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domingo, 18 de setembro de 2022

Brasil: uma ilha de prosperidade - Gilberto Simões Pires

ILHA DE PROSPERIDADE

Enquanto a INFLAÇÃO e a RECESSÃO avançam, sem dó nem piedade, deixando rastros de destruição econômica e social em praticamente todos os países do PRIMEIRO MUNDO, eis que no nosso Brasil, que também sente, e muito, os reflexos decorrentes da PANDEMIA e, mais recentemente, da GUERRA RÚSSIA/UCRÂNIA, passou a ser visto, comentado e apreciado como uma ILHA DE PROSPERIDADE em meio a um oceano economicamente revolto. 

INFLAÇÃO

No quesito INFLAÇÃO, que na realidade identifica a VARIAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS pelo efeito -ESCASSEZ e/ou DEMANDA MAIOR DO QUE A OFERTA-, os números atualizados apontam o que acontece, por exemplo, nos seguintes países: Lituânia: 15,5% ao ano; Polônia: 11%; Reino Unido: 9%; Índia: 7%; Coreia do Sul: 5%, etc.. Sem falar nos EUA, cuja taxa de inflação já superou o índice de preços do Brasil em 2022. Vejam que o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) norte-americano acumula alta de 5,31% de janeiro a julho. Enquanto isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do Brasil chegou a 4,77% no mesmo período. 

PIB

Já no que diz respeito ao PIB, um levantamento feito com 33 países que divulgaram números referentes ao segundo trimestre de 2022 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,5%, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). São 24 países com crescimento, 2 com estabilidade e 7 com retração, na comparação com o trimestre anterior. Pois, para surpresa geral, o nosso PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao anterior. E nesta semana o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um indicador prévio de desempenho do PIB, subiu 1,17% em julho na comparação com junho. Que tal? 

DETALHE IMPORTANTE

Detalhe importante: Holanda, Romênia, Croácia, Arábia Saudita e Israel estão entre os que mais cresceram no trimestre passado. Na lanterna do ranking aparecem Portugal, Lituânia, Letônia, Polônia e China, que por sua vez teve forte desaceleração no trimestre. Já o continente europeu está nas duas pontas do ranking: o crescimento na ZONA DO EURO foi de 0,7% graças, principalmente ao turismo. 

DESEMPENHO COMPARATIVO

Pois é, meus caros leitores. Enquanto o mundo todo sofre com INFLAÇÃO EM ALTA E CRESCIMENTO EM BAIXA, o nosso Brasil desponta com desempenho bem melhor comparativamente. Atenção: isto é algo jamais visto na história. 
E neste caso há que se reconhecer e aplaudir as acertadas medidas tomadas e operadas pela ótima equipe econômica chefiada por Paulo Guedes, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro.  

 Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Biden esquece que cumprimentou político e estende a mão novamente

Edilson Salgueiro

Presidente dos Estados Unidos protagonizou a cena com o líder da maioria no Senado, Chuck Schumer

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a protagonizar uma gafe nesta terça-feira, 9. Depois de ouvir um discurso do líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, o democrata cumprimentou o orador e, segundos depois, estendeu a mão novamente para saudá-lo.

Não é a primeira vez que Biden é protagonista de uma cena que envolve aperto de mãos. Em abril, depois de discursar na Universidade Estadual Agrícola e Técnica da Carolina do Norte, o democrata desceu do púlpito, virou-se para o lado direito e estendeu a mão, como para cumprimentar uma pessoa. Mas não havia ninguém ali.

No mês passado, depois de um discurso em Tel Aviv, Israel, o presidente norte-americano repetiu a dose.

Alvo de humoristas sauditas
Um clipe do programa humorístico Studio 22, exibido na Arábia Saudita, viralizou nas redes sociais. O vídeo retrata Biden como incapaz. O esquete também brinca com a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris.

O ator que interpreta o democrata não está ciente de seu entorno e parece prestes a adormecer. A personagem de Kamala orienta o presidente sobre o que dizer e fazer. No fim do vídeo, Biden finalmente adormece.

“Muito obrigado! Hoje, vamos falar sobre a crise na Espanha”, disse Biden. “Sim, falaremos sobre a crise na África. Sim, Rússia! Quero falar sobre o presidente da Rússia, Putin. Sim, Putin. Ouça-me, tenho uma importante mensagem para você. A mensagem é: … E o presidente da China… O quê? Não terminei de falar sobre a Rússia? Obrigado por me corrigir, primeira-dama. Muito obrigado! Deus os abençoe…”

“Obrigado”, agradeceu Kamala. “Aleluia! Aplausos para o presidente. Agora!”

 Revista Oeste


quarta-feira, 1 de junho de 2022

Petrobras diz que pode faltar diesel. Quem acredita? - VOZES

Alexandre Garcia

Combustível

Estudo da Petrobras informa que pode haver falta de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre se preço de mercado não for respeitado.

Estou achando muito estranha essa notícia de que pode faltar diesel no Brasil. Porque a notícia tem um condicionante: se houver preço de mercado, aí não vai faltar diesel. Quer dizer, nós vamos ter que pagar mais para não faltar. Na realidade não está faltando e nem vai faltar. Não há escassez do diesel; ele está disponível. Agora só estará disponível se aumentar de preço. É estranho!

Parece ser um movimento contra o que o presidente Jair Bolsonaro,
que vem reclamando que está muito caro o diesel, que a Petrobras está ganhando um lucro excessivo, acima das maiores petroleiras do mundo – só perde para a empresa da Arábia Saudita. Portanto, não é caso de escassez, é caso de preço.

Onde é que está essa história de que pode faltar diesel? Está num estudo feito dentro da Petrobras intitulado "Combustíveis: desafios e soluções". Eu me pergunto: quem fez isso? Gostaria até de saber mais: qual é a cor política e ideológica de quem fez isso?

Programa Segunda Opinião discute a batalha entre abortistas e os defensores da vida. Como está esta disputa no Brasil e no mundo?

Defesa da vida deveria ser bandeira de todos e não, uma batalha ideológica

A Petrobras é uma empresa de economia mista, tem ações na bolsa. Tem que agir como empresa privada, mas o acionista majoritário é o governo federal, é o Tesouro Nacional, é a União, ou seja, o acionista majoritário é o povo brasileiro.

Essa história de que vai faltar diesel se não for praticado o preço de mercado, que sobe a cada dia, soa como uma ameaça contra o povo. Parece que é inimigo do povo. 
Porque se aumentar o preço do combustível, aumenta a inflação, o preço de tudo. 
E ainda ameaça o escoamento da safra, porque diz que será no segundo semestre, exatamente quando haverá eleição. É estranho!

