseguiram, como obra máxima, nivelar a todos na miséria, a China, com o
capitalismo mais rude de que se tem notícia, em poucas décadas,
resgatou da pobreza extrema mais de meio bilhão de seres humanos;
4) não
é diferente a situação no Leste da Ásia, inclusive no Vietnã
reunificado e comunista, no Camboja do Khmer-Vermelho, no Laos e na
Tailândia;
5) quem viaja pelo Leste Europeu sabe quanto as coisas
melhoraram por lá desde que as economias daqueles países, infelicitados
pelo dogmatismo comunista, se libertaram do tacão soviético.
A história
mostra, enfim, que o comunismo é imbatível quando se trata de gerar
escassez, miséria e aviltamento da dignidade humana. A nossa
Ibero-América, onde as prescrições políticas e econômicas do Foro de São
Paulo ditam regras para muitos países, parece nada aprender das
constatações acima.
Consequentemente, as coisas andam mal e é preciso
botar a culpa em qualquer um que não nos vendedores de ilusões, nas
utopias que se requebram como odaliscas, nos delírios do neocomunismo,
nos corruptos e nos corruptores.
Decreta-se,
então, para todos os males, a responsabilidade da economia de empresa,
do capitalismo e, sim, claro, dos Estados Unidos.
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil. Integrante do grupo Pensar+
Não há
outro futuro possível para Cuba do que ser livre novamente. A farsa
"revolucionária" terminou em 11 de julho, com os cubanos na ilha
clamando pela liberdade, em maiúsculas. O que as"viúvas" de Fidel
Castro oferecem como futuro é continuar sua "pequena guerra" particular
contra os Estados Unidos da América - a única "conquista" tangível da
tardia e pestilenta "revolução cubana" - uma conquista que a nenhum
cubano interessa, fora da liderança ditatorial.
Uma
"revolução" que ofereceu "mundos e fundos" e que depois de 63 anos de
enganos e mentiras, milhares de tiros e centenas de milhares de presos
políticos, o que nos apresenta é a fome, a desesperança e o
desenraizamento do melhor da juventude cubana: uma vergonha !
O único e
grotesco argumento "teórico" da gangue que comanda tal "revolução" para
permanecer no poder com sangue e fogo, é "para evitar o retorno do
capitalismo explorador" e para isso, eles inventaram uma "sinecura"
nacional para pague aos cubanos em pesos e venda o que eles precisam em
dólares. Algo que nem mesmo o pior explorador do capitalismo ousou
fazer.
Não há
motivos políticos, econômicos e muito menos morais para continuar com o
desenfreado mecanismo "revolucionário" de sacrificar cubanos dentro de
Cuba, apenas para que os filhos de Raúl Castro ocupem as casas dos
exilados, para que possam gozar férias no exterior - como filhos de reis
- para que possam dirigir Mercedes enquanto os cubanos não têm ônibus.
Não há razão e é por isso que eles têm que ir embora!
A
sobrevivência do regime ditatorial cubano não depende mais apenas das
ideologias comunistas ou capitalistas. Outras forças internacionais
aproveitam a opressão que a "revolução" tem contra os cubanos e ameaçam
exportar seu sistema para outros países latino-americanos - um negócio
lucrativo e em expansão, como evidenciado pelas vitórias da esquerda no
Peru, Honduras, Chile e com risco de espalhar-se para a Colômbia e o
Brasil - o que significa uma sobrevida à exploração comunista contra os
cubanos da ilha.
A
disposição demonstrada do povo da ilha para enfrentar as injustiças "revolucionárias", a divisão interna da ditadura e a pressão externa do
exílio militante enfraquecerá o absurdo explorador dos comunistas de
Castro para, mais cedo ou mais tarde, termos aquela Cuba Libre que todos
os cubanos merecem e isso o castrismo agora limita.
"A negação da paternidade e da maternidade nos diminui, tira nossa humanidade, a civilização envelhece",disse ele
O papa Francisco elogiou a paternidade e a adoção, em seu discurso na
audiência geral de quarta-feira (5), no Vaticano, e lamentou que os
animais de estimação às vezes tomem o lugar dos filhos. "Hoje vemos uma forma de egoísmo. Vemos que alguns não
querem ter filhos. Às vezes têm um (...) mas têm cães e gatos que ocupam
esse lugar", afirmou o sumo pontífice em sua primeira audiência geral
do ano, na sala Paulo VI.
Francisco também pediu às instituições que facilitem os
processos de adoção, de modo que se tornem realidade o sonho das
crianças que precisam de uma família e o dos casais que desejam
acolhê-las. "A negação da paternidade e da maternidade nos diminui, tira nossa humanidade, a civilização envelhece", disse ele.
O papa voltou a criticar o chamado "inverno
demográfico" e a "dramática queda na taxa de natalidade" registrada em
muitos países ocidentais, convidando as pessoas a terem filhos, ou a
adotá-los. "Ter um filho é sempre um risco, seja natural, ou
adotado. Mas mais arriscado é não ter. Mais arriscado é negar a
paternidade, negar a maternidade, seja ela real, ou espiritual",
insistiu Francisco.
Como de costume, ao final da audiência, o papa assistiu
a vários números preparados por um circo com palhaços, malabaristas,
dançarinos e músicos, em um ambiente de festa.
