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quarta-feira, 1 de março de 2023

Pesquisa mostra opinião de juízes sobre uso de toga e crucifixo

A maioria dos juízes brasileiros acredita que o uso de toga durante a realização de audiências é uma tradição que deve ser mantida no Poder Judiciário: 51%. No caso de Porto Rico, a aprovação à medida chega a 100%. Em último lugar no ranking de países da América Latina, o Uruguai registrou 18% de concordância.

Os dados integram a pesquisa “Perfil da Magistratura Latinoamericana”, realizado pelo Centro de Pesquisas Judiciais (CPJ) da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) em parceria com a Federação Latinoamericana de Magistrados (FLAM) e o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).

O estudo ouviu 1.573 juízes, de 16 países, entretanto, somente 11 deles constaram do relatório final – Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Panamá, Porto Rico, República Dominicana, Uruguai e Brasil –, pois não se obteve um quantitativo mínimo de respostas para os demais.

De acordo com o presidente da AMB, Frederico Mendes Júnior, os resultados indicam a disposição da magistratura de se conectar com o contexto atual ao mesmo tempo em que cultiva características que sempre distinguiram o Judiciário. “A toga não influencia o trabalho do juiz, mas a forma como ele é visto pela sociedade”, explicou. “No final, o que importa, claro, é a manutenção de uma postura imparcial diante das provas do processo.

O presidente da AMB também chama a atenção para outras estatísticas apresentadas no levantamento, como a que demonstra que 96% dos juízes brasileiros concordam que os magistrados devem usar linguagem acessível em audiências e sessões, de modo que todos os presentes compreendam o que está em discussão.  “O acesso à Justiça é um direito constitucional que vai além da possibilidade de o cidadão ingressar com uma ação judicicial”, complementou Frederico Mendes Júnior. “Sem compreender o que se passa nos tribunais, a população não poderá exigir a plena garantia de seus direitos.”

Matheus Leitão - Jornalista, Revista VEJA


sábado, 25 de fevereiro de 2023

Desarmamento - Não adianta nada tirar armas sem combater a cultura da violência - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Governo Lula já revogou uma série de normas sobre posse e porte de armas do governo Bolsonaro - Foto: Hugo Harada/Arquivo Gazeta do Povo/Arquivo
 
A agropecuária brasileira está meio assustada. A avicultura está preocupada com a gripe aviária na Argentina, e agora apareceu um caso de vaca louca no Pará; a carcaça foi totalmente queimada. 
A China e o Canadá levaram um susto, porque recebem carne brasileira. Este é o primeiro desafio para o atual governo, para o novo ministro da Agricultura, que é do ramo. Não podemos deixar entrar a gripe aviária – o Rio Grande do Sul é o estado mais próximo – e precisa ficar bem claro que este caso de vaca louca é isolado.
 
O mundo inteiro está de olho no nosso agro. Nós somos o terceiro maior produtor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.  
Já ultrapassamos a Rússia, grande produtora de grãos, graças ao quê? Aos brasileiros, que trabalham muito, 24 horas por dia, que não ficaram esperando o governo trabalhar por eles.
Eventos climáticos extremos não são novidade, nós é que não investimos em prevenção
 
Na quinta-feira, alguns ministros foram ao Rio Grande do Sul ver as consequências da seca. Vale para a seca o que vale para as chuvas no Rio de Janeiro e São Paulo. Acontece todos os anos, não é novidade.
É preciso haver uma estrutura que diminua os efeitos, as consequências ruins, tanto na Serra do Mar quanto no pampa gaúcho, onde a seca é mais severa: investir em irrigação artificial, reservas, reservatórios.
 
Quem tem de perder a arma é bandido, não quem tem posse legalizada
Estive em Sinop nos anos 1970, era uma rua só; agora é uma cidade imensa, no coração da grande produção de algodão, de milho e de soja desse Brasilzão
E foi horrível essa execução de sete pessoas num salão de sinuca, obra de dois homens armados que perderam o jogo, saíram, foram buscar armas, voltaram e simplesmente se vingaram de todo mundo, inclusive dos espectadores que estavam por ali e não tinham nada a ver. 
O ministro da Justiça já aproveitou para continuar sua campanha para retirar armas de fogo não dos bandidos, mas das pessoas que têm as armas legalmente. 
 Queria ver tirar todas aquelas armas de fogo dos bandidos no Rio de Janeiro. [no Rio o ministro Fachin proibiu que a polícia entre nas favelas; qualquer movimentação policial e os bandidos correm para as favelas  - com suas armas = arsenal moderno formado por armas com grande poder de fogo  e ficam livres de serem incomodados pelos policiais.]
 
Voltando à questão das armas, pesquisei as estatísticas do Distrito Federal sobre mulheres que foram mortas. Dos 65 casos de feminicídio, como passaram a chamar esse crime, a maior parte não foi por arma de fogo: apenas 13, ou seja, 20%, dois casos em cada dez
Nos outros 52 usaram faca, usaram as mãos, usaram paus, pedras, veneno. Isso confirma o óbvio: que não adianta tirar arma de fogo, tem de desarmar os cérebros, porque é o cérebro que dá a ordem para as mãos estrangularem, ou pegarem um pedaço de pau, uma pedra, uma faca ou uma arma de fogo.
 
Segundo uma ONG mexicana, das 50 cidades mais violentas do mundo, a primeira fica no México, e a mais violenta do Brasil seria Mossoró (RN)
E ainda há outras nove cidades brasileiras na lista, nas regiões Norte e Nordeste. O que é isso?  
Deve ser alguma cultura, algo que está na cabeça das pessoas. 
Não são as armas, porque faca todo mundo encontra em qualquer cozinha e ninguém vai interditar cozinhas por causa disso.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Casadas com o poder (Última parte) - Augusto Nunes

Revista Oeste

Perto de Marisa Letícia, Janja parece tão discreta quanto uma rainha de bateria Rosemary Noronha, Janja da Silva e Marisa Letícia da Silva | Foto: Montagem Revista Oeste/Agência Brasil/Reprodução/Shutterstock

 Rosemary Noronha, Janja da Silva e Marisa Letícia da Silva | Foto: Montagem Revista Oeste/Agência Brasil/Reprodução/Shutterstock  
 
A expressão “primeira-dama” — com hífen, alertam os dicionários — nunca deu as caras em nenhum artigo, parágrafo ou inciso da Constituição, tampouco foi vista em qualquer organograma do Poder Executivo, fosse qual fosse o ocupante do gabinete no 3° andar do Palácio do Planalto. 
Oficialmente, dividir alcovas, palácios, alegrias ou tristezas com o presidente da República não é função legalmente remunerada, seja em espécie, seja em favores. 
Como ocorre com a first lady dos Estados Unidos, que teria servido de modelo para a versão brasileira, primeira-dama não é cargo; é título. Simples assim, certo? Errado: nada é assim tão simples nestes trêfegos trópicos.