Então parece que o motivo é outro. Querem provocar inflação e gerar insatisfação contra o governo, atingir o caminhoneiro – 90% dos caminhoneiros são eleitores de Bolsonaro; atingir o escoamento da safra – 90% dos eleitores do agro, no mínimo, são eleitores de Bolsonaro. Será que tem uma motivação política eleitoral nessa história?

Parece uma ingênua tentativa de impor sob ameaça um preço alto no combustível para causar inflação e insatisfação para o povo, em especial para os caminhoneiros e para o agro. Parece que está muito bem dirigido isso. É uma hipótese que deixo para vocês pensarem a respeito.

Mudaram a biografia de Alckmin

Viram a última edição da nova biografia de Geraldo Alckmin formulada por Lula?  Ele disse em entrevista na rádio Band do Rio Grande do Sul que Alckmin foi contra o impeachment de Dilma Rousseff. 
Mas todo mundo sabe que ele foi a favor e, inclusive, fez manifestações a respeito.

Eu fico pensando se haverá novas versões mais para frente. Dizendo, por exemplo, que, em 2006, quando disputou a presidência com Lula, Alckmin estava torcendo por Lula. Os absurdos são tantos que a gente até admite que possa haver mais essa.

Donos do próprio nariz
A taxa de desemprego de 10,5% no trimestre que vai de fevereiro a abril é a mais baixa desde 2015. E tem mais. No ano passado, na pandemia, surgiram 682,7 mil microempresas e 122 mil empresas de pequeno porte.

Sabem o que é isso? Gente que não quer mais saber de carteira assinada. Que aparece como desempregado, mas na verdade é dono do próprio nariz, embora correndo os riscos do mercado.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES 

 

quinta-feira, 26 de maio de 2022

O preço pago pelos ‘donos’ da Petrobras - O Estado de S. Paulo

 J. R. Guzzo

Quando a estatal dá lucro, como acontece agora com a explosão do preço mundial do petróleo, os brasileiros não recebem um tostão furado

É óbvio que tem de haver alguma coisa profundamente errada com a administração pública de um país quando a sua maior empresa estatal, considerada como o templo universal da “presença estratégica do Estado na economia”, chega ao seu quarto presidente em três anos e meio de governo. Este último durou um mês, possivelmente um recorde mundial de rapidez no comando de uma petroleira do tamanho da Petrobras
Não há possibilidade, aí, de que alguém tenha acertado alguma coisa.  
Ou erraram quando ele foi nomeado para o cargo, porque o cidadão não tinha a menor condição de dar conta do serviço - ou erraram quando ele foi demitido, porque era competente demais e estava incomodando os outros habitantes do bioma onde se decidem essas coisas.

Nas duas hipóteses, quem leva na cabeça é a população brasileira – na teoria, e segundo os mitos e lendas do folclore político nacional, a proprietária da Petrobras. É o tipo de propriedade ruim de se ter. Quando dá prejuízo, como conseguiram fazer no governo do PT, todo mundo paga. Quando dá lucro, como acontece agora com a explosão do preço mundial do petróleo, os donos não recebem um tostão furado.

O novo e quarto presidente da Petrobras, acredite quem quiser, é formado em “comunicação social” pelo jeito, o governo acha que o problema da empresa, que nos últimos meses tem sido castigada por uma das piores tempestades de sua história, é de “imagem”. Quem sabe melhorando a “comunicação” o problema vai embora? 
É pouco provável que seja isso, porque já estamos no quarto presidente em menos de quatro anos e a crise da Petrobras fica cada vez pior. 
Mas, seja como for, a questão real está na cara de todo mundo, e ninguém até agora foi capaz de vir com uma única ideia coerente para ela: os preços que estão sendo pagos pelos “donos” da Petrobras nas bombas de combustível são caríssimos. 
São os preços atualmente pagos lá fora. Mas e daí? As pessoas não vivem “lá fora”.
 
Ninguém consegue entender por que o Brasil, produtor de petróleo, tem de pagar o explosivo preço internacional do produto – os custos internos de produção, refino e distribuição não são os mesmos? 
Não deveriam estar dentro dos limites da inflação brasileira? 
Por que estão repassando o preço imposto na Arábia Saudita para o petróleo produzido no litoral do Rio de Janeiro? 
Não se entende, mais ainda, que a Petrobras esteja “em crise” e tenha conseguido lucros mais de 30 vezes superiores aos que teve em seu último exercício. “Crise”? Como assim?  
As almas simples também perguntam por que a população não está recebendo os lucros da empresa na forma de combustíveis mais baratos. 
Ela, população, não é a proprietária da Petrobras, segundo garantem os políticos de esquerda, centro e direita? 
Não deveria, então, estar tendo algum benefício com isso? 
Se não recebe nada do lucro, deveria talvez receber algum trocado no preço, não é mesmo?
Ninguém consegue entender por que o Brasil, produtor de petróleo, tem de pagar o explosivo preço internacional do produto.
Ninguém consegue entender por que o Brasil, produtor de petróleo, tem de pagar o explosivo preço internacional do produto. Foto: Paulo Whitaker/Reuters
Naturalmente, observações como essas são desconsideradas sem maior discussão - são leigas, amadoras e deficientes do ponto de vista técnico, dizem os especialistas. 
A Petrobras deve ser gerida de acordo com o preço internacional do petróleo? 
Ou de acordo com os seus custos internos? 
Como se pode encontrar o melhor equilíbrio entre o petróleo que a empresa extrai no Brasil e os combustíveis que precisa importar, por que suas condições de refino não cobrem todas as necessidades da frota brasileira? 
 
Há uma multidão de engenheiros, economistas e outros luminares tratando do assunto; deveriam, após quase 70 anos de existência da Petrobras, ter chegado a algum tipo de consenso em relação a essas questões. É óbvio que não chegaram.
 
O que continua obscuro, de qualquer forma, é o possível proveito que o cidadão brasileiro tem a tirar da Petrobras. Os militantes do estatismo dizem que o lucro da empresa é bom, porque volta para o Estado e daí, supostamente, é aplicado no bem-estar geral dos povos. É uma piada. Jamais a Petrobras ganhou tanto dinheiro como hoje, e jamais a população esteve tão distante de participar dessa festa – ao contrário, está pagando mais caro do que nunca pelo combustível que compra no posto ou pelo gás que leva para casa.  
 
O lucro da Petrobras, todo ele, vai para buraco negro do Tesouro Nacional - onde se desmancha sem deixar nenhum vestígio que algum brasileiro possa perceber. O resto é conversa que não rende nada.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


quarta-feira, 23 de março de 2022

Futuro vice - General Braga Netto é garantia de amizade, discrição e confiança

Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

O presidente Jair Bolsonaro indicou já estar escolhido o seu candidato a vice-presidente na disputa para a reeleição. Disse ser ele um ministro nascido em Belo Horizonte e que tem formação militar. Será, portanto, o general Walter Souza Braga Netto, que estudou no tradicional Colégio Militar de BH e que se formou na Academia Militar das Agulhas Negras de 1978 – Bolsonaro foi da turma de 1979.