Jefferson Estâncio Messias estava preso no Presídio Estadual
de Águas Lindas de Goiás (GO), unidade onde ficam detidos faccionados
Apontado como membro do Primeiro Comando da Capital (PCC), o detento
Jefferson Estâncio Messias foi espancado até a morte pelos próprios
colegas de cela, no Presídio Estadual de Águas Lindas de Goiás (GO). O
crime aconteceu na virada de ano-novo, madrugada de 31 de dezembro,
enquanto policiais penais da unidade jantavam na cozinha, distante cerca
de 100 metros dos blocos.
Jefferson era considerado um criminoso de alta
periculosidade conhecido por dar ordens na unidade prisional. Ele tinha
passagens por tráfico de drogas. Em fevereiro, o detento foi transferido
da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, para o
presídio de Águas Lindas, após uma rebelião em que osinternos chegaram a fazer uma transmissão ao vivo pela internet. A POG também já foi palco de outras outras rebeliões. Em uma delas, em 2018, presos tiveram as cabeças arrancadas.
O Presídio Estadual de Águas Lindas comporta apenas
presos faccionados, como membros do PCC — oriunda de São Paulo — e
Amigos do Estado (ADE), facção goiana. Jefferson era lotado no Bloco 2
e, na madrugada de 31 de dezembro, os policiais que faziam a vistoria
nos blocos resolveram promover uma pequena confraternização e foram até a
cozinha. Segundo fontes policias, foi nesse momento que presos
aproveitaram da situação e começaram a espancar Jefferson.
Alguns detentos de outras celas chegaram a gritar pelas
grades por socorro, mas os policiais teriam chegado somente depois,
quando Jefferson estava sem vida. A reportagem questionou a Diretoria
Geral de Administração Penitenciária (Dgap), mas não obteve retorno até o
fechamento dessa reportagem.
Em dezembro de 1991, a mais poderosa ditadura do mundo
começou a se desmanchar de vez. E caiu sem praticamente nenhum tiro
A União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS) surgiu em outubro de 1917, a partir da implantação pioneira de
uma ideologia — o comunismo. Fundada por Vladimir Ilich Lenin no fim da
Primeira Guerra Mundial, cresceu até somar uma centena de nacionalidades
vivendo em 15 repúblicas. Ocupava as terras do Leste Europeu até o
Oceano Pacífico e do Círculo Polar Ártico até os desertos do sul da
Ásia, cobrindo 22,4 milhões de quilômetros quadrados — o equivalente a
2,6 vezes o tamanho do Brasil.
A União Soviética ocupava um sexto da superfície terrestre. Com o fim
da Segunda Guerra Mundial, o poder da URSS cresceu ainda mais. Sete
países da Europa Oriental foram transformados em seus satélites no bloco
comunista — Albânia, Hungria, Bulgária, Checoslováquia, Alemanha
Oriental, Polônia e Romênia (a Albânia se descolou do grupo em 1968).
Uma máquina poderosa de propaganda internacional transformou esse
bloco soviético no “paraíso do proletariado”. Lá, todos teriam os mesmos
direitos, garantidos pelo sistema socialista. Os êxitos da URSS eram
divulgados com orgulho por seus seguidores mundo afora — as conquistas
esportivas, a bomba nuclear mais devastadora de todos os tempos, o
primeiro satélite artificial, o primeiro astronauta em órbita, etc. Tudo
indicava que o domínio do resto do mundo pelo comunismo soviético era
apenas questão de tempo.
E, no entanto, o paraíso não era tão perfeito quanto os militantes da
causa declaravam. O primeiro-ministro Nikita Khrushchev (entre 1958 e
1964) foi quem denunciou os crimes cometidos por seu antecessor, Josef
Stalin, que deixou um rastro de 20 milhões de mortes.
O paraíso dos trabalhadores era na verdade um inferno de
incompetência e repressão. Quem reclamasse era mandado para os campos de
concentração da Sibéria, chamados gulags. A KGB, polícia de
Estado comandada pelo Partido Comunista, dominava cada detalhe da vida.
Os desfiles militares e as medalhas olímpicas escondiam a realidade de
um império paralisado pela própria inépcia. Pior: não havia esperança. A
população vivia num estado de penúria e medo permanentes. E os figurões
do PC tinham direito a uma vida de luxo e poderes absolutos.a
Glasnost & perestroika Khrushchev foi substituído por outros burocratas carrancudos. Mas nada funcionava, a não ser para os altos funcionários do PCUS. Nos anos 1980, a URSS estava paralisada. O modelo centralizador comunista não conseguia tirar o império do ponto morto. Para piorar as coisas, seu grande rival, os EUA, vivia um momento econômico especialmente exuberante. Desde 1981, era presidido por um republicano convicto, o ex-ator Ronald Reagan.
Reagan percebeu que a URSS estava desabando. E resolveu acelerar o
processo. Apostou numa série de avanços no campo do armamento nuclear e
num improvável projeto de mísseis no espaço que ficou conhecido como
Star Wars. A União Soviética não tinha fôlego para responder a mais esse
desafio estratégico.
A catástrofe da usina nuclear de Chernobyl, em 1986, havia mostrado
quanto o regime estava apodrecido em todos os detalhes. O próprio
Partido Comunista parecia ter reconhecido isso e permitiu que, em 1990, o
reformista Mikhail Gorbachev virasse o líder máximo do império.