Aqui, o que uma mulher do presidente da República faz ou deixa de fazer depende do temperamento, dos humores e das conveniências do marido. A exceção ficou por conta de Nair de Teffé, com quem Hermes da Fonseca se casou em 1913, logo depois da morte de Orsina da Fonseca. Viúvo de uma típica dona de casa, o sisudo presidente de 55 anos optou pelo avesso. Com apenas 24, a pintora e desenhista Nair invertia o prenome para publicar nos jornais caricaturas em que uma certa Rian zombava dos figurões da República Velha. Até janeiro deste ano, Hermes foi o único presidente a governar o país com duas diferentes primeiras-damas. Agora tem a companhia de Lula, que exerceu dois mandatos casado com Marisa Letícia e começou o terceiro como marido de Rosângela da Silva, a Janja.

O marechal Hermes e Nair, ao lado do cardeal Arcoverde, na escadaria do Palácio Rio Negro, em Petrópolis, depois do casamento religioso | Foto: Wikimedia Commons
O contraste entre a introvertida Orsina da Fonseca e a exuberante Nair de Teffé pode ser reeditado em escala portentosa. Comparada a Marisa Letícia, que em público não fez mais que meia dúzia de declarações, Janja parece tão retraída quanto uma rainha de bateria. Ao longo de 2003, por exemplo, Marisa tentou manter sob controle os movimentos do cônjuge. Instalada numa sala do Palácio do Planalto, entrava no gabinete presidencial assim que o sol se punha para pedir ao marido que chegasse mais cedo em casa. 
Alojada no Palácio da Alvorada, enfeitou o jardim com uma estrela vermelha feita de sálvias. Foi obrigada a desfazer a homenagem ao PT. Mais tarde, tentou mobiliar um sítio e um apartamento com donativos que o presidente em fim de mandato ganhou de empreiteiros agradecidos. Deu cadeia. 
Também sugeriu a indicação para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal do filho de uma vizinha chamado Ricardo Lewandowski. A Corte piorou. Perto do que Dilma Rousseff faria, são pecados veniais.
Nos primeiros quatro anos, Marisa não fez feio no campeonato brasileiro de milhagem a bordo do AeroLula. Mas baixou perigosamente a guarda quando, farta de visitas a países mais pobres que o Brasil, fez a opção preferencial por pousos e decolagens em países europeus bem mais charmosos. As rotas que levavam a grotões da África e da Ásia caíram no colo de uma viajante sempre disponível: Rosemary Noronha.  
Coisa de amadora, deve achar Janja. Aos 56 anos, em seu segundo casamento, a paranaense formada em Sociologia (com mestrado em militância no PT) tem ficado junto com Lula 25 horas por dia. Não quer deixar espaço para outra Rose Noronha.

Ao lado do presidente do Brasil, Janja cumprimentou os governantes estrangeiros com a pose de quem encabeçara uma chapa vitoriosa em que o marido havia figurado como vice

Sem paciência, ela já deixou claro que vai meter-se em tudo. Em vez de esperar a data da coroação, passou a encarnar o papel de primeira-dama um minuto depois de encerrada a apuração do segundo turno. Discursou no comício da vitória na Avenida Paulista, voou com Lula no jatinho que o levou ao Egito para um piquenique ambientalista, não pediu licença ao Gabinete de Transição para pendurar amigos no cabide de empregos do primeiro e segundo escalões, vistoriou minuciosamente o Palácio da Alvorada para saber como estava a célebre criação de Oscar Niemeyer e decidiu que não merecia abrigar o casal real. Precisava de reformas urgentes. Ela nunca se queixou do modesto espaço ocupado por Lula no prédio da Polícia Federal em Curitiba, e noivou na cadeia com a alegria de quem troca alianças numa catedral. Promovida a primeira-dama, parece bem mais exigente.

Janja forneceu uma notável amostra do que é capaz ao nomear-se presidente da comissão organizadora da festa de posse e preparar detalhadamente a espetaculosa aparição inaugural em rede nacional de rádio e televisão. 
Além do próprio traje, a dona da festa resolveu como seriam o ritual da subida da rampa do Planalto, a escolha das atrações artísticas, a triagem da lista de convidados, a decoração do local da solenidade, a entrega da faixa presidencial, o cardápio e a cesta de bebidas, fora o resto. 
Ao lado do presidente do Brasil, cumprimentou os governantes estrangeiros com a pose de quem encabeçara uma chapa vitoriosa em que o marido havia figurado como vice. Não é pouca coisa. Mas era só o começo, demonstrariam as semanas seguintes.
Presenteada com um gabinete no palácio, raramente é vista por lá. Para encontrá-la, deve-se descobrir onde Lula está. Janja estará ao lado. Depois da posse, acompanhou o marido nas viagens à Rússia, à Argentina, ao Uruguai e aos Estados Unidos. Em Washington, permaneceu grudada ao parceiro até na hora da clássica foto em que o presidente anfitrião e o visitante trocam um aperto de mãos. Estranhamente, não compareceu ao ato festivo que celebrou o aniversário do PT. 
 
[mais uma foto mostrando o bom entendimento entre o casal presidencial e o anfitrião.]
 
Solteiro, Lula derramou-se em elogios e gestos carinhosos endereçados à presidente do partido, Gleisi Hoffmann. No dia seguinte, Janja vingou-se: em vez de acompanhar o marido num jantar de gala da companheirada, fez Lula acompanhá-la numa segunda lua de mel na Bahia.
Luiz Inácio Lula da Silva, Janja e Joe Biden na Casa Branca, 
Washington | Foto: Ricardo Stuckert/PR
O namoro no Carnaval em Salvador foi interrompido por algumas horas para que o chefe de governo visitasse por um punhado de horas o Litoral Norte de São Paulo, atingido por temporais devastadores. Janja avisou no Twitter que estava muito triste com o calvário das vítimas. O semblante exibido em dezenas de fotos desmentiu aos gritos o que a primeira-dama escreveu. 
Mas é compreensível o estado de euforia em que vive a mulher que, por anos a fio, lutou com método e bravura para transformar-se na terceira esposa de Lula, na segunda autorizada a usar o título de primeira-dama e na única poupada — até agora — de dividir o cargo com uma segunda dama. 
Enquanto o objeto do desejo esteve preso, Janja perdeu a conta das saudações (“Bom dia, presidente”, “Boa noite, presidente”) que berrava diariamente nas imediações da cadeia para animar a celebridade engaiolada. Isso antes de começarem as visitas ao prisioneiro que abreviaram o namoro, o noivado e o casamento.
 