General Walter Braga Netto, atual ministro da Defesa, é favorito para compor chapa com Bolsonaro como candidato a vice-presidente - Foto: Alexandre Manfrim/Ministério da Defesa

Recentemente, Braga Netto foi interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, comandante militar do leste, chefe do Estado-Maior do Exército e ministro da Casa Civil de Bolsonaro no auge da pandemia, quando organizou um gabinete de crise que operou 24 horas por dia para atender aos estados, principalmente na crise de Manaus.

Hoje, ele é ministro da Defesa e uma garantia de amizade, discrição e confiança. Não é político, mas é uma garantia política, que dá respaldo, para o presidente Bolsonaro.
Lula ofende Congresso; Moro na Alemanha
Adversário de Bolsonaro nas eleições, o ex-presidente Lula disse que nunca viu um Congresso pior que o atual. Até achei estranho que um político experiente tenha resolvido ofender deputados e senadores que são cabos eleitorais de qualquer candidato à Presidência da República.

Estranho também é o candidato Sergio Moro que, em um momento de decisões e ajustes na sua chapa, esteja na Alemanha, distante, num congresso tecnológico. Estranha também foi a declaração da candidata do MDB, senadora Simone Tebet, que disse: "estamos doente de corpo e alma". Esse "estamos", se ela não restringir a "nós do MDB ou políticos", subentende-se que somos todos. 
Mas todos estamos doentes, de alma doente? 
Acho que não. Assim como Lula ofendeu os políticos, ela ofende os eleitores.
 
Bolsonaro pega ônibus
Nesta segunda-feira (21) foi aniversário do presidente Jair Bolsonaro e ele festejou indo de ônibus de casa para o trabalho, do Palácio da Alvorada para o Palácio do Planalto.

Foi em um ônibus movido à biometano, um gás produzido a partir da decomposição de lixões e dejetos da agropecuária, e que já está sendo usado para movimentar veículos experimentais em Ribeirão Preto (SP).

É mais um pioneirismo brasileiro, que já desenvolveu o etanol, o combustível vindo da cana de açúcar, e agora vem aí o combustível criado a partir de dejetos. E num momento em que o gás de cozinha e todos os derivados de petróleo estão muito caros.
 
China sai ganhando
Um analista palestino falando sobre a situação do Oriente Médio em função da guerra na Ucrânia disse que eles estão descontentes com os países petrolíferos e a política de Joe Biden, presidente dos EUA, sobre o petróleo. E afirmou que a Arábia Saudita convidou o presidente chinês Xi Jinping para fazer uma visita e que eles estão pensando em vender petróleo para a China em iuane, a moeda chinesa, e não em dólar.

Ou seja, é aquilo que se previa desde o início. As posições dos Estados Unidos afastam a Rússia, seus aliados e até outros países em direção à China. A sanção é um tiro saindo pela culatra.
 
 Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo
 

quinta-feira, 10 de março de 2022

Greta queria “salvar o planeta”, mas acabou só ajudando Maduro - Gazeta do Povo

Volto ao tema da minha coluna desta terça pois considero essa reflexão uma das mais importantes como lição da guerra da Rússia contra a Ucrânia. Trump disse na ONU, em 2018, que a Alemanha estaria cada vez mais dependente da energia russa e que isso era terrível. Trump era, não custa lembrar, acusado de ser "marionete de Putin". A fala despertou risos de deboche na comitiva alemã. E hoje, como estamos?

A esquerda ambientalista apostou todas as suas fichas na "energia limpa", e isso gerou apenas mais dependência do Ocidente ao petróleo e gás russos. A burocracia imposta pelas bancadas ambientalistas nos países desenvolvidos basicamente impediu a prospecção de novas fontes de petróleo, enquanto a tarefa era terceirizada para países com regimes nefastos.

É como fazemos em relação aos produtos baratos: terceirizamos a produção para a China, com mão de obra barata, pois o que os olhos não veem o coração não sente. É pura hipocrisia. A elite cosmopolita compra tudo "Made in China" e depois dorme com sua consciência tranquila por impor legislação rigorosa no seu quintal, para "proteger" os mais pobres. 

O Estado reajuste os tributos, mas não os valores que servem de referência, como a tabela de IR, Simples Nacional e MEI. O que, na prática, faz o cidadão pagar mais impostos.

O mesmo foi feito com a energia: para "salvar o planeta", os movimentos representados por gente como Greta Thunberg praticamente inviabilizaram a produção de energia "suja" no Ocidente, delegando tudo a países como Irã, Rússia, Arábia Saudita e Venezuela. "Como ousam?!", berrava a pirralha, e as lideranças frágeis ocidentais acatavam: é hora de banir a produção de combustível fóssil do mundo! Faltou combinar com os consumidores - e com os russos, claro.

Resultado: o Ocidente depende dessas nações agressoras, e precisa escolher o "menos pior" de acordo com as circunstâncias. Como a Rússia é o inimigo da vez, então sobrou a Venezuela, e o governo Joe Biden já negocia com o ditador socialista Nicolás Maduro um acordo. Greta queria "salvar o planeta", mas acabou só ajudando Maduro mesmo, nada mais.

Se a agenda ambientalista, histérica e sem respaldo na ciência, sem qualquer senso de prioridade, não sofrer um duro golpe político nessa crise, então é porque o Ocidente merece mesmo o destino decadente que se avizinha. 
Para o bem da civilização ocidental, espero que essa guerra promovida pela Rússia de Putin seja um despertar: passou da hora de abandonar as Gretas da vida e deixar os adultos sérios tomarem conta da política.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 8 de agosto de 2021

DESIGUALDADE ENTRE AS NAÇÕES Luiz Carlos Da Cunha

O desnível econômico entre indivíduos se mostra também entre nações, ainda que estas se pautem pela economia capitalista, de mercado. A desigualdade acontece na religião, cultura, tradições. Pode-se constatar que o sistema de produção e distribuição da riqueza capitalista, integra e confronta as nações com diferentes regimes políticos e religiosos, pois são governados pela concorrência. Sob a concorrência, há disputa pacífica ou bélica, de acordo com as circunstâncias.  Penso que ainda há um largo espaço para o desenvolvimento capitalista, como sua crescente abrangência tem se mostrando desde a metade do século XX.

Provam-no acontecimentos como a ruína da URSS, o salto econômico em quatro décadas da China. O conservadorismo islâmico do Irã e da Arábia Saudita estão engranzados na economia mundial pelo capitalismo, num desprezo olímpico dos versículos maometanos quando se trata de negócios.