Gorbachev, que sempre foi um comunista convicto, implantou no
esclerosado aparelho de Estado duas palavras russas que logo se
tornariam conhecidas no resto do mundo: glasnost e perestroika.
Glasnost quer dizer “abertura” e representava uma tentativa de dar um
fôlego de liberdade de expressão e informação ao regime. Perestroika
(“reestruturação”) ofereceu aos cidadãos alguma liberdade política, além
de traços de livre mercado. Eram mudanças ousadas, mas limitadas. Mesmo
assim foram boicotadas pelos burocratas do Partido Comunista, que
temiam perder seus privilégios estatais.
Mikhail Gorbachev - Foto: Reprodução/Facebook
A coragem de Gorbachev possibilitou que, em 1989, os países-satélites
da Europa Oriental derrubassem suas ditaduras comunistas, uma após a
outra. Sem sua visão de estadista, o Muro de Berlim não seria derrubado
em 9 de novembro de 1989. Em 1990, Gorbachev não só aceitou que as
Alemanhas Oriental e Ocidental se reunissem num só país como não se opôs
a que a Alemanha reunida fizesse parte da organização militar
antissoviética, a Otan. Propôs a extinção das armas nucleares até 2000 e
anunciou profundos cortes na máquina militar soviética. Seus atos foram
tão ousados que Gorbachev recebeu o Prêmio Nobel da Paz.
Dezembro de 1991 As repúblicas que formavam a URSS também começaram a se revoltar. A ordem rígida implantada por Lenin se diluía. E, quanto mais a realidade ficava exposta, mais os comunistas temiam perder o poder. Bateu o desespero.
Durante três dias de agosto de 1991, Gorbachev e sua família foram aprisionados por golpistas da linha dura do PC em sua “dacha” (casa de veraneio) na Crimeia. O império soviético havia se transformado numa república das bananas. O golpe, patético em sua execução, saiu pela culatra. Uma sensação surda de “basta” se espalhou pela maior nação do mundo. O comunismo estava sendo derrotado em seu berço.
A essa altura, o presidente da Rússia já era Boris Yeltsin (Gorbachev teoricamente tinha mais poder, pois era o presidente de toda a União Soviética). Yeltsin, rompido com o PC, era um político conhecido por: 1) não acreditar em nenhuma tentativa de ressuscitar o Partido Comunista; 2) ser corajoso o suficiente para criticar os privilégios da elite do partido; e 3) beber além da conta, mesmo para os padrões russos. Criou uma cena histórica ao enfrentar tanques nas ruas de Moscou e libertar Gorbachev.
Ao enfrentar os golpistas, Yeltsin ficou mais forte. Passou, na
prática, a dividir o poder com Gorbachev, que se aferrou em sua
concepção de que a URSS poderia viver para sempre, com alguns ajustes. A
derrubada de um sistema político encastelado no poder do maior país do
mundo havia sete décadas já seria difícil e perigosa. Mas havia um fator
complicador: 27 mil armas nucleares prontas para lançamento. E ninguém
sabia exatamente quem estava controlando o arsenal.
Esse xadrez se resolveu no mês em que o mundo virou de cabeça para
baixo. Em dezembro de 1991, a mais poderosa ditadura do mundo começou a
se desmanchar de vez. E caiu sem praticamente nenhum tiro. O mundo viveu
durante um mês a sensação de que tudo era possível — o desastre e o
sonho. Entre o caos e a possibilidade de uma convivência pacífica,
livre, construtiva entre as maiores potências do mundo na época. Assim
foi o mês mágico de dezembro de 1991, no distante mundo de 30 anos
atrás:
(...)
4 dezembro 1991
Mikhail Gorbachev alerta: com a partida da Ucrânia, “a pátria (URSS) está ameaçada e o maior perigo é a crise de Estado”. O que ele diz já não importa muito.
6 dezembro 1991
O Pentágono declara que as 27 mil ogivas nucleares soviéticas
aparentemente estão em mãos do governo central (chefiado por Mikhail
Gorbachev). Mas a situação não está tão clara na recém-independente
Ucrânia, que armazena 4 mil ogivas da URSS em seu território. O governo
americano teme que, com o aparente caos político, armas soviéticas
possam cair em mãos de “terroristas, ladrões ou países em guerra”.
9 dezembro 1991
Os governos da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia declaram o fim oficial da
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. E o nascimento de uma nova
“Comunidade de Estados Independentes”, mantendo ação coordenada em
assuntos de defesa, relações internacionais e economia. “A URSS, como
sujeito do direito internacional e da realidade geopolítica, está
deixando de existir”, declaram os três governos nacionais. Mikhail
Gorbachev afirma em entrevista a uma TV francesa que as consequências do
desmantelamento da União Soviética vão fazer a sangrenta guerra civil
na Iugoslávia parecer uma “piada”. “Neste fim de semana”, notou
Celestine Bohlen, comentarista do New York Times, “três das
repúblicas da União Soviética provaram que, ao contrário das repúblicas
da Iugoslávia, estão dispostas e podem se encontrar e negociar sobre o
futuro comum”.
(...)