Lula e Janja trocam frequentes juras de amor, mas é bastante provável que a atual primeira-dama seja assombrada pelo fantasma de Rosemary Noronha. Entre 2004 e 2012, a secretária que José Dirceu apresentou a Lula num bailão do sindicato dos bancários chefiou o escritório da Presidência da República em São Paulo. 
Nesse período, foi incluída na comitiva chefiada por Lula em 20 viagens internacionais e passeou por mais de 30 países. Rose só viajava quando Marisa avisava que preferia ficar em casa. Como seu nome fica fora da lista de passageiros publicada no Diário Oficial, a segunda dama do Brasil talvez se tenha transformado na clandestina com mais horas de voo desde a invenção ao avião.
O expediente aéreo da penetra de estimação começava quando anoitecia. Risonha, as ancas que exigiam poltronas largas balançavam em direção ao dormitório presidencial — e só depois do café da manhã regressavam ao seu lugar na traseira do AeroLula. 
Em terra, seguia a programação oficial com a expressão de quem ignora se está no litoral do Caribe ou num deserto africano. Terminado o jantar, o casal rumava para duas suítes sempre contíguas do hotel 5 estrelas. No solo ou nos céus, as missões cumpridas por Rose consistiam, essencialmente, em garantir que Lula acordasse com a expressão de quem passara a noite tripulando flocos de nuvens extraordinariamente azuis.
 
A farra acabou quando a Polícia Federal descobriu que Rose usava essas relações especiais para conseguir favores — de ingressos para shows de Roberto Carlos à nomeação de amigos vigaristas para a direção de agências reguladoras, passando por outras modalidades de tráfico de influência
Escapou de uma temporada na cadeia graças ao bando de advogados contratados para defendê-la pelo Instituto Lula. 
 
Ela conta com voz magoada que nunca mais conversou com o presidente. Sorri quando lembra que a coisa esquentou às vésperas do segundo mandato, quando Lula começou a escoltar com uma bravata qualquer menção à idade e à possível candidatura à reeleição. “Por que não disputar de novo? Tenho 57 anos e tesão de 30.” Ele já anda falando em mais um mandato. Aos 77, jura que a libido segue estacionada nos 30. Como não foi incluído no inquérito das fake news, Janja que se cuide.
Por acreditar em pesquisas, ficou feliz ao saber que uma lojinha de porcentagens jura que 41% dos brasileiros aprovam seu desempenho. Em qual papel? Em que situação? Fazendo o quê?  
Discursando num palanque? 
 Balbuciando um gracias em Buenos Aires ou um thank you em Washington?
Isso ninguém sabe. O que se sabe é que a política não costuma ser gentil com primeiras-damas. E trata com especial crueldade quem entra com mais de 50 anos num mundo que se deve começar a conhecer ainda nos tempos do berçário.
Rosemary Noronha | Foto: Reprodução/YouTube

Leia também “Casadas com o poder (Primeira parte)”

Augusto Nunes, colunista - Revista Oeste

 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Reforma tributária não vai reduzir impostos - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo 

Carga fiscal

Parabéns aos integrantes do agro deste país. O agro não é apenas a lavoura, é a pecuária, é a indústria de alimentos, indústria de máquinas. 
 O agro brasileiro, meus amigos, chegou a um produto bruto no ano passado de meio trilhão de dólares. Isso equivale ao PIB inteiro da Argentina, que já teve o maior PIB da América Latina lá no início do século passado.

Vejam só o resultado, faço votos para que o agro continue assim, embora esteja no governo uma ideologia que tem preconceito contra o agro e que ainda discute o direito de propriedade, que é uma cláusula pétrea inscrita no caput do artigo quinto da Constituição na mesma linha que o direito à vida.

Reforma tributária não deve reduzir impostos
Está se falando muito em reforma tributária. Não tenham esperança de que seja para reduzir os impostos. Vai ser exatamente o contrário, a carga fiscal vai subir. 
Aliás, já subiu a carga fiscal do ICMS a pedido de governadores, que apoiam o governo. De modo que o pessoal que vai receber um aumento de R$ 18 no salário mínimo, com o aumento do ICMS em tudo que vão comprar, inclusive no combustível, os R$ 18 não vão ser suficientes para isso, podem ter certeza.
 
E vão continuar pagando imposto, porque embora na campanha eleitoral o atual presidente tenha prometido isenção de imposto de renda para quem ganhasse até R$ 5 mil, na verdade a isenção vai ser para quem ganha até R$ 2.112. 
 Tem gente dizendo que é para agradar a classe média, olha R$ 2.112 por mês, não é a classe média, não é nem classe média baixa. Estão fazendo uma avaliação muito, muito estranha.
 
Máscara 
Carnaval, vocês já viram as imagens, aquela aglomeração. Olha só que estranho, a Anvisa exige máscara nos aeroportos e dentro dos aviões, mas não fala de máscara nessas aglomerações de Carnaval, inclusive nos clubes, que são fechados, pior ainda. 
Agora também não vai fazer diferença. A diferença que faz é se alguém estiver doente para não propagar para o outro.

Como proteção de alguém que não está doente, não respirar vírus não adianta nada. Agora é científico, meta análise, teste duplo cego, a Cochrane já divulgou, o Conselho Federal de Medicina (CFM) já comunicou a Anvisa que a máscara não adianta nada.

Eu fico me perguntando, nesse tempo todo de engodo, de engano, de experiência irresponsável, que fizeram balconistas, por exemplo, coitados usando máscara no mínimo oito horas por dia, respirando o próprio ar expelido dos pulmões e se queixando de dores de cabeça.

Outra questão que está aparecendo bastante, a estatística agora está mostrando excesso de mortes no Reino Unido e em Portugal. Estão dando como explicação que são as mudanças climáticas, e a gente sabe que não se trata disso. O Reino Unido, por via das dúvidas, cancelou a obrigatoriedade de vacinação em crianças e adultos sem risco, por via das dúvidas.


Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

NUCLEAR – A perigosa amizade do Brasil com o regime iraniano

O Irã anunciou que dois de seus navios de guerra atracariam no Porto do Rio de Janeiro. Mas os navios nunca chegaram. A visita, que não aconteceu, causou barulho
O regime dos aiatolás aproveitou o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao poder para usar o Brasil como trampolim para uma jornada, que oficialmente, é de provocação aos Estados Unidos. O que pode ter acontecido no caminho?
 