Nesta constatação quero enfatizar que estes países financiam o terrorismo de Al Qaeda e Talebã, cujas ações criminosas feriram o ocidente, e agora se faz sentir no Afeganistão. Salvo o Egito islâmico e secular implantado pelos militares, o resto (sem ofender) são teocracias; por razões outras USA e Rússia e China contornam as contradições em benefício de interesses nacionais no tapete geopolítico. Eis onde desejava chegar: o desnível econômico de nações. Veja-se a África – um amontoado de países desenhados na geografia pelo colonialismo – ronceia no pré-capitalismo e na pobreza. O extremo Oriente vem a largos passos enriquecendo há cinco décadas. 

As teocracias se consolidam pelo fanatismo da crença, e elas permanecem fieis aos preceitos islâmicos de subjugar pela força as nações descrentes. Exibem a modernidade na arquitetura estirada na altura de mil metros em meio de população onde a mulher é mascarada sob a chibata do fiscal religioso. A legitimidade desta autoridade se atribui à divindade. Toda realeza precisa de deus para se proteger. Precisa inculcar a crença popular no deus que lhe garante a estabilidade do desnível de renda e a submissão moral e política da população. Os sistemas políticos ateus, herança comunista, recorrem às múmias dos ditadores embalsamados, feitos substitutos da divindade. A Coreia do Norte é um caso cômico: seu fundador morto   continua presidente vitalício; o país inventou o primeiro caso de necrocracia. Parece que a linha divisória do confronto dentro do bojo capitalista, cindirá o mundo: o islamismo paupérrimo de África e Oriente Médio em migração ameaçadora e a civilização rica dos infiéis orientais e ocidentais unindo  China, Rússia e EEUU. 

Artigos de Outros Autores - Luiz Carlos da Cunha  

 

quinta-feira, 8 de julho de 2021

Homossexualidade não é bandeira política - Gazeta do Povo

Sair do armário e se assumir gay, no Irã ou na Arábia Saudita ou qualquer país islâmico, sem dúvida é um ato de coragem, ou suicídio mesmo. No Irã os homossexuais ainda são mortos pelo regime dos aiatolás. Mas quem pode achar que, em pleno século 21, admitir a homossexualidade seja um ato de bravura? É a coisa mais natural do mundo...

Não quero dizer, com isso, que não existam casos isolados de homofobia. Existem, como existem de racismo, e todos devem ser condenados e punidos. O que é bem diferente de censurar quem, por questões morais ou religiosas, considera o comportamento homossexual pecaminoso. Isso é um direito do indivíduo numa sociedade livre também.  O grande problema é que os movimentos LGBT transformaram a inclinação ou opção sexual numa bandeira política, e já vimos até placas com dizeres bizarros como "meu fiofó (era outro termo) é revolucionário". Conheço vários gays que abominam os movimentos LGBT por conta disso, e também por promoverem a promiscuidade e a baixaria como se todo gay tivesse que agir dessa forma.

É por isso que usar a homossexualidade como bandeira política no Ocidente em pleno século 21 é confissão de falta de consistência das ideias. Quase ninguém liga para o que adultos fazem entre quatro paredes. Mas o povo liga para o autoritarismo "científico" dessa turma, que destrói empregos. Isso sim! Foi exatamente o ponto de Guilherme Fiuza ao comentar a "revelação" do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, ao assumir sua homossexualidade na entrevista com Pedro Bial: Governador do Rio Grande do Sul revela que é gay. Com quem ele dorme é problema dele. O que ele tem que revelar é onde está o laudo de eficácia do lockdown desvairado que impôs à população e como se salva vidas bloqueando gôndola de supermercado. Totalitarismo não tem sexo.

Luciano Huck e outros já saíram em apoio ao governador pela "coragem". Que coragem?! Repito: exige muito mais coragem alguém do meio artístico se assumir de direita! Isso sim, pode comprometer a carreira, atrair retaliação, transformar o conservador num pária social em certos círculos "inteligentinhos". Se o sujeito sair do armário com vontade e ainda confessar que votou em Bolsonaro, isso poderá ser seu fim!

Não é Leite que tem coragem, portanto, mas sim quem ainda tenta esconder que é gay hoje em dia, por covardia. E tem gente que faz isso mesmo com todos sabendo de sua homossexualidade. E, por falar em tucanos, o governador Doria disse que "faria exatamente o oposto do que o Bolsonaro fez" sobre condução da pandemia. Uai, mas o governador Agripino teve a autonomia garantida pelo Supremo para fazer tudo diferente, adotou fases coloridas de restrições e tudo, e o resultado foi péssimo...

O que o Brasil precisa é de um debate sério de ideias, principalmente sobre o que alguns vêm repetindo em nome da ciência, monopolizando seu uso de forma absurda e autoritária. Chamar de "negacionista" quem discorda de medidas como o lockdown, que não apresentou bons resultados em lugar algum, não vai encerrar o debate, mas sim expor a falta de consistência de quem se esconde atrás desse rótulo vazio.

É tão frágil quanto se esconder atrás da homossexualidade em pleno século 21,
em países ocidentais livres...

Rodrigo Constantino,  colunista - Gazeta do Povo - VOZES

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Presidente dos Estados Unidos começa a governar, tomando medidas contra a vida = apoiando o aborto

EUA deixam aliança internacional contra o aborto apoiada por  Bolsonaro

Junto com o ex-presidente Donald Trump, o governo brasileiro foi um dos principais apoiadores do grupo de 32 países

O governo de Joe Biden anunciou nesta quinta-feira, na Organização Mundial da Saúde (OMS), que vai apoiar ações em educação, saúde e direitos sexuais reprodutivos, além de voltar a financiar organismos internacionais e organizações que trabalham com esses temas. Com essa nova posição, Biden põe uma pá de cal sobre a política abraçada por seu antecessor, Donald Trump, de combater o aborto internamente e em fóruns internacionais. Ao mesmo tempo, indica a saída dos EUA de uma aliança internacional contra o aborto, anunciada em outubro do ano passado, apoiada com ênfase pelo presidente Jair Bolsonaro. [com apenas um dia de governo, o novo presidente americano adota medidas covardes e cruéis, contra seres humanos inocentes e indefesos.
Com tais medidas um apelido já  usado para identificar os Estados Unidos, volta a ter motivos para ser empregado: "Grande Satã".
A propósito: o que o mundo pode esperar de um governo de esquerda? adepto do politicamente correto e da política de desvalorizar VALORES do BEM, que incluem, sem limitar: a FAMÍLIA, a MORAL,  à RELIGIÃO, à  VIDA.]
A aliança internacional, denominada Consenso de Genebra, é formada por 32 países. Além de Brasil e EUA, aderiram ao documento Arábia Saudita, Polônia, Iraque, Indonésia, Egito, Congo, Paquistão e Zâmbia, entre outros. 
Os governos dessas nações decidiram vetar todos os termos relacionados à saúde reprodutiva e direitos sexuais em programas e resoluções internacionais. 
Eles argumentam que o uso desses termos seria uma abertura para a legalização do aborto, o que as organizações internacionais negam, já que as resoluções não se sobrepõem às leis nacionais

Para fontes da área diplomática do Brasil, não há como essa aliança internacional não ser afetada negativamente com a saída de um de seus principais integrantes. Porém, durante sua intervenção na reunião desta quinta-feira na OMS, a delegação brasileira informou que está "pronta e disposta" a trabalhar com os EUA e todos os outros países para fortalecer a organização.