18 dezembro 1991
Yeltsin declara ao jornal italiano Repubblica que espera a
renúncia de Gorbachev do cargo de presidente da URSS. O Parlamento
Soviético, já sem poder, se “reúne” com um único orador presente, um
comunista linha-dura chamado Viktor Alksnis. E existe uma única pessoa
ouvindo seu discurso: ele mesmo. Os comunistas passaram o dia bravos com
o fato de Gorbachev ter arrumado tempo para tirar fotos com a banda de
rock alemã Scorpions, e não para ressuscitar o comunismo.
19 dezembro 1991
Boris Yeltsin faz todos os gestos para evitar uma dualidade de poder na
nova Rússia. Toma o controle do Ministério das Relações Exteriores, do
Parlamento e até do escritório presidencial, ocupado por Mikhail
Gorbachev. Com um decreto, institui a MSB, nova sigla que substitui a
velha e temida KGB. E levanta a possibilidade impensável até então: que a
Federação Russa aderisse à Otan. Justamente a organização militar
criada para combater a União Soviética. Outros países, especialmente a
Hungria e a Checoslováquia, querem seguir o mesmo caminho.
25 dezembro 1991
No Kremlin, às 19h32, a bandeira vermelha com a foice e o martelo da
URSS é recolhida pela última vez. Mikhail Gorbachev renuncia a seu posto
de presidente da URSS. Entrega os códigos de disparo dos mísseis
nucleares a Boris Yeltsin.Gorbachev deixa o governo aos 60 anos, com
direito a uma aposentadoria de 48 mil rublos por ano. Ironicamente, por
causa do fracasso econômico de seu próprio governo, esse dinheiro
equivale a meros US$ 40 mensais. Recebe também um apartamento em Moscou,
uma dacha de férias, dois carros, 20 guarda-costas e acesso gratuito à
rede de saúde.
26 dezembro 1991
No Kremlin, é hasteada pela primeira vez a bandeira branca, azul e
vermelha da nova Federação Russa. Gorbachev sugere que vai descansar um
tempo e ressurgir para a vida pública por meio de uma ONG, a Green Cross, fundada dois anos depois.
Em 2021, o viés ideológico de procuradores ficou escancaradoem diversos atos do Ministério Público Federal (MPF), envolvendo, por exemplo, decisões contrárias ao tratamento precoce, favoráveis à prática do teleaborto e simpáticas ao indigenismo militante.
No meio do ano, uma cartilha publicada por um hospital em Uberlândia (MG) ensinando mulheres a fazer aborto em casa, por telemedicina, tendo a pandemia como pretexto, foi apoiada pelo MPF. O órgão emitiu até uma nota técnica contra recomendações científicas e de autoridades da saúde e a favor do teleaborto.
O MPF foi ainda um dos algozes do Conselho Federal de Medicina (CFM) na polêmica sobre o tratamento precoce contra a Covid-19. O erro do conselho, para os procuradores envolvidos na perseguição, foi não se posicionar contra esse tipo de tratamento, cuja eficácia ainda está sendo estudada pela ciência.
Foi também o MPF o responsável por denunciar o jornalista Allan dos Santos, do Terça Livre, que teve sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro, numa decisão questionável do ponto de vista da liberdade de expressão.
Na denúncia, o MPF disse que as críticas de Allan dos Santos a ministros do Supremo não estariam protegidas pelo direito de liberdade de expressão por desobedecerem a "proibições expressas dispostas no direito internacional dos direitos humanos".
Em dois casos relacionados à etnia Munduruku, do Pará, o MPF usou o direito dos indígenas de preservarem suas tradições como pretexto para impedir o exercício pleno de suas liberdades. Em abril de 2021, o MPF "entrou em conflito" com um grupo de indígenas e alegou a intenção de protegê-los de empresários do ramo da mineração. Procuradores enviaram um pedido a órgãos do governo para que não recebessem uma comitiva de indígenas da etnia Munduruku, do Pará, que viajaram a Brasília para se manifestar a favor da mineração em suas próprias terras.
O MPF alegou que eles não representavam a totalidade dos Munduruku, e que seriam financiados por empresários que teriam cooptado os índios com o objetivo de promover a mineração com maquinário pesado dentro das reservas indígenas. Caso os órgãos descumprissem a recomendação, o MPF ameaçou “adotar as medidas judiciais cabíveis”. O MPF disse à Gazeta do Povo que não revelaria os nomes dos empresários acusados de financiar a comitiva dos Munduruku por conta do sigilo das investigações.
Mais recentemente, em novembro, o MPF arquivou uma investigação sobre o assassinato de um jovem de 16 anos também da etnia Munduruku, ocorrido em 2015. Na época, a mãe da vítima foi à delegacia de Itaituba (PA) para denunciar dois homens indígenas que teriam sido os responsáveis pelo homicídio, praticado com arma de fogo. Ela explicou que o filho foi morto no contexto da ”pajelança brava", uma tradição Murunduku de matar quem faz bruxaria.
Em novembro, o MPF pediu arquivamento do caso com a alegação de que a motivação do assassinato foi um ritual tradicional. Segundo o MPF, é “imperiosa a necessidade de resguardar a manifestação cultural da etnia”. O órgão embasou sua decisão em um parecer técnico de um analista de antropologia do Ministério Público da União (MPU).