O jornal Folha de S.Paulo publicou uma parte da história. O Irã, que havia pedido autorização para seus navios de guerra atracarem no Brasil entre os dias 23 e 30 de janeiro, teria mudado de ideia e propositalmente postergado o desembarque para que coincidisse com a visita do presidente Lula aos Estados Unidos.  
O Brasil, segundo a mesma notícia, não aceitou ser sócio na provocação. Uma nova data prevista é de 26 de fevereiro a 3 de março – mais de um mês de atraso em relação ao cronograma original. A história parece esclarecida. Mas só que não.

O que fez o Irã mudar de planos? Ou quais seriam os planos do Irã? Seria mesmo apenas provocação?

Os navios que o Irã mantém neste momento, em algum lugar do Atlântico Sul, próximo às águas territoriais de Argentina, Uruguai e Brasil, são a fragata e um ex-petroleiro adaptado como um porta-helicópteros e que vem a ser a maior embarcação da marinha iraniana. Este segundo é um autêntico posto de combustível flutuante.

Capaz de transportar em seus tanques milhões de litros de combustível (originalmente 11 milhões), o navio tem autonomia para navegar meses (os iranianos juram que por dois anos) sem a necessidade de recorrer a fonte externa de abastecimento. Além de autossuficiência, seus tanques são a fonte de combustível para outras embarcações. Assim, os dois navios estão dando a primeira volta ao mundo e incluindo o Brasil no mapa da confusão.

O regime iraniano é especialista em dissimulações. Mas a constante busca por desestabilização por meio do jogo que une propaganda, ameaças e segundas intenções pode não explicar completamente o esforço dos aiatolás e sobretudo o atraso no plano de provocar o Grande Satã.

A resposta pode estar em um par de voos realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos apenas uma semana antes da previsão original de chegada dos navios ao Brasil. No dia 16 de janeiro, os americanos enviaram para América do Sul um avião cuja capacidade é identificar na atmosfera atividade nuclear.

O avião WC-135R Constant Phoenix 64-14836,
também apelidado de “farejador nuclear”, partiu de Porto Rico, passando pela borda das águas territoriais da Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa e parte do Brasil, mais precisamente até as proximidades do Estado do Espírito Santo. Por sinal, o mesmíssimo caminho que as embarcações iranianas planejam fazer para alcançar o canal do Panamá. (ver matéria – BR-US –  Aeronave de inteligência USAF WC-135, especializado em pesquisas atmosféricas realizou voo ao longo da costa brasileira)

O mesmo avião contornou a América do Sul no sentido oposto ao anterior. Coletou dados do Mar do Caribe, da porção norte da costa da Venezuela e das águas da Colômbia, Equador e Peru. Nessa rota, sobrevoou o canal do Panamá, o “ponto alto” da viagem da flotilha iraniana.

O registro da baseline da radiação na América do Sul pode ter se transformado em um problema para os aiatolás. Não é de hoje que eles perseguem o poder de ter uma bomba atômica. Também não é de hoje que o regime chavista e seus xerimbabos regionais dão suporte para os planos nucleares de Teerã.

As medições prévias dos níveis de radiação da Venezuela e da rota sul-americana dos navios iranianos não podem ser tratadas como se fossem um capricho imperialista americano. Assim como não se deve ignorar que o esforço do Irã para ser capaz de colocar seus navios “em qualquer oceano” não deve ser ignorado como parte de suas trapaças visando uma bomba atômica.

O registro dos níveis naturais de radiação de parte da América do Sul pode ser a razão de os iranianos terem mudado o calendário e secretamente ajustado os seus planos. Caso os seus navios estivessem transportando material radioativo ou armas para testes offshore (possivelmente na Venezuela), os Estados Unidos poderiam identificar as anomalias na atmosfera em comparação com o padrão medido na região de forma preventiva.

Nem tudo que o regime iraniano faz é, de fato, o que parece ser. A confusão é uma de suas armas mais eficientes. Mas, nesse caso, potencialmente nuclear, eles estariam diante de um dilema. Se depois de anos de movimentos nas trevas eles conseguiram desenvolver um aparato nuclear que está pronto para os testes, com o uso da Venezuela (ou qualquer outro lugar na América do Sul e no Caribe) como base offshore para uma explosão nuclear, os vestígios da bomba poderão ser “farejados”.

O falecido Hugo Chávez moveu mundos e fundos para desorganizar o mundo. Ajudar o Irã a se tornar uma potência nuclear era um de seus objetivos. Chávez morreu em 2013 e deixou o caminho pavimentado para muitos de seus projetos em curso. Seu sucessor, Nicolás Maduro, apesar de menos capaz que seu criador já falecido, tem se saído muito bem no trabalho de dar sequência ao plano.

É, evidentemente, muito fácil tratar tudo isso como teoria da conspiração, pelo aspecto absurdo e quase fantástico que envolve as ações dos bolivarianos e seus patronos extrarregionais. Mas é justamente isso que eles querem que as pessoas pensem sobre os seus planos. Foi assim que Chávez, por exemplo, chegou aonde chegou e fez o que fez. Visto como excêntrico e palhaço, ele marchou adiante e com ele muita gente que está no poder. Seja na Venezuela, seja fora dela.

A política externa petista nutre amizade e um perigoso nível de cumplicidade “Sul-Sul” com regimes e governos que, sob o pretexto da multipolaridade, não medem muitos os esforços para tocar fogo em algumas partes do mundo. Portanto, a tolerância do Brasil ou o apoio, embora aparentemente o governo Lula tenha pedido ao Irã para ter um pouquinho de compostura – à militarização da região por parte de potências que estão do outro lado do mundo não tem como ter um resultado positivo nem para o Brasil, nem para o seu entorno.

A tal altivez da “diplomacia Sul-Sul” na busca cega pela alternativa aos Estados Unidos pode fazer com que o Brasil se torne um comparsa de ações ilegais, clandestinas e potencialmente explosivas.

DefesaNet - Leonardo Coutinho (@lcoutinho) Nuclear - Notícias

 

domingo, 12 de fevereiro de 2023

A farsa da ‘paz’ - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

 Como a principal autoridade do País se joga nessa promoção aberta da hostilidade ‘de classes’?