No Brasil, o aborto só é permitido em três situações: quando há risco de morte para a mulher, causado pela gravidez; a gravidez é resultante de um estupro; ou se o feto é anencefálico.A participação dos EUA na reunião da OMS marcou a volta do país à organização, depois do rompimento promovido por Trump no ano passado e revogado por decreto por Biden logo depois da sua posse na quarta-feira.

Segundo o  chefe da delegação americana na reunião, Anthony Fauci — que há décadas é diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA —, o governo Biden vai acabar, nos próximos dias, com as restrições que impedem que o governo federal americano repasse verbas para organizações dentro e fora dos EUA que lidam com o planejamento familiar e não refutam explicitamente o aborto. Ele também anunciou na reunião que os EUA passarão a financiar o consórcio Covax, que visa distribuir vacinas contra a Covid-19 para países pobres.

Fauci disse que a nova política em relação ao aborto faz parte do compromisso de Biden de revogar a chamada "Política da Cidade do México", adotada no governo de Ronald Reagan (1981-1988) e pelos governos republicanos desde então. Trump ampliou a política, com proibição de repasse de recursos para qualquer tipo de ajuda à saúde — como tratamentos de HIV, tuberculose e maláriase as organizações beneficiadas não firmassem um compromisso contra o aborto. [as crianças, assassinadas pelas mães no aborto - ainda na barriga de quem as concebeu = que deveria, e deve, ser o lugar mais seguro do mundo para elas =  possuem mais direitos à vida do que os portadores de HIV, tuberculose, e malária (esses tem direitos à vida e a todo o tratamento médico, são seres humanos, só que como é sabido as crianças são prioridade em qualquer ação de salvamento = especialmente as que são vítimas da sanha assassina das próprias mães.]

Em direção contrária a Donald Trump, Fauci elogiou a OMS e chamou o diretor-geral do organismo, Tedros Adhanom, de "querido amigo".Tenho a honra de anunciar que os Estados Unidos continuarão sendo membros da OMS. Os EUA também pretendem cumprir suas obrigações financeiras com a organização — disse.[o número de mortos pela covid-19, nos EUA e no mundo, comprovam a eficiência de Fauci no combate à pandemia nos EUA e do Adhanom no comando da OMS.] no mundo, comprova.

Mundo - coluna de Eliane Oliveira em O Globo


segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Índia vai barrar exportação de vacina da AstraZeneca, diz CEO de instituto

A Anvisa aprovou a importação de 2 milhões de doses dessa vacina, que é a principal aposta do governo federal para a imunização contra o coronavírus

A Índia não permitirá a exportação das doses que produzirá da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford pelos próximos meses, de acordo com declaração do CEO do Instituto Serum da Índia, Adar Poonawalla, no domingo (3!1). A instituição foi contratada para produzir 1 bilhão de doses do imunizante para países em desenvolvimento.
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação de 2 milhões de doses dessa vacina, que é a principal aposta do governo federal para a imunização contra o coronavírus. Não há, ainda, informações se - ou como - a decisão do governo indiano impactará o Brasil. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) tenta reverter o eventual veto do governo indiano para a exportação de vacinas. O laboratório brasileiro articula a importação dos 2 milhões de doses prontas, o que permitiria antecipar para janeiro o calendário de imunização no Brasil.
 
A vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford recebeu autorização emergencial do órgão regulador indiano no domingo, mas com a condição de que o Instituto Serum não exporte as doses para que, assim, o país consiga garantir a vacinação das populações mais vulneráveis. Segundo Poonawalla, a determinação também impede a comercialização do imunizante no mercado privado. "Só podemos dar (as vacinas) ao governo da Índia no momento", disse Poonawalla, acrescentando que a decisão também foi tomada para evitar o encarecimento do imunizante.
 
Como resultado, de acordo com ele, a exportação de vacinas para a Covax (iniciativa da Organização Mundial de Saúde para garantir acesso equitativo aos imunizantes contra a covid-19) deve começar apenas em março ou abril. Com as nações ricas reservando a maior parte do que será fabricado neste ano, o instituto (o maior produtor de vacinas do mundo) provavelmente será o principal produtor do imunizante para as nações em desenvolvimento.
 
O CEO afirmou, ainda, que o instituto está em processo para assinar um contrato com a Covax para a produção de 300 milhões a 400 milhões de doses, o que deve ocorrer nas próximas semanas. Isso vai além dos dois pedidos já existentes de 100 milhões de doses cada para a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford/Astrazeneca e para a Novovax. De acordo com ele, as primeiras 100 milhões de doses foram vendidas ao governo indiano por US$ 2,74, a dose, mas que os preços devem ser elevados nos próximos contratos. A vacina será vendida no mercado privado por US$ 13,68 a dose.
 
A entrega do primeiro lote deve ocorrer entre 7 e 10 dias, após a conclusão do contrato com o governo indiano. Ainda segundo o CEO, a companhia planeja fornecer de 200 milhões a 300 milhões de doses à Covax até dezembro de 2021. "Nós não conseguimos vacinar a todos agora. Nós temos que priorizar", afirmou.
O instituto também está negociando um acordo bilateral com outros países, como Bangladesh, Arábia Saudita e Marrocos. "Para que pelos menos os Estados mais vulneráveis de nosso país ou em outras partes de outros países sejam atendidos", disse Poonawalla, que acredita que haverá uma escassez de vacinas contra o coronavírus no próximo ano.

Reino Unido
Um britânico de 82 anos se tornou a primeira pessoa do mundo a ser vacinada com o imunizante produzido pela parceria Oxford/AstraZeneca fora da fase de testes. A vacina começou a ser aplicada pelo governo do Reino Unido nesta segunda-feira (4/1). O aposentado Brian Pinker foi o primeiro a receber a dose da vacina, no Hospital Churchill, em Oxford.
 
O imunizante da Oxford/AstraZeneca foi aprovado no Reino Unido em 30 de dezembro, após análise de todos os dados fornecidos pelos pesquisadores. O governo do primeiro-ministro Boris Johnson garantiu 100 milhões de doses da vacina, que podem ser armazenadas em temperaturas de geladeira entre dois e oito graus, tornando-a mais fácil de distribuir do que a injeção da Pfizer/BioNTech. 
 