A polêmica do teleaborto: MPF publica nota técnica favorável a cartilha abortista Ao longo do segundo semestre de 2021, o Ministério Público Federal (MPF) agiu contra a legislação brasileira, as evidências científicas e as recomendações do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para facilitar no Brasil a prática do aborto em casa assistido por médicos por meios virtuais.
No começo do ano, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG) publicou, com o apoio do Instituto Anis – um dos maiores promotores do aborto no Brasil –, uma cartilha ensinando mulheres a realizarem em casa o aborto, com o pretexto de que, com a pandemia, é necessário buscar alternativas para a interrupção da gravidez em casos de estupro, anencefalia do bebê e risco de morte para a mulher.
Em maio, a Procuradoria da República em Minas Gerais e a Defensoria Nacional dos Direitos Humanos (DNDH) haviam pedido providências contra a cartilha. Em junho, o Ministério da Saúde emitiu uma nota informativa indicando que o aborto não faz parte dos procedimentos para os quais a prática da telemedicina, em caráter de exceção, estaria liberada durante a pandemia.
Em julho, mesmo diante das recomendações das autoridades e do laboratório que produz o medicamento, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC) – órgão do Ministério Público Federal (MPF) – emitiu uma nota técnica contrária ao pedido da Procuradoria de Minas e da DNDH, e a recomendação contra a cartilha foi anulada. Ao mesmo tempo, um procurador do MPF entrou com uma ação civil pública para pedir o fim da Declaração de Óbito de fetos abortados, o que é visto pelos grupos pró-vida como um meio de facilitar o aborto em qualquer circunstância, sem deixar vestígios. Para especialistas consultados pela Gazeta do Povo, o aval dado pelo MPF ao teleaborto passa por cima não só das recomendações do Ministério da Saúde, da Anvisa e da bula do medicamento, mas também do Código Civil, da Lei 13.989/2020 – que trata da telemedicina durante a pandemia – e de evidências científicas em campos como a obstetrícia e a psicologia.
Tratamento precoce também é alvo do MPF O Conselho Federal de Medicina e o seu presidente, Mauro Ribeiro, defenderam a autonomia dos médicos na decisão sobre usar ou não certos medicamentos para o tratamento precoce contra a Covid-19. Com isso, tornaram-se alvo de muitos influenciadores e de alguns órgãos do poder público, entre eles o MPF.
Em outubro, o MPF abriu um inquérito para apurar a conduta do CFM em relação ao tratamento precoce, alegando que o conselho “não se posicionou contra” este tipo de tratamento. Até hoje, o CFM não se manifestou favorável nem contrário ao uso de medicamentos para tratar pacientes com coronavírus nos primeiros dias de sintomas. Desde o ano passado, o órgão prefere dar autonomia a médicos para esse tipo de decisão.
Ao longo
do último ano esta Suprema Corte e o Poder Judiciário como um todo
também enfrentaram ameaças retóricas, que foram combatidas com a união e
a coesão dos ministros; e ameaças reais, enfrentadas com posições
firmes e decisões corajosas desta Corte.(Ministro Luiz Fux no encerramento do ano
Pus-me a pensar sobre o que faz a virtude cardeal da Coragem nesse
discurso. Não existe coragem, onde não existe o medo. Entre outras
características, o ato corajoso representa, necessariamente, uma vitória
sobre o medo. Segundo Aristóteles, o ato de coragem envolve a
aplicação da razão, a busca do bem e a disposição de superar o perigo
presente na ação.
Tão nobre
virtude, faz lembrar, isto sim, a professora Heley Abreu Batista, que em
5 de outubro de 2017 morreu queimada ao salvar as crianças de uma
creche em chamas no município mineiro de Janaúba.Coragem teve o
sargento Sílvio Delmar Hollenbach, que em agosto de 1977 pulou para a
morte ao salvar um menino que caíra no poço das ariranhas. Coragem
demonstraram os jovens que correram para a própria tragédia ao entrarem
na boate Kiss em chamas para resgatar amigos que lá estavam caídos,
pisoteados pelos que conseguiam escapar. Coragem tiveram todos os
europeus que esconderam ou deram fuga a judeus na Europa tomada pelos
nazistas. Coragem teve o padre Kolbe (São Maximiliano Kolbe), que se
ofereceu para morrer por um chefe de família no campo de concentração de
Auschwitz. E por aí segue um livro de muitas e nobres páginas.
Não vejo
onde inscrever nelas os acontecimentos de 2021 no âmbito do STF.Não
vejo coragem – e menos ainda motivos para coragem autoatribuída – por
parte e arte de quem libertou corruptos e os devolveu à política
nacional, efetuou insólitas prisões políticas, fechou meios de
comunicação, inspirou medo, impôs censura, reivindicou para si mesmo uma
fé religiosa e inibiu liberdades.
Que espécie de medo terá sido superado por quem assim procedeu?Em que dobras desse tempo se ocultaram a razão e o bem?
Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto,
empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de
dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o
totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do
Brasil. Integrante do grupo Pensar+.
Magistrada vai comandar a Corte no auge da campanha eleitoral
Próxima presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a
ministra Rosa Weber encerra 2021 como uma das autoras de decisões que
mais impuseram reveses ao governo Jair Bolsonaro (PL) na Corte.