Desde que assumiu a Presidência da República, segundo um levantamento de O Estado de S. Paulo, Lula já fez oito declarações jogando pobres contra ricos. Deve ser algum tipo de recorde; nesse ritmo, vai chegar a perto de 400 gritos de guerra até o fim do seu mandato. É demagogia do tipo mais abjeto. 
É uma prova cabal de que a sua campanha foi uma mentira do começo ao fim, com a farsa de que ele iria “devolver a paz” ao Brasil.  
É irresponsável – como a principal autoridade do País se joga nessa promoção aberta da hostilidade “de classes” entre os brasileiros? 
Mas é isso, exatamente, o que Lula sempre foi: um explorador profissional dos “pobres”. Nunca fez nada de relevante, modificador ou duradouro para eles. Ao contrário: o que lhe interessa é manter o Brasil o mais longe possível de qualquer desenvolvimento real, pois só sobrevive politicamente com o suprimento permanente de pobres que sempre rende a base de sua votação
O problema, desta vez, é que a sua demagogia vem acompanhada de ações concretas para agredir o coração da economia do País.
O governo, que em mais de um mês conseguiu o prodígio de não anunciar uma única medida construtiva para os interesses reais do cidadão, nem uma que seja, decidiu cortar uma dezena de linhas de crédito do BNDES para o agronegócio – área que rendeu US$ 160 bilhões, num total de US$ 335 bilhões, para as exportações do Brasil no ano passado, e se tornou absolutamente vital para a economia brasileira. Cortaram de tudo: crédito para a safra, aquisição de óvulos, tratores, redução do carbono, armazéns, irrigação, cooperativas – e até a sagrada “agricultura familiar”, que Lula acha a solução para todos os problemas rurais do País. “O Brasil não pode ser só a fazenda do mundo”, disse o novo presidente do BNDES. É um despropósito. 
Qualquer país ficaria feliz se tivesse a situação do Brasil no abastecimento mundial de alimentos; o governo Lula acha ruim. O que eles querem, então, que o Brasil seja? Querem coisa muito pior que uma fazenda.

Em vez de colocar o dinheiro do BNDES no incentivo à um setor-chave da economia brasileira, o governo quer emprestar dinheiro para Argentina, que está com inflação de 100% ao ano e não paga ninguém, Cuba, Venezuela e outras estrelas da finança latino-americana. 

Cuba e Venezuela, aliás, já deram o calote no Brasil; não poderiam receber um centavo a mais do que já receberam e não pagaram
Mas a culpa do calote foi “do Bolsonaro”, diz Lula; o Brasil rompeu relações com os dois, eles ficaram chateados e resolveram não pagar. Agora ele vai consertar o erro. É a sua política a favor dos “pobres” e contra “os ricos”.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S.Paulo


domingo, 5 de fevereiro de 2023

Embaixador da União Europeia no Brasil critica Lula por postura com Venezuela, Cuba e Nicarágua

Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil
Ignacio Ybanez Rubio, embaixador da União Europeia (UE) no Brasil Cristiano Mariz/Agência O Globo

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, criticou, indiretamente, neste domingo, a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos regimes autoritários de esquerda em suas últimas viagens internacionais, em janeiro deste ano.

O diplomata usou um artigo publicado pelo colunista do GLOBO e da “Folha de S.Paulo” Demétrio Magnolli no qual analisa o discurso do presidente na Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celec).

No artigo deste domingo, publicado na “Folha”, Demétrio aponta a falta de crítica por parte de Lula aos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua. O colunista afirma que o presidente desperdiçou a “oportunidade de levantar a voz por eleições livres na Venezuela, uma abertura política em Cuba e o fim da selvagem repressão do regime de Ortega na Nicarágua”.

Ybáñez postou o artigo nas redes sociais e destacou o verso “O tempo passou na janela e só Carolina não viu”, de Chico Buarque, citado no artigo de Demétrio Magnolli.

Lula começou o seu governo tentando retomar a presença do Brasil nas agendas e negociações internacionais. Para isso, realizou logo em janeiro as suas primeiras viagens internacionais para a Argentina e Uruguai. Lá, Lula e o presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, anunciaram que estão empenhados em avançar nas "discussões sobre uma moeda comum sul-americana".

Mundo - Jornal O Globo

 

sábado, 28 de janeiro de 2023

Qual o interesse de tantas ONGs na Amazônia? Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo 

Recursos naturais



Índios yanomami em Roraima: alto índice de desnutrição foi bastante criticado em governos anteriores.| Foto: Condisi-YY/Divulgação

Quantas ONGs tem na Amazônia? Eu fiz essa pergunta, fui pesquisar e há mais ou menos umas 16 mil
Suponhamos que só 10% estão no território Yanomami, que é do tamanho de Pernambuco. Vai dar uma ONG para cada 12 índios. 
Qual é o interesse dessas ONGs? Dizem que são muitas ONGs religiosas, mas obviamente, na região tem cura para picada de cobra, pra tudo
Depois acaba em pesquisa dos laboratórios que nos vendem os remédios. Mas também tem ouro, tem pedras preciosas, tem diamante saindo do Brasil lá pelo lado dos Andes, e tem droga agora.
 
Drogas ao mar
A polícia espanhola acaba de aprender um navio com quatro toneladas e meia de cocaína e o navio saiu do Brasil. 
O narco está tomando conta. Vocês viram que foi o "Colômbia" que matou o Dan Phillips e o brasileiro, e queriam jogar a culpa no governo. A gente tem que ficar de olho nisso também.
 
No governo Collor, ele tirou 40 mil intrusos do território Yanomami. Agora tem outras coisas complicadas. R$ 33 milhões que foram para uma ONG de Roraima e desse dinheiro todo R$ 13 milhões não foram comprovados, e nem conseguem achar o endereço da ONG.  
Isso tem que ser considerado também. Mas, o fato corriqueiro, que solta os olhos, é o tamanho dessa área, com tão pouca gente lá dentro, e essa pouca gente passando fome de modo inexplicável.
 
Impeachment de Lula 
Já tem o primeiro pedido de impeachment do presidente Lula porque na Argentina e no  Uruguai ele acusou o Congresso brasileiro de praticar golpe. 
Lá na Argentina, no palácio do governo, ao lado do presidente da Argentina, ele disse que houve um golpe de Estado, que derrubou “a companheira” Dilma Rousseff com um impeachment.  [o individuo que atualmente preside o Brasil, esqueceu que quem presidiu todo o processo de 'escarramento' da petista,no Senado, foi o ministro Lewandowski,que se tornou ministro do STF por pedido da falecida esposa de Lula.]
E depois, no Uruguai, ao lado do presidente do Uruguai, ele chamou um ex-presidente da República de golpista, o Michel Temer.
 