Agência Estado - Agências Internacionais 
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

As riquezas dos maricas - William Waack

O Estado de S. Paulo

Bolsonaro é o pior inimigo de si mesmo quando se trata de ridicularizar sua autoridade

Era óbvio e esperado que, ao perder a aposta feita em Donald Trump, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro fosse incluído na coluna “perdedores” em todas as listas de governantes que se deram mal com a vitória de Joe Biden. [sic] Não são poucos, e incluem países tão diferentes entre si como Israel, Arábia Saudita, Turquia, Reino Unido e Hungria. Mas o que a língua solta do presidente está produzindo é uma rápida perda da própria autoridade

A popularidade que resulta de auxílios emergenciais é tão efêmera quanto a duração desses auxílios, e até aqui o governo não conseguiu dizer como vai incluir uma renda básica no Orçamento do ano que vem (que, aliás, não foi votado). Sim, é popularidade que pode ser reconquistada, ainda que a custo literalmente alto para os cofres públicos – e enquanto a economia não sofrer desarranjos maiores, fantasma que o próprio ministro Paulo Guedes anda alimentando.  

[Paulo Guedes deveria ter sido defenestrado do governo Bolsonaro antes da posse do presidente;

Paulo Guedes funciona na base de 'balões de ensaio' e manobras diversionistas. Exemplos: desde o inicio do governo que ensaia voltar com a CPMF, sob outro nome só que pior, ensaia, recua, volta a ensaiar, novo recuo e ao tempo que distrai os incautos com a CPMF, afunda com a caderneta de poupança - uma forma de desviar recursos daquela aplicação para os investimentos de risco. 

Tem  banco oferecendo investimento que rende quase 200% do CDI e diz que rende o dobro da poupança = ótimo, só que mesmo rendendo o dobro da poupança serão necessários quatro meses de investimento para repor o 'espirro' da inflação de outubro.]

A briga de Bolsonaro com a vacina “chinesa” conseguiu gerar desconfiança em qualquer vacina, justamente quando os especialistas alertam para o fato de que o Brasil provavelmente enfrentará uma segunda onda de covid-19, tal como acontece no momento na Europa e nos Estados Unidos. E a politização afeta a confiança em duas instituições essenciais para saúde pública: as que produzem a vacina (como o Instituto Butantan) e as que regulam sua aplicação (como a Anvisa). O resultado geral é péssimo para todos os governantes e causou séria apreensão nos governadores.[a 'briga' pela vacina é estúpida, independente dos brigões, por ser uma peleja por algo que não existe.

O presidente Bolsonaro pode, e deve, acabar com essa discussão por uma vacina inexistente, calando a boca de todos. Para tanto, basta convocar as redes sociais e ao vivo e em cores chega, desfere um murro na mesa - daqueles que fazem o que estiver em cima mesas saltar mais que pipoca - e declara que na condição de presidente  do Brasil decreta que no dia em que for apresentada oficialmente ao seu Governo, uma vacina contra a covid-19 ela será comprada. 

O produto ofertado, deverá ser uma  vacina comprovadamente testada, segundo protocolos científicos específicos, apresentando uso seguro e eficácia comprovada. Atendido esses requisitos, seu governo comprará a quantidade de doses disponíveis, limitadas a 50% do total atual da população brasileira. 

Assumindo tal compromisso o senhor cala a boca de todos - incluindo a do deputado que preside a Câmara, de todos que insistem em dar pitacos no seu Governo, dos que querem governar sem votos e sem mandato para tanto.]

Da mesma maneira, pode-se argumentar indefinidamente sobre quem atrasa mais a aprovação das reformas que lidem com a questão fiscal, se é o Congresso ou se é a equipe do Ministério da Economia. Mas, no sistema político brasileiro, é o presidente quem tem o poder de ditar a agenda política, e a pergunta cada vez mais pesada no ar é se alguém sabe o que Bolsonaro pretende além de manter popularidade a um custo que a passagem do tempo só torna mais caro do ponto de vista fiscal.

O grau de isolamento internacional do Brasil por conta das apostas de Bolsonaro é inédito, ainda que lhe reste o consolo de estar na companhia de países como China, Rússia e México, que até aqui se recusam a parabenizar Joe Biden pela vitória nas eleições presidenciais. Ocorre que esses três países tem contenciosos importantíssimos com os Estados Unidos, enquanto Bolsonaro está aparentemente ávido para encontrar um: a Amazônia.

Biden mencionou US$ 20 bilhões de possível ajuda, o agronegócio tecnológico e nossa matriz energética têm tudo para ganhar num impulso rumo à economia “verde”, mas o presidente prefere falar de “pólvora” quando esgotar a diplomacia em relação à pressão americana em questões ambientais. No caso brasileiro, nossa diplomacia esgotou-se ao exercer a ridícula opção preferencial de se subjugar a Donald Trump. Os que realmente possuem “pólvora”, como China e Rússia, não ficam falando disso. De qualquer forma, faltou Bolsonaro esclarecer como pretende usar eventualmente pólvora para enfrentar os malandros de olho nas nossas riquezas, se ele considera que preside um país de maricas. 

William Waack, jornalista - Opinião - O Estado de S. Paulo



domingo, 1 de novembro de 2020

A privataria da saúde não toma jeito - Elio Gaspari

Folha de S. Paulo - O Globo 

Costuraram no escurinho de Brasília um avanço sobre as Unidades Básicas de Saúde do SUS, conseguiram um decreto, que gerou gritaria e acabou sendo retirado

Costuraram no escurinho de Brasília um avanço sobre as Unidades Básicas de Saúde do SUS, conseguiram um decreto, provocaram uma gritaria, tomaram um momentâneo contravapor de Bolsonaro e avacalharam o general Eduardo Pazuello. [atualizando: o general Pazuello está de alta.] Seu ministério disse que a ideia veio da ekipekonômika. Já o doutor Guedes disse inicialmente que ela veio do ministério do general.

Em 2019, essa turma produziu em segredo um projeto que virava de cabeça para baixo a legislação que rege os planos de saúde. Tinha 89 artigos, nenhum a favor da clientela. A peça havia sido produzida num escritório de advocacia por um consórcio de entidades, seguradoras e operadoras, e a consulta ao seu texto era sigilosa. Divulgada, a armação explodiu e ficou sem pai nem mãe. Covardemente, ninguém saiu em sua defesa, nem os autores. De lá para cá, veio uma pandemia e roubalheiras público-privadas com a saúde foram expostas em Rio, Amazonas, Pará, Brasília e Santa Catarina. Três secretários de Saúde passaram pela cadeia, e dois governadores estão com o mandato a perigo.