Diferentemente de outros magistrados, que já travaram embates públicos
com o titular do Palácio do Planalto, Rosa se limitou a mandar seus
recados por meio dos despachos que proferiu. Discreta, avessa a
declarações à imprensa e às articulações políticas, a ministra acaba de
completar dez anos no Supremo, praticamente sem conceder entrevistas.[ministra uma opinião sugestiva: presida a Suprema Corte seguindo o exemplo do marechal Costa e Silva = SIGA O LIVRINHO = a CONSTITUIÇÃO FEDERAL.]
Rosa
assumirá o tribunal mais importante do país em setembro de 2022, no
auge da campanha presidencial. Internamente, a avaliação é que ela terá
como principal desafio a tarefa de manter uma relação institucionalmente
equilibrada com o Palácio do Planalto, sem que o tribunal esmoreça na
condução dos processos que tenham como alvo integrantes e aliados do
governo. Desde que assumiu, o presidente Jair Bolsonaro manteve uma
agenda praticamente constante de ataques ao Judiciário, sobretudo ao
Supremo.
De acordo com a percepção de quem acompanha de perto o trabalho da
ministra, ela endureceu a caneta ao longo de sua trajetória no tribunal
e, principalmente no último ano, passou a dar votos e decisões mais
contundentes do que costumava fazer nos primeiros anos da Corte. Desde
então, com frequência, ela é tratada nos bastidores como uma juíza
insegura, pouco versátil e ainda muito vinculada à Justiça Trabalhista,
sua área de origem.
Interlocutores do STF atribuem parte da
mudança no perfil de Rosa à chegada em seu gabinete de parte da equipe
que trabalhava com o ministro aposentado Celso de Mello. Durante anos,
Mello foi o decano do Supremo e, em todo esse período, era conhecido no
meio jurídico por votos elaborar longos e consistentes.
AoGLOBO, Celso de Mello elogiou a colega, a quem classificou como
“notável magistrada, respeitada pela comunidade jurídica e por seus
jurisdicionados, com longa experiência no desempenho —sempre seguro e
brilhante — de suas funções”.A ministra, que hoje é vice-presidente do
STF, presidiu o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região e o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), quando comandou as eleições nas quais
Bolsonaro saiu eleito. — Tenho plena convicção de que a ministra Rosa Weber será uma grande
presidente do STF, consideradas as suas inúmeras e peregrinas virtudes
que sempre revelou no desempenho da judicatura —, afirmou Mello, antes
de listá-las: — Isenção, firmeza, discrição, independência, sólida
formação jurídica, intelectual e humanística, fina sensibilidade e
apurada aptidão administrativa, senso de colegialidade e inquestionável
integridade pessoal, moral e profissional.
Freios a Bolsonaro Do gabinete de Rosa Weber saíram algumas das principais decisões que
incomodaram o Planalto nos últimos tempos. Uma das mais importante delas
foi a que a interrompeu o pagamento das emendas de relator, que compõem
o chamado “orçamento secreto”. Tratava-se de um instrumento pelo qual o
Executivo distribuía recursos da União por orientação de parlamentares
aliados, sem que eles fossem identificados publicamente. [leia aqui para saber mais sobre a lei que cuidava do orçamento secreto, a ministra anulou, a Câmara ignorou a anulação e a lei foi desanulada.] Rosa também
suspendeu os decretos que flexibilizam o porte e a posse de armas no
país. Em outro despacho, ela determinou a abertura do inquérito que
investiga as suspeitas de corrupção na compra da vacina indiana contra a
Covid-19 da Covaxin. Nesse caso, Bolsonaro é alvo por suposta prática
de prevaricação.
Ela
também impôs reveses ao governo durante a CPI da pandemia. Rosa negou
que governadores pudessem ser convocados para prestar depoimento,
contrariando o pleito de Bolsonaro e seus aliados no Congresso. Em
junho, quando vetou o pedido do empresário bolsonarista Carlos Wizard
para faltar à audiência da CPI, Rosa chamou de “fato gravíssimo” a
existência de um “gabinete paralelo”, estrutura informal montada para
aconselhar Bolsonaro, e da qual Wizard seria um dos integrantes.
Aos 73 anos, a ministra deve ser a próxima integrante da Corte a
pendurar a toga. Pela regras vigentes, a aposentadoria compulsória dos
membros do STF ocorre aos 75 anos.
Best of Enemies não só mergulha na rivalidade
que tornou os jogos entre os dois times espetaculares, mas mostra como a
atual sociedade emburreceu
Mais um ano chega ao fim. Como de costume,
durante a última semana do ano, meus filhos e marido perguntavam sem
parar o que eu gostaria de ganhar de presente de Natal. Pensei, pensei
e, finalmente, na sexta-feira dia 24 encontrei o presente perfeito.
Depois de ligar para a minha família no Brasil na noite de Natal e
desejar uma noite abençoada, desliguei o telefone. Não, não apenas me
despedi e desliguei a chamada, desliguei o telefone. Deslizei o dedo
pelo botão que aparecia para mim na tela: “TURN OFF”. Puf. Tela escura e
desligada. E assim ela permaneceu — em OFF — até o domingo dia 26 à
noite. Dois dias inteiros sem WhatsApp, sem redes sociais, sem notícias…
Foi o melhor presente que eu poderia ter me dado nos últimos anos.