Parece que Lula esqueceu que Michel Temer é o presidente de honra do partido de uma ministra do governo dele, Simone Tebet. 
Está esquecendo também que foi Michel Temer quem nomeou Alexandre de Moraes, que o partido de Michel Temer tem 42 deputados e 10 senadores na próxima legislatura. 
E aí o deputado Sanderson, do Rio Grande do Sul, entrou com o pedido de impeachment. Já o deputado Kim Kataguiri entrou numa comissão especial para apurar o caso. "Comissão da Verdade" é como estão chamando.

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Fazer isso no exterior ainda é uma agravante. Esse é um assunto interno do país, está lá fazendo propaganda negativa pro Brasil, falando mal da casa do povo, do Congresso dos representantes do povo.

Marcola em Brasília
Eu falei do narco, da cocaína, e o chefão do PCC, o Marcola, que a pedido do governador de Brasília, pra aliviar um pouco as tensões de segurança havia sido transferido para um presídio de segurança máxima em Rondônia, voltou. Já está de volta ao Presídio da Papuda em Brasília. Ele está condenado a 300 anos de prisão e tem muita gente criticando essa volta do Marcola para o centro do poder. Ele, um centro de poder ilegal dos fora da lei.
Além dessas novidades, está decidido: o PT vai reassumir a presidência da Petrobras, de Itaipu Binacional e vai também para presidência do BNDES.[além de um novo petrolão,mais aperfeiçoado, temos os ingredientes para um  Bandesão, Itaipuzão e outros.]

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Seu dinheiro vai pagar gasoduto na Argentina e discordar é “ignorância” - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo - VOZES

Está proibido, positivamente, discordar do presidente Lula e de qualquer medida do seu governo. Quer dizer que não pode, então, haver dois ou mais pontos de vista diferentes sobre a mesma coisa? Não pode. Se o presidente disse que é assim ou assado, tem de ser assim ou assado – e quem tiver outra opinião sobre o assunto está automaticamente errado.   
Acaba de acontecer, agora, com essa prodigiosa história do financiamento do BNDES ao gasoduto argentino de Vaca Muerta – isso mesmo, Vaca Muerta, que não se perca pelo nome. O dinheiro a ser emprestado pertence ao pagador de impostos brasileiro
- os cidadãos deveriam, portanto, ter o direito de dizer o que acham dessa história toda. 
Não têm, segundo Lula. A única coisa que podem fazer é concordar.
 
Quem não está de acordo com o projeto é “ignorante”, disse Lula. Fim da conversa.  
O presidente não conseguiu, em sua recente viagem à Argentina, dar uma explicação coerente para o projeto que ele quer socar no BNDES; fez mais um daqueles discursos constipados nos quais tenta posar como “homem preparado”, mas não deu para entender nada, como costuma acontecer quando ele fala de qualquer coisa que requeira um mínimo de conhecimento objetivo para ser abordada.
Seu ministro da Fazenda, que também discursou, foi igualmente incompreensível – a impressão é que não sabia sobre o que estava falando. Fica assim, então: eles não explicam como poderia ser um bom negócio para o Brasil emprestar dinheiro a um país que não paga os credores, não tem crédito no mercado internacional e vive com uma inflação de 100% ao ano, mas não admitem perguntas.  
Quem questionar é “ignorante” o que coloca o infeliz, possivelmente, a um centímetro de ser acusado de “golpista”, “direitista”, “fascista” “bolsonarista” e sabe lá quantos outros pecados mortais.


    O dinheiro a ser emprestado pertence ao pagador de impostos brasileiro; os cidadãos deveriam, portanto, ter o direito de dizer o que acham dessa história toda. Não têm, segundo Lula

Lula tem certeza, cada vez mais, que se transformou numa entidade sobrenatural à qual se deve apenas obediência.  
Como na Igreja Católica da Idade Média, o homem não está neste mundo para entender, e sim para se submeter ao plano de Deus. Se Deus lhe diz: ”Pague a Vaca Muerta”, você vai lá e paga a Vaca Muerta”
Ninguém está lhe perguntando nada; sua função é receber o boleto e pagar quando lhe cobrarem.  
De fato: se a Argentina não paga ninguém, está devendo mais de 40 bilhões de dólares ao FMI e ainda fica brava com os credores, por que iria pagar ao BNDES? 
Não interessa. Lula quer assim, e um monte de gente que vai ganhar fortunas com esse negócio quer assim. Você é apenas um “ignorante”. Cuidado, aliás, para não ficar perguntando muito – quem faz pergunta demais pode acabar acusado de praticar “atos antidemocráticos”.
 
Lula já disse que os empresários brasileiros não trabalham; quem trabalha, e os deixa ricos, são os trabalhadores de suas empresas
O agronegócio tem muita gente “fascista”. As Forças Armadas não merecem mais “confiança”. 
O mercado financeiro não gosta dos “pobres” e age “contra o país”.  
Quem se manifesta contra o governo na rua é “terrorista”. Quem fala nas redes sociais é agente da “desinformação”.  
Em apenas 30 dias de governo já há um belo gasoduto para o cidadão pagar - e nenhuma possibilidade de salvação fora de Lula. Ele é a luz, a verdade e a vida. Você entra com a parte em dinheiro.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima

J.R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Estranhas ações e misteriosas omissões - Percival Puggina

 

A ordem para entregar todas as pessoas presentes no acampamento instalado junto ao QG do Exército foi emitida por alguém que deixou no armário o senso de humanidade. 
Lá se foram embarcadas pessoas idosas, pessoas enfermas, crianças e suas mães. 
Você não precisa pensar muito para perceber que isso está errado. 
Não creio que algo assim já tenha sido feito em cracolândias, para apreensão de drogas e traficantes.

Era inevitável que a multidão detida evocasse a imagem nefasta de um “campo de concentração”. O erro, que desencadeou uma série de problemas operacionais – e humanos – foi considerar criminoso o simples fato de estar alguém acampado diante de uma instalação militar em protesto contra a sequência de ações cujo produto final foi a eleição de Lula.

É excesso de autoestima e perda do senso de medida indignar-se e reagir de modo punitivo a essa prolongada irresignação inativa. Por que, raios, vociferar tanto contra a visibilidade proporcionada pela simples presença passiva, semana após semana?

Vê-los me fazia lembrar de Mahatma Ghandi ou Martin Luther King, que estão longe de ser maus exemplos. Indignar-se e reagir a eles é desprezar a autonomia do ser humano. Quem assim procede tem excesso de estima por si mesmo e escassa estima pela humanidade.