Individualmente, entre os çábios da privataria médica há renomados profissionais, ou respeitados gestores. Coletivamente, eles se misturam com larápios e operadores do escurinho de Brasília, incapazes de botar a cara na vitrine. Se praticassem esse tipo de promiscuidade no tratamento de seus pacientes privados, a medicina brasileira já teria migrado para Miami. 

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Witzel saudita

O doutor Wilson Witzel (Harvard Fake’ 15) ameaça: “Se perceber que há perseguição política e cooptação das instituições contra mim e a minha família, pretendo pedir asilo político no Canadá”.
Ex-juiz, Witzel deve procurar um advogado ou pensar num outro tipo de fuga. É improvável que a embaixada do Canadá dê asilo político a um cidadão acusado de improbidade que tenha sido afastado do governo num processo público e irretocável.

Isso, fazendo-se de conta que o governador afastado do Estado do Rio defendia os direitos humanos quando dizia que “a polícia vai mirar na cabecinha e… fogo”.
O Canadá tem uma tradição humanitária e recebeu dezenas de milhares de refugiados, quase todos do andar de baixo. Talvez Witzel possa tentar a Arábia Saudita, que em 1979 asilou o balofo ugandense Idi Amin Dada, ou Marrocos, onde o larápio general congolês Mobutu terminou seus dias.

Guedes x Marinho

O doutor Paulo Guedes sempre soube que a Febraban opera a serviço dos bancos, até porque já esteve naquele lado do balcão. Como ministro, atacou a guilda acusando-a de financiar “estudos que não têm nada a ver com a atividade de defesa das transações bancárias, financiando ministro gastador para ver se fura o teto, para ver se derruba o outro lado”.

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Folha de S. Paulo - Jornal O Globo - Elio Gaspari, jornalista - MATÉRIA COMPLETA

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

O centrão se bolsonarizou, não o contrário - Folha de S. Paulo

Conrado Hübner Mendes

Bolsonaro, calado, não vira poeta; moderação está nos olhos de quem não vê

Bolsonaro não foi ao centro. O centrão foi a Bolsonaro. Centrão só é centro para o idiota da literalidade, que dá as mãos ao idiota da objetividade e olha o país desde sua câmara hiperbárica de análise política. Na biologia do Planalto, centrão é um animal invertebrado que parasita o interesse público e o desfigura. Não é centro pois não tem substância nem de centro, nem de qualquer coisa. Esse corpo sem alma abraça Deus e o Diabo se Deus e o Diabo o deixarem se locupletar.

Produziu-se nesses anos vasta literatura sobre riscos à democracia. Relatórios e livros explicaram que o golpe saiu de época e foi substituído por técnicas menos espetaculares de fechamento. No lugar do tanque, a demolição gradual, parede por parede. A desconstrução, não a implosão, mostrou-se mais eficaz nessa onda de autocratização pelo mundo.  Para surpresa geral, Bolsonaro parecia jogar à moda antiga e insinuava intervenção militar no STF. O golpe fraquejou e se encerrou na notinha de Heleno advertindo sobre "consequências imprevisíveis". Muitos dos que alertavam que o golpe não era o verdadeiro risco agora respiram aliviados e anunciam "risco superado".

Afinal, o golpe falhou. E, se não há golpe, há triunfo democrático. O raciocínio não tem lógica mas agrada o coração. Foram só 20 meses de governo e a análise política voltou a adotar a certeza categórica como estilo retórico. A pílula tranquilizadora saiu até em capa de revista. A ciência política, escaldada, não recomenda tamanha confiança. Se foi manobra de genialidade política ou sorte, não importa. Funcionou bem. Bastou gesto tático do presidente, receoso com os casos criminais que o implicam, e proclamaram vitória da "democracia risco zero". A profecia se autorrealizou com o toque do centrão.

A democracia com déficit de atenção se acalmou, mas os fatos narram história diversa: à medida que a morte se espalha e o negacionismo pandêmico se reforça, o autocrata amplia popularidade e chance de reeleição (momento-chave no script da autocratização). 

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Gilmar Mendes demorou a se reacomodar no tabuleiro desde 2018. Teve até que chamar Bolsonaro de genocida e amansar generais antes de voltar a ser o eixo gravitacional do xadrez de Brasília. [Gilmar Mendes foi quem ouviu de um general o que não queria e na hora o termo genocídio sumiu do seu vocabulário.]  Pela sua sala de jantar passam hoje a reeleição de Alcolumbre e Maia na presidência das Casas do Congresso e a nomeação de novos ministros do STF. Bolsonaro foi lá pedir a bênção ao ministro que julga seus interesses.

O bolsonarismo, com ou sem Bolsonaro, é a mais agressiva ameaça à democracia brasileira. Bolsonaro, calado, não vira poeta. Se o estilo de governo mudou, suas ações e inações seguem esvaziando políticas públicas, intoxicando o espaço cívico e combatendo os canais de produção da verdade. Pode chegar a hora em que Bolsonaro se torne dispensável. Moderação está nos olhos de quem não vê.

Conrado Hübner Mendes, professor de direito constitucional - Folha de S. Paulo 


terça-feira, 4 de agosto de 2020

Estupro jurisdicional - Folha de S. Paulo

 Hélio Schwartsman

É fácil ver que o caminho escolhido por Alexandre de Moraes, no caso das fake news, não passa no teste kantiano da universalização da regra

[dos ministros do Supremo que se consideram 'supremos' ministros - não todos, há duas ou três exceções - o ministro Moraes é o que se considera o mais 'supremo'.
Talvez o fato de presidir um inquérito em que investiga, denuncia, decreta prisões, julga e condena, fortaleça esse autoconceito, equivocado.]
É preocupante a pretensão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de fazer com que suas decisões no chamado inquérito das fake news valham não apenas para a operação brasileira de empresas como Facebook e Twitter mas também para a internacional. Aqui, o ministro extrapola sua jurisdição e o faz com um viés autoritário. É fácil ver que o caminho escolhido por Moraes não passa no teste kantiano da universalização da regra.

Em vários países da África e do Oriente Médio, a homossexualidade é crime. 
Se juízes dessas nações podem estender sua jurisdição para aplicativos sediados no exterior, então teríamos de aceitar como legítima a ordem de um magistrado da Arábia Saudita para derrubar sites americanos de pornografia e de encontros. 
A moral prevalecente na internet seria a da mais retrógrada das nações.


Obviamente, esse raciocínio não vale apenas para questões relativas a sexo, aplicando-se também a opiniões políticas, estudos científicos, peças artísticas etc. Se é o Taleban que está no poder no Afeganistão, então até o site do Louvre poderia ser censurado, já que traz imagens de estátuas que, na interpretação das autoridades judiciais daquele país, seriam ilegais.