Dividida entre Larry Bird e Magic Johnson - Foto: Reprodução/NBA
Apostas sobre em quanto tempo eu ligaria o telefone foram feitas em
casa e, diante da minha tranquilidade em não querer por um segundo ligar
o telefone, no sábado à tarde, marido, enteada e filho resolveram fazer
o mesmo. E a mágica aconteceu! Durante dois dias inteiros, o tempo
pareceu passar mais devagar. Tortas de maçã, biscoitos e bolos foram
feitos. Velas e mais velas cheirosas foram acesas, vinhos e bebidas
foram degustados —e não apenas ingeridos —, jogos de tabuleiros foram
jogados e muitas risadas foram dadas.
E filmes, muitos filmes foram
vistos, desde os clássicos It’s a Wonderful Life e Cantando na Chuva, até clássicos recentes como Gran Torino e Interestelar. E esse foi o melhor presente que os meus filhos e meu marido poderiam ter me dado nos últimos anos.
Dentre as muitas boas horas de filmes e séries a que assistimos
juntos, um programa chamou a atenção de todos nós, e acabou alimentando
um debate pertinente, saudável e importante em casa. A importância de
dar importância ao que é realmente importante. Pode parecer uma frase
redundante, mas um documentário sobre a clássica rivalidade entre Boston
Celtics e Los Angeles Lakers, times da NBA, acabou trazendo uma boa
reflexão a todos. Antes de mais nada, para os amantes do esporte, como
eu, “Celtics/Lakers: Best of Enemies”mergulha na rivalidade que tornou os jogos entre os dois times nos anos 1960 e 1980 não apenas espetaculares, mas históricos.
A saga do “Fla x Flu” do basquete profissional norte-americano mostra
como Magic Johnson, Larry Bird, Kareem Abdul-Jabbar, Cedric Maxwell,
James Worthy, Kevin McHale e muitas outras lendas mudaram o jogo para
sempre. No entanto, as quase cinco horas de pura imersão no universo do
esporte profissional não contam apenas a história de uma rivalidade
esportiva como outras pelo mundo. Para quem gosta de análises
estratégicas detalhadas de jogos clássicos, Best of Enemies
preenche esse requisito com muitas imagens estonteantes e muitas
entrevistas internas cheias de detalhes. Mas a série vai além disso.
Em muitos momentos, o documentário também desnuda várias nuances da
psicologia humana e de como a atual sociedade, tão polarizada política e
intelectualmente, emburreceu e retrocedeu no campo da civilidade e do
amadurecimento emocional. Não sei se os mais jovens sentirão certa
nostalgia doída de quem viveu nos anos 1980 e 1990, quando o esporte
dividia as tribos pelas cores dos uniformes de seus times, e não pela
cor da pele ou pelas posições políticas, mas há muito o que ser
explorado ouvindo homens de fibra.
Obviamente, a questão racial não é excluída da série. Especificamente, Best of Enemies
aborda o assunto, tanto no preconceito intelectualizado de alguns
repórteres esportivos — que elogiavam as virtudes do “basquete
fundamental” (dos brancos) versus o “estilo playground” (dos
negros) —, quanto nas tensas relações raciais dentro de Los Angeles e
Boston. O diretor, Jim Podhoretz, também não esconde os problemas do
mundo real que obscureciam o jogo, como drogas, mas foca em sua maior
atração: o Boston Celtics liderado por Larry Bird e o Los Angeles Lakers
liderado por Magic Johnson. Entre 1980 e 1989, o Lakers chegou às
finais do Oeste oito vezes e conquistou cinco campeonatos, enquanto o
Celtics representou o Leste cinco vezes, vencendo três finais. As duas
equipes se enfrentaram apenas três vezes — em 1984, 1985 e 1987 —, mas
cada série cativou a nação de maneira marcante até hoje, gerando
personalidades e histórias que ajudaram a estabelecer a NBA como um
verdadeiro passatempo nacional, pouco antes da chegada de Michael Jordan
ao Chicago Bulls, época em que o jogo e a liga foram catapultados para
outro nível.
O documentário, além de apresentar um elenco fabuloso de personagens
que mudariam a NBA e abririam a mente coletiva da América, revive a
década de 1980 com Larry Bird, Magic Johnson e todo o drama dessa época
de ouro da NBA. O Celtics de Bird e o Lakers de Magic se enfrentaram por
quatro anos até o encontro épico da final em 1984. Sem maiores spoilers,
a última parte da série mostra as páginas logo depois das emocionantes
finais da NBA de 1984 e, em seguida, explora a saga de 1985 a 1987 e
como a rivalidade acabou solidificando, gradualmente, o respeito entre
seus personagens. Ao final da última batalha, em 1987, enquanto ainda
havia muita animosidade, eles também desenvolveram uma reverência mútua e
profunda.
Há momentos preciosos na série, de lições valiosíssimas de humildade,
decepção, tristeza, superação. Há frases que, normalmente ditas por
palestrantes ou os chamados “coaches”, caem numa certa pieguice
das platitudes de autoajuda. Mas quando são ditas — e acompanhadas de
imagens espetaculares — por Magic Johnson, por exemplo, a reflexão é
inevitável: “Autoavaliação é difícil, mas você tem de ser honesto
consigo mesmo. Tive de entender que não era tão bom quanto pensava que
fosse”.