As pessoas devem ser livres para protestar pacifica e eternamente, se quiserem. É o que fizeram, sempre sob repressão do Estado, as Mães da Praça de Maio na Argentina durante 30 anos entre 1976 e 2006 e há 20 anos fazem as Damas de Branco em Cuba, enquanto marcham, juntas, silenciosas, para a missa. Há exemplos para a esquerda e para a direita.[curiosamente penso mais em estar o 'alguém' mencionado na primeira fase deste POST, mais ligado à Cuba do que à Argentina.]

É inútil colocar uma rolha e selar com o lacre da autoridade as opiniões divergentes. Ao peso e custo de sanções, perguntas sem resposta podem não ser verbalizadas, mas persistirão nas mentes e ecoarão na história. Vale o mesmo para as perguntas que hoje são feitas sobre as misteriosas omissões das autoridades na proteção da Esplanada dos Ministérios.   

Percival Puggina (78), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


domingo, 18 de dezembro de 2022

 PARABÉNS !!! ARGENTINA

 Taça da Copa do Mundo da Fifa — Foto: Muhammad Hamed/Reuters

Hermanos, vocês merecem o título de CAMPEÃO da Copa 2022, que os torna TRICAMPEÕES.

Com tão honroso título DEUS os compensa pela tragédia estarem sendo governados pela maldita esquerda.

Lionel Messi

PARABÉNS !!!

 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

Lula, o superministro da Economia - Alon Feuerwerker 

Análise Política

A polêmica, ou inquietação, preferencial das últimas semanas acontece em torno da linha econômica do futuro governo, que na prática já atua como governo de transição. [como a transição deles é do NADA para LUGAR NENHUM, que continuem atuando, o que ajuda a reduzir o temor, pavor mesmo, que acometeu as pessoas responsáveis e sensatas quando da leitura do título desta postagem.]  O desejo da instituição denominada “mercado” é o governo do PT adotar políticas que garantam a sustentabilidade da relação entre a dívida pública e o Produto Interno Bruto.

Para reduzir a chance de uma “remontada” inflacionária e permitir uma trajetória futura benigna da taxa de juros. Pois o Banco Central, sabe-se, desfruta autonomia. [será que desfruta mesmo?  
uma autonomia que resista a uma suprema canetada, monocrática? 
a situação atual em que ninguém se opõe ao que a lei não permite mas é aceito, permite suscitar as perguntas.] 
 
O pressuposto dessa visão é que a retomada, ou a continuidade da retomada, da economia depende essencialmente do estímulo ao investimento privado. 
Que é função, por sua vez, de baixas taxas de juros e altas taxas de retorno sobre o investimento. 
Para o que contribuem decisivamente não apenas as condições macroeconômicas, mas o contínuo desenvolvimento de políticas microeconômicas que melhorem o ambiente de negócios.
 
Ou seja, o mercado preferiria que, na essência, a política econômica dos últimos quatro anos não fosse muito alterada
É um desejo legítimo, mas enfrenta uma dificuldade.
Pois o governo que implementou e defende essa linha perdeu a eleição.
 
Ganhou a eleição uma corrente política que vê com desconfiança, para dizer o mínimo, a subordinação da estabilidade econômica à responsabilidade fiscal. 
Que acredita na necessidade de o investimento estatal induzir o investimento privado. [afinal, boa parte dos que pretendem ser futuro governo, tem conhecimento, grande parte deles por experiência própria, que é mais fácil roubar uma estatal do que uma empresa privada.]
Que vê na expansão da demanda, se necessário turbinada pelo gasto público, o motor principal do crescimento.

E há circunstâncias adicionais, que não chegam a ser inéditas mas adquiriram certa preeminência no recentemente concluído ciclo eleitoral: nada disso foi debatido na eleição e, principalmente, ninguém condicionou o apoio aos que agora se preparam para subir a rampa a qualquer compromisso de manter qualquer aspecto da atual orientação econômica.

Diferente de 2002, quando o PT decidiu beijar a cruz para que se abrissem a ele as portas do palácio. No máximo, Luiz Inácio Lula da Silva, recorreu a variantes daquele bordão publicitário dos anos 90: “La garantia soy yo” (tem no You Tube).  
E por que Lula não assumiu nenhum compromisso na economia? 
Porque não precisou. Porque calculou, corretamente, que o antibolsonarismo traria por gravidade para ele, Lula, apoio suficiente para ganhar a eleição.
Foi por pouco, mas deu certo. Agora o mercado aguarda o anúncio da equipe econômica do novo governo. Não se esperam grandes surpresas. E, na última linha da planilha, essas definições não terão assim tanta importância. Pois, sejam quem forem os ministros da área, a posição de timoneiro da economia será acumulada pelo ocupante da cadeira principal do terceiro andar do Palácio do Planalto. [que convenhamos vai ser uma m ... fazendo mais m ... . 
QUE DEUS NOS PROTEJA -  com o quadro pintado, o Brasil - que estava se reerguendo sob BOLSONARO, ficará  em condições piores do que a soma da Argentina, Cuba, Venezuela, Coreia do Norte e o que mais não presta no mundo atual; por sorte, confiamos em DEUS, cujos desígnios são insondáveis - O finito não pode definir o INFINITO - e o timoneiro ainda está tentando definir a tripulação do barco.]
Quaisquer que sejam os ministros das pastas econômicas, o superministro da Economia será Lula. Diferentemente de Jair Bolsonaro, o futuro presidente será seu próprio Posto Ipiranga. Pelo menos até algo dar bem errado. Pois as urnas lhe ofereceram essa possibilidade. [pergunta que não resistimos a fazer: e se as urnas fossem auditáveis?]
Eleições, sabe-se, têm consequências.

 Alon Feuerwerker, jornalista e analista político

 

sábado, 26 de novembro de 2022

Entenda a PEC da transição e por que ela prejudica a sua vida - Gazeta do Povo

VOZES - Deltan Dallagnol

Justiça, política e fé

Lula quer uma PEC de transição que lhe garanta a possibilidade de furar o teto de gastos em 198 bilhões de reais por ano, violando regras básicas de responsabilidade fiscal, sem correr risco de impeachment.

Para colocar a opinião pública a favor da PEC, Lula afirmou há uma semana que o teto de gastos suprime recursos da saúde, educação, ciência, tecnologia e cultura para entregá-los a banqueiros. Para ele, o teto impediria o investimento social. É mais um engodo de Lula. 
Toda pessoa responsável por um orçamento familiar ou empresarial entende que precisa, como regra, gastar menos do que ganha. 
Se gastar mais, vai se endividar com empréstimos e gastos no cartão. Conforme sua dívida cresce, os bancos cobrarão taxas de juros maiores porque o risco de um calote se torna maior.