Não há dúvida de que certas fake news e radicalismos, incluindo falas de bolsonaristas, são socialmente nocivos. Por vezes, constituem crimes, que podem e devem ser combatidos. Se a ofensa for séria o suficiente, será um ilícito em qualquer nação, abrindo caminho para a cooperação judicial entre países. [caso da pedofilia; aliás, um jornalista inimigo do presidente Bolsonaro e do Brasil, tentou usar a cooperação internacional no combate a crimes tipo pedofilia, para justificar a pretensão do ministro condutor do inquérito do fim do mundo de ter jurisdição universal.]

Caso contrário, acabarão prevalecendo as normas das nações mais liberais, pois é nelas que as empresas globais de internet tendem a estabelecer-se. E esse é um dos milagres da rede. 
Ela cria uma espécie de concorrência entre legislações nacionais capaz de gerar um círculo virtuoso de promoção da liberdade e do cosmopolitismo. 
A pretensão de Moraes de enquadrar o Facebook é a negação disso. 

 Hélio Schwartsman, colunista - Folha de S. Paulo


terça-feira, 9 de junho de 2020

Cortando as asinhas - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

‘Grande problema’ não são atos pró-democracia, mas falta de governo, de estatísticas, de pudor
À deriva, o governo faz água por todo lado. O presidente Jair Bolsonaro continua fora de órbita, em outro planeta, Moro caiu, Mandetta foi demitido, Nelson Teich desistiu, Paulo Guedes sumiu, o Ministério da Saúde acabou e o da Economia submergiu, enquanto outras pastas pintam e bordam, sem rumo, sob aplausos do presidente. Ou o rumo é romper com a China, estorricar a Amazônia, prender ministros do Supremo e governadores? Uma situação melancólica, ou desesperadora.

Nem a exposição da reunião de 22 de abril, uma síntese do governo, que gerou ou alimentou investigações no Supremo, conteve Bolsonaro. Conforme o Estadão, foi ele quem deu, pessoalmente, a ordem para o Ministério da Saúde divulgar “menos de mil mortes por dia” e “acabar com matéria do Jornal Nacional”. [sem alarde, o horário de divulgação poderia ser adiado para  22h - obtendo o tempo necessário para conferir os dados e corrigir eventuais erros.
Agindo dessa forma não haveria espaço para o Poder Judiciário ser provocado por insatisfeitos e  intervir em ato do Poder Executivo. 
Houve alarde, elevação à condição de motivo principal um mero efeito colateral e com isso motivou mais uma intervenção do Poder Judiciário em um órgão do segundo escalão do Poder Executivo da União.] 

Pois entrou plantão extraordinário na novela, o Congresso está criando uma central própria e Estadão, G1, O Globo, UOL, Folha e Extra fecharam parceria para prestar as informações que o governo sonega ou manipula. O dr. Jair, epidemiologista, assumiu desde o início uma cruzada particular contra o isolamento social adotado no mundo todo. O dr. Jair, cientista, determinou o uso indiscriminado da cloroquina sem qualquer aval internacional ou nacional. Agora, o deus Jair decide quantos são os mortos do coronavírus. Danem-se os fatos e as mortes. O que importa é a versão do dr. Jair, o Messias Bolsonaro.

É triste, e preocupante, o desmanche do Ministério da Saúde – um antro de esquerdistas, segundo Damares. E é igualmente triste, e preocupante, que generais e coronéis se disponham a assumir o jogo sujo, sem nunca terem visto uma curva epidemiológica, mas prontos para a “missão”: bater continência e cumprir as ordens do presidente que nenhum médico decente cumpriria. “Às favas os escrúpulos de consciência” – e a condenação da história. Por que a prioridade para a “mudança de metodologia” na contagem de vítimas a esta altura? A quem enganam? [Qual a importância - para a sociedade e para o combate à pandemia - que a divulgação passasse para as 22h.
Tornou-se regra combater tudo que o Poder Executivo faz. Mas, o pior mesmo, é que o Presidente da República alimenta, municia, seus inimigos.
E não reage, dentro da legalidade,  a cada pancada desferida contra o Poder Executivo.
A regra tem que ser simples: recebeu uma liminar contrariando medida de governo - recorre ao Plenário do STF. Vale lembrar que a então presidente do STF, validou uma decisão de um juiz federal do Brejo do Fim do Mundo impedindo o presidente Temer de nomear um ministro - ele recorreu e tempos depois o Plenário do STF decidiu que a ministra estava errada.
Legislativo fez boicotou, retardou, impediu alguma ação do Poder Executivo, recorre ao STF. ]
Com os mortos passando de 37 mil, as empresas e os empregos derretendo e a previsão de queda de 8% do PIB, o presidente declara, sem o menor pudor, que “o grande problema” do momento são as manifestações de domingo pró-democracia, contra o racismo e o próprio Bolsonaro. “Estão botando as manguinhas de fora”, acusou. [IMPÕE DESTACAR A VERDADE: o presidente Bolsonaro não pode ser acusado, sequer em pensamento - se o  for, será uma acusação injusta, infundada e até criminosa:  ELE NÃO É RESPONSÁVEL pelo desemprego nem pela queda do PIB - a responsabilidade está com os governadores e prefeitos, devidamente avalizados pelo STF.]

Definitivamente, o grande problema do Brasil não são as novas manifestações, é a gritante falta de governo, que choca o País e o mundo. Como explicar que o presidente brasileiro não apenas guerreia com a realidade como passa a assassinar as estatísticas da pandemia? Fraudar ou dourar o número de mortos e contaminados não é próprio de democracias. Estamos em más companhias – Venezuela, Coreia do Norte e Arábia Saudita – e até por isso, apesar das dúvidas e das críticas legítimas que cercam a realização de manifestações neste momento, a resistência das instituições, das entidades, da mídia e das ruas vai encorpando e encorajando as pessoas a gritarem “basta!”.

Quem “botou as manguinhas de fora” primeiro? Não foram os que foram às ruas só no último domingo, mas, sim, os bolsonaristas que afrontaram as recomendações da OMS e de quase todos os países para fazer aglomerações em atos contrários ao STF e ao Congresso, usando até o QG do Exército como fundo. E o que dizer dos 30 alucinados que se dizem 300 e se plantam armados na Praça dos Três Poderes?

Os vários manifestos, os atos pró-democracia e a união nacional proposta por Fernando Henrique, Marina Silva e Ciro Gomes não são ataque, são movimentos de defesa. Exatamente para “cortar as asinhas” do “gabinete do ódio” do Planalto e dos golpistas estimulados pelo presidente da República e pelas redes sociais, com o beneplácito das Forças Armadas.

Eliane Cantanhêde - O Estado de S. Paulo