O esporte, assim como o mundo, mudou muito com a tecnologia, com o
acesso em tempo real a informações que podem mudar o rumo de uma partida
ou o destino de um atleta. Programas de computação aplicados a
treinamentos e jogos podem fazer toda a diferença. O talento individual e
a incansável dedicação não são mais as únicas vias para o sucesso no
âmbito do esporte profissional. Muito pode ser ensinado e desenvolvido
em tempo recorde nos dias de hoje. No entanto, há talentos incrivelmente
pertinentes a esse mesmo âmbito que não podem ser ensinados. Eles
normalmente são pontos genéticos ou traços que foram desenvolvidos por
meio de experiências importantes ao longo da vida. Estou falando do que
esses líderes e rivais tinham em comum: acessibilidade, carisma,
determinação com os pés no chão. Mesmo que pudesse haver o debate racial
entre negros e brancos, a NBA dos anos 1980 mostrou que isso era
secundário, que a espinha dorsal de união e paixão pelo esporte seguia
seu caminho com propósito, como lembra Cedric Maxwell, ex-jogador do
Celtics no documentário: “Depois de seu terceiro campeonato e terceiro
MVP, o respeito por Larry Bird não podia ser negado. Quando vi a foto de
Larry em uma barbearia de negros, disse — ele realmente cruzou a linha!
Você via Jesus, Malcom-X, mas não uma foto de Larry Bird em uma
barbearia de negros!”.
Nos anos 1950, ainda sob as leis raciais em muitos
Estados, foi o esporte que abriu portas para a extinção das vis
políticas segregacionistas
Em 2021, vimos, mais uma vez, as plataformas sociais — mesmo com todo
o apreço que podemos ter pela democratização de opiniões através delas —
terem um papel vital na segregação vil e ignorante da atual sociedade.
Vimos esses espaços supostamente democráticos usando o esporte, um campo
em que diferenças são abandonadas, em especial durante os Jogos
Olímpicos, sofrer incansáveis tentativas de sequestros e desvirtuações.
Qualquer desavença política ou diferença religiosa sempre foram tratadas
como coadjuvantes no campo esportivo. Não importa se na NBA ou nas
Olimpíadas, o roteiro fiel ao esporte sempre foi de histórias de
superação e respeito, recheadas de enredos dramáticos com derrotas e
vitórias espetaculares. A celebração na excelência atlética.
Mas o que mudou? Infelizmente, já há alguns anos, algo vem atingindo o
espírito esportivo. E isso vem sendo demonstrado da maneira mais
estúpida possível, por uma sociedade repleta de analfabetos olímpicos e
personalidades hedonistas. Depois de alguns anos e uma pandemia global
que trouxeram não apenas a banalização da história e suas palavras, até
quando vamos seguir com a politização de tudo? O esporte já dava sinais
de que não ia escapar à“idiotização” política,com frases do Black
Lives Matter sendo repetidas por atletas importantes, ou a visão
distorcida e triste de jogadores em campeonatos como a NBA se ajoelhando
— literalmente.
Nos anos 1950, ainda sob as leis raciais em muitos Estados
norte-americanos, foi o esporte — mais uma vez — que abriu portas para a
extinção das vis políticas segregacionistas. E a NBA foi parte
fundamental nisso. Em uma sociedade em que movimentos como o Black Lives
Matter usam o terrorismo e a violência contra negros e brancos para
propagar suas ideias e demandas, em que políticos plantam a segregação
racial ou em que ligas esportivas e atletas são sequestrados por grupos
ideológicos, é gratificante assistir a um documentário como Celtics/Lakers: Best of Enemies.
Ver a magnitude de uma obra que aborda a divisão racial de maneira
madura, mas que também traz o melhor de todos nós, independentemente da
cor da nossa pele ou de como votamos, não deixa de ser um sopro de
esperança para 2022. Divisões sempre existirão, mas a vontade de fazer o
correto pode sempre ser exaltada.
Em um ano em que o politicamente correto avançou de maneira violenta,
linchando médicos, jornalistas e atletas que ousaram pensar fora das
linhas da turba;
em que o politicamente correto tentou nos
obrigar a aplaudir a fraqueza de atletas egoístas que abandonaram suas
equipes na última hora porque não conseguiram se manter sob os holofotes
e não souberam olhar de frente para as adversidades, despeço-me de 2021
neste último artigo do ano com uma das frases finais de Magic Johnson
no documentário: “Eu odiava o Celtics. Mas amei jogar, porque pude jogar
contra Larry Bird e o Celtics. Nunca teria sido o jogador mais valioso
(MVP), nunca teria sido o jogador que fui se não fosse por Larry Bird e o
Celtics. Eles me fizeram alcançar a grandeza, a excelência. Nos anos
finais dessa rivalidade entre Celtics e Lakers havia tantos
afro-americanos que ovacionavam Larry Bird. Eles sabiam quão grande ele
era. Não era sobre cor, sobre raça, era puro respeito por um cara
corajoso”.
Que a boa e saudável divisão em 2022 volte, aquela em que a única
raiva que tínhamos um do outro era por perder para rivais históricos no
esporte. Enquanto isso não chega, que tal, como presente de ano novo,
dois dias sem telefone? Recarregar sem estar plugado pode ser uma
maneira antiga — porém eficiente — de dar valor ao que realmente
importa. Obrigada pela companhia em 2021 e desejo um próspero 2022, com
menos redes sociais e mais clássicos na TV. Happy New Year!