A cada mês, um valor maior do orçamento doméstico precisará ser separado para pagar os empréstimos, que crescerão com o volume da dívida e a taxa de juros. Se a dívida crescer demais, chegará a um ponto em que se tornará impagável. A família ou empresa se tornará insolvente, quebrará.

É para evitar essa bola de neve de crescimento da dívida do país que foi criada em 2016 a regra do teto de gastos, que estabelece uma limitação para as despesas do governo, que não podem superar aquelas do ano anterior, reajustadas pela inflação.

Essa regra de “responsabilidade fiscal”, controle fiscal ou controle de contas foi inserida na Constituição por meio da Emenda 95 e seu descumprimento acarreta crime de responsabilidade do Presidente da República, que pode resultar no seu impeachment. Por isso, Lula busca autorização do Congresso, por meio de uma nova emenda à Constituição, para realizar despesas acima do teto. Contudo, mesmo que a PEC seja aprovada, permitindo um gasto maior do que a receita, ela não inventa o dinheiro.

O problema, muito mais do que jurídico, é econômico. De onde virão os recursos?

Há três soluções possíveis: o aumento irresponsável da dívida que gera recessão econômica; a impressão de dinheiro que acarreta inflação e pode encontrar óbice na autonomia do Banco Central estabelecida recentemente por lei; e o aumento de uma carga tributária já bastante alta que dependeria do Congresso.

A solução que está nas mãos do presidente é o aumento da dívida, aquela mesma solução já conhecida da família ou empresa que se endivida. Contudo, essa solução não funciona quando as contas não comportam mais endividamento.

O governo toma empréstimos por meio da emissão e venda de títulos da dívida pública, que são comprados por investidores nacionais e estrangeiros, diretamente ou indiretamente quando fazem aplicações em fundos de investimento nos bancos.

O empréstimo será honrado na data e forma estabelecida no título. O governo pode pagar o empréstimo com recursos oriundos dos tributos, ou rolar a dívida emitindo novos títulos da dívida pública. Se a dívida ficar muito elevada ou houver um descontrole das contas públicas, aumenta a desconfiança dos investidores de que o país não terá condições de honrar a sua dívida.  
Países que deram calote, como Argentina, Rússia e Grécia, sofreram consequências gravíssimas na economia como perda do poder de compra da moeda, descontrole inflacionário, desvalorização do câmbio, desemprego e diminuição do padrão de vida da população.

O volume da dívida brasileira é hoje de cerca de 77% do PIB, o que é bastante alto em comparação com outros países emergentes. Por conta da PEC da transição de Lula, que promete um impacto de 800 bilhões mais juros ao longo de quatro anos, economistas têm projetado um crescimento da dívida pública de cerca de 10 a 20 pontos até o fim do próximo governo, aproximando-se do valor do próprio PIB.

O teto de gastos foi criado justamente num contexto de descontrole do aumento da dívida pública, logo após o governo Dilma, para dar confiança de que o país honraria a sua dívida e, assim, favorecer a venda dos títulos e a rolagem da dívida. O teto dá sustentabilidade à dívida e tem previsão de durar 20 anos. A violação do teto de gastos, fora de circunstâncias extraordinárias, destrói a regra e a confiança de que a dívida será honrada. Com isso, a venda dos títulos só ocorrerá mediante a sua oferta pelo governo com uma taxa de juros maior.

Essa taxa de juros paga pelo governo, atrelada aos mencionados títulos, acaba balizando a taxa de juros de toda a economia. De fato, instituições financeiras só emprestarão para pessoas como eu e você se cobrarem de nós uma taxa de juros maior do que aquela que receberão se comprarem títulos do governo, pois o risco de emprestar ao governo é menor.

Assim, se os juros da dívida pública subirem, também subirão os juros que instituições financeiras cobram de empreendedores, agricultores, industriais e consumidores, desacelerando a atividade econômica, porque ela depende em grande medida de financiamentos.

Além disso, uma alta taxa de juros desestimula o empreendedorismo e a geração de riqueza. Pessoas preferirão comprar títulos públicos que lhes rendam altos juros do que investir em empreendimentos econômicos que exigem tempo e energia e implicam riscos.

Assim, o descontrole fiscal prejudica o crescimento do Brasil, a renda e o emprego. É o que o governo promoverá ao extrapolar o teto de gastos, exatamente o contrário do desenvolvimento econômico e social que afirma buscar.

Some-se que aumentar dívida para financiar despesas ordinárias, como quer o PT, viola a regra de ouro fiscal de que só se aumenta dívida para fazer investimentos, porque eles aumentam a riqueza produzida e a capacidade do país de pagar a dívida feita. Ampliar a dívida sem ampliar a riqueza significa transferir injustamente às gerações futuras o encargo de pagar as contas da geração atual.

A PEC da transição pode trazer um benefício instantâneo, de curto prazo, mas trará prejuízos significativos no médio e longo prazo. 
Por suas consequências desastrosas, a PEC da transição já foi apelidada de PEC do estouro, da gastança, do apocalipse ou da Argentina. Com ela, Lula descumpre sua promessa de campanha de responsabilidade fiscal.

Ampliar a dívida sem ampliar a riqueza significa transferir injustamente às gerações futuras o encargo de pagar as contas da geração atual

Nesse cenário, é natural que o índice da bolsa de valores caia. Não é uma conspiração do mercado. As ações da bolsa representam o valor das empresas e, num cenário de recessão e perda de renda e emprego, elas crescerão menos, o que as desvaloriza.

Por tudo isso, é enganosa a narrativa de que o teto favorece banqueiros em prejuízo dos brasileiros. É o contrário: investidores rentistas ganham mais quando os juros sobem. Na verdade, o teto protege a saúde das contas que é condição para a prosperidade de todos.

É também mentirosa a alegação de que o teto impediria o gasto social. A responsabilidade fiscal é condição necessária para a social. Além disso, recursos para os investimentos sociais, que são bastante importantes, podem e devem ser obtidos mediante remanejamento e não aumento de despesas.

Dentre os 30 países com maior carga tributária do mundo, o Brasil é o que menos retorna os recursos arrecadados para a população na forma de serviços públicos essenciais. Não se trata de gastar mais, mas de gastar melhor, reduzindo a ineficiência e o desvio do dinheiro público, no que os governos do PT foram pródigos.

Ao tomar conhecimento dos planos de Lula, Henrique Meirelles desejou boa sorte a investidores. Nós brasileiros precisaremos mais do que de boa sorte. Precisamos de uma boa atuação do Congresso para impedir a catástrofe moral e econômica que o governo do PT planeja impor aos brasileiros.

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Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima

Deltan Dallagnol, colunista - Gazeta do Povo - VOZES